O GÊNERO PROPAGANDA E PUBLICIDADE COMO FACILITADOR DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEM – INGLÊS

Professor PDE: Magali Dropa1

Professor orientador: Dr. Evanir Pavloski2

RESUMO

Este trabalho surgiu da necessidade de motivar e despertar no aluno um maior interesse pelas aulas de Língua Inglesa através de uma proposta pedagógica mais próxima da sua realidade e com uma temática presente no seu cotidiano. A temática “discriminação”, fator motivador do bullying, foi trabalhada através do gênero propaganda e publicidade fazendo-se uso de técnicas de leitura apropriadas. No desenvolvimento do projeto, tentou-se fazer com que, a partir do texto, o aluno refletisse sobre a discriminação, como esta temática está presente na sua vida, como ela afeta a relação entre as pessoas e a vida em sociedade. Ao mesmo tempo tentou-se propiciar ao aluno a aquisição de vocabulário, ajudando-o na elaboração de suas atividades e no desenvolvimento do seu senso crítico aprendendo a perceber a intencionalidade do autor em uma mensagem publicitária.

Palavras chave: propaganda; publicidade; ensino; língua inglesa.

ABSTRACT

This work came from the necessity to motivate and make the student more interested in the English classes through a pedagogical proposal closer to his reality and with a theme that is present in his everyday life. The theme “discrimination”, which motivates bullying, was worked through the propaganda and advertising genre, using appropriate reading techniques. During the development of the project, it was tried to make the student think about discrimination, and how it is present in his life, how much it affects the relationship between people and life in society. At the same time, it was also tried to make the student acquire new vocabulary, helping him to do his activities, to develop his critical sense, to learn how to perceive the author’s intention in an advertisement.

Key words: propaganda; advertisement; teaching; English language.

1 Professora PDE 2010; Professora de Língua Estrangeira Moderna - Inglês no C. E. Júlia Wanderley – Carambeí – Pr. 2 Prof. Dr. Universidade Estadual de Ponta Grossa- Pr.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo faz parte da última etapa do PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional) e tem como objetivo apresentar os resultados obtidos com a

implementação da unidade didática na escola.

Para a realização dos trabalhos utilizou-se a propaganda e a publicidade,

devido ao contato diário que os estudantes têm com este gênero textual e por

acreditar que o estabelecimento de um vínculo destes com a língua inglesa

contribuiria com a assimilação dos conteúdos propostos pela disciplina.

A linguagem curta e direta associada às imagens contidas neste gênero

textual são fatores facilitadores da aprendizagem de novos vocábulos e construções

gramaticais. A utilização de textos verbais e não-verbais contribui para a formação

de leitores críticos e questionadores que, através de técnicas de leitura e

interpretação de imagens, aprendem a ler nas “entrelinhas”, a analisar o tipo de

mensagem veiculada e a intencionalidade do autor.

O projeto foi aplicado para estudantes de 2º ano do Ensino Médio no Colégio

Estadual Júlia Wanderley de Carambeí.

O material elaborado mostrou a história e a distinção entre propaganda e

publicidade, as técnicas utilizadas para seduzir o consumidor, o uso das cores,

tamanho e forma das letras e a mensagem implícita. A temática principal do projeto

foi a discriminação nos diversos segmentos da sociedade e como ela conduz ao

bullying.

A gramática foi trabalhada de forma contextualizada, as atividades foram

diversificadas, ocorreram debates sobre temas polêmicos, além da produção de

cartazes abordando a discriminação e propagandas sobre bullying.

A presente unidade didática está disponibilizada na escola para que os

professores possam utilizá-la na forma como foi elaborada ou adaptá-la à sua

necessidade de ensino.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL: BREVE HISTÓRICO

O ensino de Língua Estrangeira no Brasil passou por várias fases e vários

métodos, de acordo com interesses comerciais, políticos, sociais, culturais e

educacionais, que foram desde o incentivo até a proibição do seu ensino ao longo

da história.

Nos primórdios da colonização brasileira, além de evangelizar os

habitantes, os jesuítas ensinavam o Latim como exemplo de língua culta;

posteriormente, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, o governo decidiu

contratar professores não religiosos para ensinar o Grego e o Latim,

consideradas línguas clássicas. Em 1809, o ensino de língua estrangeira passou

a ser valorizado quando D. João VI assinou o decreto de 22 de junho para as

cadeiras de Inglês e Francês, visando melhorar a instrução pública e também

para atender às necessidades decorrentes da abertura dos portos ao comércio.

O texto é assim apresentado:

E, sendo, outrossim, tão geral e notoriamente conhecida a necessidade de utilizar das línguas francesa e inglesa, como aquelas que entre as vivas têm mais distinto lugar, e é de muita utilidade ao estado, para aumento prosperidade da instrução pública, que se crie na Corte uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa. (Oliveira, 1999 apud Chaves, 2004, p.5).

A ênfase ao nacionalismo de 1917 até o governo de Getúlio Vargas fez

com que o governo fechasse todas as escolas estrangeiras ou de imigrantes que

funcionavam no país e a partir de 1920 com a reforma educacional de São

Paulo, ficou proibido o ensino de língua estrangeira aos menores de 10 anos que

ainda não dominassem o português.

Em meados de 1910, o nacionalismo passou a ter forte influência, envolvendo pessoas e instituições de natureza e posição ideológicas diversas. Nessa concepção, buscavam‐se novos padrões culturais, voltando‐se também para o campo educacional na tentativa de solidificação dos ideais nacionalistas nas futuras gerações. Para a efetivação disso, em 1917, o governo federal decide fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes criando, no ano seguinte, escolas primárias custeadas pelo Estado. Essa onda nacionalista permaneceu durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, intensificando‐se com o golpe em 1937. (MULIK, 2012, 16)

A reforma Francisco de Campos, em 1931 atribuía às escolas

secundárias a responsabilidade de preparar os estudantes para o ensino

superior. Estabeleceu-se o método direto para o ensino da língua estrangeira

que enfatizava a transmissão de conhecimentos com o uso do gestual , sendo a

gramática aprendida indutivamente.

Após a Segunda Guerra Mundial, novamente privilegiavam-se conteúdos

que valorizavam a Pátria. A Reforma Capanema de 1942 atribuía ao ensino

secundário um caráter patriótico e os conteúdos do currículo nacional eram

voltados ao nacionalismo. Foi mantido o ensino da língua estrangeira no ciclo

ginasial, tendo o Francês predominância sobre o Inglês. O Espanhol entrou em

substituição ao Alemão e se manteve o Latim como língua clássica. Conforme o

que descreve Mulik:

A identidade nacional era reforçada por meio dos currículos oficiais e conteúdos, favorecendo a valorização da História do Brasil e seus heróis. Mais tarde, em 1942, isso ficou evidente com a Reforma de Capanema, atribuindo ao ensino um caráter patriótico por excelência e atrelando a todos os conteúdos a visão de nacionalismo. (MULIK, 2012, p.18)

A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos

acentuou-se no pós-guerra. Assim, era necessidade da população falar inglês e

essa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo escolar.

Nos anos de 1950, com o crescente interesse em aprender línguas e o

desenvolvimento da ciência lingüística, ocorreram mudanças significativas em

relação à abordagem e aos métodos de ensino. Em 1942, cientistas

sistematizaram os métodos Audiovisual e Audio-Oral, que surgiram nos Estados

Unidos por ocasião da Segunda Guerra Mundial quando era preciso formar

rapidamente pessoas que falassem outras línguas.

A partir da década de 1960, quando o método Audio-Oral se expandia

não só no Brasil, mas na Europa e nos Estados Unidos, a concepção

estruturalista da língua se enfraqueceu diante de novos estudos científicos.

Na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar tornava

o ensino da língua estrangeira um privilégio das classes mais favorecidas e

através da Lei 5692/71, o governo militar desobrigou a inclusão da língua

estrangeira nos currículos de 1º e 2º graus.

Em 1980, através da Abordagem Comunicativa, o professor deixa de ser

o centro de ensino e passa a ser o mediador no processo pedagógico. Após uma

década de vigência no Brasil, principalmente a partir de 1990, a Abordagem

Comunicativa passou a ser criticada por alguns intelectuais que passaram a

questionar as intenções subjacentes ao ensino comunicativo ao proporcionar o

uso da língua estrangeira por meio de estratégias conversacionais para se inserir

na outra cultura.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional determinou

a obrigatoriedade de pelo menos uma língua estrangeira a partir da quinta série,

ficando a escolha desse idioma a cargo da comunidade escolar.

Em 1998, com o desdobramento da Lei das Diretrizes e Bases (LDB), de

1996, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental da Língua Estrangeira

pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na

Abordagem Comunicativa. Foi recomendado ênfase na prática da leitura em

detrimento da parte oral e escrita, já que os alunos tinham poucas oportunidades

para praticar a oralidade.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio com ênfase na comunicação oral e escrita.

O breve retrospecto do ensino de inglês no Brasil aqui apresentado teve

como intenção demonstrar que independente dos motivos que levam a língua

estrangeira fazer parte do currículo, sejam eles políticos, econômicos, sociais ou

culturais, é necessário que os professores compreendam e reflitam sobre o seu

papel e a função dos conteúdos desta disciplina que estão sendo mediados na

escola.

2.2 A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE DIFERENTES METODOLOGIAS

PARA O ENSINO DA LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA

O ensino de Língua Estrangeira na escola pode contar com diversificadas

metodologias, entre elas estão os trabalhos com textos verbais e não verbais

que possibilitem comparar diferentes culturas, contribuam para a redução das

desigualdades sociais e possibilitem outros benefícios decorrentes do seu

aprendizado. As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Língua Estrangeira

Moderna desenvolvida coletivamente com os professores das escolas públicas

do Estado do Paraná, aponta para o seguinte:

Assim, o ensino de Língua estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas. (PARANÁ, 2008. p.57).

Considerando o que preconiza o documento citado é possível perceber o

que é destacado em relação à análise dos tipos diferentes de texto, já que estes

ampliam a compreensão dos diversos usos da linguagem neles inseridas.

A linguagem funciona como mediadora das ações sobre o mundo e o

trabalho com diferentes gêneros textuais leva a pessoa a interagir com diferentes

segmentos da sociedade. Assim, consideramos que o texto passa a ser base para

essa interação.

É importante que os alunos tenham consciência de que há várias formas de produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas práticas são valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades. (PARANÁ, 2008. p.59).

Considerando as novas formas discursivas surgidas, a inserção de

diferentes gêneros textuais no ensino da língua inglesa poderá apresentar-se

como agente potencializador do aprendizado.

Já se tornou trivial a idéia de que os gêneros textuais são fenômenos histó-ricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto, mesmo apresentando alto poder preditivo e interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócioculturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita. (MARCUSCHI, 2002, s/p.)

A versatilidade oferecida pelos gêneros textuais poderá propiciar maior

motivação aos alunos que, através da leitura de textos, poderão não apenas

buscar informação, mas também confrontar-se com diferentes realidades,

envolver-se emocionalmente com alguma situação, interessar-se mais pelo que

acontece, reagir e expressar-se criticamente diante de uma situação

apresentada.

Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de construção de sentidos. Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão sua cultura, sua língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos coletivamente em sua comunidade e as ideologias nas quais está inserido. A leitura é considerada, então, como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam diretamente nas possíveis interpretações de um texto. (PARANÁ, 2008. p.60).

Assim, este trabalho abordou o gênero propaganda e publicidade, utilizando

técnicas de leitura adequadas para o entendimento dos textos, aquisição de

vocabulário, assimilação da gramática contextual, direcionando os alunos para

reflexões e discussões em torno da temática “discriminação”, tópico principal deste

trabalho.

Considerada um gênero específico da mídia, a publicidade atua na divulgação de certa instituição, certo produto ou serviço, tentando enfatizar a importância dos mesmos para aqueles que possam vir a consumí-los ou utilizá-los. Para que a propaganda possa melhor persuadir o público, ela é geralmente formada por um texto cuidadosamente selecionado em seus componentes lingüísticos e, na maioria das vezes em seus componentes visuais. Sendo assim, a ACD de uma propaganda poderá levar o leitor/a avaliar melhor o que está sendo oferecido e possivelmente as ideologias que subjazem às propostas feitas pela instituição, produto ou serviço anunciado. (MEURER, 2002, p.179)

Os temas abordados no trabalho com propaganda e publicidade abordaram

a discriminação em vários aspectos e mostraram como a sedução presente na

propaganda provoca transformações no ser humano; faz com que ele tenha

mudanças de comportamento, adquira produtos com ou sem necessidade,

busque conhecimentos e faça parte de um determinado grupo social, mesmo que

o consumidor não esteja consciente da ideologia e da intenção presente em

cada propaganda. Esses temas mostraram que, muitas vezes, há uma conotação

discriminatória nos comerciais que chegam até nós, principalmente nas imagens

que os compõem.

O professor em sala de aula tem a responsabilidade de chamar a

atenção dos alunos para a leitura do texto e a interpretação da imagem de forma

crítica. A presença da imagem num texto, antes vista como meramente

ilustrativa, tem hoje a função de criar significados próprios. Assim, em conjunto

com o texto, a imagem desempenha um importante papel na comunicação do

que se pretende. Conforme Heberle (2002, p. 178), “ler um texto de forma crítica

implica em uma conscientização por parte do leitor de que as ideologias nas

quais um texto é baseado podem vir a moldar o comportamento das pessoas”.

Outros autores apresentam opinião semelhante:

Cabe ao professor de línguas responsabilizar-se por oportunizar ao educando a construção de um saber que lhe possibi lite agir e interagir na sociedade da qual faz parte, de modo crítico e atuante, alertando-o tanto para a existência das múltiplas linguagens (verbais e não-verbais) com as quais entramos em contato cotidianamente, bem como sobre o poder que as mesmas têm ao determinarem nossa forma de enxergar o mundo, as outras pessoas e a vida, de um modo geral, por meio das representações simbólicas que a sociedade vai, aos poucos, construindo. (REIS apud FERREIRA, 2009, p. 54)

Entre os tantos aspectos a serem observados, está a questão da

discriminação que pode estar presente na escola e também em outros segmentos

da sociedade de forma “camuflada” e que precisa ser desvendada e desconstruída.

Desde a pré-escola é possível perceber a presença do preconceito e discriminação,

principalmente em relação à criança negra que sente e percebe as atitudes dos

demais quanto à sua aceitação a partir da forma de tratamento que recebe dos

adultos e das crianças brancas. Os portadores de necessidades especiais, os de

classes econômicas desprivilegiadas e os homossexuais sofrem da mesma forma

esta discriminação no contexto escolar, assim como na sua vida em sociedade,

sendo frequentemente vítimas de “bullying”.

A percepção acerca da violência simbólica sofrida pelas consideradas

“minorias excluídas” é de suma importância que a inserção de conteúdos que

contemplem as diferenças sociais faça parte do currículo para que a aprendizagem

não seja prejudicada por qualquer tipo de estigma que prejudica a construção do ser

humano.

Os educadores devem trabalhar de maneira a valorizar o aluno como ser

humano, levá-lo a encontrar sua identidade social e a sentir-se membro da

sociedade, capaz de superar suas dificuldades e almejar um futuro com dignidade.

2.3 APLICAÇÃO PRÁTICA DA UNIDADE DIDÁTICA

A proposta de uma leitura crítica, parte essencial desse projeto, está

ancorada nas DCE, e para que este objetivo fosse alcançado, elaborou-se uma

unidade didática que focalizou comerciais com conotação discriminatória nos

mais variados segmentos, em uma tentativa de propiciar uma análise mais

profunda de seu conteúdo escrito e imagético, despertando para a discussão e

reflexão acerca da temática abordada.

A implementação da unidade didática teve início com a discussão com os

alunos sobre consumo e como os indivíduos são levados a adquirir determinado

produto.

Houve uma participação significativa, a maioria expôs sua opinião diante

do questionamento e se mostrou interessada no assunto. Após essa introdução,

abordamos o gênero publicidade (advertisement), fazendo um paralelo entre

publicidade antiga e atual, tecendo uma análise sobre os recursos utilizados

pelas empresas na divulgação de seus produtos diante da grande concorrência

gerada pelo capitalismo e as técnicas que utilizam para seduzir o consumidor.

Para tanto, apresentamos comerciais antigos e atuais e, juntamente com os

alunos, fizemos uma comparação dos aspectos mais significativos. Finalmente,

os alunos, divididos em pequenos grupos, fizeram sua análise de outros

comerciais e as apresentaram para o grande grupo.

Em outro momento, o trabalho foi desenvolvido com “slogans” e sua

importância na publicidade. Os alunos fizeram uma pesquisa na internet, no

laboratório de informática da escola, sobre slogans mais conhecidos, tanto em

português como em inglês.

Foram apresentadas aos alunos algumas imagens para que as

observassem e falassem o que cada uma transmitia e, ainda, se tinham alguma

característica em comum. A argüição foi satisfatória, pois os alunos conseguiram

perceber que algumas tinham por objetivo vender um produto enquanto outras

passavam uma mensagem de conscientização. Com sua maneira própria de

manifestar as idéias, os alunos corresponderam plenamente aos objetivos

pretendidos e, assim foi realizada a distinção entre propaganda e publicidade.

O uso das cores na publicidade e o impacto que elas causam na

apresentação de um produto foi outro aspecto abordado. Os alunos se

mostraram interessados quando foi discutido o uso das cores e a força que elas

exercem sobre as pessoas, levando-as ao consumismo. Os estudantes citaram

alguns exemplos que confirmaram a veracidade do seu uso como, por exemplo,

a cor amarela e a vermelha, consideradas estimulantes para o apetite e que são

usadas nos anúncios de uma rede de lanchonetes estado-unidense.

Em seguida, abordou-se a temática “discriminação”, foi apresentado o

vídeo de um comercial de um produto de limpeza no qual aparecia várias

crianças usando esponjas de aço como cabelo enquanto que uma música ao

fundo falava dos benefícios do produto. A princípio, os alunos se encantaram

com a música, porém, ao serem questionados sobre toda a produção do

comercial, perceberam que poderia ser lida uma mensagem subliminar nas

imagens apresentadas, já que era possível perceber que havia a conotação

discriminatória. O mesmo ocorreu ao analisarem a imagem de um comercial de

esponja de limpeza que apresenta um gênio de uma lâmpada mágica, negro e

musculoso no rótulo da embalagem, sendo que o nome do produto também faz

referência à sua cor de pele.

Os alunos analisaram os dois comerciais de forma crítica, ao perceberem

a discriminação racial que relacionava a imagem da pessoa negra aos serviços

de limpeza.

Em outro anúncio que exaltava as qualidades de um cosmético, a imagem

de uma mulher negra foi associada ao momento anterior ao uso do produto. Por

sua vez, uma mulher branca simbolizava os resultados do tratamento com o referido

cosmético. Os alunos perceberam facilmente o conteúdo discriminatório ali presente.

Os alunos tiveram acesso a imagens que mostravam outras formas de

discriminação - religiosa, sexual, etária, de gênero e econômica – e analisaram

com maior rapidez e criticidade os aspectos discriminatórios das imagens. Toda

essa análise contribuiu para que desenvolvessem opiniões a respeito de

situações reais, vivenciadas ou presenciadas na sua vida familiar ou comunitária,

onde perceberam haver discriminação. Porém relataram que isso quase não

ocorre na comunidade escolar atual.

Anexo 1 – Comercial “NEGRO” Anexo 2 – Comercial “DOVE” Anexo 3 – Imagens sobre vários tipos de discriminação

Após esta etapa, os alunos, divididos em equipes, confeccionaram

cartazes sobre discriminação e fizeram uma exposição na escola com o intuito

de alertar a comunidade escolar sobre este problema social.

No próximo encontro, foi retomada a discussão sobre discriminação e

foram abordados outros motivos que podem causar sofrimento e rejeição, como

por exemplo, as características físicas – obesidade, orelhas ou dentes grandes,

estatura, voz, entre outros. Na escola, as pessoas com algumas dessas

características são vítimas de discriminação que é um dos fatores que causam o

“bullying”, seja ele físico ou verbal. Alguns se manifestaram sobre algum tipo de

bullying que sofreram, mas a maioria mencionou casos observados de colegas

sendo rejeitados, insultados, agredidos física e verbalmente por serem

considerados “diferentes”. Outros mencionaram também, casos de bullying que

causaram a morte da pessoa, que, deprimida, cometeu suicídio.

A solução para minimizar os casos de bullying, de acordo com a maioria

dos estudantes, é aceitar as pessoas como elas são e respeitar a individualidade

de cada um.

Concluindo as atividades, os alunos, novamente divididos em equipes,

produziram propagandas sobre bullying na forma de vídeo, música e fotografias.

O comercial de esponjas de aço era uma produção nacional e foi

apresentado em língua portuguesa, sendo utilizado como warm-up. Os demais

foram apresentados em língua inglesa. No segundo comercial de esponja de

aço, o texto foi explorado com atividades sobre vocabulário, verbos e falsos

cognatos. Posteriormente, em língua portuguesa, os estudantes fizeram

comentários sobre os aspectos comuns a esses dois comerciais.

Na apresentação do comercial com as modelos, foi focado o uso dos

adjetivos, sendo abordada a formação do comparativo de superioridade e do

superlativo em inglês. As atividades foram feitas em língua inglesa. Ainda nessa

unidade, apresentamos o clip da música “Black or White” de Michael Jackson e

trabalhamos, oralmente, a mensagem da música. Foi explicado o uso de “ain’t”,

e, foram utilizadas técnicas de leitura para entendimento de textos em língua

inglesa.

Essas técnicas de leitura – skimming, scanning, identificação de

cognatos, palavras repetidas e inferência, foram utilizadas em todos os

momentos que apresentávamos um novo texto.

Após discussão sobre o que entendiam por discriminação, apresentamos

essa definição através de um texto em língua inglesa. Em seguida, os

estudantes analisaram algumas imagens que continham frases postadas em

cartazes, etiquetas e outros. Chamamos a atenção para a construção dessas

frases e explicamos o uso e formação do imperativo. A aplicação prática das

frases no imperativo ocorreu na elaboração de propagandas, em inglês, na forma

de cartazes. Como eram frases simples, não apresentaram muitas dificuldades

na sua formulação. Na etapa seguinte, após assistirem a um vídeo e anal isarem

um texto sobre violência e bullying, foram realizadas atividades referentes ao

vocabulário do texto e a identificação de verbos modais. Os verbos modais foram

trabalhados por se adequarem ao tema abordado, já que na sua maioria,

refletem o que se pode, o que se deve ou não fazer. Concluindo as atividades,

os alunos, novamente divididos em equipes, produziram propagandas sobre

bullying na forma de vídeo, música e fotografias.

Em todo o processo, os questionamentos, através de frases simples e de

fácil entendimento, eram feitos em língua inglesa, porém as discussões acerca

de um tema de maior complexidade eram em português.

2.4 GRUPO DE TRABALHO EM REDE – GTR

O Grupo de Trabalho em Rede consiste em uma atividade de tutoria na

qual participam professores da rede pública de ensino do Estado do Paraná. É o

momento em que o Projeto de Intervenção e a Unidade didática desenvolvida na

escola são apresentados para a apreciação dos participantes.

Esta etapa do trabalho foi desafiante e enriquecedora, uma vez que

coordenar um trabalho a distância interagindo com professores de diferentes

localidades apresenta-se como um desafio, porém o temor inicial foi se

dissipando à medida em que os temas propostos começaram a ser discutidos e

as opiniões foram apresentadas. Os diversos comentários recebidos em relação

ao Projeto e à Unidade Didática foram positivos e transmitiram segurança em

relação ao encaminhamento do trabalho que foi desenvolvido com os alunos.

Abaixo, estão relacionados alguns dos comentários tecidos pelos

professores em relação ao Projeto de Intervenção:

Sociedade e escola não estão dissociadas, portanto as mudanças que ocorrem na sociedade permeiam as ações no cotidiano escolar, especificamente na sala de aula. A escola não deve somente se adaptar a essas mudanças mas inovar, para formar sujeitos capazes de criticar sua realidade e transformá-la. A utilização do gênero textual propaganda e publicidade oportunizam tanto ao aluno como ao professor refletir sobre situações do cotidiano social, político, econômico e cultural. Mudar a prática docente é introduzir novas metodologias e provocar reflexões acerca do mundo moderno. A utilização desse gênero textual gera expectativas, confrontos e reações, estimulando os educandos à análise de texto verbais ou não verbais, sendo que progressivamente o educador poderá introduzir a produção de materiais desse gênero. O gênero textual propaganda e publicidade propõem uma comunicação direta com o leitor, muitas vezes consumidor e necessariamente transmite informações, busca induzir novos comportamentos de consumo, utilizando para isso uma linguagem persuasiva. (PROFESSOR 1)

Segundo a opinião emitida pelo Professor 1, a utilização do gênero textual

proposto irá estimular os alunos a uma leitura sistemática do que é apresentado pela

propaganda e publicidade, o que agirá favoravelmente na construção de conceitos

por parte dos alunos.

O objetivo de trabalhar com este gênero é o de ampliar a visão do aluno em relação ao mundo, observando as relações de poder e ideologias presentes no anúncio publicitário e em outros gêneros, com os quais o educando pode entrar em contato no meio social em que vive. Essa proposta de trabalhar com o gênero anúncio publicitário é uma forma de provocar no aluno a curiosidade investigativa e a capacidade de análise em relação à leitura crítica de textos verbais e não-verbais que são produzidos socialmente. Nesse trabalho, os alunos realizam a leitura e análise da composição do gênero discursivo anúncio publicitário, quanto ao seu conteúdo, sua estruturação e relações estabelecidas entre os interlocutores e seu estilo, ou configuração de unidades linguísticas. Estes conhecimentos proporcionam a superação de uma leitura superficial e linear somente como extração de informações, e os alunos passam a perceber os discursos presentes nas diversas esferas sociais e suas implicações sociais, históricas e ideológicas. Em uma prática didática neste nível, o professor permite que seus alunos respondam perguntas que o levam a refletir sobre aspectos da construção do texto, que ajudam a entender significados contidos nele, com os quais o aluno não se preocupava antes. Possivelmente, estes questionamentos permanecerão em sua mente na próxima vez em que ler um texto publicitário. Dessa forma, estes indivíduos poderão posicionar-se com mais clareza e convicção a respeito deste e de outros gêneros textuais a que venham ter contato. (PROFESSOR 2)

O Professor 2 demonstra clareza em relação aos objetivos do projeto em

relação ao desenvolvimento da percepção do aluno para a intencionalidade presente

nas propagandas e publicidade veiculadas e destaca para o fator “assimilação” por

parte do aluno quando sugere que “estes questionamentos permanecerão em sua

mente” já que terão a compreensão do significado do texto desenvolvido.

Cabe ao professor despertar o senso crítico do aluno incentivando-o à leitura, reflexão e formação de opinião. A escola transforma o aluno em cidadão, em ser pensante e o encaminha para sua inserção na sociedade. Para que isto se realize os professores têm que procurar alternativas para incentivar o aluno a estudar e a participar das aulas. Com esta preocupação o tema proposto no Projeto de Intervenção Pedagógica ( abordando o gênero textual propaganda e publicidade ) visa descortinar uma nova forma de ensinar Inglês através de sua amplitude temática possibilitando ao aluno sua interação através do seu conhecimento prévio e utilização de textos interessantes. Talvez a mensagem deste gênero não seja tão objetiva quanto parece. Para que assim seja o aluno tem que ter não só conhecimento semântico mas deve ter a capacidade de interpretação da leitura de qualquer tipo textual. Através deste Projeto será possível mensurar qual é o grau de criticidade do aluno e o que pode ser feito para melhorar o trabalho do professor neste aspecto. (PROFESSOR 3)

Os relatos do professores 1, 2 e 3, demonstram que há a necessidade de

haver uma integração da escola com todos os setores da sociedade, portanto, a

utilização do gênero propaganda e publicidade é pertinente porque oportuniza ao

aluno à reflexão sobre situações do seu meio social, ampliando a sua visão em

relação ao mundo e despertando sua criticidade diante de situações diversas, ao

mesmo tempo que propicia a aquisição de vocabulário em língua inglesa.

Em relação à Unidade Didática, as considerações dos professores

participantes, foram as seguintes:

A produção didática está bem elaborada e define exatamente os objetivos que se pretende atingir ao utilizar o gênero textual propaganda e publicidade com os educandos do Ensino Médio. A utilização de diferentes estratégias de leitura (pré-reading, cognate words, scanning, skimming...) são fundamentais para que haja interesse e compreensão dos textos propostos e dos objetivos a serem atingidos. Os encaminhamentos propostos e intencionalidade do desenvolvimento da produção didática descritas no item 4 possibilitam compreender o grau de importância que o mesmo tem e a relevância ao ser implementado. A iniciativa de apresentar imagens antigas em contraste com as atuais foi muito interessante, afinal podemos compreender que a avanço tecnológico colabora muito para a produção publicitária aliada à criatividade de quem as produz. Os textos que descrevem e distinguem o que é propaganda e o que é publicidade são esclarecedores. A utilização das imagens, dos vídeos, dos slogans, de aspectos imagéticos, da identificação das cores e da música foram utilizados e abordados de forma criativa e interessante para entendimento dos educandos. Os assuntos abordados nos planos de aula também são instigantes e coerentes com a atualidade, em especial a discriminação e o bullying. A abordagem gramatical enfatizou aspectos existentes nos textos propostos, ou seja contextualizada. É mister afirmar que a produção didática está coerente com as propostas, encaminhamentos e sugestões apresentadas nas DCE de LEM. (PROFESSOR 1)

De acordo com o professor 1, a utilização de diferentes estratégias para

a leitura da Língua Inglesa contribuirá para despertar o interesse dos alunos pela

disciplina.

Considero a aplicabilidade desta produção didático-pedagógica totalmente possível nas escolas públicas, principalmente com o público alvo, segundo ano do ensino médio, pois é um projeto dinâmico, instigante e reflexivo, levando os alunos a interagirem de forma real às atividades propostas. Percebo ainda que o projeto foi muito bem organizado de forma que passo a passo o aluno consegue entender a proposta e a importância da mesma nos estudos da língua inglesa. Fica claro mais uma vez que, a proposta do ensino de língua como prática social é possível. Assim, o uso do gênero textual propaganda é uma acertada escolha para criar nos alunos o gosto pela aprendizagem e uso da língua inglesa no nosso cotidiano, de forma prazerosa, versátil e útil. É claro que encontraremos alguns obstáculos pelo caminho, pois nem sempre agradamos a todos ao mesmo tempo, mas não podemos desistir e deixar de procurar meios para melhor alcançarmos nossos objetivos. Na maioria das vezes precisamos nos adaptarmos às propostas perante a nossa realidade, cada sala de aula é uma realidade e conhecendo essa realidade podemos melhor aplicar o conteúdo para o aprendizado. Não posso deixar de salientar a introdução da gramática de forma coerente e necessária para o bom entendimento da realização das atividades propostas. (PROFESSOR 2).

O professor 2 destaca que um trabalho com a língua inglesa aliada à

vivência do cotidiano do aluno contribuirá para que os objetivos de ensino desta

disciplina sejam atingidos e destaca a importância da introdução da gramática para

que ocorra maior compreensão dos alunos no desenvolvimento das atividades

propostas.

Há muito desinteresse dos alunos em aprender inglês na escola. Eles aprendem ouvindo músicas, usando a internet e jogando "games". Cabe aos professores usarem novas estratégias de ensino-aprendizagem a fim de que motivemos os alunos a pensar diferente, a despertar neles o gosto de aprender através de desafios. Mas é necessário o uso de ações pedagógicas que sejam prazerosas e eficazes. A produção didático- pedagógica apresentada é certamente uma forma diferente de se trabalhar pois além de incitar o aluno a pensar e expor suas ideias é desvendado o trabalho com textos do gênero publicidade e propaganda com temáticas como discriminação e Bullying. Nestes textos, além de se trabalhar a interpretação e a desenvolver o senso crítico está permeada a análise gramatical a qual é trabalhada por exercícios atrelados aos mesmos textos. A parte final ( Modal Verbs ) é bem condicionada ao tema Bullying. Podem ser exploradas ações ( must / can / could /should ... ) para que sua prática seja evitada além de ampliar a visão do aluno sobre a ética, cidadania, deveres e direitos. Tal produção permite muitas atividades a serem feitas. É só usar a criatividade. (PROFESSOR 3)

Os professores 1, 2 e 3 se manifestam de forma clara e positiva em relação

à aplicabilidade do material apresentado nesta Unidade Didática e à relevância das

temáticas da discriminação e do bullying, consideradas instigantes e apropriadas à

realidade atual. O professor 3 é muito claro quando relaciona os verbos modais ao

tema “bullying”, pois essa gramática é plenamente adequada a esse tema e

possibilita que também que um trabalho multidisciplinar seja realizado.

Os professores participantes desse GTR contribuíram com suas interações

nos fóruns e participações nos diários sobre a necessidade de planejarmos aulas

diferenciadas com temas atuais para que haja maior interesse e participação dos

alunos. Em geral, os docentes consideram que o gênero propaganda e publicidade é

atraente e interessante, abordando temas atuais e atingindo, de forma mais efetiva,

os alunos e que a língua inglesa será melhor compreendida e apreendida a partir do

trabalho realizado.

3. CONCLUSÃO

O ensino da língua inglesa encontra diversas dificuldades nas escolas

públicas devido ao número reduzido de aulas, a não familiaridade com a língua por

parte dos alunos e a dificuldade de acesso a uma complementação fora da escola,

principalmente por questões financeiras, fatores que podem desmotivar os

estudantes diante das dificuldades de aprendizagem com a quais se deparam. Neste

contexto entra o papel do professor que precisará lançar mão de meios que motivem

e incentivem os alunos a dedicarem-se a este estudo.

O desenvolvimento de materiais pedagógicos que contribuam para sanar

estas dificuldades ganha importância pelo subsídio que podem trazer aos

professores em sala de aula e, foi pensando sob este aspecto que a unidade

didática aqui relatada foi desenvolvida.

O início do trabalho apresentou algumas dificuldades, porém mesmo diante

delas foi possível sentir que esse trabalho foi um passo importante no incentivo à

leitura em todos os seus aspectos, porque, mesmo sabendo a tradução das

palavras, percebeu-se a dificuldade de compreensão de vocábulos na língua

materna.

As atividades desenvolvidas com propaganda e publicidade estavam

centradas no ensino da Língua Inglesa e o resultado dos trabalhos desenvolvidos

junto aos alunos foi significativo, já que a maioria relatou que o aprendizado

perspassou os aspectos estruturais da língua inglesa, atingindo as ideologias

presentes nas mensagens emitidas pelas propagandas e publicidade. Os estudantes

se mostraram capazes de diversas percepções, entre elas, a de reconhecer que o

uso das cores e de personalidades famosas são recursos que o criador faz uso para

atingir o consumidor e vender seu produto, entre outras.

Outros observaram que o cunho discriminatório, antes não observado, agora

é identificado com maior clareza na publicidade, pois foram feitas muitas análises de

comerciais que tinham conotação discriminatória em seu conteúdo.

Apesar de considerar que um passo importante foi dado quanto à análise

crítica de alguns anúncios publicitários, muito ainda há que ser feito para que se

tenha alunos com maior capacidade de análise. Foi observado que a língua

estrangeira em si, não é um empecilho para a análise crítica de uma imagem ou

mesmo de um texto, mas sim que há falta desta prática no cotidiano escolar. É

necessário que esta prática ocorra em todas as disciplinas, em todas as séries para

que essa formação realmente ocorra.

O saldo final do trabalho foi positivo sob diversos aspectos, uma vez que as

discussões acerca do tema da discriminação como fator que leva ao bullying foram

desenvolvidas de maneira centrada e séria. Além disso, as atividades realizadas

foram divulgadas por todo o ambiente escolar como forma de conscientizar outros

alunos e demais funcionários da instituição.

O trabalho final sobre bullying apresentado pelos alunos atendeu os

requisitos exigidos pelo ensino da língua inglesa com a aquisição de vocabulário

específico dos temas abordados. A prática de gramática e a compreensão de textos

através de técnicas de leitura e interpretação adequadas foram facilitadas pela

adequação do material utilizado. A diversificação de metodologias com a utilização

de mídias e com atividades a partir de imagens e cores contribuiu para motivar e

aumentar o interesse dos alunos para o desenvolvimento das atividades propostas.

REFERÊNCIAS

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Comercial DOVE. Disponível em: http://search.creativecommons.org/?q=old+commercials&format=Image

Imagens VIOLÊNCIA. Disponível em: http://search.creativecommons.org/?q=violencia&format=Image

Anexo 1

Anexo 2

Anexo 3