o livro dos espíritos comentado por miramez

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livro dos espiritos comentado

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O LIVRO DOS ESPRITOS COMENTADO POR MIRAMEZ TODAS AS QUESTESNQUESTES DO LIVRO DOS ESPRITOSRESPOSTASCOMENTRIO DO ESPRITO MIRAMEZ

01PARTE PRIMEIRADAS CAUSAS PRIMRIASCAPTULO IDE DEUS1. Deus e o infinito. - 2. Provas da existncia de Deus. - 3. Atributos da Divindade. - 4. Pantesmo.Deus e o infinito 1. QUE DEUS?Deus a inteligncia suprema, causa primria de todas as coisasFILOSOFIA ESPRITA - VOLUME IQuesto 01 comentadaCAPTULO 010001/LEA SUPREMA INTELIGNCIA O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurana: Deus a Inteligncia Suprema, causa primria de todas as coisas.No poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos d um ambiente de f que corresponde, na sua feio mais pura, vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligncia acima de todas as inteligncias humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mnimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de ns est igualmente no centro da nossa existncia, porque Ele est em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presena.O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na manso divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. No existe injustia em campo algum de vida, pois cada Esprito ou coisa se move no ambiente que a sua evoluo comporta; da resulta o porqu de devermos dar graas por tudo o que nos colocado no caminho. justo, entretanto, que nos lembremos do esforo individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcanarmos o melhor. Aquele que acha que tem f em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dvida, com companheiros que no correspondem s suas aspiraes de esperana, ainda carece da verdadeira f, iluminada pela temperatura do amor. a confiana que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por ns.Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonncia com a Criao sanar-se-o todos os problemas, sero desfeitas todas as dificuldades e todos os infortnios cessaro. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, que teremos a resposta mais exata sobre o que Deus.Conhecer e Amar so duas metas que no poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-o as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno cu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligncia est andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimenses do entendimento, porm, ns ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqncias da nossa ignorncia. Todavia, o intercmbio entre os dois mundos acelera uma dinmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreenso daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visvel atravs das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertao das criaturas, mostrando onde est Deus e que Deus, que nos espera, filhos do seu Corao, de braos abertos, como Pai de Amor.

022. QUE SE DEVE ENTENDER POR INFINITO?

O que no tem comeo nem fim: o desconhecido; tudo que desconhecido infinito.CAPTULO 020002/LEA GRANDEZA DO INFINITO O infinito, como que desconhecido para todos ns, a casa de Deus, cujas divises escapam aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados. O Pai Celestial est, por assim dizer, no centro de todas as coisas que existem e, ainda mais, se encontra onde achamos a permanncia do nada.Se acreditamos somente naquilo que vemos e que tocamos, somos os mais infortunados dos seres, pois, desta forma agem tambm os animais. A razo nos diz, e a cincia confirma pelas inmeras experincias dos prprios homens, que o desconhecido tem maior realidade. O que as almas encarnadas no vem e no podem tocar definem a existncia de fora energtica, seno inteligncia exuberante, capaz de nos mostrar a verdadeira grandeza do infinito em todas as direes do macro e do microcosmo.Se sentimos dificuldade para definir o que a vida, certamente no sabemos explicar o que o infinito, que est configurado na ordem dos mistrios de Deus. Compete a ns outros darmos as mos em todas as faixas da existncia e alistarmo-nos na escola do Senhor sem perda de tempo, sem desprezar o espao a ns oferecido, por misericrdia do Criador.Estamos situados em baixa escala, no pentagrama evolutivo. Falta-nos a capacidade de discernir certas leis que regem o universo, como as leis menores que nos sustentam todos em plena harmonia, como micro vidas nos cus da Divindade. Devemos estudar constantemente, cada vez mais, no grande livro da natureza, cujas pginas somente encontraremos abertas, pela viso do amor. Nada errado existe na lavoura universal, o erro est em quem o encontra. Basta pensarmos que o perfeito nada faz sem o timbre da sua perfeio, para crermos que tudo se encontra onde deve estar e onde a vontade do Senhor desejar.Vivemos em um mundo de duras provas, de reajustes em busca da harmonia. O Cristo a porta dessa felicidade, nos ensinando a conquistar este estado d' alma com as nossas prprias foras, porque Deus sempre faz primeiro a Sua parte em nosso favor, em favor de todos os Seus filhos. Ningum rfo da Bondade Suprema.O infinito infinito para ns; para Deus o Seu Lar, onde vibra o amor e onde o perfume exalante a alegria na sua pureza singular. de ordem comum nos planos superiores, que devemos comear pelas lies mais elementares, que nos despertam o corao, primeiramente, para a luz do entendimento.Querer buscar entender o profundamente desconhecido, sem se iniciar nos rudimentos da educao espiritual, perder tempo e andar nas perigosas e escuras estradas da ignorncia. Se queremos conhecer alguma coisa, no que se refere ao infinito, principiemos na auto-educao dos costumes, observando quem j fez este trabalho, e copiemos suas lutas, que os cus da nossa mente abrir-se-o e as claridades da sabedoria universal nos banharo com o esplendor da conscientizao da Verdade.Quem deixa para depois o conhecimento de si mesmo e tenta a sabedoria exterior, desconhece a verdadeira porta da felicidade. Cada Esprito um mundo, um universo em miniatura, onde mora Deus e vibram todas as Suas leis, em ao compatvel com o tamanho da individualidade. Assim, para entender o infinito da Criao, necessrio se faz comear a entender o infinito da alma.

033. Poder-se-ia dizer que Deus o infinito?Definio incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que est acima da linguagem dos homens.CAPTULO 030003/LEDEFINIO INCOMPLETA A Suprema Majestade do Universo , por dignidade prpria, o Inconcebvel e o Incomparvel. No digno de um raciocnio apurado dizer que Deus infinito. Se no sabemos o que o infinito, por faltar, ainda que seja uma abstrao, sentido para tal, na mente dos povos, e mesmo dos Espritos, Ele passa a ter a Sua existncia; e, se Ele existe, foi criado. No pode ser, nem ter os mesmos valores do seu Criador. A deduo formulada surge, certamente, da pobreza de linguagem, nunca para diminuir a personalidade central de todas as coisas. Nada se pode comparar ao Arquiteto Universal; da sua vida estuante e vigorosa saem vidas com a marca do Seu amor incomparvel. Somos todos filhos do Amor.Ns, os Espritos encarnados e desencarnados, devemos nos contentar em sentir Deus em todas as coisas, sem pretender o conhecimento completo da Sua magnnima natureza. Somente Ele conhece a Si mesmo.A nossa evoluo, ou despertar, gradativa em todas as circunstncias. O saber sobre o Senhor nos vem pela fora do progresso, que no-lo entrega pelas mos do tempo. Se a natureza no d saltos em campo algum de vida, comecemos a estudar a ns mesmos com grandes vantagens em relao ao conhecimento de Deus e, se quisermos avanar mais, entremos na escola do Amor, que ele poder nos transmitir as primeiras lies sobre os atributos da Divindade.Somos Espritos imortais. Estamos inseridos, se assim podemos dizer, no bojo do infinito, cujo movimento lembra a inspirao e expirao que nos sustenta todos. Usamos de todos os meios disponveis que j conhecemos para conhecer o desconhecido, pois a razo, a cincia, a filosofia e a prpria religio, que nos induzem a isso; no entanto, somente o amor mais puro que nos faz sentir o nosso Pai mais prximo de ns, a pulsar dentro dos nossos coraes e a nos dizer: A paz seja convosco, que traduz toda a felicidade na brandura e suavidade do seu calor espiritual.Se o infinito passar a existir e for conhecido pelas almas com seus variados mistrios, no poderemos toma-lo como a causa primria de todas as coisas e, sim, como atributo da Inteligncia Maior. Todas as comparaes que fazemos de Deus, todos os relevantes postos que a Ele atribumos O diminuem em vista da nossa pobreza de linguagem, porque Ele , em essncia, Incomparvel.Deus infinito nas suas perfeies, nas qualidades inerentes a sua personalidade que se irradia em todas as direes, que sustenta e d existncia a todas as dimenses do existir.Ele o Todo que se v e, muito mais, tudo o que os nossos sentidos no alcanam.Ele Esprito e importa, sim, que O adoremos em Esprito e verdade. Ele est presente nas claridades do mximo e na luz do mnimo.Ele vibra nas fornias das estrelas e canta nos movimentos dos tomos.Ele faz mover todas as constelaes e harmoniza todo o ninho csmico.Ele sorri para ns atravs das flores, e nos d as mos pelas mos dos nossos benfeitores.Deus ternura, na ternura do seu corao.Sabemos que toda definio, se referindo a Deus, incompleta; todavia, vamos transcrever a do Apstolo Joo, por no encontrarmos outra melhor: Deus Amor. Ainda assim, entendemos que o Amor atributo da Divindade.

044. Onde se pode encontrar a prova da existncia de Deus?Num axioma que aplicais s vossas cincias. No h efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que no obra do homem e a vossa razo responder.CAPTULO 040004/LEEXISTNCIA DE DEUS A existncia de Deus se expressa cada vez mais, com tonalidades fulgurantes, em toda a literatura humana, mostrando e fazendo sentir a todos os povos que o Criador se encontra mais perto de ns do que ns uns dos outros. Ele a razo do nosso viver e, ainda se conclui, que Ele no tem forma definida e capaz de tomar todas as dimenses, na proporo das necessidades de cada criatura. Deus est no mximo, mas desce ao mnimo, desde que haja urgncia na evidncia de Suas qualidades aos sentidos mais apurados da alma.O Senhor a ponte de comando de todas as religies, na feio em que estas podem se expressar, onde foram chamadas a servir. Ele vigia os vus que regulam o saber dos homens ante a prpria cincia, para que o equilbrio se manifeste. Os grandes missionrios registram em tudo a Sua presena infalvel. Todas as filosofias falam da Sua presena divina, pelos recursos que a linguagem alcanou, e o progresso o Seu agente revelador em todos os quadrantes do mundo.No existe algum na face da Terra que no creia em Deus. Existem, sim, alguns que ainda no perceberam a Sua paternidade, por orgulho ou ignorncia, o que no deixa de ser a mesma coisa. Ele vibra em tudo e pronuncia a mesma mensagem em tudo que ocupa um lugar no Seu "corpo ciclpico", na imensido universal. E cada um, em cada coisa existente, registra a Sua presena insupervel, de acordo com o Seu porte evolutivo; eis a a justia, o prprio Amor.Computando valores e somando idades, na cronologia peculiar aos homens, a cada dia que passa, a cada ano que corre na tela do nosso tempo, o Arquiteto Divino fica mais presente na nossa viso e nos fala mais de perto, pelos registros dos nossos sentidos. No que o Senhor se encontre mais ou menos longe. Ele est no mesmo lugar; ns outros que, pelo despertar dos valores espirituais, vamos gradativamente abrindo as portas do entendimento, pelas mos da maturidade espiritual.Nenhuma pessoa, nenhum Esprito, nem algo que exista, rfo da misericrdia, da bondade e da presena de Deus, que nos comanda todos. Essa a grande esperana e a grande alegria que nos impulsiona a viver.Se no h efeito sem causa, no precisamos de maiores explicaes para provar a existncia de Deus; basta levantarmos os olhos para a extenso infinita dos mundos, que bailam nos espaos, para a mecnica das galxias, que viajam em velocidades incrveis na grande casa universal, para a vida dos sis, para a harmonia do universo, e sentiremos constrangimento no centro da conscincia, em negar a existncia d'Aquele que fez tudo isso, e a ns tambm, por bondade e alegria.E, quando se fala na microvida, que so caminhos diversos do macro, apresentando os mesmos roteiros do infinito? Como negar aquilo que existe mais do que ns prprios? Ns, em Esprito, ainda estudamos os princpios da funo biolgica dos homens. O corpo fsico a sntese do universo, a cpia perfeita do macrocosmo, que dever funcionar em plena harmonia com a Divindade, quando o homem se conscientizar dos seus deveres perante a natureza. A maior maravilha da Terra, em se falando das coisas materiais, o soma humano. E os corpos espirituais a ele interligados, para que o Esprito se manifeste? E o Esprito, essa gema divina? E a harmonia de tudo o que existe?Como no crer no Criador de todas essas coisas? Comea, meu irmo, a pensar pelo menos no sol que d vida e sustenta o ambiente em que moras e no ters outro caminho a no ser aceitar um Criador que tenha, na linguagem comum, a Suprema Inteligncia.Repitamos o que afirmou O Livro dos Espritos: Procurai a causa de tudo o que no obra do homem, e a vossa razo vos responder.

05Provas da existncia de Deus5. Que deduo se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existncia de Deus?A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se no tivesse uma base? ainda uma conseqncia do princpio - no h efeito sem causa.CAPTULO 050005/LEINTUIO DIVINA A telepatia entre os homens um fato constatado. Constitui-se em experincias de todos os reinos do saber. J se conhece as suas causas e seus efeitos, com largos exemplos, nos quatro cantos do mundo. J se sabe que cada criatura pode transmitir as suas idias aos seus semelhantes, por vezes sem estar consciente desse ato, comum a todos os seres. Muitos buscam a perfeio ou melhoramento nas transmisses dos seus pensamentos, atravs de escolas, ou exerccios especficos no silncio das coisas que se operam na vida.E nessa verdade que encontramos outra mais sutil: se os encarnados podem se comunicar entre si, pelos fios dos pensamentos, os desencarnados igualmente o podem, e com mais propriedade, por se encontrarem livres das cadeias da carne. E, se os homens trocam suas idias, na serenidade das vibraes, asseguradas por leis que sustentam a harmonia, e se esses mesmos homens desencarnados continuam esse processo de comunicao recproca, como no pensar nas possibilidades de os desencarnados transmitirem seus pensamentos aos encarnados pelo mesmo mecanismo?Eis a a Mediunidade, que se estende em todas as direes, pelos caminhos da sensibilidade, na regncia da lei do Amor, onde a fraternidade abriu caminhos por meios da Caridade. Os homens sensveis, querendo, podem negar, pois tm livre escolha nas suas atitudes, porm, eles conhecem quando os pensamentos nascem da sua prpria mente e quando procedem de fontes espirituais, dado o peso magntico das suas vibraes. A conscincia registra todos os valores e d a conhecer mente instintiva e atuante a procedncia da conversa mental.Usamos as comparaes acima citadas, para te dizer de algo excelente, para te dizer do avano da razo, aprimorada na seqncia do tempo e pelas bnos de Deus: queremos falar da intuio, que ser a faculdade comum do futuro, por enquanto latente em todos os seres. ela o veculo divino capaz de orientar todas as criaturas e faz-las felizes, filha do progresso espiritual, nascida no amanhecer das almas, ao despertarem para a luz, para o entendimento das leis espirituais. Essa intuio, no seu princpio se chamava instinto, dominando animais e homens nos seus primeiros passos. E se os homens primitivos j possuam em suas conscincias a idia de Deus e viviam em tribos espalhadas pela Terra, sem condies de comunicao entre si, qual a origem dessa conscincia de um Poder Supremo? E se no existe causa sem efeito, nem efeito sem causa, essa causa ser, certamente, esse Deus que tanto amamos, que fala a tudo e a todos da Sua existncia, pelos processos compatveis com os que devem e precisam escutar a Sua voz dentro da alma.A certeza da existncia de Deus a de que Ele existe. No h outra lgica no mundo das dedues humanas e espirituais, e tudo que vive canta louvores ao Criador, na dimenso que lhe prpria; e ns, j na condio de Esprito humano, como sendo as flores da grande rvore plantada por Deus no jardim csmico, cantemos juntos, encarnados e desencarnados, o hino de gratido ao Supremo Senhor do Universo, pelo que somos e atingimos na escala da vida! Esse cntico deve ser manifestado pela vida reta, mesmo nas estradas tortuosas onde nos situamos. Busquemos a intuio divina, para que a Divina Intuio nos ampare e nos desperte para a verdade que nos far livres!

6CAPTULO IDE DEUSProvas da existncia de Deus6. O sentimento ntimo que temos da existncia de Deus no poderia ser fruto da educao, resultado de idias adquiridas?Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?

A.K.: Se o sentimento da existncia de um ser supremo fosse to-somente produto de um ensino, no seria universal e no existiria seno nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se d com as noes cientficas.CAPTULO 060006/LEPRODUTO DA EDUCAOA educao nos estimula para as coisas mais nobres da vida, sabemos disso; no entanto, ela gradativa, de acordo com a nossa evoluo espiritual. O modo de assimilao da educao nos meios em que se estagia diferente de uns para os outros, de acordo com os dons despertados em cada criatura. A conscincia de cada alma seleciona o que recebe, como produto do meio em que vive e d condies inteligncia, para que esta amplie os seus valores na pauta da sua existncia, e recusa o que no lhe serve, por condies que j atingiu no avano espiritual.Toda herana relativa, respeitando a posio do herdeiro na vida. Consultando as grandes vidas na Terra, a razo certifcar-nos- desta verdade. Os Espritos, mesmo os chamados primitivos, quando reencarnam em um meio mais evoludo, no assimilam o produto da educao oferecida, por no terem capacidade de entendimento na altura dos seus progenitores, das escolas e livros. A assertiva de que somos o produto do meio no encontra segurana nas leis da evoluo. Podemos ser ou no esse produto, dependendo da faixa em que nos situemos, com aqueles com quem convivemos. E perguntamos: onde aprenderam os primeiros mestres? Qual a escola?O aprendizado mais atuante surge das trocas de experincias entre pessoas e naes; entretanto, o surgimento do verdadeiro aprendizado das almas vem pelos processos de despertar das qualidades que, por vezes, dormem em todos os seres. Da que dizemos, como j falaram todos os profetas, que Toda sabedoria vem de Deus. Todo amor parte da sua magnnima personalidade.A ideia de Deus, na grande populao indgena que viveu na Terra e da qual ainda restam uns poucos elementos, uma prova irrefutvel de que Ele existe e que no foi produto do meio. Foi revelao dos prprios Espritos que circundavam e protegiam esses elementos, nas seqncias evolutivas em que a vida os colocou.Muitos dos senhores de engenho que dominaram o Brasil por muito tempo, alimentavam e divulgavam a idia de que a vida terminava no tmulo e que escravos eram animais de carga. Todavia, mesmo de posse do poder da situao e da fora, no tiravam dos cativos a crena da existncia de Deus e das almas, que utilizavam nos batuques, os corpos dos sensitivos, para os animarem nas suas provaes. Onde fica o produto do meio e da agresso? Quanto mais sofre o Esprito, mais despertam suas qualidades espirituais, mais a verdade o conduz para os caminhos da luz!Certamente que no vamos parar no exerccio sublime da educao e da instruo em todas as faixas de vida e da vida, porque nessa persistncia humana e divina que fazemos a nossa parte, junto j feita por Deus.Os sentimentos ntimos que todos temos, quanto imortalidade da alma e existncia de nosso Pai Celestial, ri a primeira coisa divina colocada em nossos coraes espirituais pelas mos do Criador, em forma de luz que nos ilumina a vida. Essa certeza no se vende, no se d, ningum tira: nosso patrimnio, que brilha em ns com alegria e esperana, a nos falar da felicidade eterna. A meta mais inteligente educar e instruir. Por esses meios todos os talentos desabrocham e a vida para ns passa a ser uma vida em Cristo, na presena de Deus

7APTULO IDE DEUSProvas da existncia de Deus7. Poder-se-ia achar nas propriedades ntimas da matria a causa primria da formao das coisas?Mas, ento, qual seria a causa dessas propriedades? indispensvel sempre uma causa primria.

A.K.: Atribuir a formao primria das coisas s propriedades ntimas da matria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades so, tambm elas, um efeito que h de ter uma causa.CAPTULO 070007/LEA MATRIA EFEITO ESPRITO MIRAMEZ: Indubitavelmente que a matria tem vida. No seu seio mais ntimo notar-se-o fenmenos que por vezes escapam inteligncia humana. H, pois, obedincia s leis sutis que governam e sustentam toda a Criao. Tudo isso que notamos na matria e que a observao cientfica comprova so efeitos da Grande Inteligncia, que denominamos, com toda satisfao, Deus.Ns, no mundo espiritual, e na ao que nos cabe pesquisar, continuamos em estudos profundos sobre o Criador. Assistimos, em lugares apropriados, a luminares da eternidade expondo conceitos que j puderam comprovar sobre o Grande Foco, Sua vida e sua interferncia em todas as direes da Sua casa universal. E eis que, para passar aos encarnados o que ouvimos necessrio que obedeamos a certas regras da comunicao com os seres, ainda envolvidos nos fluidos da carne.Deus realidade absoluta; o que podemos dizer que Ele vibra em tudo que existe. Falando na mesma freqncia dos homens, Ele personalidade distinta no centro das Suas criatividades. Repitamos novamente: Ele Esprito. Se assim podemos dizer, o Criador nico, porm, no Seu gesto de trabalho se faz binrio. O que podemos observar na extenso infinita que Ele aparece e desaparece entre duas respiraes do Seu dinmico poder de viver, e Seu hlito divino interpenetra todas as coisas, marcando a Sua presena, semeando vida e dinamizando foras.Somente poderemos conhecer um pouco do Grande Esprito pelos Seus atributos. Avanar mais, onde os nossos sentidos no alcanam, perda de tempo e falta de compreenso e obedincia a determinadas leis, que marcam os limites do nosso saber. Se queres entender mais, a meditao, depois do trabalho honesto, um caminho excelente para o conhecimento mais acentuado do Criador. Ns O conhecemos mais, no pelos nmeros, nem por ouvir falar; sentimos Sua presena quando a conscincia se apia no dever cumprido. Os Espritos puros sentem Deus na profunda sensibilidade e expressam uma tranqilidade imperturbvel no corao.A matria a mais baixa vibrao da Divindade, caminho criado por Ele para o despertar dos Seus filhos, que saem das Suas mos luminosas e voltam para o Seu ntimo de vida. Essa viagem um tanto ou quanto extensa, competindo a cada criatura fazer a sua parte, na aquisio da sua prpria paz espiritual. Os sentidos dos homens, mesmo dos mais elevados, em comparao com a pureza espiritual dos benfeitores da humanidade, so apagados, pois se distanciam milhes de anos entre uns e outros na escala evolutiva, mas, alegramo-nos em dizer que eles tambm passaram por onde estamos, como estamos avanando para o reino onde eles permanecem trabalhando.Voltando ao assunto inicial, dignamo-nos a responder que, no ntimo da matria poders encontrar Deus, porque as propriedades da matria falam d'Ele, da Sua grandeza espiritual, desde que tenhamos sentido para tal pesquisa. Porm, esses fenmenos no so o Criador; so efeitos da Causa Primria, manifestando-se nas formas transitrias. Pulsa na matria a vida universal, o fluido csmico vibrante, dirigido pela mente do Criador e obediente aos seus sentimentos. Ele sabe de tudo e est em tudo, atravs dos Seus atributos espirituais.A matria, por mais evoluda que seja, no demonstra inteligncia. Ela movida pela Inteligncia Suprema. Em se falando da Terra, somente no homem comea a despertar a razo, que conseqncia do princpio inteligente, mesmo assim, sob o comando da Inteligncia Maior, Deus.

8arte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSProvas da existncia de Deus8. Que se deve pensar da opinio dos que atribuem a formao primria a uma combinao fortuita da matria, ou, por outra, ao acaso?Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que o acaso? Nada.

A.K.: A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinaes e desgnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formao primria ao acaso insensatez, pois que o acaso cego e no pode produzir os efeitos que a inteligncia produz. Um acaso inteligente j no seria acaso.ESPRITO MIRAMEZ: CAPTULO 080008/LEO QUE O ACASO O orgulho nos faz esconder Deus, pela fraqueza do entendimento, colocando-O como acaso, palavra que nada expressa na linguagem dos homens. E quem O desmerece esconde os Seus prprios valores, porque dependemos da Sua iluminada presena e da Sua magnnima existncia espiritual. Se o acaso no existe, como compar-lo a um ser que existiu sempre e que tem mais existncia do que toda a criao junta? Absurdo dos absurdos!Nada se faz por acaso. Para tudo existem leis que nos pedem obedincia. Para que a harmonia se faa, justo que observes o mundo em que vives. No se pode viver sem que se tenha leis para obedecer, e ao infrator vem logo a corrigenda. As coisas espirituais obedecem s mesmas regras e o Comando Divino vigilante, operando em todos os sentidos para que estas leis sejam cumpridas, no sentido de estabelecer a paz e o bem-estar em todas as direes da vida.A alma j moralizada obediente; ela estuda e compreende o que deve ser feito e respeita todos os direitos alheios; por isso que vive em paz com a conscincia. Enquanto no trabalharmos os caminhos traados e vividos por Jesus, permaneceremos em guerra em ns mesmos e sofreremos as conseqncias da nossa ignorncia.A prpria cincia dos homens desmente o acaso, porque para tudo tem uma explicao lgica. A gestao de um filho no ventre de sua me ou a formao de um fruto e de uma flor era debitada na conta dos mistrios, atribuda ao acaso, por no se saberem os fundamentos da prpria vida estuante e vigorosa em toda a criao. Entretanto, agora, no sculo vinte, na hora da luz, quando os Cus se aproximam dos homens, ou quando os homens abrem os coraes ante outras dimenses da vida, no se deve falar em acaso, por esse assunto marcar ou reavivar os caminhos da ignorncia espiritual. O acaso, ainda que tivesse existido, teria morrido por falta de alimento.Se todo efeito tem uma causa, na deduo comum entre os homens, eis que os efeitos invisveis esto apoiados em causas mais sutis do que pensas. Em tudo, repitamos, existe um Comando Inteligente que de nada esquece, uma Oniscincia operando para a harmonia de todas as coisas. Isso certamente nos d muita alegria, e a esperana cresce para a dimenso do amor.O respeito a Deus deve ser o primeiro ato de cada dia, como que uma orao de agradecimento por tudo que recebemos do Seu imensurvel amor, e esse ato nos colocar mais prximo da Sua ao benfeitora. Cumpre-nos esclarecer que Deus est presente em nossa vida e faz o nosso viver, deixando a nossa parte para que a faamos com as nossas prprias foras. Mesmo assim, a Sua misericrdia tamanha que, se pedimos ajuda, alm da que Ele nos d naturalmente, pela Sua inestimvel bondade e o Seu inesgotvel amor a todos os Seus filhos, Ele nos atender. Porem, no nos faamos surdos s Suas leis, para que no venhamos cair em novas e piores tentaes.Esqueamo-nos do nada e lembremo-nos do Tudo. Esqueamo-nos da inrcia e lembremo-nos do trabalho. Trabalhando, esqueamo-nos do dio e abracemo-nos, vivendo o amor, porque essa disposio verdade nos garantir a paz espiritual e a alegria permanente no corao.Vamos nos lembrar de Jesus com todo o carinho, Ele que veio anunciar para todas as criaturas o Reino de Deus, lembrando-nos que nenhuma das Suas ovelhas se perderia, e que no existe rfo na casa do Pai. Isso significa esperana para todos ns, encarnados e desencarnados, pela presena da F. bom que deixemos bem claro que todas as combinaes da matria so foras de Deus na luz do teu entendimento.

9Parte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSProvas da existncia de Deus9. Em que que, na causa primria, se revela uma inteligncia suprema e superior a todas as inteligncias?Tendes um provrbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso que ele se denomina a si mesmo de esprito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!A.K.: Do poder de uma inteligncia se julga pelas obras. No podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primria , conseguintemente, uma inteligncia superior Humanidade.Quaisquer que sejam os prodgios que a inteligncia humana tenha operado, ela prpria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior h de ser a causa primria. Aquela inteligncia superior que a causa primria de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dem.ESPIRITO MIRAMEZ:CAPTULO 090009/LEO ORGULHO E O EGOSMO O Esprito orgulhoso, encarnado ou desencarnado, se supervaloriza, criando assim em tomo de si, o seu prprio mundo, de sorte a querer desconhecer os valores que no lhe pertencem e, principalmente, a Fonte Criadora de todas as coisas. O orgulho est sempre ligado ao egosmo, estado deprimente daqueles que o possuem. Ns, os moradores da casa terrena nos dois planos de vida, estamos fechando o crculo de provaes e comeando a perceber o fim do materialismo. Graas a Deus, est morrendo essa poca de descrer da Paternidade Universal.Compete aos prprios homens erguerem seus pensamentos s alturas espirituais, reconhecendo e fazendo com que os outros encontrem a segurana de todas as seguranas, que conhecer Deus dentro e fora de si e ouvir Sua palavra a nos educar por todos os meios e mtodos de que Ele dispe, pelas fornias visveis e invisveis da Sua majestosa criao.O egosmo contrai todas as foras do Esprito e atrofia as sensibilidades, fazendo-as perderem o contato com os agentes da Divindade, que nos trazem as notcias de vida em todos os planos da vivncia espiritual. Ns podemos, pelos meios de que dispomos, que nada existe sem vida, mesmo a matria que chamamos inerte. Em tudo manda a vida como vida de Deus.O ser orgulhoso deixa de conhecer os seus prprios poderes, inerentes sua personalidade. O ser egosta facilita condies para a sua angustiosa solido e sempre portador desses dois carrascos. No desconfia de que est andando para o abismo sem o perceber.Se queremos ser livres, procuremos educar-nos e instruir-nos, e o caminho mais acertado Jesus Cristo. Ele o Pastor Inconfundvel de todos ns; o Seu amor nos sustenta desde o princpio, nos abenoando em todos os caminhos e nos dando vida em todas as circunstncias.Meu filho, no duvides mais da existncia de Deus. Se queres reconhecer Seu valor, olha Sua obra. Se tudo est em plena harmonia, certamente que o seu Criador perfeito em todos os Seus aspectos. Negar o Senhor nos dias que correm, assinar o atestado de ignorncia calculada, que desvincula o amor do corao e separa a f do ambiente em que se vive. No lugar do orgulho, constri a fraternidade, e na rea do egosmo, conquista o amor. No s diferente dos que j se realizaram na vida espiritual, e no existem outros caminhos que no sejam os delineados pelos grandes missionrios da Caridade. Falar no bem e viver no bem a meta do Esprito inteligente, que no se esqueceu da educao.Quando admiramos uma pintura famosa, a primeira coisa que desejamos saber quem foi seu autor. Pois bem, a natureza universal, de cujos benefcios desfrutamos, a mais bela pintura, a mais engenhosa construo que podemos contemplar. Faamos o mesmo, busquemos o seu autor. Encontraremos esse Deus de que sempre falamos com toda a nossa alegria, com toda a gratido. A obra refiete a inteligncia de quem a fez. Se ainda duvidas da nossa fala, procura-O nas diversas literaturas espiritualistas, busca meditar sobre Ele, que a Sua presena tornar-se- visvel s tuas sensibilidades, bem como ao teu raciocnio. E Ele passar a ser teu companheiro permanente, porque abriste o corao procura da Sua benfeitora luz.J procuraste observar o teu prprio corpo e o seu funcionamento inteligente? Foi o acaso que o fez? Se desconheces o teu prprio corpo, foi algum mais capacitado que o planejou; procura esse algum, que O encontrars sorrindo para ti, ajudando-te a desvendar os mistrios que existem em muitos outros ngulos da vida. Livra-te do orgulho e do egosmo, que encontrars as bnos do entendimento, encontrars Deus dentro de ti.

10Parte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSAtributos da divindade10. Pode o homem compreender a natureza ntima de Deus?

No; falta-lhe para isso o sentido.MIRAMEZCAPTULO 100010/LEA NATUREZA DE DEUS A natureza ntima de Deus escapa aos sentidos humanos, em toda a sua trajetria evolutiva. Somente Deus se conhece. o que no acontece conosco; ns no nos conhecemos. Os mistrios a desvendar so infinitos, em relao Divindade. Na profundidade, ainda desconhecemos a prpria matria que nos serve de veculo e, portanto, estamos longe de conhecer o seu criador. Parar de estudar a Sua personalidade majestosa desconhecer o valor do progresso, que sempre nos convida para avanar; porm, dar saltos incompatveis com as nossas foras quebrar a tnica da nossa capacidade.A ansiedade de conhecimento pode nos levar aos extremos, no entanto, o bom senso nos chama a ateno para a harmonia que dever nos guiar em todas as seqncias evolutivas. Basta, por enquanto, saber que Ele existe e aprender algo mais sobre Seus atributos, que o tempo, impulsionado pela nossa vontade, dar-nos- ambiente favorvel de sentirmos a Divindade em ns, o que j representa um grande avano na esteira dos evos.Se os homens ainda no se libertaram de muitos hbitos extravagantes e vcios perniciosos, como querer conhecer a natureza ntima de Deus? Cada vcio uma porta fechada em direo s belezas imortais da alma. Cada hbito inconveniente uma tranca ajustada porta, impedindo a inspirao superior de chegar ao corao humano.Estamos muito apegados s coisas de criana, pela fora do nosso tamanho evolutivo. A mente cresce no ritmo que as leis determinarem, sem com isso perturbar o andamento da ponderao. No devemos entregar os nossos deveres a Deus. Ele est sempre presente pelos meios que acha conveniente; entretanto, a nossa parte temos de faz-la, e, ainda mais, aprender a faz-la bem. Enquanto permanecermos na ignorncia, sofreremos as suas conseqncias. A justia vibra em toda a criao como agente de Deus, acompanhada pela misericrdia do Seu amoroso corao, que bate dentro do infinito, no ritmo da Luz.Quando nos faltam sentidos para conhecer alguma coisa a mais dos nossos conhecimentos, o que fazer? Toma-se necessrio estudar na rea em que nos compete agir, procurar aprimorar os conhecimentos j adquiridos, fortificar em nossas vidas todas as qualidades nobres que comearam a se despertar em nossos coraes. O trabalho imenso, a lavoura grande, sem que saiamos do nosso prprio convvio ntimo. Esquecer esse labor, perder os princpios da verdadeira sabedoria. Vamos ainda gastar milhes de anos para conhecermos o comeo das lies eternas. Como avanar agora para reas cujos registros os nossos sentidos no suportam?Se a luz do Sol fsico, para chegar Terra, passa por muitas filtragens e se divide em raios incontveis para nos beneficiar todos, o que dizer da luz do Sol espiritual? A razo nos diz que ela tem infinitas modificaes para ajudar, servindo de estmulo a todas as vidas. Toda verdade relativa ao ambiente a que deve chegar. Quem desconhece as leis naturais que vigoram no mnimo movimento dos tomos nos mundos que bailam nos espaos, no poder conhecer essas mesmas leis que regulam a harmonia do seu prprio corpo, ou dos corpos que servem ao Esprito, para se expressar onde se encontra. Procuremos, pela meditao, entender quem nos governa e sejamos obedientes a essa fora universal, que tudo se tornar sereno em nosso ntimo e ao nosso derredor.Se queremos principiar o estudo da natureza ntima de Deus, necessrio termos a pureza de corao, que indica as primeiras letras dessa sabedoria do conhecimento de si mesmo. Os caminhos so infinitos, como infinitos so os nossos destinos ante o Todo Poderoso, que nos fez por Amor.

11Parte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSAtributos da divindade11. Ser dado um dia ao homem compreender o mistrio da Divindade?Quando no mais tiver o esprito obscurecido pela matria. Quando, pela sua perfeio, se houver aproximado de Deus, ele o ver e compreender.A.K.: A inferioridade das faculdades do homem no lhe permite compreender a natureza ntima de Deus. Na infncia da Humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeies lhe atribui; mas, medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no mago das coisas; ento, faz idia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme s razo.MIRAMEZ:CAPTULO 110011/LEO MISTRIO DA DIVINDADE O mistrio da Divindade est distante da compreenso humana, por faltarem ao homem sentidos para tal. As seqncias misteriosas dos Espritos a Deus so infinitas e os caminhos so igualmente sem fim. O crescimento da alma vai lhe dotando de poderes, de sorte a conhecer mais profundamente o mundo espiritual e as leis que governam toda a criao divina; todavia, essas leis so agentes movidos pela, Sua poderosa mente, que abrange toda a extenso Universal.No estgio em que nos encontramos, encarnados e desencarnados, no devemos pensar em conhecer a intimidade de Deus. , pois, querer saltar para o inconcebvel, desrespeitando a harmonia da gradatividade, da sabedoria maior. Alguns homens inexperientes afirmam que no existem mistrios para os espiritualistas. Como se enganam esses nossos irmos! Quanto mais nos conhecemos, mais sabemos que nada sabemos, em se falando das dimenses que se escondem nas dobras da escala evolutiva e nos segredos da Divindade. Os que dizem conhecer tudo, nada sabem; so pseudo-sbios diante da sabedoria maior e lhes falta humildade e as primeiras chaves, o conhecimento das regras de viver em harmonia consigo mesmo. Certamente que o orgulho se movendo em seus sentimentos e a vaidade egosta iludindo seus coraes.Quando Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, afirma que "fora da caridade no h salvao", est nos mostrando que o ambiente da benevolncia prepara e nos ajuda a despertar os talentos internos, de maneira a observarmos outras nuances das leis que at ento no tenhamos percebido. A caridade, em todas as suas feies, fora divina no divino aprendizado de todos os Espritos. E luz nas mos de quem deseja ser iluminado, chave que abre muitas portas do saber, porque a caridade , por excelncia, Amor. Quem quiser conhecer mais um pouco dos mistrios de Deus, que faa e viva a caridade, que ela dotar esse trabalho de poderes para essa viso interna, de sentidos apropriados para compreender os efeitos das leis divinas.Outra coisa valiosa que recomendamos para todas as criaturas o exerccio da orao. No devemos esquecer a prece em todas as circunstncias. Ela desata e desenvolve os fios dos pensamentos, impulsionando-os em todas as direes, de acordo com os sentimentos que os geraram, tem a capacidade de recolher os frutos na mesma dimenso em que foram emitidos. Ns somos mundos com imensurveis qualidades a se desenvolverem, dependendo do que quisermos fazer delas, do nosso esforo e f nas nossas realizaes para o bem prprio e da coletividade.Se ests em busca de mistrios que muito te atraem, na verdade te dizemos que existem muitos mistrios no mundo ntimo de cada criatura e eis a a grande oportunidade de estudarmos a ns mesmos e nos deliciarmos com os nossos tesouros ntimos. O amor qual um sol que se divide em variadas virtudes. Vamos observar esse fenmeno maior dentro de ns, com honestidade nas boas obras, que os vus vo caindo em seqncias que suportamos e a serenidade dominar-nos- a conscincia. Esses so os mistrios menores, representando uma universidade onde deveremos permanecer por um tempo que no podemos determinar. Despertemos para esse trabalho louvvel e dignificante, de nos conhecermos a ns mesmos, porque conhecer a Divindade como pretendemos somente ser possvel depois que nos tornarmos Espritos Divinos, e, mesmo assim, vamos encontrar em nossos caminhos de luz, mistrios e mais mistrios a desvendar, o que haveremos de fazer com amor e alegria espiritual.Que Deus nos abenoe nesta jornada infinita do acordar para a Luz!

12Parte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSAtributos da divindade no possamos compreender a natureza ntima de Deus, podemos formar idia de algumas de Suas perfeies?De algumas, sim. O homem as compreende melhor proporo que se eleva acima da matria. Entrev-as pelo pensamento.

MIRAMEZ:CAPTULO 120012/LEPENSAMENTOS PUROSA elevao moral dotar-nos- de pensamentos mais ou menos puros, capazes de perceber determinados mistrios, antes escondidos pela incapacidade humana. Ns, encarnados e desencarnados, estamos em uma grande escola de Deus, que converge os nossos sentimentos a depuraes necessrias e urgentes, no sentido de enriquecer todas as nossas qualidades espirituais.Quem est nos dando a honra de ler os nossos escritos e acompanha os nossos trabalhos no seio da coletividade, deve saber das nossas idias, no que se refere ao esforo prprio que mais incentivamos, que aquele intercalado com os dos nossos irmos em caminho conosco. Ningum pode realizar nada sozinho; do nosso dever trabalhar em conjunto, para que a fraternidade seja um facho da luz de Deus.Esprito algum est afastado da Divindade. Quando falamos que no podemos conhecer a natureza ntima de Deus, no quer dizer que estamos longe do Senhor, pelo contrrio, Ele est em ns, vibrando com todas as Suas perfeies, e fora de ns, nos iluminando com todas as Suas qualidades superiores. A nossa integrao com Ele depende, da nossa disposio espiritual, pela fora do tempo. necessrio que entremos na senda do amor puro, para que a pureza nos alimente no raiar de todos os dias e no percurso de todas as nossas existncias.A evoluo espiritual, ou despertar, simboliza uma escada como a de Jac, referida no texto bblico. De vez em quando alcanamos um degrau, respeitando mais alm a fora indutiva, que nos leva ao conhecimento mais elevado. O homem comum desconhece a engrenagem filosfica do aprimoramento, pois faltam-lhe sentidos para perceber esse mistrio que somente a elevao espiritual pode conceber. O espiritualista, com idias universais da sabedoria divina, comea a adentrar no grande arcano e sentir um novo mundo de saber, pelas belezas incomparveis das sensibilidades do corao, e o santo, na verdadeira acepo da palavra, passa a perceber por meios que faltam aos demais, certas perfeies do Criador, sem por vezes ter condies de as transmitir aos que seguem os seus passos. No entanto, fala mais alto do que o verbo, a pureza da sua conduta, a vivncia daquilo que prega aos seus semelhantes sobre a vida e a obra de Nosso Senhor Jesus Cristo.So poucos na Terra, mas existem alguns cujos pensamentos j afnizam com o reino das idias de grande pureza espiritual; e esses pensamentos lhes do aspecto de missionrios de Deus em exerccio no mundo das formas. Esto no corpo, porm, vivem no reino divino pelo ambiente de luz da conscincia. Este o futuro de toda a humanidade, da qual somos parte integrante.Podemos sentir com mais profundidade alguns atributos de Deus, e a porta desse aprendizado o "pergaminho de luz" que herdamos do Cristo. Jesus desceu dos altiplanos da Vida Maior para nos ajudar, abrindo a academia do Amor no plano em que habitamos, facilitando, assim, meios mais rpidos para o despertar dos nossos dons espirituais. Ele nos convida por meios variados e nos chama por modos diferentes. necessrio conhecermos a Sua voz e seguirmos as Suas pegadas.A educao dos pensamentos na sua formao a base na aquisio de luz, para que o nosso celeiro de conhecimentos nos integre e nos livre de todas as temperaturas que podero advir nos caminhos tortuosos das trevas. Quem comeou a viver as virtudes disseminadas pelo Evangelho est se ligando por fios invisveis a algumas das perfeies do Senhor, e delas nunca mais se apartar, ouvindo sempre a voz do Comando Divino a dizer: Levanta-te e anda, que estarei contigo eternamente!

13Parte PrimeiraDas causas primriasCAPTULO IDE DEUSAtributos da divindade13. Quando dizemos que Deus eterno, infinito, imutvel, imaterial, nico, onipotente, soberanamente justo e bom, temos idia completa de Seus atributos?Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porm, que h coisas que esto acima da inteligncia do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita s vossas idias e sensaes, no tem meios de exprimir. A razo, com efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeies, porquanto, se uma Lhe faltasse, ou no fosse infinita, j Ele no seria superior a tudo, no seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeies que a imaginao possa conceber.A.K.: Deus eterno. Se tivesse tido princpio, teria sado do nada, ou, ento, tambm teria sido criado, por um ser anterior. assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e eternidade. imutvel. Se estivesse sujeito a mudanas, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam. imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matria. De outro modo, ele no seria imutvel, porque estaria sujeito s transformaes da matria. nico. Se muitos Deuses houvesse, no haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenao do Universo. onipotente. Ele o , porque nico. Se no dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou to poderoso quanto ele, que ento no teria feito todas as coisas.As que no houvesse feito seriam obra de outro Deus. soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria no permite se duvide nem da justia nem da bondade de Deus.MIRAMEZ:CAPTULO 130013/LEAS QUALIDADES DE DEUS As qualidades de Deus so marcadas pelas nossas comparaes plidas, por no haverem outras em que possamos nos apoiar. Sujeitamos o Senhor s nossas fracas dedues em confronto com os nossos dons, colocando o nosso Pai Celestial dotado das nossas faculdades altamente aprimoradas. Que Ele nos perdoe as comparaes.Quando falamos que Deus a Suprema Inteligncia, porque no encontramos recursos na linguagem para destac-Lo de outra forma. Inteligncia e razo ainda so posses do Esprito comum; o Criador est acima de todas as colocaes humanas, e mesmo espirituais, do nosso plano. Quando falamos que Deus Amor, certamente estamos diminuindo o Grande Foco de Luz que nos sustenta todos. O amor um dos Seus atributos; Ele muito mais que o amor. Ele , pois, o Incomparvel.A ansiedade dos homens em conhecer Deus, Seus atributos, Sua intimidade, impulso dos primeiros passos a criatura na escala evolutiva, e isso vai se arrefecendo de acordo com a seqncia do despertar espiritual; no que os Espritos percam a vontade de conhec-lo, pelo contrrio: o que perdem o interesse de passar dos limites das suas foras. No desejando contrariar as leis, cumprem os seus deveres e esperam a sbia vontade d'Aquele que tudo conhece pela oniscincia dos Seus valores.A magnitude de Deus ofusca todas as luzes e a sua bondade inspira todas as bondades do universo; o seu amor alimenta todo o amor da criao e o seu trabalho o exemplo que deveremos operar constantemente. muito bom falar de Deus, pensar em Deus e, se for o caso, escrever sobre Deus, porque neste ambiente que passamos a conhec-Lo melhor e respeit-Lo condignamente. Enquanto assim agimos, estamos condicionando idias elevadas acerca da Sua inconfundvel personalidade. Este exerccio de alto valor para a nossa integrao com a Divindade, pois se processa uma operao de seleo de valores nas nossas intimidades, como no ntimo de quem, porventura, nos ouvir ou ler. tempo que o prprio tempo aperfeioar nas bnos do Comandante Maior.Unia coisa falamos com muita alegria: que as sementes dos atributos do Criador se encontram plantadas nas nossas conscincias, na profundidade do nosso ser e, se assim podemos dizer, a fora do progresso se encarregar de despert-las para a luz e faz-las crescerem para a fonte de onde vieram.Ningum foge desses caminhos delineados pela Grande Vida. A rea da nossa liberdade muito pequena para sabermos o de que verdadeiramente precisamos; tudo obedece vontade d'Aquele que nos criou, tudo vem d'Ele e vai para o Seu seio fecundo e celestial.Quem deseja analisar a capacidade de Deus, que observe a Sua criao, a harmonia e a mecnica do Universo. Tudo luz na Sua feio divina, mesmo o que pensamos ser treva, por nos faltarem dons desenvolvidos na busca da intimidade das coisas.Oh! Homens que caminhais conosco, se quereis viver felizes, deixai despertar as luzes que existem em vossos coraes, na conjuntura das vossas foras, agradecendo Divindade e tomando as mos do Cristo, que Ele vos libertar!Sejamos fortes na educao de ns mesmos todos os dias, porque na persistncia do trabalho e no esforo do dever, que beijamos as flores da sabedoria como se fossem a face do Criador, nos tornando digno de um novo amanhece

14CAPTULO IDE DEUSPantesmo14. Deus um ser distinto, ou ser, como opinam alguns, a resultante de todas as foras e de todas as inteligncias do Universo reunidas?Se fosse assim, Deus no existiria, porquanto seria efeito e no causa. Ele no pode ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.Deus existe; disso no podeis duvidar e o essencial. Crede-me, no vades alm. No vos percais num labirinto donde no lograreis sair. Isso no vos tornaria melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditareis saber, quando na realidade nada sabereis. Deixai, conseqentemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastantes coisas que vos tocam mais de perto, a comear por vs mesmos. Estudai as vossas prprias imperfeies, a fim de vos libertardes delas, o que ser mais til do que pretenderdes penetrar no que impenetrvel.

CAPTULO 140014/LEUNIDADE DO CRIADOR A Deus uma unidade dinmica, no Seu carter criativo e fecundo, mas nico na Sua majestosa intimidade de valores incomparveis.Ele no produto das coisas e inteligncias, disseminadas por toda a criao, pois causa e efeito so duas coisas distintas uma da outra. Basta um pouco de raciocnio para podermos harmonizar estas idias, referentes ao Senhor de todas as coisas.Em todos os momentos que voltamos a pensar em Deus, os nossos sentidos passam a v-Lo na Sua unidade total, nico na Sua posio de benfeitor universal. Dividi-Lo contrariar a nossa conscincia e sentir insegurana sobre a verdadeira paternidade. Registramos nas nossas dedues mais apuradas, no mundo espiritual, a unidade do Criador, como ouvimos os grandes missionrios da luz, que descem at ns com as mesmas idias, os quais nos mostram a realidade pelos fatos da prpria natureza, engenhoso processo que reflete a presena da Grande Luz em todas as intimidades criadas.No nos preocupemos quando os homens pretendem adorar outros deuses, ou muitos deuses, como no passado. A verdade no se inquieta; ela se impe porque a verdade. No perpassar dos tempos, somente ela ficar de p, diante de todas as dedues humanas. O que temos a dizer, com toda a sinceridade do corao, que Deus uno, um ser individual, ligado por agentes sutis a toda a criao, e mais amante na intimidade de todas as coisas. Quando o Esprito encontra a si mesmo, passa a sentir Deus com mais intensidade, por ser essa a senda, a porta de partida para novos conhecimentos sobre a Divindade.Comea, meu irmo, a estudar as tuas prprias reaes, a analisar teus prprios feitos, a corrigir os teus prprios deslizes, no silncio que prprio ao iniciante da verdade, que conhecers outras dimenses do saber. Estas sempre vibram ao nosso redor sem que as suas notcias nos atinjam por faltar o bater s portas da simbologia evanglica. Quando os nossos pensamentos se educarem na razo direta das qualidades superiores e a boca se esquecer de ferir, os olhos de perscrutar os erros alheios e as mos se tomarem somente instrumentos de ajudar, estabelecer-se- a harmonia em nossos coraes. Se Deus Unidade, de nosso dever criar a unidade do bem, do amor e da caridade em ns, para que possamos refletir a Divindade em todos os nossos passos.O homem inteligente procura no contrariar as leis naturais e, quando ele desencarna com essas mesmas intenes, sentir na profundidade o porqu desta obedincia. Ningum livre na totalidade da expresso. Somos todos servos do Senhor e essa deve ser a nossa imensa alegria, porque Ele sabe o que mais nos convm nas linhas do nosso despertar.O pantesmo foi uma verdade "camuflada", por encontrar uma humanidade sem condies de senti-la face a face. A verdade se toma, pois, relativa em todas as suas nuances de claridades espirituais. Agora estamos comungando com idias mais puras sobre a Divindade e a maturidade nos aproxima mais da Luz que nos alimenta e nos sustenta a vida. Por isso cremos na unidade de Deus, na sua justia cheia de misericrdia e de Amor. Quanto mais conhecemos o Senhor, mais notamos as nossas deficincias em conhec-Lo, dada a Sua grandeza de poderes e os Seus atributos indescritveis.Cr, meu filho, em Deus, s obediente ao Comando Maior, que tudo vir ao teu encontro pelas linhas do teu merecimento e de acordo com a tua capacidade de suportar. No existe injustia em quaisquer dos acontecimentos da vida, esta a verdade.

15CAPTULO IDE DEUSPantesmo15. Que se deve pensar da opinio segundo a qual todos os corpos da Natureza, todos os seres, todos os globos do Universo seriam partes da Divindade e constituiriam, em conjunto, a prpria Divindade, ou, por outra, que se deve pensar da doutrina pantesta?No podendo fazer-se Deus, o homem quer ao menos ser uma parte de Deus.CAPTULO 150015/LEVISUALIZAO DO HOMEM Certos homens vivem visualizando o seu prprio destino, colocando a prpria imagem nos caminhos dos deuses, unificando seus desejos para se tomarem um deus. Estes homens esto certificados dos poderes da Divindade, da sua existncia e do seu comando sobre todas as coisas, mas partem do princpio errneo de que podero algum dia, no tempo que se chama eternidade, ser um Deus, como, e certamente, o Senhor a quem eles respeitam e obedecem. tempo que se perde, cogitao vestida de sonhos irrealizveis.No quadro em que se encontra a humanidade, diante das suas necessidades mais prementes, o dever de cada criatura deveria ser o cultivo das virtudes assinaladas pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que, mesmo com a sua gradao espiritual elevada, gastar sculos incontveis para harmonizar o planeta com as leis do Amor, virtudes essas que so reflexos dos atributos de Deus, recolhidas por Jesus pela Sua sapincia, na universalidade iluminada dos cus, e entregue aos homens pela Sua vivncia daquilo que ensinou pela misericrdia divina, o que no deixa de ser a materializao do Amor na Terra.Apoiamos e incentivamos a visualizao dos poderes espirituais, na escala que iremos mencionar: a alegria nos nossos caminhos, o perdo junto aos que nos ofendem e caluniam, o trabalho na altura das nossas foras, a dignidade na altura dos nossos conhecimentos, a f que comporta os nossos coraes, a caridade bem situada e o amor bem compreendido. Eis o princpio da escala que devero percorrer as nossas visualizaes. Mas, nos compararmos com a Divindade dar vazo ao orgulho e voar com as falsas asas da vaidade. Mais ainda, estaremos indo de encontro s prprias leis que nos regulam o porte espiritual. a mesma coisa que pretendermos apagar o brilho de uma estrela com os dois dedos que costumamos segurar um palito de fsforo.Ganhemos tempo! Estamos na era da Luz; busquemo-la em todas as direes para que aquela que o Senhor colocou dentro de ns se acenda em todo o seu esplendor, nos libertando das trevas da ignorncia! O pretensioso, quando prepotente, atrofia suas prprias foras e deixa de alcanar no tempo o que deveria: a liberdade de compreender a verdade e viver o ambiente de paz da sua conscincia. Sejamos humildes e todos os entendimentos, respeitosos ante as ajudas p conosco, bons na frente dos que carecem de carinho e justo; com quem caminha conosco, porque aquele que aprimora a si mesmo no tem tempo para devaneios e granjeia amigos p; onde passa, encontrando amor por onde manifesta seus elevados interesses.Se os homens desejarem ser parte de Deus, como nos informa "O Livro dos Espritos", na resposta nmero quinze, no muito melhor nos sentirmos sendo os seus filhos? Nunca faltaram, em tempo algum, as respostas s perguntas que formulamos ao Criador. Elas vm por muitos meios e cada vez que o tempo passa, o intercmbio se aperfeioa, nos colocando com mais segurana a saber da verdade no seu fulgor mais apurado. Quantos livros no existem na Terra, respondendo perguntas de toda a natureza? Basta procurarmos para encontrarmos. Quantos homens dotados de certos valores esto capacitados a responder sobre variados assuntos e coisas do Esprito? Hoje, s no aprende quem no quer. Comea pensando, prossegue orando e avana para o encontro da verdade que ela te aparecer com os braos abertos para te libertar. Visualiza a Verdade e o Mestre, que Ele te instruir dentro das tuas necessidades de viver melhor, no ngulo em que podes viver bem.

16CAPTULO IDE DEUSPantesmo16. Pretendem os que professam esta doutrina achar nela a demonstrao de alguns dos atributos de Deus: Sendo infinitos os mundos, Deus , por isso mesmo, infinito; no havendo o vazio, ou o nada em parte alguma, Deus est por toda parte; estando Deus em toda parte, pois que tudo parte integrante de Deus, Ele d a todos os fenmenos da Natureza uma razo de ser inteligente. Que se pode opor a este raciocnio?A razo. Refleti maduramente e no vos ser difcil reconhecer-lhe o absurdo.A.K.: Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de suprema inteligncia, seria em ponto grande o que somos em ponto pequeno. Ora, transformando-se a matria incessantemente, Deus, se fosse assim, nenhuma estabilidade teria; achar-se-ia sujeito a todas as vicissitudes, mesmo a todas as necessidades da Humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. No se podem aliar as propriedades da matria idia de Deus, sem que Ele fique rebaixado ante a nossa compreenso e no haver sutilezas de sofismas que cheguem a resolver o problema da Sua natureza ntima. No sabemos tudo o que Ele , mas sabemos o que Ele no pode deixar de ser e o sistema de que tratamos est em contradio com as suas mais essenciais propriedades. Ele confunde o Criador com a criatura, exatamente como o faria quem pretendesse que engenhosa mquina fosse parte integrante do mecnico que a imaginouA inteligncia de Deus se revela em Suas obras como a de um pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus no so o prprio Deus, como o quadro no o pintor que o concebeu e executou.MIRAMEZ:COMENTRIOCAPTULO 160016/LEDEUS ESPRITOSe Deus perfeito e Esprito, no podemos compar-Lo com as formas mutveis. E sob o empuxo do progresso, tudo que existe na imensido indescritvel do universo, do tomo ao ninho csmico, , pois, criao ideada pelo seu poder fantstico, que ainda no podemos perceber, por nos faltarem sentidos para isso. Estamos limitados, ou condicionados, no mnimo das nossas foras, que por enquanto dormem no centro da nossa conscincia, sem poder participar dos nossos mais profundos interesses.Somos crianas em comparao s grandes almas. Crivamos de perguntas, por vezes, de pouco interesse, aqueles que achamos situados em grau mais elevado do que ns, com fome e sede de saber, em se referindo s coisas do Esprito, e nem sempre avaliamos a luz que realmente suportamos, pelas trevas que ainda nos circundam. Se todo pedido uma orao, na filosofia do Esprito, a resposta no se faz esperar e vem gota a gota para nos conscientizar da existncia da bondade divina e do amor que Ele dispensa a todas as criaturas.J falamos muitas vezes, repetindo a fala dos benfeitores maiores, que Deus uma personalidade individual, e no o conjunto de todas as coisas criadas por Ele. Entretanto, Ele, a majestosa fora divina, est em toda parte por meios que desconheces, por se tratarem de fluidos sutis operando em uma faixa que somente as grandes almas podero constatar, pelos poderes inerentes s suas perfeies.A primeira idia de se comparar a natureza como sendo diretamente Deus, que ela manifesta em todas as suas nuances, perfeita harmonia em todos os sentidos da sua atuao, porm, cabe a ns pesquisar e entender, descobrir e divulgar, que toda essa simetria participao das leis criadas por Ele, no vigor da sua mente incomparvel. pois, a sua imagem, como um canal de televiso que reflete no vdeo a perfeita estrutura do real, sendo que, no caso com a Divindade, a perfeio a tnica do ambiente. As imagens do Senhor so vivas e demonstram os seus mais puros atributos, nunca falhando nos seus mais delicados cinetismos, no sustentar da vida. O visual do infinito no Deus na sua unidade perfeita, como o quadro no o pintor. Comparando a obra com o autor, a primeira constitui um plido reflexo da sua personalidade, viva e distinta no lugar que ocupa.Parece que estamos falando muito sobre o Grande Arquiteto do Universo, mas esse o nosso interesse, porque falar de Deus e viver na sua vibrao constante a coisa mais sublime da vida. Admiramos muito o Deus lhe pague, o Deus lhe ajude, o vai com Deus e A paz do Senhor seja convosco, muito usados pelos homens. So mantras sagrados que nos cobrem de luz, quando pronunciados com amor e respeito. A Doutrinaque faz de Deus um ser material, o faz por falta de notcias do mais alm, ou por medo de pesquisar a verdade e seguir as rotas do progresso, que faz carem os vus na gradao das foras humanas e espirituais Nada devemos temer, desde que estejamos em planos de mutaes para o nosso prprio bem.O mundo espiritual que nos dirige, nos atende de acordo com as nossas necessidades, e no deixa de guiar e instruir quem verdadeiramente deseja aprender. No devemos esquecer que Deus um sol de vida, que alimenta e dirige todas as vidas sadas das suas mos luminosas, perfeitas.

17CAPTULO IIDOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO1. Conhecimento do princpio das coisas. - 2. Esprito e matria. - 3. Propriedades da matria. - 4. Espao universal.Conhecimento do princpio das coisas17. dado ao homem conhecer o princpio das coisas?No, Deus no permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.CAPTULO 17 - MIRAMEZ0017/LENO PERMITIDONo permitido ao homem conhecer o princpio das coisas na sua profundidade absoluta. Se o macrocosmo infinito diante dos sentidos dos seres humanos, o microcosmo igualmente o , na estrutura que lhe foi dada por Deus. O Esprito, na faixa em que se encontra na Terra, no desenvolveu sentidos ainda, para conhecer o que pretende, para pesquisar a infra-estrutura da matria e desvendar os seus segredos.A fora poderosa que se esconde na forma no poder, por enquanto, ser conhecida e dominada pelos homens, por lhes faltar amor no corao, o bastante para no usar sua expanso dinmica nas guerras fratricidas, e contra a prpria vida no planeta em que habitam. Basta o que j conhecem, como sendo uma misericrdia.A fome que se passa na Terra, as necessidades de veste e de instruo, no significam falta, na realidade. Tudo isso existe com abundncia em todos os pontos da casa terrena; somente o que falta a fraternidade entre os povos e a educao entre as criaturas. Quando o amor for uma fora dominante no seio dos homens, nada faltar, na sua expresso de todos os suprimentos. E a vida tomar nova feio em todos os ngulos do mundo, como sendo um reino de Deus florindo no reino dos homens.A revelao gradativa e o ser sempre. A evoluo cientfica deve acompanhar a moral, para que haja equilbrio em todos os pontos de elevao e despertar. E justo que notemos, neste fechar de sculo, o interesse que os homens e Espritos desencarnados tm pela difuso do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e o esforo que se faz em todas as naes para a melhoria do homem, em todos os seus aspectos. S no d para se notar esse esforo com mais evidncia, por estar ele no comeo; no entanto, o terceiro milnio que se aproxima revelar essa verdade com acentuao expressiva, pois j existe uma preocupao de certos governantes na educao dos povos, no que se relaciona aos preceitos incomparveis da Boa Nova do Mestre. Sem o Evangelho no corao das criaturas, jamais haver paz no mundo, porque ele faculta a conquista da paz, em primeiro lugar, na intimidade de cada um.Podemos observar no ar que respiramos e na luz que nos d alegria de viver, o anncio do fim dos tempos, dos tempos de inquietaes, para que possa surgir o ambiente de verdadeira paz, aquele que deveremos conquistar juntamente com o Cristo frente dos nossos destinos. No permitido s almas recuarem no tempo e no espao. As leis de Deus estabelecem e comandam: a ordem somente de avano.A escola do conhecer infinita e livre na sua conjuntura educativa, entretanto, marca para todos os seres, conforme a sua escala evolutiva, pontos vermelhos, indicando basta, para que no venhamos a cair em novas tentaes, pois o conhecimento sem amor pode nos levar derrocada. De agora em diante o cerco est se fechando, para que possamos nos prevenir contra as grandes calamidades, pela fora da educao, e aumentar a nossa confiana pelo muito que devemos amar. O Evangelho deve ser conhecido por todos os povos e disseminado para todas as criaturas, porque ele fora que nos garante a paz nos caminhos que percorremos.Quanto ao interesse de conhecer a intimidade da matria, no deve ser apagado, porm, esse saber vai surgindo pelo impulso da nossa evoluo e as necessidades que forem surgindo no nosso aprendizado. Oremos juntos, homens e Espritos livres da matria, para que o equilbrio no nos falte no nosso despertar para Deus.

18CAPTULO IIDOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSOConhecimento do princpio das coisas18. Penetrar o homem um dia o mistrio das coisas que lhe esto ocultas?O vu se levanta a seus olhos, medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, so-lhe precisas faculdades que ainda no possui.MIRAMEZ COMENTRIOCAPTULO 180018/LEO VU SE LEVANTA O vu se levanta medida em que o homem cresce espiritualmente. A natureza tem seus segredos em toda a conjuntura da sua ao benfeitora e eles no foram feitos para ficarem eternamente escondidos das criaturas; revelar-se-o no momento certo, em que o Esprito puder alcanar e suportar a luz da revelao.Os caminhos da vida so eternos aprendizados; cada passo que damos corresponde a uma lio. Nada se perde, mesmo o tempo que chamamos de perdido. Atrs de todo acontecimento existem leis revelando sabedoria, de que o Esprito se certificar por processos de osmose espiritual, que por vezes escapam ao nosso entendimento. Os vus se levantam em todas as direes do saber, pelos esforos de cada um, entretanto, ele tambm obediente fora do prprio progresso.A nossa participao acelera a evoluo, para que o despertamento surja com mais eficincia e fique em tudo, em relao ao nosso bem-estar, a nossa marca, como sendo a nossa conquista. Isso muito interessante na pauta das nossas obrigaes e compromissos. No podemos nos esquecer daquilo que nos toca como co-criadores dos nossos destinos, na influncia de Deus pelas mos do Cristo. medida em que os vus vo se abrindo aos nossos olhos espirituais, se formar um campo de conhecimento apropriado na conscincia e o corao passar a trabalhar em plena concordncia com a inteligncia. Os dois, juntos, determinam o uso de todos os poderes adquiridos, na formao da prpria personalidade.Ningum pode crescer sem subir, nem subir sem esforo e sacrifcio juntamente com a dor, pelo menos na rea evolutiva a que pertencemos, no ambiente da Terra, e no grau que nos encontramos na escala dos valores espirituais. As experincias nos condicionam conhecimentos indispensveis a nossa libertao. Isso tambm so leis que nos regulam o crescimento espiritual e moral. Mesmo que queiramos ficar para trs e no aprender, no conseguimos. E a mesma coisa que algum, que nunca tivesse visto o Sol, desacreditasse, por isso, da sua eficcia. Ele, o Sol, sempre iria existir e, ainda mais, continuaria ajudando, mesmo os que o negassem.Existem dois tipos de evoluo: aquela que obedece s leis do automatismo espiritual, que impulsiona a natureza fsica e animal para o progresso, sem a participao da vontade, e aquela que recebe como coadjuvante os esforos dos homens, onde a inteligncia tem sua grande participao. As faculdades dos Espritos vo se desabrochando na esteira infinita do tempo e se apurando de acordo com o seu despertamento, quando o oculto vai sendo conhecido.Diante dos mistrios desvendados, surgir, no mundo da alma, um ambiente diferente, onde floresce uma alegria apoiada pelas foras do amor. E a alma amadurecida passa a conhecer a si mesma e a cuidar das suas prprias deficincias, como o mdico que trata dos seus prprios desequilbrios. Porm, bom que nos cientifiquemos de que sempre encontraremos vus para serem desvendados e segredos para serem conhecidos. No constitui uma grande esperana termos sempre lies para recebermos da bondade divina? O conhecimento total pertence a Deus, e conhece a sua natureza ntima somente Ele o pode, por ser Onisciente.O nosso maior empenho deve ser o conhecimento de como ser melhor, trabalhando na fraternidade universal. preciso levantar o vu que empana a harmonia e sentir a vibrao da paz de Deus no corao, conhecer os segredos do amor e passar a amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a ns mesmos. Torna-se importante descobrir a fonte da alegria pura e conquist-la na sua plenitude. Com os vus se levantando nesse ritmo, seremos felizes.

19Parte PrimeiraDas causas primrias CAPTULO IIDOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO Conhecimento do princpio das coisas 19. No pode o homem, pelas investigaes cientficas, penetrar alguns dos segredos da Natureza?A Cincia lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porm, no pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu.A.K.: Quanto mais consegue o homem penetrar nesses mistrios, tanto maior admirao lhe devem causar o poder e a sabedoria do Criador. Entretanto, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua prpria inteligncia o faz joguete da iluso. Ele amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos errou tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. So outras tantas decepes para o seu orgulho.MIRAMEZ COMENTRIOCAPTULO 190019/LEA CINCIA HUMANAA cincia tem condies de ajudar a revelar certos segredos da natureza, porm, dentro dos limites que a evoluo humana comporta. Observando a prpria histria universal, nela encontraremos os grandes feitos de cientistas, por vezes, verdadeiros mensageiros do bem. Negar o valor da cincia negar os prprios esforos dos homens por melhores dias, entretanto, Deus no est preso s limitadas condies dos seres humanos. Ele revela o que achar conveniente, pelos canais que desejar falar, e esses fatos so reconhecidos no mundo todo. Grandes descobertas surgem como se fossem por acaso e, pela roupagem abstrata do acaso, esplendem a fora e a inteligncia do Esprito. Eis a a mediunidade em funo benfeitora, a comunicao dos Espritos entre os dois mundos!Embora a razo apresente as suas faltas, ainda assim, em todos os campos de atividade ela quem move a cincia que em muitos casos aceita mentiras no lugar da verdade e vice-versa. Os seres encarnados, e mesmo os desencarnados, que vivem na mesma faixa evolutiva, no precisam se preocupar com a seleo das coisas verdadeiras, pois elas aparecem luz das boas intenes e no esforo permanente em busca do melhor.J falamos alhures que a verdade relativa ao tamanho espiritual de cada criatura. Deus, se quiser, poder fazer conhecer a verdade mais acentuada por pessoas ignorantes, que passam a ser o instrumento da verdade pela influncia do Senhor. Todavia, quando Ele acha conveniente, procura os meios cientficos, e adota a linguagem sofisticada para falar aos doutos, e lev-los a auxiliar os sofredores na retaguarda.Abenoemos a cincia humana, sem nos esquecermos do poder intuitivo das almas. Quando se aliam essas duas forcas a servio da coletividade, aparece a luz beneficiando todos. As investigaes cientficas tm melhorado muito o homem. H como que um preparo para a luz do entendimento que tem consumido vidas e mais vidas em favor dos prprios homens e vai conduzi-los a uma lgica, que no deixa de ser igualmente uma grande cincia. Religio e cincia no so incompatveis. Elas, no fundo, gritam pela juno, porque o que falta em uma, a outra completa. O orgulho, a ignorncia e o fanatismo que fizeram os homens separarem a cincia da religio. Mas em futuro prximo iremos assistir unio destas duas foras da vida, para a melhoria das vidas que circulam na Terra.Os homens tm recebido ddivas em profuso no sentido da descoberta. Elas esto em suas mos. Necessrio se faz que aprendam a usar bem essas bnos de Deus, doadas humanidade por amor e misericrdia. As vias medinicas tm ofertado uma filosofia altamente espiritualizada, renovando todos os conceitos errneos que fogem das linhas do amor verdadeiro e da caridade promissora. Estamos cercados de grandes tesouros, que podemos usar em todos os caminhos que porventura trilharmos, para que se estabelea no mundo o reino de Deus.Usa da cincia, se isso for do teu agrado, e faze o bem. Usa da religio, se te convier, e pratica a caridade. Usa do amor na sua plenitude e ilumina todo o instrumento da tua evoluo, que o Senhor sempre estar presente nas tuas investigaes e purificar a tua f. Nada existe que Deus no queira, mas, justo e elegante que te revistas de bom senso, para usares com equilbrio aquilo que foi colocado em tuas mos. At o prprio veneno, em doses vigiadas, remdio salutar, enquanto o ignorante faz trabalhos compatveis com a sua posio, na esfera da criaturas.

20Das causas primriasCAPTULO IIDOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSOConhecimento do princpio das coisas20. Dado ao homem receber, sem ser por meio das investigaes da Cincia, comunicaes de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos?Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que cincia no dado apreender.A.K.: Por essas comunicaes que o homem adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.MIRAMEZ- COMENTRIO