o essencial sobre ressonância de magnética

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  • 8/3/2019 O Essencial Sobre Ressonncia de Magntica

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    RESSONNCIA MAGNTICA

    Belo HorizonteFaculdade de Tecnologia Novo Rumo

    FACULDADE DE TECNOLOGIA NOVO RUMORua Paraba, 75, Funcionrios,Belo Horizonte Minas Gerais.

    CEP.: 30130-140Fone: (31) 3226-2858

    Site: www.novorumo.com.brE-mail: [email protected]

    Diretor GeralWagner Tadeu Crisstomo

    Coordenador do Curso SuperiorWalkirio Ronaldo Lovorato

    Coordenador do Curso TcnicoRicardo Antonio de Oliveira Macedo

    2010 - Faculdade Novo Rumo. Todos os direitos reservados ao autor, sendo vedada a reproduo no todo ou em partesem a prvia autorizao.

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    Coordenao PedaggicaRejane Prates Crisstomo

    Silvana Aparecida Filgueiras

    BibliotecrioClaydson Silva Rodrigues

    MantenedoraExpanso Tecnologia de Ensino e Imagens Ltda

    Ficha catalogrfica: Claydson Silva Rodrigues CRB6/2298

    Faculdade de Tecnologia Novo Rumo

    2010 - Faculdade Novo Rumo. Todos os direitos reservados ao autor, sendo vedada a reproduo no todo ou em partesem a prvia autorizao.

    S941Savione, HerickApostila: O essencial sobre ressonncia magntica. / HerickSavione.Colaboradores: Flvio Glueck, Alexandre Carlos de Miranda.Belo Horizonte: Faculdade Novo Rumo, 3ed, 2010.

    Inclui Bibliografia

    1. Ressonncia magntica.I. Savione, Herick II. Glueck, Flvio III. IV. Faculdade Novo RumoVI. Ttulo

    CDD: 616.07548

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    Faculdade de Tecnologia Novo Rumowww.novorumo.com.br

    RESSONNCIA

    MAGNTICA

    SUMRIO

    Captulo 01 Introduo e curiosidades sobre Ressonncia Magntica..........04

    Captulo 02 Princpios bsicos da Ressonncia Nuclear magntica..............11

    Captulo 03 Codificao e formao de imagens..........................................18

    Captulo 04 - Segurana em IRM.....................................................................27

    Captulo 05 - Os 15 principais exames em RM................................................31

    Referncias......................................................................................................48

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    CAPITULO I

    INTRODUO E CURIOSIDADES SOBRE RESSONNCIAMAGNTICA

    1.1 COMO FUNCIONA UM EQUIPAMENTO DE RESSONNCIA MAGNTICA?Os tecidos do corpo humano so compostos por diminutas partculas chamadas tomos. Em

    condies normais, os prtons dentro destes tomos giram desordenadamente. O equipamento deRESSONNCIA MAGNTICA organiza estes tomos de forma a colher um sinal que ser tratado e irgerar imagens diagnsticas.

    1.1.1 O MAGNETODentro do qual fica o paciente cria um forte campo magntico. Isso faz com que os prtons

    alinhem-se juntos e gire na mesma direo, como um conjunto de minsculos pies. Um sinal deradio freqncia (RF) emitido para dentro do campo magntico. Este sinal tem a mesmafreqncia que a freqncia dos prtons de hidrognio e desta forma a RF aplicada faz com que osprtons de hidrognio se movam ao mesmo tempo em ngulos e velocidade planejadas produzindo

    o fenmeno da ressonncia. Quando o sinal cessa, os prtons voltam sua posio de alinhamentoe liberam energia que captada tambm na forma de um sinal por uma espiral receptora (antenacomum).

    Ncleos atmicos 1 desordenados, 2 orientados pelo campo principal e 3 voltando ao estado

    inicial (desordenados)Que mede esta energia liberada pelos prtons. O tempo que os prtons levam para voltar

    posio de alinhamento tambm medido. Estas medidas fornecem informaes sobre o tipo detecido em que esto os prtons, bem como as alteraes destes tecidos.

    1.1.2 O COMPUTADORUtiliza estas informaes para construir imagens que aparecem num monitor de TV. As imagens

    assim obtidas podem ser registradas em filmes que juntamente com o laudo so entregues aopaciente que por sua vez os encaminha ao seu mdico.

    1.1.3 H QUANTO TEMPO A RESSONNCIA MAGNTICA VEM SENDO UTILIZADA?Embora Qumicos e fsicos venham utilizando os princpios bsicos da RESSONNCIA MAGNTICA

    desde a dcada de 1940, somente no incio dos anos 80 que a RESSONNCIA MAGNTICA passou aser aprovada nos USA para as primeiras investigaes clnicas com pacientes.

    1.2. O QUE O PACIENTE DEVE SABER SOBRE RESSONNCIA MAGNTICA.

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    Imagem por ressonncia magntica um mtodo diagnstico por imagem que no utilizaradiaes ionizantes sendo, portanto, totalmente desprovido de efeitos secundrios prejudiciais aopaciente.

    1.2.1 A RESSONNCIA MAGNTICA PODE PRODUZIR IMAGENS EM TODOS OS PLANOS DOCORPOMostrando o que est acontecendo nos rgos ou tecidos do paciente. Ela utiliza: - um grande

    magneto (im) - ondas de rdio - um avanado computador O magneto bastante amplo econfortvel e envolve o paciente durante o exame.

    1.2.2 POR QUE A RESSONNCIA MAGNTICA IMPORTANTE?Porque ela pode oferecer um diagnstico rpido e eficiente, permitindo um tratamento precoce e

    seguro das doenas.

    1.2.3 AS IMAGENS DA RESSONNCIA MAGNTICA SO EXTREMAMENTE PRECISAS?Imagens por ressonncia magntica utilizam a mais avanada tecnologia disponvel ao ser

    humano, capaz de propiciar exames bastante precisos de qualquer parte do corpo sem riscos para o

    paciente, como j foi dito. Isso se deve a elevada sensibilidade do aparelho e s informaes obtidaspelo sistema de computadores que trabalham em conjunto durante a realizao do exame.

    1.3. APLICAES DA RESSONNCIA MAGNTICADada a grande sensibilidade da RM, ela especialmente valiosa para ajudar a diagnosticar:

    1.3.1 DOENAS DOS RGOS E ARTICULAESAs imagens so to precisas que podem fornecer tambm o diagnstico diferencial das leses do

    fgado, bao, pncreas, rins, glndulas adrenais com detalhes anatmicos das articulaes obtidasatravs da RESSONNCIA MAGNTICA faz deste o melhor exame para as doenas osteo-articulares.

    1.3.2 PERTURBAES DO SISTEMA NERVOSO- Esclerose mltipla pode ser detectada em suas fases iniciais.- Tumores do sistema nervoso central so facilmente localizados.- Doenas da base do encfalo.- Doenas do interior da medula ou ao redor dela.- Doenas da coluna com envolvimento do sistema nervoso.- Hidrocefalias. - Leses da hipfise.- Leses dos nervos cranianos.- Doenas congnitas, etc.

    1.3.3 DOENAS VASCULARES CEREBRAISOs novos programas dos aparelhos de ressonncia magntica permitem a avaliao das artrias

    do pescoo (artrias cartidas e vertebrais) e do crebro sem o uso do contraste.

    1.3.4 CNCERA RESSONNCIA MAGNTICA pode ser utilizada para detectar precocemente o cncer nos

    diferentes tecidos e rgos. Preparao para um exame de ressonncia magntica Em casa Relaxeapenas e siga sua rotina normalmente. Alimente-se como de costume e tome seus remdioshabituais.

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    1.4. ORIENTAES AO PACIENTE AO REALIZAR O EXAME- Voc ser questionado sobre o motivo do seu exame.- Voc ser informado sobre o procedimento (exame).- Voc dever remover todos os objetos metlicos tais como jias prendedores de cabelo,

    culos, perucas (se houver clipes de metal) e dentaduras mveis.

    - No use rmel nem outros cosmticos.- Voc poder receber um avental especialmente para o exame.- Poder ser-lhe injetado um agente "contraste". Isto ajuda a melhorar a qualidade de certas

    imagens obtidas, propiciando um diagnstico diferencial mais correto. Este contraste bastante seguro, incuo, e bastante diferente dos contrastes usados em procedimentosradiolgicos (contrastes iodados). - Crianas pequenas podem Ter que ser sedadas para quepermaneam deitadas e quietas.

    1.5. O PROCEDIMENTO DO EXAME

    Embora o equipamento possa causar apreenso no h necessidade de ter medo. importanteapenas permanecer quieto e relaxado durante a execuo do exame. Seus movimentos podematrapalhar a aquisio dos dados pelo computador e produzir artefatos que produziro imagens dem qualidade.

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    1.5.1 ASSIM QUE O EXAME COMEARA mesa examinadora, na qual voc permanecer deitado, deslizar suavemente para dentro de

    um grande magneto o qual fornecer as condies tcnicas adequadas para que o exame possa ser

    iniciado. Uma das grandes vantagens da RESSONNCIA MAGNTICA que muitas imagens podemser obtidas nos planos axial, coronal e sagital sem o reposicionamento do paciente.

    1.5.2 DURANTE O EXAMEVoc ouvir alguns rudos caractersticos do aparelho e outros intermitentes que representam as

    ondas de rdio emitidas por uma unidade especfica, de acordo com a tcnica selecionada para oseu exame em particular. No se assuste. So apenas rudos suaves que no lhe produziroqualquer efeito desagradvel.

    1.5.3 QUANDO O EXAME TERMINAVoc retirado da mesa e poder regressar normalmente para sua casa, para o seu trabalho ou

    escola. O exame no interfere na rotina de sua vida.

    1.5.4 OS RESULTADOS DO EXAME SERO AVALIADOS POR UM ESPECIALISTA EMRESSONNCIA MAGNTICA

    Que estudar as centenas de imagens obtidas. As imagens sero transferidas para filmesradiolgicos que juntamente com o laudo do especialista devem ser enviados ao seu mdico.

    1.5.5 O MDICOAvaliar o resultado do exame e, de acordo com o diagnstico obtido, sua histria clnica, seus

    sinais e sintomas e o resultado de outros possveis exames laboratoriais, lhe sugerir o tratamentoadequado caso isso seja necessrio.

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    1.5.6 O TRATAMENTOClnico ou cirrgico depender exclusivamente do resultado do exame, sendo este, portanto,

    essencial para a manuteno do estado de sade do paciente.

    1.5.7 ANTES DE REALIZAR O EXAME DE RM importante que voc discuta o procedimento com o seu mdico para avaliar os riscos e

    benefcios e benefcios do exame.1.6. POSSVEIS RISCOS

    A RESSONNCIA MAGNTICA tem sido testada exaustivamente em todo o mundo e at opresente momento no foi detectado qualquer efeito prejudicial aos seres humanos.

    1.7. BENEFCIOS CONHECIDOS- Extrema sensibilidade diagnstica.- Imagens detalhadas com maior preciso em todos os planos do corpo.- Deteco precoce das doenas.- Deteco precoce significa tratamento precoce.- Tratamento precoce quase sempre significa maior sucesso do tratamento e despesas

    menores.- A RESSONNCIA MAGNTICA no causa dor ou outros efeitos secundrios desagradveis.- A RESSONNCIA MAGNTICA no utiliza raios X.- O contraste endovenoso, quando usado, no coloca em risco a sade do paciente.

    1.8. ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTAS

    1.8.1 AS MULHERES GRVIDAS PODEM REALIZAR EXAMES DE RM?

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    Apesar de no haver evidncia de que exista qualquer risco para o feto, recomenda-se sgestantes realizar o exame aps o primeiro trimestre de gravidez. Exames antes deste perodopodem ser realizados desde que o diagnstico seja imprescindvel gestante.

    1.8.2 OS EXAMES DE RESSONNCIA MAGNTICA SO CAROS?Embora os custos do equipamento e o material utilizado durante o exame sejam bastante

    elevados, o preo de um exame no Brasil corresponde a um tero daqueles cobrados nos EstadosUnidos e na Europa. O CETAC mantm convnio com as melhores entidades de assistncia mdica.Verifique com seu plano de sade, se ele cobre os custos do exame.

    1.8.3 OBTURAES EM MEUS DENTES AFETAM O EXAME?Elas podem causar certa distoro das imagens feitas ao redor da boca, mas no altera os

    resultados dos exames do crebro, coluna ou outra parte do corpo. Comunique recepcionista,enfermeira ou mdico que vai fazer seu exame se voc tem aparelhos ortodnticos, pontes fixas,mveis ou outro corpo metlico em seu organismo.

    1.8.4 QUANTO TEMPO LEVA-SE PARA FAZER UM EXAME?

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    Nosso equipamento de RESSONNCIA MAGNTICA (Philips ACS NT 1.5 Tesla) um dos maismodernos e rpidos do mundo. Enquanto outros equipamentos levam de 60 a 90 minutos para fazerum exame, o Philips ACS NT 1.5 Tesla realiza um exame completo em 30 a 45 minutos.

    1.8.5 PESSOAS COM MARCA-PASSO CARDACO PODEM SER EXAMINADAS?No! As pessoas com marca-passo cardaco e outros tipos de implantes estimulativos no podem

    realizar o exame de RM. Outras que no podem ser examinadas so as pessoas com algum tipo de

    implante de metal ferroso, incluindo placas, clipes e pilhas.

    CAPITULO II

    PRINCPIOS BSICOS DA RESSONNCIA NUCLEAR MAGNTICA

    2. ESTRUTURA ATMICAO tomo consiste em um ncleo central e em eltrons em rbita em torno deste. O ncleo

    contm ncleos que so subdivididos em prtons e nutrons; os prtons tm carga positiva, osnutrons no tm carga alguma e os eltrons tm carga negativa. O nmero atmico a soma dosprtons no ncleo e o nmero de massa a soma dos prtons e nutrons no ncleo:

    A = n + pOnde:A: nmero de massa n: nmero de nutrons p: nmero de prtons

    O tomo eletricamente estvel quando o nmero de eltrons negativamente carregados emrbita em torno do ncleo igual ao nmero de prtons com carga positiva no ncleo. Os tomosque so eletricamente instveis devido a um dficit de eltrons, ou a um nmero excessivo destes,so denominados ons.

    2.1 MOVIMENTO NO INTERIOR DO TOMOTrs tipos de movimento esto presentes no interior do tomo.So eles:Eltrons girando sobre seu prprio eixo.

    Eltrons em rbita em torno do ncleo.O prprio ncleo girando em torno do seu eixo.

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    Os princpios da IRM tm por base o movimento giratrio de ncleos especficos presentes emtecidos biolgicos. Eles so conhecidos com ncleos ativos em RM.

    2.2 NCLEOS ATIVOS EM RESSONNCIA MAGNTICA (RM)

    Os ncleos ativos em RESSONNCIA MAGNTICA se caracterizam por sua tendncia a alinharseu eixo de rotao a um campo magntico aplicado. Devido s leis da induo eletromagntica,ncleos que tm carga efetiva e esto em rotao adquirem um momento magntico e so capazesde alinhar-se a um campo magntico externo. Isto ocorre quando o nmero de massa mpar, isto, h um nmero par de nutrons e um nmero mpar de prtons ou vice-versa. O processo destainterao o momento angular ou rotao (spin).

    Esto relacionados a seguir exemplos importantes de ncleos ativos em RM,juntamente com seu nmero de massa:

    Ncleo ativo em RM Nmero de MassaHidrognio 1Carbono 13Nitrognio 15Oxignio 17Flor 19Sdio 23Fsforo 31

    Embora os nutrons no tenham carga efetiva, suas partculas subatmicas se dispem deforma irregular sobre a superfcie do nutron e esta situao possibilita que o ncleo em que onutron est situado seja ativo em RESSONNCIA MAGNTICA enquanto o nmero de massa formpar. O alinhamento pode ser medido como o total dos momentos magnticos nucleares e expresso como um vetor somatrio. A potncia do momento magntico total especfico de todoncleo e determina a sensibilidade ressonncia magntica.

    2.3 O NCLEO DE HIDROGNIOO ncleo de hidrognio o ncleo ativo em RESSONNCIA MAGNTICA usado nas imagenspor RESSONNCIA MAGNTICA clnica. O ncleo de hidrognio contm apenas um prton (nmeroatmico e de massa 1). Ele usado por ser muito abundante no corpo humano e porque seu prtonsolitrio lhe proporciona um momento magntico relativamente grande.

    2.4 O NCLEO DE HIDROGNIO COMO UM MAGNETOAs leis do eletromagnetismo afirmam que um campo magntico criado quando uma

    partcula carregada se move. O ncleo de hidrognio contm um prton com carga positiva queefetua uma rotao, isto , ele se move. Em conseqncia disto, o ncleo de hidrognio tem umcampo magntico induzido a sua volta e age como um pequeno magneto.

    O magneto de cada ncleo de hidrognio tem efetivamente um plo norte e um plo sul depotncia igual. O eixo norte/sul de cada ncleo representado por um momento magntico. O

    momento magntico de cada ncleo tem propriedades de um vetor, ou seja, tem tamanho e direoe denotado por uma seta. A direo do vetor designa a direo do momento magntico e ocomprimento do vetor designa o tamanho deste.

    2.5 ALINHAMENTONa ausncia de um campo magntico aplicado, os momentos magnticos dos ncleos de

    hidrognio tm uma orientao ao acaso.Quando os ncleos de hidrognio so colocados num forte campo magntico esttico

    externo, porm, seus momentos magnticos se alinham a este campo magntico. Alguns dosncleos de hidrognio alinham-se em paralelo ao campo magntico (na mesma direo), enquantouma proporo menor dos ncleos se alinha em direo antiparalela ao campo magntico (nadireo oposta).

    A fsica quntica descreve as propriedades da radiao eletromagntica em termos dequantidades discretas de energia e no de ondas (teoria clssica). Aplicando-se a fsica quntica IRM, os ncleos de hidrognio possuem apenas dois estados de energia ou populaes alta e baixa.

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    Os ncleos de baixa energia alinham seu momento magntico paralelamente ao campo externo eso denominados ncleos spin up (de rotao positiva).

    Os ncleos de alta energia alinham seu momento magntico na direo antiparalela e sodenominados spin down (de rotao negativa). Observar que so os momentos magnticos dos

    ncleos de hidrognio que se alinham a B0 e que eles s podem alinhar-se em uma de duas direes paralela ou antiparalela a B0.Os fatores que afetam quais ncleos de hidrognio se alinham em direo paralela e quais

    deles se alinham em direo antiparalela so determinados pela potncia do campo magnticoexterno e pelo nvel de energia trmica dos ncleos. Ncleos de baixa energia trmica no tmenergia suficiente para opor-se ao campo magntico na direo antiparalela.

    Ncleos de elevada energia trmica, porm, possuem energia bastante para se opor aocampo e medida que aumenta a potncia do campo magntico diminui o nmero de ncleos comenergia suficiente para isso. A energia trmica de um ncleo determinada pela temperatura dopaciente. Esta no pode ser alterada significativamente nas aplicaes clnicas e a nfase emcampos magnticos mais e mais potentes.

    Em equilbrio trmico, h sempre menos ncleos de energia elevada que de baixa energia, epor isso os momentos magnticos dos ncleos alinhados paralelamente ao campo magntico

    cancelam o nmero menor de momento magnticos alinhados em direo antiparalela. Como h umnmero maior de momentos alinhados paralelamente, h sempre um pequeno excesso na direoque produz um momento magntico efetivo.

    Outros ncleos ativos em RESSONNCIA MAGNTICA tambm se alinham ao campomagntico e produzem seus prprios pequenos momentos magnticos efetivos. Esses momentosmagnticos no so usados na IRM clnica, pois no existem no corpo em abundncia suficiente paraa aquisio de imagens adequadas, j que seus momentos magnticos efetivos so muito pequenos.Entretanto, com bobinas de RF (de radiofreqncia) sintonizadas freqncia apropriada e com umahomogeneidade adequada de B0 possvel obterem-se imagens de outros ncleos ativos em RM.

    O momento magntico efetivo de hidrognio, todavia, produz um vetor magnticosignificativo, que usado na IRM clnica.

    O momento magntico do hidrognio denominado vetor de magnetizao efetiva (VME).O campo magntico esttico externo designado como B0.A interao do VME com B0 base da IRM.A unidade de B0 tesla ou Gauss. 1 tesla (T) equivale a 10.000 Gauss (G).Quando um paciente colocado no foco do magneto, os ncleos de hidrognio em seu corpo

    se alinham paralela e antiparalelamente a B0. Um pequeno excesso de ncleos de hidrognio sealinha a B0 e constitui o VME do paciente. A diferena de energia entre as duas populaes aumenta medida que B0 aumenta. Em conseqncia disso, em campos de potncia elevada h menosncleos com energia suficiente para passar populao de alta energia. Isto quer dizer que amagnitude do VME maior em campos de alta potncia que naqueles de baixa potncia,ocasionando um sinal melhor.

    2.6 PRECESSOCada ncleo de hidrognio que constitui o VME est girando sobre seu eixo. A influncia de

    B0 produz uma rotao adicional ou oscilao do VME em torno de B0. Esta rotao secundria denominada precesso e faz com que os momentos magnticos descrevam uma trajetria circularem torno de B0. Esta trajetria denominada trajetria de precesso e a velocidade com que o VMEoscila em torno de B0 so designadas como freqncia de precesso. A unidade da freqncia deprecesso o megahertz (MHz), em que 1 Hz equivale a 1 ciclo por segundo e 1 MHz a 1 milho deciclos por segundo.

    possvel perceber que h duas populaes de ncleos de hidrognio alguns ncleos spindown de alta energia e um nmero maior de ncleos de spin up de baixa energia. Os momentosmagnticos de todos esses ncleos fazem precesso em torno de B0 numa trajetria precessionalcircular.

    2.7 A EQUAO DE LARMORO valor da freqncia de precesso ditado pela equao de Larmor. Esta equao afirma

    que:

    A freqncia de precesso

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    ( ) B= X

    onde B a potncia do campo magneto e a razo giromagntica. Esta razo expressa relaoentre o momento angular e o momento magntico de cada ncleo ativo em RM. Ela constante e expressa como a freqncia de precesso de um ncleo ativo em RESSONNCIA MAGNTICAespecfico a 1 T. A unidade da razo giromagntica , pois MHz/T.

    Outros ncleos ativos em RESSONNCIA MAGNTICA tm razes giromagnticas diferentes,tendo portando freqncias de precesso diferentes mesma potncia de campo. Alm disso, ohidrognio tem uma freqncia de precesso diferente a diferentes potncias de campo.

    Por exemplo:a 1,5 T, a freqncia de precesso do hidrognio de 63,86 MHz (42,57 MHZ X 1,5

    T),a 1,0 T, a freqncia de precesso do hidrognio de 42,57 MHz (42,57 MHZ X 1,0

    T),a 0,5 T, a freqncia de precesso do hidrognio de 21,28 MHz (42,57 MHZ X 0,5

    T).

    A freqncia de precesso freqentemente denominada freqncia de Larmor, por serdeterminada pela equao de Larmor. Como a razo giromagntica uma constante deproporcionalidade, B proporcional freqncia de Larmor. Em conseqncia disso, a freqnciade Larmor aumenta quando B aumenta e vice-versa.

    2.8 RESSONNCIA A ressonncia um fenmeno que ocorre quando

    um objeto exposto a uma perturbao oscilatria que

    tem uma freqncia prxima de sua prpria freqncia

    natural de oscilao. Um ncleo que exposto a uma

    perturbao externa com oscilao semelhante a sua

    prpria freqncia natural ganha energia da fora

    externa. O ncleo ganha energia e entra em ressonncia

    caso a energia seja aplicada a exatamente sua

    freqncia de precesso. A ressonncia no ocorre se aenergia aplicada a uma freqncia diferente da

    freqncia de Larmor no ncleo.

    A energia freqncia de precesso do hidrognio a todas as potncias de campo, na IRMclnica, corresponde faixa de radiofreqncia (RF) do espectro eletromagntico.

    Para que ocorra a ressonncia do hidrognio, necessrio aplicar-se um pulso de energia RFexatamente freqncia de Larmor do VME do hidrognio. Outros ncleos ativos em RESSONNCIAMAGNTICA alinhados com B no entram em ressonncia porque sua freqncia de precessodifere daquela do hidrognio. A aplicao de um pulso RF que faz com que ocorra a ressonncia

    denominada excitao. Esta absoro de energia causa um aumento no nmero de populaes dencleos de hidrognio em rotao negativa (spin down), pois alguns dos ncleos em rotao positiva

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    (spin up) ganham energia pela ressonncia e tornam-se ncleos de alta energia. A diferena deenergia entre as duas populaes corresponde energia necessria para produzir ressonncia porexcitao. Ao aumentar a potncia do campo, a diferena de energia entre as duas populaestambm aumenta, de tal modo que necessria mais energia (freqncias mais altas) para produzir

    ressonncia.

    2.9 AS CONSEQUENCIAS DA RESSONANCIAA primeira conseqncia da ressonncia que o VME se afasta do alinhamento em relao

    B . O ngulo, segundo o qual o VME sai do alinhamento, denominado ngulo de inclinao (flipangle). A magnitude deste ngulo depende da amplitude e durao do pulso RF. O ngulo deinclinao geralmente de 90 graus, isto , o VME recebe energia suficiente do pulso RF paramover-se 90 graus em relao B .

    No caso de um ngulo de inclinao de 90 graus, os ncleos recebem energia suficiente parauma transferncia integral do VME longitudinal para um VME transverso. Este VME transverso efetuauma rotao no plano transverso freqncia de Larmor.

    A segunda conseqncia da ressonncia que os momentos magnticos dos ncleos dehidrognio no VME transverso se movem em fase uns em relao aos outros. Fase a posio decada momento magntico na trajetria precessional em torno de B . Os momentos magnticos queesto em fase encontram-se no mesmo ponto da trajetria precessional em torno de B num dadomomento, enquanto os momentos magnticos que esto fora de fase no esto no mesmo ponto natrajetria precessional. Quando ocorre a ressonncia, todos os momentos magnticos passam para amesma posio na trajetria precessional e ficam ento em fase.

    Para que ocorra a ressonncia do hidrognio, necessrio aplicar-se a RF exatamente freqncia de Larmor do hidrognio.

    A conseqncia da ressonncia um VME no plano transverso que est em fase.Este VME faz precesso no plano transverso freqncia de Larmor.

    2.10 O SINAL RMEm conseqncia da ressonncia, o VME fica em precesso em fase no plano transverso. As

    leis de induo de Faraday afirmam que se colocar uma bobina receptora ou qualquer fio condutorna rea de um campo magntico em movimento, isto , o VME em precesso no plano transverso, induzido uma voltagem nesta bobina receptora. O sinal produzido quando uma magnetizaocoerente (em fase) passa pela bobina. O VME em movimento produz, portanto flutuaes do campomagntico no interior da bobina. Quando o VME entra em precesso freqncia de Larmor noplano transverso, induzida uma voltagem na bobina. Essa voltagem constitui o sinal RM. Afreqncia do sinal a mesma que a freqncia de Larmor a magnitude do sinal depende do graude magnetizao presente no plano transverso.

    2.11 O SINAL DO DECLNIO DE INDUO LIVREAo desligar-se o pulso RF, o VME passa novamente a sofrer influncia de B e tenta realinhar-

    se com este. Para que isto ocorra, o VME tem de perder a energia que lhe foi dada pelo pulso RF. Oprocesso pelo qual o VME perde esta energia denominado relaxamento. Ao ocorrer o relaxamento,o VME volta a realinhar-se com B .

    O grau de magnetizao no plano longitudinal aumenta gradualmente isto denominadorecuperao.

    de modo simultneo, porm independente.O grau de magnetizao no plano transverso diminui gradualmente isto denominado

    declnio.Quando diminui o grau de magnetizao transversa, o mesmo se d com a magnitude da

    voltagem induzida no fio receptor.A induo no sinal reduzido denominada sinal de declnio da induo livre (DIL).

    2.12 RELAXAMENTODurante o relaxamento, o VME libera a energia RF absorvida retorna a B . De maneira

    simultnea, porm independente, os momentos magnticos do VME perdem magnetizaotransversa devido defasagem. O relaxamento leva recuperao da magnetizao no planolongitudinal e ao declnio da magnetizao no plano transverso.

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    A recuperao da magnetizao longitudinal causada por um processo designado comorecuperao T1.

    O declnio da magnetizao transversa causado por um processo designado como declnioT2.

    2.13 RECUPERAO T1A recuperao T1 causada pelos ncleos liberando sua energia no ambiente ou retculo

    circundante e freqentemente designada como relaxamento do retculo de spin. A energia liberadano retculo circundante faz com que os ncleos recuperem sua magnetizao longitudinal(magnetizao no plano longitudinal). A razo de recuperao um processo exponencial, comtempo de recuperao constante denominado T1. Este o tempo necessrio para a recuperao de63% da magnetizao longitudinal no tecido.

    2.14 DECLNIO T2O declnio T2 causado pela troca de energia entre ncleos vizinhos. A troca de energia

    causada pela interao dos campos magnticos de cada ncleo com seu vizinho. freqentementedenominada relaxamento spin spin e acarreta o declnio ou perda da magnetizao transversa

    (magnetizao no plano transverso). A razo de declnio tambm um processo exponencial, demodo que o tempo de relaxamento T2 de um tecido sua constante temporal de declnio. Este otempo necessrio para a perda de 63% da magnetizao transversa.

    O relaxamento T1 leva recuperao da magnetizao longitudinal, devido dissipao deenergia para o retculo circundante.

    O relaxamento T2 leva perda da magnetizao transversa devido a interaes entre oscampos magnticos de ncleos adjacentes.

    Um sinal ou voltagem s induzido no fio receptor se houver magnetizao no planotransverso, que esteja em fase.

    O VME um vetor de quantidade. Ele criado por dois componentes a 90 um em relao aooutro. Esses dois componentes so: a magnetizao no plano longitudinal e a magnetizao noplano transverso. Antes da ressonncia, h uma magnetizao longitudinal integral paralela a B .

    Aps a aplicao do pulso RF o VME passa inteiramente para o plano transverso (supondo-se queseja aplicada uma energia suficiente). Passa a haver ento magnetizao transversa integral emagnetizao longitudinal zero.

    O VME se recupera aps ser removido o pulso RF. Quando isto ocorre, o componentelongitudinal da magnetizao cresce novamente, enquanto diminui o componente transverso. Comoa amplitude do sinal recebido est relacionada magnitude do componente transverso, o sinal no fiodeclina medida que se d o relaxamento.

    A magnitude e a escala temporal dos pulsos RF constituem a base da IRM e vo ser agoradiscutidas de modo mais detalhado.

    2.15 PARMETROS DA ESCALA TEMPORAL DOS PULSOSUma seqncia de pulsos muito simplificada uma combinao de pulsos RF, sinais e

    perodos de recuperao intervenientes. importante observar-se que, uma seqncia de pulsos

    no existe efetivamente. Ela apenas mostra em termos simples os diversos parmetros de escalatemporal usados em seqncias mais complicadas, isto , TR e TE.Uma seqncia de pulsos consiste em vrios componentes, sendo os principais descritos a

    seguir:O tempo de repetio (TR) o tempo que vai da aplicao de um pulso RF aplicao do

    pulso RF seguinte e medido em milissegundos (ms). O TR determina o grau de relaxamento quepode ocorrer entre o trmino de um pulso RF e a aplicao do pulso seguinte. O TR determina, pois ograu de relaxamento T1 que ocorreu.

    O tempo de eco (TE) o tempo que vai da aplicao do pulso RF ao pico mximo do sinalinduzido no fio e tambm medido em ms. O TE determina o grau de declnio da magnetizaotransversa que pode ocorrer antes de ler-se o sinal. O TE controla, pois o grau de relaxamento T2que ocorreu.

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    CAPTULO III

    CODIFICAO E FORMAO DE IMAGENS

    3.1 CODIFICAOPara ocorrer ressonncia deve-se aplicar o pulso RF a 90 em relao a B0 freqncia de

    precesso do hidrognio. Este pulso de RF d ao VME uma energia tal que ele lanado no planotransverso. O pulso de RF tambm coloca em fase os momentos magnticos individuais queconstituem o VME. A magnetizao transversa coerente da resultante entra em precesso freqncia de Larmor do hidrognio no plano transverso. Induz-se assim na bobina receptoraposicionada no plano transverso uma voltagem ou sinal.

    O sistema deve ser capaz de localizar espacialmente o sinal em trs dimenses, de modo apoder posicionar cada sinal no ponto correto da imagem. Primeiro, ele seleciona um corte. Uma vezselecionado um corte, o sinal localizado ou codificado ao longo de ambos os eixos da imagem.Essas tarefas so executadas por gradientes.

    3.2 GRADIENTESGradientes so alteraes do campo magntico principal e so gerados por bobinas localizadas

    no corpo do magneto, atravs do qual passou a corrente. A passagem de uma corrente por umabobina gradiente induz um campo (magntico) gradiente em torno dele, que subtrado da potnciado campo magntico principal B0 ou acrescentado a esta. A magnitude de B0 alterada de formalinear pelas bobinas gradientes, de modo que se pode predizer a potncia do campo magntico,portanto a freqncia de precesso experimentada por ncleos ao longo do eixo do gradiente. Isto denominado codificao espacial.

    Ncleos que experimentam um campo magntico de maior potncia devido ao gradiente se

    aceleram, ou seja, sua freqncia de precesso aumenta, enquanto que os ncleos queexperimentam um campo magntico de menor potncia devido ao gradiente tornam-se mais lentos,ou seja, sua freqncia de precesso diminui. Em conseqncia disso, a posio de um ncleo aolongo de um gradiente pode ser identificada de acordo com a freqncia de precesso.

    H trs bobinas gradientes situadas no corpo do magneto, sendo elas designadas de acordo como eixo segundo o qual agem ao serem colocadas em ao.

    gradiente Z gradiente Y gradiente X

    altera a potncia do campomagntico ao longo do eixo Z

    (longo) do magneto

    altera a potncia do campomagntico ao longo do eixo Y

    (vertical) do magneto

    altera a potncia do campomagntico ao longo do eixo Z

    (horizontal) do magneto

    O isocentro magntico o ponto central do eixo de todos os trs gradientes e do corpo domagneto. A potncia do campo magntico permanece inalterada neste ponto mesmo ao seremaplicados gradientes.

    Os gradientes executam muitas tarefas importantes durante uma seqncia de pulsos. Osgradientes podem ser usados para tirar de fase ou recolocar em fase os momentos magnticos dosncleos. Os gradientes tambm executam as trs tarefas principais que se seguem na codificao:

    Seleo de cortes localizar um corte no plano de exame selecionado.Localizao espacial (codificao) de um sinal ao longo do eixo longo da anatomia isto

    denominado codificao de freqncia.Localizao espacial (codificao) de um sinal ao longo do eixo curto da anatomia isto denominado codificao de fase.

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    Nas imagens sagitais, o eixo curto da anatomia encontra-se geralmente ao longo do eixo verticale em conseqncia disso o gradiente Y executa a codificao de fase.

    Nas imagens axiais, o eixo curto da anatomia est geralmente ao longo do eixo vertical domagneto e assim o gradiente Y executa a codificao de fase. Ao obterem-se imagens da cabea,

    porm, o eixo curto da anatomia fica ao longo do eixo horizontal do magneto e por isso o gradienteX executa a codificao de fase.O gradiente de seleo de cortes ligado durante os pulsos de 90 e 180 nas seqncias de

    pulsos spin eco e apenas durante o pulso de excitao nas seqncias de pulsos gradiente eco.A inclinao do gradiente de seleo de cortes determina a espessura dos cortes e o intervalo

    dos cortes (juntamente com a largura da faixa de transmisso).O gradiente de codificao de fase ligado imediatamente antes do pulso de 180 em

    seqncias spin eco e entre a excitao e a coleta do sinal nas seqncias gradiente eco.A inclinao do gradiente de codificao de fase determina o grau de desvio de fase ao longo do

    eixo de codificao de fase.O gradiente de codificao de freqncia ligado durante a coleta do sinal.A amplitude dos gradientes de codificao de freqncia e de codificao de fase determina as

    duas dimenses do CDV.

    3.7 AMOSTRAGEMO gradiente de codificao de freqncia ligado durante a coleta do sinal e portanto

    freqentemente designado como gradiente da leitura. A durao do gradiente de codificao defreqncia durante a leitura denominada tempo de amostragem. A freqncia de amostragem arazo em que as amostras so colhidas durante a leitura. O numero de amostras colhidas determinao nmero de freqncias que so submetidas amostragem. Durante o tempo de amostragem, osistema deve ser capaz de receber uma gama de freqncias e colher amostras das mesmas e,como o sinal est sendo recebido a este ponto, esta gama de freqncia denominada faixa derecepo.

    3.8 COLETA DE DADOS E FORMAO DE IMAGENSA aplicao de todos os gradientes seleciona um corte individual e produz um desvio de

    freqncia ao longo de um eixo do corte e um desvio de fase ao longo de outro eixo. O sistema podeagora localizar um sinal individual na imagem medindo o nmero de vezes em que os momentosmagnticos cruzam a bobina receptora (freqncia) e sua posio em torno de sua trajetria deprecesso. Essas informaes tm agora de ser traduzidas imagem. Quando se colhem dados daposio de cada sinal, as informaes so armazenadas no processador do sistemacomputadorizado. As informaes relativas aos dados so armazenadas no espao K.

    3.9 ESPAO KO espao K tem forma retangular e tem dois eixos perpendiculares um ao outro. O eixo de fase

    do espao K horizontal e centrado no meio de diversas linhas horizontais. O eixo de freqnciado espao K vertical e centrado no meio do espao K, perpendicularmente ao eixo de fase. Oespao K o domnio da freqncia espacial, isto , onde esto armazenadas informaes sobre a

    freqncia de um sinal e de onde ele provm no paciente. Como a freqncia definida como aalterao de fase por unidade de tempo e medida em radianos, a unidade do espao K radianospor cm.

    Todas as vezes que feita uma codificao de freqncia ou de fase so colhidos dados earmazenados nas linhas do espao K. Esses dados produziro uma imagem do pacienteposteriormente. O espao K simplesmente uma rea em que so armazenados dados at que oexame termine.

    3.10 COLETA DE DADOS ETAPA 1Durante cada TR, o sinal de cada corte codificado quanto fase e quanto freqncia. obtido

    certo valor de desvio de freqncia de acordo com a inclinao do gradiente codificador defreqncia, que por sua vez determinado pelo tamanho do CDV. Como o CDV permaneceinalterado durante o exame, o valor do desvio de freqncia permanece o mesmo. E tambm obtido

    um dado valor de desvio da fase, de acordo com a inclinao do gradiente codificador de fase. Ainclinao do gradiente codificador de fase vai determinar que linha do espao K preenchida comos dados daquela codificao de freqncia e fase. Para preencher linhas diferentes do espao K

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    tem-se de alterar a inclinao do gradiente codificador de fase aps cada TR, caso contrrio amesma linha do espao K ser sucessivamente preenchida. Para terminar-se o exame ou aquisio,tem-se de preencher todas as linhas do espao K. O nmero de linhas do espao K que sopreenchidas e determinado pelo numero de diferentes inclinaes de fase que so aplicadas.

    A inclinao do gradiente de codificao de fase determina a magnitude do desvio de fase entredois pontos no paciente. Inclinaes agudas produzem uma grande diferena de fase entre doispontos, enquanto inclinaes menores produzem pequenos desvios de fase entre dois pontos.Contudo, o sistema no pode medir diretamente a fase, ele capaz de medir a freqncia. Osistema converte pois o desvio de fase numa freqncia.

    Como a freqncia uma alterao de fase ao longo do tempo, os valores do desvio de fase soconvertidos em freqncias pela criao de uma onda senoidal formada ligando-se entre si todos osvalores de fase associados a certo desvio de fase. Esta onda senoidal tem certa freqncia oupseudofreqncia (por ter sido obtida indiretamente). Depois que todas as etapas de codificao defase so adquiridas e armazenadas no espao K, os valores de desvio de fase so convertidos empseudofreqncias.

    Para preencher-se uma linha diferente do espao K, deve-se obter um desvio de fase diferente.Se no for obtido um desvio de fase diferente, a mesma linha do espao K ser preenchida repetidas

    vezes. Para criar-se um desvio de fase diferente, o gradiente de codificao de fase passado parauma amplitude ou inclinao diferente. Por esta razo, a alterao no desvio de fase ocasionada pelamudana na inclinao do gradiente de codificao de fase produz uma onda senoidal com umapseudofreqncia diferente.

    Dados adquiridos, mantidos no espao K, so ento convertidos numa imagem. Esta converso feita matematicamente por um processo conhecido como Transformada de Fourier Rpida (TFR).3.11 TRANSFORMADA DE FOURIER RPIDA (TFR)

    Est muito alm deste trabalho o estudo das complexidades da TFR. bastante dizer que este um processo puramente matemtico. O DIL medido inicialmente como uma relao de suafreqncia contra o tempo. O processo de TRF converte isto matematicamente para calcular aamplitude de freqncias individuais. O domnio intensidade do sinal/tempo convertido numdomnio intensidade do sinal/freqncia. Como o processo da TRF lida com freqncias, o sistematem de adquirir desvios tanto de fase como de freqncias em freqncias. por isso que necessrio converter-se numa freqncia o desvio de fase produzido em conseqncia da aplicaode cada um dos gradientes de fase.

    3.12 MATRIZA imagem consiste em um CDV que se relaciona extenso da anatomia coberta. O CDV pode

    ser quadrado ou retangular e dividido em pixels ou elementos figurados. O nmero de pixels noCDV depende do nmero de amostras de freqncia e codificaes de fase efetuadas. O tamanho damatriz e denotado por dois nmeros. O primeiro deles corresponde geralmente ao numero deamostras de freqncia colhidas e o segundo corresponde ao nmero de codificaes de faseefetuadas. Por exemplo 256 X 192 indica que so colhidas 256 amostras de freqncia durante aleitura e so feitas 192 codificaes de fase.

    Para criar-se uma imagem, a cada pixel alocada uma intensidade de sinal, correspondendo

    amplitude do sinal originando-se da anatomia na posio de cada pixel na matriz. A cada pixel atribuda uma intensidade de sinal, dependendo da amplitude do sinal, com um valor distinto defreqncia e de pseudofreqncia de desvio de fase.

    3.13 COLETA DE DADOS ETAPA 2A aquisio termina quando todas as linhas do espao K que foram selecionadas so

    preenchidas. O sinal pode ser amostrado mais de uma vez com a mesma inclinao do gradiente decodificao de fase. Assim sendo, cada linha do espao K preenchida mais de uma vez. O nmerode vezes em que cada sinal amostrado com a mesma inclinao do gradiente de codificao defase geralmente e denominado nmero de mdias de sinal (NMS) ou numero de excitaes (NEX).Quanto maior o NEX, mais dados so armazenados em cada linha do espao K, a amplitude do sinalde cada desvio de freqncia e de fase maior.

    3.14 ESCALA TEMPORAL DE EXAME

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    Em cada TR, cada corte e selecionado e codificado quanto fase e a freqncia. O nmeromximo de cortes selecionados e codificados depende da extenso do TR, isto , um TR mais longopossibilita que sejam selecionados e codificados mais cortes que um TR mais curto.

    A inclinao do gradiente de codificao de fase alterada a todo TR e aplicada a cada corte

    selecionado para codific-lo quanto fase. A cada codificao de fase preenchida uma linhadiferente do espao K. O nmero de etapas codificadas de fase afeta, portanto a durao do exame.O tempo de exame tambm afetado pelo numero de vezes em que o sinal codificado quanto

    fase com a mesma inclinao do gradiente de codificao de fase, ou NEX.Portanto: Tempo do exame = TR x N de codificaes de fase x NEX

    3.15 PREENCHIMENTO DO ESPAO KAtualmente, o nmero mximo de linhas do espao K em muitos sistemas 1024. As linhas do

    espao K acima do eixo de fase so designadas como positivas e as linhas do espao K abaixo doeixo de fase so designadas negativas. A metade negativa do espao K uma imagem especular dametade positiva, isto , os dados que preenchem a metade positiva parecem os mesmos da metadenegativa. A polaridade do gradiente de fase determina se preenchida a metade positiva ou ametade negativa do espao K. a polaridade do gradiente depende da direo da corrente atravs da

    bobina gradiente.As linhas mais prximas do eixo de fase, tanto as positivas quanto negativas, so denominadas

    linhas centrais. As linhas centrais do espao K so preenchidas por dados produzidos aps aaplicao de gradientes codificadores de fase com pequenas inclinaes. As linhas mais distantes doeixo de fase, tanto as positivas quanto negativas, so denominadas linhas externas do espao K.Essas linhas externas so preenchidas por dados produzidos aps a aplicao de gradientescodificadores de fase com inclinaes agudas. As linhas entre as partes central e externa sopreenchidas com as inclinaes intermedirias dos gradientes codificadores de fase. O grau deinclinao do gradiente de fase depende da quantidade de corrente que passa pela bobinagradiente.

    As linhas do espao K geralmente so preenchidas seqencialmente, ou seja, ou de cima parabaixo ou de baixo para cima. Todavia, o espao K tambm pode ser preenchido do centro para fora(cntrico) ou das margens para dentro.

    3.16 PREENCHIMENTO DO ESPAO K E AMPLITUDE DO SINALAs pequenas inclinaes de codificao de fase no produzem um grande desvio de fase ao

    longo do eixo. O sinal da resultante tem uma grande amplitude. Inclinaes agudas de codificaode fase produzem um grande desvio de fase ao longo do seu eixo. O sinal da resultante tem umapequena amplitude.

    O eixo vertical do espao k corresponde ao eixo de codificao de freqncia. A rea do espao K esquerda do eixo de freqncia uma imagem especular da rea direita do eixo de freqncia.O centro do eco representa o sinal de amplitude mxima, pois todos os momentos magnticos estoem fase, enquanto os momentos magnticos esto retornado fase ou saindo de fase de cada ladodo pico mximo do eco e portanto a amplitude do sinal aqui e menor. A amplitude das freqnciasamostradas mapeada relativamente ao eixo de freqncia, de modo que o centro do eco

    colocado centralmente ao eixo de freqncia. As partes de retorno fase e sada de fase do eco somapeadas esquerda e direita do eixo de freqncia.

    3.17 PREENCHIMENTO DO ESPAO K E RESOLUO ESPACIALO nmero de codificaes de fase realizadas determina o nmero de pixels no CDV ao longo do

    eixo de codificao de fase. Quando feito um grande nmero de codificaes de fase, h maispixels no CDV ao longo do eixo de fase e por isso cada pixel menor. Se o CDV for fixado, pixels dedimenses menores levam a uma imagem de elevada resoluo espacial. Alm disso, medida queaumenta a amplitude da inclinao do gradiente codificador de fase, o grau de desvio de fase aolongo do gradiente tambm aumenta. Dois pontos adjacentes tm um valor de fase diferentepodendo, portanto ser diferenciados um do outro. Dados colhidos aps inclinaes agudas dogradiente agudas do gradiente codificador de fase do maior resoluo espacial imagem.

    As linhas externas do espao K contm dados de elevada resoluo espacial, pois so

    preenchidas por inclinaes agudas do gradiente codificador de fase.As linhas centrais do espao K contm dados de baixa resoluo espacial, pois so preenchidaspor pequenas inclinaes do gradiente codificador de fase.

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    A parte central do espao k contm dados que tm elevada amplitude de sinal e baixa resoluoespacial.

    A parte mais externa do espao K contm dados que tm elevada resoluo espacial e baixaamplitude de sinal.

    A maneira pela qual o espao K atravessado e preenchido depende de uma combinao depolaridade e da amplitude dos gradientes codificadores tanto de fase como de freqncia. Aamplitude do gradiente codificador de freqncia determina at que ponto esquerda e direita oespao K atravessado e isto por sua vez determina o tamanho do CDV na direo da freqncia daimagem.

    A amplitude do gradiente codificador de fase determina at que ponto para cima ou para baixouma linha do espao K preenchida e determina por sua vez o tamanho do CDV na direo de faseda imagem (ou resoluo espacial quando o CDV e quadrado).

    A polaridade de cada gradiente define a direo percorrida no espao K, da seguinte maneira:Gradiente codificador de freqncia positivo, espao K percorrido da esquerda para a direita,Gradiente codificador de freqncia negativo, espao K percorrido da direita para a esquerda,Gradiente codificador de fase positivo, preenche a metade superior do espao K,Gradiente codificador de fase negativo, preenche a metade inferior do espao K.

    A maneira pela qual o espao K preenchido depende de como os dados so adquiridos e comoeles podem ser manipulados para adequar-se s circunstncias do exame. O preenchimento doespao K e manipulado nos seguintes casos:

    Campo de viso retangularAnti-aliasingSeqncias de pulso ultra-rpidasCompensao respiratriaImagens eco planares

    3.18 IMAGENS DE ECO PARCIAL OU FRACIONALAs imagens de eco parcial so obtidas quando apenas parte do sinal ou eco lida durante a

    aplicao do gradiente de codificao de freqncia. Se o sistema amostrar apenas metade do eco,somente metade da rea de freqncia do espao K preenchida. Entretanto, como a rearemanescente uma imagem especular, o sistema pode calcular sua amplitude de acordo com isso.Este preenchimento de apenas metade da rea do espao K ao longo do eixo de freqncia denominado eco parcial ou fracional. O eco no tem mais de estar centrado no meio do gradientecodificador de freqncia, podendo ento ocorrer ao inicio da aplicao do gradiente codificador defreqncia. Nas imagens com eco parcial, a janela de amostragem deslocada durante a leitura, demodo que so amostrados apenas o pico e a parte de sada de fase do eco.

    3.19 MDIAS PARCIAIS OU FRACIONAISDesde que pelo menos metade das linhas do espao K que forem selecionadas seja preenchida

    durante a aquisio, o sistema dispe de dados suficientes para produzir uma imagem. Se apenas60% do espao K for preenchido, somente 60% das codificaes de fase selecionadas tm de serfeitas para completar-se o exame e as linhas restantes so preenchidas com zeros. O tempo deexame assim reduzido.

    Ex: 256 codificaes de fase, 1 NEX e TR de 1s so selecionadosTempo de exame = 256 x 1 x 1 = 256s256 codificaes, NEX (75% espao K) e TR de 1s so selecionadosTempo de exame = 256 x x 1 = 192sO tempo de exame e reduzido, porm so adquiridos menos dados, de modo que a imagem tem

    menos sinal. A obteno de mdias parciais pode ser usada quando for necessria uma diminuiodo tempo de exame e quando a perda de sinal da resultante no tiver uma importncia primordial.

    3.20 PR-EXAME

    O pr-exame um mtodo de calibrao que deve ser realizado antes de toda aquisio dedados. Muitos sistemas executam procedimentos automticos de pr-exame. Em geral, as trsprincipais tarefas executadas pelo pr-exame so:

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    Encontrar a freqncia central para a transmisso de RF. Esta geralmente escolhida comosendo a freqncia de ressonncia dos prtons da gua na rea que esta sendo examinada, maspode ser ajustada para centrar-se nos prtons lipdicos se necessrio.

    Encontrar a magnitude exata de RF que deve ser transmitida para gerar um sinal mximo na

    bobina. Esta sempre igual a energia necessria para angular 90 o VME ao plano transverso. Apartir disso, o sistema pode calcular quanta energia necessria para a inclinao dor outros queno 90. Isto conhecido como espectro de potncia ou ganho de transmisso.

    Ajuste da magnitude do sinal de tal modo que ele no seja nem muito grande (o que ocasionadistores) nem pequeno demais e no possa ser detectado acima do rudo de fundo.

    O clculo do pr-exame varia com o tipo de seqncia de pulsos usada, o paciente e osparmetros de exame escolhidos e deve ser feito antes de cada aquisio de dados para obter-seuma qualidade de imagem tima. O pr-exame automtico pode no ser bem-sucedido se: (1) abobina no estiver corretamente ligada, (2) a bobina estiver com defeito, (3) forem utilizadastcnicas de saturao qumica e houver uma distribuio no uniforme de lpides ou gua na rea aser saturada, (4) o paciente for grande ou pequeno demais.

    Nessas circunstncias, a falha deve ser corrigida se necessrio e o pr-exame efetuadomanualmente, se possvel, pelo operador.

    3.21 TIPOS DE AQUISIOH basicamente trs maneiras de adquirirem-se dados:As aquisies seqenciais: adquirem todos os dados do corte 1 e depois passam adiante para

    adquirir todos os dados do corte 2 (so preenchidas todas as linhas no espao K para o corte 1 edepois todas as linhas no espao K para o corte 2 etc.). Os cortes so portanto apresentados comoso adquiridos (de modo semelhante aos exames tomogrficos computadorizados).

    As aquisies volumtricas bidimensionais: preenchem uma linha no espao K para o corte 1 edepois passam a preencher a mesma linha do espao K para o corte 2 etc. ao ser esta linhapreenchida para todos os cortes, a linha seguinte do espao K e preenchida para o corte 1, 2, 3, ect.

    As aquisies volumtricas tridimensionais: (imagem de volume) adquire dados de todo umvolume de tecido e no em cortes separados. O pulso de excitao no seleciona os cortes e todo ovolume de imagem prescrito excitado. Ao final da aquisio, o volume ou pea dividido em locaisou divises discretas pelo gradiente de seleo de cortes, que ao ser ativado separa os cortes deacordo com seu valor de fase ao longo do gradiente. Este processo atualmente denominadocodificao de cortes. Muitos cortes podem ser adquiridos (28, 64 ou 128) sem um intervalo entre oscortes. Em outras palavras, os cortes so contguos.

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    CAPTULO IV

    SEGURANA EM IRM

    4.1 INTRODUOAt aqui no foi descrito praticamente nenhum efeito biolgico adverso em longo prazo da

    exposio prolongada a IRM.E para se discutir tais efeitos tem-se de considerar todos os

    componentes do processo de aquisio de imagens .Esses elementos incluem:O campo magntico principal( campo magntico esttico)Campos magnticos com variao temporal ( gradientes do campo magntico e campo de RF).Campos de radiofreqncia (bobina de RF).

    4.2 O CAMPO MAGNTICO PRINCIPALO campo magntico principal o responsvel pelo alinhamento dos ncleos. Nos eletromagnetos

    Solenides, o campo geralmente horizontal, enquanto nos magnetos permanentes o campogeralmente vertical. Isto um campo esttico ou inaltervel.

    Efeitos Biolgicos do Campo Magntico EstticoA principal preocupao no caso de campos magnticos estticos a possibilidade de efeitos

    biolgicos potenciais. Na RESSONNCIA MAGNTICA foram observados pequenos potenciais eltricos

    em grandes vasos sangneos que fluem perpendicularmente ao campo magntico,

    4.3 CAMPOS MARGINAISA preocupao secundria em relao aos efeitos do campo magntico principal diz respeito aos

    riscos associados instalao dos sistemas de RM. O campo magntico desviante fora do corpo domagneto designado como campo marginal .

    Muitos aparelhos para aquisio de imagens por ressonncia magntica tm um isolamento paraconfirmar o campo marginal dentro dos limites aceitveis. Todavia o campo marginal deve sersempre levado em considerao ao instalarem-se novos sistemas.

    Por esta razo, muitos centros de imagens so situados de tal modo que na reas pblicas estoabaixo desta potncia e as reas de potncia superiores so inacessveis ou encontram-se indicadasclaramente.

    4.4 PACIENTES GRVIDASAt o momento, no se conhece nenhum efeito biolgico da IRM sobre os fetos. H porm alguns

    mecanismos que podem causar efeitos adversos pela interao de campos eletromagnticos comfetos em desenvolvimento. As clulas em diviso, que ocorre durante o primeiro trimestre dagravidez, so mais suscetveis a esses efeitos . O comit da Society Of Magnetic Resonance ImageSafety dos USA sugere que pacientes grvidas ou aquelas que suspeitam estarem grvidas devemser identificadas antes de submeter-se a IRM, para avaliarem-se os riscos relativos versus osbenefcios do exame.

    4.5 FUNCIONRIAS GRVIDASOs centros de RESSONNCIA MAGNTICA estabeleceram orientaes individuais para

    funcionrias grvidas no ambiente de Ressonncia Magntica. O comit de segurana da ISMRMdeterminou que funcionrias grvidas pudessem entrar com segurana na sala de exame, masdevem sair ao serem empregados os campos de RF e gradiente, alguns centros, porm,

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    recomendam que as funcionrias que estiverem grvidas fiquem totalmente fora do campomagntico durante o primeiro trimestre da gravidez.

    4.6 PROJTEIS

    Os objetos metlicos ferromagnticos podem ser lanados ao ar como projeteis na presena deum campo magntico esttico forte. Objetos pequenos como grampos de papel e prendedores decabelo podem ter uma velocidade terminal de 65 Km/h quando puxados para um magneto de 1,5 T econstituem, pois um grave risco para o paciente e para qualquer outra pessoa presente na sala.

    Por isso recomenda-se que todos os objetos sejam testados com um im em barra porttil antesde entrar na sala de exame e RM.

    4.7 EMERGNCIAS MDICASComo em qualquer instituio mdica, a sute da RESSONNCIA MAGNTICA deve ser equipada

    com suprimentos mdicos de emergncia num carrinho para urgncia.

    4.8 IMPLANTES E PRTESESOs implantes metlicos acarretam efeitos graves, que incluem torque, aquecimento e artefatos

    nas imagens de RM. Em conseqncia disso, antes de obterem-se imagens de RESSONNCIAMAGNTICA de pacientes deve-se identificar todo e qualquer procedimento cirrgico que o pacientetenha se submetido antes do exame de RM.

    4.9 TORQUE E AQUECIMENTOAlguns implantes metlicos demonstraram um torque considervel quando colocados na

    presena de um campo magntico. A fora ou o torque exercido sobre implantes metlicospequenos e grandes pode causar efeitos graves, pois implantes no ancorados tm o potencial demover-se de modo imprevisvel no interior do corpo.4.10 ARTEFATOS DEVIDOS AOS IMPLANTES METLICOS

    Embora os artefatos no possam ser considerados como um efeito biolgico do processo de RM,a interpretao incorreta nas imagens de RESSONNCIA MAGNTICA pode ter conseqnciasdevastadoras.

    Portanto, se for visto um artefato metlico e no houver nenhum metal presente no paciente,isto pode indicar a presena de produtos sangneos, sugestiva de uma leso hemorrgica.

    4.11 VALVAS CARDACASEmbora os pacientes com muito dos implantes valvares sejam considerados seguros para IRM,

    uma avaliao cuidadosa do tipo de Valva aconselhada porque h valvas cuja integridade pode sercomprometida.

    4.12 APARELHOS E MATERIAIS DENTRIOSDeve-se notar que alguns aparelhos dentrios so ativados magneticamente e podem acarretar

    riscos potenciais para a aquisio de Imagens de RM.

    4.13 BALAS, PROJTEIS E ESTILHAOSEmbora a maior parte das munies se tenha mostrado no ferrosa, munies feitas em alguns

    pases ou produzidas pelos militares demonstraram traos de ligas ferromagnticas. Por isso aconselhvel tomar-se cuidado extremo ao obter-se imagens de pacientes com balas ou estilhaosde granadas e estar ciente da localizao destes fragmentos metlicos no corpo.

    4.14 MARCAPASSOSOs macarpassos cardacos constituem uma contra-indicao absoluta a IRM. At mesmo baixas

    potncias de campo como 5 G podem ser suficientes para causar deflexo, alteraes deprogramao e acionamento do interruptor que converte o marca-passo a um modo assincrnico.Alm disso, os pacientes que tiveram seu marca-passo removido podem Ter fios dele no corpo, osquais podem servir de antenas e causarem fibrilao cardaca.

    4.15 CAMPOS MAGNTICOS VARIVEIS NO TEMPO

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    Foram muitos os estudos realizados sobre os efeitos biolgicos dos CMUT, pois eles existem emtorno de transformadores de energia e linhas de alta-tenso. Na RESSONNCIA MAGNTICA hpreocupao com os nervos, vasos sangneos e os msculos, que agem como condutores no corpo.Os efeitos biolgicos, que variam com a amplitude na corrente vo de alteraes reversveis na

    viso a efeitos irreversveis de fibrilao cardaca, alteraes bioqumicas celulares e na unio defraturas.

    4.16 CAMPOS DE RADIOFREQUNCIAA exposio a radiofreqncias ocorre durante exames de RESSONNCIA MAGNTICA ao serem

    os ncleos de Hidrognio submetidos a um campo magntico oscilante.

    4.17 IRRADIAO DE RADIOFREQUNCIAComo o nvel de energia das freqncias usadas na aquisio de imagens de RESSONNCIA

    MAGNTICA clnicas relativamente baixo e no ionizante em comparao aos Raios-x, luz visvel emicroondas, o efeito biolgico predominante da absoro da radiao de RF o aquecimentopotencial dos tecidos.

    4.18 CLAUSTROFOBIAEmbora no parea ser um problema de segurana, a Claustrofobia uma condio que afeta

    comumente os pacientes e ouve os operadores de RESSONNCIA MAGNTICA devem levar emconsiderao, o aquecimento da RF, o rudo gradiente e os limites do prprio magneto aumentam apossibilidade de reaes claustrofbicas.

    4.19 INSTRUES DE SEGURANAA avaliao do paciente e dos membros da equipe a maneira mais eficaz de evitarem-se os

    riscos potenciais a sade dos pacientes. A manuteno deste ambiente controlado pode ser obtidapelo interrogatrio e instruo cuidadoso de pacientes e membros da equipe. A ISMRM publicou umquestionrio que deve ser usado com o guia para os formulrios de avaliao. Isto deve incluir ospacientes aqueles que acompanham os pacientes a seu exame, membros da equipe de visitantes.

    4.20 MONITORAMENTO DOS PACIENTES recomendado pelo comit de segurana da ISMRM que todos os pacientes sejam monitorados

    verbal e visualmente. Os pacientes que no possam ser contatados verbal e visualmentenecessitam de um monitoramento mais agressivo por oximetria de pulso.

    4.21 MONITORES E APARELHOS NA RMH critrios especficos para considerarem-se os aparelhos auxiliares de RESSONNCIA

    MAGNTICA compatveis. Esses critrios recomendados pela ISMRM:

    Aprovao da FDA Declarao do fabricante Testes anteriores

    4.22 DICAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANAo Antes de marcar o exame verificar se o paciente usa marca-passo ou outros implantes contra

    indicados.o Ao marcar o exame sanar todas as dvidas do paciente dando-lhe o maior nmero de

    informaes possveis para tranqiliz-lo.o Sutis e cintos devem ser tirados, e de preferncia que se use roupo.o Retirar todos os objetos que podem ser magnticos, Ex: piercing, brincos, pulseiras.o Acomodar o paciente da melhora maneira possvel no magneto e se for claustrofbico o

    acalmar.o Informar sempre a durao dos pulsos para que o tempo do exame para no parecesse uma

    eternidade.

    4.23 PLANEJAMENTO DA INSTALAO

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    Existem muitas decises difceis a ser tomadas ao instalar um sistema de magneto e aconsiderao cuidadosa dessas mesmas antes que o magneto seja adquirido impede gastos edesperdcios desnecessrios.

    A deciso de alojar o sistema em edifcio j existente ou de ter-se de construir um novo, a

    considerao principal, pois em termo de custos so considerveis.A segurana do pessoal, dos equipamentos e estruturas e monitores fora da unidade deve serlevada em considerao.

    Assim se os procedimentos para instalao de RESSONNCIA MAGNTICA forem convenientespodem proporcionar um ambiente seguro tanto para os pacientes como para os funcionrios.

    CAPITULO II

    OS 15 PRINCIPAISEXAMES EM ESSONNCIA NUCLEAR

    MAGNTICAEXAME DE CRANIOROTINA E ROTINA AVC

    1. Sagital t12. Axial flair3. Axial t24. Axial t15. Axial difuso6. Axial t1 contraste7. Corontal t1 - contraste

    ROTINA TUMOR1. Axial flair

    2. Axial t23. Axial difuso4. Coronal t25. Axial t16. Axial t1 contraste

    7. Sagital t1 Volume 3d contraste (reconstruir Sagital e Coronal)

    ROTINA EPILEPSIA1. Axial flair2. Axial t23. Axial difuso4. Coronal flair 3mm - hipocampos5. Coronal stir 3mm - hipocampos6. Axial t17. Axial t1 contraste

    ROTINA DEMNCIA E ALZHEIMER1. Axial flair2. Axial t23. Axial difuso4. Coronal flair 3mm - hipocampos5. Axial t16. Axial t1 contraste

    ROTINA ESCLEROSE MULTIPLA1. Sagital flair2. Axial flair3. Axial t24. Axial difuso5. Coronal t2

    6. Axial t1 mtc

    7. Axial t1 mtc contraste

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    Opcionais:Espectroscopia usar na rotina de Tumor quando indicadoPerfuso usar na rotina de AVC e Tumor quando indicadoSeqncias volumtricas: t1, t2, flair e stir

    PROGRAMAOPLANO AXIAL Cortes a partir da transio crnio cervical at a alta convexidade, sendoorientados pela linha entre as comissuras.

    PLANO CORONAL Cortes orientados perpendicular fissura sagital, varrendo da poro inferiordo cerebelo at o quiasma ptico.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados em paralelo fissura sagital, varrendo de uma extremidade outra do encfalo.

    IMAGENS

    Axial t2 Axial Flair Coronal t2Axial t1

    EXAME DE HIPFISEROTINA

    1. Axial flair crnio2. Sagital t13. Coronal t24. Coronal t15. Coronal dinmico6. Coronal t1 contraste7. Sagital t1 - contraste

    PROGRAMAO

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    PLANO AXIAL Cortes a partir da transio crnio cervical at a alta convexidade, sendoorientados pela linha entre a as comissuras.

    PLANO CORONAL Cortes orientados perpendicular fissuras sagitais, orientados pela linha dahaste da hipfise.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados em paralelo fissura sagital, varrendo a regio peri selar.

    IMAGENS

    Coronal t1 Coronal t2 Sagitalt1EXAME DE ORBITASROTINA

    1. Axial flair crnio2. Sagital t1 crnio3. Coronal stir4. Coronal t1 fat sat

    5. Axial t26. Axial t17. Axial t1 fat sat contraste8. Coronal t1 fat sat contraste

    PROGRAMAOPLANO AXIAL Cortes a partir do assoalho da rbita at seu teto, alcanando estruturasmusculares e o nervo tico.

    PLANO CORONAL Cortes orientados perpendicular fissura sagital, varrendo do cristalino at oquiasma ptico.

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    PLANO SAGITAL Cortes orientados em paralelo fissura sagital, varrendo a regio peri orbital.

    IMAGENS

    Sagital t1 Axial t1 fat sat Coronal t1 fat satCoronal stir

    EXAME DE OUVIDOROTINA

    1. Axial flair crnio

    2.Coronal t2 3mm

    3. Coronal t1 3mm

    4. Axial t2 1mm

    5. Axial t16. Axial t1 fat sat contraste7. Coronal t1 fat sat contraste

    PROGRAMAOPLANO AXIAL Cortes a partir da poro inferior das clulas mastideas at a altura do nervofacial, perpendiculares fissura sagital.

    PLANO CORONAL Cortes orientados paralelos linha da base, varrendo todo o ouvido.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados em paralelo fissura sagital, varrendo de uma extremidade outra do encfalo.

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    IMAGENS

    Axial t2 Axial t1 fat sat Coronal t2Coronal t1

    EXAME DE COL CERVICALROTINA1. Sagital t22. Sagital t13. Sagital stir4. Axial t2 gre5. Axial t2 tseOpcionais

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste

    PROGRAMAO

    PLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo medular varrendo corpos medulares,forames de conjugao e medula.

    PLANO AXIAL Cortes orientados em perpendicular linha do canal medular no eixo sagital ecoronal, varrendo corpos vertebrais e medula.

    IMAGENS

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    Sagital t2 Sagital t1 Sagital stirAxial t2

    EXAME DE COL TORCICAROTINA

    1. Sagital t22. Sagital t13. Sagital stir

    4. Axial t2 tse5. Axial t1Opcionais

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste

    PROGRAMAO

    PLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo medular varrendo corpos medulares,forames de conjugao e medula.

    PLANO AXIAL Cortes localizados nos espaos discais de interesse, orientados paralelos aos discose em perpendicular linha mdia.

    IMAGENS

    Sagital t2 Sagital t1 Sagital stirAxial t2

    EXAME DE COL LOMBARROTINA

    1. Sagital t2

    2. Sagital t13. Sagital stir

    4. Axial t2 tse

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    5. Axial t1Opcionais

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contrasteObservaes: Realizar cortes axiais bloco em caso de P.O. e injetar contraste

    PROGRAMAO

    PLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo medular varrendo corpos medulares,forames de conjugao e medula.

    PLANO AXIAL Cortes localizados nos espaos discais de interesse, orientados paralelos aos discose em perpendicular linha mdia.

    IMAGENS

    Sagital t2 Sagital t1 Sagital stirAxial t2

    EXAME DE ANGIO DE CRANIO ARTERIAL E VENOSAROTINA ARTERIAL

    1. Axial Flair2. Axial t23. Axial Difuso4. Axial Tof

    ROTINA VENOSA1. Sagital gre3d pr-contraste2. Sagital gre3d ps-contraste fase 13. Sagital gre3d pr-contraste fase 2

    PROGRAMAOFASE ARTERIAL Cortes axiais,varrendo a poro central da circulao arterial do encfalo polgono de Willis, localizados na poro inferior da transio crnio cervical at a poro superior docorpo caloso.

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    FASE VENOSA Cortes sagitais, com a utilizao do argente de contraste, varrendo de uma

    extremidade outra do encfalo, paralelos linha da fissura sagital.

    IMAGENS

    Angio ArterialEXAME DE ANGIO CERVICALROTINA

    1. Localizador vasos2. Axial Tof regio bifurcao3. Coronal gre3d pr-contraste4. Coronal gre3d ps-contraste arterial5. Coronal gre3d ps-contraste venoso

    PROGRAMAOFASE ARTERIAL Cortes coronais, com a utilizao do agente de contraste, em fase dinmicavarrendo paralelamente as artrias cartidas e vertebrais, da insero destas junto ao arco articoat a juno do polgono de Willis.

    IMAGENS

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    Axial t2 Axial t2 fat Sat Axial out phaseCoronal t2

    EXAME DE ARTICULAO COXO FEMURALROTINA

    1. Coronal t2 fat sat2. Coronal t13. Axial t2 fat sat4. Axial t15. Sagital t2 fat satOpcionais

    6. Coronal t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste8. Axial t2 gre obliquo labrumObservao: Realizar Seqncias comparativas (FOV 350) em caso de indicao bilateral. Rotina com FOV 220

    PROGRAMAOPLANO CORONAL Cortes orientados em perpendicular com a linha mdia, em paralelo com alinha entre as duas cabeas femorais.

    PLANO AXIAL Cortes localizados na rea da articulao, podendo se estender para a poroinferior do trocnter maior.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo medular varrendo localizadamente a regioarticular direita ou esquerda.

    IMAGENS

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    Axial dp fat sat Cor dp fat sat Axial dp fs oblquo

    Axial t1EXAME DE JOELHOROTINA

    1. Sagital t2 fat sat2. Sagital dp3. Axial t2 fat sat4. Axial t1

    5. Coronal t2 fat sat6. Coronal t2 obliquo lcaOpcionais

    7. Sagital t1 fat sat contraste8. Axial t1 fat sat contraste9. Axial e Sagital stir - metal

    PROGRAMAOPLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo do ligamento cruzado anterior, varrendotoda a rea de juno fmur tibial.

    PLANO AXIAL Cortes localizados perpendiculares patela, varrendo desta estrutura at aarticulao tbio-talar.

    PLANO CORONAL Cortes orientados em paralelo linha do ligamento transverso ou transcondilar,varrendo toda a rea de juno fmur tibial.

    IMAGENS

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    Sagital dp fat sat Sagital t1 Coronal dp fat satAxial dp fat satEXAME DE TORNOZELOROTINA

    1. Sagital t2 fat sat2. Sagital t13. Axial t2 fat sat4. Axial t15. Coronal t2 fat satOpcionais

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste

    PROGRAMAOPLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos ao eixo axial do tlus, varrendo todos os ossos dop.

    PLANO AXIAL Cortes localizados nos paralelos superfcie plantar, varrendo desta estrutura at aarticulao tbio-fibular proximal ao tlus.

    PLANO CORONAL Cortes orientados em perpendicular ao tlus, varrendo toda a articulao tlus

    fibular.

    IMAGENS

    Sagital dp fs Coronal dp fs Axial dp fsCoronal t1EXAME DE OMBROROTINA

    1. Coronal t2 fat sat2. Coronal t23. Coronal t14. Axial dp fat sat

    5. Sagital t1Opcionais

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste

    PROGRAMAOPLANO CORONAL Cortes orientados em paralelo ao mero, no plano sagital e ao tendo supraespinhoso no plano axial, varrendo toda a articulao.

    PLANO AXIAL Cortes localizados em paralelo ao tendo supra espinhoso, varrendo da art. acrmioclavicular at a cpsula articular.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados perpendicular ao tendo supra espinho, no plano axial,varrendo toda a articulao.

    IMAGENS

    Coronal dp fs Sagital t1 Sagital dp fsAxial dp fsEXAME DE PUNHOROTINA

    1. Coronal t2 fat sat2. Coronal t13. Axial dp fat sat4. Axial t15. Sagital dp fat satOpcionais

    6. Sagital t1 fat sat contraste7. Axial t1 fat sat contraste8. Coronal gre cartilagem triangular

    PROGRAMAOPLANO CORONAL Cortes orientados em perpendicular linha media do punho, varrendo todos osossos do carpo, ligamentos e tendes associados.

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    PLANO AXIAL Cortes varrendo todos os ossos do carpo, ligamentos e tendes associados,perpendiculares linha mdia sagital do punho.

    PLANO SAGITAL Cortes orientados paralelos linha media do punho, varrendo todos os ossos docarpo, ligamentos e tendes.

    IMAGENS

    Coronal t1 Coronal dp fat sat Axial t1Axial dp fat sat

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    EXAME DE ATMROTINA

    1. Coronal t12. Sagital dp bilateral3. Sagital gradiente bilateral

    Boca Aberta4. Sagital dp bilateral5. Sagital gradiente bilateral6. Sagital gradiente dinmico bilateral (6 fases x 1 corte cada lado)

    Cortes 3 mm, FOV 140 a 160mm

    EXAME DE PESCOOROTINA

    1. Coronal t12. Coronal t23. Coronal stir4. Sagital t25. Axial t16. Axial t2

    Contraste

    7. Axial t1 fat sat8. Coronal t1 fat sat

    Cortes 4 a 5 mm, FOV 240 a 280mm

    EXAME DE PLEXO BRAQUIALROTINA

    1. Coronal t12. Coronal t23. Coronal stir4. Sagital t2 do forame at o Y5. Axial t1 obliquo ao plexo6. Axial t2 obliquo ao plexo

    Contraste7. Axial t1 fat sat obliquo ao plexo8. Coronal t1 fat sat

    Cortes 3 a 4 mm, FOV 240 a 280mm

    EXAME DE PROTINA

    1. Coronal dp fat sat2. Coronal t13. Sagital dp fat sat4. Axial t15. Axial dp fat sat

    Contraste6. Axial t1 fat sat7. Coronal t1 fat sat

    Cortes 3 mm, FOV 140 a 160mm

    REFERENCIASBibliografia Bsica:Bibliografia Bsica:

    1 WESTBROOK, Catherine. Manual de Tcnicas de Ressonncia. Guanabara, 2ed.

    2WESTBROOK, Catherine; KAUT, Carolyn. Ressonncia Magntica PrticaGuanabara, 2ed.

    3 RINK, Peter. Ressonncia Magntica. Revinter, 5ed

    Bibliografia Complementar:Bibliografia Complementar:

    1 Diagnostico Por Imagem Em Ressonncia Magntica. Medsi, 1ed.

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  • 8/3/2019 O Essencial Sobre Ressonncia de Magntica

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    RESSONNCIA MAGNTICA

    2 LUFKIN, Robert B. Manual de Ressonncia Magntica. Guanabara, 2ed.

    3 OLIVEIRA, Luiz Antnio N. Assistncia vida em Radiologia. Ed. Colgio Brasileirode Radiologia (CBR), 4ed.