o ensino da lÍngua inglesa atravÉs da internet · ferramenta para o bom desempenho do processo...
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O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DA INTERNET
Thalita Teixeira de Oliveira1
Marcelo Nicomedes dos Reis Silva Filho2
RESUMO: Pesquisa acerca do uso da informática no ensino da língua inglesa, utilizando a internet como
ferramenta para o bom desempenho do processo ensino-aprendizagem. Abrange o uso das tecnologias no
processo educacional com ênfase nas metodologias utilizadas no ensino à distância. Aborda o papel do
professor no processo de ensino pela internet visualizando as vantagens e o grau de desenvolvimento do
aluno com este método.
Palavras-chave: Informática; Ensino; Internet; Professor; Aluno.
ABSTRACT: Research on the use of computers in teaching English using the internet as a tool for the
performance of the teaching-learning process. It covers the use of technology in the educational process
with emphasis on the methodologies used in distance education. Discusses the role of the teacher in
teaching the Internet viewing the benefits and the degree of development of the student with this method.
Keywords: Computer. Education. Internet. Professor. Student.
1 INTRODUÇÃO
As novas tecnologias têm dominado cada vez mais a sociedade em que vivemos.
Fazendo esquecer os modos antigos de se viver e nos adaptando a nova estrutura
oferecida por ela.
1 Graduada em Letras pela Faculdade Atenas Maranhense – FAMA, [email protected]
2 Mestrando em Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Professor da rede pública
Estadual e Municipal do Maranhão e pesquisador da Cátedra Unesco de Juventude, Educação e Sociedade
da UCB e do grupo de linguagens, Cultura e Identidade da UFMA. [email protected]
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Segundo Lígia Leite (1999), desde a década de 1980, os países do 1º mundo
transformaram a inclusão dos computadores no ambiente ensino-aprendizagem uma
questão nacional.
A informática pode funcionar como um excelente recurso pedagógico,
principalmente quando diz respeito ao ensino de uma língua estrangeira, em específico a
língua inglesa. Não obstante, para que haja um ensino eficaz deve haver primeiramente
um comprometimento por parte de todos os envolvidos no ambiente educacional.
Ao professor cabe o papel de transformar o ambiente virtual em algo muito além
de atrativo, mas principalmente funcional. E ao aluno o de assumir a posição de um
participante assíduo e com objetivo estabelecido.
A virtualização atualmente afeta não apenas a informação e a comunicação entre
as pessoas, mas a modalidade de estar junto, a constituição do “nós”. É comum nos
depararmos com comunidades virtuais, empresas virtuais, democracia virtual.... Com a
extensão do ciberespaço não é de se estranhar que o ambiente educacional também
aderisse a essa realidade.
Assim como os avanços tecnológicos, a necessidade do conhecimento da língua
inglesa vem ocupando um grande espaço no mundo em que vivemos, e o domínio deste
idioma é algo almejado por um número cada vez maior de pessoas.
No entanto, com as inúmeras responsabilidades assumidas no dia-a-dia por cada
indivíduo, torna-se difícil a participação em um ambiente escolar tradicional resultando
em uma procura árdua por algo que possa satisfazer essa necessidade.
Neste momento a internet entra como um meio viável para a resolução deste
impasse, proporcionando condições acessíveis e qualificadas para que àqueles que
dispõem de pouco tempo para freqüentar uma sala de aula convencional possam
usufruir das mesmas possibilidades de aprendizado de um estudante comum.
Entretanto, para que este ambiente virtual possa ter sua eficiência comprovada,
se faz necessário que as metodologias empregadas sejam adequadas ao seu público,
sendo essencial que o professor esteja consciente do seu papel como facilitador e que
tenha sensibilidade suficiente para detectar as carências dos seus alunos.
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Este trabalho está dividido em quatro capítulos que abordarão temas
concernentes ao uso da internet para o aprendizado da língua inglesa. O primeiro
capítulo trabalhará idéias sobre como utilizar as tecnologias no processo educacional. O
segundo capítulo mencionará algumas ferramentas e metodologias que podem ser
trabalhadas no ensino da língua inglesa pela internet e abordará alguns aspectos sobre
Educação à distância utilizando a internet como ferramenta. O terceiro capítulo refere-se
ao papel do professor e do aluno no ensino da língua inglesa pela internet. E finalmente
o quarto discorrerá sobre o desenvolvimento do aluno no processo de ensino pela
internet, visando demonstrar algumas vantagens desta prática.
Por fim as últimas considerações procuram de uma forma sintética avaliar as
etapas deste trabalho procurando contribuir para o esclarecimento de possíveis dúvidas
quanto à eficácia do ensino virtual de uma língua estrangeira, a fim de proporcionar
uma maior segurança àqueles que anseiam uma qualificação e não dispõe de um tempo
hábil para tal.
2 O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO EDUCACIONAL
No mundo contemporâneo a informática tem sido um agente de grande utilidade
para o desenvolvimento da sociedade, desencadeando uma série de transformações
sociais e culturais. No campo educacional não poderia ser diferente, são inúmeras as
vantagens que o uso do computador traz e que influenciam diretamente não só o
ambiente de estudo, mas também o meio social. Por isso novos conhecimentos precisam
ser desenvolvidos e é preciso aprender a lidar com esta nova realidade.
As pessoas mesmo tendo modos diferenciados de pensar e agir acabam por
compartilhar experiências, independentemente do nível social. As crianças e jovens
buscam desde cedo aprender a utilizar os novos programas e ferramentas que lhes são
oferecidos mediante a exigência e influência global.
Os cidadãos mais novos, especificamente, crianças e jovens que nasceram na
“geração net” (KENSKI, 2006) acabam por fazer parte de uma sociedade altamente
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tecnológica, com maiores cobranças, buscando inovações no processo ensino-
aprendizagem.
No entanto, a utilização do computador não é tão fácil, se faz necessário
aprender usá-lo. É preciso conhecer as diversas funções que a máquina pode
proporcionar ao seu usuário.
Não basta adquirir a máquina, é preciso aprender utilizá-la, as melhores
maneiras de obter da máquina auxílio nas necessidades de seu usuário. É
preciso buscar informações, realizar custos, pedir ajuda aos mais experientes,
enfim, utilizar os mais diferentes meios para aprender a se relacionar com a
inovação e ir além, começar a criar novas formas de uso e, daí gerar outras
utilizações. (KENSKI, 2007, p.43,44)
O uso das novas tecnologias pode contribuir para um melhor desempenho na
escola, traçando novos horizontes para professores e alunos. Se devidamente
qualificados os professores podem desenvolver aulas dinâmicas e inovadoras,
despertando a atenção dos alunos, gerando um maior desempenho nos conteúdos e um
maior entrosamento com o computador.
O computador tem exercido um importante papel no processo educacional tanto
para o professor quanto para o aluno. As escolas possuem laboratórios onde permitem
que seus alunos aprimorem seus conhecimentos e vençam os desafios de usar
tecnologias que foram projetadas para proporcionar maior conforto e difusão do saber.
O conhecimento se perpetua a partir da prática, faze-se, portanto, necessário que
o professor esteja apto a saber usar o computador, e a instigar competências aos seus
alunos através de atividades.
Para obtenção de resultados o professor precisa saber que o processo principal
inicia-se pelo aluno, absorver os conteúdos e desenvolver habilidades, por si próprio. A
escola exerce apenas o papel de auxiliadora no processo.
O professor precisa saber esperar que o aluno sinta sua própria fome, em vez
de ficar enchendo-o de comida. A escola não pode nem puxar nem empurrar
o aluno. Puxar no sentido de ir à frente e fazer as escolhas no lugar do aluno
– o que significa o êxito precoce, aquela situação em que o aluno consegue
chegar ao resultado sem dominar de forma segura o conteúdo e habilidades.
Empurrar no sentido de ficar cobrando resultados e criar um clima de tensão.
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O aluno precisa de paz para elaborar e experimentar hipóteses, para errar e
aprender a partir dos erros. (Valente, 1998, p.115)
O avanço da internet vem da importância do cotidiano das pessoas, por meio
dela as pessoas podem ter acesso a informações internacionais, conhecer pessoas,
países, culturas e também têm a possibilidade de aprender e expandir para o mundo seus
conhecimentos e criações. Aprendendo mais sobre a sociedade em que vivem e
valorizando e respeitando as diferenças.
No mundo virtual, existe os jogos em rede onde os participantes podem
desenvolver uma série de boas ações, como ajudar pessoas, participar de exércitos, falar
outros idiomas, desenhar de maneira individual ou com auxilio de outra pessoa do outro
lado do mundo. “Desenvolvimento de estratégias, ambição coletiva, definição de papéis,
entrosamento, respeito aos parceiros, comunicações e regras de bom comportamento”.
(SIMÕES, 2006, p.215)
A escola atual neste contexto, segundo Pais (2008), tem um grande papel a
desenvolver:
A nova escola pode ser um caminho para o desenvolvimento da sociedade.
Fazer uma escola mais justa, onde cada pessoa seja aceita e respeitada, onde
se aprenda a conviver cooperando e não competindo, onde a pessoa não seja
um elo do sistema,mas seja vista com o respeito e o direito que um ser
humano merece,ajudará a formar uma nova sociedade. Pode-se mudar para a
sociedade do conhecimento ao mesmo tempo em que se mudar para essas
novas atitudes e relações.
A formação do conhecimento no processo de educação requer informações
obtidas a partir de fontes vivenciadas pelo sujeito, o aluno, passando por experiências
como a via silenciosa da leitura e da escrita, pela rapidez da oralidade e pelo
desenvolvimento da capacidade de reflexão individual.
Com a atual expansão do uso do computador, esta lista se enriquece devido à
rede mundial de informações cuja extensão serve de interface para mediar várias fontes
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de conhecimentos, encontram-se nela variedades de textos, espaços para comunicação
direta, reflexões com os mais variados níveis de racionalidade.
Se nos tempos primordiais o professor exercia um papel centralizador, como a
principal fonte de informação para os alunos, atualmente, com a ampliação das redes
digitais, sua prática sofre uma considerável ampliação. Seria um erro, analisando
didaticamente, entender que o professor possa competir com o computador na execução
da tarefa de registrar e disponibilizar informações para o aluno.
Esta concepção estaria na contramão das condições da educação contemporânea,
é preciso ter em mente que o excesso de informações levanta uma questão desafiadora,
a aquisição da aprendizagem. Portanto, a cada dia cresce a necessidade de um novo
desafio docente que é a competência de não só trabalhar com informações, mas estar
apto a pesquisá-las, associá-las e aplicá-las às situações de interesse do sujeito do
conhecimento.
Segundo Kenski (2006, p.224): “[...] há necessidade de novas concepções para
abordagens dos conteúdos, novas metodologias de ensino e novas perspectivas para a
ação de professores, alunos e todos os profissionais da educação”.
As práticas educativas devem estar em sintonia com os desafios próprios da
sociedade da informação, o uso das tecnologias digitais pode alterar ou trazer
implicações que atuem diretamente na aprendizagem, e toda proposta de ensino tem sua
potência ampliada quando se lançam múltiplas articulações nas atividades de ensino. Se
a tendência é exigir mais autonomia, adaptabilidade, iniciativa, criatividade e rapidez
dos alunos, a educação não deve se distanciar da busca dessas habilidades.
Apesar da escola não ter a função ímpar de preparar pra o trabalho, não se deve
desconsiderar essa realidade, uma vez que, a relação entre o aluno e o saber distante do
seu mundo não é suficiente para uma aprendizagem significativa.
A atuação do professor, mesmo por uma dinâmica virtual, deve atentar para a
base sobre a qual está sustentada a busca do saber. As primeiras noções sobre as quais o
saber será edificado estão além das capacidades do computador, portanto, é preciso
destacar que a ação pedagógica não se resume a uma mera apresentação linear e
seqüencial de conteúdos, existe uma questão cognitiva muito mais complexa, que
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envolve articulações, rupturas e superação de obstáculos para a elaboração do
conhecimento.
Na escola a inserção dos recursos tecnológicos da informática pode contribuir
para a melhoria das condições de acesso à informação, minimiza restrições relacionadas
ao tempo e ao espaço e permite agilizar a comunicação entre professores, alunos e
instituições, além de tornar possível o trabalho com softwares específicos para cada
disciplina.
No plano didático, o uso da informática traz também desafios múltiplos que
despertam a necessidade de rever princípios, conteúdos e metodologias compatíveis
com os instrumentos digitais. Ainda que não existam avaliações definitivas quanto ao
uso do computador como máquina de ensino, este pode tornar mais fácil o aprendizado
de disciplinas como o de uma língua estrangeira, uma vez que a internet apresenta-se
como um meio global de comunicação.
Neste aspecto, é preciso destacar a tendência da virtualização das práticas
educativas, pois a presença física dos envolvidos no sistema educativo tende a ser
ampliada pela presença virtual.
O virtual não deve ser entendido como o oposto da realidade imediata, pois,
em sua dimensão, existe numa que lhe é própria. O virtual se traduz pelo que
existe potencialmente, e nesse sentido se opõe aos acontecimentos imediatos
da atualidade. Os desafios envolvidos na passagem do virtual a uma solução
atual de um problema qualquer exige do sujeito a habilidade de realizar uma
série de articulações. ( PAIS, 2008, pag. 30)
Portanto, é fundamental que os fenômenos educacionais sejam interpretados
através de conceitos, ou seja, a articulação de conteúdos deve envolver os saberes
escolares, contribuindo para a ampliação dos significados de conteúdos definidos como
curriculares.
A transdiciplinaridade é uma função pedagógica que tem sua importância
atualmente reforçada pela expansão do uso da informática. O que define um conceito
como transdiciplinar é possuir uma propriedade qualitativa de transitar e de ser do
interesse de diversas áreas disciplinares. Tais conceitos possuem a característica de
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ampliar o significado do saber, e por esse motivo podem ser estudados juntamente com
o movimento de inserção da informática na educação.
Não se pode ignorar que a inserção do uso do computador na educação escolar,
não só traz benefícios específicos, mas também traz dificuldades a serem superadas
tanto por alunos quanto professores e até mesmo por aqueles que pretendem continuar
no exercício da sua cidadania.
Este desafio ultrapassa os limites da instituição escolar, é necessário que haja
uma percepção das condições existentes através do uso da tecnologia, para que tais
dificuldades possam ser superadas. Por exemplo, a eficiência da fonte de informação
que é a internet em relação a outras fontes de pesquisa.
Atualmente as condições de acesso a informação são totalmente diferenciadas do
simples manuseio do livro de papel, as técnicas digitais e as atividades escolares
também permeiam a prática educativa, qualquer desconsideração destes aspectos, seja
por parte dos professores ou pelos alunos, pode gerar conflitos, cujas conseqüências
seriam desastrosas para o sucesso da educação.
Em outras palavras, a existência de condições que favoreçam a aquisição do
conhecimento não determina o resultado da aprendizagem, elas existem da mesma
forma como o virtual, descrito por Lévy (1998), cujo desafio é exatamente sua
atualização, ou seja, a passagem do nível da potencialidade para um acontecimento
atual.
Portanto, as mudanças oriundas das tecnologias são vistas como pontos positivos
para desencadear uma sociedade melhor e competente.
3 FERRAMENTAS E METODOLOGIAS NO ENSINO PELA INTERNET.
No início da década de 80, o uso de computadores nas escolas era mínimo, e os
poucos que havia, em sua maioria, localizavam-se nas salas de professores que
detinham uma visão futurista e empregavam as máquinas em práticas escolares que
propunham uma aprendizagem individual.
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Com o passar dos anos a utilização do computador passou a ocupar um lugar de
destaque na vida dos professores e alunos, tanto que foi necessário introduzir um
currículo para o computador. Assim sendo, pouco a pouco as características iniciais do
computador como algo subversivo foi se desgastando, ao invés de cortar caminho e,
assim, desafiar a própria idéia de fronteiras entre as matérias, o computador definiria
uma nova matéria, reforçando com mais veemência os meios da Escola.
Aquilo que antes era tido como um mero instrumento de mudança passou a ser
considerado um instrumento de consolidação. Tanto professores como alunos viram-se
imersos em uma realidade com maiores possibilidades de aprendizado, os hábitos de
comunicação estavam sendo inovados, já que era cada vez maior o número de adeptos
ao uso do computador, e a correspondência eletrônica passou a ser um veículo ainda
mais utilizado.
Todo este panorama vinha contradizer algumas teorias defendidas por
pesquisadores da época que afirmavam ser a Escola uma entidade imutável, ela poderia
até comprar muitos computadores, mas essa aquisição não traria às salas de aulas
muitos benefícios.
Sobre esta visão Papert (1994, pág. 42) diz que:
Esta análise contradiz diretamente a resposta em geral oferecida por
pesquisadores quando indagados sobre por que os computadores causaram
tão pouco impacto nos problemas enfrentados pela Escola. Eles mostram-se
inclinados a dizer que “as escolas não sabem como usar o computador” e
propõem remediar isso com mais pesquisas sobre métodos para usar os
computadores, desenvolvendo mais softwares, especialmente softwares que
sejam mais fáceis de usar e montando canais de disseminação de
conhecimentos referentes aos computadores.
A posição assumida pelos pesquisadores baseava-se no fato de que não se
evidenciava nenhuma mudança palpável nas escolas com a chegada dos computadores,
no entanto, era evidente que com a presença destas máquinas as possibilidades de
pesquisa aumentaram, precisaria apenas de um período de adaptação para que sua
eficácia pudesse ser visualizada.
Já os defensores do uso do computador em sala de aula listam uma série de
vantagens, como o que eles denominam feedback imediato, quando a pessoa recebe em
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tempo hábil o resultado da sua atividade além da explicação, no caso de erro, do porque
ela errou. Além da instrução individualizada, as perguntas podem ser adaptadas ao nível
de competência do estudante. O computador detém uma característica neutra, pois, não
está sujeito a percepções tendenciosas do estudante com relação ao professor e vice-
versa.
No que diz respeito à Educação a Distância via internet, essas características
tornam-se ainda mais evidentes, pois o contato físico com o professor é limitado e a
aprendizagem se torna ainda mais individual.
O espantoso progresso da ciência e da tecnologia passa a partir de então influir
de forma decisiva no papel da Escola, abrindo seus horizontes e proporcionando uma
mega expansão nas suas diretrizes.
Há países como os Estados Unidos onde milhares de crianças estudam em casa,
outros buscam escolas alternativas ou até mesmo ajudam a criar escolas que ofereçam
este tipo de possibilidade.
Um exemplo muito prático da eficácia do uso da tecnologia para a aprendizagem
são os videogames. Estes foram o primeiro sistema tecnológico de computação aplicado
à fabricação de brinquedos, sendo, portanto, a porta de entrada das crianças, para o
mundo da informática. Tais brinquedos habilitavam as crianças a testarem suas idéias
sobre como trabalhar dentro de regras e estruturas preestabelecidas, provando ser
capazes de ensinar os estudantes.
Os videogames junto às crianças ocupam o lugar que os computadores detêm
junto aos adultos. Demonstrando que algumas formas de aprendizagem são rápidas,
muito atraentes e gratificantes. Fato este, que faz a Escola parecer em alguns momentos
e para alguns jovens e adultos como lenta, maçante e fora de sintonia.
Sobre este aspecto Papert ( 1994, pág. 12 ) diz que:
A introdução dos computadores não é o primeiro desafio a valores
educacionais: John Dewey, por exemplo, iniciou sua campanha para um
estilo de aprendizagem mais autodirecionado nas escolas há mais de cem
anos; depois disso, numerosos reformadores mais ou menos radicais lutaram
para mudar a Escola. Naquela época, Dewey empreendeu sua formidável
tarefa armado com um pouco mais do que uma forte noção filosófica sobre a
maneira como as crianças se desenvolvem, pois naquela época não havia
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qualquer movimento significativo da sociedade em geral para uma mudança
nas escolas.
Certamente na época de Dewey a insatisfação com a rede de ensino não era tão
enfática como a dos nossos dias. E para ele as crianças deveriam ser tratadas como uma
pessoa com direito à autodeterminação intelectual, sendo respeitadas e encorajadas.
Atualmente o Sistema Educacional vem sofrendo mudanças que auxiliam cada
vez mais as pessoas na busca do conhecimento, a informática, em todas as suas diversas
manifestações, está oferecendo aos inovadores novas oportunidades para criar
alternativas.
Esses inovadores educacionais formulam algumas perspectivas que se baseiam
em idéias como a de que a verdadeira aprendizagem faz parte da experiência de vida de
cada indivíduo, ou aprende-se melhor quando se estiver verdadeiramente encarregado
do seu próprio processo de aprendizagem, ou ainda, a inteligência surge do processo
evolutivo no qual muitos fatores devem ter tempo de encontrar seu equilíbrio.
Todos estes aspectos vão de encontro a um Sistema de Ensino que a cada dia se
torna mais presente nesta era tecnológica, o Ensino pela internet. O qual por sua vez
atinge fronteiras ainda mais inusitadas quando adentra no campo de educação de línguas
estrangeiras.
O que antes parecia algo improvável se torna constante e usual. O computador
passa a exercer um papel vital, pois, poucos são aqueles que dispõem de tempo para se
fazerem presentes em salas de aula convencionais e com a globalização a urgência de
uma melhor capacitação é indispensável.
O computador derruba as barreiras que tradicionalmente separam o pré-literário
do literário, o concreto do abstrato, o corpóreo do incorpóreo. As várias faces
computacionais hoje desenvolvidas não só favorecem a aprendizagem do aluno como a
qualificação do profissional da educação.
Os computadores em geral são introduzidos para atingir objetivos educacionais
específicos, e seus efeitos são medidos à medida que estes objetivos são atingidos. Um
exemplo bastante comum atualmente é o ensino da língua inglesa que hoje pode ser
adquirido através de diversas ferramentas encontradas no mundo virtual.
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Atualmente, encontram-se disponíveis na rede alguns sites específicos para o
ensino da língua inglesa, como por exemplo, o English Town, que possibilita inclusive a
comunicação dos alunos com professores nativos através de salas especiais para tirar
dúvidas. Além do contato com outros alunos, de várias partes do mundo, favorecendo
uma maior familiaridade com a língua alvo.
Por se tratar de uma língua estrangeira global, o conhecimento do inglês, é
necessário inclusive para se adentrar a esta era virtual, pois a maioria dos comandos,
manuais de instrução e os próprios programas educacionais se apresentam em inglês.
Atualmente encontra-se uma variedade de websites, blogs especializados para o
ensino e aprendizagem do inglês. A utilização de programas que possibilitam o envio de
mensagens instantâneas como o Messenger, Skype, Google talk são exemplos de
ferramentas que constantemente são utilizadas pelos chamados internautas.
No entanto, para que este sistema educacional tenha êxito, é necessário que tanto
alunos como professores estejam em sintonia e para isso metodologias dinamizadas e
estruturadas devem ser desenvolvidas, possibilitando um fácil acesso por parte de todos
os envolvidos.
A existência de sites específicos para o ensino da língua inglesa facilita em
muito o trabalho dos professores e alunos, pois através destes sites todas as habilidades
para a aquisição de uma fluência da língua pode ser desenvolvida. Metodologias como
debates, conversas informais ou do cotidiano, o uso de temas atuais são meios que
permitem uma maior inteiração entre os participantes, quer sejam alunos ou professores.
Uma ferramenta bastante utilizada neste sistema educacional virtual são os
videochats que permitem fazer conferências com professores que se encontram
conectadas à rede, de forma que estes possam ensinar e auxiliar os alunos em qualquer
tipo de dúvida, possibilitando ainda a análise do desempenho de cada aluno.
O professor deve ter em mente a perspectiva de criar condições que favoreçam a
produção do conhecimento por parte do aluno de forma colaborativa. Os ambientes
virtuais podem configurar-se com características que viabilizem tanto as atividades
colaborativas como reflexivas e cabe ao professor o planejamento e a execução
pedagógica do curso em si, criando estratégias apropriadas.
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O fato de se estar em um ambiente virtual não deixa de lado os princípios
básicos da convivência humana, as estratégias desenvolvidas devem contemplar
aspectos que tragam qualidade ao relacionamento entre as pessoas, mesmo que a
distância, para que as mesmas não se tornem mecânicas como o aparelho que estão
utilizando.
O trabalho colaborativo evidencia a necessidade de repensar valores, bem como
colocar em prática atitudes de abertura, humildade, respeito e aceitação, ou seja, aquelas
que acolhem as potencialidades e as fragilidades das pessoas envolvidas num grupo de
trabalho ou estudo.
Prado (1999) diz que: “Agir e pensar em colaboração significa comprometer-se
com o crescimento do grupo, ao mesmo tempo em que cada um se fortaleça e cresça na
sua singularidade.”
Sobre este aspecto, cada pessoa deve assumir o papel de aprendente e ensinante
uma das outras, sendo a coerência da postura docente uma referência essencial para os
professores-alunos.
Obtém-se a partir daí fortes indícios de que, com a utilização do computador,
projetos de aprendizagem podem se identificar com projetos de vida. Todo saber só será
válido se trouxer a possibilidade de transformação da natureza humana e da visão do
mundo.
A internet vem contribuir para que o Homem do Novo Milênio não seja,
exclusivamente, aquele do conhecimento ou da informação, mas aquele que se descobre
capaz de construir, reconstruir, analisar e redirecionar seus sonhos e objetivos.
3.1 Educação à distância via Internet.
A educação à distância é um instrumento de ensino que remota ao início do
século XIX e tem crescido cada vez mais nos últimos anos devido ao progresso na área
de recursos de informática.
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Um exemplo bastante conhecido de Educação à distância é o Telecurso Segundo
Grau e o Telecurso 2000, modalidades de ensino à distância orientadas pela televisão.
Existem ainda, programas específicos na TVE e no Canal Futura que são destinados à
educação, como é o caso do programa do professor Pasquale, intitulado “Nossa Língua
Portuguesa”.
Era bastante comum a existência de programas de rádio por ondas curtas de
ensino de línguas estrangeiras, como o inglês, o alemão e até o russo. Ainda nos dias
atuais, podemos ouvir relatos de pessoas que adquiriram habilidade lingüística
estrangeira usando este meio de comunicação. Outro exemplo muito conhecido de
educação à distância é o Instituto Universal Brasileiro que oferece cursos nas diversas
áreas de conhecimento.
Com relação ao histórico da educação à distância no mundo verifica-se a
seguinte trajetória (www.filologia.org.br/viiifelin/19.htm):
1840 - Reino Unido - Faculdade Sir Isaac Pitman - Primeira escola por
correspondência na Europa.
1892-EUA -Universidade de Chicago-Divisão de Ensino por
Correspondência para preparação de docentes no Departamento de Extensão.
1948- Noruega - primeira legislação para escolas por correspondência.
1978 - Costa Rica - Universidade Estadual à Distância.
1985 – Fundação da Associação Européia das Escolas por Correspondência (
AEEC).
1987 – Fundação da Associação Européia de Universidades de Ensino à
Distância.
1990 – Implantação da rede Européia de Educação à Distância, baseada na
declaração de Budapeste.
No Brasil, a educação à distância, ainda caminha a passos lentos, apesar de toda
a sua potencialidade o país não investe seriamente nesta modalidade de ensino,
comparado a outros países considerados pequenos como a Costa Rica, que é referência
em Educação à Distância, e não dispõe de todos os aparatos que o Brasil detém como
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tecnologia nuclear, programa espacial, dentre outros, pode-se verificar uma
desvalorização neste tipo de investimento por parte do governo brasileiro.
No que concerne à trajetória do ensino à distância no Brasil, tem-se os seguintes
dados ((www.filologia.org.br/viiifelin/19.htm):
1923/1925 - Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
1939 - Marinha e Exército - cursos por correspondência.
1941 - Instituto Universal Brasileiro - cursos por correspondência,
formação profissional básica.
1970 - Projeto Minerva – Cursos transmitidos por rádio em cadeia
nacional.
1974 – TVE do Ceará – cursos de quinta a oitava série, com material
televisivo, impresso e monitores.
1976 – SENAC – Sistema Nacional de Teleducação, cursos através de
material instrucional ( em 1995, já havia atendido 2 milhões de alunos).
1979 – UnB – cursos veiculados por jornais e revistas; em 1989
transforma no Cead e lança o BrasilEAD.
1991 – Fundação Roquete Pinto – programa Um salto para o futuro, para
a formação continuada de professores do ensino fundamental.
1995 – Programa TV Escola – SEED/MEC.
2000 – UNIREDE – Rede de Educação Superior à Distância – consórcio
que reúne 68 instituições públicas do Brasil. (Corrêa, 2005, pag. 21 e 22 ).
A Educação à distância dispõe de duas modalidades: pode ser parcialmente
presencial, quando o aluno terá que comparecer em dias e horários específicos à
instituição a qual é vinculado para aulas ou avaliações, ou pode ser totalmente à
distância, neste caso, o aluno não tem contato com a instituição, salvo quando terá que
prestar exame final ou se apresentar à banca de avaliação presencial.
Uma das maiores barreiras enfrentadas pela Educação à Distância é a falta de
credibilidade, por muito tempo questionou-se a real eficiência deste método, uma vez
que pelo fato de não se ter um acompanhamento físico do aluno, as fraudes poderiam
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ser constantes quanto à realização de atividades ou até avaliações que deviam ser
enviadas pelo correio.
Sobre este aspecto Litwin (2005, pág. 117) diz que:
Por muito tempo a educação à distância foi tida como uma forma inferior de
modalidade de educação, destinada a ensinos profissionalizantes para
indivíduos que não tinham condições de pagar por um curso regular, ou
haviam sido fracassado no sistema de educação regular.
Atualmente, esta visão sobre o ensino à distância sofreu uma grande
modificação, com a sociedade informatizada do presente século é cada vez maior a
procura por cursos à distância, pois, as pessoas não dispõem de tempo suficiente para a
realização de cursos tradicionais presenciais, aderindo ao uso da internet para uma
melhor qualificação, já que, o atual e exigente mercado de trabalho privilegia àqueles
que detêm um nível de conhecimento mais apurado.
Na educação pela internet o aprendizado se dá de forma assíncrona, ou seja,
professores e alunos localizam-se em locais diferentes e realizam as atividades
propostas em horários também diferentes, cada um conforme a sua disponibilidade de
tempo.
Programas específicos são desenvolvidos para atenderem às necessidades dos
envolvidos neste sistema de ensino mediante as disciplinas ministradas, que terão
suporte pedagógico em conformidade com as ferramentas oferecidas pela internet. Para
tanto, é necessário que o aluno também esteja devidamente alicerçado
tecnologicamente.
Vários são os meios pelos quais as pessoas podem ter acesso à internet nos dias
atuais, em casa, no trabalho ou até mesmo nos telecentros, que foram criados também
com o propósito de atender uma demanda da população mais carente. Tais unidades
contribuem para uma inclusão digital, além de favorecer uma capacitação profissional
por parte das entidades educacionais, como universidades e centros tecnológicos que
utilizam a internet como ferramenta de trabalho e acesso.
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4 O PAPEL DO PROFESSOR E DO ALUNO NO ENSINO DA LÍNGUA
INGLESA PELA INTERNET.
Vivemos hoje em uma sociedade chamada tecnológica, onde a rapidez de
informação é o marco principal. Este avanço tecnológico tem afetado vários aspectos da
vida, transformando as relações do homem entre si e com suas atividades, e,
consequentemente a própria organização da sociedade.
Tais acontecimentos produzem efeitos sociais que merecem a atenção da escola
e de seus profissionais. Diante de tais mudanças no cotidiano, a educação pode interferir
e interagir no processo de integração homem-máquina, visando à transformação das
relações sociais, no sentido que elas sejam mais justas e democráticas.
O uso crescente dos meios audiovisuais e da tecnologia em geral na sociedade
acabou por diversificar as estratégias de aprendizagem informal e tem afetado vários
aspectos da vida humana. Para que este processo não se torne mais um mecanismo de
exclusão social, professores e alunos devem trabalhar em conjunto para a obtenção de
um resultado satisfatório e imparcial.
A constatação deste fato faz com que o professor precise estar cada vez mais
consciente do seu trabalho, tendo em vista que são diversos os meios que podem levar
ao raciocínio e ao conhecimento e de que a aprendizagem pode acontecer de várias
maneiras e em diferentes níveis, muito além da tradicional aula expositiva em um
espaço delimitado.
Atualmente há um grande volume de informação que circula com muita rapidez
e através de múltiplos meios, é importante que o professor aprenda a ler os meios de
comunicação sob a ótica dos seus alunos, para ajudá-los a compreender melhor os
problemas da sociedade de forma mais organizada, construindo uma visão ampla do
mundo em que estão inseridos.
Desta forma a educação poderá contribuir não só para a democratização do
acesso ao conhecimento, como para a produção e interpretação das tecnologias, e
conseqüências do seu uso, viabilizando a desmistificação da linguagem tecnológica e
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iniciando seus alunos no domínio do manuseio, interpretação, criação e recriação desta
linguagem, uma vez que o ser humano por uma característica própria aprende a
interpretar o mundo a partir da lógica que possui ou constrói através de suas
experiências.
De acordo com Sampaio (1999):
A linguagem utilizada pela mídia, a publicidade, os jogos eletrônicos, os
clipes musicais etc. é diferente na lógica (não linear) e na forma (baseada na
imagem e nos ícones). Ela possui grande poder de sedução, de informação,
de formação de opinião e de padrões de comportamento, sendo muitas vezes
superficial e mistificadora, veiculando a ideologia dominante e contribuindo
não só para sua aceitação, mas também para o desenvolvimento de valores
que podem não ser os melhores para a formação de cidadãos críticos.
A língua inglesa por sua vez vem adquirindo um lugar de destaque visto que
com a globalização a necessidade do conhecimento deste idioma se faz cada vez mais
necessário. Nos momentos mais simples da vida humana ela se faz presente como um
simples ligar de uma televisão, ou o manuseio de um microondas, etc.
Símbolo de status, a língua inglesa, funciona como um passaporte para aquisição
de uma maior e melhor posição social na sociedade capitalista que emerge no atual
século tecnológico, o domínio deste idioma abre um leque de oportunidades
incontestável.
A internet, portanto, surge como uma ferramenta facilitadora para a aquisição do
idioma inglês, muitos são os indivíduos que atualmente usam este meio de comunicação
para se manterem interligados, quer seja por razões pessoais, comerciais, trabalho ou
estudo.
No entanto, para que este aprendizado se efetue é necessário que tanto
professores quanto alunos tenham claras e definidas suas posições. Deve ser estipulada
uma espécie de parceria, onde não cabe ao professor simplesmente passar conteúdo e ao
aluno absorver, mas deve haver uma troca de experiências e liberdade de
contextualização do que está sendo abordado.
O professor deve exercer um papel criativo, inovador, despertando em seu aluno
o desejo de aprender cada vez mais, não o tolhendo conforme a sua perspectiva, mas
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deixando-o livre para argumentar e contribuir com o trabalho a ser desenvolvido,
estimulando o aluno a ultrapassar barreiras e a vencer seus limites.
A internet é uma fonte de informação que traz inúmeras ferramentas para o
trabalho de aquisição da língua inglesa, mas nada adianta tê-la a disposição se o
professor não souber identificar e selecionar os critérios adequados ao plano de
trabalho. Um dos grandes potenciais pedagógicos da Internet é o fato de possibilitar a
interação/troca de muitos para muitos, ou seja, tornar possível a aprendizagem
colaborativa.
A Revista do Professor (2008) traz a seguinte nota no que diz respeito ao papel
do professor:
Começando pelos próprios profissionais da Educação, os mesmos devem
encarar a tecnologia como uma ferramenta de ensino a serviço de uma escola
crítica e transformadora e não usando a tecnologia para reproduzir
conhecimentos. Usando-a para auxiliar o aluno no processo de construção do
seu próprio conhecimento, aceitando o erro e a busca de respostas inovadoras
para problemas tradicionais.
Em contrapartida o aluno deve estar apto e disposto a usar os meios tecnológicos
para benefício próprio, uma vez que parte de uma escolha pessoal utilizar tais meios
para a aquisição de conhecimento.
Ao escolher a internet como ferramenta de aprendizagem, quer pela praticidade
ou comodidade, o aluno deve também estar ciente que dele dependerá um grande
percentual para o seu sucesso, uma vez que não terá a obrigatoriedade de um horário
pré-estabelecido por algo ou alguém externo, o compromisso partirá dele próprio.
Há a necessidade ainda que este aluno tenha a sua disposição os acessórios
necessários para o bom desenvolvimento do seu aprendizado como as ferramentas
audiovisuais, que para o ensino da língua inglesa, em específico, são de vital
necessidade.
Uma vez firmado o compromisso entre professor e aluno o processo ensino-
aprendizagem se concretizará a medida que as partes comprometidas honrarem seus
papéis, um com a responsabilidade de passar o conhecimento e criar situações para a
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prática do mesmo, ou outro habilitando-se a absorver o que está sendo passado e
procurando adaptar o novo conhecimento as suas necessidades.
5 DESENVOLVIMENTO DO ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO PELA
INTERNET. SUAS VANTAGENS.
O uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá
variar de acordo com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com a
dedicação dos profissionais envolvidos. É importante que as pessoas envolvidas no
projeto estejam dispostas aos novos desafios que irão encontrar.
Para que os alunos tenham um bom desenvolvimento no ambiente educacional
virtual faz-se necessário principalmente que este tenha disponibilidade e força de
vontade para levar o aprendizado de uma forma séria, objetiva e coerente.
A internet disponibiliza ferramentas diversas para um bom aprendizado, no
entanto, cabe ao aluno saber usufruir de tais meios educacionais. Atualmente podemos
encontrar uma grande variedade de instituições que oferecem cursos de todos os níveis
pela internet, além da possibilidade de pesquisa virtual, materiais impressos são
oferecidos com um valor muito acessível, tornando cada vez mais viável a qualificação
via internet.
Na intenção de obter um aprendizado qualitativo o aluno deve conscientizar-se
de que não deve partir exclusivamente do professor a tomada de decisão em relação à
transmissão de informações, proposição de tarefas e definição de procedimentos. O
aluno aqui ocupa a posição de agente formador de conhecimento e não só receptáculo
de informação.
Segundo Almeida (2001):
... a mediação pedagógica no ambiente virtual em uma prática reflexiva
enfrenta o desafio de criar situações que propiciem a presença virtual por
meio de acompanhamentos, interações e orientações que aproximam
professores e alunos, fazendo com que os alunos assumam o papel de
mediadores dos próprios colegas e desenvolvendo a auto-aprendizagem e a
interaprendizagem.
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Alguns questionamentos podem ser feitos no sentido de inviabilizar o ensino
pela internet, pois aqueles que ainda se prendem ao tradicionalismo tendem a defender a
idéia de um ambiente educacional formal, onde a interação entre professor e aluno é
direta, presencial, no entanto, são inúmeras as vantagens que a internet proporciona aos
alunos.
A pessoa do professor, com a internet, não é totalmente ignorada, pois, há
aqueles que auxiliam o aluno em casos de dificuldades, entretanto, através do ensino
virtual, os alunos ganham mais autonomia nos trabalhos, podendo desenvolver boa parte
das atividades sozinhos, de acordo com suas características pessoais, atendendo de
forma mais nítida ao aprendizado individualizado.
Em função da gama de ferramentas disponíveis nos softwares, os alunos, além
de ficarem mais motivados, também se tornam mais criativos. A curiosidade é outro
elemento bastante aguçado com o uso da informática visto que é ilimitado o que se pode
aprender e pesquisar com os softwares e sites disponíveis na internet. Existem aqueles
que possuem fins específicos, como é o caso do ensino da língua inglesa.
Através do estudo pela internet os alunos se auto-ajudam. Os ambientes tornam-
se mais dinâmicos e ativos. Alunos com dificuldades de concentração tornam-se mais
concentrados, esses ambientes favorecem uma nova socialização que, às vezes, não se
consegue nos ambientes tradicionais.
As aulas tradicionalmente expositivas acabam cedendo lugar para trabalhos
corporativos e práticos, proporcionando o estímulo a uma forma de comunicação
voltada para a realidade atual de globalização.
O aprendizado de novas línguas também passa a ser estimulado pela informática,
uma vez que a maioria dos programas encontra-se em outros idiomas, característica esta
que não deve ser vista como um empecilho para a aprendizagem, mas uma motivação
para que o aluno venha a transpor barreiras.
Através do ensino pela internet o aluno passa a ver o computador como uma
fonte de aprendizagem e a informática poderá contribuir ainda para o desenvolvimento
das habilidades de comunicação e de estrutura lógica do pensamento.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo procurou de uma forma prática e clara discorrer sobre o
processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, em específico, a língua inglesa
pela internet.
Iniciou-se por uma breve abordagem sobre o uso das tecnologias no processo
educacional, trazendo não só o grau de importância que a informática passou a exercer
dentro do ambiente escolar quer seja presencial ou à distância, quanto ao papel do
professor dentro desta era tecnológica.
Outro tópico a ser abordado foram as ferramentas e metodologias empregadas no
ensino pela internet, que viabilizam a eficácia do processo ensino-aprendizagem e
contribuem para que este método de ensino alcance as expectativas pretendidas por
aqueles que optam por este veículo de acesso ao conhecimento.
Procurou-se ainda, identificar as vantagens que o estudo da língua inglesa pela
internet traria para os seus usuários, visualizando o grau de desenvolvimento que os
alunos viriam a adquirir através desta prática.
Diante de todas as informações adquiridas, pode-se concluir que em vista da
atual realidade, dentro de um mundo globalizado e a necessidade de cada vez mais se
buscar uma excelência em capacitação trabalhista, a internet surge como uma
ferramenta de grande utilidade para aqueles que querem se qualificar mais não dispõe
de tempo suficiente para tal.
O conhecimento da íngua inglesa, na atual realidade, surge como um marco para
a aquisição de uma posição social equilibrada e a internet dispõe de meios facilmente
acessíveis para a obtenção deste conhecimento.
Em face destas perspectivas faz-se necessário apenas um real comprometimento
por parte daqueles que optam por este tipo de ensino, uma vez que dependerá mais do
aluno a obtenção de um bom desempenho, usando de toda dedicação e força de vontade.
Deve-se, no entanto, ter como passo inicial averiguar a procedência e a idoneidade da
entidade prestadora do serviço, para que a ferramenta facilitadora não se transforme em
algo que proporcione danos.
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especialização a distância. E-Book. Rio de Janeiro: Editora SENAC Nacional, 2005.
CD-ROM.
LITWIN, Edith. Das tradições à virtualidade. In: SENAC. Curso de especialização à
distância. E-Book. Rio de Janeiro: Editora SENAC Nacional, 2005. CD-ROM.
KENSKI, V. M. Em direção a uma ação docente mediada pelas tecnologias digitais.
Rio de Janeiro: Quartet, 2007.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da
informática. Rio de Janeiro: Ed.34, 1998.
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Horizonte: Autêntica, 2008.
PAPERT, Seymom. A máquina das crianças: repensando a escola na era da
informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
PRADO, M.E.B.B. Da ação à reconstrução: possibilidade para a formação do
professor. Coleção Série Informática na Educação. TVE Eduativa, 1999.
REVISTA DO PROFESSOR: Uso de multimídias na leitura do mundo. Julho a
setembro de 2008. Ano XXIV nº 95.
SAMPAIO, Marisa Narcizo & LEITE, Lígia Silva. Alfabetização Tecnológica do
Professor. Petrópolis, Vozes, 1999.
SIMÕES, Roberto Porto. Informação, inteligência e Utopia: Contribuições à Teoria de
Relações Públicas. Summus, 2006. 1ª edição.
VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento: repensando a educação. 2ª ed.
Campinas: Unicamp, 1998.
Recebido Para Publicação em 13 de outubro de 2012.
Aprovado Para Publicação em 23 de novembro de 2012.