o figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

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08 16 de Março de 2015 Pág. 7 Página 6 Página 6 No âmbito da semana intermunicipal de empreendedorismo nas escolas, o concurso municipal de ideias 2015 teve enorme adesão nas escolas: 179 alunos e 7 professores estiveram envolvidos em 19 projectos. A Saúde continua a ser uma preocupação para a Assembleia Municipal, que reuniu em Aguda, no dia 27 de Fevereiro “Quando o Sol Brilha”, o novo romance do escritor Rui Silva foi apresentado na Biblioteca Municipal

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O Figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

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Page 1: O Figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

08

16 de Março de 2015

Pág. 7

Página 6Página 6

No âmbito da semanaintermunicipal de empreendedorismonas escolas, o concurso municipalde ideias 2015 teveenorme adesão nasescolas: 179 alunos e7 professores estiveram envolvidosem 19 projectos.

A Saúde continua a ser uma preocupaçãopara a Assembleia Municipal, que reuniu emAguda, no dia 27 de Fevereiro

“Quando o Sol Brilha”, o novo romance do escritor RuiSilva foi apresentado na Biblioteca Municipal

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16 de Março de 20152 .

A associação Pegadas e Bigodes comemo-rou o seu 7º aniversário no dia 22 de Feve-reiro de 2015, com um almoço ondeestiveram presentes vários sócios, voluntá-rios e amigos.

A Pegadas e Bigodes é uma associaçãosem fins lucrativos com sede no concelhode Figueiró dos Vinhos, que tem como prin-cipal objectivo acolher, tratar e encaminharpara adopção os animais abandonados daregião. Como é do conhecimento geral, osanimais vadios ou errantes podem ter con-sequências nocivas para a saúde pública.

Só nestes três últimos anos foram retiradosdas ruas, tratados, vacinados e dados paraadopção responsável 178 cães. Estas ac-ções são de extrema importância para osanimais, que deste modo têm uma melhorqualidade de vida e também para as popu-lações, garantindo uma boa saúde públicae uma imagem positiva no turismo das vilasde Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande,Castanheira de Pera e Ansião. Neste momento a associação tem cerca de100 cães ao seu cuidado, estando todosvacinados, desparasitados interna e exter-namente, esterilizados e com microchip.Para que possamos continuar o nosso tra-balho a ajuda da população é fundamental.Pode ajudar-nos inscrevendo-se comosócio, sendo voluntário, doando alimenta-ção e adoptando ou apadrinhando um ani-mal. Encontre mais informações emhttps://www.facebook.com/pages/Pegadas-e-Bigodes/541243202556211 ou pelo tele-fone 92 64 64 799.

Pegadas e Bigodes comemorou o 7º aniversário

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vi-nhos, consciente da importância acrescidaque tem vindo a assumir a actividade denadador salvador, no contextodas áreas da Segurança e Socorro, vaipromover durante os meses de Maio eJunho próximos, o Curso de NadadoresSalvadores na sua edição de 2015.O exame de admissão ocorrerá no dia 18de Maio, estando agendados para os dias17 e 18 de Junho os exames finais nas ver-tentes prática e teórica.Os candidatos interessados em obter habi-litação neste domínio tão importante paraa defesa das pessoas, deverão reunir al-guns requisitos, nomeadamente seremmaiores de idade à data do início do Curso,

possuírem a escolaridade obrigatória e cer-tificação médica que comprove a sua ca-pacidade para exercer esta actividade quese revela bastante exigente.A data limite das inscrições que deverãoser formalizadas junto do Gabinete de Ac-tividade Física e Desporto do Município deFigueiró dos Vinhos, ocorrerá até 15 deMaio.O Curso irá abranger a área da vigilância,socorro, salvamento e assistência a ba-nhistas, terá a duração de 23 dias e estaráprogramado para 135 horas de formaçãoem horário pós-laboral e será realizadodesde que se atinja um número mínimo de15 participantes.

Curso de Nadadores Salvadoresem Figueiró dos Vinhos

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhosassocia-se à comemoração do Dia do Paique é festejado e assinalado a 19 deMarço, data em que a igreja católica cele-bra o Dia de São José.Para o efeito, e reconhecendo o significadoespecial que o Pai representa no contextoda sociedade em geral e familiar em parti-cular, a autarquia irá permitir de 16 a 21 deMarço de 2015, entrada gratuita na Piscina

Municipal a Pais e Filhos.Com esta iniciativa, a Câmara Municipalpretende dar o seu contributo para fomen-tar a prática desportiva e contribuir para fa-vorecer o convívio espontâneo, ainteracção e aproximar os sentimentos decumplicidade e de proximidade entre mem-bros da mesma família, neste tempo quevivemos, em que os afectos ganham cadavez mais importância e expressão.

Entrada gratuita na Piscina Municipal assinala o Dia do Pai

A minha mãe disse-me que eu tinha ficadoem terceiro lugar e eu só respondi: ‘Hã?Ganhei?’ Eu só sabia que estava na fan-zine porque um amigo tinha publicado umafotografia no Instagram, mas não sabia da

vitória, explica Pedro Hortelão, de 17 anos,que ficou em terceiro lugar na categoriaCurtas&Docs em Fevereiro. O jovem de Fi-gueiró dos Vinhos, concorreu com o vídeo‘Sei lá news’ – um canal de notícias fictícioque vive do humor. “Fiquei feliz e orgulhosode mim. Foi um trabalho simples mas queteve algum mérito. Se fizer trabalhos maiscomplexos, sou capaz de chegar maislonge”, reflete Pedro Hortelão. Inclusive, jáestá a preparar com os amigos uma novacurta-metragem, também em género de no-ticiário, para voltar a participar no ‘GeraçãoArte’. Pedro explica que sempre gostou defazer rir. Inspira-se, por exemplo, em sket-ches do ‘Daily Show’ e nos Gato Fedorento.“Os noticiários são muito sérios, porquenão torná-los humorísticos?’, remata.

Texto e foto Correio da Manhã

Fazer as pessoas rir é com o PedroPedro Hortelão Ficou no 3.º lugar em Curtas&Docs.

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Propriedade: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Cons-trução, Lda. NIF 501 611 673Editor: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Construção,Lda. NIF 501 611 673 - Sede: Av. de São Domingos, nº 51, 3280-013 Castanheira de Pera

Registo na ERC Entidade Reguladora para a Comunicação So-cial nº 126547Director: Fernando Correia BernardoDirector adjunto: António Manuel Bebiano CarreiraSubdirector: Francisca Maria Correia de CarvalhoPaginação: António Bebiano CarreiraImpressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Tel. 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969E-Mail: [email protected] desta edição: 5.000 exemplares

Contactos:E-Mail Geral:[email protected]ção: [email protected]. 236 432 243 - 236 438 799 Fax 236 432 302Sede e redacção: Av. São Domingos, nº 51 – 2º3280-013 Castanheira de PeraInternet:http://www.oribeiradepera.com/category/o-figueiroense/Todos os artigos são da responsabilidade de quem os escreve

Ficha Técnica

16 de Março de 2015 3 .

Edição para o concelho de Figueiró dos Vinhos

Encontra-se à venda na “PAPELARIA JARDIM” Telefone nº 236 553 464Rua Dr. Manuel Simões Barreiros – 3260 – FIGUEIRO DOS VINHOSNesta Papelaria, recebem-se pedidos e pagamentos de assinaturas e de publicaçõesobrigatórias ou quaisquer outras de carácter pessoal. Os assinantes de “O Ribeira de Pera” e de “O Figueiroense” usufruem de descontode 15% nas publicações obrigatórias e 20% nas restantes.Também pode tratar directamente com a redacção de “O Figueiroense” Av. São Do-mingos, nº 51, Castanheira de Pera, Telefone nº 236 438 799 Fax 236 438 302 [email protected]

Desejo assinar o jornal O Figueiroense, pelo período de um ano com

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casa, basta preencher, assinar e recortar este talão, e remetê-lo, acompanhado do respectivo paga-

mento para Jornal O Figueiroense, Avenida de São Domingos, nº 51, 2º, 3280-013 Castanheira de Pera.

O pagamento deve ser feito em cheque ou vale de correio, à ordem de FERCORBER, LDA.

Se preferir, pode tratar de tudo isto na Papelaria Jardim, em Figueiró dos Vinhos, ou nas papelarias

Lápis Poéticos (antiga 100Riscos) em Pedrógão Grande, Printpost em Castanheira de Pera, ou ainda

na redacção, na morada acima indicada.

Preços de Assinatura:

Residentes no Continente e Ilhas: Activos: 15,00 euros, reformados: 12,00 euros.

Europa: 23,40 euros, Resto do Mundo: 26,00 euros

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Figueiró dos Vinhos: Contactos Telefónicos

Câmara Municipal - Geral: 236 559 550 / Fax: 236 552 596 Gabinete de Apoio ao Investimento: 236 559 000Gabinete de Desporto: 236 551 132 Biblioteca Municipal: 236 559 230Posto de Turismo: 236 552 178Serviço de Águas - Piquete permanente: 916 892 010Estaleiro e Oficinas Municipais: 236 552 595CPCJ- Comissão de Proteção de Crianças Jovens em perigo: 236 559 004/ 913 428 237

Junta de Freguesia de Aguda: 236 622 602 – Fax 236 621 889Junta de Freguesia de Arega: Telf/fax; 236 644 915Junta de Freguesia de Campelo: Telf/fax: 236 434 645U. Freg. Figº Vinhos e Bairradas: Telf/fax: 236553573Clube Figueiroense - Casa da Cultura: 236 559 600Associação Desportiva de Fig. Vinhos: 236 552 770Museu e Centro de Artes: 236 552 195Universidade Sénior: 236 559 002Papelaria Jardim: 236 553 464Escola de Condução “Figueiroense”: 236 553 326 – 961 533 240

Tribunal Judicial: 236 093 540 – Fax; 236 093 559Ministério Público; 236 093 559 – Fax; 236 093 558Guarda Nacional Republicana: 236 559 300Bombeiros Voluntários: 236 552 122Centro de Saúde: 236 551 727Farmácias:

Farmácia Correia 236 552 312Farmácia Vidigal 236 552 441Farmácia Serra 236 552339Farmácia “Campos” (Aguda) 236 622 692Médicos:

Dr. Manuel Alves da Piedade: 236 552 418Dr. José Pedro Manata: 236 098 565 – 918 085 902Drª Marisa e Luís Violante (só sábados) 236 551 250 – 914 081 251Advogados:

Dr. Ana Lúcia Manata: 236 551 095 – 912 724 959Dr. Nuno dos Santos Fernandes; 236 552 172 – 919 171 456Dr. Rui Lopes Rodrig. (Só aos sábados) 239 093 941 – 966 153 715Agencia Funerárias:

Alfredo Martins; 236 553 077 - 969 846 284

José Carlos Coelho, Ldª; 236 552 555 – 917 217 112

Por: Fernando Correia Bernardo

Vi Portugal com o analfabetismo que atin-giu a maior parte da população.Vi Portugal na grande maioria da sua ex-tensão territorial, sem luz eléctrica, rede deágua e esgotos.Vi Portugal sem assistência médica.Vi Portugal com a sua população escolar,da instrução primária (1ª. a 4ª. classe) amaioria da mesma, ia para a escola des-calça, mesmo em dias de chuva e neve.Vi em Portugal uma sardinha ser divididapor 4 e por vezes acompanhada por umnaco de broa integrar uma refeição.Vi em Portugal, fome, miséria, medo e ex-ploração com a escravização do ser hu-mano.

Felizmente e ainda bem, a partir dos mea-dos da década de 1960 algo mudou, na-quele sentido em que, a escolaridadepassou a abranger todos, os adultos foramincentivados no mínimo a aprender a ler ea escrever; o País passou a ser electrifi-cado; as estradas deixaram de ser em pisotérreo e passaram a alcatrão; assistiu-se àgeneralização das vacinas; o pleno em-prego teve lugar. Enfim a miséria que havia,com notoriedade viu-se desaparecer.Da década de 1960, até ao ano de 2009, viinegavelmente Portugal em direcção aquiloque apelido de “cada vez melhor”.Porém, a partir de 2010 essa marcha po-derei afirmar, que se inverteu.

Contudo, o que eu não quero e lutarei paraque não aconteça, é precisamente, que odesemprego não aumente e com ele venhaa miséria, a fome, o corte da luz, da águae falta de assistência médica.Quem viveu o que eu vivi e assiste à re-gressão do Pais fica apreensivo!Agora interrogo-me e peço que os leitoresfaçam o mesmo.Onde param muitos mil milhões de eurosque vieram da União Europeia para integrarPortugal?O que de reconversão do tecido produtivo,esse dinheiro deu causa?É ou não verdade que políticos houve quese iniciaram na política pobres e agora

estão ricos?Se o Banco de Portugal não previne e re-prime “as trafulhices” dos Bancos então,qual o papel/competência do Banco de Por-tugal?Se o Estado não zela pela saúde dos seuscidadãos, então qual é o papel/competên-cia do Estado?Se quem trabalhou não vê garantida a suareforma então quais são os direitos que oEstado acautela?Sabem a terminar, o que em desabafo re-firo: estamos desgraçados com esta cana-lha a governar Portugal.

EditorialO que eu não quero que aconteça

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4 . 16 de Março de 2015

Alteração à Lei dos BaldiosConcluímos neste número a transcriçãoda Lei nº 72/2014, publicada no DR, 1ª

Série, nº 168 de 2 de Setembro.

Artigo 39.º

Construções irregulares1 — Os terrenos baldios nos quais, até àdata da publicação da presente lei, tenhamsido efetuadas construções de caráter du-radouro, destinadas a habitação ou a finsde exploração económica ou utilização so-cial, desde que se trate de situações relati-vamente às quais se verifique, noessencial, o condicionalismo previsto no ar-tigo 31.º, podem ser objeto de alienaçãopela assembleia de compartes, por delibe-ração da maioria de dois terços dos seusmembros presentes, com dispensa de con-curso público, através de fixação de preçopor negociação direta, cumprindo-se nomais o disposto naquele artigo.2 — Quando não se verifiquem os condi-cionalismos previstos no número anterior eno artigo 31.º, os proprietários das referidas

construções podem adquirir a parcela deterreno de que se trate por recurso à aces-são industrial imobiliária, presumindo -se,até prova em contrário, a boa-fé de quemconstruiu e podendo o autor da incorpora-ção adquirir a propriedade do terreno, nostermos do disposto no artigo 1340.º, n.º 1,do Código Civil, ainda que o valor desteseja maior do que o valor acrescentado,sob pena de, não tomando essa iniciativano prazo de um ano a contar da entrada emvigor da presente lei, poderem as respeti-vas comunidades locais adquirir a todo otempo as benfeitorias necessárias e úteisincorporadas no terreno avaliadas poracordo ou, na falta dele, por decisão judi-cial.3 — Quando à data da publicação do pre-sente diploma existam, implantadas em ter-reno baldio, obras destinadas à conduçãode águas que não tenham origem nele, emproveito da agricultura ou indústria, ou paragastos domésticos, podem os autores des-sas obras adquirir o direito à respetiva ser-vidão de aqueduto, mediante indemnização

correspondente ao valor do prejuízo que daconstituição da servidão resulte para o bal-dio.4 — Na falta de acordo quanto ao valor daindemnização prevista no n.º 3 deste artigo,será ele determinado judicialmente.5 — As comunidades locais têm, a todo otempo, o direito de ser também indemniza-das do prejuízo que venha a resultar da in-filtração ou erupção das águas ou dadeterioração das obras feitas para a suacondução.6 — Se a água do aqueduto não for todanecessária ao seu proprietário e a assem-bleia de compartes do baldio deliberar terparte no excedente, poderá essa parte serconcedida à respetiva comunidade local,mediante prévia indemnização e pagandoela, além disso, a quota proporcional à des-pesa feita com a sua condução até aoponto donde pretende derivá-la.

Artigo 40.ºMandato dos atuais órgãos

Os atuais membros da mesa da assem-

bleia de compartes e do conselho diretivocompletam o tempo de duração dos man-datos em curso nos termos do Decreto -Lein.º 39/76, de 19 de janeiro, sem prejuízo daaplicação imediata das disposições da pre-sente lei, designadamente quanto à cons-tituição da comissão de fiscalização.

Artigo 41.º

RegulamentaçãoSem prejuízo da entrada em vigor das nor-mas da presente lei que possam ser dire-tamente aplicáveis, o Conselho deMinistros procederá à regulamentação ne-cessária à sua boa execução, no prazo de90 dias a contar da entrada em vigor dapresente lei.

Artigo 42.º

Norma revogatóriaSão revogadas todas as normas legais apli-cáveis a baldios, nomeadamente os Decre-tos -Leis n.os 39/76 e 40/76, de 19 dejaneiro.

O Corvo Chamado Zé

O corvo Zé, nome que estava entranhadona linhagem masculina da sua família, sen-tia-se um inútil. Residia em Gatália, uma comunidade degatos, e, consequentemente, o prémiomais celebrado era o de “pelo mais impe-cável”, os cargos laborais estavam feitos àmedida de “miadores perfeitos” e as habi-tações estavam feitas ao estilo esguio quecaracteriza a população. Acontece que ocorvo Zé não tem pelos impecáveis, masumas negras penas. O corvo Zé não mia,apenas faz um, percebido como tremenda-mente irritante pela sua comunidade, “crawcraw craw”. O corvo Zé não era dado a es-paços fechados, apenas a espaços aber-tos. Uma tristeza inquebrantável. Haveria, naquela comunidade, ser menosidóneo que o corvo Zé? O presidente davila, o gato Jeremias, achava que não. O gato Jeremias tinha um pelo capaz defazer inveja a qualquer felino, um miar en-cantador de ouvidos e sabia contornar oslabirintos da cidade como ninguém. Comtodas estas qualidades não é de surpreen-der que seja o regente máximo da locali-dade. Todavia, todo o supremo líder tem osseus lacaios. O mais desgraçado delestodos era… o corvo Zé. Estava encarreguedas tarefas mais imundas, mais repugnan-tes, mais malfadadas. Como se isso nãobastasse, os habitantes da cidade não lhedavam o mínimo valor por, todos os dias,lutar para que as imundices que cobrem omundo não incomodassem as suas paca-tas e efémeras vidas. “Efémera. Nada melhor para descrever aminha existência. Nasci de um ovo cho-

cado que ninguém sabia que existia, crescisem que alguém desse conta e morrereisem que qualquer indivíduo se lembre quea certa altura do passado existiu um corvo

chamado Zé. Sou supérfluo. Sou umidiota”. Era isto que o corvo Zé diria se al-guém quisesse ouvir as suas lamentações,mas quem é que se importa com um meroescravo dos tempos modernos? Contudo sempre ia tendo pequenas infér-teis conversações, se é que podemoschamá-las de tal, com o gato Jeremias. Eleordenava e o corvo Zé fazia. Era normaque quando o gato Jeremias se aproxi-mava dele nada de bom estava a caminhodo nosso negro amigo. Acontece que destavez foi diferente. Agora, algo de mau estavaa caminho de toda a população.- Zé, prepara-te para ires ao púlpito comu-nicar a toda a população que vamos mor-

rer. Os nossos batedores identificaram umenorme grupo de predadores que nos vãoatacar. - Alguma coisa deve ser feita!

- Não há nada que possamos fazer. Esta-mos condenados.- Então e os tigres da ilha? Nós somos alia-dos deles desde os tempos mais remotosda história, mesmo antes dos antigos colo-carem a suprema caixa. Eles vinham aju-dar-nos!- Viriam, todavia nunca nenhum habitantedesta população conseguiu quebrar o có-digo da suprema caixa. Não há maneira desair, apenas de eles entrarem.A suprema caixa já fazia parte integranteda vida dos habitantes de Gatália. Isolava-os do mundo prevenindo-os do exterior.O corvo Zé, apesar de se sentir um inútil,não se sentia acabado e portanto não que-

ria morrer. Desta vez não baixou a cabeça,não disse que sim por dizer e não sorriu porsorrir. O corvo Zé dirigiu-se para o quebra-cabeças da suprema caixa. Tentou descortiná-lo uma vez… e falhou.Arriscou uma segunda tentativa e falhounovamente. À terceira é de vez… menospara o corvo Zé. Contudo, ele tentou. Ten-tou tantas vezes e com tanta astúcia que oportão abriu-se. Para azar dos azares o portão estava em-perrado pela falta de uso! Só abriu a partecimeira e nenhum gato jamais passaria ali.Então ele decidiu fazer o que há muito nãofazia: voar. Passou pela nesga e esvoaçouaté à ilha dos Tigres para pedir ajuda! Pron-tamente os Tigres seguiram o corvo Zé atéà sua terra natal. Ao chegarem, estavam já os predadores adeferir golpes nos portões que não aguen-tariam muito mais. Contudo, aguentarambem mais que qualquer outro portão, gra-ças ao corvo Zé. A profética batalha entretigres e predadores acabaria com a salva-ção de toda a população. O devido agrade-cimento foi dado aos tigres da ilha e todosvoltaram aos seus humildes lares. Em Gatália nunca viram para além dacaixa, então ninguém chegou a saber queestariam prestes a morrer. Em Gatálianunca viram para além da caixa, então con-tinuar-se-ia a cometer o erro de pensar quesó os que pensam como nós e têm as mes-mas capacidades que nós é que são inteli-gentes ou aptos. Em Gatália alguémcorajoso viu para além da caixa, então pas-sou a residir alguém que mais do quenunca se sentia fundamental: O Corvo Zé.

Um conto original de Sérgio Godinho

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. 516 de Março de 2015

No dia 25 de Fevereiro a FICAPE promo-veu um Colóquio sob o tema “Apoios aoRendimento”, enquadrado no PDR2020 –Plano de Desenvolvimento Rural, que de-correu nas suas instalações em Figueiródos Vinhos.Contando com a presença de cerca demeia centenas de agricultores, o colóquio

foi aberto pelo Engº David e versou sobrepagamentos direitos e o desenvolvimentorural, tendo como oradores técnicos da CO-FRAGI – Confederação Nacional das Coo-perativas Agrícolas, bem como sobre oApoio aos Jovens Agricultores, no quadrodo PDR2020.

Colóquio “Apoios ao Rendimento” na FICAPE

Foi publicado em 11 de Fevereiro de 2015,o Despacho n.º1413/2015 referente à Me-dida “Comércio Investe” que concretiza oprevisto no regulamento publicado sob aPortaria n.º 236/2013, de 24 de Julho des-tinado ao comércio de proximidade, comér-cio tradicional ou comércio local.O período de candidaturas decorre entre 13de Fevereiro e 27 de Março de 2015 atra-vés de formulário electrónico disponível napágina www.iapmei.pt e destina-se a em-presas de comércio existentes, isto, é quetenham dado início de actividade em ter-mos fiscais.

Genericamente trata-se de apoiar projectosque visem a modernização e valorizaçãoda oferta dos estabelecimentos comerciaisabertos ao público nomeadamente na rea-lização de investimentos de modernização(equipamento mobiliário, equipamento in-formático, requalificação de fachadas, soft-ware, etc)O valor de investimento deve situar-seentre um mínimo de 15.000 euros e um má-ximo de 35.000 euros, sendo o apoio a con-ceder de 40 % do investimento elegível(sem IVA) podendo existir um prémio demais 10% de bom desempenho.

Incentivos ao Comércio

O INEM – Instituto Nacional de EmergênciaMédica registou no ano passado mais de54 mil ocorrências no distrito de Leiria,sendo o trauma o principal motivo da cha-mada telefónica para os profissionais desaúde.Segundo os dados divulgados pelo INEM,o instituto registou 54.776 ocorrências em2014, com Leiria a liderar as chamadas(12.967), seguida de Alcobaça, Pombal,Caldas da Rainha, Marinha Grande, Peni-che e Porto de Mós. Pedrógão Grande,

Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhossão os concelhos onde foram registadas noano passado menos de mil ocorrências.Das mais de 54 mil ocorrências registadas,o trauma foi a principal causa do contactopara o INEM, que contabilizou no ano pas-sado 8.147 ocorrências. Nesta categoria,podem contar-se acidentes rodoviários,atropelamentos, quedas, explosões emesmo armas, que podem provocar váriostipos de impactos.

INEMPoucas ocorrências na região

É o nome do resort que será construído àsportas de Figueiró dos Vinhos. Para a pri-meira fase, o promotor convida construto-res da região a investir e a ganhar dinheiro.A construção do resort turístico Quinta dasLameiras Village deverá arrancar no iníciodo segundo semestre deste ano, em Fi-gueiró dos Vinhos, um empreendimento aimplantar em 25 hectares e por 108 lotes,englobando vivendas, hotel, restaurante,museu e outros. Segundo David Coimbrada empresa promotora, a Mainland Inves-timentos Imobiliários, o investimento globalé na ordem dos 12 milhões de euros, entreterreno e infraestruturas, devendo chegaraos 70 milhões de euros com as constru-ções,.Numa primeira fase, que engloba 43 lotes,“a nossa ideia é fazer um pacote de boascondições para vender a promotores imo-biliários e construtores”, disse David Coim-bra, líder da empresa promotora,esclarecendo que existem duas tipologiaspossíveis, T3 e T4, e quatro projetos-tipode arquitetura, tantos quanto o número dearquitetos que trabalham neste projeto.Com isto, pretende-se manter uma certaharmonia no complexo, ainda que sejamestilos diferentes, muito embora todos osprojetos “sejam modernos e recorram àpedra de xisto, típica da região, madeira,vidro, ferro e telhados de pouca inclinação”,adiantou.“Os construtores adquirem os lotes, cons-troem e a comercialização é asseguradapor nós”, disse David Esaguy Coimbra que,além de ser acionista maioritário da Main-land, também é o principal responsávelpela mediadora imobiliária Esaguy & Esa-guy. No portfólio, esta empresa tem inúme-ras credenciais, como a venda deconhecidos resorts – o Pine Cliffs, em Al-

bufeira, a Praia d’El Rei, em Óbidos, aQuinta da Penha Longa, no Estoril, a Vila-marina, em Vilamoura, a Quinta da Mari-nha, em Cascais, entre outros.

Aproveitar os incentivos fiscais“Já iniciámos contactos para a comerciali-zação, quer diretamente com clientes quercom outros parceiros de mediação imobi-liária noutros países, e a nossa estratégiapassa pelo mercado da emigração, emFrança, e clientes estrangeiros na Alema-nha, Luxemburgo e Bélgica”. Nos planos,está também o mercado chinês. O primeirolote deste empreendimento “foi já vendidoa um cliente suíço”, disse o mesmo respon-sável, adiantando estar em conversaçõestambém com um grupo chinês.Um dos targets de clientes para o em-

preendimento são os residentes não habi-tuais (RNH), que podem usufruir deincentivos fiscais a vários níveis, explicouo advogado Mário Diogo, também ligado àequipa promotora, o qual considera queeste instrumento, “a par dos Golden Visa,é um extraordinário aliado para a comercia-lização”.“O nosso objetivo é fazer negócio com a

venda de lotes, construção e venda dasmoradias, sem recurso à banca”, disseDavid Coimbra, que acredita conseguirvender tudo dentro de “dois ou três anos”.Além das moradias unifamiliares, cujopreço deverá variar “entre 650 e 750 mileuros”, o complexo disporá também de umboutique hotel, com 25 quartos, que seráedificado num lote de 20 mil metros qua-drados, dos quais cerca de 3.500 metrosquadrados de implantação.

Texto e imagem: Revista Invest / J.P.L.

- Edição de António B. Carreira

Quinta das Lameiras Village

Page 6: O Figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

Rádio São Migue l - 93 .5 FMRádio Pampi lhosa - 97 .8 FM

Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 513280-013 Castanheira de Pera

Linha aberta 236 438 200Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 H Rádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 H

Serviços Comerciais: 236 438 202 Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049

6 . 16 de Março de 2015

A freguesia da Aguda acolheu no dia 27 deFevereiro, no salão da Junta de Freguesia,uma sessão ordinária da Assembleia Muni-cipal, que continua assim a seguir a políticade percorrer as freguesias do municípiopara a realização das suas sessões. Nestesentido ficou também o compromisso porparte do presidente da Assembleia Munici-

pal, de serem incluídas no roteiro as fre-guesias de Figueiró dos Vinhos, realizando-se uma sessão noutro lado que não osPaços do Concelho, e também nas Bairra-das, porque apesar de ser administrativa-mente uma União com a freguesia deFigueiró dos Vinhos, territorialmente, comolembrou Fernando Manata, continua a exis-

tir como freguesia.Sem grandes assuntos a discutir, o princi-pal interesse residia nos sempre animadosdebates decorrentes no PAOD (Período deantes da ordem do dia).E como não podia deixar de ser, o assuntoem destaque foi a redução do horário deatendimento do SAP, com o presidente daCâmara a esclarecer que “o assunto nãoestá fechado, estamos atentos.”Neste sentido, foi consensualmente cons-tituída uma comissão integrada pelos qua-tro presidentes de Junta, pelos três líderesde bancada da Assembleia Municipal,pelos presidentes da Assembleia e CâmaraMunicipal, e por proposta deste último, porMiguel Portela, na qualidade de membro daassembleia que tem acompanhado o as-sunto em várias reuniões no exterior.Esta comissão irá reunir com a brevidadepossível, para fazer chegar uma tomada deposição, primeiro à comunidade, depoismarcando uma reunião com o Secretáriode Estado ou Ministro da Saúde, e fazendotambém chegar essa tomada de posiçãoao mais alto nível do Estado, ou seja, Pre-sidência da Republica: “eu acho que o Se-

nhor Presidente da República não podeficar indiferente a isto” afirmou o presidenteda Assembleia Municipal, Carlos Silva.Por proposta de Filipe Silva, foram atribuí-dos votos de louvor ao Comandante Joa-quim Pinto, que recentemente passou aoQuadro de Honra da Associação dos Bom-beiros Voluntários de Figueiró dos Vinhosapós 42 anos de serviço. 25 dos quaiscomo elemento de Comando, e à profes-sora Rosalina Cruz que esteve à frente donúcleo local da Liga Portuguesa Contra oCancro durante 34 anos, e dois votos decongratulação pela atribuição de prémiosPME Excelência às empresas sedeadasem Figueiró dos Vinhos, Distrifigueiró – Su-permercados Ldª (Intermarché) e JoaquimCoelho Quaresma Ferreira, Lda, da Aldeiade Ana de Avis. O presidente da Câmara aproveitou parainformar que estas pessoas e entidadestambém tinham recebido por parte da Câ-mara Municipal votos de louvor, aprovadospor unanimidade.

António B. Carreira

Assembleia Municipal reuniu em Aguda

No passado dia 28 de Fevereiro, na Biblio-teca Municipal de Figueiró dos Vinhos, tevelugar a apresentação do livro “Quando oSol Brilha”, da autoria do escritor Rui Con-ceição Silva. Depois de já ter duas obras editadas, “Es-critos Ancestrais – literatura Fantástica” e“Aprender a recordar”, este autor figuei-roense traz-nos agora um romance que re-trata alguns sentimentos pelos quaispassamos durante a vida. É uma obra de-dicada à reconciliação com a vida e todosos obstáculos que nela existem. É um “re-gresso ao Portugal da nossa infância”, queleva o leitor a uma pequena aldeia antiga,

com costumes tradicionais e rurais. Aolongo da história o leitor é envolvido numenredo de sentimentos e emoções, que acada palavra se vão tornando mais reais eviciantes. O retrato duma família que foiatingida pela perda e pela solidão, mas queapesar disso talvez tenha encontrado a ver-dadeira liberdade para ser feliz, retratandoa nos cavalos que correm no horizonte. Esta obra, publicada pela Editora Marcador,faz também parte da coleção de Livros RTPo que lhe dá uma notória divulgação peloscanais desta mesma estação, levando con-sigo a vila natal do autor a todo o país. Aapresentação foi assumida pelo professor

José Batista, amigo de infância do autor, aquem são reconhecidos muitos méritos eenorme competência nesta área do saber.Presente esteve também o presidente daCamara Municipal de Figueiró dos Vinhos. “Haverá um dia em que tu perceberás. Queverás claramente a estrela que agora nãovês. Que distinguirás o seu brilho na noitede penumbra. Porque só então, quandotodas as outras se apagarem, essa peque-nina estrela brilhará no céu.”Francisca Correia

Rui Silva apresentou o livro “Quando o Sol Brilha”

O Escritor

Rui Silva escritor de Figueiró

Pessoa de talento enorme na escrita,

Que escreve de forma poética e bonita,

Sua prosa alegra quem está só.

Fíccíonista de elevada qualidade

Que estima a família e os amigos,

Eu cá vou escrevendo os meus artigos,

Com admiração a tal personalidade.

Que a escrita lhe traga alegrias,

E possa desfrutar todos os dias,

Da bondade do Deus que nos governa.

A vida é feita de sonhos e fantasias

Escrever é transmitir energias,

Os escritores são pessoas que ficam eternas.

Alcides Martins

Page 7: O Figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

7 .16 de Março de 2015

No âmbito da promoção do empreendedo-rismo na vertente escolar, Castanheira dePera, Figueiró dos Vinhos e PedrógãoGrande promoveram e participaram numconjunto de iniciativas que pretenderamabrir horizontes aos alunos, dotá-los decompetências empreendedoras e diversifi-car as opções futuras. Numa escala mais abrangente, a Comuni-dade Intermunicipal da Região de Leiria(CIMRL), em parceria com os 10 municí-pios associados e com as respectivas es-colas, promove um Concurso de Ideias quecomeça por ter acções municipais que vãoculminar no dia 20 de Março, em Pombal,com a Final Intermunicipal. Incutir nos alunos algumas das competên-cias-chave do empreendedorismo é umdos objectivos deste projecto. Por outro lado, os três Municípios decidi-ram ser oportuno promover iniciativas con-juntas que se traduzem na realização daSemana Intermunicipal do Empreendedo-rismo e das Profissões, que se realiza entre4 e 20 de Março de 2015. Para além dos Concursos de Ideias emcada Município decorreu no dia 16 deMarço em Castanheira de Pera uma Apre-sentação de Ideias de Negócios onde

foram apresentados os projectos melhorclassificados em cada município. No dia 18 de Março em Figueiró dos Vinhosvai decorrer um Dia Aberto à Comunidade,incluindo o II Fórum Ciência Curiosa, umamostra de oferta formativa, entre outras ac-tividades. No dia 20 de Março em Pedrógão Grandevai acontecer uma Conversa com Em-preendedores (“bons exemplos da região”).

Em Figueiró dos Vinhos o Projeto “SmartFridge” foi o vencedor do Concurso Muni-cipal de Ideias cuja apresentação decorreuno dia 11 de Março na Casa da Cultura. ABárbara Lopes, o João Nogueira e o FábioLopes vão assim representar Figueiró dosVinhos na final da CIM Região de Leiriaque decorre no próximo dia 20 de Marçoem Pombal. O projecto tem como base um dispositivoque controla os stocks e as validades dosprodutos usualmente existentes num frigo-rífico doméstico, incluindo umaaplicação para smartphone.Em segundo lugar, e com direito a repre-sentar o município na apresentação quehoje decorreu em Castanheira de Peraficou o projecto CinderBo2X, um cinzeiro

ecológico e purificador do ar.No total apresentaram-se a concurso 19projectos envolvendo 56 alunos, dos quaisforam apurados 11 que disputaram os 8 lu-gares na final, que foi disputada, para alémdos anteriores referidos, pelos projectosArts & Friendship Company, Faz-te à Vida,Fig’s Weel, Figo, Go Up e ProcaFig Ani-mals.O júri foi constituído por Marta Brás, VicePresidente da Câmara Municipal de Fi-gueiró dos Vinhos, Rui Lopes, DirectorIEFP (FV) e José Bruno Catrau, Empresá-

rio, sendo que os critérios de inovação con-tabilizavam 30% da avaliação com o graude inovação, 25% exequibilidade, 20%qualidade da apresentação, 15% estado dedesenvolvimento e 10% com o grau de im-pacto no território da CIM RL. O primeiroprémio foi um tablet para cada membro daequipa.Em Castanheira o projecto vencedor foi

Casconhos, um bombom à base de casta-nha tendo como logótipo um barrete decampino. O segundo classificado foi Cul-ture Spot, uma associação enraizada nosvalores culturais e gastronómicos do muni-cípio.Em Pedrógão Grande o vencedor foi DoMedronho aos Pedroguenses, que apostana plantação e exploração de medronhose seus derivados. Biscoitinas de Azeite, umbiscoito à base de azeite e ervas aromáti-cas com o qual se pretende também pro-mover a venda de azeite pelos pequenos

produtores e Peraltas, bolinhos que têmsubjacente a lenda da Princesa Peralta ti-veram também direito a serem apresenta-dos na apresentação à comunidade quedecorreu hoje em Castanheira de Pera.Os três projectos vencedores vão agora re-presentar os respectivos municípios naFinal Intermunicipal que vai decorrer emPombal no dia 20 de Março, à qual concor-rem os 10 municípios que integram a CIMda Região de Leiria, promotora da inicia-tiva.

António B. Carreira

Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande promoveram Semana Intermunicipal de Empreendedorismo nas Escolas

Promovida pelo Agrupamento de Escolasde Figueiró dos Vinhos, decorre entre 11 e21 de Março, a Semana da Educação.Esta iniciativa engloba um conjunto de ini-

ciativas destinadas aos alunos ligadas àLeitura, Artes, Cinema, Ciências, Ambiente,Desporto, Empreendedorismo, tais como oConcurso de Ideias, palestras, ateliers, ex-

posições, trabalhos escolares, entre outros.Estas iniciativas contam com a colaboraçãode diversas entidades concelhias que seassociam à comunidade escolar, entre asquais o Município de Figueiró dos Vinhos,Ficape, Bombeiros Voluntários, GIPS,GNR, Associação de Produtores Agro-Flo-restais, Projecto Agir Sempre, entre outras.Entre as muitas iniciativas propostas paraesta Semana da Educação, contaram-seas palestras sobre a Antártida proferidaspelo biólogo marinho e investigador JoséSeco, que abriu as actividades no dia 11 deMarço. Também na manhã de hoje, dia 16de Março, Sérgio Godinho, escritor figuei-roense e colaborador deste jornal falou aosalunos do 11º ano, e à tarde foi a vez doprof. Carlos Artur abordar os alunos com“Palavras Ditas”.

Antes, no dia 13 de Março tinha decorridoa palestra “Acesso ao Ensino Superior”. Nodia 18 decorre o Dia Aberto, com o II Fórumda Ciência e várias outras iniciativas, comoa palestra “Incursões paremiológicas naobra de Saramago” pelo prof. Filipe Pires,destinada aos alunos do 12º ano. Naquinta-feira, dia 19 vai haver palestra sobrea semana do cérebro, e cinema. Na sexta-feira o dia está completamente preenchidocom visitas de estudo, cinema, caminhada,e no âmbito do empreendedorismo, con-versa com empreendedores da região, emPedrógão Grande, e final do concurso in-termunicipal de ideias em Pombal. No sá-bado a semana encerra com o Chá comPoesia na Biblioteca Municipal.

António B. Carreira

Semana da Educação em Figueiró dos Vinhos entre 11 e 21 de Março

“Smart Fridge” foi o vencedor do Concurso

Municipal de Ideias em Figueiró dos Vinhos

CinderBo2X ficou em 2º lugar

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8 . 16 de Março de 2015

Desporto - Futebol: Desporto - Futebol:

Associação Desportiva de Figueiró dos VinhosAssociação Desportiva de Figueiró dos Vinhos

Futebol SeniorA. Desportiva de Figº Vinhos 1 – GDR Boavista 2

Futebol JuniorDesportiva 1 – Almagreira 0

Jogo disputado no Estádio Municipal Afonso La-cerda, em Figueiró dos Vinhos, na tarde do do-mingo dia 22 de Fevereiro, com tempo frio massem chuva.Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhose Grupo Desportivo e Recreativo da Boavistadefrontavam-se em partida a contar para a 1ªjornada da segunda fase do Campeonato Dis-trital da 1ª Divisão de Leiria (Apuramento decampeão e subida à Divisão de Honra), ZonaNorte.Recordamos que de acordo com o regulamentoda Associação de Futebol de Leiria para estecampeonato, sobem automaticamente à Divi-são de Honra os primeiros classificados decada Zona, e que irão igualmente discutir, emcampo neutro, o título de Campeão. Eventual-mente, e de acordo com as vagas que ocorramna Divisão de Honra, os segundos classificadosde cada série, disputam num só jogo, tambémem campo neutro, o apuramento do 2.º melhorclassificado.Com arbitragem de Diogo Oliveira, auxiliado porBruno Vieira, do lado da bancada e RodrigoLuís no peão, as equipas alinharam da seguinteforma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-

nhos: Didi (GR), Flechas (S. Cap.), Tiago, Fer-reira, Portista (Xico aos 67 minutos), Beto(Cap.), Graça, Diogo (Gouveia aos 57 min.),Rafael, Russo e Jeta (Ricardo aos 80 min.). Su-plentes: Mickael (GR), Jorge Simões, DiogoHenrique e Gui. Treinador: João Almeida.Grupo Desportivo e Recreativo da Boavista:Palecas (GR), Fred, Celso, Nelson, André (S.Cap.) (Luís Lopes aos 61 minutos) Diogo Antó-nio, João Oliveira (João Roberto aos 67 min.),Batista, Pedro Silva, Miguel (João Rodriguesaos 93 min.) e Isaac (Cap.). Suplentes: Cacola(GR), Hugo Lagoa, Amado e João Sousa. Treinador: Pedro Rafael.Tarefa difícil para João Almeida, treinador daDesportiva, que viu três jogadores expulsos nojogo anterior (Hingá, Matine e Ferreira) para aTaça com o Moita do Boi (3-5), e que ditou oafastamento da equipa desta competição. Fer-reira pôde alinhar neste encontro por ter cum-prido o jogo de castigo no encontro de sábadocom os juniores, o mesmo não acontecendocom os outros dois atletas que tiveram de ver ojogo da bancada, na companhia de Batista, quecumpre ainda os 4 jogos de castigo que lhe apli-caram por via do cartão vermelho que viu nojogo com o Recreio Pedroguense. Fred, lesio-nado, também continua sem poder dar o seucontributo à equipa.Foi assim sem surpresa que a primeira parte foiquase completamente jogada no meio campoda Desportiva, que apenas aos 42 minutos con-

seguiu rematar à baliza adversária, por intermé-dio de Russo.Pelo meio ficava aos 28 minutos o golo do Boa-vista, numa jogada rápida conduzida por DiogoAntónio no lado direito do ataque, que cruzapara João Oliveira encostar para o 0-1, resul-tado com que se alcançou o final do primeirotempo.A segunda parte foi de cariz completamente di-ferente, com a Desportiva à procura do golo doempate e a dominar os acontecimentos, princi-palmente após a entrada de Gouveia, aos 57minutos, em resposta ao segundo golo do Boa-vista, que surgiu contra a corrente de jogo,neste minuto, por intermédio de Diogo António,que se isola e engana Didi que saía ao seu en-contro.A Desportiva continuava desesperadamente embusca da igualdade, agora mais difícil frente auma equipa matreira e muito bem organizada,até porque a equipa de Figueiró jogava agoramais com o coração do que com a cabeça. Fi-nalmente o caudal ofensivo deu resultado aos65 minutos, na sequência de um pontapé decanto apontado por Beto, a que Russo dá o me-lhor seguimento de cabeça, ele que é provavel-mente o jogador mais baixo da sua equipa.Com o 1-2 no marcador a Desportiva continuoulançada no ataque em busca da igualdade, maso Boavista, para além de conseguir quebrar oritmo de jogo por várias vezes, com jogadoresseus a serem assistidos no relvado, defendiabem, e Diogo António não dava tréguas à de-fensiva figueiroense, com cruzamentos sempreperigosos para a área. Até que aos 83 minutosvê o segundo cartão amarelo, por demorar asoltar a bola, uma decisão algo exagerada doárbitro da partida, que deu a sensação de nãoter reparado que já havia mostrado ao jogador,10 minutos antes, o primeiro amarelo.Até ao final a Desportiva ainda dispôs de algu-mas boas oportunidades para chegar à igual-dade mas sem conseguir concretizar.Entretanto no domingo dia 1 de Março, a Des-portiva deslocou-se a Bajouca, no concelho deLeiria, para defrontar o Grupo Alegre e Unido,com o resultado final de 3-2 favorável aos lei-rienses. No domingo seguinte, nova derrota,desta feita na Ilha, Pombal, frente ao GrupoDesportivo por 4-2.A próxima jornada joga-se no dia 22 de Março,com a turma de Figueiró dos Vinhos a receberno Estádio Afonso Lacerda o Atlético Clube Ave-larense, às 15h00.Classificação à 3ª Jornada: 1º GD Ilha 6 pontos,2ºs Recreio Pedroguense, Avelarense e Mata-mourisquense 5, 5ºs Caseirinhos e Boavista 4,7º Gau/ Bajouca 3, 8º Desportiva F. Vinhos 0.António B. Carreira

Jogo disputado no Estádio Municipal Afonso La-cerda, no sábado dia 14 de Março, numa tardede sol e temperatura agradável. A partida con-tava para a 14ª e última jornada da série A doCampeonato Distrital da 1ª Divisão de Leiria emfutebol junior.No entanto as contas não ficam encerradascom esta jornada, já que Desportiva e Avela-rense têm um jogo em atraso. Em causa está ojogo da 12ª jornada, que se devia ter realizadono dia 28 de Fevereiro, mas que não se chegoua iniciar por falta de policiamento, o que motivoua abertura de um processo de averiguações porparte da Associação de Futebol de Leiria paraserem apuradas responsabilidades. Pelo queapurámos junto de fonte do clube de Figueiródos Vinhos, a falha foi imputada à própria As-sociação, pelo que o jogo vai ser repetido nodia 21 de Março, em Figueiró dos Vinhos. Seminfluência na atribuição de lugares na fase desubida, já que as duas equipas há muito esta-vam em posição de apuramento, o jogo vai noentanto decidir quem fica em primeiro lugar nasérie.Com arbitragem de Jorge Gomes, auxiliado porJoão Amado no lado da bancada e DiogoDuarte no peão, as equipas alinharam da se-guinte forma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-

nhos: Jorge Silva (GR), Formiga, Mini, Damá-sio João Gomes, Ervilhas, Jeta (Cap), Joca,Armando (Portista aos 45 minutos), João Este-ves e Ricky. Treinador: Fernando Silva.Associacao Cultural Desportiva Recreativa

de Almagreira: João (GR), Fábio (Cap), Vítor(Mica aos 45 min.), Iuri (Paulo aos 39 min.), Ra-fael, Braz (Samuel Silva aos 42 min.), Lopes,Madeira (Martins aos 42 min.), Samuel Cadete,Ramalho (Joel aos 45 min.), e Dinis. Treinador:Paulo Rolo.Com a equipa da Desportiva em serviços míni-mos, assistiu-se mesmo assim a um jogo desentido único, onde a equipa da Almagreira sóa espaços conseguia incomodar a defensiva deFigueiró, e normalmente sem perigo. Na pri-meira parte Armando ainda introduziu por duasvezes, aos 12 e 36 minutos a bola na baliza ad-versária mas os lances viriam a ser anuladospor fora de jogo. Aos 18 minutos, João Estevesfinalizou uma bonita jogada de envolvimentoatacante da Desportiva, mas o guarda-redesJoão fez a defesa da tarde e defendeu para

canto. Pelo contrário, já 3 minutos para além dotempo regulamentar do primeiro tempo, umadesatenção do guardião Jorge Silva da Despor-tiva quase oferecia o golo à Almagreira.No segundo tempo a Desportiva continuou a

dominar e aos 51 minutos, João Esteves, den-tro da área, faz um chapéu a Jorge Silva e fina-liza para o golo.Até ao final a toada continuou na mesma, coma Desportiva a atacar, tendo mesmo duas boasoportunidades por Jeta, aos 53 e 78 minutospara dilatar a vantagem, mas o atacante de Fi-gueiró não conseguiu finalizar com êxito. A Al-magreira apenas entre os minutos 68 e 71conseguiu criar algum perigo através de umpontapé livre e um canto, ambos sem sucesso.Vitória justa mas escassa da Desportiva queacusou a ausência do atacante Gui, o melhormarcador da equipa.Para a semana, a 21 de Março joga-se o tirateimas com o Atlético Avelarense, para depoisse iniciar a segunda fase, que vai ditar o cam-peão e as equipas que vão subir à divisão dehonra (1º e 2º classificados).Da série A, para além da Associação Desportivade Figueiró dos Vinhos e Atlético Clube Avela-rense ficou apurada a equipa da AssociaçãoDesportiva da Ranha. Da série B ficaram apu-radas as equipas da Associação Escatológicade Óbidos, Grupo Desportivo Recreativo Boa-vista e Grupo Desportivo Recreativo CulturalUnidos.

António B. Carreira

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. 916 de Março de 2015

Por Aires B. Henriques

A Misericórdia de Figueiró dos Vinhos registou,entre os séculos XVI a XVIII, a movimentaçãode um elevado número de pessoas para dife-rentes lugares e pelas mais diversas razões.Frequentemente, quem ali recebia assistênciaencontrava-se em peregrinação a centros dasua devoção, cumprindo promessas ou ro-gando graças, assim como também se deslo-cava a locais de tratamento de doenças fora dasua área de residência. Santiago de Compos-tela foi, como continua a ser, um dos mais im-portantes centros de peregrinação quemotivavam essas deslocações em toda a Pe-nínsula Ibérica.A ajuda que estes peregrinos ou viajantes en-contravam nas suas viagens era fundamentalpara que cumprissem os seus propósitos. Semauxílio não conseguiriam deslocar-se, uma vezque as viagens, para além de morosas, impli-cavam expensas elevadas. Em Portugal, as Misericórdias possibilitavam-lhes concretizar essas jornadas, contribuindotambém para aliviar as suas difíceis condiçõesde vida. Neste contexto, estas instituições tive-ram um papel de assinalável importância naluta contra a pobreza ao longo da sua já vastaobra social. Em caso de doença, possibilitava-se ainda oprolongamento da estadia dos pacientes atémostrarem sinais de melhoras - o Hospital dosApóstolos, em Figueiró dos Vinhos, seria bemconhecido destes caminhantes. Quando seachavam capazes de prosseguir a sua cami-nhada, era emitida uma carta de guia que ates-tava a pobreza dos indivíduos. As cartas deguia destinavam-se aos pobres que se encon-travam em trânsito ou que necessitavam derealizar uma dada viagem, sendo-lhes garan-tida toda a assistência até à instituição maispróxima do local para onde se deslocavam ou,

inclusive, até à sua própria habitação.A passagem de uma carta de guia incluía, namaior parte dos casos, uma esmola em di-nheiro. Desta forma, as Misericórdias Portugue-sas eram instituições preciosas que prestavamauxílio a quem, por motivos de saúde, procu-rava tratamento fora do seu lugar de residência,viabilizando a cura de muitos doentes. A esses,ou àqueles que não tinham capacidade de des-locação, a Misericórdia de Figueiró dos Vinhosdisponibilizava-se a pagar a cavalgadura – oaluguer de um cavalo para fazer o trajeto de idae volta até à próxima instituição e/ou residên-cia.

As cartas de guia não têm sido valorizadas nemtão pouco foram objeto específico de estudo porparte dos investigadores. São ainda parcos ostrabalhos publicados sobre esta matéria - toda-via, destacam-se, entre outros, o estudo deMaria Marta Lobo de Araújo e Alexandra Patrí-cia Lopes Esteves, Pasaportes de caridad: las“cartas de guía” delas Misericórdias portugue-sas (séculos XVII-XIX), Estudios Humanísticos.

Historia. N.º 6, 2007, pp. 207-225.Como exemplo do que vimos relatando, expli-camos o sucedido a 12 de setembro de 1737,quando o pároco da então vila de Aguda (freg.Aguda, c. Figueiró dos Vinhos) registou o fale-cimento de um viajante doente na Ponte de S.Simão. Tinha por nome Manuel da Silva de Oli-veira e trazia com ele uma carta de guia pas-sada pela Misericórdia de Elvas, a qual deveriaser entregue à Misericórdia de Coimbra. A carta fazia acompanhar-se de uma lista depessoas que fizeram parte de um auto-de-féexecutado em Lisboa a 24 de julho de 1735onde constava o seu nome. Havia nascido noSirinhaém, bispado de Pernambuco, e era mo-rador na cidade da Baía. Todavia, por ainda nãoser sacerdote, mas apenas diácono, foi sus-penso do exercício das suas funções e conde-nado a sete anos para as galés. Tudo issodevido a ter dito missa e confessado sem estarhabilitado para tais exercícios religiosos. Des-conhecemos se este homem foi assistido na Mi-sericórdia de Figueiró dos Vinhos, dado que osregistos correspondentes a esse ano não fazemparte do atual espólio documental desta insti-tuição. No entanto, é natural que tenha sido as-sistido nessa Misericórdia.Reconhecemos, também, a manifesta impor-tância de Figueiró dos Vinhos nos séculos XVa XVIII neste contexto - a Misericórdia incorpo-rava o Hospital dos Apóstolos, assim como estavila possuía outras casas que garantiam assis-tência a esses viajantes, como seja o caso dahospedaria do Convento de Nossa Senhora doCarmo.Através de uma rede de Misericórdias estabe-lecidas em Portugal, onde se inclui a de Fi-gueiró dos Vinhos, estava formada uma cadeiade solidariedade que, durante vários séculos,garantiu auxílio a quem, por diversas razões,tinha necessidade de se deslocar e não dispu-nha de meios suficientes para o fazer.

Apêndice documental

1737, setembro, 12, Aguda (c. Figueiró dos Vi-

nhos) – Registo de falecimento do Padre Ma-nuel da Silva de Oliveira.

Arquivo Distrital de Leiria, Livro de Defuntos deAguda de 1737, Dep. IV-33-C-16, assento n.º4, fl. 43v.-44.

[fl. 43v.]Em os doze dias do mes de setembro de mil esetecentos e trinta e sete annos faleceo nolugar da Ponte de S. Simão desta freguesia;vindo de jornada doente com carta de guia daMizericordia da Cidade de Elvas, para a Cidadede Coimbra, o P.e Manoel da Silva de Oliveyra,cujo nome constava da dita carta e me afirma-rão as pessoas do sobredito lugar donde fale-ceo, de que fazendolhe pergunta do nome, eterra de honde hera natural; dizem lhe dicera,que aquele hera o seu nome, e que hera daBahya; e foy ouvido de Confissão pello P.e Fran-cisco Simois do lugar da Penna, e me segurou,que ao seu parecer, estava verdadeiramentecontrito, e com efeito faleceo, com signais deverda // [fl. 44] de verdadeyro Catholico Ro-mano; e por trazer em huma lata junta com aCarta de Guia, huã lista de pessoas, que sahi-rão no Auto publico de fé, que se selebrou naCorte e Cidade de Lixboa em o dia vinte e qua-tro de julho de mil e setecentos trinta e sincoannos; e da lista consta, ser a segunda pesoado mesmo seu nome, por dizer o seguinte = oP.e Manoel da Silva de Oliveyra subdiacono dohabito de São Pedro natural da freguesia de Se-rinhaem Bispado de Pernambuco, e moradorna Cidade da Bahia, por dizer missa e confes-sar sem ser sacerdote; e a cosa, suspenso parasempre do exercicio de suas Ordens inhabili-tado para as mais, e sete annos para galés. =Se presume ser o mesmo, não fez testamento,nem trazia de que, por vir provido pella Mizeri-cordia, está sepultado dentro da Igreja; de quefiz este acento, que asigney. Aguda dia, mes eera ut supra. (assinatura) O Vigário MarcosGonzalves Galvão.

O Padre Manuel da Silva de Oliveira: peregrino ou viajante?

Miguel PortelaInvestigador

Neutel MartinsSimões deAbreu nasceuna Várzea Re-donda, noconcelho deFigueiró dosVinhos, em1871, e aí viráa falecer em1945 com 74anos de idade,depois decomo militar

ter prestado importantes serviços na região deNampula, no norte de Moçambique, onde per-maneceu mais de trinta anos. Era filho de Domingos António Simões e Mariadas Dores Ferreira de Abreu, moradores nesseconcelho de características predominantementerurais e de montanha, pelo que o jovem Neutelde Abreu - completada a instrução primária –certamente ficou entregue aos trabalhos agrí-colas próprios da região.

A atracção por ÁfricaMas insatisfeito com a vida de serrano queentão levava, pediu para assentar praça comovoluntário no Regimento de Infantaria nº 15, emTomar, e - depois de ter passado pelo Regi-mento de Infantaria 11 de Setúbal (1888) -rumou a Macau em 1890. “Não o seduziu,porém, a vida tranquila de que aí desfrutava,pelo que pediu transferência para Angola, ondepermaneceu por 4 anos, regressando a Lisboaem 1895”[1]. Na sequência do Ultimatum inglês de 11 de Ja-neiro de 1891 e das políticas de ocupação ter-ritorial que se lhe seguiram, “o norte daprovíncia de Moçambique encontrava-se numainquietante situação, em virtude da rebeldiaabertamente manifestada por numerosos gru-pos de Macuas e Namarrais que a campanhade 1895 não pacificara definitivamente”. Em 1896 é identificada a região Mehehe do Ré-gulo Terela M’Phula (Nampula) como estraté-gica para a construção de um posto militar, eassim se viabilizar a sua ocupação e pacifica-ção, sendo Neutel de Abreu nomeado coman-

dante do posto de Moginqual, em que - embreve – dará provas da sua capacidade, pois,segundo os seus biógrafos, de onde “não exis-tia um único caminho, de lá iniciou a sua acçãopara o interior, dominando os rebeldes, abrindoestradas e pacificando as populações”.“Embarca seguidamente para Angola onde,também ali, o seu espírito irrequieto se aborre-ceu, pelo que pediu transferência para a Com-panhia de Guerra de S. Tomé e Príncipe.Contudo, em 1897, fortemente atacado pelafebre biliosa, teve – mais uma vez - de regres-sar à Metrópole”. Mas, logo no ano seguinte, parte para Moçam-bique, onde uma recaída - com nova biliosa - oobriga de novo a regressar. Mesmo assim, Neu-tel de Abreu não desiste e, em 1899, “volta denovo a Moçambique, impondo a autoridade por-tuguesa em toda a região de Namuco eLuinga”.Em 1903, já no posto de Alferes, participa dacampanha de Matadane “levada a efeito contravários régulos que, instigados por Muhamuieva(a que os ingleses apelidavam de Fareley), hos-

tilizavam abertamente os comerciantes brancosque quisessem atravessar as suas terras”. “Em Março de 1904 é organizada nova força,tendo à frente Neutel de Abreu, enfrentandotoda a espécie de obstáculos numa região dedifícil acesso e que, ao chegar próximo de Na-cucha, é recebida por um intenso tiroteio àqueima-roupa que criou pânico entre os solda-dos. Mas, depois de renhido combate, os rebel-des retiraram. Seguiram-se outras acções demenor vulto e a 1 de Maio desse ano a campa-nha era dada por concluída”.“Terminadas as operações de Nacucha, re-gressa ao seu posto no Moginqual (onde), em-bora cansado e febril, continua a sua acção dediálogo e pacificação dos indígenas, abrindonovas estradas, montando linhas telegráficas,numa obra admirável de esforço e inteligência”. “Em 25 de Junho de 1904 é promovido a Te-nente e novos louvores e citações vêm aumen-tar a sua já brilhante folha de serviços”.1] Vide http://arquivo.presidencia.pt/details?id=36196

Major Neutel de Abreu

Continua no próximo número

Ponte de S. Simão. Aguda. Figueiró dos Vinhos

Page 10: O Figueiroense, n.º 8 (16 de março de 2015)

10 . 16 de Março de 2015

NECROLOGIA

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Artur Assunção Lopes

Nasceu a 29/12/1943Faleceu a 22/02/2012

Natural de: Aguda,Resid. Em: Moninhos Fundeiros.

Anabela Maria Bicho Oliveira Antunes Fer-reira - Notária

EXTRACTO

Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que foi exarada hoje, neste Cartório, sito na Rua Con-selheiro Afonso de Meio, 31, 3° andar, Salas 306 e 307, em Viseu, de folhas 100 a folhas 102 verso, do livrode notas para escrituras diversas com o número 127-A, uma escritura de Justificação, pela qual, José da

Silva Alves e mulher Maria do Carmo Dias Alves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, na-turais ele da freguesia e concelho de Figueiró dos Vinhos, ela da freguesia de Bodiosa, concelho de Viseu,residentes na Rua São Sebastião, 22/24, São João de Lourosa, Viseu, se declararam, com exclusão de ou-trem, donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis, omissos na Conservatória do Registo Predialde Figueiró dos Vinhos, sitos na União das freguesias de Figuieró dos Vinhos e Bairradas, concelho deFigueiró dos Vinhos: 1 - Rústico, sito ao Vale da Madeira, composto por pinhal, com a área de setecentos e sessenta e cincometros quadrados, que confronta do norte e sul com estrada, do nascente com herdeiros de Isidoro Alves edo poente com herdeiros de Manuel Domingues, inscrito na matriz, metade em nome de herdeiros de Isidro

Alves e metade em nome de Manuel Alves, sob o artigo 4884 (que corresponde ao artigo 4915 da fre-

guesia de Figueiró do Vinhos); 2 - Metade indivisa do prédio rústico, sito ao Vale da Madeira, composto por pinhal e eucaliptal, com aárea de três mil quinhentos e vinte metros quadrados, que confronta do norte com estrada, do nascente esul com Estrada Nova e do poente com Manuel Alves e outro, inscrito na matriz, metade em nome de José

da Silva Alves e a outra metade em nome de António da Silva Alves, sob o artigo 4885 (que corresponde

ao artigo 4916 da freguesia de Figueiró do Vinhos);São compossuidores do imóvel António da Silva Alves e mulher Maria Crizalida Neffe Antunes Alves, resi-dentes em Figueiró dos Vinhos; 3 - Metade indivisa do prédio rústico, sito à Costa Larga, composto por mato e lenha dispersa, com a áreade dois mil seiscentos e dez metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Vaz, do nascente comcaminho, do sul com Ascensão de Jesus e do poente com viso, inscrito na matriz, metade em nome de Ma-

nuel da Silva Nunes e a outra metade em nome de José da Silva Alves, sob o artigo 5186 (que corresponde

ao artigo 5219 da freguesia de Figueiró do Vinhos),São compossuidores do imóvel Manuel da Silva Nunes e mulher Maria Beatriz da Conceição Nunes, resi-dentes em Figueiró dos Vinhos. 4 - Rústico, sito na Serrada, composto por terra de cultura com oliveiras, com a área de quinhentos e trintametros quadrados, que confronta do norte e sul com Manuel Fidalgo, do nascente com Guilhermina Bárbarae do poente com Guilhermina Aurora, inscrito na matriz, metade em nome de Manuel Alves e metade emnome de José da Silva Alves, sob o artigo 12805 (que corresponde ao artigo 12983 da freguesia de Fi-

gueiró do Vinhos).Mais certifico, que os justificantes alegaram na dita escritura, terem adquirido os identificados imóveis doseguinte modo: os identificados prédios nas verbas um e quatro, no ano de mil novecentos e sessenta, pordoação meramente verbal de lsidro Alves e mulher Maria de São José da Silva, residentes que foram emRibeira de São Pedro, em Figueiró dos Vinhos, os quais os adquiriram por doação meramente verbal deManuel Alves, viúvo, residente que foi no dito lugar de Ribeira de São Predo, o direito dos imóveis identifi-cados nas verbas duas e três, por doação meramente verbal de Isidro Alves e mulher Maria de São José daSilva, já referidos, no ano de mil novecentos e sessenta, sem que no entanto ficassem a dispor de tituloformal que lhes permita o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo entraramna posse e fruição dos imóveis, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem in-terrupção ou ocultação de quem quer que seja, sendo porém certo que têm exercido nos aludidos prédiosos poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade, fruindo como donos as utilidades possíveisà vista de todos e sem discussão nem oposição de ninguém, tendo assim invocado a sua aquisição porusucapião.Está conforme o original.Viseu, 27 de fevereiro de 2015. Conta nº 303, de que foi emitido recibo;

Técnica de Notariado(Paula Cristina Cardoso Pinto Correia, nº 156/9, com autorização à prática deste acto, publicada

no sítio da Ordem dos Notários em 10.05.2014, nos termos do artº 80 dos Estatutos do Notariado)

Publicada no jornal O Figueiroense nº 08 de 16 de Março de 2015

Nuno Santos Fernandes

Advogado

Fonte do Casulo3260-021 Figueiró dos Vinhos

Tel./Fax: 236 552 172 Tlm. 919 171 456

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. 1116 de Março de 2015

Organizada pelo Município de Figueiró dos Vi-nhos, através do Gabinete de Cultura e Tu-rismo, encontra-se patente no Posto de Turismo– Casulo José Malhoa, desde o dia 20 de Fe-vereiro e até 10 de Abril de 2015, a primeiraparte da exposição “Entrelinhas”, uma colecçãode desenhos do caricaturista António (AntónioMoreira Antunes), de 47 escritores e 3 artistasplásticos, portugueses e estrangeiros, obtidaspor cópia digital do desenho original.Nesta primeira exposição, poderão ser aprecia-das 28 caricaturas de Alexandre Soljenitzyne,Nuno Júdice, Raul Proença, António Lobo An-tunes, Antero de Quental, Vasco Graça Moura,James Joyce, Mario Vargas Llosa , Antonio Ta-bucchi, George Simenon, José Cardoso Pires,Milan Kundera, Ary dos Santos, Fernando Pes-soa, Mário Cláudio, Jorge Luís Borges, AlmadaNegreiros, Júlio Pomar, Salman Rushdie, Sal-vador Dali, Agostinho da Silva, Miguel EstevesCardoso, Miguel Torga, Antonio Muñoz Molina,Pacheco Pereira, Tennessee Williams, MárioCesariny e (Miguel de Cervantes) Dom Quixotede La Mancha.Os restantes trabalhos serão apresentados de21 de Abril a 15 de Maio na Biblioteca MunicipalSimões de Almeida Tio, por ocasião do DiaMundial do Livro, que se celebra a 23 de Abril.Todos os trabalhos foram cedidos pelo MuseuCasa de Camilo, de S. Miguel de Seide, VilaNova de Famalicão.A intenção, para além de dar a conhecer asmagníficas obras do caricaturista português,passa também por dinamizar o Casulo de JoséMalhoa, dotando-o de exposições temporárias,a par da documentação sobre o pintor que já seencontra neste espaço.

António B. Carreira

António Moreira AntunesAntónio (de nome completo: António MoreiraAntunes), nasceu em Vila Franca de Xira a 12de Abril de 1953, é um caricaturista político por-tuguês. Segundo as palavras de Marcelo Re-belo de Sousa, é o “(...) melhor caricaturistapolítico da ainda jovem Democracia portu-guesa”.Colabora ou colaborou com os seguintes jornaisou revistas: Diário de Notícias, A Capital, A VidaMundial, O Jornal e Expresso, onde em 1993,publicou o seu mais famoso e contestado car-toon: o Preservativo Papal, em que o papa JoãoPaulo II é representado com um preservativo nonariz.

CarreiraNo dia em que deflagra o golpe das Caldas, An-tónio inicia a sua carreira de cartoonista no ves-pertino « República », na edição de 16 deMarço de 1974, onde faz um desenho simbólicoque viria a ser uma alegoria premonitória da re-volução que rapidamente se aproximava. Antó-

nio começa nos jornais “por brincadeira“, semgrandes perspectivas de carreira numa activi-dade que até então se encontrava adormecidapelo Estado Novo.Em Dezembro de 1974, António transfere-separa o Expresso, depois da passagem pelo Diá-rio de Notícias, A Capital, A Vida Mundial e OJornal. É na edição do Expresso de 4 de No-vembro de 1975 que nasce uma espécie debanda desenhada intitulada Kafarnaum que iriaacender a polémica durante 100 semanas, tra-balhos que iriam ser mais tarde reunidos na-quele que viria a ser o seu primeiro livro.Sem passar despercebido, o seu traço polémicoe talentoso é exibido nas mais variadas expo-sições nacionais e internacionais.Em 1983 publica um novo álbum Suspensórios.Neste mesmo ano o cartoonista português ar-recada um dos muitos prémios que iriam mar-car a sua vida: o Grande Prémio no XX SalãoInternacional de Cartoon em Montreal com umpastiche da invasão israelita do Líbano.Os trabalhos de António passam a ser divulga-dos pela agência internacional Cartoonists &Writers Syndicate no seu catálogo «Views of theWorld » que recolhe trabalhos de 48 desenha-dores, incluindo Juan Balleste, Máximo e Gal-lego & Rey (Espanha), Tim (França), Kal(Grã-Bretanha), Martyn Turner (Irlanda), Ewk(Suécia), Pancho (Venezuela), Ziraldo (Brasil)e Roy Peterson (Canadá).Nos anos 80 o cartoonista faz uma edição limi-tada de peças de cerâmica antropomórfica comfiguras como o presidente Eanes em forma decadeira e o primeiro-ministro Soares em formade diabo, Buda e mealheiro. Em 1985 Antónioedita umas cartas de jogar políticas cujos nai-pes correspondem aos grandes partidos, a no-breza às figuras mais gradas eo Joker a Ramalho Eanes. Neste mesmo ano éeditado o seu primeiro Álbum de Caras. Doisanos mais tarde surge o Álbum de Caras II.Em 1993, António vê-se envolvido naquela queseria a maior polémica da sua carreira: o Pre-servativo Papal. Ainda neste anoo Expresso assinala os seus 20 anos com a edi-ção dos 20 melhores trabalhos de Antónionuma antologia com tiragem limitada a 500exemplares numerados e assinados pelo ar-tista.Em 2012 foi convidado a desenhar vários car-toons de personalidades portuguesas, para aEstação do Aeroporto do Metropolitano de Lis-boa. Ao todo são 53 figuras, Fernando Pessoa,Amália Rodrigues, Eusébio, Carlos Lopes,Amadeo de Souza-Cardoso, Sá Carneiro, PaulaRego, Mário Cesariny, Duarte Pacheco, CarlosParedes, Raul Solnado, David Mourão-Ferreira,Sophia de Mello Breyner, Maria João Pires eVergílio Ferreira são alguns dos exemplos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

“Entrelinhas” no Casulo de Malhoa

A Associação Promotora do Ensino da Mú-sica e Outras Expressões Artísticas (APE-MEA), em parceria com a CâmaraMunicipal de Figueiró dos Vinhos, vai pro-mover uma iniciativa de índole cultural e ar-tística de carácter inovador, tendo porprincipal objectivo contribuir para a promo-ção das competências musicais com enfo-que no canto.A organização deste evento espera aindaconcorrer para fomentar o bem-estar inte-gral das pessoas no seu conjunto e conco-mitantemente proporcionar aoscidadãos interessados a oportunidade departicipar num espectáculo artístico quedeseja envolver a generalidade da comu-nidade figueiroense.Os interessados podem candidatar-se in-dividualmente ou em grupo, até ao dia 1 deMaio de 2015, desenvolvendo-se este pro-jecto em três fases, sendo que as duas pri-meiras assumem o formato de casting e aterceira a final com um espectáculo abertoà população.Os candidatos, nos termos do regula-mento, são distribuídos por 3 escalões: atéaos 12 anos, dos 13 aos 17 anos e final-mente um último escalão que compreen-derá idades a partir dos 18 anos.Os castings que vão decorrer na Casa daCultura de Figueiró dos Vinhos, irão permi-tir seleccionar os 15 finalistas. Os candida-

tos escolhem livremente e interpretam asmúsicas que desejarem, podendo cantar asolo ou em grupo, de acordo com a prefe-rência manifestada, sendo certo que a ac-tuação poderá ser feita com recurso a uminstrumento de que poderão abdicar seassim o entenderem.Na final, que terá lugar no dia 26 de Julho,integrada nas festas da Feira de S. Panta-leão, serão acompanhados por uma bandamusical com a qual poderão ensaiar pre-viamente na fase da preparação para essemomento especial que encerrará o Fi-gueiró Superstar.Acima de tudo esta iniciativa traz a Figueiródos Vinhos uma componente lúdica, inéditae inovadora que permitirá eventualmenterevelar novos talentos que porventuraainda não se tenham manifestado, peloque também neste domínio a expectativae a curiosidade estarão bem presentes noespírito de todos.Os interessados nesta iniciativa podem ins-crever-se através do preenchimento daficha de inscrição que está acessível emwww.facebook.com/figueirosuperstar ewww.cm-figueirodosvinhos.pt, e podeser entregue no Posto de Turismo, Biblio-teca Municipal, Piscina Municipal, Juntasde Freguesia ou Agrupamento de Escolasde Figueiró dos Vinhos.

Figueiró SuperStar 2015

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12 . 16 de Março de 2015

Futebol – IniciadosA. Desportiva de Figº Vinhos 1 – Sporting de Pombal B 1

Dia de “São Patrick”!

Futebol Sub-13A. Desportiva de Figº Vinhos 9 – Recreio Pedroguense 1

Jogo disputado no Estádio Municipal Afonso La-cerda, em Figueiró dos Vinhos, a contar para a13ª jornada da série A do Campeonato Distritalde Leiria da 1ª Divisão em Iniciados. Manhã dedomingo do dia 22 de Fevereiro, fria e com ovento a complicar a vida aos atletas.Com arbitragem de Diogo Amado, auxiliado porÉlio Simões do lado da bancada e GonçaloNunes no peão, as equipas alinharam da se-guinte forma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-

nhos: Patrick (GR), Renato (Telmo aos 35 mi-nutos, por sua vez substituído por Rafael aos67 min.), Zé Lopes, Alexandre (Cap.), Ricardo,Manuel, Pedro, Zé Pedro, Rui, Duarte e Paulo.Treinador: Eurico.Sporting Clube de Pombal B: Diogo (GR),

João Silva (Tomás aos 45 min.), Batista, JoãoPedro, Rodrigo Varalonga, Ivo, Simão, Edgar,Gonçalo, Gabi, Duarte. Suplentes: AntónioRamos (GR), Simão Lopes, Alexandre Ramos,Cristiano. Treinador: José Carlos.Jogo de sentido único na primeira parte, dispu-tado praticamente no meio campo da Despor-tiva, que apenas aos 17 minutos conseguiurematar à baliza adversária. Atacava o Sporting de Pombal, defendia a Des-portiva, mas fazia-o muito bem, com Alexandrea comandar a defesa, e principalmente Patrick,com uma exibição de luxo, a defender quasetudo o que ameaçava a sua baliza. O único goloda turma de Pombal aconteceu aos 20 minutospelo lado esquerdo do ataque, com o número 7Gabi, um jogador muito rápido e habilidoso a

descer pelo corredor até à linha de fundo, entrana área e cruza de bandeja para o avançadoDuarte fazer o 0-1, sem hipóteses para Patrick.O segundo tempo não viria a ser muito dife-rente, mas logo aos 7 minutos o irrequietoDuarte, da Desportiva sofre uma carga dentroda área de Pombal, perfeitamente escusada,mas a merecer a marcação de uma grande pe-nalidade, que Pedro converte, fazendo a igual-dade.O golo animou os jovens de Figueiró que du-rante algum tempo conseguiram equilibrar apartida, mas o Sporting de Pombal, refeito da

surpresa voltou a dominar até ao final, valendode novo à Desportiva o acerto defensivo e maisuma mão cheia de boas defesas de Patrick.O empate premeia o crer e a determinação dosjovens figueiroenses, frente ao Sporting dePombal com mais argumentos e inúmeras opor-tunidades de golo, penalizado no entanto poruma grande ineficácia na concretização.Entretanto no domingo seguinte, 1 de Março, aequipa deslocou-se à Pelariga para disputar aúltima jornada desta série A, tendo perdido por6-1. Na classificação final, a Desportiva alcan-çou o 5º lugar com 11 pontos, fruto de 2 vitórias,5 empates e cinco derrotas, tendo marcado 12golos e sofrido 21. A classificação ficou assimordenada: 1º Ansião com 29 pontos, 2º Moitado Boi 27, 3º Sporting de Pombal B 24, 4º Pe-lariga 18, 5º Desportiva 11, 6º Chão de Couce7 e 7º Almagreira 4.A Desportiva vai agora disputar a segunda fasedo campeonato no grupo B juntamente com oSporting de Pombal B, Ilha, Pelariga, Chão deCouce e Almagreira. O primeiro jogo disputou-se ontem, dia 15 de Março na Almagreira, masaté ao fecho desta edição ainda não tínhamoso resultado final, que divulgaremos na nossapróxima edição.

António B. Carreira

Mais um derbie desta temporada, desta vez noescalão de sub-13, que se disputou no EstádioMunicipal Afonso Lacerda, no dia 21 de Feve-reiro de 2015, numa manhã com algum sol masmuito frio, e principalmente, muito vento, a exi-

gir maior esforço e concentração aos atletas.Sem árbitro designado pela Associação de Fu-tebol de Leiria para este jogo, coube a Rui Lei-tão a tarefa de arbitrar a partida.Constituição das equipas:

Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-

nhos: Rodrigo (GR), Cortês, Piri, Zézito, Kiko,Janeko, Guilherme (S. Cap.), André (Cap.),Lucas, Diogo, Alex, Henriques, Ruben e Gui.Treinador: Tó Martins.Recreio Pedroguense: Moreira (GR), Daniel,Miguel, João Pinto, Duarte, Sandro, André,João Nunes, João Martins e Francisco. Treina-dor: Olavo Simões.Com Janeko a abrir o marcador logo no pri-meiro minuto, e o Recreio a jogar contra ovento, era de supor que o marcador disparasselogo no início do jogo. No entanto os jovens doRecreio foram resistindo ao domínio da turmade Figueiró, e só voltaram a quebrar ao minuto16, por via de uma grande penalidade conver-tida pelo capitão André, a castigar uma mão nabola na grande área pedroguense. Até ao inter-valo, Janeko voltava a marcar aos 23 minutos,de cabeça, e Guilherme num pontapé “do meioda rua”, aos 29 levaram o marcador aos 4-0.

No segundo tempo, aos 36 minutos é assina-lada nova grande penalidade contra o Recreio,a castigar uma falta à entrada da área sobre Ja-neko, que André, chamado de novo a converter,não perdoa, fazendo assim o 5-0. Dois minutosdepois, o Recreio chega ao golo de honra, numbonito golo nascido de uma jogada individualde Sandro.Até ao final os jovens da Desportiva voltariama marcar por mais quatro vezes, aos 43 minu-tos, numa jogada de entendimento entre Ja-neko e André, que concretiza o 6-1, aos 47minutos por Janeko que se isola frente a Mo-reira e marca o 7-1, André que faz o 8-1 aos 53minutos, e Gui, que numa boa jogada individualde insistência faz o 9-1 aos 59 minutos. Contasfeitas aos golos da Desportiva, o capitão Andréfacturou um “poker”, Janeko fez hat-trick, ecada um dos Guilhermes marcou um.

António B. Carreira