o modelo de gestão contemporânea em organizações hospitalares

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O modelo de gestão contemporânea em organizações hospitalares Profa. Dra. Andrea Bernardes

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O modelo de gestão contemporânea

em organizações hospitalares

Profa. Dra. Andrea Bernardes

Modelo Tradicional

2

As teorias de Taylor e de Fayol

Fonte: Chiavenato, 2011.3

Princípios da Abordagem Clássica da Administração

Autoridade hierarquizada

Modo de operar segundo normas e

rotinas

Centralização do poder

Controle como forma de disciplina

Divisão do trabalhoTrabalho alienado

4

Elementos Chave

♦Maior poder de decisão;

♦Maior autoridade e responsabilidade;

♦ Conhecimento científico-técnico;

♦ Visão do homem como fator de produção;

♦ Centralização;

♦ Preocupação com a estrutura e a produção;

♦ Preocupação maior com a quantidade que com a qualidade.

5

Administrador nas Teorias Científicas e Clássica

Modelo Clínico

Valorização da dimensão biológica;

Ênfase no modelo clínico individual.

Centralidade no diagnóstico e na terapêutica

6

Produção Hospitalar

Divisão técnica do trabalho - não comunicativa;

Tarefas repetitivas e desconectadas do todo;

Processo de trabalho não centrado no usuário.

7

A obediência é garantida pela imposição

Conceito de poder de uns sobre os outros

Reflexões sobre o Modelo Tradicional de Gestão

8

“A exerce poder sobre B quando A afeta B de modocontrário aos interesses de B”.

Coerção, influência, autoridade, força e manipulação de uns sobre os outros.

Fonte: Lukes, 1980. 9

Médicos Alto grau de autonomia e poder

Enfermeiros Poder em relação à equipe de enfermagem

Nessa lógica:

10

Necessidade de mudança...

11

12

Modelo Contemporâneo de Gestão

ENDINGNEUTRAL

ZONEBEGINNING

Fonte: BRIDGES, W. Managing Transitions, 2009.

13

Transição

“... Ainda que uma gestão possa se concentrar em uma ou

poucas pessoas, uma organização vive e se reproduz de

acordo com a dinâmica da interação entre todos os seus

componentes.. Ela é constituída por um tecido vivo de trama

complexa, e seus caminhos ou desempenhos independem do

esforço de um único ator – ainda que este seja reconhecido

como um grande gestor”.

Fonte: Faria; Aguiar, 2003.

14

Mudança nos esquemas de poder

Descentralização

15

A nova proposta gerencial focaliza:

O poder é consensual, brotando onde quer que as

pessoas se reúnam e ajam em conjunto.

Valoriza o “poder de”

Fonte: Lukes, 1980. 16

O poder concentrado atrai, para si, problemas de menor

valor, que poderiam ser resolvidos de forma eficaz em níveis

mais baixos.

Organização Descentralizada será mais criativa e terá

maior capacidade de responder aos problemas emergentes.

17

Intensificação da comunicação lateralizada

Intraunidade

Intraunidade

IntraunidadeIntraunidade

Intraunidade

INTERUNIDADES

A nova proposta gerencial focaliza:

18

TOMADA DE DECISÃO COMPARTILHADA

Ferramenta significante para toda organização, conduzindo ao sucesso, desde

que entendida sua complexidade (Burkett, 2016).

A democratização do poder visa estender o direito e a capacidade de decidir a

todos os membros de um coletivo, assegurando que disporão de tempo e de

informação para discutir, decidir e planejar (Campos, 2000).

19

A nova proposta gerencial focaliza:

Criação de unidades autônomas UNIDADES DE PRODUÇÃO

Recortam o hospital segundo umanova lógica, uma racionalidade

centrada na integração doprocesso de trabalho.

20

A nova proposta gerencial focaliza:

UNIDADE DE PRODUÇÃO Coordenador

Todos os participantes destes

coletivos multiprofissionais

Comporiam um

Colegiado

Ficaria encarregado de elaborar diretrizes, metas e programas de trabalho, avaliando-

os periodicamente.

21

A nova proposta gerencial focaliza:

COLEGIADO

COORDENADOR /

GESTOR

REPRESENTANTES

POR CATEGORIA

22

Unidade de produção

Colegiados de Gestão

Criados para garantir a Gestão

Democrática

23

O fortalecimento do trabalho em equipe;

Maior vínculo com a clientela.

Melhoria na qualidade dos serviços prestados.

24

A nova proposta gerencial focaliza:

“O gerente não tem mais o papel de “chefe” tradicional, mas a

função de coordenar práticas e saberes que contribuam para a

qualidade final dos produtos oferecidos pela unidade. Nessa

medida, um gerente-enfermeiro não vai “mandar” nos médicos,,

mas sim criar condições para que o trabalho do médico se dê de

forma mais articulada e harmoniosa com os demais membros da

equipe. Da mesma forma que os gerentes-médicos não irão

“mandar” nas enfermeiras e sequer interferir nas peculiaridades do

seu trabalho...”.

Fonte: Cecilio, 1997, p. 43. 25

Mudança no modelo assistencial

Clínica Ampliada

26

A medicina tradicional se encarrega do tratamento de doenças; a ampliação

das práticas clínicas e de Saúde Coletiva pressupõe desviar o foco de

intervenção das doenças e procedimentos, para recolocá-los no sujeito,

portador de doenças, mas também de outras necessidades de

saúde/problemas de saúde (situações que ampliam o risco ou

vulnerabilidade das pessoas).

Fonte: Campos e Amaral, 2007; Campos et al,. 2014. 27

Clínica do sujeito

Lidar com pessoas, com sua dimensão social e subjetiva

e não somente biológica.

28

Segundo Campos e Amaral (2007), (...) os médicos,

enfermeiros, técnicos, a equipe tende, de modo

complementar, a assumir algum padrão de

corresponsabilidade com a eficácia e eficiência do seu

trabalho. Essa é a base observacional sobre a qual se

assentam as propostas de clínica ampliada e cogestão (p.

855).

29

Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014.

30

Modelos e modelagens tecno-assistenciais em saúde

Modelo Medicina

tecnológica

Modelo Saúde Pública

Clínica Epidemiologia

Médico Equipe

Cura das doenças Promoção e prevenção primária

Hospital/Consultório médico

Centros de saúde

Setor privado Setor público

Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014.31

Modelos e modelagens tecno-assistenciais em saúde

Clínica Epidemiologia

Médico Equipe

Cura das doenças Promoção e prevenção primária

Hospital/Consultório médico

Centros de saúde

Setor privado Setor público

Programação em saúde

PSF

Defesa da vida

32

Modelos e modelagens tecno-assistenciais em saúde

Modelo Medicina

tecnológica

Modelo Saúde Pública

Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014.

Clínica Epidemiologia

Médico Equipe

Cura das doenças Promoção e prevenção primária

Hospital/Consultório médico

Centros de saúde

Setor privado Setor público

Programação em saúde

PSF

Defesa da vida

33

Operadoras de planos

Modelos e modelagens tecno-assistenciais em saúde

Modelo Medicina

tecnológica

Modelo Saúde Pública

Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014.

Clínica Epidemiologia

Médico Equipe

Cura das doenças Promoção e prevenção primária

Hospital/Consultório médico

Centros de saúde

Setor privado Setor público

Programação em saúde

PSF

Defesa da vida

Operadoras de planos

SUS

34

Modelos e modelagens tecno-assistenciais em saúde

Modelo Medicina

tecnológica

Modelo Saúde Pública

- Clínica subordinada à epidemiologia;

- Resgate do conceito de integralidade.

- Desafio de quebrar o ciclo vicioso das doenças;

- Trabalho compartilhado na equipe – atuação na perspectiva interdisciplinar;

- Acolhimento como dispositivo estruturante do processo de trabalho;

- Questionamento da “clínica degradada” e proposição da “clínica ampliada”;

- Valorização da subjetividade: a equipe deve valorizar o encontro

“trabalhador x usuário” e fazer a escuta do que “transborda do corpo físico”.

35Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014; Fertonani et al, 2015.

Modelo Assistencial – Nova lógica

- Clínica e epidemiologia como saberes em diálogo e complementariedade,

sem hierarquias. A clínica alimenta a vigilância em saúde. A vigilância em

saúde alimenta a clínica.

- A valorização do hospital como espaço importante de intervenção e de

conquista para o ideário da construção do SUS.

- A preocupação com a construção de “linhas de cuidado” (redes de cuidado)

que, transversalizando todo o sistema de saúde, garantam o consumo de

todas as tecnologias de saúde necessária à integralidade do cuidado.

36

Modelo Assistencial – Nova lógica

Fonte: Cecilio, LC. Modelos tecno-assistenciais em saúde. Aula, 2014; Fertonani et al, 2015.

Princípio da subordinação da organização às práticas de trabalho: esse

princípio pressupõe que a organização real – sustentada por práticas de

trabalho arraigadas – sempre se impõe à organização formal, pensada

teoricamente. Para reformar uma organização, portanto, é necessário

mudar primeiro as estruturas mentais predominantes (com teoria e

capacitações) e, por fim, as estruturas organizativas pelas quais geralmente

começam as reformas (FARIA, SANTOS E AGUIAR, 2003).

37

Importante:

Algumas estratégias para

consolidação da Gestão Compartilhada

38

Política Nacional de Humanização da

Atenção e Gestão no Sistema Único de

Saúde HumanizaSUS (2003).

(HUMANIZA SUS, 2010) 39

Humanização vista não como um programa, mas como uma POLÍTICA

PÚBLICA

Implica, dentre outras coisas, em:

- Compromisso com a articulação dos processos de formação com os serviços e práticas de saúde.

40(HUMANIZA SUS, 2010)

As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus

trabalhadores e usuários, com investimento na educação

permanente dos trabalhadores, na adequação de ambiência e

espaços saudáveis e acolhedores de trabalho, propiciando

maior integração de trabalhadores e usuários em diferentes

momentos (diferentes rodas e encontros).

41

Resultados esperados com a PNH:

(HUMANIZA SUS, 2010)

TRÊS DIMENSÕES: Pacto pela vida, Pacto em defesa do SUS, Pacto deGestão.

Entre os fundamentos da AB: produção de vínculo trabalhador –usuário; valorização dos trabalhadores de saúde com ênfase em suaformação e qualificação; estímulo à participação social.

PACTO: radicaliza a descentralização de atribuições do MS para osestados e municípios, promovendo um choque de descentralização,acompanhado da desburocratização de diversos processos normativos.

42

Pacto pela Saúde - 2006

Fonte: Cunha; Magajewski, 2012.

Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da PolíticaNacional de Educação Permanente em Saúde.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuiçõeslegais, conferidas pelo inciso II, do artigo 87, da ConstituiçãoFederal de 1988, resolve:

Art. 1º Definir novas diretrizes e estratégias para aimplementação da Política Nacional de Educação Permanente emSaúde adequando-a às diretrizes operacionais e ao regulamentodo Pacto pela Saúde.

43

Portaria Nº 1996/GM/MS, de27 de agosto de 2007

Art. 2º A condução regional da Política Nacional de EducaçãoPermanente em Saúde se dará por meio das ComissõesIntergestores Regionais, com a participação das ComissõesPermanentes de Integração Ensino-Serviço (CIES).

44

Portaria Nº 1996/GM/MS, de27 de agosto de 2007

Objetivo: Promover a gestão participativa por meio da incorporação de

novas ferramentas de gestão, como a escuta dos cidadãos, o

monitoramento e avaliação das ações e serviços de saúde, além da

auditoria, educação popular em saúde, difusão dos direitos dos usuários

e estratégias de promoção de equidade em saúde para as populações em

condição de desigualdade.

- Propõe um pacto de gestão participativa entre as 3 esferas de governo,

com ampliação dos mecanismos de participação popular nos processos

de gestão do SUS.

45

ParticipaSUS

Fonte: Cunha; Magajewski, 2012.

Experiências de Gestão Compartilhada em Unidades

de Saúde

46

Realidade Canadense

Hospital da Universidade de Alberta

47

Organograma CENTRALIZADO

Trabalhadores devem seguir a HIERARQUIA

50

University of Alberta Hospital

Gerência de portas abertas

Emergência

Diretores e ‘Gerentes de Cuidado ao Paciente’

Autonomia para decidir.

Medicina InternaGeral (GIM)

51

University of Alberta Hospital

• Cinco anos de recursos financeiros para a saúde estáveis;

• Desde o começo foram realizados ‘workshops’ ao grupo de transformação e após, para todo o grupo da GIM;

• Royal Alexandra Hospital foi adicionado por estar fazendo um trabalho paralelo;

• Todos os trabalhadores podem participar;

• Metodologia LEAN: metodologia de melhoria de processos(eliminar tempo adicionado e não válido e desperdícios de um sistema);

• Unidade de transição foi aberta;

• “Camas monitoradas”.

52

Care Transformation Initiative

534

Care Transformation

Clear & Aligned

Communications

Engaged and

Committed Leadership

Education and

Training

Collaboration

Across the

Continuum

Patient

&

Family

Assessment

Plan of CareSurveillance

& Evaluation

Coordination

& Transition Planning

Efficient & EffectiveProcesses

Access to Data

Technology Enabled

Engaged Workforce

TEAM

CARE

• Livro de comunicação

• Formulários / Memorandos

• E-mails

• Face-a-face

• Reuniões

Falha na comunicação é o problema maisfrequentemente citado nas organizações!

54

Processo de Comunicação

Livro de comunicação, formulários / memorandos, e-mails:

• Pode ser lenta a comunicação;

• A informação tem de ser preparada e distribuída no sistema de correio interno - CUSTO;

• Não há oportunidade para intercâmbio de ideias;

• Falhas na interpretação;

• Textos extensos – Se o texto é muito longo e não devidamente apresentado, o trabalhador pode perder o interesse por lê-lo;

• Nem todos têm computador (e-mail);

• Nem todos leem e-mails. 55

Desvantagens

Face-a-face

Extremamente efetiva e eficiente.

56

Processo de Comunicação

Membros do “Meta Council” e “Care Transformation Team”

Grande poder de decisão;

Equipe de Enfermagem autonomia para decidir sobre o cuidado.

57

Processo Decisório

Realidade Brasileira

Unidade de Emergência58

LOCALIZAÇÃO

Município Ribeirão Preto -SP

Implantação do Modelo de

Gestão Colegiada em 1999.

59

13 UNIDADES FUNCIONAIS

Grupo Gestor

Gestor

60

Equipe de Planejamento

Comissões Assessoras

Médica

Enfermagem

Administrativa

Supervisões técnicas

Serviço Social Infra-Estrutura e Manutenção

Psicologia Radiologia

Nutrição Laboratórios

Fisioterapia Farmácia

Conselho de Gestores

Coordenação da UE

SUPERINTENDÊNCIA

Acolhimento Bloco Cirúrgico

Sala de Urgência Laboratórios

CTI Adulto Nutrição

Pediatria Infra-estruturaManutenção e Higiene e Limpeza

Neuroclínica Centro de Ensino emUrgência e Emergência

Clínica Cirúrgica Farmácia

Unidade de Queimados

Equipe de Gestão das Unidades Funcionais

61

Responsabilidades Técnicas

Supervisores e Responsáveis Técnicos: Profissionais indicados peloCoordenador da UE que têm como atribuição a supervisão técnica dasatividades exercidas por cada categoria profissional.

Equipe de Planejamento: Coordenador da UE, Gestor do Centro deEstudos de Emergência em Saúde, docente de cada disciplina,Supervisores e Responsáveis Técnicos.

Tem como atribuição assessorar o Coordenador no planejamento e implementação de medidas de abrangência institucional.

62

Experiência de sucesso

63

LOCALIZAÇÃO:Entre o eixo Rio - São Paulo, às margens da Via Dutra, no Município de Volta Redonda / RJ.

MISSÃO:Atender a população de Volta Redonda de portas abertas, dentro dos pressupostos do Sistema Único de Saúde, prestando um serviço de qualidade.

PERFIL ASSISTENCIAL:Hospital Geral, auxiliar de ensino, com perfil cirúrgico de média e alta complexidade.

Apresentando o Hospital

64

CONSELHO DELIBERATIVO

DIREÇÃO GERAL

COLEGIADO DE GERÊNCIA

GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO

POLÍTICO INSTITUCIONAL

GERÊNCIA DE LINHA DE APOIO LOGÍSTICO E

ADMINISTRATIVO

GERÊNCIA DE LINHA DE CUIDADOS DA MULHER, DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

GERÊNCIA DE LINHA DE

CUIDADOS ADULTOS

P.

S.

A.

CL

. C

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RG

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D.E

NS

IN.

AC

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Organograma

65

Coordenador

Trabalha conjuntamente

com Gerências de Linha e

GAGs.

Unidades de Produção

66

INSTRUMENTOS DA GESTÃO

COLEGIADO DE GERÊNCIA –

Instância de DECISÃO

• Todos os coordenadores

participam das Reuniões Mensais.

Participam também outros

representantes.

67

COLEGIADO DA ASSISTÊNCIA

• Os Gerentes de Linha de Cuidado do

Adulto e da Mulher, da Criança e do

Adolescente, se reúnem semanalmente

com os coordenadores da assistência,

para discutir e deliberar sobre

questões inerentes à qualidade da

assistência prestada pela Instituição,

bem como outras questões

relacionadas à comunicação entre

unidades, processo de trabalho, etc.

68

COLEGIADOS NAS UNIDADES

(INTERDISCIPLINAR)

• Mensalmente os coordenadores das

unidades se reúnem com sua equipe

interdisciplinar para avaliar as unidades,

repassar informações do Colegiado de

Gerência, rever rotinas e atualizar

processo de trabalho, realizando escuta

das questões trazidas pela equipe.

69

Dificuldades Encontradas

70

• Funcionamento precário da rede de saúde;

• Número de leitos insuficiente para a demanda, tanto

de internações para cirurgias eletivas, quanto para

internações emergenciais;

• Falta de autonomia para contratação e demissão de

RH;

• Desvinculação e alienação dos trabalhadores do

plantão noturno;

• Desinformação dos trabalhadores acerca dos

pressupostos do Modelo de Gestão;

• Autoritarismo na implantação do Modelo;71

Dificuldades Encontradas

• Coordenação assumida, na maioria das vezes, por médicos;

• Centralização das decisões no coordenador/ gerente/

diretor;

• Falha no processo comunicativo;

• Enclausuramento das equipes nas unidades de trabalho;

• Baixos salários;

• Dificuldade de encontrar gerentes que possuam

disponibilidade de tempo e perfil para a função;

• Dívidas com fornecedores. 72

Dificuldades Encontradas

Considerações Finais

73

O sucesso desse modelo depende da sua manutenção, da

persistência dos profissionais envolvidos, da continuidade

das propostas, da utilização de estratégias que visem o

alcance efetivo de todos os pressupostos da gestão

compartilhada, do aprofundamento do conhecimento

acerca desta temática para que haja a sustentação maior da

prática por meio da teoria e do acúmulo de experiências dos

trabalhadores envolvidos (BERNARDES, 2015).

74

75

Referências

BERNARDES, A. et al. Implementation of a participatory management model: analysis

from a political perspective. Journal of Nursing Management, 2015.

BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE. HumanizaSUS na Atenção Básica. Política Nacional de

Humanização da Atenção e Gestão do SUS, 2010.

BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria GM/MS n. 1996, de 20 de agosto de 2007.

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, 2007.

BRIDGES W. Managing Transitions: making the most of change. 2009.

BURKETT, L. S. Collaborative decision making: empowering nurse leaders. Nursing

Managers. 2016.

CAMPOS, G. W. S.; AMARAL, M. A. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão

democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a reforma

do hospital. Rev. Ciênc. e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 4, p.849 – 859, 2007.

CAMPOS, G. W. S. Um método para análise e cogestão de coletivos. São Paulo:

HUCITEC, 2000.76

CECILIO, L. C. O. A modernização gerencial dos hospitais públicos: o difícil exercício da

mudança. Rev. Admin. Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 3, p. 36-47, 1997.

CECILIO, L. C. O. Modelos técnico-assistenciais em saúde. Aula. 2014.

CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8ª Edição. Ed. Campus.

2011.

FARIA, H. P.; SANTOS, M. A.; AGUIAR, R. A. T. Gestão Colegiada: conceitos e

pressupostos para o alcance da alta responsabilidade organizacional.

FERTONANI HP, et al. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a

atenção básica brasileira. Ciência e Saúde Coletiva. 2015.

LUKES, S. O poder: uma visão radical. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília,

1980.

SANTOS, J. S. Avaliação do modelo de organização da unidade de emergência do

HCFMRP-USP, adotando, como referência, as políticas nacionais de atenção às

urgências e de humanização. Medicina, Ribeirão Preto, v. 36, p. 498 – 515, 2003.77

78

Obrigada!