o ensino da geografia perspectivas de inclusÃo: a

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O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A CARTOGRAFIA TÁTIL UMA EXPERIENCIA E FORMAÇÃO Kamila Jaqueline Cerdeira GOMES 1 - UFPA ([email protected]) Tamara Nascimento da SILVA 2 - UFPA ([email protected]) RESUMO: O estudo em questão foi construído a partir do debate quanto ao tema da inclusão na perspectiva do ensino de geografia realizado pelo grupo de pesquisa PIBID-UFPA- GEOGRAFIA 3 , considerando o contexto da educação especial. A proposta é baseada na atividade de formação com alunos da graduação, tendo em foco neste em particular, os sujeitos com baixa-visão e cegos. A priori demonstra-se na atividade e experiência, a analise e discussão do histórico e dos paradigmas desta, o segundo momento propõem- se a elaboração de material com métodos que auxiliem sala de aula e instigam o educador-pesquisador a ser atuante nesse movimento de formação constante, tendo em vista que o objetivo maior não é realizar/elaborar “receitas-prontas” para a inclusão, percebendo que cada individuo na sala de aula é um sujeito único com singularidades e experiências e visões de mundo diferentes. Essa experiência demonstrou e depreendeu diferentes realidades da escola regular e do papel da geografia enquanto uma disciplina que pode contribuir para com mudanças e ressignificação da inclusão no cotidiano do ambiente escolar, tivemos êxitos e entraves nas considerações desta e em muito ambos contribuíram de forma instigantes para as apreensões do tema e da atividade em si, 1.Discente do curso de geografia da Faculdade de Geografia e Cartografia, UFPA. Bolsista do PIBID [email protected] 2. Discente do curso de geografia da Faculdade de Geografia e Cartografia, UFPA. Bolsista do PIBID- [email protected] 3.O Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência PIBID da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que tem como base legal a Lei nº 9.394/1996, a Lei nº 12.796/2013 e o Decreto nº 7.219/2010 “tem por finalidade fomentar a iniciação à docência, contribuindo para o aperfeiçoamento da formação de docentes em nível superior e para a melhoria da qualidade da educação básica pública brasileira.”

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Page 1: O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A

O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A

CARTOGRAFIA TÁTIL UMA EXPERIENCIA E FORMAÇÃO

Kamila Jaqueline Cerdeira GOMES1- UFPA

([email protected])

Tamara Nascimento da SILVA2- UFPA

([email protected])

RESUMO:

O estudo em questão foi construído a partir do debate quanto ao tema da inclusão na

perspectiva do ensino de geografia realizado pelo grupo de pesquisa PIBID-UFPA-

GEOGRAFIA3, considerando o contexto da educação especial. A proposta é baseada na

atividade de formação com alunos da graduação, tendo em foco neste em particular, os

sujeitos com baixa-visão e cegos. A priori demonstra-se na atividade e experiência, a

analise e discussão do histórico e dos paradigmas desta, o segundo momento propõem-

se a elaboração de material com métodos que auxiliem sala de aula e instigam o

educador-pesquisador a ser atuante nesse movimento de formação constante, tendo em

vista que o objetivo maior não é realizar/elaborar “receitas-prontas” para a inclusão,

percebendo que cada individuo na sala de aula é um sujeito único com singularidades e

experiências e visões de mundo diferentes. Essa experiência demonstrou e depreendeu

diferentes realidades da escola regular e do papel da geografia enquanto uma disciplina

que pode contribuir para com mudanças e ressignificação da inclusão no cotidiano do

ambiente escolar, tivemos êxitos e entraves nas considerações desta e em muito ambos

contribuíram de forma instigantes para as apreensões do tema e da atividade em si,

1.Discente do curso de geografia da Faculdade de Geografia e Cartografia, UFPA. Bolsista do PIBID –

[email protected]

2. Discente do curso de geografia da Faculdade de Geografia e Cartografia, UFPA. Bolsista do PIBID-

[email protected]

3.O Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência – PIBID da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que tem como base legal a Lei nº 9.394/1996, a

Lei nº 12.796/2013 e o Decreto nº 7.219/2010

“tem por finalidade fomentar a iniciação à docência, contribuindo para o aperfeiçoamento da formação de

docentes em nível superior e para a melhoria da qualidade da educação básica pública brasileira.”

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possibilitando interdisciplinaridades com a geografia, destacamos assim nesse estudo

uma rica perspectiva enquanto pesquisa e analise e continuação a ser desenvolvida.

Palavras chaves: Inclusão-geografia, baixa-visão/cegueira, metodologias de ensino

ABSTRACT:

The study in question was built from the debate on the subject of inclusion in

the geography teaching perspective held by PIBID-UFPA-GEOGRAFIA research

group, considering the context of special education. The proposal is based on training

activity with undergraduate students, with a focus on this in particular, subjects with

low vision and blind. A priori shows up in the activity and experience, analysis and

discussion of the history and of the paradigms of this, the second time propose to the

preparation of material with methods that help the classroom and instigate the teacher-

researcher to be active in this movement of constant training, given that the main

objective is not to perform / prepare "revenue-ready" for inclusion, realizing that each

individual in the classroom is a subject only with singularities and experiences and

views from different world. This experience demonstrated and surmised different

realities of regular school and the role of geography as a discipline that can contribute

towards change and redefinition of inclusion in the school environment everyday, we

had successes and obstacles in the considerations of this and much both contributed

exciting way to subject of the arrests and the activity itself, enabling

interdisciplinaridades with geography, so this study highlight a rich perspective as

research and analysis and continue to be developed.

Key words: Inclusion, geography, low vision / blindness, teaching methods

INTRODUÇÃO:

A inclusão perpassa por um complexo debate na sociedade. No que diz

respeito à educação podemos compreender um processo que vem se desenvolvendo

lentamente. Ao que corresponde ao ensino, à diversidade deve ser encarada como um

fator primordial dentro do processo educacional. No entanto é percebido através de

estudos e observações anteriores do grupo de pesquisa, que essa ainda é tida como um

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obstáculo em sala de aula em particular no que se refere à inclusão de alunos com

alguma limitação especifica.

O intuito neste estudo é a partir de uma reflexão tendo por base o ensino de

geografia na perspectiva da inclusão, referindo-se em particular a limitações visuais4

discutir como pode ser desenvolvida a inclusão com esses educandos a partir de um

dialogo proposto em relato de experiência realizado pelo grupo no curso de graduação,

pensando em instigar o tema como uma formação entre outros futuros profissionais do

curso compreendeu assim os obstáculos e desafios que estão vinculados à formação do

educador em geral e a estrutura funcional da escola tendo um complexo conjunto de

fatores que são apontados na realidade do ambiente educacional. Afim contribuir assim

para com as pesquisas e estudos que começam timidamente ainda a se formarem na área

acadêmica.

Apreendemos neste estudo a inclusão como um fator necessário de ser

discutido, devido à realidade atual da escola regular, que tem tido a responsabilidade e

dever constituído de receber o aluno com determinadas limitações, que em muitos casos

ainda não se mostra preparada para tal função. Destaca-se que nem sempre a uma

preocupação desta com as condições em que vem sendo desenvolvidas de fato ações

quanto à vida social e educativa deste aluno, um fato que é justificado, por exemplo, a

partir da formação do educador, o que já expõem de forma clara a ausência da inclusão

no ambiente escolar. O principal fator que corresponde a esse problema está vinculado a

busca de informação, que em suma é associada a uma questão de atitudinal não somente

do educador, mas de todos no conjunto escolar.

O momento de inclusão é precisamente de atitudes, e no conjunto dos atores

envolvidos dentro da escola essa é algo que faz a diferença no cotidiano e no

aprendizado. As dificuldades na formação dos profissionais, atentando-se em particular

ao educador, demonstram que a busca do conhecimento somente acontece em casos

específicos, e que em maioria só advém de uma necessidade, quando essa ocorre na

4 Limitações visuais: É considerado cego ou de visão subnormal aquele que apresenta desde ausência total de visão

até alguma percepção luminosa que possa determinar formas a curtíssima distância. Na medicina duas escalas oftalmológicas ajudam a estabelecer a existência de grupamentos de deficiências visuais: a acuidade visual (ou seja, aquilo que se enxerga a determinada distância) e o campo visual (a amplitude da área alcançada pela visão). O termo deficiência visual não significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob deficiência visual poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão residual.

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sala de aula, ou seja varia de acordo com a situação, ficando em verdade a cargo do

caráter individual muitas vezes desses educadores que ou realizam esta busca ou a

ignoram.

A metodologia por isso é compreendida como algo que continuamente deve

estar sendo questionado, pois a inclusão tem por base não somente a uma adaptação

daqueles com necessidade as realidades sociais dos ditos “normais”, mais o contrário. A

heterogeneidade é algo evidente em uma sala de aula, a adaptação aos recursos e

metodologias de estudo são fatores abrangentes no alcance de todos os educandos,

perpassam do aluno dito especial aos ditos típicos, compreendendo o acesso a

participação efetiva do conhecimento então desenvolvido e instigado ali, a proposta de

debate em suma instiga possibilitarmos o diálogo entre “mundos” que divergem sócio

historicamente e que apreende para a inclusão no seu âmbito geral do cotidiano escolar

relacionando; classes, comunidades, culturas, isso definiria o conteúdo da inclusão, em

especifico tratamos a educação especial dentro desse conjunto que muitas vezes é

despercebida, ignorada ou pior deixada como um subsistema de um paradigma

fundamentado em patologias, que aponta como responsabilidade de especialistas para a

formação desses. Contudo demonstramos a partir deste debate a construção de

conhecimento com relação ao processo do ensino e aprendizagem numa turma dita

regular, orientando uma atenção por parte do educador, na perspectiva que foca os

educandos de maneira geral, considerando sob maneira as possibilidades e

potencialidades de cada um sem restringir-se as limitações que neste caso são

percebidas como passiveis de cada ser individualmente para além do rotulo ou estigma

de uma sociedade que evidencia o seu fracasso de forma individual na escola. Propõem-

se assim alcançar neste debate dois momentos de analise, seguindo debate quanto aos

ressignificação dos paradigmas do que é a inclusão sob a perspectiva do ensino de

geografia, com ênfase na baixa visão e cegueira, e no outro momento estimula-se a

produção a partir dessas da produção de metodologias para com o ensino e

aprendizagem dos conteúdos dessa em sala de aula, isso no conjunto de formação entre

os estudantes de graduação da Universidade.

A INCLUSÃO COMO POSSIBILIDADE E OS OBSTACULOS NA ESCOLA:

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A adversidade frente à inclusão como uma consolidação dentro da escola

permeia um caminho ainda de inúmeros conflitos, devido fatores internos e externos. A

perspectiva dessas ainda remonta debates necessários a ser realizada entre a sociedade

mais principalmente dentro do ambiente acadêmico, considerando a necessidade de se

ter uma formação que abranja áreas importantes para a sua efetivação. A proposta de

estudo desse trabalho se detém a analisar a realidade dos educandos com baixa visão e

cegueira dentro desse processo de inclusão, ressaltando experiência e colaboração de

outros profissionais da área do ensino.

O perfil hoje do profissional da educação em geral não se detém a necessidade

de conhecer o que é a educação inclusiva de fato na sua abrangência, por exemplo, que

se estende da educação quilombola, indígena, de classe especial etc.. A própria

formação do educador em suma ainda é desvinculada a essa realidade que permeiam a

escola e a relação das diversidades de sujeitos, algo que esta teoricamente e timidamente

sendo somente relacionados. Assim sendo tomemos em particular o enfoque do estudo

que é a educação inclusiva-especial, que, por exemplo, incorpora aos poucos no

currículo um conteúdo de LIBRAS (Língua Brasileira De Sinais), referimos então a

uma particularidade do atual contexto que vem sendo percebido no cotidiano das

escolas, e que mesmo essa é pouco explorada no ambiente acadêmico de licenciatura,

tanto no que se diz respeito a teoria e a sua pratica, não dando fundamento necessário a

esses novos profissionais para sua atuação posteriormente, prejudicando assim as

possibilidades de se efetuar a inclusão. A educação inclusiva representa a mudança de

paradigmas que envolvem metodologias e organização do ambiente escolar, a

necessidade especial do educando é encarada como algo que não dificulta o

aprendizado, e estimula o educador a uma releitura de suas práticas em sala de aula.

Segundo os princípios da inclusão, não é apenas o aluno que deve se moldar

ou se adaptar à escola, mas é a escola consciente de sua função, que deve

rever suas concepções acerca da presença da diversidade de alunos no espaço

escolar. (MALAFATTI e FELÍCIO )

O docente é percebido um papel de destaque nessa problemática, cujo

currículo deve rever uma atenção à questão da inclusão, a necessidade da qualificado

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para atender aos educandos na sua individualidade e diversidade se faz presente, no

entanto deve isso deve ser algo disponibilizado assim como em conjunto deve

proporcionar pesquisas e estudo desses mesmos na área da educação inclusiva como um

reconhecimento de uma educação para todos,

A reflexão quanto ao ensino de alunos com determinadas limitações abrange

em muito o debate da inclusão, é preciso reconsiderar muitas verdade e mitos para com

as questões de ensino-aprendizagem, o profissional é tido não somente como um sujeito

mais principalmente como um objeto próprio que a todo instante necessita ser analisado,

sendo passível de transformações adaptações numa constante evolução e aprendizado-

individual na busca de conhecimento e estratégias para como alcançar seus educandos

independente das suas limitações. Sendo que essa realidade também não foge em muito

a realidade para com os demais alunos ditos “normais”, pois sempre é necessário se

modificar e transformar a partir de determinadas experiências suas atuações em sala.

UMA REFLEXÃO SOBRE O ENSINO:

“O ensino é um processo que compõem a formação humana em sentido

amplo, abarcando todas as dimensões da educação: intelectual, afetiva,

social, moral, estética, física. Para isso, necessita estar voltado não só para a

construção de conceitos, mas também para o desenvolvimento de

capacidades e habilidades para operar esses conhecimentos e para a formação

de atitudes, valores e convicções ante os saberes presentes no espaço

escolar”. (CAVALCANTE, L. 2012 p.49)

Despertar e desenvolver as habilidades dos educandos em sala de aula

remetem a prática de ensinar como sendo uma tarefa social de educadores

comprometidos com uma educação de qualidade que vise o desenvolvimento das

múltiplas capacidades dos indivíduos. Desta forma o ensino passa a ser um elemento

primordial para a promoção de uma aprendizagem que desenvolva valores nos

educandos para além da sala de aula.

Esta perspectiva nos leva a refletir sobre nossas maneiras de ensinar nossos

educandos, de forma a nos avaliarmos sobre nossas práticas, nossa maneira de nos

relacionarmos com esses. Ensinar implica uma relação de ajuda para com os mesmos,

eu a qual pressupõem respeito e responsabilidade. Onde o saber é primordial, passando

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a ser libertador, na medida em que se descobre a complexidade do mundo que nos

rodeia.

Mas ás vezes há uma inibição quanto ao descobrir o saber enquanto algo

libertador. Quando mestres apenas transmitem conteúdos reprodutivistas a seus alunos,

significa dizer que não há uma preocupação daquele quanto ao desenvolver as

habilidades destes. Esta prática nega a potencialidade do aluno enquanto ser histórico,

pensante e operante. É preciso superar este modo de ensinar, pois, ele não garante aos

alunos uma consciência crítica.

É importante considerar o aluno como sujeito ativo no processo de ensino-

aprendizagem, tendo em vista suas opiniões, suas práticas, seu modo de vida

considerando sua pluralidade.

“aprender as artes de lidar com a totalidade das experiências humanas que

perpassam o tempo de escola e aprender a fazer escolhas para dar conta dessa

pluralidade de dimensões humanas, que entram nos jogos educativos, são

artes constitutivas da peculiaridade do ofício de mestre-educador”.

(ARROYO, M. 2010, p.232)

Nós educadores temos de aprender a ensinar, considerando este aprendizado

um prazer, algo que seja libertador para nós mesmos, sendo a tarefa de ensinar

gratificante e engrandecedora, a qual possamos nos identificar, pois o ensino é uma arte

única e inigualável.

Talvez para a maioria dos educadores esta tarefa não seja tão simples, tendo

em vista todas as problemáticas que enfrentamos em nosso cotidiano escolar; as

formações defasadas que tivemos a desvalorização profissional, a imposição de

currículos e normas, a falta de estrutura escolar, uma série de desrespeitos, problemas

que adquirimos quando decidimos trabalhar com a educação. No entanto todas estas

problemáticas revelam o quanto devemos manter nosso foco para com um ensino de

qualidade, que garanta perspectivas produtivas aos nossos educandos, pois, nossa tarefa

remete a superar os problemas em prol da educação.

Sendo assim, podemos destacar a importância do ensino na vida dos

indivíduos, sendo este um componente norteador de pensamentos e práticas, nossa

formação como seres críticos depende do processo de ensino aprendizagem. Podemos

então traçar objetivos quanto esta prática, considerando, conteúdos planejados numa

relação que considere o diálogo com as particularidades dos educandos, sua diferenças,

promovendo uma formação humana que alcance dignidade, cidadania, liberdade a

todos.

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A GEOGRAFIA NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

No cotidiano de cada indivíduo há um pouco de conhecimento geográfico

sendo dinamizado em suas práticas, mesmo que estes não se deem conta de que utilizam

o saber geográfico todos os dias num movimento contínuo. Seja em atividades comuns

como informar a localização de um ponto a alguém ou descrever o clima, comtemplar a

paisagem, o lugar, ou discutir problemáticas sociais de diferentes escalas, aí está noções

geográficas inseridas no nosso viver.

Compreendendo a importância que a ciência geográfica denota ao

conhecimento da realidade, este saber não pode se dissociar de uma perspectiva

inclusiva, no sentido de abordar em seu ensino discussões a cerca das diversidades, das

problemáticas enfrentadas por múltiplos indivíduos. O processo de ensino e

aprendizagem em geografia remetendo as relações do homem com a natureza e dos

homens com os homens não pode descartar a complexidade que envolve o tema

inclusão social. A geografia na perspectiva da inclusão compreenderia que o ensino

desta ciência estaria aliado a práticas inclusivas de educadores e educandos numa escola

de cunho também inclusivo.

Esta questão é desafiadora, pois, significa um compromisso com a educação

por um ensino de qualidade, por uma escola de qualidade. Mas não é isso que

vivenciamos nos dias atuais, temos poucas escolas estruturadas, que considerem as

realidades dos indivíduos:

“É preciso atentar para o fato de que uma escola de qualidade é a que dá

conta, de fato, de todas as crianças brasileiras, concebidas em sua realidade

concreta. E a escola, hoje, insere-se numa sociedade marcada por muita

violência, miséria, epidemias, instabilidade econômica e política”.

(HOFMANN, J. 2003. p. 18)

Tendo em mente todos esses problemas intrínsecos a sociedade que se

expandem ao meio educacional, sabemos que a tarefa de lutar por uma educação de

qualidade é difícil, mas esse é o caminho para a transformação, para o desenvolvimento,

de uma sociedade igualitária. Consideramos que a geografia pode contribuir para a

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construção de uma educação igualitária, voltada para a cidadania, denotamos então a

importância do papel do professor educador em geografia, no que tange ao ensino desta

ciência:

“O educador precisa saber realizar a leitura analítica do espaço geográfico e

chegar á síntese, criando situações no interior do processo educativo para

favorecer as condições necessárias ao entendimento da geografia como uma

ciência que pesquisa os espaços construídos pelos homens, vivendo em

diferentes tempos, considerando o espaço como resultado do movimento de

uma sociedade em suas contradições e nas relações que estabelece com a

natureza nos diversos tempos históricos”. (CARLOS, A. F 2012, p.135)

Esta leitura analítica do espaço geográfico proposta por PONTUSCHKA, N.

remetem a uma postura que não deve ser dissociada do educador. As diversas situações

que este pode criar para favorecer o ensino dos educandos auxiliam a compreensão

crítica do mundo, a compreensão da totalidade do espaço.

Se o educador assume o compromisso de desenvolver esta prática com todos os

seus educandos, sem distinção, ele já alia a geografia á inclusão, posto que este

conhecimento não seja restringindo, nem negado ao seus educandos. É sabido que esta

tarefa não é tão simples quando se trata de ensinar pessoas com necessidades educativas

especiais, pois isto demanda a construção de novos métodos na prática escolar para dar

conta das especificidades desses educandos.

O educador precisa dialogar com o diferente, assim é preciso desenvolver

habilidades que possam ser aplicadas com todos os alunos, para tanto, ele precisa

gradativamente aliar seus conhecimentos adquiridos com sua criatividade. Promover a

inclusão não é uma tarefa difícil, nem impossível, é algo que devemos considerar em

nossas práticas de educadores, ela é indispensável na construção do conhecimento, é

uma responsabilidade dos educadores, dos educandos, da escola, de todos os agentes

que compõem nossa sociedade.

Em conjunto devemos fazer dela uma realidade, não só na perspectiva

geográfica, mas na perspectiva de todas as disciplinas, na perspectiva de todos os

saberes, de todas as nossas ações.

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PROPOSTA DE METODOLOGIAS NO ENSINO E A CARTOGRAFIA TÁTIL:

UMA EXPERIÊNCIA EM SALA.

A necessidade do educando com limitações visuais neste momento de inclusão é

percebida como mais um dos casos de diversidade comum a ser notado na sala de aula.

A forma de ensino e aprendizagem desses assim de acordo com as particularidades deve

corresponder à estratégia especificas que são voltadas a outros sentidos. A apreensão

deste sujeito tendo ele baixa visão ou sendo cego, deve ser compreendido não em razão

das suas dificuldades, mas com perspectivas em suas potencialidades, eles devem ser

encarados para além de algumas limitações, que por fim todo ser humano possui em

seus aspectos singulares.

A apropriação do espaço geográfico por pessoas com cegueira é tão ou mais

importante que para aqueles que enxergam, pois a compreensão do espaço

pelo cego lhe concede autonomia. Contudo, a observação do espaço

geográfico por estudantes cegos não se dá pela visão, como acontece

comumente por estudantes que enxergam. Nós que enxergamos

reconhecemos a realidade pela identificação visual de signos, enquanto que o

cego ao analisar um espaço qualquer elabora em sua mente uma sequencia

linear de informações que o permite compreenderem o que está sendo

explorado. [...] Para tornar o conhecimento e a compreensão do espaço

geográfico mais próximo da realidade dos estudantes, os professores de

geografia ao apresentarem o espaço geográfico podem procurar apresentar os

conteúdos geográficos relacionando-os com a vivência do estudante, com o

seu espaço vivido. (CHAVES. 2010)

A geografia no que discorre quanto ao ensino, é percebida como uma forte

aliada nessa concepção de inclusão, podendo ser fundamental pelo seu caráter de

construção do pensamento critica e de apreensão do mundo enquanto interdisciplinar

com outras ciências. Na sua analise do espaço geográfico e percepção entre espaço-

tempo oferece possibilidades essenciais na formação do educando, tendo em vista a

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necessidade de a adaptação do material no ensino e suas metodologias, na apreensão do

conteúdo em sala mediante a criatividade e recursos do próprio profissional.

A escola tem como característica fundamental ser um espaço onde todos possam

apreender, então é evidente que essa propicie isso sem distinção a todos seus educandos,

independente de crença, condição social ou necessidades especiais, considerando em

geral cada um como individuo dotado de limitações e potencialidades particulares,

respeitar seus tempos no que se refere ao aprendizado, tendo como seus parâmetros a si

mesmos e não outros.

Diante da limitação dos educandos com baixa visão ou cego ás formas de ensino

de geografia precisam ser revista, tendo em realidade que no seu padrão o uso dos

recursos visuais ainda é algo muito utilizado nas turmas regulares, assim com o intuito

de se alcançar a todos na sala com o conteúdo pelo profissional precisa ser (re) pensado.

O uso de materiais e instrumentos que propiciem a compreensão de alguns conceitos

tidos no conteúdo da disciplina é essencial para a aprendizagem deles, por isso detalhes

simples podem ser reconsiderados durante a aula. A baixa visão, por exemplo;

considerando a necessidades individuais e diferentes que cada aluno com essa limitação

apresenta, pode ser utilizado como recurso cores de destaque em imagens simples,

fontes de tamanho ideal para a leitura desses em casos importantes e principalmente

como avaliação deve ser construída de maneira processual e cotidiana em razão do

aproveitamento realizado com esse que geralmente devido a ausência de metodologias

mais apropriadas descreve certo desconforto e desinteresse em determinadas atividades.

“A cartografia como uma linguagem da Geografia é uma forma de

representar análises sintéticas geográficas, permite a leitura de fatos e

fenômenos pela sua localização e pela explicação desta localização,

possibilitando uma espacialização. Sendo parte da Geografia a cartografia se

torna um importante conteúdo do ensino podendo facilitar e ampliar a analise

do espaço estudado. (MALAFATTI e FELÍCIO) ”

O educando que é cego, depreende em seu processo de aprendizado recursos

mais específicos. A cartografia tátil é então apreendida nesse debate como um

importante instrumento de analise a ser incorporado no ensino e aprendizado desses,

destacando que essa ainda é um conhecimento que vem sendo construído e não tem

Page 12: O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A

ainda padrões na sua formação (técnicos e que precisam de recursos financeiros e

investimentos).

“A confecção de um mapa tátil requer conhecimentos na área de Cartografia

e Deficiência Visual, pois o mapa tátil é planejado considerando normas

cartográficas e adaptado para a leitura pelo tato. Ou seja, a imagem visual

deve ser transformada em uma referência tátil para ser interpretada pelo tato

como uma imagem. É Importante dizer que os mapas táteis são adaptações de

mapas já existentes, portanto, deverão conter todas as informações que

normalmente são encontradas nos mapas convencionais, tais como título,

escala, legenda, norte geográfico, entre outras. (Régis e Nogueira)”

Destarte diante das discussões realizadas pelo grupo de pesquisa e com base

na sua participação em alguns cursos de formação por exemplo o de noções básicas de

braile, que considerou o envolvimento prático e teórico do grupo de pesquisa,

possibilitou e demonstrou uma percepção importante, quanto a necessidade de

informação e formação desse debate para com outros estudantes de graduação de

geografia. O curso de Braille5 contou com a participação do Prof. Aguinaldo Barros*,

fundamentou o conhecimento que estava sendo construído acerca da realidade do

sujeito cego e de baixa-visaõ no contexto do aprendizado e apropriação do espaço da

leitura e percepção de mundo desses indivíduos. Propomos assim uma experiência em

oficina com a cartográfica tátil, com o objetivo de debate conceitual e de análise da

atividade como proposta instigadora na formação do estudante de graduação do curso de

licenciatura e bacharel em geografia.

A atividade foi construída com perspectivas de debate, tendo a participação e

interesse de muitos alunos, por ser um tema até pioneiro dentro do curso. Os matérias

didáticos apreendidos na realidade do contexto escolar também foram reflexo de debate

(como recurso na escola) por isso instigamos a produção de mapas táteis com materiais

mais acessíveis aos educadores, com o intuito de fomentar sua criatividade seguindo a

lógica do uso de materiais de baixo custo (reciclados e de fácil manuseio).

5 Inventado em 1825, por Louis Braile, na França, a história nos conta que foram inúmeras as dificuldades

enfrentadas por pessoas cegas no que tange á comunicação, no decorrer dos tempos foram feitas várias tentativas de incluir os cegos no mundo da leitura e da escrita, dentre estas se destaca a invenção denominada sonografia, ou código militar,desenvolvida por Charles Barbier, essa invenção criou bases para criação do braile, mas foi Louis braile discípulo de Charles Barbier , quem aperfeiçoou o sistema de significação tátil dos pontos em relevo, disposto em duas colunas, contendo seis pontos.

*AGUINALDO BARROS (Licenciado Pleno em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará)

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No contexto depreendemos a princípio fomentou-se um debate quanto a formação, a

inclusão e a realidade da sala de aula a partir das vivencias do grupo e do seu arcabouço

teórico e metodológico em sala de aula. Prosseguiu-se como uma troca de experiências

também com relação aos ouvintes da atividade, tendo sido consideradas suas críticas,

experiências e inquietações na discussão que trazem realidades diversificadas e

participações espontâneas dentro do meio social que abrange inúmeras outras

percepções da realidade de sujeitos.

Apreendemos assim na proposta, a cartografia como instrumento de leitura do

espaço geográfico que pode ser iniciado como alfabetização cartográfica e orientação

espacial com o uso do mapa (escala, orientação e ponto de vista). Consideramos a

produção de mapas do Brasil em regiões, a fim de expor meticulosamente como pode

ser inserida na prática de maneira fácil a adaptação do conteúdo, representamos junto a

legenda a partir da leitura em Braille e demonstramos meios esta mediante a

apresentação do alfabeto, passando a relevo um resumo das características dessa

regiões.

(Imagem: GOMES, Kamila 2014) (Imagem: GOMES, Kamila 2014)

A apreensão do espaço vivido também pode ser um ponto de referência nos

primeiros momentos, desde o particular-geral, como exemplo podemos citar uma

construção de maquete que incorporava o ambiente natural e outro modificado pelo

Page 14: O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A

homem (cidade), em uma representação simples dos elementos formados entre cores de

destaque (baixa-visão) e palpável no caso da cegueira, os materiais foram escolhidos

cuidadosamente , com ênfase em diferentes texturas.

(Imagem: GOMES, Kamila 2014)

Os mapas em suma seriam representações em textura e em relevo construídas

com o intuito de promover um melhor entendimento e apreensão dos conteúdos em sala,

que favoreceriam a efetivação da inclusão e promoveria no ambiente educacional uma

nova leitura sob a inclusão, enquanto uma metodologia e estratégia de aprendizagem

que podem ser estabelecidas sob um conjunto diverso de percepções, tendo por base a

mera participação e reflexão do educador. O debate por si só proporcionou um

enriquecimento de pontos de vista e instigou em muito a percepção do grupo e dos

ouvintes, a principal ideia alcançada foi de que a inclusão mesmo dando ainda passos

iniciais dentro da perspectiva de acesso e permanência do educandos na escola de forma

igual em direitos a educação, relaciona-se não a receitas de metodologias no ensino e

aprendizado, mais parte a um nível de debate que envolve e instiga o educador a ser

também pesquisador na sua função como ator principal para a transformação do cenário

educacional, não como “herói”, mas como impulsionista do movimento atitudinal dessa

inclusão.

Page 15: O ENSINO DA GEOGRAFIA PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO: A

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O intuito desse estudo é apresentar a partir do que vem sendo elaborado e

discutido no grupo de pesquisa o desenvolvimento e a finalidade de reflexões quanto ao

papel da geografia no contexto da inclusão. Abordamos no debate importantes

considerações; deste a formação do docente até sua abordagem metodológica para com

o processo de ensino e aprendizagem do educando em uma turma dita regular.

Neste estudo e atividade apreendeu-se; dificuldades e êxitos. A consideração de

ser o pioneiro ainda na Universidade Federal –PA, no curso de geografia quanto ao

assunto da inclusão no ensino, revelam novas ideias no debate acadêmico que precisam

ser notadas. As referências de analise perpassam realidades longes do curso, percebe-se

de um ângulo então os impactos de ausência de pesquisa até então nesta, e ao mesmo a

percepção de um avanço dentro do curso quanto aos paradigmas e ressignificação do

movimento do ensino de geografia. O estudo detém-se em muitas maneiras o contato

com profissionais de outras áreas que nos dão fundamentação teórico-prática, como o

Prof. Aguinaldo Barros, e ressaltam de um lado novamente a ausência e preocupação

com a inclusão em uma sala de aula. Contudo, de forma positiva a geografia em si,

tende a uma rica possibilidade de interdisciplinaridade, e isso favorece toda a análise do

estudo, além de enriquecer o perfil do ambiente escolar expandido os debates,

depreendendo como entender a partir do seu próprio objeto de estudo as inter-relações

dos aspectos humanos e naturais, por exemplo.

Assim é evidente a satisfação e o campo fértil para com o estudo, e, no

entanto a realidade demonstra um conjunto tão contraditório a tais interesse, os conflitos

em suma são presentes de forma inter e externa a inclusão. Assim incentivados a

continuidade desta, mesmo com tantos desafios o alcance de divulgação do debate e

fomentação de estudos, provoca não um conjunto de receitas metodológicas e de

práticas inclusivas tem sido difundida por alguns ou mesmo que é esperado por outros,

mas o inverso, os debates tendem na sua essência, o convite aos futuros educadores e

mesmo aqueles que já estão no mercado de trabalho, a busca de um novo (re)pensar nas

suas práticas e metodlogias, do seu lugar na sala de aula, enquanto aquele que vai

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proporcionar a mudança de paradigmas e conceitos na elaboração do pensamento e

formação crítico dos seus educandos como cidadãos plenos para com as suas

possibilidades de crescimento e participantes ativo da sociedade.

O debate e a atividade em questão foram fundamentais para apresentar e

instigar quanto ao tema da inclusão na geografia, levantando os desafios para que esta

seja proporcionada no seu âmbito geral, dando enfoque a formação e a necessidade de

se perceber as limitações dos debates realizados até então, consideramos a partir de um

olhar não somente geográfico propostas que podem ser utilizadas e construídas em uma

sala regular, tendo em vista as realidades múltiplas desta, o que em particular também

convida a reflexão de um continuo estudo e pesquisa por parte assim do educador e a

sua construção do conhecimento para a área da educação. Enfim percebem-se novas

inquietudes pelos integrantes do grupo diante do estudo e experiência. No que diz

respeito a sua própria visão e perspectiva dentre a atividade, foram alcançadas para além

as concepções primeiras do debate e para além continuam a instigar outros estudo na

heterogeneidade da inclusão e como a geografia pode ser atuante no movimento de

mudança e construção desse conhecimento.

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