o mar profundo 1.0

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pesquisa do mar profundo.eng de pesca

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Page 1: O Mar Profundo 1.0

O Mar Profundo

Os ecossistemas de mar profundo estão entre os mais extensos e remotos da

Terra. esses ambientes que representam mais de 50% da superfície do planeta são as áreas

oceânicas situadas abaixo dos 200 m de profundidade e caracterizadas por total ausência de

luz solar, baixas temperaturas e extrema pressão hidrostática, o que torna a vida um desafio

para qualquer organismo. No entanto a maior dificuldade para os seres vivos que habitam o

leito marinho profundo é a extrema limitação alimentar, porém isso acontece porque a

ausência de luz (a partir de cerca de 150 m abaixo da superfície do mar) impede qualquer

atividade fotossintética ou seja sem a energia da radiação solar não há síntese de moléculas

orgânicas pelo processo de fotossíntese, assim realizado por plantas verdes e certas algas e

bactérias. Por esse motivo os organismos que vivem no leito do mar profundo dependem do

alimento produzido nas ricas superfícies oceânicas e exportado para as profundezas porém

a quantidade de nutrientes que chegam ao fundo é limitada pela decomposição bacteriana

ao longo da extensa coluna d’água. Assim quanto menor a produtividade na superfície ou

quanto mais profundo o oceano menor será a quantidade e a qualidade do alimento

disponível para os seres vivos do fundo (bentônicos). Esse processo controla importantes

variações graduais na diversidade de organismos (gradientes biológicos) existentes nos

oceanos.

O Aquecimento Global

O processo de aquecimento global em andamento pode, caso implique uma

redução da produtividade nos ambientes superficiais se tornar uma forte ameaça aos

ecossistemas profundos dessa forma afetando sua funcionalidade natural implicando uma

redução na regeneração de nutrientes e no sequestro de carbono nos sedimentos do fundo

marinho realimentando o processo de aquecimento da atmosfera. Os possíveis efeitos

negativos das mudanças climáticas globais sobre a produtividade marinha não serão

idênticos em todas as bacias oceânicas mas certamente áreas de alta biodiversidade serão

as primeiras a sofrer com tais mudanças.

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A Pesca

A pesca em águas profundas brasileiras teve início no final da década de 90,

através do arrendamento de embarcações estrangeiras. Ainda existem poucos dados

sobre seu impacto no país mas observadores de bordo relatam a captura de até 4

toneladas de corais de profundidade em um único lance de redes de arrasto. Esses

relatos são corroborados por registros fotográficos dos corais no convés das embarcações

de pesca e são evidência contundente da existência de bancos de corais de profundidade

na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira. Muitos países estão proibindo a pesca de arrasto

de fundo para evitar a futura destruição de ambientes marinhos ainda não explorados pela

indústria pesqueira.

 No Alasca, por exemplo, a atividade foi banida em uma área de quase 1 milhão de

km2. No mar mediterrâneo e no mar negro esse tipo de pesca não é permitido em profundidades

superiores a mil metros, totalizando 1.630.000 km2 de área de exclusão de pesca.

 Atualmente, o Brasil protege menos de 1% dos 3.540.000 km2 de sua ZEE, as poucas

áreas existentes de preservação marinha como o Parque Nacional Marinho de Abrolhos são

literalmente ilhas no meio de um oceano desprotegido. Com a proibição da pesca de arrasto de

fundo abaixo dos mil metros esse panorama mudaria radicalmente.

 O Brasil passaria a proteger a maior parte do fundo oceânico de sua Zona Econômica

Exclusiva, tornando-a a segunda maior área de exclusão de pesca do mundo, sem dúvida um

enorme impacto ecológico e sem nenhum impacto econômico.

Introdução na história

Edward Forbes, Escocês (1815- 1854 ): A vida acaba ao se atingir 600 metros

de profundidade ( conceito de Zona Azóica ).

Uma teoria muito contestada na época que causou uma revolução no meio

científico. Edward Forbes é considerado o pai da biologia marinha no reino unido, na

Inglaterra. Esse pesquisador trabalhou fazendo estudos no Mar Egeu, com o passar do

tempo ele percebeu a medida que ele ia aprofundando essas amostragens ia

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aprimorando, assim conseguiu chegar onde não houvesse mas organismo disponível,

visível nessa profundidade de 600 metros. Ele trabalhava com draga e não existia

nenhum busca fundo na época, então ele fazia arrasto com draga e trabalhou com uma

profundidade de 600 metros.

O pesquisador caiu em decadência por algum tempo, quando os estudos continuaram e

houve necessidade de fazer a manuntenção de cabos telegráficos entre Europa e América,

possibilitou a obtenção de uma rica fauna incrustante das profundezas abissais do Atlântico. Com

finalidade econômica foram coletadas amostras com dragagens e através desse equipamento ou

sonda que eles colocavam pra medir a profundidade vieram animais incrustados nos equipamentos,

dessa forma perceberam que existiam vidas em profundidades maiores que a de 600 metros.

( começou a ser contestada a teoria do conceito de zona azóica ou seja zona profunda ou zona sem

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vida). Um aluno brilhante do Edward Forbes chamado Wiville thoson que se juntou com um pequeno

grupo e montaram 2 expedições pra estudar aqueles pontos além dos 600 metros já que havia

indicios de existência de vida, pesquisando eles conseguiram mostrar organismos com profundidade

de até 4000 metros,( 1869- 1870 ).

HMS Challenger (1872- 1876 ). Foi um marco da ciência oceonográfica que realizou

pesquisas através dos oceanos e obteve amostras do solo do Atlântico até 5300 metros de

profundidade, assim elevou mas aiinda o conhecimento sobre o

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s oceanos.

Conclusão

Ecossistemas de mar profundo são a última fronteira para exploração na Terra.

Os esforços mundiais para documentar sua biodiversidade trazem a certeza de que as

espécies que ali vivem, em sua maioria, são raras e diminutas, e ainda não têm nome. O

desafio é alcançar uma estimativa real da biodiversidade oceânica mundial, o que poderia

fornecer as informações necessá rias para a proteção de ecossistemas únicos e dos serviços

ambientais que proporcionam grandes diversidades.

. O papel da comunidade científica é o de investigar a ecologia desses

ecossistemas, de modo que o con hecimento gerado sirva como base para a adoção das

medidas legais capazes de assegurar a preservação desse reservatório de biodiversidade

como uma herança para as futuras gerações.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Centro de Ciências Agrárias Aplicadas

Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura

Relatório apresentado a disciplina ecologia marinha 2014.2

Ministrado pelo professor Leonardo

São Cristovão – SE

Fevereiro de 2015

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