o jornal brasil presbiteriano é órgão oficial ano 62 nº

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B rasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 62 nº 791 – Outubro de 2020 A descoberta da doutrina bíblica da justificação por Martinho Lutero e seus desdobramentos foram marcantes na Reforma Protestante no século 16. His- toricamente, foi adotado como seu iní- cio o dia 31 de outubro de 1517, quan- do o Reformador afixou no portão da igreja de Wittenberg 95 teses que de- veriam ser debatidas. A Reforma não poderia mais ser impedida. Página 10 e 11 A descoberta evangélica de Lutero Missões Transculturais em Guiné Bissau Curso de Capelania Hospitalar da ACS em EAD Página 17 Educadores presbiterianos participam da II Conferência Cultura Cristã Online Promovido pelo CECEP, por meio da Editora Cultura Cristã e com apoio da APECOM, a II Conferência Cultura Cris- tã Online, capacitou durante cinco dias educadores, entre eles pastores, professores de escola dominical e líderes de grupos pequenos. Confira sobre o evento que movimen- tou os canais oficiais da IPB na página 19 O crescimento do trabalho missionário presbiteriano na Guiné-Bissau tem aconte- cido há 23 anos, através da dedicação dos missionários da APMT no país, que não tem medido esforços para fazer conhecido o nome de Jesus e plantar igrejas firmadas na Palavra de Deus, além de desenvolve- rem projetos sociais que abençoam o povo guineense. Confira na página 12 Vida devocional em família Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Herança Reformada apresenta auxílios para a prática devocional individual ou familiar A ACS – Associação de Capelania na Saú- de estende a oportunidade de todos fa- zerem online o curso prático, individual e supervisionado, por treinadores diferen- ciados, membros de diferentes denomina- ções evangélicas capacitados e inclusão do aluno, se aprovado, na Equipe de Capela- nia dos Hospitais através do GDT – Guia Didático de Treinamento – com lições di- árias e relatórios para todo o processo de treinamento prático. Página 15

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Brasil Presbiteriano

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 62 nº 791 – Outubro de 2020

A descoberta da doutrina bíblica da justificação por Martinho Lutero e seus desdobramentos foram marcantes na Reforma Protestante no século 16. His-toricamente, foi adotado como seu iní-cio o dia 31 de outubro de 1517, quan-do o Reformador afixou no portão da igreja de Wittenberg 95 teses que de-veriam ser debatidas. A Reforma não poderia mais ser impedida.Página 10 e 11

A descoberta evangélica de Lutero

Missões Transculturais em Guiné Bissau

Curso de Capelania Hospitalar da ACS em EAD

Página 17

Educadores presbiterianos participam da II Conferência

Cultura Cristã OnlinePromovido pelo CECEP, por meio da Editora Cultura Cristã e com apoio da APECOM, a II Conferência Cultura Cris-tã Online, capacitou durante cinco dias educadores, entre eles pastores, professores de escola dominical e líderes de grupos pequenos. Confira sobre o evento que movimen-tou os canais oficiais da IPB na página 19

O crescimento do trabalho missionário presbiteriano na Guiné-Bissau tem aconte-cido há 23 anos, através da dedicação dos missionários da APMT no país, que não tem medido esforços para fazer conhecido o nome de Jesus e plantar igrejas firmadas na Palavra de Deus, além de desenvolve-rem projetos sociais que abençoam o povo guineense. Confira na página 12

Vida devocional em família

Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Herança Reformada apresenta

auxílios para a prática devocional individual ou familiar

A ACS – Associação de Capelania na Saú-de estende a oportunidade de todos fa-zerem online o curso prático, individual e supervisionado, por treinadores diferen-ciados, membros de diferentes denomina-ções evangélicas capacitados e inclusão do aluno, se aprovado, na Equipe de Capela-nia dos Hospitais através do GDT – Guia Didático de Treinamento – com lições di-árias e relatórios para todo o processo de treinamento prático. Página 15

Outubro de 20202BrasilPresbiteriano

Uma publicação do Conselhode Educação Cristã e

Publicações

Ano 62, nº 791 Outubro de 2020

Rua Miguel Teles Júnior, 394Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040Telefone:

(11) 3207-7099E-mail: [email protected]@cep.org.br

BrasilPresbiteriano

JORNAL BRASIL PRESBITERIANOFaça sua assinatura e/ou presenteie seus familiares e amigos.

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Brasil Presbiteriano

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 58 nº 765 – Agosto de 2018

Página 12

A Associação de Capelania na Saúde (ACS),

dirigida pela Capelã Hospitalar da IPB, Eleny

Vassão, elabora e oferece cursos especiais

para preparação de igrejas para o cuidado dos

que sofrem.

CUIDADOS PALIATIVOS

A 39ª RO-SC aconteceu entre os dias 22 e 29 de julho de 2018 em Águas de Lindoia (SP), esti-veram presentes cerca de 1700 pessoas. A nova Mesa do Supre-mo Concílio da IPB (2018 - 2022) foi eleita duran-te a reunião.Páginas 10 e 11

39ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA – Qual o papel fundamental dos funcionários seculares: julgar crenças ou proteger a liberdade religiosa e seu livre exercício? Página 18

Página 6

IP INDÍGENA NO AMAZONAS

Página 17

Treinamento voltado para capacitação ao

trabalho com crianças aconteceu em junho

em Cuiabá - MT, e contou com mais de

300 participantes de igrejas do Sínodo

Matogrossense.

MÃOS E CORAÇÃO

Líderes de igrejas indígenas participam de curso para plantadores de igrejas ministrado em Manaus pelos Revs. Alcedir Sentalin e Ronaldo Lidório, autor do livro Plantando Igrejas da Editora Cultura Cristã.

Conselho de Educação Cristã ePublicações (CECEP)Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente)Domingos da Silva Dias (Vice-presidente)José Romeu da Silva (Secretário)Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAnízio Alves BorgesHermisten Maia Pereira da CostaMisael Batista do NascimentoWalcyr Gonçalves

Conselho Editorial do BPFevereiro 2020 a fevereiro 2022Cláudio Marra (Presidente)Anízio Alves BorgesCiro Aimbiré Moraes SantosClodoaldo Waldemar FurlanHermisten Maia Pereira da CostaJailto Lima do NascimentoNatsan Pinheiro Matias

EDITORA CULTURA CRISTÃRua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci01540-040 – São Paulo – SP – BrasilFone (11) 3207-7099www.editoraculturacrista.com.brcep@cep.org.br0800-0141963

SuperintendenteHaveraldo Ferreira Vargas

EditorCláudio Antônio Batista Marra

Editores AssistentesEduardo Assis GonçalvesMárcia Barbutti de Lima

ProdutoraMariana P. AnjosEdição e textosGabriela CesárioE-mail: [email protected]

DiagramaçãoAristides Neto

Impressão

Órgão Oficial da

www.ipb.org.br

EDITORIAL

Sem relação não há conexão

pandemia trouxe rea-ções variadas, com os

hiperotimistas de um lado, os trágicos do outro e os indi-ferentes no meio. Todos – é claro – cheios de razão. Os aplicativos para encontros virtuais, lives e tudo o mais online estavam aí há bom tempo, mas foram descober-tos com entusiasmo juve-nil por multidões de digital influencers, os gurus sabidos que vão compartilhar slides para nos explicar o que está acontecendo e nos dizer o que fazer.

Algumas igrejas já estão retomando as atividades pre-senciais, “com os cuidados necessários”. Outras insis-tem nas soluções online. Para alguns líderes, essa é a solução que veio para ficar.

A discussão nos remete à

natureza da igreja. Somos um corpo, igreja invisível e igreja visível. Invisível por-que esse corpo é composto por membros de todos os tempos e lugares. Mas tam-bém visível, porque aqui e agora não somos invisíveis. Somos crentes de carne e osso que podem adotar defi-nições convenientes do que significa estarem juntos, mas que não poderão saudar seus irmãos com um ósculo santo digital sem esvaziá-lo de seu sentido original. As mãos dadas, o abraço, o olho no olho – não o olho na câme-ra –, isso evoca a presen-ça física e aponta para um caminhar juntos a partir de reuniões físicas.

Fomos criados para nos relacionarmos. Primeira-mente com Deus, depois

com o outro e com o meio em que vivemos. Fugir des-ses relacionamentos para atender preferências pessoais chamou-se Queda, mas com-bater esse divórcio de modo definitivo com vistas à reuni-ficação chama-se Redenção.

Nossa alergia ancestral a relacionamentos é tão pro-funda que nos leva a criar uma versão do cristianismo em que nossas relações com Deus e com os irmãos são escamoteadas. A Bíblia diz que não devemos deixar de nos reunir – como já era costume de alguns –, mas que devemos, ao contrário, admoestar os irmãos cada vez mais porque o retorno do Senhor é para logo. A partir disso, porém, desen-volvemos uma religião cheia de reuniões e esvaziada de

relacionamentos. Como se uma igreja com vasta e diversificada programação fosse dinâmica, mesmo sem haver real e frutífera apro-ximação entre os crentes, a ponto de desfrutarem intimi-dade tal que admite necessá-rias admoestações.

Nesse quadro, as reuniões online vieram a calhar. Todo mundo orando e batendo papo e lives sem fim, com um distanciamento que, afi-nal, já estava aí antes da qua-rentena, físico, emocional e espiritual.

Sem relação, porém, não há conexão. A pandemia irá embora um dia, mas os encontros presenciais não trarão automaticamente relacionamentos segundo o modelo divino. Isso já vimos antes da Covid-19.

A

Outubro de 2020 3BrasilPresbiteriano

TEOLOgIA E VIDA

graça nos fala de um favor imereci-

do. A misericórdia realça a miséria daqueles que são olhados com favor da parte de Deus. Portanto, ambos os conceitos se completam. No grego, a misericórdia é um sentimento provoca-do pela percepção da dor dos demais, manifestan-do-se em atos de bonda-de. Misericórdia é um sen-timento que se concretiza em atos condizentes com a sua percepção. É a sen-sibilidade divina em ação. Misericórdia é graça que socorre.

O amor independe da misericórdia, contudo esta pressupõe aquele. As rela-ções de amor não neces-sitam de se expressar em misericórdia, mas, a mise-ricórdia é uma expressão do amor que se revela quando há alguma necessidade de socorro.

João saúda os seus des-tinatários relacionando a misericórdia à verdade e ao amor: “A graça, a mise-ricórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor” (2Jo 3). Em Deus, a graça sempre vem antes da misericórdia.

Uma forma natural de pensar sobre a misericór-dia é colocá-la em oposição à justiça. No entanto, esse conceito está totalmente distante do ensino bíblico.

Deus não quebra a sua justiça por amor, antes, cumpre a justiça em amor. A graça reina pela justiça (Rm 5.21).

Esse tipo de raciocínio é-nos naturalmente estranho porque temos, costumeira-mente, nossa hierarquia de valores com as suas priori-dades próprias que tendem a ser voláteis conforme deter-minadas circunstâncias.

Assim sendo, ao mesmo

tempo em que sustentamos com razão a necessidade de justiça, em outras circuns-tâncias, quando, por exem-plo, nosso filho ou amigo esteja envolvido, é possível, que com a mesma sinceri-dade anterior sustentemos a necessidade de sermos misericordiosos e acusar-mos uma postura diferente de “legalista”.

Somos pecadores e fini-tos. A finitude não é pecado, no entanto, revela a nossa limitação como criaturas. Essa limitação agrava-da pelo nosso pecado se expressa em nossas contra-dições e incoerências. No entanto, somente Deus é perfeito e, por isso, a sua ação se harmoniza de forma perfeita com todos os seus atributos.

Deus é perfeito em suas perfeições não haven-do hierarquia em seu ser. Obviamente a compreensão adequada dessa realidade escapa à nossa compreen-

são, no entanto, podemos ter a certeza de que Deus é perfeitamente santo e que a santidade permeia todas as suas ações e obras.

Desse modo, somen-te Jesus Cristo – o Deus encarnando – por meio da sua justiça obtida na sua encarnação, morte e ressur-reição, poderia satisfazer as exigências de Deus para a nossa salvação (Rm 3.24).

A Palavra de Deus demonstra que todos nós, sem exceção, nos encontra-mos em um estado deplorá-vel de pecado, distantes de Deus. Somos carentes da sua misericórdia.

No entanto, o pecado nos aprisiona nos dando uma falsa sensação de santifica-ção; ele nos anestesia pro-duzindo em nós um aparen-te bem-estar. O fato é que, dominados pelo pecado, não conseguimos enxergar a nossa miséria.

Necessitamos buscar a Deus diante do trono da sua

misericórdia para que pos-samos ter a bênção da bem-aventurança que começa por nossa reconciliação com ele. Somente assim encon-traremos o antídoto para as nossas misérias espirituais.

Misericórdia merecida, portanto, é uma contradi-ção de termos. Da mesma forma, graça obrigatória seria uma negação da graça.

Misericórdia sempre pressupõe a indignidade daquele que a recebe.

Enquanto a graça res-salta a grandeza de Deus em relação aos homens; a misericórdia retrata como o Deus majestoso vem ao nosso encontro, em nossa miséria espiritual, nos per-doando os pecados restau-rando-nos à comunhão com ele por meio de seu Filho, Jesus Cristo.

A Graça e a Misericórdia de DeusHermisten Costa

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é pastor-auxiliar da 1ª IP São Bernardo do Campo, São

Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP, do Conselho

Editorial da Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano.

A

NOTAs

Sua igreja na Rádio IPBDesde o início de abril, sob

a direção de Artur Mendes, coordenador de webrádio da APECOM, o estudante de jornalismo, Matheus Santos, tem apresentado as notícias das forças de integração e das igrejas locais de toda a denominação na Rádio IPB.

Os boletins informativos

“Repórter IPB” vão ao ar todos os dias, de hora em hora e junto com entrevistas, exibem os projetos e eventos das igrejas presbiterianas em todo o país.

As ações das igrejas podem ser enviadas para o e-mail [email protected] e de lá, após um con-

tato com o remetente, pode-rão ser divulgadas constan-temente na Rádio IPB1 e toda sexta-feira ao vivo, a partir do meio-dia, no pro-grama “Sextou na IPB”, da Rádio IPB3.

Matheus ressalta a impor-tância dos líderes enviarem seus materiais para a rádio.

"A Rádio IPB tem um alcan-ce muito grande. Há ouvin-tes de todo o país, então um evento que será realizado no norte, por exemplo, poderá ter uma divulgação muito maior e mais pessoas marca-rem presença nesse evento, ainda que online", acredita.

A IPB conta com 3 rádios,

que podem agradar a todos os gostos musicais. Elas podem ser ouvidas em ipb.org.br/radio.

Matheus Santos, repórter IPB

Outubro de 20204BrasilPresbiteriano

MíDIA E REfLExãO

NOTAs

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa

define polarização como concentração em extremos opostos (de grupos, inte-resses, atenções, ativida-des, influências etc. antes alinhados entre si). O momento atual no Brasil é conturbado e de extrema polarização. Pessoas cheias de ódio o exalam principal-mente nas redes sociais. O ambiente das mídias digi-tais, que é conhecido por mascarar e manipular rea-lidades, agora desmascara e revela a face do extre-mismo, da busca incessante pela satisfação do ego e do desejo insaciável de supe-rioridade.

Ao acessar redes sociais, sinto-me devastado ao ver pessoas que tanto amo bri-gando por política; ao ver

irmãos em Cristo despejan-do sua raiva uns nos outros. Devia haver um debate sau-dável acerca de questões políticas, mas há um ver-dadeiro ringue de luta, no qual as pessoas ultrapassam todos os limites de com-postura e comportam-se como fanáticos, incapazes de enxergar o óbvio, con-siderando ter em sua frente uma ameaça, um inimigo, e não um irmão.

O texto de 1Pedro 2.11-17 nos fornece um precioso guia que o editor chama de A vida exemplar cris-tã. O verso 17 trata sobre um importante mandamen-to para a vida do cristão: “Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei”. É pos-sível extrair importantes verdades dessa passagem: o cristão deve tratar a todos com honra, ou seja, valo-

rizar, tratar com reverên-cia; o cristão deve amar os irmãos, como também é dito em 1João 4.20: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é men-tiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”; o cristão deve temer a Deus, tratá-lo com respeito, admira-ção e reverência; o cristão deve honrar o rei, ou seja, valorizá-lo e tratá-lo com reverência, assim como diz Paulo: “Todo homem esteja sujeito às autoridades supe-riores; porque não há auto-ridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele insti-tuídas” (Rm 13.1).

Portanto, comparando-se o comportamento de alguns cristãos nas redes sociais com a vida exemplar cris-tã é possível perceber uma

clara incompatibilidade. O comportamento agressi-vo e desrespeitoso exibido por muitos nas mídias não reflete que eles estejam tra-tando a todos com honra. As brigas, desavenças e ata-ques não demonstram amor pelos irmãos. A idolatria de ídolos políticos revela a quebra de um mandamento de Deus, que nos proíbe de termos outros deuses além dele e de nos voltar-mos para ídolos, pois ele é o Senhor, nosso Deus. O desrespeito e a insubmissão às autoridades não são atitu-des coerentes com o cristão, pois não demonstram reve-rência, ou seja, significam uma não sujeição às autori-dades superiores.

Todos os governos são imperfeitos e incapazes de governar sem erros, sem tropeços. Não avalio aqui um governante, mas sim,

reafirmo a importância de uma postura correta e coe-rente de cristãos, em deba-tes políticos ou em qualquer outra situação. A polariza-ção política fez com que cristãos ficassem mais preocupados em defender suas opiniões políticas nas redes sociais do que em clamar pela misericórdia divina para com esta nação.

Certa vez, escutei algo muito sábio em uma prega-ção: em vez de se levantar para defender “com unhas e dentes” sua posição políti-ca, dobre seus joelhos e ore incessantemente pelas bên-çãos de Deus para com a sua nação. Portanto, encerro com um precioso trecho do salmo 33.12: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”. Que ele nos abençoe!

Daniel Batista

Daniel Farias Batista é membro da IP da Aldeota, em Fortaleza (CE) e

estudante de jornalismo

Tempos de polarização

O

Você sabia que a nossa heran-ça missionária também foi uma conquista da Reforma Protestante? Esse legado deve motivar nossas igrejas na caminhada missionária. Pen-sando nisso, a Agência Pres-biteriana de Missões Trans-culturais (APMT) apresenta a conferência A importância da Reforma Protestante na Missão.

Durante os sábados de outubro, às 15h, no canal do YouTube da agência (https://www.youtube.com/APMTI-PB), convidados especiais abordarão a temática riquís-sima e atual.

Confira a programação: 03/10 – O avanço da

missão pós-Reforma (Rev. Alderi Matos)

10/10 – O compromisso do reformador João Calvi-no com a propagação do evangelho a todas as nações (Rev. Elias Medeiros);

17/10 – Os princípios da Reforma na Missão Trans-cultural (Rev. Chun Chung);

24/10 – A contribuição do seminário na formação de missionários (Rev. Ageu Magalhães).

A importância da Reforma Protestante na Missão

Outubro de 2020 5BrasilPresbiteriano

gOTAs DE EsPERANÇA

ós vivemos o tempo mais empolgante da

história da humanidade. Nenhuma geração assistiu o que testemunhamos. Somos a geração da comunicação virtual, da internet, das redes sociais, do telefone celular, do avião supersô-nico, das viagens interpla-netárias, da nanotecnologia. Temos mobilidade e celeri-dade. Temos janelas abertas para o mundo. Enquanto o mundo, posto no maligno, faz circular com a veloci-dade da luz suas mensagens de destruição, podemos, na mesma velocidade espalhar as boas novas do evangelho. As redes sociais são para a igreja hoje o que a impren-sa foi para a Reforma Protestante do século 16.

Em virtude dessa singu-lar oportunidade, propomos quatro atitudes:

Em primeiro lugar, pre-cisamos usar essas ferra-mentas para proclamar ao mundo o evangelho da graça. Que privilégio pregar a tempo e a fora de tempo aos ouvidos do mundo! As janelas são muitas, estão todas abertas e elas desem-bocam em milhões de pes-soas que estão ávidas ou necessitadas da única men-sagem que pode lhes dar esperança. Não podemos reter essa mensagem ape-nas para nós. Não podemos limitá-la apenas aos nos-sos templos. Não podemos

calar nossa voz enquanto o mundo, a cada dia, despeja torrencialmente mensagens que distorcem a verdade ou atacam-na frontalmente. As igrejas locais, bem como seus membros, precisam usar essas ferramentas não apenas para alavancar seus negócios de interesse parti-cular, mas, sobretudo, para espalhar a boa nova da sal-vação em Cristo.

Em segundo lugar, pre-cisamos usar todas as tec-nologias disponíveis e com excelência para que a men-

sagem do evangelho da graça chegue mais clara e mais rápida aos confins da terra. As igrejas locais precisam trabalhar com excelência na produção de conteúdo, na captação de som e imagem e, ao mesmo tempo, ter uma estrutura de qualidade para transmitir esse conteúdo com clareza e eficiência. Investir em som de qualidade e em captação

e transmissão da mensagem são compromissos básicos de toda igreja que com-preende o tempo em que vive. Reduzir a mensagem apenas a quatro paredes é uma falta de mordomia com o tempo, com os recursos e com as possibilidades que Deus coloca diante de nós. Precisamos avançar. Não podemos pregar apenas em nossa Jerusalém, se con-comitantemente podemos chegar aos confins da terra com a poderosa mensagem do evangelho.

Em terceiro lugar, preci-samos estimular os crentes a usarem as redes sociais com um propósito santo, não misturando o precioso com o vil. Além da igreja local envidar todos os seus esforços para ter um canal de Youtube eficiente, e usar todas as outras mídias sociais para dar celeridade à mensagem, devemos ao mesmo tempo, estimular os

crentes a consagrarem suas redes sociais para um uso santo, separando o precio-so do vil, a fim de que mais pessoas sejam alcan-çadas e impactadas com o poder do evangelho. Não devemos contribuir para a divulgação de mensagens falsas nem de mensagens que não edificam as pes-soas. Precisamos nos unir para ganharmos esta gera-

ção, nesta geração. Juntos somos mais fortes. Juntos podemos ir mais longe. Juntos cumpriremos com mais rapidez a grande comissão.

Em quarto lugar, precisa-mos nos acautelar para que as tecnologias disponíveis não nos afastem da impera-tiva necessidade de nos con-gregarmos na igreja local. Cresce espantosamente o número de desigrejados em nosso tempo. Muitos cren-tes, por decepção ou por descuido espiritual, para-ram de congregar, fazen-do uma transição da igreja real para uma igreja virtual. Bebericam em todas as fon-tes, escutam vários pastores e sentem-se desobrigados de frequentar uma igreja. É mister alertar que uma brasa longe do braseiro apaga. Uma ovelha longe do rebanho é presa fácil dos predadores. Fazer parte de uma igreja comprometida com as Escrituras não é uma opção, mas um impe-rativo divino (Hb 10.25). Somos membros de um corpo. Pertencemos a uma família. Recebemos dons espirituais para serem exer-citados para a edificação da igreja. Não somos autossu-ficientes. Precisamos uns dos outros.

Com essas considerações feitas, é tempo de agir!

Hernandes Dias Lopes

O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o

Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.

Janelas abertas para o mundo

N"Somos a geração da comunicação virtual, da internet, das redes sociais, do telefone celular, do avião supersôni-co, das viagens interplanetárias, da nanotecnologia. Temos mobilidade e celeridade. Temos janelas abertas para o mundo."

Outubro de 20206BrasilPresbiteriano

ARTE E MENsAgEM

protagonista do filme A grande bele-

za é mais um artista que, ao juntar sua voz à de tantos outros poetas e pen-sadores que ao longo do tempo inquietam-se com a mesma busca, declara não ter achado uma resposta. Onde está a grande beleza? “Eu não a encontrei”, diz ele. Acostumado a vagar pelos caminhos da metró-pole esculpida por esse mesmo anseio de cultivar a beleza e lapidada com o jorro prodigioso de uma extraordinária genialidade artística, depois de flanar pela vida ocupando-se em satisfazer os sentidos à maneira de um artista que se desdobra na busca da melhor expressão da arte em sua obra, chega aos 65 anos com a sensação de que lhe falta completude: onde está a grande beleza?

É quando a nostalgia lhe vem em socorro propon-do-lhe um romance, como se fosse alguém a atirar-lhe migalhas em meio à

sua enorme carência: a grande sacada é voltar-se para o passado. Fincar os pés no lugar e no momen-to exato do passado em que algo poderia ter come-çado, em que a vida pode-ria ter escrito uma página de grande beleza, a histó-ria de amor que ele nunca viveu. Para ele, captar as imagens que o devaneio insinua, dizer o que a ima-ginação sugere é, em si, a própria vida. Pois ela, a vida, se esconde debaixo do blá, blá, blá que as pes-soas criam. É como olhar para o teto e dizer que vê o mar. O que vale é o artifício.

Por que os homens em todos os tempos procu-ram a beleza? Dizem que overdose de beleza, como a profusão de obras de grande imponência artís-tica existente em Roma, causa em algumas pessoas uma sensação de enfra-quecimento, de mal-es-tar inexplicável diante do êxtase, como se a abun-dância dessa beleza fosse consumir-lhes as forças.

Ali, turistas podem des-maiar, extasiados com tanto encantamento.

Como explicar esse anseio pela beleza, pre-sente na alma de cada ser humano? Essa busca mostra que fomos cria-dos à imagem de Deus. Se foi Deus quem criou tudo com propósito e com formas belas, entendemos que a beleza está ligada a Deus. A beleza sempre esteve nele, desde a eter-nidade. A pessoa de Deus é incomparável e a beleza que nele reside é totalmen-te original. Sua sabedoria, seu poder, sua justiça e seu amor não seguem nenhum padrão conhecido. Esses atributos divinos, eternos

e imutáveis, harmonizam-se de tal forma que se tor-nam o fundamento de tudo o que é belo no mundo.

Somos todos como Bam-bardella: todos nós busca-mos a beleza. Se assim não fosse, não nos emo-cionaríamos ao ver um quadro, uma escultura ou ao ouvir uma poesia, não enfeitaríamos nossa casa nem plantaríamos flores no jardim. Não nos encan-taríamos ao ouvir o canto das aves, ao ver um pôr do sol, ao sentir o aroma das flores. Não sentiríamos prazer ao ver terminado um artesanato que fize-mos. Tudo isso é expres-são do profundo desejo que temos de fazer parte

dessa beleza presente na criação de Deus. É uma sede insaciável de alcan-çar uma beleza que ultra-passa todos os limites, que leva ao êxtase, a ponto de fazer-nos desfalecer: a grande e gloriosa beleza que pertence a Deus.

Toda a nossa sede de beleza e tudo o que procu-ramos fazer para mitigá-la são uma evidência de que Deus nos deu corações que anseiam por ele. Mas somente o seu resplen-dor e a sua beleza podem saciar completamente nosso coração.

Quando Deus criou o homem e a mulher, gostou do que fez! Eram belos, perfeitos por fora e por

A grande beleza

Sandra Marra

O

Afinal, onde está a grande beleza? Essa é a pergunta que faz Jep Bambardella, o escritor que vive a tediosa vida da elite de Roma, en-torpecida pela superficialidade e pelo vazio, perdida no meio da opulência e embriagada pela saturação de tudo, sustentada e ao mes-mo tempo devorada por um mundanismo voraz que suga a alma até o ponto de fazê-la desistir de sua própria identidade.

A bela fontana di Trevi

Outubro de 2020 7BrasilPresbiteriano

NOTAs

No dia 2 de agosto de 2020, às 18h00, foi come-morado o 78º aniversário da Sociedade Auxiliadora Feminina em Éden, São João de Meriti na Baixada Fluminense, RJ.

Mesmo com a pande-mia, não deixaram de comemorar o aniversário da sociedade, tomando todas as medidas de segu-rança contra o COVID-19.

O preletor foi o pastor da igreja, Rev. Antônio de Araújo Cavalcanti.

A diretoria eleita deste ano: Denise Resende Mar-tinho, Presidente; Elizete Bento de Lima, Vice-pre-sidente; Zenilda de Lima dos Santos, 1ª Secretá-ria; Denise R. Galdeano da Silva, 2ª Secretária e Maria das Graças Badaró Silva, Tesoureira.

IPB na TV

78º aniversário da SAF da IP Éden

A Profa. Sandra Salum Marra é professora de Português, Grego e Inglês e compõe as equipes de

treinamento da Cultura Cristã.

dentro. Podiam usufruir da gloriosa comunhão com Deus e assim possuíam em seus corações essa beleza interior. Dessa forma vive-riam eternamente se não fosse a enganosa pretensão de pensar que podiam por si mesmos cultivar a beleza que possuíam por dádiva do criador. Esse engano terrível ocasionou a catás-trofe que abalou toda a bela harmonia do universo: em desarmonia com Deus, homem e mulher reduzi-ram dentro de si aquela beleza eterna que os fazia à semelhança de Deus.

Escuridão, trevas: onde se encontra a beleza da santidade de Deus, outrora desfrutada? Para longe, muito longe dos olhos agora cegos pelo pecado. Nem mesmo vestígios da beleza são claramente vis-tos. O castigo dos que não desejaram reconhecer a suficiência da beleza que é só de Deus será eterno: excluídos da face de Deus para sempre.

Para Bambardellas sedentos e ansiosos, o que resta são fagulhas da gran-de beleza. Passam a vida tentando achá-la, flanando pelas Romas deste mundo, revelando seu desconforto pela vida, mas... que vida?

Como obras de arte nas penumbras de um porão, cobertas por panos que detêm qualquer vislumbre de luz, nossos corações vedados pelas trevas não podem mais encher-se da resplandecente beleza de Deus.

A grande beleza da glo-riosa presença de Deus se manifestava quando Moi-sés subia ao monte Sinai para receber a lei – a bele-za resultante da harmo-nização dos eternos atri-butos de Deus: seu amor, sua justiça, sua sabedoria e seu poder revelados na aliança que fazia com o povo, e na entrega da lei, como sinal de que queria restaurar no coração desse povo a beleza de outro-ra, perdida com o pecado.

Tendo estado na presença de Deus, Moisés descia do monte com a pele do rosto iluminada pela glória divi-na. Mas como esse brilho ia se apagando, Moisés cobria o rosto com um véu, para que o povo não visse “o que se desvane-cia” (2Co 3.11). O brilho desse momento não era permanente.

Mas agora vivemos um novo tempo e ouvimos uma boa notícia: por amor, Deus deu em sacrifício seu único filho, Jesus Cristo, “para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo3.16). Através de Jesus, Deus perdoa todo aquele que crê em Cristo e res-taura-lhe a grande beleza apagada pelo pecado.

Essa grande beleza res-taurada por graça tem um brilho permanente: é a beleza de Cristo. Moisés escondia a glória que se desvanecia, mas os que creem em Cristo têm o “rosto desvendado, con-templando como por espe-lho a glória do Senhor” (2Co3.18).

Em que consiste, pois, essa beleza genuína? A beleza que não desvanece com o passar do tempo? Que, pelo contrário, como a luz da aurora cresce mais e mais, até ser dia per-feito? Essa beleza genuí-na consiste em espelhar a glória do Senhor Jesus!

A Grande Beleza, uma buscafadada ao fracasso

Lançado no Brasil em dezembro de 2013, diri-gido por Paolo Sorrentino e estrelado por Toni Servillo, esse filme apresenta o jornalista Jep Gambardella que decidiu ser o rei das badala-ções noturnas em Roma. Autor de um livro só, aos 65 anos ele faz uma avaliação de sua busca pela grande beleza. A arte, porém, não deve ser levada muito a sério. A morte, sim. “Tudo cober-to sob a capa do constrangimento de estar no mundo.”

Vidas sem expectativa, além da própria morte. Qual é a mensagem cristã para esse contexto?

Um programa da IPB na TV, esse é o Verdade e Vida. Com a missão de adorar a Deus e propagar o evangelho de modo fiel às Escrituras Sagradas, a programação vai ao ar todos os sábados, 12h30, na TV Bandeirantes, com a pregação da Palavra feita

pelo Rev. Hernandes Dias Lopes, diretor executivo da Luz para o caminho (LPC).

No site verdadeevida.org.br é possível confe-rir mensagens, vídeos dos programas e maneiras de contribuir para esse proje-to de evangelização.

Rev. Hernandes Dias Lopes

são João de Meriti, na Baixada fluminense

Outubro de 20208BrasilPresbiteriano

a noite de 16 de agos-to de 2020, descan-

sou no Senhor a querida irmã Anezia Nasar da Cruz.

Em 1962, aos 22 anos, casou-se com o saudoso Rev. João Cipriano da Cruz, com quem teve três filhos (Willian, John Wesley e

Wagner) e noras, seis netos e três bisnetos. Foi esposa, mãe, avó, serva fiel a Deus. Amava sua família!

Foi sócia da SAF, assí-dua nas reuniões e zelosa com todos. Desenvolveu o dom evangelístico, coope-rou na diretoria das socie-dades em todas as congre-gações e igrejas por que

passou, atuou na diretoria da federação do trabalho feminino dos Presbitérios de Castro e Ponta Grossa, PR. Serviu também como superintendente da EBD, professora, conselheira, membro do coral da igreja e da federação.

Foi também uma das fun-dadoras da IP da Ronda,

de Ponta Grossa, PR. Fará falta para todos os irmãos da igreja.

Anezia combateu o bom combate, completou sua missão e guardou a fé, dei-xando pela graça divina o exemplo de uma mulher cristã.

"Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2Tm 4.7).

fALEcIMENTOs

o dia 17.08.2020, faleceu em Goiâ-

nia um dos mais admirá-veis pastores-missionários da Igreja Presbiteriana do Brasil. Luiz Ricardo nas-ceu em São Paulo no dia 30.06.1954. Era filho do Dr. Luiz Antônio e D. Mercedes Monteiro da Cruz, um casal da 1ª Igreja Presbiteriana Independente. Sua família estava fortemente envol-vida com missões há duas gerações. O avô, Luiz Mon-teiro da Cruz, deixou uma atividade lucrativa para se dedicar ao trabalho em prol dos indígenas. Em 1957, tornou-se o primeiro presi-dente brasileiro da Missão Novas Tribos do Brasil. O pai, Luiz Antônio, médico ginecologista e obstetra, tra-balhou em Dourados (MS), onde prestou valiosos ser-viços ao Hospital Evangé-lico e à Missão Evangélica Caiuá. Durante quase trinta anos, também foi voluntário da Missão Asas de Socorro,

sediada em Anápolis (GO).Depois de Dourados, a

família residiu em Rio Bri-lhante, Santos, Blumenau e nos Estados Unidos. Luiz Ricardo professou a fé na 1ª IPI de Santos. Estudou no Seminário de Campinas como candidato do Presbi-tério de Florianópolis, tendo como tutores os Revs. Eny Luz de Moura e Pedro Duar-te. Durante os estudos, deu assistência à IP de Limei-ra, onde se tornou altamen-te estimado por seu zelo e consagração. Sua formatura ocorreu no dia 11.12.1976.

Após a formatura e a orde-nação, tornou-se obreiro iti-nerante da Junta de Missões Nacionais, residindo em Campinas. Trabalhou em Vilhena e Colorado d’Oes-te (RO) e em Dourados e Fátima do Sul (MS). Em setembro de 1987, foi um dos fundadores do Presbi-tério Sul de Rondônia, do qual foi eleito vice-presi-dente. Fez o curso de evan-gelização de crianças da APEC e participou do grupo

Vencedores por Cristo. Era apaixonado por missões: passava madrugadas oran-do pela obra evangelística e gostava de ler biografias de missionários. Ficou encan-tado com a iniciativa da SAF “Mulheres que oram na madrugada”.

O trabalho que o tornou mais conhecido foi a coor-denação do Curso de Treina-mento Missionário (CTM), depois denominado Curso de Preparação de Obreiros (CPO). Essa valiosa iniciati-va da JMN surgiu em 1991 sob a direção das missioná-rias Ana Valdete Papandré,

Cristina Teresa do Amaral e Léa Siqueira. Com o fale-cimento de Ana Valdete, em 1993, Luiz Ricardo tomou o seu lugar e nunca mais deixou o CPO. Esse curso havia iniciado na Escola Evangélica de Buriti (MT), mas no ano seguinte foi transferido para o Instituto Bíblico Eduardo Lane, em Patrocínio (MG). Em 2003, também passou a ser ofere-cido no Instituto Bíblico do Norte, em Garanhuns (PE).

O Rev. Luiz Ricardo dedi-cou-se de corpo e alma a esse trabalho, que no início de 2020 completou trinta anos de atividade, tendo ofe-recido treinamento bíblico e missionário a mais de 1.300 alunos e alunas. Além dele, compunham (e continuam a compor) a equipe de coorde-nação Léa Siqueira, Cristina do Amaral e o Rev. Carlos Eduardo Aranha Neto. Em Garanhuns, colaboravam o Rev. Carlos Sócrates Oli-veira Siqueira, Norma Suely Soares Melo e Jardelita Bispo da Silva Filha.

Luiz Ricardo era soltei-ro, mas teve muitos filhos adotivos. Ultimamente resi-dia com os pais idosos em Cedral, perto de São José do Rio Preto. Há dez anos, ele e o pai fundaram a IP de Tabapuã, na mesma região. Há alguns meses, tendo todos contraído dengue, foram para Caldas Novas, GO. Luiz Ricardo teve um cálculo renal, foi operado em Goiânia e retornou a Caldas Novas. Passou a ter novas dificul-dades de saúde, decorrentes de uma hemorragia gástrica. Levado novamente para Goi-ânia, veio a falecer na UTI, antes de nova cirurgia. Foi sepultado em Tabapuã, cida-de onde implantou e pasto-reou sua última igreja. Além dos pais, deixou o irmão Cláudio Lísias, professor da Pontifícia Universidade Católica - PUC de Goiânia. Ao lhe perguntarem quando iria descansar, quando iria tirar férias, a resposta era: “Nos céus!”.

Rev. Luiz Ricardo Monteiro da Cruz

Anezia – Serva Fiel a Deus

Alderi de Matos

N

O Rev. Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB.

O Rev. João de Oliveira é pastor da IP da Ronda, em Ponta Grossa, PR

João de Oliveira

N

Outubro de 2020 9BrasilPresbiteriano

fALEcIMENTOs

Anderson Martins Rios: legado, missão e poesiaascido em Mairi, Bahia, filho de Juvên-

cio Martins Rios e Maria Nunes Rios, Anderson Mar-tins Rios recebeu seu chama-do para o ministério aos 13 anos de idade. Anos depois, teve o chamado confirma-do ao ler o jornal das Mis-sões Norte-Americanas: “O Evangelista”.

Aos 18 anos, após receber uma bolsa de estudos, saiu do interior com a benção dos pais para se preparar para o seminário na capital Salva-dor. Anderson finalizou os estudos e sete anos depois foi recebido no Seminário do Norte em Pernambuco.

Amor, família e ministério

Após formado e ordena-

do, pastoreou a sua primeira igreja em Riachão do Dan-tas, SE. Após um ano ali, casou-se em dezembro de 1959 com Enilza Portela. Tiveram três filhos e quatros netos. Em 2010, aprouve ao Senhor chamar Enilza para sua companhia na glória.

Pastoreou igrejas em Ria-chão, Pedrinhas, Aracaju, Mantena e Teófilo Otoni. Concluiu Pedagogia e aju-dou as congregações de Car-los Chagas, Ouro Verde e a 6ª IP em Governador Vala-dares. Anos depois, mudou-se para Valença no Rio de Janeiro, ficando ali apenas um ano, onde sepultou seu pai. Nessa cidade, ajudou também a igreja de Conser-vatória e Santa Izabel.

Em 1971, mudou-se para

o Distrito Federal, pastoreou a IP do Gama, a Igreja de Núcleo Bandeirante e a 4ª IP de Taguatinga, onde ficou até sua jubilação em 1999. Mesmo jubilado, auxiliou uma de suas congregações, fundada em seu pastoreio e organizada em 2003, a IP Iawé Nissi, onde permane-ceu até seu último dia aqui.

Pastor poetaAnderson sempre gostou

de escrever. Começou com poesias, gênero que sempre o acompanhou e permeou até mesmo seus sermões. Escrevia também seus estu-dos, testemunhos e outras histórias como no livro “Pen-sando bem, quando Deus interveio”. Ao todo, o Rev. Anderson publicou onze

livros. Além deles, várias poesias avulsas sobre temas pontuais e diversos eram publicadas no boletim da IP Iawé Nissi.

Cultivava o hábito de presentear os membros de sua igreja com seus livros, todos com dedicatórias fei-tas à mão. Mais uma das maneiras que ele encontrava para demonstrar amor e ser presente na vida de suas ove-lhas. O fez até seus últimos momentos em vida.

O bom combateNo tempo em que nos

encontramos, em que a pre-sença física não é possível, os momentos de culto cole-tivo passaram a ser virtuais, e visitas só por chamadas de vídeo, Deus resolveu que

Anderson já tinha combatido o bom combate e que che-gara a hora de seu descanso. Com um AVC, sem sofri-mento, dormiu em coma por alguns dias, para preparar os familiares e tantos irmãos e amigos que fez.

O Rev. Anderson Martins Rios deixou filhos, genro, noras e quatro netos, todos no caminho do Senhor, e um legado que abençoou muitas outras famílias.

N

MEDITAÇõEs

a primeira parte da carta aos Romanos,

Paulo fala sobre a justifi-cação de pecadores, e na segunda parte sobre a san-tificação deles. No capítu-lo 6, ele usa três palavras chaves para nos ensinar como podemos andar numa vida nova: sabendo-vos justificados, conside-

rai-vos mortos e oferecei-vos a Deus.

Sabendo (v.6). Sabemos que Cristo morreu por nós. Crucificados com Ele, morremos com Ele, fomos sepultados com Ele, mas também ressuscitamos com Ele!

Considerai (v.11). Sabendo que a nossa velha natureza morreu com Ele, devemos tirar a conclu-

Considerai-vos“Considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Rm 6.11).

são lógica de que estamos mortos para o pecado. No grego, a palavra que o apóstolo usa para “con-siderai-vos” poderia ser traduzida como “logicar”: logicai-vos mortos para o pecado. Mas, o que fazer quando o nosso “velho homem” se mexe e se levanta? Nesse caso, com fé, temos de dar-lhe uma ordem clara como a um cachorro: “Deite, você está morto!”.

Oferecei (v.13). Morto para o pecado, mas vivo para Deus em Cristo Jesus. E o que vamos fazer com essa vida nova? Claro:

colocar-nos à disposição do nosso Libertador!

Mas, e se não quiser-mos “logicar” que estamos mortos para o pecado? Se não quero reconhecer que sou orgulhoso? Daí sou uma das pessoas que carre-gam sua própria honra nas costas, como um balão, sofrendo de “balonite”. Porém, que bênção quan-do passo pelo espelho da Palavra de Deus e percebo meu fardo. Então o Espíri-to Santo vem com a agulha de Romanos 6.11 e “Puft”, o bolão explode, e reco-nheço que qualquer moti-vo para orgulho é ridículo.

E posso continuar a pere-grinação, não abatido, mas de cabeça erguida, liberto.

Liberto da culpa e do poder do pecado, mas ainda não da presença dele (Rm 7.24). Por isso o maligno remenda o balão com um esparadrapo de desculpas e a bolha se enche de novo. E cada vez o Senhor o fura novamen-te. Santificação diária! Ele faz isso com muito amor, educando seus filhos para andar como vencedores (Rm 8.37).

Frans Leonard Schalkwijk

De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura

Cristã, 2014.

N

Outubro de 202010BrasilPresbiteriano

Gabriela Cesario

REfORMA PROTEsTANTE

503 anos da Reforma Protestante503 anos da Reforma Protestante“Toc, toc, toc”. Há 503

anos esse som revelava que Martinho Lutero, o primei-ro reformador, estava pre-gando na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha as 95 teses que foram ado-tadas como marco inicial da Reforma Protestante. De lá para cá, muitas coisas mudaram e aconteceram, mas uma coisa é fato: a Igreja Reformada preci-sa continuar se reforman-do. Sempre retornando à Escritura.

Seguem alguns fatos e informações desse precioso momento de nossa história.

#MartinhoLutero Nascido em 10 de novem-

bro de 1483, na cidade de Eisleben, que na época

fazia parte do Sacro Impé-rio Romano-Germânico, Martinho Lutero passou parte de sua infância em Mansfeld, local onde seu pai trabalhava. Membro da pequena burguesia da época, teve uma boa edu-cação, graças aos seus pais Hans Luther e Margare-the Luther. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Erfurt para estudar direi-to e tornar-se advogado, um desejo de seu pai. Em 1505, Lutero abandonou o direito e ingressou na vida ecle-siástica, tornando-se um monge agostiniano.

#95TesesFixadas na porta da Igreja

de Wittenberg em 31 de outubro de 1517, as 95 teses deram início à Reforma Protestante por toda Euro-

pa. Graças a invenção da imprensa com tipos móveis, o documento de Lutero foi replicado e espalhado por todo continente. O movi-mento de contestação ao catolicismo ganhou força e resultou na excomunhão de Lutero, em 1521, após debates entre as autoridades da igreja e Lutero. Hoje, as 95 teses continuam grava-das da porta de Wittenberg.

#OsReformadores Outros reformadores

foram também importantes ao movimento de renova-ção do cristianismo. Entre eles, João Calvino, teólogo cristão francês que siste-matizou os princípios dou-trinários em várias publi-cações, sendo a principal delas as “A Instituição da Religião Cristã” (Institu-

tas, Cultura Cristã). Filipe Melanchthon, Teodoro de Beza, Ulrico Zuínglio e Martin Bucer, são também outros nomes destacados da Reforma Protestante.

#CincoSolasOs pilares da Reforma.

Enfatizam a diferença entre a teologia reformada pro-testante e a católica romana. Os Cinco Solas expressam os fundamentos da nossa fé: Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia e Soli Deo Gloria. “Sola”, vem do latim e significa “somente”. Em português: Somente a Fé, Somente a Escritura, Somente Cristo, Somente a Graça e Glória somente a Deus.

#FéReformada A Igreja Presbiteriana,

herdeira da Reforma, adota todas as doutrinas apostóli-cas estabelecidas na Bíblia e formuladas em credos pelos grandes concílios ecumênicos da Igreja Pri-mitiva. Vivemos um rela-cionamento com Deus, pela mediação de Jesus Cristo, baseado no evangelho reve-lado por ele nas Escrituras Sagradas. Compartilha-mos os pontos cardeais da religião cristã das Igrejas Reformadas: a Trindade, a expiação, a justificação pela fé, o nascimento virgi-nal e a ressurreição corpó-rea de Jesus, seus milagres e a inspiração das Escritu-ras Sagradas.

Sigamos firmes na fé sob o lema: “Igreja Reformada, sempre se reformando”.

Gabriela Cesario é jornalista doBrasil Presbiteriano

João Calvino e a Reforma do século 16A influência de Lutero [1483-1546]

se propagou, e muitos outros reforma-dores surgiram para dar continuidade à obra. João Calvino [1509-1564], da França, realizou o trabalho de dez homens ao longo de uma vida relati-vamente curta. A essência de sua vida e obra era a tarefa de fazer uma exe-gese das Escrituras, à qual ele se dedi-cou diariamente. No entanto, nenhum aspecto da vida e da sociedade per-maneceu intocado pela influência de Calvino. Não só teologia, adoração,

política eclesiástica e missões, mas também educação, governo, econo-mia, indústria e trabalho social foram marcados pelo pensamento de Calvi-no. Consequentemente, alguns dizem que Calvino exerceu uma influência maior sobre a nossa história e cultura do que qualquer outro indivíduo dos últimos mil anos ou desde o encerra-mento do cânone do Novo Testamento.

Bíblia de Estudo Herança Reformada, “Vinte Séculos de História da Igreja – Século 16”, Cultura Cristã.

Outubro de 2020 11BrasilPresbiteriano

Alderi Souza de Matos

A descoberta evangélica de Lutero

Reforma Protes-tante promoveu uma

reconsideração de boa parte do arcabouço doutrinário cristão do final da Idade Média. Todavia, a área que se tornou mais decisiva e fundamental para o novo movimento foi a soteriolo-gia, o entendimento da sal-vação. A nova compreensão sobre o tema não surgiu de um momento para o outro. O pioneiro Martinho Lutero [1483-1546] elaborou suas concepções sobre essa ques-tão ao longo de vários anos e sob a influência de um grande conjunto de fatores, a começar de suas próprias lutas espirituais.

Inicialmente, o futuro reformador havia contem-plado uma carreira na área do Direito. Em 1505, a morte repentina de um cole-ga e sua própria experiên-cia aterrorizante em meio a uma tempestade o fizeram ingressar na vida monástica. Na época, esse era conside-rado o caminho mais seguro

para a salvação da alma. Como membro da recente ordem agostiniana alemã, Lutero se revelou um frade de singular piedade, cultura e dedicação. Como muitos de seus contemporâneos, ele possuía um profundo senso de pecaminosida-de diante do Deus justo e santo, e esse sentimento não era atenuado por suas rigo-rosas práticas penitenciais.

Até 1509, quando obteve o grau de bacharel em teolo-gia na recém-criada Univer-sidade de Wittenberg, ele se dedicou ao estudo dos teó-logos escolásticos do final da Idade Média, os nomi-nalistas. A partir de então, enquanto se preparava para obter o grau de doutor, sua

atenção se voltou para o antigo bispo Agostinho de Hipona e seus admiradores medievais. Tornou-se um forte crítico do escolasticis-mo por sua postura semipe-lagiana, ou seja, o conceito de que a salvação era resul-tado de uma cooperação ou sinergia do ser humano com Deus, por meio de boas obras meritórias.

Após a obtenção do doutorado, Lutero se tor-nou professor de exegese bíblica na sua universidade, lecionando nos cinco anos seguintes sobre os Salmos e as cartas aos Romanos, Gálatas e Hebreus (1513-1518). Seu superior, Johan-nes von Staupitz, já havia chamado a sua atenção para a importância do evangelho, mas agora, sob a influência da Bíblia e de Agostinho, o pensamento do jovem monge evoluiu e se aclarou. Na época em que dava aulas sobre a carta aos Roma-nos, ele se convenceu de que “a salvação é um novo relacionamento com Deus, fundado não em qualquer obra meritória humana, mas em plena confiança na divina promessa de perdão por meio de Cristo” (W. Walker).

Ele passou a contrastar a lei de Deus, e sua ameaça de condenação, com o evan-gelho, e sua mensagem de que Deus justifica o ímpio por meio da fé, à parte das obras (Rm 1.17; 4.5), e o reconcilia consigo mesmo.

Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB.

“A não ser que eu esteja convencido pelo teste-munho das Escrituras ou pela razão clara (pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é pri-sioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém”(Dieta de Worms, 18 de abril de 1521).

O redimido, embora não deixe de ser um pecador, é plenamente perdoado e aceito, e a partir desse novo relacionamento com Deus flui uma obediência volun-tária à vontade divina. A fé, uma firme confiança do coração, se torna ativa em obras de amor (Gl 5.6). O amor não é condição para a salvação, mas o fruto espontâneo da fé, voltado para o bem do próximo. As boas obras não contribuem para a justificação, mas são indispensáveis à vida cristã e à santificação.

A base desse relaciona-mento correto com Deus é sua graça imerecida reve-lada no sacrifício de Cristo. Este levou sobre si os nos-sos pecados e sua justiça nos é imputada ou atribuída por meio da fé. Todo esse conjunto de elementos – o perdão, a justificação e a própria fé ou confiança – é

inteiramente uma dádiva de Deus aos pecadores contri-tos. Essas ideias estavam se cristalizando em 1517, quando Lutero redigiu, em setembro, 97 teses sobre a teologia escolástica e, no final de outubro, as 95 teses sobre as indulgências. Nesse documento decisivo, ele declarou: “O verdadeiro tesouro da igreja é o santís-simo evangelho da glória e da graça de Deus” (tese 62).

Em 1520, há exatos 500 anos, a “descoberta evan-gélica” de Lutero havia se consumado. Os principais fundamentos teológicos da Reforma Protestante esta-vam definidos com precisão.

No segundo semestre desse ano, o reformador externou suas convicções centrais em três célebres documentos: À nobreza cristã da nação alemã, O cativeiro babilô-nico da igreja e A liberdade do cristão. Neles estavam presentes os princípios que seriam norteadores de todo o movimento: “Sola Scrip-tura”, “Sola gratia”, “Solus Christus”, “Sola fides”, “Soli Deo gloria”, bem como o sacerdócio de todos os fiéis.

É isto, acima de tudo, que devemos celebrar e confessar.

“Pregam doutrina hu-mana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgató-rio para o céu]”(Tese 27).

“Ao dizer: Fazei penitência, etc. (Mt 4.17), o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse de penitência"(Primeira das 95 Teses, 31 de outubro de 1517).

“O verdadeiro tesouro da igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de Deus” (Tese 62).

A

Outubro de 202012BrasilPresbiteriano

Em Atos 14.27, Lucas destaca o retorno de Paulo e Barnabé da primeira viagem missionária deles à igreja enviadora. Como eles, queremos relatar um pouco do que Deus tem feito em nós

e através de nós, missionários da APMT na Guiné-Bissau e obreiros nacionais.

MIssõEs TRANscuLTuRAIs

Guiné-Bissau é um país da África

Ocidental, com uma popu-lação de aproximadamen-te dois milhões de habi-tantes, sendo mais de 27 etnias e línguas diferentes. O crioulo guineense é a língua falada em todo o território nacional. O por-tuguês, língua oficial, não é falada pela maioria. O quadro religioso é compos-to: 50% são muçulmanos; 40% são animistas e 10% são cristãos (4% católicos e 6% evangélicos), aproxi-madamente. Pela graça de Deus, ainda há liberdade para se pregar o evangelho e todas as missões e igrejas estão crescendo, inclusive a APMT e a denominação fundada pelos seus mis-sionários: a Igreja Pres-biteriana da Guiné-Bissau (IPGB).

O trabalho presbiteria-no na Guiné-Bissau teve início em Gabu, leste do país, com o missionário José Dilson e sua família (1997). Com sua saída em 2003, vieram Basílio Gon-çalves e família, e a missio-nária Lucimar Rodrigues, que deixaram o país em 2012 e 2017, respectiva-mente. Em seguida vieram outros missionários para cooperar no fortalecimento e expansão do trabalho,

que hoje conta com duas igrejas organizadas (Gabu e Bissau) e uma terceira em processo de organiza-ção (Plak 2 em Bissau); cinco congregações; um seminário; duas escolas e um projeto social. As áreas principais de atuação dos missionários da APMT são: evangelização, disci-pulado, plantação e organi-zação de igrejas, formação de pastores e líderes; ensi-no teológico, tradução da Bíblia, escolas, organiza-ção de sociedades internas e projetos sociais nas áreas de esportes, saúde, nutri-ção e educação.

A IPGB conta com oito pastores presbiterianos guineenses na ativa; sete presbíteros; oito diáconos e vários líderes de minis-térios. Há dois candidatos ao sagrado ministério em processo de licenciatura e ordenação.

Fundado em 2012 pelos missionários da APMT, o seminário presbiteriano de Bissau agora pertence à IPGB e já formou duas turmas de bacharel em teo-logia. Abriu um curso de pós-graduação em teolo-gia e ministério, visando o aprofundamento bíbli-co-teológico dos pastores, preparar professores para o seminário e fortalecer a teologia reformada no país e na região. Graças a Deus, temos conseguido êxito,

tanto dentro da igreja como fora dela. Vários alunos do seminário são de outras denominações e vêm com entusiasmo estudar conos-co. O quadro de professo-res é composto por mis-sionários da APMT, nacio-nais e colaboradores do Brasil, como o rev. Jair de Almeida Júnior e Márcio Alonso, ambos professores do seminário José Manoel da Conceição (JMC), São Paulo, SP.

Uns dos grandes marcos do crescimento do traba-lho missionário aqui foi a entrega das carteiras de ministros para os pasto-res da IPGB na reunião extraordinária do Concílio Nacional (órgão máximo da igreja), dia 10 de julho de 2020. O missionário Danilo Soares, presidente da APMT-GB entregou as carteiras (cortesia da Cul-tura Cristã) ao presiden-

te do Concílio Nacional, Rev. Domingos Orlando Tamba.

Com relação à pande-mia da Covid-19, graças a Deus a Guiné-Bissau não teve um número de casos e de mortes tão elevado em comparação com outros países. Houve quarentena também, porém não tão rígida, pois a cultura gui-neense e a necessidade das pessoas ganharem o pão diário as leva sempre à aglomeração, tanto em casa quanto nas ruas. Fica-mos três meses sem poder realizar cultos presenciais, porém, conseguimos reu-nir grupos pequenos e orar entre os líderes. O uso da internet ainda não é acessí-vel a todos os membros da igreja, por isso, não houve transmissão dos cultos online, mas apenas o envio de mensagens via aplica-tivo e telefone. Porém, a equipe de missionários conseguiu fazer suas reu-niões online a fim de tra-tar de assuntos adminis-trativos e, principalmen-te, orar uns pelos outros e pelo enfrentamento da pandemia. Por isso, fica-mos bastante felizes com a liberação dos cultos pre-senciais a partir de julho, com os cuidados conhe-cidos. Deus abençoou os

O avanço do evangelho em Guiné Bissau

A

A igreja em guiné Bissau

frutos do trabalho da IPgB

Outubro de 2020 13BrasilPresbiteriano

missionários e os obrei-ros nacionais para a igreja continuar adorando a Deus e pregando o evangelho.

O crescimento do tra-balho missionário presbi-teriano na Guiné-Bissau tem acontecido sob Deus, pelo trabalho dedicado dos missionários da APMT no país, que não tem medido

esforços para fazer conhe-cido o nome de Jesus e plantar igrejas firmadas na Palavra de Deus, além de desenvolverem projetos sociais que abençoam o povo guineense. Tem acon-tecido pelo esforço e des-prendimento dos obreiros nacionais que, pela graça de Deus, têm sido instru-

mentos úteis nas mãos do Senhor. E tem acontecido pela importante participa-ção dos nossos parceiros no Brasil, igrejas e irmãos generosos e fiéis. Por fim, não poderíamos deixar de mencionar a direção e o apoio da APMT/IPB e de todos os seus missionários de base, que colaboram para que tenhamos mais leveza em nosso campo de atuação.

Para conhecer e se envol-ver mais com missões na Guiné-Bissau ou em outras partes do mundo, entre em contato com a APMT (www.apmt.org.br).

Rev. Paulo Serafim e toda a equipe APMT-GB, Bissau, Guiné-Bissau, África Ociden-tal, agosto de 2020.

Cicília e Alberto Sá: “Trabalhamos na evangelização e plantação de uma igreja em Canchungo (norte do país). Também auxiliamos nos trabalhos da igreja sede na Capital. Temos também a Escola Semear que é o nosso trabalho na área social”. Danilo e Maria Joelma Soares: “Plantação de igreja e sua estruturação; elaboração de revista em crioulo para a EBD; capacitação de professores da EBD e coordena-ção do departamento; capacitação de professores de escolas de ensi-no infantil e fundamental no siste-ma AEP (abordagem Educacional por Princípio); projeto social de futebol”. Paulo Serafim e Maria do Carmo: “Formação de pastores e líderes, plantação e organização de igrejas e desenvolvimento de

projetos sociais nas áreas de saúde e nutrição”. Antônio e Luzinete Xavier: “Servem ao Senhor em Guiné-Bissau há 14 anos. O tra-balho abrange tradução da Bíblia, evangelização, treinamento de lide-rança local, plantação de igrejas e área social (educação e saúde)”. Rogério e Fabiana Pinheiro: “Servem no interior do país, na cidade de Gabu, em parceria com a IP de Gabu, atuando na edifica-ção dos departamentos, ensino, discipulado e através do Projeto Educando, um trabalho socioe-ducativo, que assiste crianças e adolescentes carentes, membros da EBD”. Levy e Bruna Macedo: “Plantio de igrejas numa aldeia de muçulmanos, no leste do país e também educação e saúde”.

Missionários no país e seus respectivos projetos ou áreas de atuação

cresce o trabalho em guiné Bissau

TREINAMENTO

ongresso de Pastores e Líderes — CPL,

da Oitava IP de Belo Hori-zonte, MG, é um evento anual, realizado na sede da igreja. São quatro dias de palestras, pregações, ofi-cinas e bate-papos, com momentos de louvor e de oração, focados na capa-citação, encorajamento e inspiração para os líde-res da igreja evangélica brasileira.

Já são mais de 25 anos de história. Idealizado pelo Rev. Jeremias Perei-ra, o CPL reuniu milhares de pessoas de dezenas de denominações, servindo a Cristo e à sua Igreja, ensinando e aprendendo juntos, buscando a Deus e proclamando seu nome a todos os povos.

Nas edições anteriores, os congressistas partici-param presencialmente na Oitava, vindos de todas as

partes do país e do mundo. Em 2020, o evento será realizado entre 5 e 10 de outubro, 100% online e gratuito. Todas as pala-vras serão transmitidas no canal da igreja no You-Tube (www.youtube.com/oitavatv).

O tema deste ano é Avance, o avanço da igre-ja edificada por Cristo, e tem como objetivo abor-dar o crescimento da igre-ja durante a quarentena e orientar os líderes a inves-tirem para o crescimento de seus ministérios.

Outra novidade dessa edição é o CPL Jovem, que será realizado nos dias 9 e 10, focado na prepara-ção de líderes de jovens de todo o país.

As inscrições estão aber-tas! Garanta sua vaga: www.cpl.org.br.

Oitava IP de Belo Horizonte realiza Congresso de Pastores e Líderes

C

Equipe de Comunicação da Oitava IP de Belo Horizonte, MG

Outubro de 202014BrasilPresbiteriano

1517 – No dia 31 de outubro, à véspera do dia de Todos os Santos no calendário da Igreja Católica, o alemão Martinho Lutero, monge agostiniano, afixou 95 teses à porta da Igreja do Castelo de Wittenberg (hoje Lutherstadt Wittenberg) propondo debate sobre a prática da venda de indulgências pela Igreja. Esse ato repercutiu fortemente na Europa e passou a ser considerado o marco histórico inicial da Reforma Protestante. A reação católica (Contra-Reforma) foi apenas simbólica e cos-mética, identificada com o Concílio de Trento (1545–1563). O grande tema bíblico da justificação pela fé somente, resgatado pela Reforma, foi rejeitado e seus defensores anatematizados.1879 – Em 21 de outubro, Thomas Edison apresentou a lâmpada elétrica, feita com filamento de carvão, que ficou acesa por 45 horas. Sua invenção vinha de seu desejo de fazer pequenas lâmpadas que pudessem ser usadas no lar, como um substituto do gás, principal meio de iluminação naquele tempo.1884 – Cientistas estabelecem o meridiano de Greenwich (linha imaginária que corta o planeta de um polo ao outro) como refe-rência para determinação dos fusos horários.1906 – Com o seu avião 14-bis, Santos Dumont realiza em Paris um voo de 70 metros, a dois metros de altura.1931 – Em 12 de outubro, a estátua do Cristo Redentor é inaugu-rada no Corcovado, Rio de Janeiro, a 709 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional da Tijuca. O monumento foi criado pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa e construído em parceria com o escultor francês Paul Landowski e o engenheiro Albert Caquot, ao longo de nove anos. Tem 30 metros de altura, além dos 8 metros do pedestal, e sua envergadura é de 28 metros.1955 – Em 11 de outubro, Dona Nady (Secretária Geral da SAF em 1955) comemorou seu aniversário oferecendo um presente à mulher presbiteriana: um boletim informativo em formato de revista. Por isso é comemorado o Dia da SAF em Revista todo 11 de outubro. D. Nady, Celso Werner e Ailton Rodrigues foram os responsáveis pela edição e distribuição da revista até 1960. A partir de 1961, e por determinação do Supremo Concílio, a CEP passou a ser a responsável pela administração, publicação e distribuição da revista, enquanto a edição continuou com a liderança do trabalho feminino nacional, como ainda é.1964 – Martin Luther King recebe o prêmio Nobel da Paz pela defesa dos direitos civis do negros em seu país.1990 – Os alemães festejam a unificação do país. Passa a ser data nacional como “Dia da Unidade”.1992 – O avião supersônico Concorde construído na França dá a volta ao mundo em 32 horas e 49 minutos, o que foi um novo recorde mundial.1993 – Realizada por pesquisadores da George Washington University, nos EUA, a primeira clonagem de embriões humanos.1999 – Nasce o indivíduo seis bilhões do planeta Terra. Estima-se que somos hoje 8 bilhões, e que seremos 11,2 bilhões em 2100.2001 – Estados Unidos e Reino Unido iniciam ataques contra o Afeganistão, em represália aos atentados contra o World Trade Center, de Nova York com ataques a Kabul, Jalalabad e Kandahar. A localização e execução do mentor Osama bin Laden levaria 10 anos (2 de maio de 2011).

Aconteceu em outubro

NO BRAsIL E NO MuNDO NO BRAsIL E NO MuNDO

m 1º de junho de 2020, um novo surto

de Ebola foi declarado na província de Équateur, no oeste da República Demo-crática do Congo (RDC), a 11ª epidemia registrada no país.

Declarado enquanto a RDC ainda lutava con-tra a décima epidemia de Ebola no nordeste do país, e em meio à pande-mia de COVID-19, esse novo surto de Ebola já se espalhou por 11 zonas de saúde na província, em uma região muito difícil de alcançar, onde alguns vila-rejos são acessíveis apenas por rio.

“A epidemia está se movendo com as pessoas por terra e rio, para áreas remotas em uma provín-cia onde a infraestrutura é escassa e os vilarejos

distantes uns dos outros”, afirma Maria Mashako, coordenadora médica de MSF. “É por isso que esta-mos estabelecendo uma resposta descentralizada e implantando nossas equi-pes nas áreas de saúde mais remotas e afetadas, com pequenas estruturas facilmente acessíveis às comunidades.”

Desde 1º de setembro de 2020, as equipes de MSF estão apoiando nove cen-tros de tratamento e isola-mento em cinco zonas de saúde para fornecer aten-dimento o mais próximo possível dos pontos ativos da doença.

“Não nos limitamos a apoiar apenas a resposta à epidemia de Ebola”, infor-ma Mashako. “Também estamos apoiando os pos-tos de saúde de Bolomba

e Bikoro, para garantir a continuidade dos serviços de atenção primária, e per-mitir a detecção precoce de casos suspeitos. Isso é feito, por exemplo, doando medicamentos, treinando pessoal médico local sobre o Ebola ou fortalecendo as medidas de prevenção e controle de infecções”.

Até 2 de setembro, um total de 110 casos de Ebola foram registrados na pro-víncia de Equateur – 104 confirmados, 6 prováveis e 47 mortes. A província de Équateur viveu a última epidemia de Ebola há dois anos, entre maio e julho de 2018. As zonas de saúde de Bikoro e Iboko, bem como a cidade de Mbandaka, foram o epicentro do nono surto de Ebola na RDC.

Adaptado de release MSF

Médicos sem Fronteiras enfrenta logística complexa para combate ao 11º surto de Ebola na RDC

E

Outubro de 2020 15BrasilPresbiteriano

no leito da enfermidade, ou em meio à tragédia, que nossos dias passam como

filme diante de nossos olhos, buscando causa e propósito para a dor. É quando percebemos a bre-vidade da vida e nos questionamos sobre nosso destino eterno. É quando avaliamos se nossa vida teve sentido e o legado que estamos deixando. É quando precisamos de pessoas que compreendam a nossa dor e nos consolem, dando-nos ouvidos atentos, carinho e a esperança que somente a Palavra de Deus pode nos oferecer.

É quando Deus se faz presente através de pes-soas, gente como a gente, e irradia a sua presença consoladora. Mas quem se dispõe a transmitir o consolo divino também precisa estar bem equipa-do e sensível àquele que está vivendo momento de grande fragilidade e sofrimento, questionando o amor de Deus e o propósito para sua vida.

É por isso que a ACS – Associação de Capelania na Saúde, com 38 anos de experiên-cia na área, tem preparado capelães e visitadores hospitalares, tanto para fazerem parte de suas Equipes de Capelania nos Hospitais, como para abrir novas capelanias em hospitais da sua região, despertando as igrejas evangélicas para o cuidado integral dos enfermos e enlutados de sua própria comunidade, como também abrindo-lhes a visão para Missões Urbanas através do ministério nos hospitais.

E, agora, estende a oportunidade de todos faze-rem os cursos de Capelania online, capacitando-se para melhor servir o Senhor e os que sofrem.

Curso de Capelania Hospitalar em EADTreinamento prático, individual e supervisio-

nado, por treinadores diferenciados, membros de diferentes denominações evangélicas capacitados e inclusão do aluno, se aprovado, na Equipe de Capelania dos Hospitais através do GDT – Guia Didático de Treinamento – com lições diárias e relatórios para todo o processo de treinamento prático.Público-alvo: membros de igrejas evangélicas e profissionais da saúde que queiram influir na humanização da assistência nos hospitais, assis-tindo integralmente seus pacientes.

Aulas e a Dinâmica do Curso: São 146 aulas de cerca de 8 minutos cada uma, gravadas em estúdio e produzidas profissionalmente, divididas em 5 unidades temáticas, com testes após cada Unidade.

Temas:UNIDADE 1 – TeologiaUNIDADE 2 – Entrando no HospitalUNIDADE 3 – Cuidando do enfermo, sua família e do profissional da saúdeUNIDADE 4 – Música no HospitalUNIDADE 5 – Capelania em Pediatria

Preletores: Pr. Gavin Levi Aitken; Marcos Soares; Rev. Éber Coelho; Eleny Vassão; Prof. Moira Helena Maxwell Penna; Dr. Paulo Tsai; Denis de Paula Cavalcanti; Dra. Cynthia Campelo Shnneider; Priscila Dias Basques; Pr. Gilberto Celetti; César de Almeida

Coordenação Geral: Eleny Vassão de Paula Aitken, Fundadora e Diretora Geral da ACS

Inscrições: www.capelanianasaude.org.br

cAPELANIA

Eleny Vassão

Eleny Vassão é Capelã Hospitalar da IPB, Fundadora e Diretora da Geral da ACS

Curso de Capelania Hospitalar da ACS em EAD

ÉA ACS é uma associação beneficente de assistência social e educacional, de natureza religiosa, humanitária, filantrópica e cultural e que se dedica ao exercício do ministério de assistência humanitária, espiritual e amparo social aos enfermos, familiares e profissionais da saúde, bem como, à formação e desenvol-vimento de capelanias hospitalares em todo o país. São mais de 230 capelanias implantadas em hospitais no Brasil e em 13 países, equipes compostas por milhares de colaboradores, aproximadamente 500 mil atendimentos por ano em 10 dos hospitais de treinamento em capelania.

Outubro de 202016BrasilPresbiteriano

m 1Tessalonicenses 2, vemos que a qua-

lidade da pregação passa necessariamente pela pureza das motivações de coração do pregador. O apóstolo diz que sua exor-tação àquela comunidade não procedia de engano ou impureza, como alguém que buscava agradar a homens ou obter ganhos deles. Pelo contrário, ele buscava agradar a Deus e estava a ponto de perder a própria vida por amor à pureza do evangelho.

Quando escreve a Timó-teo (2Tm 2), o apóstolo chama a atenção para outra faceta do caráter do prega-dor. A qualidade da pre-gação também passa pela pureza dos lábios. Quan-tas oportunidades perde-mos pela intempestividade de nossas línguas e pela dureza de nossas palavras. Além de buscar agradar a Deus, Timóteo deveria evitar falatórios “inúteis e profanos” além de repelir questões insensatas, por-que dessas coisas surgiam impiedades e contendas ainda maiores. Uma reco-

PREgAÇãO E VIDA

Pregação e caráterA relação entre a qualidade da pregação e a qualidade do caráter e da conduta do pregador

Luiz Alberto Rasseli

E

Luiz Alberto Rasseli cursa Teologia no JMC

IPB3. CADA DIA UM PROGRAMA, CADA PROGRAMA UM ESTILO.

SEGUNDA, 14h RádioAção

Alexandre Almeida Fernando Martins Alexandre Porfírio

Edu Baez

A rádio com imagem ao vivo no portal IPB, youtube, facebook e podcasts. SEXTA, 12h

sexTou!na IPBSérgio Lima

TERÇA, 10h Manhã IPB

Gilberto Barbosa

TERÇA, 12h Missão Mundo

Gilberto Barbosa

QUINTA, 12h Classe A IPB

Wilson do Amaral José Carlos Bertoni

QUINTA, 13h30 Caminhando Para o Alvo

Joel Farias Davi Cestavo

radioipb.com.br/ipb3 • ipb.org.br/tv100 • youtube.com/presbiterianabr • facebook.com/ipb.org.br • podomatic.com/radioipb

QUARTA, 10h Pelos Campos do Brasil

Mariano Jr.

QUARTA, 12h Passando a Limpo IPB

Rosther Guimarães Rodrigo Leitão

mendação mais que neces-sária para nossos tempos.

A Tito (2.7-8), a reco-mendação é semelhante. O pregador deve ser um padrão de boas obras e em seu ensino deve mostrar reverência, além de lingua-gem sadia e irrepreensível. Nesse sentido, vemos que a pureza do coração sem-pre redunda em pureza de lábios. Tito precisava ser “íntegro”, dizia Paulo. Integridade é a qualidade daquilo que é pleno, intei-ro. Como pregadores, não deve haver distinção entre o que somos e falamos.

Mas por que a correta relação entre a qualidade da pregação e a qualidade do caráter do pregador é tão importante? É porque é ela quem determina a pureza e a continuidade

do próprio ministério. É a exortação de Paulo em 2Coríntios 6.3-4. Ao man-ter seu padrão de caráter e comportamento, o apósto-lo buscava evitar qualquer tipo de escândalo para que o ministério não fosse censurado.

Não observar essas regras é enganar a si mesmo. Pior, a religião do ministro incoerente é vã (Tg 1.26-27). Manter-se incontaminado do mundo e refrear a língua é man-datório para todo crente, e não seria diferente para o pregador. E não só isso. A piedade de um minis-tro deve ser revelada não somente na pureza de suas palavras e nas coisas das quais ele se abstém, mas também por aquelas que ele faz. Sua obediência

não é passiva, mas ativa. A qualidade da pregação e de nosso caráter é encon-trada e reforçada pela pureza das nossas obras, pelo serviço aos irmãos necessitados.

Num tempo em que mui-tos arrogam para si a alcu-nha de pastores, mestres e pregadores, e buscam ser sábios aos olhos dos homens, a qualidade do ministério cristão se reve-la não pela quantidade de vídeos no Youtube, tweets curtidos ou seguidores nas redes sociais. A verdadei-ra sabedoria e inteligência é encontrada numa vida cotidiana em que há man-sidão e condigno proceder. (Tg 3.13).

Outubro de 2020 17BrasilPresbiteriano

VIDA DEVOcIONAL EM fAMíLIA

1. Esse salmo é diretamen-te messiânico. O salmista o escreveu como profeta do Senhor, sabendo que Deus levantaria o Cristo dos mor-tos para reinar para sempre, em cumprimento à sua alian-ça com Davi (1Cr 17.11-12; At 2.30). Ele não fala de Davi, que morreu, foi sepul-tado e cujo corpo voltou ao pó (At 2.29; 13.36). Assim, a Escritura revelou a ressurrei-ção de Cristo séculos antes de ele ter nascido. Como isso o ajuda a ter absoluta confiança em que a Bíblia é verdadeira e que Jesus é, de fato, o Cristo?

2. Esse salmo lança luz sobre a esperança que for-taleceu Cristo para suportar as adversidades e sobre “a alegria que lhe estava pro-posta” (Hb 12.2), pela qual ele desprezou a vergonha da cruz. O Senhor Jesus encar-nado viveu em dependência diária de Deus. Ele creu na promessa divina de ressus-citá-lo dos mortos e trazê-lo, com seu povo, a uma eterna plenitude de vida e alegria na manifesta glória de Deus. O Filho ama o Pai e o con-sidera sua eterna porção e prazer. Como isso fortalece a sua fé em Deus?

3. O Senhor Jesus ensinou, por seu exemplo, que, dian-te de problemas e tristezas, devemos recorrer a Deus e considerá-lo e ao seu povo como toda a nossa alegria. Ele é para os crentes muito mais do que eles podem pre-cisar, e em suas mãos está a nossa felicidade espiritual e eterna. É bom os cristãos conservarem em mente o que têm em Deus, para não serem tentados pelas posses e prazeres do mundo. No Senhor temos uma porção adequada, suficiente, segura, eterna e que satisfaz a alma. Comparado a ele, o mundo

nada nos oferece e não pode causar dano à nossa ver-dadeira fonte de felicidade. Como isso afeta nosso modo de ver a morte? Como isso afeta nossa maneira de ver este mundo?

Recursos devocionais da Bíblia de Estudo Herança ReformadaPensamentos para a devoção pessoal/em família

Leia o salmo 16

Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo Heran-ça Reformada apresen-ta auxílios para a práti-ca devocional individual ou familiar. Você poderá encontrá-la em www.edi-toraculturacrista.com.br

fORÇAs DE INTEgRAÇãO

Tempo de alegria e renovo para os jovens e adolescentes presbiterianos

ias complicados con-tinuam presentes.

Não que antes não existis-sem. Mas essa pandemia tem sido algo novo e, como ela tem durado, hein?

Como já foi noticiado, desde o começo do iso-lamento, inúmeros jovens e adolescentes presbiteria-nos de todo o nosso Brasil se reúnem na Devo dos

Amigos, reuniões online com momentos de devo-cional e louvor. Já tivemos mais de 140 encontros! Momentos especiais em que muitas vidas foram alcançadas.

Desde setembro, a logís-tica das devocionais foi alterada. Nas segundas e quartas-feiras, as reuniões estão sendo preparadas e conduzidas pelos adoles-centes do grupo. Já durante

as terças e quintas- feiras, os jovens são os responsá-veis pela programação.

Temáticas direcionadas e abençoadoras são trabalha-das, revelando novos líde-res em nosso meio. Como é bom poder glorificar a Deus com nosso convívio. Nesse tempo tão difícil, a glória do Senhor tem sido manifestada também atra-vés dos nossos encontros.

Durante a Devo dos Amigos temos também a oportunidades de conhecer inúmeras pessoas que têm dedicado seus dons e talen-tos para a obra de Cristo.

Entre elas, as irmãs Isa-bella, Giovanna e Micaella Marinho, que formam o ThreeSis (@3sisoficial no Instagram). O trio da IP Central de Passos, MG, está nas plataformas de streaming, como o Spotify, com a música “Perfeito”.

Deixamos aqui nosso

convite para você se conec-tar com a gente em um tempo precioso de comu-nhão e aprendizado! Basta acessar @devodosamigos no Instagram para mais informações e horários dos encontros.

Talita Santos

D

“Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (Sl 100.4).

Talita Santos é Vice-presidente CSM/SSR e Secretária Sinodal de UPA/SSR

Outubro de 202018BrasilPresbiteriano

MEMóRIA

Rev. Alcides Augusto de Matos – Centenário de nascimento

o dia 17.09.1920, ouviu-se o choro

de um recém-nascido na fazenda Coqueiro, a dez quilômetros da vila de Dourados, no sul de Mato Grosso. Foi uma festa! Numa família onde havia muitas mulheres, a chegada de um menino empolgou a todos. O pequerrucho era filho de Cândido de Melo, cujos pais tinham vindo do Triângulo Mineiro, e de Inácia Augusta de Matos, nascida na região das Mis-sões, no Rio Grande do Sul. O casal tinha uma filha, Áliva, de apenas um ano, também nascida em setembro.

O patriarca da família e pai de Inácia, Francisco de Matos Pereira, dedicava-se à pecuária. Era proprietário da enorme fazenda Azulão, com terras muito planas nas quais seria construí-do mais tarde o aeroporto local, que leva o seu nome. A família Matos havia che-gado à região nos primei-ros anos do século 20. A cultura mato-grossense da época era rústica e agres-siva. Com frequência, as pendências eram resolvidas no gatilho do revólver.

Foi nesse ambiente que

o menino Alcides cresceu. Com apenas quatro anos, teve a dura experiência de ver o pai deixar a famí-lia para nunca mais voltar. Durante toda a vida, disse lembrar-se desse momen-to doloroso. Com isso, sua infância sempre esteve ligada à família materna, principalmente as tias e os primos. Pouco depois da partida do esposo, Inácia mudou-se para a vila com o casal de filhos e Alcides se dedicou por vários anos às atividades rurais da região.

Em 1929, chegou a Dou-rados um grupo de forastei-ros que despertou a curio-sidade de todos: eram os missionários que iriam fun-dar um trabalho junto aos índios, liderados pelo Rev. Albert S. Maxwell. Eles iniciaram uma congrega-ção presbiteriana, na qual, alguns anos depois, ingres-saram vários membros da família Matos. Em 1940, chegou a vez de Alcides. Por causa de um ferimento na mão, ele buscou assis-tência no pequeno ambula-tório da Missão Evangélica Caiuá. Junto com o trata-mento, as missionárias lhe transmitiram o evangelho e ele entregou a vida a Cristo.

Após a conversão, veio o

desejo de estudar, e quem sabe se tornar pastor. Com o apoio dos missionários, o jovem partiu para um novo ambiente e novas expe-riências, que mudaram sua vida por completo. Estudou por sete anos no Instituto José Manoel da Concei-ção, em Jandira, perto da capital paulista. A seguir, vieram mais quatro anos de estudos teológicos, dois no Seminário de Campinas e dois na Faculdade de Teo-logia da IPI, em São Paulo.

Nas férias de 1949, Alci-

des foi trabalhar a serviço da Missão Brasil Central na pequena Bom Retiro, no planalto catarinense. Nessa ocasião, conheceu a jovem Déris Anderson de Souza, com 17 anos. Foi um amor à primeira vista e pouco depois ficaram noivos. O

casamento se deu em janei-ro de 1952 e o primogênito Alderi nasceu em dezem-bro. Em janeiro seguinte, Alcides foi ordenado pelo Presbitério do Sul. Depois de breve trabalho no lito-ral norte de Santa Catarina (Joinville e São Francisco do Sul), veio a transferên-cia para Guarapuava, no centro-sul do Paraná, em abril de 1954.

A permanência em Gua-rapuava se estendeu por quatro décadas e constituiu o período mais rico da vida do casal. Ali nasceram os outros filhos: Maria Cris-tina, Paulo Frontino e Ana Márcia. Auxiliado pela esposa, Alcides se desdo-brou na assistência à antiga igreja presbiteriana local, de 1889, e ao vasto campo evangelístico (Morro Alto, Turvo, Pitanga, Prudentó-polis e outros locais), pre-gando, ensinando, acon-selhando, socorrendo. Foi membro dos presbitérios de Curitiba, Ponta Grossa e Iguaçu. O casal também se dedicou ao magistério em diversas instituições e fez parte da turma pioneira da Faculdade de Letras, em 1970.

Em 1995, com os filhos já adultos e bem encami-nhados na vida, foram resi-dir em Curitiba, passando a frequentar a igreja pres-biteriana central. Alcides se manteve saudável por muitos anos: em 2010, seus 90 anos foram comemo-

rados com um culto e um almoço festivo. Conser-vou ao longo do tempo o bom-humor, a simpatia e a solicitude que lhe granjea-ram tantos amigos. Tinha prazer nas longas caminha-das pelas ruas e parques, e alegrava-se com as visi-tas dos netos e os tele-fonemas dos amigos. Em especial, dedicava-se com a esposa à leitura da Bíblia e à oração, cultivando a comunhão com Aquele que fizera tanto por ele desde a infância na pequena Doura-dos. Partiu para estar com o Senhor no dia 22.09.2016, aos 96 anos.

No centenário do seu nascimento, os familiares e amigos são tomados de pro-fundas recordações e gran-de saudade de quem foi tão importante em suas vidas. Lembram-se da sua perso-nalidade calorosa e envol-vente, do nobre esposo, pai, companheiro e amigo que ele foi. Acima de tudo, são tomados por um senti-mento de imensa gratidão a Deus por ter dirigido e abençoado tão ricamente a sua vida, conduzindo-o por caminhos inesperados, dando-lhe experiências extraordinárias, colocando-o em contato com pessoas especiais, sustentando-o na nobre e árdua carreira do ministério. Seu legado irá inspirá-los para sempre. Ao Senhor, toda a glória!

Alderi de Matos

N

“Graças te rendemos, ó Deus; graças te rendemos, e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas” (Sl 75.1).

Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB

Rev. Alcides Augusto de Matos

Outubro de 2020 19BrasilPresbiteriano

PROJETO sARA

utubro é um mês muito especial para nós, pois

comemoramos mais um ano da Reforma, momento his-tórico de retorno às Escritu-ras Sagradas.

O ano de 2020 também é histórico, pois estamos vivendo momentos difíceis de uma pandemia. Mas o coronavírus é um chama-

do para o avanço missioná-rio. Assim como vemos na história da igreja de Cristo, como Deus usou sofrimen-tos e dias de perseguições para mover a igreja para missões, vemos o impacto da pandemia nos caminhos que Deus nos leva para dar avanços em nossos planos.

"O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios

Reforma, a volta ao evangelho"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1.3).

vem do Senhor" (Pv 16.1). A família deve estar dian-te Palavra de Deus, em culto doméstico, em ora-ção, súplicas com ações de graça. As mulheres edifi-cam o lar com compromisso sólido e fundamentado na Bíblia, orando e claman-do por seu marido e seus filhos. Os homens exercem a autoridade dada por Deus em ser o líder espiritual de seu lar, sendo um exemplo para seus filhos e sua espo-sa, conduzindo sua preciosa família a Cristo.

O retorno às Escrituras é urgente. A igreja cumpre sua missão de dar suporte

aos seus membros para a proclamação do evangelho das boas novas da salvação e da doutrina bíblica, con-duzindo o culto ao Senhor, de maneira fiel às Escrituras e promovendo a comunhão dos irmãos, família de Deus, que se reúne em ações de graças, com hinos de louvor e adoração ao Senhor.

Nosso compromisso como membros da igreja de Cristo começa em casa, reunidos em torno da Bíblia, para adorar ao Senhor, procla-mar o que Deus estabeleceu para conhecermos do seu poder, graça e misericórdia. E assim, edificamos nosso

lar na Palavra de Deus e nos envolvemos com a comuni-dade da igreja, congregan-do-nos, dedicando-nos ao serviço, exercitando nossos dons e talentos, para a glória de nosso Pai celestial.

Que o Senhor continue nos sustentando e nos forta-lecendo na fé, na esperança e no amor de Deus, em Cris-to Jesus, e que seu Santo Espírito nos console em dias difíceis e nos conduza pelos caminhos eternos, edifican-do a igreja e promovendo a avanço do reino de Deus.

Raquel de Paula

Raquel de Paula é membro da IP Praia Grande, SP, e colaboradora do

Brasil Presbiteriano.

O

TREINAMENTO

romovida pelo Conse-lho de Educação Cris-

tã e Publicações da IPB (CECEP), por meio da Edi-tora Cultura Cristã e com apoio da Agência Presbi-teriana de Evangelização e Comunicação (APECOM), a II Conferência Cultura Cristã Online contribuiu para capacitar educadores, entre eles pastores, profes-sores de escola dominical e líderes de grupos pequenos, interessados em conhecer mais sobre como aprender

a ensinar e em cumprir o mandato discipulador de Jesus Cristo.

Durante cinco dias, a con-ferência, transmitida pelos canais oficiais da IPB no YouTube, desenvolveu o tema “Mestres para este tempo: Ensino bíblico para uma igreja conectada” por meio das palestras “O que é ser conectado”, “Como valorizar o texto bíblico”, “Pequenos grupos hoje”, “Vida organizada de estudo” e “Igreja evangelizadora”.

Dirigiram as palestras os Revs. Roberto Brasileiro,

Heber Jr., Leonardo Sah-ium, Sérgio Lima, Jr. Var-gas e Rosther G. Lopes. Compuseram a comissão organizadora os Presbs. Haveraldo Vargas, Alexan-dre Henrique Almeida, os Revs. Misael Batista do Nascimento (Relator) e Cláudio Marra (apresenta-dor da II Conferência).

Além das palestras prin-cipais, os participantes puderam acompanhar pela plataforma StreamYard, 10 ótimos seminários ministrados por Leninha Maia, Alexandre Henri-

que Almeida, Pedro Dulci, Carlinhos Veiga, Márcia Barbutti, Roberta Fonse-ca, Joel Theodoro, Misael Batista do Nascimento, Tar-cízio Carvalho e Dario de Araújo Cardoso. De culto doméstico, passando em ensinos para crianças e ado-lescentes e explorando tam-bém ferramentas digitais e músicas, as oficinas foram ricas de conhecimento e abençoadoras.

Juliano Sócio e a banda confessional Projeto Sola foram os responsáveis pelos cânticos de louvor e adora-

ção durante a conferência. Lançamentos de livros,

sorteios e o anúncio da superpromoção organi-zada pela Cultura Cristã também movimentaram a programação, que teve seu encerramento conduzido feito pelo Presb. Clodoal-do Furlan (presidente do CECEP), na noite de sexta-feira (11.9).

Continuamos nos apoian-do nos braços eternos, fir-mes na fé e na comunhão, online ou não.

Gabriela Cesario

Educadores presbiterianos participam da II Conferência Cultura Cristã Online

P

Gabriela Cesario é jornalista doBrasil Presbiteriano

Outubro de 202020BrasilPresbiteriano

Sobre esses e outros títulos acessewww.editoraculturacrista.com.br

ou www.facebook.com/editoraculturacristaou ligue 0800-0141963

Boa Leitura

O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados,mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

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ABC da Reforma – Stephen J. Nichols e Ned BustardR$ 17,40 (promo)

Abaixo a Ansiedade – John MacArthurR$ 18,00 (promo)

As boas novas que (quase) esquecemos – Kevin L. DeYoungR$ 27,00 (promo)

A história da Reforma ilustrada e colorida. Esse é o ABC da Reforma, uma maneira diver-tida para as crianças (e adultos) aprenderem sobre os lugares, coisas, eventos, pessoas, livros e ideias que moldaram esse momento crucial na história da igreja e que relembramos durante esse mês.

Stephen J. Nichols e Ned Bustard, através de histórias interessantes e com cores que encantam os pequenos, ensinam que embora a Reforma tenha ocorrido quinhentos anos atrás, não se trata apenas de pessoas e lugares no passado e continua relevante ainda hoje. E mais: reflete o evangelho e Jesus de Nazaré.

Cada vez mais comum entre os jovens, incluindo os cristãos, a ansiedade é um ini-migo constante da sociedade moderna. E John MacArthur, através do livro Abaixo a Ansiedade, apresenta recursos bíblicos para vencermos a luta contra esse mal.

Com um guia para estudo individual e em grupo, cada capítulo e o apêndice do livro apresentam maneiras de sermos pessoas dife-rentes, orientando a opinião sobre a ansiedade a partir do que Deus diz na Bíblia.

A leitura prepara a todos para aplicar a preciosa Palavra nos corações, para encontrar confiança em Cristo e descansar em seus braços.

A principal tarefa da igreja hoje? Lembrar a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos, verdades que produzem reforma, reavivamento e regeneração. É tempo de reaprender o que foi esquecido.

Em As boas novas que (quase) esquece-mos, Kevin L. DeYoung nos ajuda a resgatar a teologia baseada na Bíblia, que não nega ou minimiza a morte de Cristo pelos nossos pecados, nem a inspiração divina e a autoridade das Escrituras.

Seguindo o plano do Catecismo de Heidelberg, o autor leva os leitores a se tornarem cristãos e teólogos fundamentados na Palavra. Leitura mais do que valiosa, necessária!

e reflexãoEntretenimento

Envolvente, dramático e impactante. Esse é O Preço da Verdade – Dark Waters, estrelado por Mark Ruffalo.

Baseado em fatos reais, o filme revela um segredo sombrio descoberto por um advogado norte-ameri-cano que conecta um número crescente de mortes inexplicáveis a uma das maiores empresas do mundo. No decorrer do filme, além da busca pela verdade, o vemos arriscando seu futuro, família e própria vida em busca de um bem maior.

Para se emocionar: Quase uma Rockstar

Apesar de todas as bombásticas revelações feitas no longa (disponível no Amazon Prime Vídeo, fica a dica!), o que chama atenção é o comovente senso de justiça do personagem principal. Ao se deparar com uma realidade que coloca vidas de inúmeras pessoas em risco, Rob Bilott se sente motivado a ajudá-los, mesmo que isso leve anos. Sim, o caso demorou muito tempo para ser concluído e mesmo assim, Rob nunca desistiu.

Assistir o filme é um convite para olharmos ao nosso redor, avaliarmos os efeitos da corrupção do pecado no mundo e desejarmos a mudança, que vem apenas de Cristo. É um convite para nos levantarmos e fazermos a diferença em mínimos detalhes, impactar vidas que não têm voz. Um cha-mado para cumprirmos o “Ide”.

Permita-se ser impactado pelo filme com ar de documentário e busque fazer a diferença seja no seu meio profissional e social.

Um filme para a família toda assistir e se emo-cionar. Recém-lançado pelo Netflix, Quase uma Rockstar é inspirado no livro de Matthew Quick e apresenta um enredo que faz chorar, torcer e sofrer junto com a protagonista. Um trama tocante de uma adolescente que perde o pai e passa a viver uma vida complicada ao lado da mãe, mas sem perder a alegria e esperança.

Com muitas reviravoltas, o filme revela a impor-tância de cultivar amizades com pessoas que nos elevam e caminham ao nosso lado, em toda e qualquer situação. E mais: como podemos em pequenos gestos, como sorrisos e um “bom dia”, impactar vidas.