o movimento de acesso aberto Às publicaÇÕes cientÍficas dra. ariadne chloe furnivall depto de...
TRANSCRIPT
O MOVIMENTO DE ACESSO ABERTO ÀS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
Dra. Ariadne Chloe Furnivall Depto de Ciência da InformaçãoUniversidade Federal de São Carlos
IQ-UNESP-Araraquara, 23 de outubro, 2014
This work is licensed under the Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License. To view a copy of this license, visit http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/.
MOVIMENTO OA TEM ORIGEM NA CONVERGÊNCIA DE...
As possibilidades ofertadas pelas TIC e a INTERNET...
COM... a velha tradição da boa-vontade de
investigadores e cientistas publicarem os resultados da sua investigação em revistas científicas, sem qualquer remuneração, apenas em prol da investigação e difusão do conhecimento. (SUBER, 2012)
Crescente consciência das limitações e contradições do atual sistema de comunicação científica
Problemas no sistema de comunicação da ciênciaNa 2ª. metade do século XX:• Crescimento acentuado do volume da literatura
científica;• “Comercialização” e perda de controle académico do
sistema de comunicação da ciência;
A função essencial das revistas – o livre fluxo na disseminação dos resultados da pesquisa – foi obscurecida e prejudicada por esta “comercialização”
(adaptado de RODRIGUES, 2011)
P.ex. em 2010, Elsevier, lucrou £724m ($1.1 billion), uma margem de lucro de 36% (The Economist, maio 2011) boicote à Elsevier, thecostofknowledge.com
OBJETIVOS DO MOVIMENTO “OA”
• Optimizar o impacto da pesquisa, maximizando o acesso aos seus resultados
• Promover o princípio democrático de “ciência cidadâo”, abrindo os resultados da ciência financiada pelos cofres públicos ao público em geral.
• Reassumir o controle do sistema de comunicação da ciência
AS “TRÊS BS” DO AA…
1. Declaration of the Budapest Open Access Initiative – 2002
2. Bethesda Statement on Open Access Publishing - 2003
3. Berlin Declaration on Open Access to Knowledge – 2003
BUDAPEST OA INITIATIVE“Acesso aberto” à literatura científica revisada por pares significa a disponibilidade livre na Internet, permitindo a qualquer usuário ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral desses artigos, recolhe-los para indexação, introduzi-los como dados em software, ou usá-los para outro qualquer fim legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que não sejam inseparáveis ao próprio acesso a uma conexão à Internet. As únicas restrições de reprodução ou distribuição e o único papel para o direito autoral neste domínio é dar aos autores o controle sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser devidamente reconhecido e citado.”
http://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai-10-translations/portuguese-brazilian-translation
www.flickr.com/photos/peterandringwww.flickr.com/photos/peterandringa/45149818
25,000 Revistas científicasPublicam 1,5 milhões de papers
p/ano
Maioria em ‘acesso fechado’
na forma de títulos de assinatura
RESUMINDO, TEMOS HOJE…
AQUI…
Temos, nas IES públicas – acesso ao Portal de Periódicos da CAPES
Custa aprox. $35 milhões anualmente para o governo federal brasileiro
Dando acesso a aprox. 115 mil títulos de periódicos
Que nos dá a sensação de ser acesso gratuíto e quase universal
ACESSO ABERTO A QUÊ?Essencial:
Aos cerca de 2.5 milhões de artigos publicados por ano, a
nível mundial, em cerca de 25,000 revistas com peer-review
em todas as disciplinas académicas e cientificas.
Opcional:
A comunicações, teses e dissertações, relatórios, working
papers, artigos ainda não revisados (preprints);
monografias; dados científicos; etc.
Não Aplicável:
O Acesso Livre não se aplica a relatos de tecnologias
pantenteáveis, sigilósas, livros sobre os quais os autores
pretendam obter receitas ou textos não académicos,
como notícias ou ficção.Adaptado de Rodrigues (2011)
A “via dourada”: publicar em revistas open access
Open Access Journal: “usam um modelo de negócios que não cobram dos leitores ou das instituições pelo acesso.” (DOAJ)
OU
• Publicar numa revista “híbrida” que oferece a opção de publicar em acesso aberto ao lado dos modos tradicionais, mas o autor/agência de fomento paga pelo privilégio.
www.doaj.org
Web of Science – Chemistry – quantas revistas em OA
Total: Results: 218,038 artigos(from Web of Science Core Collection)You searched for: (TS=chemistry) AND DOCUMENT TYPES: (Article)
GOLD JOURNALS EM 2010
8100/25,000 (33%) de todos os periódicos(fonte: Ulrichs + DOAJ)625/12,500 (5%) of ISI journals(fonte: Thomson-Reuters ISI)
HARNARD, 2012
A “VIA VERDE” – OS REPOSITÓRIOS “OA Verde: consiste no depósito em repositórios de artigos de pesquisa
que já foram publicados ou espera-se que serão publicados em revistas
científicas “peer-reviewed”, frequentemente envolvendo o auto-
arquivamento do artigo num repositório pelos autores (PINFIELD et al.
2014 )
Repositório:
“...um infra-estrutura de banco de dados capaz de armazenar coleções
de documentos em meio eletrônico. Nada impede de se chamar um
repositórios digital de uma biblioteca digital.” (KURAMOTO, 2008)
O OpenDOAR registra atualmente 85 repositórios de acesso aberto no Brasil (http://tinyurl.com/kay3cln)
Via verde:: Repositórios digitais no Brasil
OpenDOAR registra 93 repositórios na área de química: http://www.opendoar.org/find.php
Acesso aberto aos dados científicos “brutos”
http://cordis.europa.eu/fp7/ict/e-infrastructure/docs/hlg-sdi-report.pdfhttps://royalsociety.org/policy/projects/science-public-enterprise/Report/
DUAS VIAS PARA O ACESSO ABERTO
Fonte: http://www.crestock.com/image/338052-Rail-Road.aspx
Os caminhos verde e dourado se cruzam, como a publicação em revistas “fechadas”, de assinatura, também se cruza com o caminho verde!!
(AUTO)ARQUIVAR O QUÊ NUM REPOSITÓRIO?Dependerá da política do seu repositório institucional!!
Artigos já publicados numa revista “gold” open access Artigos já publicados numa revista de assinatura Preprints, teses, dissertações, literatura cinzenta etc. Conjuntos de dados “brutos” (datasets )
IMPORTANTE: Aprox. 90% das revistas permitem o arquivamento (depósito) de artigos (preprint ou postprint) sujeito a algumas condições; Na maioria dos casos, há permissão para o arquivamento da versão final do autor
Mas há algumas com períodos de embargo de 6-12 meses.
Consultem: SherpaROMEO
SITUAÇÃO ATUAL
• Apesar desta evolução muito positiva, calcula-se que apenas um pouco mais de 15% da produção científica mundial está disponível em Acesso Aberto
• Vivemos ainda um período de transição…
AUMENTO DE CITAÇÕES COM AA
0 50 100 150 200 250
BiologiaEconomia
Ciências PolíticasCiên. da Saúde
EducaçãoGestãoDireito
PsicologiaSociologia
Física
% aumento citações com Acesso Livre
Amplitude = 36%-250%(Fonte: RODRIGUES, 2011)
OACA – INCLUSIVE P/ARTIGOS MAIS VELHOS
Interaction between OA and article age. Over and above the sum of the independent positive effects on citations of OA alone and of age alone, the size of this OA Advantage increases as articles get older. For articles that were from 3 years old (2006) to 7 years old (2002). (The comparison was made in 2009.) (GARGOURI et al, 2010)
NIH PUBLIC ACCESS POLICY - REQUISITO
“Starting May 25, 2008, peer-reviewed journal manuscripts
that arise from NIH funds have to be submitted to PubMed
Central upon acceptance for publication. These papers
have to be made accessible to the public on PubMed
Central no later than 12 months after publication.”
Wellcome Trust;
Canadian Institute of Health Research;
Howard Hughes Medical Institute
ARTIGOS SUBMETIDOS AO PUBMED CENTRAL
NIH Public Access Policy
http://www.nihms.nih.gov/stats/index.shtml
A POLÍTICA EUROPEIA - REQUISITO
A Comissão Europeia e o Conselho Europeu de Investigação (European Research Council) pretendem proporcionar uma ampla difusão e acessibilidade aos resultados publicados da investigação por si financiada.
HAVE YOU MADE ANY OF YOUR WORK OPENLY ACCESSIBLE BY THE FOLLOWING MEANS:
Chemists Economists
Institutional repository 27% 50%Personal website 16% 58%Departmental website 16% 56%Fully open access journal
22% 17%
Have not made any of my work open access
27% 4%
Subject repository 6% 25%Open access option from traditional journal
79% 6%
Other method 6% 10%
WHEN YOU DO MAKE YOUR WORK OPEN ACCESS, WHAT ARE YOUR REASONS? (THOSE AGREEING/STRONGLY AGREEING) Chemists EconomistsIt improves accessibility to my work 67% 96%
The results of publicly-funded research should be publicly… 65% 78%
It increases the amount of publicity my work receives 52% 89%
It helps me to get information out more quickly 50% 80%
It helps me to make contact with potential collaborators 37% 58%
It can result in a citation advantage 33% 60%
It results in professional recognition 26% 70%
It results in academic reward 13% 44%
WHEN YOU DO NOT MAKE YOUR WORK OPEN ACCESS, WHAT ARE YOUR REASONS? (AGREEING/STRONGLY AGREEING) Chemists EconomistsI need to publish in high impact journals 93% 80%
It is too expensive 59% 40%I am concerned about the PR process for OA journals 52% 24%
I am concerned about publishers legal rights 33% 44%
I have concerns about copyright 34% 40%
I am concerned about plagiarism 33% 24%
I do not know much about OA 27% 36%It takes too much time/effort 28% 28%It is just not a concern of mine 31% 20%
REFERÊNCIASARL www.arl.org/storage/documents/monograph-serial-costs.pdf Acesso 22 out. 2014.The Economist. “Of goats and headaches”. 26 de maio de 2011. Disponível em: http://www.economist.com/node/18744177FUCHS, W. Open Access: Academics' Beliefs and Behaviours. RSP Autumn School. 9 th November 2011. GARGOURI Y, HAJJEM C, LARIVIÈRE V, GINGRAS Y, CARR L, et al. 2010 Self-Selected or Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLoS ONE 5(10): e13636. doi:10.1371/journal.pone.0013636 GUSTERSON, H. Want to Change Academic Publishing? Just Say No. The Chronicle of Higher Education. Sept.23, 2012. http://chronicle.com/article/Want-to-Change-Academic/134546/?cid=at HARNARD, S. How & why the RCUK OA policy needs to be revised. HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/DIGITALRESEARCH2012HARNARD, S. Slides to talk above.HTTP://WWW.DLIB.ORG/DLIB/SEPTEMBER12/HARNAD/09HARNAD.HTMLKURAMOTO, H. (2008) Repositórios Institucionais de Acesso Livre: o que são?Disponível em: http://kuramoto.blog.br/2008/12/01/repositorios-institucionais-de-acesso-livre-o-que-sao/Pinfield, S., Salter, J., Bath, P., Hubbard, B., Millington, P., Anders, J.H.S. andHussain, A. (2014) Open-access repositories worldwide, 2005-2012: Past growth,current characteristics and future possibilities. Journal of the American Societyfor Information Science and Technology. 2014. SUBER, P. Open Access Overview. Disponível em: hhtp://www.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm
“Repositório Institucional: é um conjunto de serviços que a universidade oferece aos membros de sua comunidade para a gestão e disseminação de materiais digitais criados pela instituição e seus membros comunitários. É essencialmente um compromisso organizacional para a supervisão deste material digital, incluindo a preservação a longo prazo, assim como organização e acesso ou distribuição.” (Lynch, 2003 citado por Kuramoto, 2008, ênfase minha)