O ENCONTRO DE O ENCONTRO DE JESUSJESUS

COM NICODEMOSCOM NICODEMOS

Jo 3,1-7Jo 3,1-7

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Jesus tinha amigos, bons e fieis, dispostos a segui-Lo para aonde Ele ia; e tinha inimigos declarados, prontos a dar-lhe a morte para se ver livre dEle. Tinha também amigos simpatizantes, fascinados por Ele, mas que ao mesmo tempo tinham medo de se manifestar.

O Jovem rico amava Jesus, mas não conseguiu renunciar aos seus bens para O seguir. Nicodemos admirava Jesus, mas tinha medo de perder a estima dos seus colegas.

É útil ter em conta este terceiro grupo de simpatizantes medrosos – como Nicodemos - porque, tantas das vezes, é com eles que nos podemos identificar.

Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. 2Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.» (Jo 3,1-4)

Eu amo Jesus, mas não quero renunciar aos meus amigos que não me permitem estar perto dEle.

Eu amo Jesus, mas quero guardar a minha independência, mesmo quando vai contra os Seus ensinamentos.

Eu amo Jesus, mas não quero perder a estima dos meus colegas, mesmo quando isso não me ajuda no meu crescimento espiritual.

Eu amo Jesus, mas não quero renunciar aos meus projectos egoísticos, para a minha glória e não para a glória de Deus.

Nicodemos foi ter com Jesus durante a noite, falando com os seus colegas, disse de Jesus palavras que apelavam à prudência e mitigou seu sentimento de culpa, levando perfumes à sepultura de Jesus.

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Aos seus colegas, os fariseus, Nicodemos disse: ««Porventura permite a nossa Lei julgar um homem, sem antes o ouvir e sem averiguar o que ele anda a fazer?» (Jo 7,51)

São palavras prudentes, dirigidas a pessoas que odiavam Jesus. Ele não concorda com a sua atitude, mas não quer romper com eles, é um deles. É como dizer-lhes: «Embora Vós odiais Jesus e quereis matá-Lo, ao menos procurai não perder a vossa dignidade, respeitai a Lei».

Nicodemos falou assim para salvar Jesus, mas, ao mesmo tempo, não queria perder seus amigos.

Nicodemos percebeu que não podia insistir mais, sem sujar a sua própria identidade pessoal e profissional.

Foi uma tentativa inútil, não deu o resultado esperado.

Os seu amigos fizeram pouco dele: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia não sairá nenhum profeta.» (Jo 7,52)

É uma cena tão natural! Não acontece a mesma coisa, quando com os meus colegas receio dizer a verdade por meio de ser mal-compreendido ou rejeitado?

Nicodemos merece a nossa atenção. Posso ser fariseu e ao mesmo tempo seguir Jesus? Isso não me condena a levar perfumes – mesmo custosos – ao sepulcro, quando é já tarde demais?

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