o futuro estÁ no sumbe

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INP O FUTURO ESTÁ NO SUMBE Instituto Nacional de Petróleos prepara jovens técnicos angolanos para os grandes desafios do sector N.º 36 | Dezembro 2014 Notícias Revista tRimestRal infoRmação GeRal DistRibuição GRatuita ACTUALIDADE IMPORTANTES ACORDOS PCA FRANCISCO DE LEMOS JOSÉ MARIA PREPARA O FUTURO DA EMPRESA EM ITÁLIA, NA COREIA DO SUL E NA CHINA RETROSPECTIVA 2014 O ANO SONANGOL BALANÇO DO MUITO QUE FOI FEITO PELA PETROLÍFERA NACIONAL REPORTAGEM ZUNGUEIROS SOLIDÁRIOS PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL AJUDAM CRIANÇAS ACOLHIDAS EM INSTITUIÇÕES INFANTIS DE TODO O PAÍS

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INP

O FUTUROESTÁ NO SUMBE Instituto Nacional de Petróleos prepara jovens técnicos angolanos para os grandes desafios do sector

N.º 36 | Dezembro 2014

NotíciasRevista tRimestRal • infoRmação GeRal • DistRibuição GRatuita

ActuAlIdAde

IMPORtANteS AcORdOS PcA FRANcIScO de leMOS JOSÉ MARIAPRePARA O FutuRO dA eMPReSA eM ItÁlIA,NA cOReIA dO Sul e NA cHINA

RetROSPectIvA

2014 – O ANO SONANGOl BAlANÇO dO MuItO Que FOI FeItOPelA PetROlÍFeRA NAcIONAl

RePORtAGeM

ZuNGueIROS SOlIdÁRIOS PROFISSIONAIS dA cOMuNIcAÇÃO SOcIAlAJudAM cRIANÇAS AcOlHIdASeM INStItuIÇÕeS INFANtIS de tOdO O PAÍS

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Page 3: O FUTURO ESTÁ NO SUMBE

dEzEMBRO 2014 | 3

Índice

05ActuAlIdAde

DisCuRso De ano novo No encerramento do ano de

2014, José Eduardo dos Santos deixa uma importante

mensagem aos angolanos

10ActuAlIdAde

CooPeRaçãoSonangol e ENI assinam acordo estratégico para o sector do gás

06ActuAlIdAde

aniveRsáRioPor ocasião do 39.º aniversário da

Independência, o Vice-Presidente da República, Manuel domingos Vicente

apelou à unidade de todos os angolanos

12ActuAlIdAde

aCoRDosFrancisco de Lemos José Maria

prepara o futuro da empresa com acordos na Coreia do Sul e China

18OFeRtA

bombeiRosPCA entrega meios de combate

a incêndios ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros

22RetROSPectIvA

2014 o ano sonanGolUma revista às acções mais

relevantes da empresa

36RePORtAGeM

ZunGueiRos soliDáRiosObra dinamizada por gente

da comunicação social, de apoio a crianças desfavorecidas

26deStAQue

o futuRo está no sumbeInstituto Nacional de Petróleos,

no Sumbe, aposta na formação de excelência de técnicos angolanos

46deSPORtO

o PetRo e o seu anDebolUma conversa com Elisa Webba

sobre a modalidade

n.º 36 | DeZembRo 2014DistRibuição GRatuita

NOTÍCIAS

revista disponÍvel nos voos >>>

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Tel.: 226 643 342 / 226 643 343Fax: 226 643 996

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ConSelho de adminiStração PreSidente

Francisco de Lemos José Maria

adminiStradoreS exeCutivoSAnabela Soares de Brito Fonseca, Ana Joaquina Van-dúnem Alves da Costa,

Fernando Joaquim Roberto, Fernandes Gaspar Bernardo Mateus, Mateus Sebastião Francisco Neto, Paulino

Fernando Carvalho Jerónimo

adminiStradoreS não exeCutivoS

Albina Assis Africano, José Gime,

André Lelo e José Paiva.

Gabinete de ComuniCação

e imaGem

[email protected]

direCtor

Mateus Cristóvão Benza

SuPerviSão

Nadiejda Santos, Hélder Sirgado,

Paula Almeida, Kimesso Kissoka

FotoGraFia

José Ribeiro Quarenta,

Henrique Lima Artur

diStribuição

Carvalho Neto, diogo Lino

imPreSSãodamer Gráficas, S. A.

tiraGem 5.000 exemplares

deSiGn GráFiCo, aPoio editorial

e Produção

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4 | Sonangol Notícias

CanDanDoA tingimos o fim do ano. A agradável mas meteórica letargia que este

momento oferece, sorrateiramente corrompe os ambientes laborais e já se consegue tocar a sensação de descanso, para muitos, o mais precioso presente que o pai Natal traz. Crianças em casa, Luanda

sem ou com pouco trânsito, toda a gente a parecer mais complacente, nas mãos ou nos bancos dos carros os presentes, a quererem mostrar- -se, acenam as tradicionais fitas embelezadoras; as montras, onde tudo magicamente se sobrevalorizou, piscam os olhos àqueles que parecem ainda ter os bolsos recheados.

Quando as nossas atenções já quase apenas se concentravam nestas e outras situações que constituem o conjunto de rituais que marcam este momento, eis que alguns eventos vêm sobrepor-se à típica aura festiva que o instante oferece. A baixa do preço do petróleo no mercado internacional, com parangonas, toma de assalto os títulos dos noticiários. No horizonte desenha-se a dúvida e para muitos o inevitável receio. Os especialistas, nesta altura esquecem-se um pouco do “economês” e em linguagem bem terra-a-terra, vêm embalar as esperanças mais positivas, com dizeres assertivos que garantem que a referida baixa não irá afectar o orçamento geral do estado e, como tal, não deverá refrear os grandes projectos gizados nem estacar o desenvolvimento que tanto tem insuflado o nosso ego.

Teremos boas saídas e boas entradas? Ou iremos sucumbir ao desencanto das projecções desagradáveis e dar um candando boelo e pensativo? Nunca. Não está no nosso gene. Somos angolanos e por natureza damos a cada momento o seu espaço e a sua importância. E este é um momento de família e de festa. depois, logo se vê. Afinal sabemos bem o que é a esperança.Então, toca a largar os braços e… CANdANdO.

Mateus Cristóvão

editorial

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Actualidade

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MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

“No ano que está prestes a terminar, o povo angolano continuou a demonstrar a sua força, a sua determinação e a sua confiança na construção de um futuro de paz, concórdia e progresso social.”

“Os diferendos e contradições devem ser resolvidos por via do diálogo e da discussão, no respeito da lei. É indispensável que todos sem excepção respeitem a Constituição da República e que as forças políticas, em particular, não violem o princípio constitucional segundo o qual o acesso ao poder político se faz através de eleições periódicas, cujos resultados, desde que confirmados pelo Tribunal Constitucional, devem ser aceites sem contestação.”

“Espero também que a Assembleia Nacional mantenha na sua agenda de trabalho o

processo de auscultação e discussão de todos os assuntos relativos à preparação das condições para a realização das eleições autárquicas.”

“As políticas públicas do país nos diversos domínios foram concebidas para dar respostas claras às necessidades destas franjas da população. Em suma, essas políticas vão contribuir para se combater a pobreza e para se reduzir as desigualdades sociais.”

“O ano de 2015 será difícil no plano económico por causa da queda significativa do preço do petróleo bruto. Algumas despesas públicas serão reduzidas, como por exemplo os subsídios aos preços dos combustíveis. Há projectos que serão adiados e vão ser reforçados o controlo

das despesas do Estado e a disciplina e parcimónia na gestão orçamental e financeira, para que se mantenha a estabilidade.”

“A política de combate à pobreza, no entanto, não será alterada.“

“Valores e princípios como o tratamento honroso dos mais-velhos, a protecção natural da criança e dos portadores de deficiência, a assistência social, o espírito de solidariedade e entreajuda, a convivência harmoniosa entre vizinhos, o respeito e preservação dos bens comuns, o amor à terra e às suas gentes que tantos dos nossos poetas e escritores enalteceram.”

“desejo a todos Festas Felizes e muitos êxitos em 2015!”

No encerramento do ano de 2014, José Eduardo dos Santos deixa uma importante mensagem aos angolanos, da qual fazemos alguns destaques

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6 | Sonangol Notícias

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA APELA AO ESPÍRITO DE UNIDADE

“Em 39 anos de existência como nação, já podemos extrair uma grande lição da nossa história: nada se consegue sem trabalho, sacrifí-cio, determinação e perseverança; só consegui-mos alcançar os grandes objectivos nacionais se nos mantivermos unidos. A unidade nacional, a integridade territorial e a preservação da so-berania são a principal condição para podermos consolidar a paz, promover o desenvolvimento e o bem-estar, erradicando a fome, a pobreza e a doença.”“O titular do Poder Executivo, Sua Excelência o Presidente José Eduardo dos Santos, submeteu já à Assembleia Nacional o Orçamento Geral do Estado para 2015, que contém a estimativa de to-das as receitas a arrecadar pelo Estado angolano e os limites das despesas para todos os serviços centrais, institutos públicos, órgãos locais, fundos autónomos e segurança social.”“Apesar de alguns constrangimentos resultantes da queda do preço do petróleo no mercado inter-nacional, o OGE 2015 prevê a afectação de recur-sos significativos para os sectores sociais, tais como a saúde, a educação e a assistência social.Para dar um exemplo, o Governo tem a intenção de adoptar um plano de contingência que prevê a construção de mais de 60 mil salas de aula e a formação de mais de 126 mil professores para integrar a totalidade do número de alunos que ainda se encontram fora do sistema escolar. Infelizmente, não vamos poder imprimir a veloci-dade que pretendíamos na execução de todos os projectos de natureza económica, social e cul-tural, em virtude da actual situação económica e financeira difícil, que é causada pelo abaixamento do preço do petróleo.”“Agora só estamos preocupados com a produção, o trabalho, o salário, a escola, a saúde, a assistên-cia médica, a habitação e o bem-estar dos nossos filhos e da nossa família”.

ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

O Vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, proferiu um importante discurso no Huambo, por ocasião do 39.º aniversário da independência de Angola. Apresentamos abaixo algumas das suas relevantes afirmações

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Actualidade

Angola assumiu a presidência do Processo de Kimberly, mecanismo internacional de combate à exploração e comércio ilegal de diamantes. A nomeação do país aconteceu na reunião realizada em Guanghzou, China, em Novembro de 2014. durante o mandato, Angola vai trabalhar na promoção dos direitos humanos, na reintegração da República Centro-Africana e Venezuela, e no fortalecimento da indústria diamantífera de modo a garanti-la às gerações vindouras.Angola está entre os cinco maiores produtores de diamantes do mundo em valor e entre os dez maiores em quantidade produzida. dados estatísticos apontam para uma produção em torno de 8,3 milhões de quilates com uma receita bruta de 1,2 mil milhões de dólares.O país, que ocupava a vice-presidência da organização, passa a ter uma terceira frente de batalha na arena internacional. “Estaremos, no próximo ano (2015), com três frentes da diplomacia; temos o Conselho de Segurança, os Grandes Lagos e o Processo de Kimberley. Tudo isso porque a comunidade internacional confia em Angola”, disse Paulo N’vika, coordenador nacional do Processo de Kimberley. Neste desafio, Angola conta com o apoio do Centro Mundial de diamantes de Antuérpia.

O QUE É O PROCESSO DE KIMBERLEYO Kimberley Process Certification Scheme (Processo de Kimberley) visa certificar a origem de diamantes para evitar a compra de pedras originárias de áreas de conflito. Foi criado em 2003 com o objectivo de impedir o fornecimento ilegal de armas a países africanos em estado de guerra civil. Em 2000, diversos estados aceitaram o Processo de Kimberley, comprometendo-se a adquirir apenas diamantes brutos certificados, com procedência confirmada por certificado oficial, e a recusar importações vindas de áreas de conflito. Trata-se de uma importante tentativa de romper o vínculo entre o estímulo às guerras civis e a comercialização de recursos naturais valiosos.

ANGOLA PRESIDE AO PROCESSO DE KIMBERLEYPaís vai trabalhar na promoção dos direitos humanos e no fortalecimento da indústra diamantífera

COMÉRCIO DE DIAMANTES

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8 | Sonangol Notícias

a assembleia nacional aprovou na generalidade o orçamento Geral do estado para 2015 que prevê um défice de 7,6% do Produto interno bruto

ALBINA ASSIS AfRICANO ELEITA PRESIDENTE DO COMITÉ DIRECTOR DA EXPO2015

APROVADO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA 2015

A engenheira Albina Assis Africano foi eleita, por aclamação, presidente do Comité director dos Comissários-Gerais dos Países Expositores na Expo2015, a realizar-se de 1 de Maio a 30 de Outubro de 2015, em Milão (Itália).Albina Assis, que é comissária-geral de Angola na Expo, no âmbito da Comissão Interministerial do Executivo angolano, será responsável por dirimir todos os casos que os países levantarem.Estiveram presentes no evento representantes de África, Ásia, América e Europa. A Expo2015 tem como lema “Alimentação e Nutrição do Planeta, Energia para a Vida”. Tradição, criatividade e inovação são as palavras-chave através das quais mais de 150 países vão fazer uma leitura do passado e presente da alimentação, com o objectivo de traçar cenários sobre o futuro da nutrição. Angola é um dos cerca de 150 países expositores e a construção do seu pavilhão está já muito avançada.

O documento, que aponta para um crescimento da economia de 9,7%, foi aprovado com 152 votos a favor, cinco votos contra e 26 abstenções. Numa mensagem enviada à Assembleia Nacional, o Presidente José Eduardo dos Santos disse que o OGE para 2015 tem em conta a queda do preço do barril do petróleo, assumindo “um contexto difícil”. “As perspectivas de crescimento real da economia angolana em 2014 indicam que o desempenho da produção nacional deverá reflectir os efeitos de uma queda importante da produção do petróleo e de um moderado crescimento da produção do sector não petrolífero”, referiu o Ministro de Estado da Casa Civil da Presidência da República, Edeltrudes Costa, em representação do Chefe de Estado.

PERFILCarreira: Professora, 1968-75; directora, Laboratório Nacional de Análises Químicas, 1975-83; Engenheira Química na Fina-Angola, Luanda, 1983-85; Sub-directora da refinaria da FINA, Luanda, 1985-91; Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Agosto 1991-dezembro 1992; Ministra dos Petróleos, dezembro 1992-1999; Ministra da Indústria, 1999-2000; Conselheira especial do Presidente para os Assuntos Regionais, 2005 até à data.

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Actualidade

“os equipamentos sofisticados não devem fazer com que percamos de vista a necessidade de privilegiarmos a humanização no dia-a-dia da nossa relação com os doentes”Com estas palavras, o dr. Vasco Sabino da Silva resumiu o espírito que norteou o 2.º Congresso da Clínica Girassol, realizado de 21 a 24 de Outubro, no Centro de Convenções de Talatona, sob o lema “Cuidados de Saúde Rumo à Excelência – Tecnologia e Humanização”.O congresso foi considerado um grande sucesso pelo elevado número de participantes, 2045 no total, de várias especialidades e de quase todas as províncias do país. Estiveram presentes participantes estrangeiros, que tiveram acesso à informação sobre o evento através dos media e da internet e fizeram a inscrição por iniciativa própria, frisou o médico angolano e director executivo do congresso.“A Guiné Equatorial pediu-nos para assistir ao congresso a fim de que este possa servir de base de aprendizagem para eles projectarem a realização de eventos desta natureza no seu país”, disse o médico.O 2.º Congresso da Clínica Girassol, “inovou no sentido em que promoveu sessões em que os participantes podiam interagir com os prelectores”, referiu. “Todos os participantes puderam, em cada sessão, dar a sua opinião e participar nos diagnósticos e propostas terapêuticas, com o apoio das novas tecnologias”, acrescentou.Vasco Sabino da Silva adiantou que o próximo congresso, em 2016, tem de ser ainda mais inovativo “porque agora habituámos a nossa classe a lidar com um patamar muito elevado”. Para o médico, uma das grandes contibruições do congresso de 2014 para o sector da saúde em Angola foi a promoção de novas formas e metodologias de abordar este tipo de eventos. “O grande avanço do Congresso da Clínica Girassol, em 2014, passou por trazer o conhecimento sobre a evolução das tecnologias da saúde e a sua aplicabilidade, no sentido de facilitar o diagnóstico”, disse. “O desafio, em todo o mundo é conseguir gerar bons hospitais”, afirmou o responsável, que definiu como bom hospital aquele “que consegue diagnosticar rápido para tratar bem”.

CLÍNICA GIRASSOLREALIZA O 2.º CONGRESSO À LUZ DA TECNOLOGIAE HUMANIZAÇÃO

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10 | Sonangol Notícias

SONANGOL E COMPANHIA ITALIANA ENIASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria, e o director executivo (CEO) da companhia petrolífera italiana ENI, Cláudio descalzi, assinaram, em Roma, um acordo estratégico de cooperação em projectos no sector do gás.O acordo consagra a criação de uma equipa conjunta entre a Sonangol e a ENI destinada a avaliar o potencial do gás não associado existente na bacia sedimentar do Baixo Congo, uma área da costa angolana muito promissora em termos de produção de hidrocarbonetos. O estudo dá prioridade ao mercado interno, no qual o gás passa a ter um papel crucial para a sustentação e desenvolvimento económico.

A equipa conjunta Sonangol-ENI vai também partilhar conhecimentos relativos ao desenvolvimento de recursos de gás, com base na experiência da companhia italiana em diferentes pontos do mundo. As empresas comprometeram-se ainda a efectuar projectos de desenvolvimento de negócios em outras áreas (intermédia e terciária) da cadeia de exploração do petróleo em Angola. Na sua deslocação, o PCA da Sonangol esteve acompanhado de vários gestores da empresa estatal angolana, entre os quais os administradores Paulino Jerónimo e Ana Joaquina da Costa, o presidente da Comissão Executiva da Sonagás, Rúben Costa, e de directores de distintas áreas.

ENIA ENI (Ente Nazionale Idrocarburi, S.p.A.) é uma grande empresa italiana detida em mais de 30% pelo estado italiano. Está presente em 85 países e tem 76.000 colaboradores.

Francisco de Lemos José Maria, PCA da Sonangol E.P. Cláudio Descalzi, CEO da ENI

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Actualidade

PRODUTOS NGOL

25 ANOS A LUBRIFICAR ANGOLA

Os festejos do 25.º aniversário dos lubrificantes Ngol, assinalado a 9 de Novembro, incluíram uma visita guiada às instalações da fábrica, momentos culturais e recreativos e a leitura de uma mensagem da directora da Estação da Mulemba de Lubrificantes (EMUL), Madalena Mendes, dirigida a todos os trabalhadores daquela unidade.Participaram nos festejos membros da Comissão Executiva e gestores da Sonangol distribuidora, clientes da EMUL e convidados. Madalena Mendes falou da evolução técnica das diversas etapas da fábrica. Referiu--se também à instalação e entrada em funcionamento, no início de 2015, de mais três linhas automatizadas de enchimento de embalagens de um, quatro e de 200 litros.Com as novas linhas de enchimento, a produção de lubrificantes sobe de 20 mil toneladas/ano para 40 mil. Os produtos Sonangol destinam-se aos ramos automóvel (que absorve cerca de 80% da produção), marítimo, industrial e agrícola, e exercem forte concorrência no mercado nacional aos produtos de outras marcas.

os lubrificantes ngol completaram 25 anos de existência. fabricados pela emul, uma das unidades da sonangol Distribuidora, localizada na zona da mulemba, os produtos desta marca atingiram os mais altos padrões de qualidade

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12 | Sonangol Notícias

O presidente do Conselho e Admi-nistração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, e o homólogo da construtora naval sul-coreana dSME, Ko Jae-Ho, assinaram a 11 de dezembro, em Seoul, um acor-do para a construção de dois navios petroleiros.Os navios Suezmax designação es-pecífica do género de petroleiros encomendados têm capacidade para 156.290 toneladas métricas cada um, 274 metros de compri-mento, 48 de largura e 23,7 me-tros de altura e um custo de cerca de 140 milhões de dólares norte--americanos. A entrega está mar-cada para 2017.Todo o processo de fabrico é acom-panhado e classificado pela em-

presa norueguesa dNV-GL, con-ceituada sociedade classificadora internacional, que deve garantir a obediência das embarcações aos parâmetros convencionais. A assinatura do acordo aconteceu na presença de distintos gestores da petrolífera estatal angolana.A Coreia do Sul é a líder mundial na engenharia de construção naval e a Sonangol tem em construção dois navios-sonda de perfuração naqueles estaleiros. A entrega destes está prevista para o período entre o quarto trimestre de 2015 e o segundo trimestre de 2016. As duas unidades destinam-se ao fomento das campanhas de exploração petrolífera em águas profundas, ultra profundas e no pré-sal.

estatal angolana assinou acordo com empresa sul-coreana para a construção dos navios

PCa PRePaRa futuRo no oRienteA encerrar o ano de 2014, o PCA da Sonangol E.P., francisco de Lemos José Maria,

efectuou um périplo pelo longínquo Oriente para estabelecer bases sólidas para o futuro da empresa

12 | Sonangol Notícias

COREIA DO SUL fROTA DA SONANGOL TEM MAIS DOIS PETROLEIROS

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Actualidade

Dois mil milhões de dólares destinam-se a projectos de expansão nos segmentos do petróleo e gás

BANCO CHINÊS CONCEDE CRÉDITO À SONANGOL

A Sonangol beneficiou de um crédito de dois mil milhões de dólares do Banco de desenvolvimento da China (BdC) destinado a suportar projectos de expansão da Sonangol nos segmentos do petróleo e gás.O acordo foi assinado a 12 de dezembro, em Pequim, pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, e o presidente do BdC, zheng zhijie.O BdC é a maior instituição financeira da China, em termos de cooperação com o exterior, em particular no que diz respeito à concessão de créditos. zheng zhijie considera o contrato assinado como um novo passo nas relações com a petrolífera angolana e augurou êxitos na cooperação bilateral. O presidente do CdB mostrou-se “radiante com a parceria que o acordo consolida”, realçou a importância dos créditos que a sua instituição tem concedido à economia angolana desde 2008 e enfatizou o facto de Angola ser o segundo maior fornecedor de produtos petrolíferos à China.Francisco de Lemos José Maria referiu-se à

importância dos financiamentos do CdB para a Sonangol, que têm permitido a realização de grandes projectos de exploração de petróleo bruto, refinação e logística. O PCA da Sonangol sublinhou ainda que o recurso aos tais empréstimos serviu de suporte à petrolífera para a efectivação de alguns projectos governamentais, como a construção

de habitações sociais. O acordo tem a prevalência de 10 anos, mas abre fortes perspectivas para outros financiamentos de longo prazo, atendendo às apostas futuras da empresa que, em 2015, inicia a construção da Refinaria do Lobito e que, em 2014, deu início a vários projectos de exploração de gás natural.

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14 | Sonangol Notícias

G20 INVESTE EM INFRA-ESTRUTURASE NO COMBATE À EVASÃO FISCAL

Os líderes das 20 maiores economias do mundo aprovaram em Brisbane, Austrália, um plano de acção para aumentar o PIB do grupo

em dois mil milhões de dólares até final de 2018

A cimeira de chefes de Estado e de Governo do G20 fixou como meta até final de 2018 a execução de um plano de acção para acele- rar a retoma económica que está a ser “len-ta” e muito “modesta no Japão e na zona euro”. Infra-estruturas, combate à evasão fiscal e à corrupção e reforma do FMI es-tiveram entre os temas em foco. Uma ini-ciativa global de investimento público e privado em infra-estruturas, o combate conjugado à evasão fiscal e à corrupção e a execução de reformas estruturais, en-tre as medidas principais, vão permitir uma subida de 2,1 pontos percentuais no PIB do G20 e de mais 0,5 pontos percentuais nos não membros do grupo, segundo os estudos rea- lizados pelo Fundo Monetário Internacional e pela Organização para a Cooperação e desen-volvimento Económico para esta cimeira.

CPlP e amÉRiCa latinamais PRÓXimas

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa procura aumentar a coope-ração com estados latino-americanos

Os embaixadores da CPLP reuniram-se recentemente em Lisboa para encontrar formas de incrementar a cooperação com os países da América Latina.

O encontro foi promovido pelo Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina – IPDAL, instituição pri-vada portuguesa –, e a Sofid, instituição de crédito que reúne na sua estrutura o Estado e os quatro principais bancos portugueses.

A relação entre os países da América Latina e os estados membros da CPLP ainda é “insípida”, como lembrou o embaixador do mais recente membro da

comunidade lusófona, a Guiné Equato-rial. Para a maior parte da América Latina, as relações comerciais com os países da Comunidade de Língua Portu-guesa resumem-se ao Brasil.

Na reunião, ficou a saber-se que o Uruguai, Argentina e Peru vão solicitar o estatuto de observador associado da CPLP. As Ilhas Maurícias, Senegal, Japão e Namíbia obtiveram essa categoria recentemente.

Nota: BRICS é um acrónimo que se refere aos países membros, Brasil, Rússia, Ín-dia e China, aos quais se juntou a África do Sul, que corresponde à letra S.

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SONANGOL SOLIDÁRIA COM PESSOAS CARENTES

O Programa de Solidariedade e Voluntariado – Projecto “Mais do que Um Gesto”, que a Sonangol leva a cabo todos os anos, através da sua Direcção

de Serviços Sociais (DSS), continua a encher de alegria os corações de pessoas vulneráveis das mais diversas regiões do País

CamPanHa “natal sem fome 2014”

A campanha “Natal Sem Fome 2014” envolveu trabalhadores da Sonangol E.P. e das suas subsidiárias. Realizada durante

os meses de Novembro e dezembro, a iniciativa teve como objectivo a recolha de bens alimentares e brinquedos. Cada tra-balhador solidário com a causa doou o que pôde, com as entregas a serem feitas na área social da empresa em que funciona ou na dSS, no Sonangol Centro Médico. A campanha incluiu acções de sensibilização em várias empresas do Grupo Sonangol, realizadas por colaboradores da dSS em parceria com o grupo humorístico “Os Tuneza”, que esteve presente em actos realizados no edifício-sede, nas sedes da Sonangol Logística e Sonangol distribui-dora, e no Sonangol Centro Médico, com o melhor espírito natalício. Na Sonangol distribuidora, a acção teve a presença de Filomena Rosa, presidente da Comissão Executiva da empresa.

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natal Das CRianças

data consagrada, sobretudo, às crianças, o Natal mantém a sua faceta de encanto, sonho e fantasia. Foi nesse espírito que a direcção

de Serviços Sociais da Sonangol dedicou es-pecial atenção aos filhos dos trabalhadores com idades entre os 7 e os 12 anos.

A Festa de Natal da família Sonangol, que antecipou em vinte dias a que se realiza por tradição a 25 de dezembro, realizou-se nas instalações do Centro Cultural Paz Flor.

Participaram os administradores da Sonangol, E.P. Fernando Roberto e Ana Joaquina da Costa, a directora da dSS, Arlete Borges, e o director-geral do CCPF, Pedro Gomes, que puderam constatar o são ambiente de festa criado em favor das crianças.

Além das brincadeiras habituais, como o pula-pula e a distribuição de algodão doce, picolé e de um “kit lanche”, as crianças assistiram a um espectáculo do Circo África, com a exibição de acrobatas, mala-baristas e equilibristas que, com a res-pectiva banda, proporcionaram animados momentos de música e dança.

Os elementos do Circo África organizaram dois workshops nos quais ensinaram as crianças a fazer brigadeiros, mini pizas e a construir palhaços com plasticina, antes de passarem a actividades desportivas, nas modalidades de futevólei, basquetebol, voleibol, badminton e ténis. Foi um dia inesquecível para as crianças, que já ficaram a pensar no próximo natal “à Sonangol”.

Um dia inesquecível para as crianças,

que já ficaram a pensar no próximo

Natal “à Sonangol”

natal

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18 | Sonangol Notícias

SONANGOL OFERECE NOVOS MEIOSTÉCNICOS AO SERVIÇO NACIONAL

DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS No quadro das comemorações do Dia Nacional dos Bombeiros,

assinalado a 30 de Novembro, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., Francisco de Lemos José Maria, procedeu, em Luanda,

à oferta de meios técnicos de extinção de incêndios e de salvamento em altura, ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros de Angola

Francisco de Lemos José Maria fez a entrega de quatro viaturas com capaci-dade para realizar opera- ções de extinção de incêndios e de sal-

vamento em edifícios com mais de 30 andares. O Secretário de Estado do Interior, Eugé-nio Laborinho, e o comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, António Vicente Gimbe, agradeceram a ge-nerosa oferta e apelaram a todas as empresas para que sigam o exemplo da

Sonangol.Pela mesma efeméride, o PCA da Sonangol participou na cerimónia de patenteamento, promoção e graduação de oficiais do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, que decorreu no quartel principal da instituição, em companhia dos administradores Anabela Fonseca, Ana Joaquina, Fernandes Mateus, Paulino Jerónimo e Mateus Neto, assim como directores e técnicos da Sonangol E.P.

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Oferta

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20 | Sonangol Notícias

texto: Helder de Sousa fotos: Divulgação

2015 – ESPERANÇAS E INCERTEZASA chegada de cada novo ano representa sempre o desejo de renovação. É como se uma nova estrada se abrisse para ser percorrida, realizando novos planos, ao mesmo tempo que se concluem alguns que ficaram

por cumprir. Mas as incertezas são muitas e o mundo está complicado. Não há previsões com validade duradoura

Para a indústria petrolífera, 2015 surge como mais um ano de grandes desafios. Os preços estão a baixar, analistas dizem que a queda

foi motivada sobretudo pela abundância da oferta. O ano de 2014 fica marcado como aquele em que o preço do barril desceu muito abaixo da barreira simbólica dos 80 dólares.E pensar que, em meados de Junho, atingiu os 115,71 dólares. A referência europeia do petróleo (Brent) perdeu mais de 30% devido a factores como abundância da oferta, moderada procura e a força do dólar.A recente reunião da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – em Viena, Áustria, no mês de Novembro, era esperada como plataforma para entendi-mentos entre os países membros, mas acabou por agravar as divisões

no seio da organização. Os países do Golfo Pérsico terão impedido um eventual corte da quota de produção, disseram alguns observadores.A unanimidade seria a condição necessária para que os 12 membros da OPEP anuncias-sem um corte da produção média diária. No entanto, não houve acordo. dois terços dos países da OPEP pretendiam o corte da produção de petróleo, mas, Angola, Iraque, Irão, Venezuela, Nigéria, Argélia, Líbia e Equador acumulam menos de metade da produção da OPEP.Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Qatar mantiveram a posição defendida antes da cimeira, isto é, preten-diam que a quota de produção diária se mantivesse nos 30 milhões de barris. Estes países têm uma quota conjunta de 53,14%, de acordo com os dados da OPEP. Esta

posição permitiu concretizar a manutenção da quota de produção, com consequên-cias para o preço do crude nos mercados internacionais.A tendência de descida do preço do petróleo nos mercados internacionais é desfavorável a vários países produtores, como Angola. O Ministério das Finanças angolano anunciou, a 1 de dezembro de 2014, que vai entrar num “exercício de aus-teridade” provocado pela descida do preço do petróleo.

PRevisÕes A Agência Internacional de Energia - AIE - mantém, sem mudanças, as previsões da procura de petróleo, assim como a tendên-cia de queda do preço em consequência do aumento da produção.Em 2015, o consumo, segundo a agência,

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vai aumentar em 1,1 milhões de barris por dia (mbd) para chegar aos a 93,6 mbd. Prevê-se que a procura aumente de forma um pouco mais significativa, mas não o suficiente para contrabalançar a pressão da queda nos preços.A AIE informa que as previsões de oferta e procura mostram que, se não houver uma ruptura de fornecimento, a pressão de queda sobre os preços pode aumentar no primeiro semestre de 2015.Por seu lado, a OPEP é peremptória: “A procura de petróleo mantém a tendência para se contrair na maioria dos países, que se estão a esforçar para reduzir as respec-tivas dívidas públicas”.Ao manter as previsões de consumo de petróleo para 2015, a OPEP alegou, em Viena, Áustria, que a melhoria da economia dos Estados Unidos compensa a estag-nação da União Europeia e do Japão.Assim, enquanto os Estados Unidos devem consumir, em 2015, mais 130 mil barris por dia - mais 0,65% -, os países mais industrializados da Europa vão manter a tendência de redução do consumo, prevendo a OPEP que caia 0,52%.Em sentido contrário, a América Latina continua a crescer e, em 2015, deve con-sumir mais 3,35% do que no ano em curso.Sobre a China, a OPEP constata uma de-saceleração da economia devido à redução do ritmo económico e à aplicação de medi-das para limitar o consumo de fuel para o transporte.A organização estima que os Estados Uni-dos devem consolidar-se em 2015 como o maior extractor de petróleo do mundo, com 13,50 milhões de barris por dia, mais 7% do que neste ano.Os 12 países membros da OPEP devem manter um terço do fornecimento mundial de petróleo, com uma capacidade para colocar no mercado 29,2 milhões de barris por dia, menos 300 mil do que em 2014.Como dizia o Jornal de Angola, “a estabili-dade confusa no mundo desenvolvido pode sê-lo ainda mais se o jogo não tiver regras. Aguentar esta guerra vai implicar sacrifí- cios de todos os lados a menos que impere o bom senso de fazer contas e encontrar um break even que satisfaça toda a gente. A guerra não é pela obtenção de um preço mas a manutenção de quotas de mercado”.

Fontes: Jornal de Angola, Bloomberg, Financial Times, The Economist

Previsões 2015

imPaCto Geo-PolÍtiCo Segundo Martin Feldstein, professor de Economia na Universidade de Harvard, “o actual preço do petróleo está também ligado às esperadas taxas de juro futuras. Mais especificamente, os produtores têm uma opção de investimento: podem aumentar a produção agora, ao venderem petróleo adicional ao preço actual e in-vestindo os rendimentos às taxas de longo prazo actuais, ou podem deixar o petróleo no subsolo enquanto investimento.Uma baixa taxa de juro encoraja os produtores a deixar o petróleo no subsolo. Quando as anormais baixas taxas de juro nas obrigações de longo prazo subirem ao longo dos próximos anos, será mais vantajoso para os produtores aumentar a oferta de petróleo e investir os rendimen-tos resultantes às taxas de juro mais el-evadas”. Para o professor, se nada mudar, o aumento das taxas de juro vai levar os preços do petróleo a caírem ainda mais.

“Os maiores derrotados com a queda dos preços do petróleo incluem muitos países que não são amigos dos EUA, nem dos seus aliados, tais como a Venezuela, Irão e Rússia. Estes países são muito dependentes das receitas do petróleo para suportar a despesa gover-namental – sobretudo os maciços programas de subsídios. Mesmo a 75 ou 80 dólares por barril, estes governos terão uma difícil tarefa em financiar os programas popu-listas de que necessitam para manter o apoio da população.”E acrescenta: “A continuação da queda dos preços do petróleo terá importantes repercussões geopolíticas. Um preço de 60 dólares por barril criaria proble-mas graves, particularmente à Rússia. O presidente Vladimir Putin não seria capaz de manter os seus programas de subsídios que, actualmente, sustentam o seu apoio popular. Haveria consequên-cias similares no Irão e na Venezuela”.

O Financial Times apresentou um estudo curioso sobre as necessidades dos países manterem as suas finanças públicas equilibradas em relação ao preço do bar-ril de petróleo. Assim, para a Venezuela manter as finanças públicas equilibradas e não incorrer em bancarrota, o preço do

petróleo deve ser 160 dólares o barril. Para o Irão, seria de 130 dólares. Para a Rússia, 110 dólares. Isto significa que, a manter-se o preço de 80 dólares, o futuro destes três países não será brilhante, se, como alguns analistas já vão adiantando, o preço do barril descer para os 60 dólares e, até, para os 40.

a lei Da sobRevivÊnCia

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Na Sonangol, o ano de 2014 fica marcado por grandes realizações. Nas comemorações do 38.º ani-versário da empresa, assinalado a

25 de Fevereiro, o Presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos José

Maria, deu uma conferência de imprensa em que fez uma incursão ao passado e projectou as acções futuras. Foi um ano de sucessos e de afirmação, tanto no contexto interno como externo, em que a Sonangol se mostrou aos olhos de

todos como uma empresa moderna e bem inserida no mercado internacional.Nestas páginas recordamos alguns dos momentos mais marcantes do ano para a Sonangol, através de imagens especial-mente seleccionadas para o efeito.

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PÉRiPlo às CentRaliDaDesA SONIP – Sonangol Imobiliária e Propriedades levou, em Março, um grupo de conceituados jornalistas nacionais e estrangeiros a conhecerem a realidade das numerosas centralidades no país, que serão a habitação futura de 210 mil pessoas. Foi uma das primeiras acções de impacto mediático.

PCa atento aos RefoRmaDosNum almoço de confraternização alusivo aos 38 anos da Sonangol, o presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos José Maria, homenageou os colaboradores que chegaram à reforma por limite de idade. Entregou certificados de reconhecimento ao contributo prestado à empresa. Os presentes no Centro Cultural Paz Flor vibraram de alegria e calor humano, ao som de músicos como Lulas da Paixão, Flay, Cristo e Bangão.

A SONANGOL AOS OLHOS DE TODOSPela primeira vez, o fascinante mundo da Sonangol foi apresentado durante uma exposição de três dias na Marginal de Luanda. Foi um presente que a empresa deu ao público interessado em conhecer mehor a petrolífera nacional.

OBjECTIVO DOIS MILHõESNos festejos do 38.º aniversário, a Sonangol reafirmou o objectivo de atingir os dois milhões e barris por dia a partir de 2015 e tornar-se o maior produtor de petróleo de África dentro de cinco anos.

2014 – UM BOM ANO SONANGOL Se as previsões para 2015 vêm carregadas de cautelas e de um certo “esperar para ver”, a verdade é que uma empresa como a Sonangol projecta o futuro com base em indicadores fidedignos, aproveitando

os juros das boas práticas no ano que termina

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SONANGOL PREMIADA NA ExPO CABINDA 2014Nas terras do Mayombe, a empresa foi distinguida com o prémio de Melhor Participação Petrolífera, na 2.ª edição da Expo Cabinda, que decorreu no Pavilhão Multiusos do Tafe.

“CHita De ouRo”

veio Da HuÍla

Um “Chita de Ouro”, correspondente ao

melhor stand das empresas do sector da

energia e petróleos, foi mais um dos

prémios conquistados pela Sonangol, na 22.ª edição da Expo Huíla,

na cidade do Lubango.

21.° CONGRESSO MUNDIAL DOS PETRóLEOSA Sonangol aproveitou da melhor forma a oportunidade de mostrar ao mundo do petróleo as suas potencialidades. Uma competente delegação chefiada pelo Presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos José Maria, integrou a representação de Angola ao 21.º Congresso Mundial dos Petróleos, em Moscovo, capital da Rússia. durante o certame, foi anunciada ao mundo a licitação de mais 12 blocos petrolíferos em 2015.

filDa 2014

esPaço futuRista Com teCnoloGia

De Ponta A Sociedade Nacional de Combustíveis de

Angola mostrou a sua dimensão e grandes inovações tecnológicas na 31.ª edição

da FILdA 2014 e foi premiada com um “Leão de Ouro”.

Retrospectiva

DISTINÇõES NACIONAIS

O TERCEIRO TRIMESTRE FICOU MARCADO PELAS INOVAÇõES TECNOLóGICAS

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NOVA DESCOBERTA DE PETRóLEO Uma nova descoberta de petróleo em águas profundas de Angola, com reservas estimadas em 300 milhões de barris, foi anunciada no decorrer do ano.

SONANGOL NA RIO OIL & GAS 2014 A empresa esteve presente, como expositora, na 17.ª edição da Feira e Conferência de Petróleo e Gás (Rio Oil & Gas), considerada o principal evento do sector ao nível da América Latina, que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

n’Goma PRontoPaRa o seRviçoA PAENAL – Porto Amboim Estaleiros Navais, Lda. – mostrou ao mundo dos petróleos a sua capacidade para acompanhar os avanços tecnológicos na indústria naval ao concluir com êxito os trabalhos de integração de dois módulos que capacitam o navio N’goma a trabalhar em águas profundas.

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novos navios-sonDa Com as cerimónias do Corte de Aço

realizadas na Coreia do Sul, em Abril e Junho, arrancou a construção dos navios-

-sonda Sonangol Libongo e Sonangol Quenguela que serão entregues

em 2015 e 2016.

mstelCom inauGuRa lojaA Mercury Serviços de Telecomunicações – MSTelcom – inaugurou uma nova loja na Mutamba – Luanda, rua do 1.° Congresso, frente à sede da Sonangol E.P. Serviços de telefonia, transmissão de dados VPN e de acesso à internet estão agora mais perto dos consumidores.

13.ª eDição Do PRÉmiosonanGol De liteRatuRaO concurso literário, que foi lançado

em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, destina-se a escritores dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa e constitui um elevado contributo cultural

da Sonangol.

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O director do INP, Eng.º domingos Francisco, acompanhou a equipa de reportagem da revista Sonangol

Notícias, facultando todas as informações referentes àquela instituição especializada na formação de técnicos para o sector dos petróleos.domingos Francisco afirmou que, ao nível da formação profissional, os cursos são desenhados em função das necessidades apresentadas pelas empresas interessadas, após assinatura de um acordo para o efeito. “A maior parte das empresas petrolíferas que operam nas águas angolanas recorrem aos nossos serviços”, disse o director de INP.O responsável sublinhou o importante papel do Estado angolano no desenvolvimento da instituição. “O Executivo liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, investiu muito dinheiro após o fim da guerra para tornar a escola numa instituição de referência nacional e internacional e ser possível dotar os jovens de conhecimentos excelentes para trabalharem na indústria petrolífera nacional, pois a eles pertence o futuro. Uma sociedade só evolui com pessoas for-madas e foi nessa perspectiva que o Governo construiu esta instituição”, disse. O INP conta hoje com 90 professores nacio-nais e dez estrangeiros. Estes são con-tratados em função da carência no mercado nacional de especialistas para leccionarem determinadas disciplinas, como, por exem-plo, soldadura. A admissão de alunos é feita em função de um exame de Língua Portuguesa e

texto: Euclides Seia foto: Orlando Zumbi

INSTITUTO NACIONAL DE PETRóLEOS

O FUTURO ESTÁ NO SUMBEO Instituto Nacional de Petróleos (INP) é a única instituição em Angola

vocacionada para a formação de quadros especializados para a indústria petrolífera. Da pequena “vila” do município do Sumbe saem técnicos médios, formados em cursos de três anos, e profissionais, em seis meses de estudos.

A instituição assegura já mais de dez por cento das necessidades de mão-de-obra qualificada para o sector petrolífero do país

Matemática e de acordo com as vagas existentes para cada ano lectivo. “depois de aprovados nos testes de admissão, os alunos passam por uma orientação profis-sional que permite enquadrar os candidatos nos cursos para os quais demonstrem maior inclinação”, sublinhou o director.

DisCiPlina RÍGiDa PaRa uma foRmação De eXCelÊnCia Os formandos comparticipam com uma propina anual de 400 mil kwanzas, para alimentação, água, energia e outros serviços

inerentes à sua formação e alojamento. Para os alunos indisciplinados ou irres-ponsáveis, não há tréguas. “Se partir um, paga três, se sujar ou riscar uma parede, é obrigado a pintar a sala toda e, se for apanhado com produtos tóxicos, é entregue à polícia e pode ser expulso”, esclarece o responsável. Os alunos que se furtarem às aulas, mesmo os que estão em regime de internato, são questionados duas vezes e, se for caso disso, são mandados de regresso a casa. Os formandos estudam de manhã e à tarde. Os que demonstrem dificuldades na assimilação dos conteúdos são auxiliados por professores em aulas extra.

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destaque

funDação Do inPFundado em 1983, o instituto tem sete cursos à disposição dos cerca de mil alunos, para além de instrumen-tação petrolífera, minas, perfuração e produção, processamento de gás, geo-logia petrolífera, refinação e mecânica de instalação petrolífera, para acudir e estabilizar as necessidades da indústria petrolífera.

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DiReCtoR-GeRal Do inP

No âmbito do conceito de responsabilidade social inerente a todas as grandes instituições, o INP partilha alguns bens e serviços com a população dos bairros vizinhos. domingos Francisco não esconde a sua satisfação: “As nossas portas estão abertas às populações dos bairros vizinhos, a quem fornecemos água, luz consultas e medicamentos a custo zero”.

alunos e PRofessoRes em sintonia Os estudantes consideram o instituto um elemento crucial para a indústria petrolífera no presente e no futuro. Ao fim de três anos de formação, são orientados a defenderem um tema para atingirem o grau de técnico médio de petróleos.Lídio dos Santos, finalista de mecânica de instalação, diz que a escola “é uma mais-valia para o sector dos petróleos do país. Os professores que leccionam neste instituto parece que foram seleccionados à lupa, pois demonstram muita qualidade e responsabilidade. Esta foi a melhor formação que tive”.A estudante de geologia e minas Anabela dias, de 17 anos, garante que “as condições de alojamento e formação que o internato oferece são das melhores”. Lembrou o lema “O futuro da indústria petrolífera começa aqui”.Para Rui Garcez, responsável do centro tecnológico, “o centro está preparado para responder às exigências da formação técnica e profissional de futuros quadros para o sector dos petróleos. As máquinas que existem aqui têm grande qualidade e constituem uma mais-valia para Angola”. Ele apelou à direcção da Sonangol para continuar a investir na formação dos recursos humanos de modo a que a empresa continue a produzir e transformar com excelência.O docente Jaime dos Santos, natural da província do Uíge, lecciona na instituição há 18 anos. Considera a modernização do instituto um ganho da paz. O professor garantiu que “quem vem ao Sumbe e não dá uma olhadela ao instituto, não visitou a cidade”. Nas excelentes instalações de que dispõe, o INP está dotado também de um moderno centro de saúde, dirigido por João Ambrósio Madaleno, que dispõe de quatro enfermeiros, RX (raios X), um técnico de laboratório, um técnico de fisioterapia, um técnico de farmácia e uma médica. Além de alunos, professores e funcionários, o centro atende os moradores dos bairros vizinhos.Joana André Armando, moradora do bairro dos Petróleos, manifestou um profundo agradecimento pelo apoio que recebe do centro. “Obrigado ao Governo por construir esta escola no km 13. A escola dá-nos água, luz e assistência médica de graça”. E acrescentou: “Parabéns a quem nomeou este elenco atencioso e comunicativo para dirigir o instituto”.

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Destaque

PeRfil De entRaDaTer completado a 9.ª classe, idade compreendida entre os 15 e os 16 anos, média não inferior a 14 valores nas disciplinas nucleares.

CuRsos DisPonÍveis• Perfuração e Produção• Mecânica de Instituições

Petrolíferas• Geologia de Petróleo• Minas• Instrumentação Petrolífera• Refinação• Processamento de Gás

infRa-estRutuRas De aPoio • Laboratórios – Electricidade,

Electrónica, Hidráulica, Pneumática, Instrumentação, Máquinas Rotativas, Química, Geologia, Segurança, Física, Multimédia, Inglês e Informática;

• Oficinas – Motores, Maquinação, Serralharia Mecânica, Caldeiraria de Estruturas e Tubos, Soldadura;

• Área de Simulador – Composta por uma estrutura de simulação do processo de produção, controlado integralmente por um DELTA V;

• DCS – Distributed Control System; • Centro de Formação de Segurança.

destaque

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Neste momento, 15 moçambicanos estudam na escola, que tem capacidade para 200 alunos do sexo feminino

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STAND DA SONAIR ATRAI VISITANTES

eXPotRans

A SonAir, empresa especializada em transporte aéreo, com a utili-zação de helicópteros e aviões de passageiros, é um dos principais

operadores de transporte aéreo de apoio à indústria petrolífera. A subsidiária da Sonangol apresentou-se na FIL com um stand cujo conceito visual e estrutural teve como inspiração temática a segurança nos mais diversos sentidos.O espaço apresentou ainda uma ver-tente interactiva original, através de uma aplicação “Sopa de Letras SonAir” e de

um simulador de voo, criado de raiz para estar presente na exposição. O stand da SonAir dispunha ainda de três heli-cópteros telecomandados que permitiam ao público experimentar a sensação de pilotar um aparelho de asa rotativa. A afluência foi grande e ultrapassou todas as expectativas.Realizado no mês de Novembro nas instalações da FIL – Feira Internacional de Luanda, sob a égide do Ministério dos Transportes, a ExpoTrans 2014 reuniu uma mostra ampla do sector, que permitiu

apresentar Angola como uma plataforma logística continental. O certame tem como objectivo dinamizar o crescimento e desenvolvimento do sector dos transportes e logística de Angola e contribuir de forma activa no processo de diversificação da economia nacional.Como ponto de encontro entre decisores, gestores, fornecedores e investidores, a ExpoTrans 2014 teve a participação de ex-positores de Angola, Holanda, zimbabwe, Alemanha, França, Espanha, África do Sul, China, Brasil e Portugal.

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O stand da SonAir dispunha de três

helicópteros tele-comandados que

permitiam ao público experimentar a sensa-ção de pilotar um apa-

relho de asa rotativa. A afluência foi grande

e ultrapassou todas as expectativas

expotrans

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texto e fotos: Carlos Guerreiro

SONANGOL DISTRIBUIDORAATENTA AO CRESCIMENTO

DAS “TERRAS DO PROGRESSO”A Sonangol Distribuidora, subsidiária da petrolífera nacional responsável

pela comercialização de combustíveis e lubrificantes em todo o país, melhora os serviços no Cuando Cubango

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A tenta ao mercado interno, em franco desenvolvimento devido ao acentuado crescimento económico de Angola, a Sonangol distribuidora

gizou um plano estratégico para o período 2011-2015, com o objectivo de oferecer produ-tos petrolíferos e seus derivados com maior eficiência e eficácia.Com a liberalização do mercado e conse-quente aumento da concorrência, a Sonan-gol distribuidora, ciente das suas respon-sabilidades, quer estar presente em todo o território nacional de forma competitiva, de modo a manter e até mesmo ampliar a quota de mercado que detém.devido ao seu potencial económico ainda virgem, o Cuando Cubango é apontado como um mercado que se deve tornar muito

competitivo a breve trecho. Localizada no Sudeste do país, a província com cerca de 140 mil habitantes e 199.049 km2 de super-fície, a província é hoje apelidada de “Terras do Progresso”.Com o projecto transfronteiriço Okavango-zambeze, que abrange cinco países e uma dimensão de 278 mil quilómetros quadrados, dos quais Angola ocupa 87 mil, a empresa do Grupo Sonangol é chamada a criar infra--estruturas que permita colocar combustíveis e lubrificantes mais perto do consumidor. A empresa prevê construir mais postos de abas-tecimento nessa zona estratégica do país.Uma delegação encabeçada pela presidente da Comissão Executiva da Sonangol dis-tribuidora, Filomena Rosa, esteve naquela região para monitorizar e acompanhar

alguns projectos em desenvolvimento local-mente e ouvir dos concessionários as suas necessidades. Com a visita, a empresa as-sumiu um compromisso com o mercado do Cuando Cubango, que se vislumbra bastante concorrido.durante a visita, Filomena Rosa, que se fez acompanhar de directores e técnicos de diversas áreas da Sonangol distribui-dora, afirmou que a empresa deve manter a aposta forte na formação de quadros de modo a manter e melhorar a qualidade dos serviços prestados a todos os níveis.A economia local ganhou em dezembro uma alavanca importante, com a inaugu-ração do aeroporto Comandante Kwenha, no Menongue, que dispõe de uma pista de 3.750 metros de comprimento e 45 de largura.

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desenvolvimento

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Formação

texto e fotos: Carlos Guerreiro

EDUCAÇÃO CORPORATIVA A Academia Sonangol é uma unidade de educação corporativa, que se

assume como o pilar para o crescimento sustentável e garantia de oportuni-dades de desenvolvimento profissional dos trabalhadores do Grupo Sonangol

As empresas apostam cada vez mais em universidades corpora-tivas para capacitar funcionários e melhorar processos. Atenta ao

mercado petrolífero altamente competi-tivo, a Sonangol tem-se preocupado com a formação contínua do seu pessoal.Por norma, as academias corporativas con-cebem cursos com base na estratégia das empresas, sendo também esta uma forma de manterem os funcionários competitivos porque, o que diferencia uma empresa de outra é a qualidade do capital intelectual dos seus profissionais.A formação de quadros dentro da empresa faz parte da estratégia previamente elabo-rada pelo seu Conselho de Administração.

Um dos focos de actuação da academia da petrolífera nacional, que entrou em funcionamento em Outubro de 2013, é gerir programas de bolsas de estudo, internas e externas, nas áreas de engenharia e ciências afins, com o objectivo de dotar a empresa e também o país de técnicos qualificados.Sendo que a missão desta unidade de ensi-no é desenhar e assegurar a materialização das políticas e estratégias que fomentem o desenvolvimento das aptidões, habilidades e conhecimento dos trabalhadores, para maximizar o desempenho da empresa, os colaboradores são chamados a dar o seu melhor nestes programas de educação, de modo a estarem em sincronia com os

objectivos estratégicos da Sonangol.Com um ano de existência, a Academia Sonangol já formou 741 quadros no curso de desdobramento de Objectivos, 127 no de Integração, 25 em Permissão de Trabalho de Risco e 25 em Gestão de Resíduos. Os novos técnicos formados durante o ano de 2014 são oriundos das várias empresas que constituem o Grupo Sonangol.de realçar que, no quadro dos progamas de bolsas de estudos, a academia da Sonangol e a Embaixada de França em Angola rubri-caram a 12 de dezembro último, um acordo bilateral para o envio de 50 estudantes angolanos para formação superior em engenharia, economia e geologia naquele país.

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texto: Baptista Benguifotos: Malocha e Zungueiros

UMA OBRA,UMA DINÂMICA,MUITO CORAÇÃO

Zungueiros Solidários de Angola é uma organização de carácter filantrópico, formada na

sua maioria por profissionais da comunicação social. O jornalista e coordenador do projecto,

Armindo Laureano, afirmou que o objectivo é dar conforto às crianças e adolescentes mais carentes

a residirem nos centros de acolhimento

ZunGueiRos soliDáRios De anGola

O s zungueiros nasceram a 16 de Setembro de 2009. Tudo começou quando um grupo de trabal-hadores da TV zimbo decidiu

aproveitar o feriado de 17 de Setembro, dia do Herói Nacional, para irem até à provín-cia de Benguela. “A nossa saída de Luanda foi de carácter lúdico, mas, no regresso, já no Cuanza Sul, onde fizemos uma breve paragem, deparámo-nos com um grupo de crianças que nos pediam rebuçados. duas delas foram ter comigo, pois reconhe-ceram-me da televisão, e pediram material didáctico, como cadernos e lápis. Aquilo tocou-me muito. decidimos que o passeio seguinte teria um carácter filantrópico. No ano seguinte, fizemos a primeira saída para Calandula, em Malanje. Entregámos vários donativos. Na altura, éramos menos

de 20. A primeira viagem foi espontânea, sem preparação. Fruto de uma conversa amena entre colegas. Por isso, adesignação inicial era zungueiros zimbo, depois zungueiros Media Nova, porque colegas de outras publicações do grupo começaram a integrar a equipa. Com a adesão significativa das pessoas ligadas à comunicação social, decidimos abrir a todos os interessados. A ideia era criar um grupo de solidariedade com profissionais da comunicação social. desde radialistas a apresentadores, redactores, realizadores, locutores, técnicos de som, repórteres e outros ligados à área”. Trabalhadores da Caras, LAC, RNA, Rádio Unia, Rádio Mais, jornal O País, Semanário Económico e outras publicações participam hojeno projecto.

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Reportagem

o que mais levam além de bens perecíveis e não perecíveis? Temos levado profissionais de saúde. Na viagem à Quibala, por exemplo, levámos uma médica de clínica geral e a Malanje fomos com um optometrista, porque havia pessoas com problemas de visão.

os Zungueiros estão abertos a todos? Sim. A todos quantos desejem ser solidários com o próximo. Por isso é que, no grupo, já há pessoas ligadas a outras profissões.

Como são preparados os membros para as acções? Tivemos quatro acções de formação ou seminários, ministrados aos membros do grupo, nas áreas da liderança, gestão de tempo, técnicas de abordagem, de compor-tamento e sobre a responsabilidade social e a comunicação social. A intenção é receber as pessoas e dotá-las de competências.

Quantas pessoas fazem parte do grupo? Nós primamos pela qualidade e não pela quantidade, porque muita gente é sinónimo de confusão e desorganização. Temos cerca de 30 membros. Nas actividades, levamos de 15 a 20 pessoas, pois não temos con-dições suficientes para custear as despesas de deslocação e alojamento de muita gente.

Qual o balanço que faz dos cincos anos de existência? O balanço é positivo. No futuro, criaremos núcleos nas províncias e trabalharemos com alguns bancos que já manifestaram interesse. E há países que têm manifestado interesse em trabalhar connosco, entre os quais se destacam o Reino Unido, o Brasil e a Namíbia.

Como é feito o levantamento das necessi-dades e a localização dos centros? Fazíamos actividades esporádicas. Mas, com o nosso crescimento, hoje já temos parceiros. Não usamos mais os meios de comunicação social para solicitar ajuda. 2014 foi o ano da zunga. Tivemos três zungas, em Abril, Junho e Novembro. Este ano, tivemos mais apoios das empresas. Levámos, além de vestuário e alimentação, material didático (cadernos, esferográfi-cas, lápis e outros), computadores e col-chões. Com o aumento dos apoios, o grupo passou a apadrinhar centros de acolhi-mento. dos cinco que somos padrinhos, dois estão na província do Cuanza Sul – o internato masculino Nossa Senhora das dores, na Quibala, onde vivem 92 rapazes, e Maria Mazarelo, que atende mais de duas mil crianças das quais vinte meninas vivem em regime de internato em Malanje, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Cacuso, e em Kalandula. Mais recente-mente apadrinhámos o centro El Shadai, na zona do Lobito. Ao Lobito levamos computadores em segunda mão, doados pelo colectivo de trabalhadores do SIAC, e colchões. desde 2013 que a empresa de

transportes Macon nos apoia, levando-nos para o interior do país.

o que as empresas ganham com esse apoio que vos dão? O facto de sermos da comunicação social ajuda-nos, porque os actos são divulgados, ou seja, nas acções, aproveitamos para publicitar as empresas que nos dão apoio. Vamos à rádio, à televisão, aos jornais e revistas antes de concretizarmos a nossa acção solidária. Isso ajuda, porque as empresas que fazem alguma coisa, vêem ou ouvem os seus nomes associados às nossas acções e sempre é uma forma de reconhecimento público pela ajuda que prestam a quem precisa, por nosso intermédio. Às vezes, a realidade no ter-reno é muito diferente. É de uma violência emocional muito forte, que nem sempre conseguimos controlar. Há um sentimento de dever cumprido quando conseguimos realizar as nossas actividades, mas há também o de impotência porque podíamos fazer mais.

Como a onG consegue sobreviver? Somos uma instituição filantrópica que sobrevive das quotas dos membros e do apoio de empresas.

Já tentaram solicitar apoio para viajarem por via área? Enquanto profissionais de comunicação, andar pelo país por estrada é proveitoso, pois conseguimos apreciar e reportar os encantos turísticos e culturais, a fauna e a flora, perceber mais a própria história do país. É uma forma de provar que hoje é possível viajar por estrada no país, fruto da paz definitiva.

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texto: Higino Batalha (DSE)foto: José Quarenta

AS SOCIEDADES, AS ORGANIZAÇõES, AS PESSOAS E AS MUDANÇAS (I)As mudanças são das raras certezas que temos. Tal certeza resulta do facto de observarmos o mundo em constantes transformações

desde a Antiguidade, decorrentes de mudanças do foro social, político, económico ou empresarial que ocorrem um pouco por toda a parte

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Opinião

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tenham sido turbulentas ou pacíficas, fizeram história e deixaram legados, tanto positivos quanto negativos, para as ge-rações seguintes.Isso permitiu às sociedades e organizações do nosso tempo, ou seja, àqueles que as dirigem, pelo menos os mais atentos, mais preparados ou mais coerentes, aprenderem que todas as mudanças devem ser feitas com as pessoas e não apenas para as pes-soas.À partida deve haver o envolvimento daque-les que vão operacionalizar, executar, e dar êxito a essas mudanças. doutro modo, resistirão ao processo de transição, levando ao seu fracasso.O grande ponto de clivagem nas mudanças, sejam elas políticas ou organizacionais, surge a partir do momento em que as pes-soas a quem se destinam e os operacionais ou executores deixam de ser envolvidos no processo, saberem o que se está a passar e talvez subsidiarem o processo.As principais causas do fracasso das mu-danças organizacionais não são, na maior parte das vezes, problemas de estrutu-ração, de ordem técnica ou do framework, mas a inobservância de algumas competên-cias, essencialmente comportamentais, por parte dos gestores e/ou executivos que as conduzem. Aspectos de liderança, de comu-nicação efectiva e culturais são descurados completamente.Por que razão o termo mudança causa tanto desconforto às pessoas se, como é suposto, as mudanças, pelo menos as normais, têm sempre, ou pelo menos deviam ter, como propósito, trazer mel-horias?Um dos principais problemas, quiçá o principal, reside na falta de comunicação efectiva. Para comunicar efectiva e eficazmente uma mudança é necessária alguma ha-bilidade e perspicácia: escolher adequ-adamente os canais de comunicação, escolher bem o mensageiro. Apesar de importante, não basta ser um bom orador e conhecer bem as necessidades da mu-dança e os seus objectivos. deve ser al-guém confiável aos olhos dos receptores da mensagem, porque, se as pessoas não confiarem no mensageiro, não acreditam na mensagem. Isso significa que, para cada equipa ou para cada público-alvo, deve ter-se em conside- ração, entre outros aspectos, as subcul-turas e encontrar mensageiros que se ajustem ou se adequem a elas.

A o conquistarem, de maneira natu-ral e (in)voluntária, muitos adeptos algumas formas de sociedade têm sido disseminadas e/ou adoptadas

como boas práticas pelos quatro cantos do globo. Outras detêm apenas o registo das consequências trágicas por elas causadas a quem se destinavam.Uma das mudanças de maior impacto que a História tem memória foi a Revolução Industrial ocorrida entre a segunda metade do século XVIII e final do século XIX. A primeira fase, ocorrida entre 1760 e 1860, ficou circunscrita à Inglaterra. Na segunda fase, entre 1860 e 1900, países como a Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram.Alguns estudiosos da História Universal têm considerado os avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI como a terceira etapa da revolução industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, a internet, o telefone celular foram algumas das inovações desta época, a era digital, era

da informação ou era conhecimento, como preferirmos.diferentes das épocas anteriores, as mu-tações que ocorrem nos dias de hoje já não se processam de maneira tímida, muito menos fragmentada, mas a uma veloci-dade vertiginosa. Chegam e influenciam os quatro cantos do globo. A globalização é ir-reversível, a aldeia global é uma realidade, a evolução tecnológica e as equipas virtuais são um facto, sendo o grande desafio tão somente conseguir a interacção destas últimas e torná-las produtivas.Mas, afinal, o que mudou nas sociedades? O que se modificou nas organizações? Será que foram as pessoas? Na verdade, o único propulsor da mudança é o ser humano, são as pessoas. Mas elas não mudaram nem nunca hão-de mudar. A sua essên-cia é e será sempre a mesma: dotadas de inteligência e, por isso, com capacidade de aprendizagem.As variadíssimas transformações já ocor-ridas nas mais diferentes sociedades,

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texto e fotos: H. Sousa

A LUZ QUE VEM DE ÁFRICA

c om pouco mais de um milhão e 200 mil habitantes, a Suazilândia representa um dos últimos grandes reinos de África.

daí que o seu nome oficial seja Reino da Sua-zilândia, em suazi, Umbusowe Swatini. Tornada independente do Reino Unido em 1968, a Suazilândia é uma monarquia em que o rei, Mswat III, que é o Chefe de Estado, exerce o poder absoluto. O poder executivo cabe a um gabinete chefiado pelo primeiro- -ministro. O Parlamento compõe-se da Assembleia Nacional e do Senado. Os parti-dos políticos são proibidos.Após a morte do rei Sobhuza em 1982, a rainha dzeliwe assumiu o poder enquanto o

príncipe Makhosetive acabava os estudos na Inglaterra. Aos 18 anos, em 1986, era entroni-zado adoptando o nome Mswati III. Mswati III rege a Suazilândia como uma nação onde as tradições antigas e a cultura andam de mãos dadas com a moderna tecnologia, com a economia e com infra-estruturas que atraem investidores de todo o mundo.

veRDaDeiRas obRas De aRteAs famosas velas decorativas da Suazilân-dia constituem uma das mais interessantes exportações do reino. Feitas à mão, usam

uma técnica milenar chamada “millefiore”, ou seja, “mil flores”, surgida na antiga Alexandria e aperfeiçoada nas grandes cidades do vidro de Murano e Veneza.Na costa africana, esta arte veneziana era usada como moeda de troca, ao ponto de os africanos fazerem a sua própria variação. A arte das “millefiore” continua hoje nas velas suazi. Mas, em vez do vidro, os ex-traordinários artesãos da Suazilândia usam uma cera especialmente dura para criarem os seus desenhos coloridos.Esta dura capa de cera dificilmente derrete quando a vela é acesa, mas faculta uma luminosidade admirável de beleza.

A Suazilândia é um simpático país com pouco mais de 17 mil quilómetros quadrados,

encostado a Moçambique pelo lado Leste e encaixado na África do Sul no resto

da sua fronteira

velas Da suaZilânDia

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Turismo

A Suazilândia intitula-se uma nação de reis.

Desde o rei Dlamini III (séc. XVI) e sob o rei

Ngwana III (séc. XVIII), formou-se o povo nkosi dlamini, conhecido por swazis. Actualmente a Suazilândia é dirigida

pelo Rei Mswati III, desde 1986

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WELWITSCHIA E O DESERTO DO NAMIBE

O Namibe, deserto mais antigo da Terra (55 a 80 milhões de anos), é dominado por grandes dunas moldadas pelo vento que apresentam formas de uma rara beleza, chegam a atingir os 300 metros de altura

e têm, por vezes, formas geométricas surpreendentes

O deserto do Namibe, onde a precipitação atinge uma média anual inferior a 10 milímetros, estende-se

ao longo de 2.000 quilómetros da costa Sudoeste de Angola, passando por toda a Namíbia e terminando na África do Sul. A sua aridez deve-se à circulação de ar seco descendente, por causa da corrente fria de Benguela.

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Turismo

A 3 de Setembro comemora-se o dia da Welwitschia Mirabilis, descoberta nesta data

no ano de 1859 pelo botânico e explorador

austríaco Frederich A. Welwitsch

Uma das principais curiosidades do de-serto do Namibe, no sul de Angola e norte da Namíbia, é a existência da estranha planta chamada Welwitschia Mirabilis. Trata-se de uma relíquia do tempo dos dinossauros e é única no seu tipo. É uma planta gnetófita sem verdadeiras flores, mas com um sistema vascular semelhante ao das angiospérmicas.As welwitschias são conhecidas no registo fóssil do Cretácico Inferior do Brasil, ou seja, antes da separação da América do Sul com África, que se completou apenas no Cretácico superior.A Welwitschia é, por isso, um excelente

exemplo de uma espécie-relíquia e argu-mento a favor da separação tectónica das placas. Isto também mostra o quanto é antigo o deserto do Namibe.Na mitologia de Angola, estas plantas são por vezes retratadas como carnívoras, o que obviamente não é verdade. Isso não impediu que se tornasse nome de marca de água tónica e de sapatos.Cada Welwitschia tem apenas duas folhas que podem atingir vários metros de diâmetro. É dioicas (indivíduos do sexo feminino ou masculino, separadamente), nome dado em honra do botânico austríaco Friedrich Wel-witsch, que trabalhava para Portugal.

a Planta Do temPo Dos DinossauRos

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MAMÍCUA

REFERÊNCIA NO HóQUEI NACIONAL

texto: Euclides Seiafotos: Shayne

PerfiLAfonso de Lamigo Coxe

Natural: LuandaNascimento: 11 de Junho de 1977Calçado: n.°41Habilitações literárias: Técnico médio em máquinas de manutenção industrial pelo Insti-tuto Médio Industrial de Luanda – Makarenco.estado civil: solteiro, mas vive em união de facto.filhos: uma meninaÍdolo: o hoquista Toy AdãoSonho: Em todas as provas onde o Petro e o Mamícua estiverem envolvidos, é para con-quistar. Vencer, vencer, vencer é o lema.Prato preferido: Mufete

aos 37 anos, o defesa direito da equipa sénior de hóquei-em-patins Mamícua soma sete títulos nacionais pelo petro de luanda. o capitão tricolor patina há cerca de 27 anos e defendeu as cores de angola em três mundiais da modalidade

Quando nasceu a paixão pelo hóquei-em-patins? desde que comecei a assistir aos treinos do Petro de Luanda, em 1986. Tinha vizinhos que treinavam e jogavam pela equipa do Eixo-Viário. Isso influenciou-me, de maneira que no mes-mo ano inscrevi-me e, no ano seguinte, come-cei a treinar.

Porque escolheu o Petro? Porque vivia próximo do campo do Petro e como criança não podia percorrer grandes dis-tâncias para praticar hóquei. Naquela altura, o Ferrovia não tinha equipa de hóquei e, sendo adepto tricolor, senti-me feliz com a opção.

o que lhe atraiu mais no hóquei? Foi ver as pessoas a patinarem e a travarem. Era um espectáculo!

alguém o influenciou para ser hoquista? Foram os meus primos, que naquela altura jogavam hóquei pelo Petro, mas hoje estão em Inglaterra. Tudo por andar muito com eles.

Por quantas vezes defendeu as cores nacionais? Três vezes. Estive nos três campeonatos do mundo. Até ao momento, sou um atleta sele-cionável, mas tudo depende do técnico.

Sente-se realizado no campeonato nacional? Sim. Já conquistei vários títulos com as cores do Petro. Espero voltar a ter sucesso agora no final da carreira.

o mamícua chegou a representar outros clubes. houve alguma razão especial? Já joguei pelo Juventude de Viana e pela Aca-démica. Aconteceu, porque na altura me foram feitas grandes propostas, mas regressei ao Eixo-Viário por ser a casa-mãe.

Quantos campeonatos já leva na bagagem? Pelo Petro, sete consecutivos, pelo Juventude de Viana um título e pelo Académica consegui um troféu nacional e um Africano de Clubes.

Como defesa, qual é o avançado que lhe dá mais dores de cabeça? O Martín Payer. É um jogador fora de série, es-pectacular.

o que faz nos tempos livres? Resolver o que ao longo da semana não con-segui tratar e ficar em casa com a família.

o que vai fazer quando terminar a carreira? Contribuir com a minha experiência para o en-grandecimento da modalidade.

o que significa o Petro para si? É o berço que me fez ser o atleta que sou hoje. Aqui aprendi o ABC do hóquei.

uma mensagem de natal e ano novo...Festas felizes aos colegas e à direcção! Que em 2015 realizem todos os sonhos e planos!

Perfil

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desporto

PRIORIDADE É A REORGANIZAÇÃO INTERNA

texto: Euclides Seiafotos: Arquivo

O histórico Petro de Luanda irá competir até 2018, sem se preocupar com a luta pelo título

PETRO DE LUANDA

O dirigente tricolor Tomás Faria esclareceu que o clube vai competir, mas sem o objectivo prioritário de vencer títulos.

O presidente do Atlético Petróleos de Luanda, e outros membros da direcção apontam como principal prioridade a estabilização a situação financeira do clube, que não está de “boa saúde”.Apontou ainda as metas do clube em termos competitivos: “vamos competir, mas não com o objectivo prioritário de vencermos a prova (Girabola). Não queremos ficar nos últimos lu-gares, mas também não temos uma posição definida. A equipa estará presente na Taça da Confederação de África”.“O projecto que vai de 2015 a 2018 visa resga-tar a mística e o prestígio da agremiação que representamos. E isso é possível com a aposta nos escalões de formação”, assegurou.O dirigente acrescentou que é intenção do clube contratar na época de 2015 três jogadores, no máximo, e promover atletas dos escalões de formação. Tomás Faria garantiu que o pas-sivo que havia na equipa de futebol já começou

a ser resolvido. O “número um” do Eixo-Viário lamentou o quinto lugar no Girabola de 2014 e a derrota na final da Taça de Angola, mas consi-derou positivo o desempenho do ponto de vista administrativo.

saÍDa e RenovaçãoO técnico Alexandre Grasseli vai coor- denar o futebol dos tricolores no quadriénio 2015-2018 e tem como supervisor para os

escalões de formação Miroslav Maksimovic, treinador que orientou a equipa sénior em 2011. O “puto-maravilha”, Job, está as- segurado para a próxima época futebolís-tica. O mesmo não se pode dizer do avan-çado Ben Traoré e do médio-trinco Nari, que em princípio deixam o clube do Catetão para representar outra agremiação. Gilberto e Keita, apesar de ainda terem vínculo con-tratual com clube, não fazem parte do plan-tel para a época 2015.

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O PETRO E O SEU ANDEBOL MASCULINO

texto: B. Bengui foto: Shayne

A vogal de direcção do Atlético Petróleos de Luanda Elisa Webba afirmou à nossa revista que a equipa sénior

masculina de andebol regressou à competição nacional em 2013 apenas com o objectivo de participar.

Em 2014, os tricolores foram campeões

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africanos, conformaram-se porque o re-gresso da equipa tinha como único objectivo participar no Campeonato Nacional.“O clube abriu o projecto sem o objectivo da vitória no campeonato, mas apenas o de participar e mostrar que a equipa masculina estava de volta, depois de ter ficado ausente da ribalta cerca de 27 anos”, disse o capitão da equipa sénior de andebol, Edvaldo Pombal.No regresso ao Campeonato Nacional, em 2013, a equipa tricolor classificou-se na quin-ta posição. Já em 2014, os atletas sentiram que podiam dar mais de si e acreditaram na hipótese de lutar pelo título. “Para tal, re-forçou-se o plantel e criou-se um balneário saudável. Virtudes, como a humildade, ir-mandade, fraternidade, amizade e o amor ao próximo, no seio do grupo, compensaram os defeitos. Por isso, tornámo-nos uma equipa coesa e muito forte”, referiu o lateral direito Edvaldo.

o seGReDo Das vitÓRias Para vencer os jogos, a equipa procurava, antes de qualquer confronto, reunir infor-mações sobre o estilo de jogo, pontos fortes e fracos dos adversários. depois de “baterem” o arqui-rival, 1.° de Agosto, por 22-20 e erguerem o troféu, os campeões receberam felicitações do presidente do clube, Tomás Faria, que agradeceu aos bravos ra-pazes pela surpreendente conquista.

e lisa Webba louvou o empenho, dedi-cação e sacrifício dos atletas durante a prova nacional que os consagrou

campeões. A dirigente do Petro adiantou que, de acordo com o Plano de desenvolvimento desportivo Integrado do Clube, a equipa de andebol masculino faz parte das modalidades não--nucleares, com o objectivo de participar.“A equipa técnica e os atletas já tinham sido informados pela direcção que o andebol masculino é uma modalidade de partici-pação, porque não havia nada orçamentado. A conquista do segundo troféu do género é mérito dos ‘obreiros’ que, em campo, trans-formaram as limitações em vitória”, frisou a

dirigente.Na opinião de Webba, o sucesso alcançado pela equipa adveio do trabalho em conjunto com a equipa sénior feminina. Para con-tinuar a dignificar o clube, “à medida que as disponibilidades financeiras do clube aumentarem, podemos alterar o cenário”, garantiu a responsável.

ReaCção sobRe a taça Dos CamPeÕes afRiCanos Os atletas, depois de conquistarem o troféu histórico e saberem que não havia condições para competir ao nível dos clubes campeões

“À medida que as disponibilidades

financeiras do clube aumentarem

podemos alterar o cenário”

desporto

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texto: Alfredo Tomásfoto: Arquivo

A TERCEIRIZAÇÃOE SUAS VANTAGENS

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F alando de organizações lucrativas (empresas), vamos tomar como exemplo a Sonangol, em que, a

todos os níveis, do topo à base, desde o Conselho de Administração às direcções, gabinetes, departamentos e secções, encontramos pessoas dotadas das mais variadas técnicas e conhecimentos, que lhes permitem desempenhar cabalmente as suas responsabilidades e funções na hierarquia da empresa. Com a alteração da estrutura da actividade económica, em resultado do aumento do sector terciário, surgem e intensificam-se os serviços auxiliares da indústria: bancos, se-guros e gabinetes de estudos. A terceirização da economia num processo de crescimento económico, está estritamente relacionada com as inovações tecnológicas e a evolução do rendimento das famílias, por proporcionar emprego para muitas pessoas. Não sendo uma excepção, a terceirização é uma realidade na Sonangol, na medida em

que está inserida no contexto da economia internacional e “na aldeia global” em que vivemos. A terceirização tem suscitado díspares comentários, na sua maioria negativos, tais como: “a nossa empresa assim gasta muito dinheiro!”; “os trabalhadores destas em-presas vão tirar-nos o lugar!”; “com essas empresas, não estamos seguros!” É importante estarmos conscientes que as prestadoras de serviços não são concor-rentes, mas sim parceiras, trabalhando em reciprocidade de vantagens. Por isso, a em-presa gasta dinheiro, mas ganha serviços; os trabalhadores dessas empresas não nos vão tirar o lugar porque temos vínculo laboral (contrato), logo, nós aqui estamos mesmo seguros. Existem muitas vantagens na terceirização por meio da contratação de empresas que oferecem serviços similares, tendo como finalidade primordial melhorar os rendimen-tos e as condições de trabalho.

A vantagem é mais evidente na terceiri-zação, pois trata-se de um processo em que uma parcela das actividades de uma organização/empresa é executada por pes-soas que não integram o quadro de pessoal da empresa, estando esta livre de obriga-ções legais de forma directa no que diz respeito à assistência médica, segurança social, imposto de rendimento de trabalho, 13.º salário e outros subsídios que a Lei estabelece, pois todas elas são transferi-das para a empresa que presta serviços terceirizados. Os recursos financeiros que seriam usados para os fins acima citados são destinados para a compra de matérias-primas, aumen-tando assim a produtividade. O trabalho terceirizado liberta a empresa para se concentrar na sua actividade principal, ou seja, o seu objecto social, e dispensa inter-vir directamente em actividades acessórias, como a vigilância, segurança, transporte e limpeza.

Terceirizar é atribuir as funções de um empregado de uma dada empresa aos quadros de outra ou a um trabalhador externo

crónica

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50 | Sonangol Notícias

O sudoku é um jogo de raciocínio e lógica, simples e divertido. Complete cada linha, coluna e quadrado 3x3 com os números de 1 a 9.

suDoku

suDoku

PalavRas CRuZaDas

Como joGaR?

teste a sua CultuRa

soluçÕes

12

21

Horizontais4 deMasiadaMente longo9 graMática: Qualificativo do vocábulo acentuado na últiMa sÍlaba, vocábulo oxÍtono10 grande bloco de gelo Que, despren-dendo-se dos glaciares, flutua iMpelido pelas correntes MarÍtiMas11 fêMea do carneiro12 conjunto de fibras sedosas seMe-lhantes às do algodão, Que envolveM as seMentes de várias plantas13 Que recebe a luz e não a reflecte15 série de curtas invocações eM honra de deus, da virgeM ou dos santos16 vulgar, coMuM17 fixado ou deterMinado antes18 acto de faiscar.

Verticais1 alegre, contente, jubiloso2 forMa reduzida de Maxidesvalorização3 conforMe coM a doutrina religiosa tida coMo verdadeira, antóniMo: hetero-doxo4 pinto ainda novo5 estado de lânguido6 Que contéM oxigénio. água oxigenada7 acto de genuflectir8 designação genérica dos óxidos Que encerraM Mais oxigénio do Que o óxido norMal12 acto de apresar ou apreender14 dignidade de rei

1 2

34 5 6

7 8

9

11

12

14

15

17

18

8

10

PalavRas CRuZaDas

Passatempo

2 5 8 1

3 5 4 7

7 9 8 2

1 8 7 3 2

9 6 1

2 8 4 9

3 4 7 8

4 2 1 6

1 2 3 7

8 7 5 2 1

3 6 7

7 5 3 8

4 6 5 7 2

9 2 6

6 5 4 3

7 8 4 3

2 5 8

9 6 3 4 5

A EXTRACÇÃO DE PETRÓLEO

A PARTIR DE POÇOS

DISTRIBUIÇÃO

REFINAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO

PETRÓLEO, GÁS E SEUS ASSOCIADOS

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51

Page 52: O FUTURO ESTÁ NO SUMBE

A energia que move

o talento.

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