o estudo de pictogramas no uso de informaÇÕes de …

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Departamento de Artes & Design O ESTUDO DE PICTOGRAMAS NO USO DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE: UMA AVALIAÇÃO DA COMPREENSIBILIDADE Aluno: Larissa Yumi Santos Gazzoni Orientador: Cláudia Mont’Alvão Introdução A diabetes é uma doença crônica onde o corpo é incapaz de produzir ou empregar adequadamente o hormônio que controla os níveis de glicose no sangue - a insulina [1]. Ela se manifesta em dois tipos. O Tipo 1 é o mais agressivo, ocorrendo na infância e na adolescência, onde o corpo não consegue produzir insulina, provocando o aumento da taxa glicêmica [1]. Em 2017, foram computados 88.300 casos de diabetes Tipo 1 em crianças e adolescentes menores de 20 anos no Brasil [2]. Já a diabetes do Tipo 2, que ocorre com maior frequência em adultos acima dos 40 anos, acontece quando a glicose começa a acumular no sangue por causa de uma resistência à insulina. A causa dessa resistência é ainda desconhecida, mas sabe-se que o fator hereditário é mais influente que no Tipo 1 [1]. No Brasil são 4,3 milhões de pessoas com mais de 65 anos de idade diagnosticadas com diabetes Tipo 2 [2]. Tanto o tipo 1 e o tipo 2 podem causar complicações como problemas renais, danos aos nervos, amputação de membros e amplia os riscos de morte prematura [3]. Para o equilíbrio da taxa glicêmica é preciso uma vida inteira de cuidados e comportamentos especiais, como controle de peso, dieta balanceada, exercícios físicos e entre outros cuidados [1]. Essas informações, no entanto, não são de acesso equitativo. O material distribuído, geralmente, são panfletos e cartilhas, com muita informação textual e poucas fotos ilustrativas. Isso dificulta a comunicação para pessoas não letradas, que ainda são uma parcela considerável da população mundial. De acordo com o 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, 758 milhões de adultos no mundo não sabem ler ou escrever frases simples [4]. Figura 1. Cartilhas e panfletos informativos

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Departamento de Artes & Design

O ESTUDO DE PICTOGRAMAS NO USO DE INFORMAÇÕES DE

SAÚDE: UMA AVALIAÇÃO DA COMPREENSIBILIDADE

Aluno: Larissa Yumi Santos Gazzoni

Orientador: Cláudia Mont’Alvão

Introdução

A diabetes é uma doença crônica onde o corpo é incapaz de produzir ou empregar

adequadamente o hormônio que controla os níveis de glicose no sangue - a insulina [1].

Ela se manifesta em dois tipos. O Tipo 1 é o mais agressivo, ocorrendo na infância e na

adolescência, onde o corpo não consegue produzir insulina, provocando o aumento da

taxa glicêmica [1]. Em 2017, foram computados 88.300 casos de diabetes Tipo 1 em

crianças e adolescentes menores de 20 anos no Brasil [2].

Já a diabetes do Tipo 2, que ocorre com maior frequência em adultos acima dos

40 anos, acontece quando a glicose começa a acumular no sangue por causa de uma

resistência à insulina. A causa dessa resistência é ainda desconhecida, mas sabe-se que o

fator hereditário é mais influente que no Tipo 1 [1]. No Brasil são 4,3 milhões de

pessoas com mais de 65 anos de idade diagnosticadas com diabetes Tipo 2 [2].

Tanto o tipo 1 e o tipo 2 podem causar complicações como problemas renais,

danos aos nervos, amputação de membros e amplia os riscos de morte prematura [3].

Para o equilíbrio da taxa glicêmica é preciso uma vida inteira de cuidados e

comportamentos especiais, como controle de peso, dieta balanceada, exercícios físicos e

entre outros cuidados [1].

Essas informações, no entanto, não são de acesso equitativo. O material

distribuído, geralmente, são panfletos e cartilhas, com muita informação textual e

poucas fotos ilustrativas. Isso dificulta a comunicação para pessoas não letradas, que

ainda são uma parcela considerável da população mundial. De acordo com o 3º

Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, 758 milhões de adultos

no mundo não sabem ler ou escrever frases simples [4].

Figura 1. Cartilhas e panfletos informativos

Departamento de Artes & Design

Tendo isto em vista, o Children’s Hospital of Eastern Ontario (CHEO)

desenvolveu uma série de pictogramas para aconselhamento dos pacientes, como forma

de promover a saúde igualitariamente. O uso de instruções pictográficas como

complemento às informações textuais e orais tem se mostrado eficiente na compreensão

dos pacientes que possuem algum tipo de barreira linguística [5] seja o analfabetismo

como também a idade e o idioma.

Alguns estudos indicam, no entanto, que, enquanto determinados pictogramas são

universais, outros são abertos a diferentes interpretações dependendo da cultura do leitor

[6]. Como o Brasil é o 4º país com mais casos de diabetes em adultos [2], isto o torna

um local relevante para testar a compreensibilidade desses pictogramas. Portanto, tendo

isto em conta, foi realizado, em parceria com o CHEO, uma pesquisa de campo para

testar estas figuras no contexto brasileiro.

Resumo do Plano Inicial

A pesquisa consiste em investigar o uso da comunicação visual como forma de

aprendizagem e auxilio de pacientes portadores. Como dito anteriormente, o projeto foi

desenvolvido em parceria com o Children’s Hospital of Eastern Ontario (CHEO),

localizado no Canadá, avaliando o conjunto de pictogramas desenvolvidos pelos

pesquisadores deste local. Desta maneira, o plano inicial foi configurado da seguinte

maneira:

• Pesquisa documental sobre o levantamento do(s) protocolo (s) de

aconselhamento em diabetes no Brasil, pelos órgãos governamentais e da

sociedade civil envolvida;

• Análise do conjunto de 35 pictogramas frente aos protocolos de

aconselhamento;

• Comparação dos resultados da análise do item (2) e dos resultados obtidos na

etapa anterior;

• Formatação e compartilhamento dessa comparação com a equipe parceira;

• Redesign de 9 símbolos selecionados com a equipe parceira;

• Reaplicação do teste de compreensibilidade para a validação dos novos

pictogramas;

• Tabulação dos dados obtidos em campo

• Formatação, compartilhamento e discussão dos dados finais com a equipe

parceira;

• Formatação do relatório final;

Objetivos

Avaliar a compreensibilidade dos pictogramas desenvolvidos pelo CHEO no

contexto brasileiro e ajustá-los de forma que essa compreensão possa ser beneficiada

para melhor compreensão e reconhecimento das figuras pelo público diabético do

Brasil.

A Primeira Etapa 2014.2 – 2017.1

A primeira etapa desta pesquisa foi realizada em 2014, como parte de uma

pesquisa apoiada pelo PIBIC/CNPq e pela FAPERJ. Nesta etapa foi realizado uma

pesquisa de campo com 124 voluntários, testando a compreensibilidade de 35

pictogramas sobre aconselhamento em diabetes.

Departamento de Artes & Design

Estes pictogramas foram desenvolvidos pelo CHEO para auxiliar pacientes não

letrados ou com alguma barreira linguística a entender os cuidados e precauções que

uma pessoa portadora de diabetes deve ter. Por motivos de sigilo com a parceria

estabelecida com o CHEO, as imagens avaliadas não podem ser apresentadas em sua

íntegra, até a conclusão do estudo.

A pesquisa de campo realizada possuía uma metodologia similar à que foi

realizada pelo CHEO no Canadá, porém apresentou resultados diferentes. Enquanto no

contexto canadense, todos os cartões foram aprovados, no Brasil, houve uma confusão

entre os significados dos pictogramas por parte dos voluntários.

Resultados

Todas as 124 respostas obtidas durante essa primeira pesquisa de campo foram

tabuladas e avaliadas qualitativamente. Estes dados, em seguida, foram compartilhados

com a equipe de pesquisadores do CHEO e, em reunião, após o tratamento estatístico e

comparação com os resultados obtidos nos dois países, concluiu-se que a avaliação da

compreensibilidade dos cartões, no seu geral, foi positiva. Somente 8 dos 35 cartões não

atingiram o nível mínimo de compreensibilidade esperado. Estes cartões não aprovados,

então, deveriam ser redesenhados e testados novamente.

Comparando os resultados obtidos, observou-se que a maior dificuldade

encontrada era no entendimento dos significados pretendidos em relação ao que se

estava sendo apresentado. Para a melhor compreensão dessas definições, elas

precisariam de um complemento. Por exemplo, um dos cartões significa “meias

brancas” (Figura 2), uma vez que é importante que os diabéticos não só utilizem meias

com sapatos fechados, mas que estas sejam brancas para que possam ser identificados

eventuais ferimentos nos pés. Porém, a maioria dos participantes brasileiros não

conseguiam relacionar esse pictograma como uma forma de proteção aos pés. Entendia-

se “meias brancas”, no contexto do Brasil, não é geralmente relacionada como uma

forma de cuidado com os pés e prevenção de ferimentos recorrentes em pessoas com

diabetes.

Figura 2. Cartão “meias brancas” original

Entende-se que a diferença de contextos e, portanto, de culturas, é prejudicial na

compreensão dos significados dos pictogramas pois estes foram desenvolvidos para um

público canadense. Por isso, os pictogramas deveriam ser testados e alterados para

serem culturalmente apropriados.

Segunda etapa 2017.2 – 2018

Nessa segunda etapa da pesquisa serão apresentados os resultados desse ano de

projeto, que se iniciou no segundo semestre de 2017, considerando os seguintes tópicos:

• Pesquisa documental sobre o levantamento do(s) protocolo (s) de

aconselhamento em diabetes no Brasil, pelos órgãos governamentais e da

sociedade civil envolvida;

Departamento de Artes & Design

• Análise do conjunto de 35 pictogramas frente aos protocolos de

aconselhamento;

• Comparação dos resultados da análise do item (2) e dos resultados obtidos na

etapa anterior;

• Formatação e compartilhamento dessa comparação com a equipe parceira;

• Redesign de 8 símbolos selecionados com a equipe parceira;

• Reaplicação do teste de compreensibilidade para a validação dos novos

pictogramas;

• Tabulação dos dados obtidos em campo

• Formatação, compartilhamento e discussão dos dados finais com a equipe

parceira;

• Formatação do relatório final;

Pesquisa documental

Nesta primeira parte da pesquisa, foram levantados diversos documentos de

diretrizes e posicionamentos para os médicos, organizados pelo Ministério da Saúde e a

Sociedade Brasileira da Diabetes. São eles: Controle da glicemia no paciente

hospitalizado; Prevenção, diagnóstico e conduta terapêutica na doença renal do

Diabetes; Recomendações sobre o uso de estatinas em pessoas com Diabetes; Atividade

física e Diabetes: a prática segura de atividades desportivas; Cirurgia Bariátrica e

Metabólica 2016; Diretrizes SBD 2015/2016; Recomendações sobre o tratamento

injetável do Diabetes: Insulinas e Incretinas; Conduta terapêutica no diabetes tipo 2:

Algoritmo SBD 2017; Rastreamento e Diagnóstico Diabetes Mellitus Gestacional no

Brasil; 1º Diretriz brasileira de prevenção de DCV em pacientes com DM – SBD, SBC

e SBEM; Diretrizes SBD 2017/2018.

De acordo com essas diretrizes, para a avaliação periódica da evolução da taxa

glicêmica é preciso uma equipe interdisciplinar, que gera estratégias educacionais para o

paciente, estratégias de automonitorização e farmacológicas [7]. Essas intervenções são

necessárias para a eficácia das ações dirigidas ao bom controle da diabetes.

Analise do conjunto, comparação e formatação

Após a análise dos resultados obtidos, junto com a equipe de pesquisadores do

CHEO, concluiu-se que 8 dos 35 pictogramas não atingiram os níveis mínimos de

compreensibilidade, e, portanto, passariam por um processo de redesenho. São esses:

Auto-exame dos Pés, Cuidados com os Pés, Digestão Lenta, Danos aos Nervos, Educação

em Grupo, Meias Brancas, Quente e Frio, Remédio para Dor.

Redesenho

Para a elaboração dos redesenhos foram levadas em conta as observações dos

voluntários desta primeira etapa. A intenção durante o processo de redesenho era

observar os aspectos do desenho original, agregando pequenas alterações que, conforme

os voluntários, facilitariam a compreensão da informação exibida pelo pictograma.

Além disso, foi realizado um teste de produção com cerda de 20 voluntários, que

também analisaram os pictogramas e seus significados, sugerindo alterações que

julgavam necessárias.

Em geral, os comentários dos participantes eram de que as figuras eram confusas

e faltavam detalhamento para indicar a intenção do pictograma e para o melhor

entendimento dessas definições, elas precisariam de um complemento. No caso do

cartão “meias brancas” (Figura 2), por exemplo, o intuito era indicar a importância do

uso de meias claras para que seja possível indicar eventuais ferimentos nos pés, uma das

Departamento de Artes & Design

consequências da diabetes. No entanto, a maioria dos participantes brasileiros não

conseguiram relacionar esse pictograma como uma forma de proteção aos pés, pois, no

Brasil, o uso de meias não é geralmente relacionada à uma forma de cuidado e

prevenção.

Este cartão, assim como os outros sete que não passaram na primeira fase, foram

alterados e adaptados, levando em conta todos os comentários feitos durante a primeira

etapa e o teste de produção. No final desse processo, cada pictograma possuía cerca de 2

a 5 variações para que pudesse ser testado qual deles possuía a maior relação com seu

significado.

Por conseguinte, foi realizado um teste piloto com estas variações dos

pictogramas, com cerca de 15 voluntários, para definir qual das versões desenvolvidas

tinha maior relação com o significado pretendido. A partir dos resultados do teste piloto,

então, foi fechado um novo grupo de cartões.

Estes cartões redesenhados foram apresentados à equipe de pesquisadores do

CHEO e, com a concordância de ambas as equipes, iniciou-se uma segunda etapa de

pesquisa de campo.

Reaplicação do Teste

Nesta segunda etapa de pesquisa de campo, o processo metodológico adotado foi

o mesmo realizado na primeira, mas agora seria efetuada somente com os 8 cartões

redesenhados. Ela é dividida em quatro fases:

1. Teste de compreensibilidade

2. Teste de Transluscência

3. Obtenção de Dados Demográficos

4. Reaplicação do Teste de Compreensibilidade

Na primeira fase, o teste de compreensibilidade, os 8 cartões foram apresentados

de forma aleatória, sem que o pesquisador dissesse seus significados para o participante.

O objetivo era que os voluntários pudessem expressar seu entendimento destes

pictogramas, usando somente o conhecimento que já possuía sobre a diabetes. O

pesquisador anotava, então, se a resposta do voluntário era próxima ou igual à definição

real, se tinha uma relação média ou se a definição dada não era a pretendida.

Em seguida, era dito o real significado dos pictogramas para o participante e

começava o teste de transluscência. Esta segunda fase consistia em graduar a figura

numa escala de 1 à 7, indicando o quanto aquele pictograma representava o

aconselhamento pretendido.

Então, era feito uma coleta de dados dos voluntários para que eles pudessem se

abstrair da pesquisa por um momento. Eram coletados a idade, o gênero, cidade/estado

de origem, há quanto tempo é portador da doença, número de medicamentos usados,

Figura 3. Proposta 1 Figura 4. Proposta 2 Figura 5. Proposta 3, a

escolhida

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profissão/ocupação, escolaridade e renda familiar e individual. Essa fase era importante

não só para a análise de dados, mas também para a realização da próxima fase, a

reaplicação do teste de compreensibilidade, que avaliaria o reconhecimento dos

pictogramas.

Esta quarta e última fase era aplicada exatamente igual a aplicação da primeira

fase: os cartões eram apresentados de forma aleatória e o aplicador anotava as respostas.

A única diferença entre a primeira e a última fase era que o voluntário já teria

conhecimento dos significados dos pictogramas. O objetivo era que pudesse ser testado

a memorabilidade das figuras.

As 52 respostas levantadas foram tabeladas por fase e analisadas qualitativamente

e todas essas respostas, a metodologia e a testagem, incluindo o levantamento dos dados

demográficos, são protegidos por um termo de sigilo.

Resultados

Após computar todos os dados e compará-los aos da primeira, tivemos resultados

promissores. No somatório das 124 respostas da primeira etapa dos 8 cartões

reprovados, foram no total 992 respostas no qual 669 eram incorretas, e na segunda

etapa, com 417 respostas, somente 147 estavam erradas.

No caso do caso do cartão “educação em grupo”, na primeira etapa (figura 6), no

teste de compreensibilidade, 53 de 124 respostas estavam erradas. Depois do redesenho,

no teste de compreensibilidade da segunda etapa, houve uma melhora significante:

somente 3 das 52 respostas estavam totalmente incorretas.

A média da nota do teste de transluscência aumentou de 5,2 para 6,7. E na

reaplicação do teste de compreensibilidade, na primeira etapa houveram 73 respostas -

um aumento comparado ao primeiro teste de compreensibilidade – e na segunda etapa

tivemos uma única resposta incorreta de 52.

Já o cartão “meias brancas” mencionado anteriormente não teve uma diferença tão

grande entre as etapas no primeiro teste de compreensibilidade e no teste de

transluscência. Na primeira pesquisa de campo houveram 23 respostas totalmente

incorretas e 98 meio certas, com uma média de 5,4, e na segunda pesquisa de campo

obtivemos 15 de 52 respostas incorretas e 37 meio certas.

No entanto, na reaplicação do teste de compreensibilidade, a primeira pesquisa

obteve 98 de 124 respostas incorretas e 9 de 124 respostas meio certas e na segunda etapa

efetuada em 2017/2018, somente 2 das 52 respostas estavam totalmente incorretas e 20

respostas meio certas.

Todos esses dados adquiridos da segunda pesquisa de campo serão compartilhados

com a equipe do CHEO para a finalização da pesquisa.

Figura 6. Cartão “educação

em grupo” original Figura 7. Redesenho final do

cartão “educação em grupo”

Departamento de Artes & Design

0

20

40

60

80

100

120

140

Cuidado com

os Pés

Digestão

Lenta

Remédio

Para Dor

Auto-exame

dos Pés

Meias

Brancas

Quente e

Frio

Educação em

Grupo

Dano aos

Nervos

Respostas Incorretas do Teste de Compreensibilidade

1ª Etapa 2ª Etapa

0

20

40

60

80

100

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Cuidado

com os Pés

Digestão

Lenta

Remédio

Para Dor

Auto-exame

dos Pés

Meias

Brancas

Quente e

Frio

Educação

em Grupo

Dano aos

Nervos

Respostas Incorretas da Reaplicação do Teste de Compreensibilidade

1ª Etapa 2ª Etapa

Gráfico 1 – Respostas Incorretas do Teste de Compreensibilidade

Gráfico 2 – Respostas Incorretas da Reaplicação do Teste de Compreensibilidade

Departamento de Artes & Design

Considerações Finais

É evidente que alguns pictogramas devem ser adaptados para serem culturalmente

apropriados e testados para que sejam de melhor aceitação do público. A cultura local se

demonstra um grande um fator na interpretação e entendimento de pictogramas [8] como

é visto no caso do pictograma “educação em grupo”. Alterar o cavalete para um quadro

de aula e mais alguns detalhes indicativos fizeram uma diferença significativa na

compreensibilidade e reconhecimento dos pictogramas pelo público brasileiro. Com isso,

a assistência de pacientes diabéticos pode ser melhor conduzida pelos médicos e

profissionais na área de saúde.

Referências

[1] LUCENA, Joana B.S., Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2, São Paulo, 2007. 74 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (Farmácia), Centro Universitário de Faculdades

Metropolitanas Unidas - FMU. São Paulo, 2007.

[2] International Diabetes Federation, IDF Diabetes Atlas, Belgium: IDF, 2017.

Disponível em: http://diabetesatlas.org/resources/2017-atlas.html. Acesso em 9 jul 2018.

[3] World Health Organization, Global Report on Diabetes, Suíça: WHO, 2016.

Disponível em: http://www.who.int/diabetes/publications/grd-2016/en/. Acesso em 9 jul

2018.

[4] Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNESCO, 3º

Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, Alemanha: UNESCO,

2016. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0024/002470/247056por.pdf.

Acesso em 9 jul 2018.

[5] PYNN, D. et al., Development of culture-specific pictograms for type II diabetes

patient counselling. First Nations and Inuit Health Branch, Ottawa, Canada, 2014.

0

1

2

3

4

5

6

7

Cuidado

com os Pés

Digestão

Lenta

Remédio

Para Dor

Auto-exame

dos Pés

Meias

Brancas

Quente e

Frio

Educação

em Grupo

Dano aos

Nervos

Média da Nota do Teste de Transluscência

1ª Etapa 2ª Etapa

Gráfico 3 – Média da Nota do Teste de Trasnluscência

Departamento de Artes & Design

[6] International Pharmaceutical Federation, Development, References and

Publications, Canadá: FIP, 2012. Disponível em:

http://fip.org/pictograms_development. Acesso em 9 jul 2018.

[7] Conduta Terapêutica no Diabetes Tipo 2: Algoritmo SBD 2017, Sociedade Brasileira

de Diabetes, Brasil: SBD, 2017. Disponível em:

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/POSICIONAMENTO-

OFICIAL-SBD-02-2017-ALGORITMO-SBD-2017.pdf. Acesso em 12 jul 2018

[8] KASSAM, R., VAILLANCOURT, L. R., COLLINS, J. B., Pictographic

instructions for medications: do different cultures interpret them accurately?.

International Journal of Pharmacy Practice, nº 12, p. 199-209, junho, 2004.

Imagens

ADJ Diabetes Brasil. Um pacote educativo para informar sobre diabetes nas

escolas.2015. Disponível em: http://www.adj.org.br/kids. Acesso em 12 jul 2018

Prefeitura de São Paulo. AMG – Programa de Automonitoramento Glicêmico. Dia

Mundial do Diabetes. Disponível em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/programas/index.php?p=6070.

Acesso em 12 jul 2018.

Sabincor. Cartilhas. O que é a diabetes? Disponível em:

http://www.sabincor.com.br/pacientes/cartilhas. Acesso em 12 jul 2018.

SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Campanha Temática Hipertensão infantil.

Rio de Janeiro, 2013. 18pag. Disponível em:

<http://prevencao.cardiol.br/campanhas/hipertensao/cartilha_crianca.pdf> Acesso em 7

Março 2016.

Departamento de Artes & Design

Apêndice 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido respondido pelos voluntários participantes

da pesquisa

Departamento de Artes & Design

Anexo 1

Conduta Terapêutica no Diabetes Tipo 2: Algoritmo SBD 2017, Sociedade Brasileira de

Diabetes,Módulo 4, p. 13. Disponível em:

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/POSICIONAMENTO-

OFICIAL-SBD-02-2017-ALGORITMO-SBD-2017.pdf. Acesso em 12 jul 2018.