o espaço urbano - projetos de stuttgart rob krier
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O espaço urbano - Projetos de StuttgartRob Krier
1. Elementos tipológicos e morfológicos na definição do espaço urbano
no contexto das cidades modernas a definição tradicional de espaço urbano não se aplica mais para o urbanismo atual é necessário definir com exatidão o que se entende por espaço urbano e qual é a sua importância dentro do conjunto urbano
Definição de espaço urbano A compreensão do espaço urbano depende de critérios
estéticos e geométricos Existem dois tipos de espaço urbanos, o interno e o externo Existem dois elementos que são básicos na definição do
espaço urbano: a praça e a rua
A Praça
É a primeira criação humana de um espaço urbano Resulta do agrupamento de edificações ao redor de um espaço
livre A Praça possui um caráter simbólico
Stuttgart 1840
Marktplatz em Stuttgart 1840
A Rua
É o resultado do crescimento de uma localidade depois de ter rodeado a praça
A Rua organiza a distribuição dos terrenos A Rua possui um caráter utilitário
Vista geral deStuttgart 1794
Funções características do espaço urbano São aquelas que necessitam de um espaço público para se
desenvolverem
Tipologias dos espaços urbanos
Existem três tipos básicos: triângulo, quadrado e circulo Que se desenvolvem em três escalas distintas
Processo de transformação de um tipo de espaço existente
tendo início com um elemento básico o espaço existente pode variar de ângulo e/ou entorno
Efeito das fachadas sobre o espaço urbano
Cada tipo de fachada (arquitetura) influi de modo especial na medida do espaço urbano
e cada uma gera um efeito diferente
Embocaduras(saídas) de ruas em praças
Todos os tipos de espaços podem ser alterados dependendo de como as ruas desembocam neste espaço ( uma rua, duas ruas , três ruas...)
Tipos de espaços e suas combinações
sobre as três formas básicas quadrado, circulo e triângulo, atuam as forças de transformação, tais como dobrar, dividir, somar, penetrar, sobrepor, mesclar e diferenciar
as novas formas podem ser geometricamente regulares ou irregulares
sobre elas atuam as fachadas das casas todos os espaços podem ser abertos ou fechados por fim os três tipos básicos e suas variações podem dar
origem a diversas formas mistas a escala humana nunca dever ser esquecida
Coleção morfológica de espaços urbanos
Praças retangulares praças circulares praças fechadas abertas praças semi-fechadas praças semi-abertas praças com construções internas praças combinações de diversas formas grandes composições continuas sistemas de espaços de ruas
2. A perda do espaço urbano no Urbanismo do séc. XX
Século 18, desenvolvimento das cidades; Os novos bairros sugiram ao redor das antigas muralhas,
seguindo o mesmo sistema reticulado; Até 1900 houveram poucas alterações neste tipo de Urbanismo; As exceções seriam: E. Howard ( Cidades Jardins do futuro - 1882 ) Soria e Mata ( Idéia da Cidade Linear - 1882 ) Tony Garnier ( Cidade Industrial - 1904 ) Camillo Sitte ( Construção de Cidades segundo princípios
artísticos - 1889 )
Séc 20: Le Corbusier, Mies van der Rohe, Lúcio Costa, Frank Lloyd Wright, J. J. P. Oud, Boullée e Durand, Alvar Aalto, etc
Le Corbusier: suas obras e projetos refletem as fases mais importantes do urbanismo moderno
O urbanismo moderno dividiu tudo em unidades funcionais: viver, trabalhar, comprar, divertir-se....
Este modelo se repetiu quase sem retificações por toda a década de 50
a cidade não pode ser planejada sobre ideologias subjetivas mas sim sobre ideologias sócio-políticas e técnico-construtivas;
para cada cidade existe uma solução diferente, não se pode planificar e nem achar que o urbanismo é a solução para todos os males.
3. Reconstrução de espaços urbanos destruídos: o centro urbano de Stuttgart
Para Colin Rowe Stuttgart é o exemplo típico da cidade européia “que foi sucessivamente destruída pela indústria pesada, pelas bombas aliadas, pela miséria urbanística e pela simples estupidez de seus governantes e planejadores”
Fica na região sul da Alemanha Foi proclamada cidade na metade do séc. 13 ( +/- 1241), mas já
existia como “lugar” desde o séc. 10 (940)
Vista geral deStuttgart 1794
Vista geral deStuttgart 1634
Vista geral deStuttgart 1818
60% da cidade foi destruída durante a 2º guerra, foram 53 ataques aéreos entre 1940-45;
Após a guerra foram feitos diversos projetos para a reconstrução dos setores destruídos, que ao longo dos anos foram acrescidos de novos planos para atender as necessidades de crescimento da cidade;
Em 1975 haviam 632 000 habitantes, muitos problemas de trafego e novos bairros e ruas surgindo;
Vista geral deStuttgart +/- 1946
O núcleo original, que chegava a 1000 metros de diâmetro, se dividiu em um grande número de pequenas ilhas urbanas, separadas por trafego intenso;
as idéias de espaço urbano de que trata o livro são necessariamente de caráter idealista, mas nem por isso impossíveis de se tornarem realidade;
a justaposição do que foi, do que é e do que poderia ser.
Vista geral deStuttgart 1900
Vista geral deStuttgart 1875
Proposta de Krier Criação de um sistema de espaço urbano, contínuo e
diferenciado; conservação da escala humana em consideração a altura das
edificações e sucessão de espaços livres alguns elementos de grande importância quebrarão esta
escala; o transito e as zonas para pedestres se desenvolvem em
níveis diferentes; estes projetos devem ser intendidos como planos básicos,
que deverão orientar o processo de desenvolvimento e construção;
por isso, não podemos supor que tal projeto possa ser desenvolvido por um só arquiteto.
Schlossgarten (Jardim do Palácio) 1840
Schlossgarten (Jardim do Palácio)
FontesKRIER, Rob. El espacio urbano. Proyectos de Stuttgart.
Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 3 ed., 1985.
PEDRO, Antonio e CÁCERES, Florival. História Geral. São Paulo: Editora Moderna, 1982.
ROB KRIER, CHRISTOPH KOHL: NEW URBANISM ARCHITECTURE. Página oficial do escritório Krier Kohl. Disponível em <www.krierkohl.de> . Acesso em: 10 abr. 2003.
STADT - STUTTGART. Página oficial da cidade de Stuttgart. Disponível em <www.stuttgart.de> . Acesso em: 10 abr. 2003.
Disciplina : Idéia, Método e Linguagem/ PosArq
Profª Sônia Afonso
Aluna: Adriana Fabre Dias
1º Trimestre/ 2003