batalha espiritual- augusto nicodemos

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  • 8/11/2019 Batalha Espiritual- Augusto Nicodemos

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    A batalha espiritual do Pentecostalismo renovao carismtica neo-pentecostalismo.

    Relacionado doutrina do Esprito Santo, os demnios, a autoridade apost!lica, teolo"ia da

    prosperidade, con#isso positiva, dons apost!licos, $uebra de maldi%es, Rema.

    Quatro Princpios Bblicos para se Entender a Batalha EspiritualAugustus Nicodemus Lopes

    A necessidade de princpios bblicosA melhor maneira de abordarmos assuntos polmicos coloc-los dentro de seuscontextos maiores. Se tivermos a viso do todo, poderemos com mais exatidoentender suas partes. Por exemplo, uma pessoa que tenta achar um endereo numacidade simplesmente procurando as placas com o nome das ruas pode acabardesorientada e perdida. Se ela porm tiver um mapa, que lhe d uma viso maisampla da rea onde ela se encontra, e mostra as lia!es entre as ruas, poder mais

    "acilmente encontrar seu destino. #a mesma "orma, quando colocamos o tema docon"ronto da $re%a com as hostes das trevas dentro de um contexto maior, epercebemos as lia!es com outras reas teol&icas, podemos melhor entend-lo.

    'm termos do conhecimento teol&ico lobal, o assunto no pertence a uma reasomente. (uando "alamos da polmica entre salvao pela " e)ou pelas obras,"acilmente identi"icamos que o assunto pertence * rea de soterioloia, ou se%a, oestudo da salvao, uma rea da enciclopdia teol&ica. Se tivermos uma boacompreenso dos princ+pios e "undamentos que orientam a soterioloia, poderemosmais "acilmente entender tudo o que est envolvido nessa polmica. as a luta entre a$re%a e Satans no se enquadra em uma rea somente, muito embora ademonoloia b+blica, que por sua ve um departamento da aneloloia, o estudo

    dos an%os bons e maus/ certamente se%a a principal rea a"im. 0 "ato que os ensinose prticas da 1batalha espiritual1 levantam quest!es srias relacionadas com diversasreas do nosso conhecimento de #eus.

    (uando, por exemplo, aluns dos de"ensores do movimento "alam de Satans comose "osse um poder independente, aut2nomo e livre para "aer o mal neste mundo, estindiretamente entrando na rea que trata dos decretos de #eus e da sua maneira deovernar o mundo. Ainda, quando aluns revelam possuir in"orma!es extra b+blicassobre o mundo invis+vel dos an%os e dem2nios 3 como por exemplo, o nome dedeterminados dem2nios e os locais eor"icos onde supostamente habitam 3 estentrando na epistemoloia, ou teoria do conhecimento. 'ssa rea trata do modo pelo

    qual conhecemos as coisas ao nosso redor, inclusive o acesso humano aoconhecimento do mundo espiritual invis+vel, onde habitam e atuam os seres espirituaiscomo an%os e dem2nios. Semelhantemente, quando todo tipo de mal que existe nomundo, quer moral ou circunstancial como doena, dor, desempreo, etc./ atribu+doaos dem2nios, levanta-se a antia discusso acerca da oriem dos males eso"rimentos neste mundo presente. ' quando dito que os cristos podem serpossu+dos por um esp+rito malino ou "icar demoniados, para usar um termo maisem voa/, estamos de volta * soterioloia 3 ou se%a, qual a situao dos salvos diantedos ataques de dem2nios 3 e entramos tambm na cristoloia, indaando qual arelao entre a obra vitoriosa e consumada de 4risto e a atividade sat5nica nopresente.

    (uando procuramos entender os conceitos da 1batalha espiritual1 a partir de princ+pioserais que controlam as diversas reas abranidas pelo tema, poderemos ter aluns

    http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/4PrincipiosEntenderBatlhEspiritual-ANicodemus.htmhttp://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/4PrincipiosEntenderBatlhEspiritual-ANicodemus.htm
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    A soberania de #eus ensinada no conceito de Ieino de #eus. as, o conceitob+blico do Ieino de #eus que melhor expressa a soberania de #eus sobre o universoque "ormou. , M C/. 'les ainda acrescentaram que #eus possui em simesmo toda vida, l&ria, bem-aventurana, e que su"iciente em si mesmo, e que noprecisa de nenhuma das criaturas que "e, que ele exerce o mais soberano dom+niosobre elas, para atravs delas, para elas e sobre elas, "aer o que lhe aradar. A ele devido, da parte de an%os e homens, ou qualquer outra criatura, a adorao, o servioe a obedincia que ele assim requerer 4ap+tulo >, M >/. 8ma das evidncias b+blicasque citam que "oi do arado desse #eus soberano escolher os que quis parasalvao, e destinar os rebeldes para o castio eterno 4ap+tulo ?, M G c". t CC.>D,>EG

    Im B.C,CF,>C,>>G > .CB,>HG =d @G C Pe >.F/.

    A tradio re"ormada 3 seuindo o ensino de Aostinho 3 entende o ensino b+blicosobre a soberania de #eus em termos absolutos. Aostinho considerava que osplanos de #eus no podiam ser obliterados, nem sua vontade obstru+da ao "inal.4alvino, similarmente, concebia a soberania de #eus como o poder determinante douniverso ao mesmo tempo em que insistia que a responsabilidade dos seres moraisno era aniquilada/. Ne%a, por exemplo, o que ele escreveu nas $nstitutas, no cap+tulo10 Iesumo da Nida 4rist17

    6&s no somos de n&s mesmos, n&s somos de #eus. Para ele, ento, vivamos oumorramos. 6&s somos de #eus. Para ele, ento, diri%amos cada parte de nossasvidas. 6&s no somos de n&s mesmosG ento, at onde poss+vel, esqueamo-nos den&s mesmos e das coisas que so nossas. 6&s somos de #eusG ento, vivamos emorramos para ele Im [email protected]/ e deixemos a sua sabedoria presidir todas nossasa!es.E/

    6o quero com isso dier que outras linhas teol&icas no reconheam o ensinob+blico sobre a soberania de #eus. 6a verdade, creio que te&loos em eral, dequalquer orientao doutrinria, esto prontos a reconhecer o ensino b+blico sobreesse assunto. Apenas destaco que, na minha opinio, "oram os re"ormadores e ospuritanos que mais coerentemente entenderam e en"atiaram a soberania de #eussem com isso detrair da responsabilidade das criaturas moralmente responsveis,

    como os homens e os an%os, bons e maus, e Satans, entre esses Oltimos.

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    0 pr&prio Satans est debaixo da soberania divina. 'mbora no este%a muito claro naJ+blia, a $re%a crist sempre entendeu que Satans "oi oriinalmente um dos an%oscriados por #eus, talve um querubim de rande belea e poder, que desviou-se doseu estado oriinal de purea e motivado pela vaidade e pela soberba, rebelou-secontra #eus, dese%ando ele mesmo ocupar o luar da divindade $sa+as C@ e 'equiel>F/. Punido por #eus com a destruio eterna, o an%o rebelde tem entretanto apermisso divina para air por um tempo na humanidade, a qual, atravs de seurepresentante Ado, acabou por seuir o mesmo caminho do querubim soberbo. Pelapermisso divina, Satans e os demais an%os que aliciou dos exrcitos celestiais,cumprem nesse mundo prop&sitos misteriosos, que pertencem a #eus apenas. Alunsdeles transparecem das 'scrituras, que o de servir como teste para os "ilhos de#eus e aente de punio contra os homens rebeldes.

    0 ensino b+blico claro. Satans, mesmo sendo um ser moral responsvel e retendoainda poderes inerentes aos an%os, nada mais que uma das criaturas de #eus, eportanto, in"initamente in"erior a ele em l&ria, poder e dom+nio. esmo que a J+blia"ale do reino de Satans e de seu dom+nio nesse mundo '" E.C>G 9c @.EG =o C@.?H/ e

    advirta os crentes a que este%am alertas contra suas ciladas '" E.CCG C Pe D.FG .>-?/. 6ietsche anunciou a morte de #eus, e ossecularistas e ateus resolveram inorar #eus como uma realidade. 'ssa resistnciaest presente at mesmo entre cristos. Para aluns deles, #eus um ser divinoa"vel, como eles mesmos. #evemos reconhecer que at mesmo os crentes mais "iislutam com o conceito da plena soberania de #eus quando esto passando porso"rimentos. 4ontudo, o conceito b+blico da soberania do Senhor #eus permanececlaramente expressa nas 'scrituras.

    6o h uma determinao Oltima de #eus quanto ao universo.

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    1moderada1 da soberania de #eus do que a compreenso de Aostinho e de 4alvino.Pinnoc a"irma que um controle soberano da parte de #eus nea a habilidade e aliberdade das pessoas em escolher obedecer a #eus ou voltar-se contra seuprop&sito. 'le suere que #eus criou o mundo com uma certa medida deautodeterminao, e que overna um mundo livre e din5mico, onde no h nadadeterminado de "orma "ixa ou de"initiva. A soberania de #eus, ele suere, alo abertoe "lex+vel.F/ Pinnoc tem recebido muitas cr+ticas de te&loos re"ormados ho%e. Suaidia de soberania de #eus no "a %ustia ao ensino da J+blia acerca do reino de#eus nesse mundo.

    A soberania de #eus o torna autor do pecado e do mal. uitas pessoas noconseuem entender como #eus pode ser soberano e ao mesmo tempo permitir que omal impere. =ames 9on, preocupado com essa questo, escreveu7

    'u me importo com paradoxos. #eus reina. 0 mal tambm parece reinar. 'u quero vercomo as 'scrituras relacionam os dois. (uase >HQ dos E bilh!es de pessoas desseplaneta vivem em absoluta pobrea e so"rimento. A " crist deve ter uma boa

    explicao para isso, se que vai "aer sentido para eles.B/

    Sem querer "aer de #eus o autor do mal, e sem querer menosprear o so"rimentodesses milh!es de pessoas, ouso dier que a J+blia tem, de "ato, uma soluo paraesse problema. Possivelmente, a melhor maneira de entender como os autoresb+blicos 3 em especial do 6ovo @/.CH/

    Procuremos entender claramente este ponto. 6os 'vanelhos Satans representadocomo sendo um inimio vencido. 0s dem2nios so expulsos inexoravelmente. 'les seaproximam de =esus, no como neociadores em p de iualdade, mas comosuplicantes c C.>?->FG D.C->H/. 0 Senhor =esus declara que Satans est amarradoc ?.>G t C>.>BG 9c CC.>C->>/. Por outro lado, a destruio "inal de Satans vista

    como ainda no "uturo t >D.@C/. 'sta tenso "a parte do ensino de =esus acerca doIeino de #eus, que % presente, mas ainda vindouro.CC/

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    entretanto atravs de sua revelao especial nas 'scrituras que nos "a saberacerca do mundo invis+vel e espiritual que nos cerca. Assim, muito embora possamosdepreender aluma coisa acerca de #eus pelo conhecimento de n&s mesmos e domundo criado, exclusivamente nas 'scrituras que encontraremos a revelao clara eplena de #eus para a humanidade.

    A su"icincia da 'scritura. A J+blia tra todo o conhecimento que precisamos ter nessemundo, para servirmos a #eus de "orma aradvel a ele, e para vivermos aleres esatis"eitos no mundo presente. esmo no sendo uma revelao exaustiva de #eus edo reino celestial, a 'scritura entretanto su"iciente naquilo que nos in"orma a esserespeito.

    Aplicando ao tema do nosso ensaio, isso implica duas coisas7

    C/ A Onica "onte autoriada que temos para conhecer o misterioso mundo anlicoonde se movem an%os e dem2nios a J+blia. esmo que existam muitos conceitos eidias acerca dos dem2nios, advindas da superstio popular, da crendice e de

    experincias pelas quais as pessoas passam, somente nas 'scrituras queencontramos conhecimento seuro acerca de Satans e de sua atividade nessemundo. 'la sinular e exclusiva.

    >/ A J+blia contm tudo o que #eus dese%ava que conhecssemos a respeito deSatans. 0 ensino que ela nos o"erece sobre os dem2nios e suas atividades su"iciente para que possamos estar sempre prontos para resistir *s suas investidas epara a%udar as pessoas que se encontram cativas por eles. 0u se%a, tudo queprecisamos saber para travarmos uma uerra espiritual contra as hostes espirituais damaldade est revelado nas pinas da 'scritura, e isso inclui conhecimento dasciladas astutas do diabo e a maneira correta de procedermos diante delas. A J+blia nosso manual de combate espiritual. 'la nos revela o carter de nosso inimio, suasinten!es e artimanhas, e de que modo podemos "icar "irmes contra suas ciladas.

    Assim, os estudiosos costumavam escrever 1demonoloias b+blicas1 que nada maiseram que uma sistematiao do ensino das 'scrituras acerca de Satans, seusan%os, e sua atividade nesse mundo.CD/ 0s puritanos, por exemplo, escreverammuitas obras acerca do con"lito entre os cristos e o diabo, que no eral sempre erambaseadas no que a J+blia diia sobre os dem2nios e suas atividades.CE/ 4ontudo, emnossos dias, assistimos com perplexidade o crescimento espantoso de umademonoloia que se utilia de outras "ontes de conhecimento acerca do reino dastrevas alm das 'scrituras, ao ponto de a"inal contradierem o ensino da mesma, oude a complementarem.

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    pessoais para provar suas convic!es. 'la a"irma, com base na sua experincia deaconselhamento, que certos dem2nios 1adquirem1 o direito de se sentarem nopescoo das pessoas. 4om base em testemunhos, ela a"irma que as ora!es da $re%adiminuem o +ndice de criminalidade, roubo e violncia, que as entidades de uma ruapodem ser atadas, etc. 8ma de suas crenas mais curiosas, a de que determinadasire%as tem entidades malinas que se alimentam dos pecados no resolvidos dacomunidade e seus pastores, de"endida principalmente com base em vriostestemunhos. 0 que ainda mais preocupante, $tioa "a vrias especula!es sobreos dem2nios que dominam o Jrasil baseada na doutrina da 8mbanda sobre estasentidades.CF/

    8m outro exemplo o artio seminal de Peter Laner sobre 1'sp+ritos H/ as no pra ai. 'le tenta um clculo do nOmero dedem2nios que existem baseado nas in"orma!es de um ex-pai de santo da 6iria, aquem Satans teria desinado autoridade sobre um determinado nOmero de

    dem2nios, que por sua ve tinham controle sobre outro nOmero.>C/ Laner de"endea tese de 1casas mal assombradas1 com base na experincia de missionrios emSerra 9eoa.>>/ A maior parte do artio empreado por Laner para amontoarexperincias ap&s experincias de campos missionrios, que supostamente provam aexistncia de dem2nios que so autoridades locais.>?/ Lael observa que asexperincias citadas por Laner para de"ender a existncia e atuao de 1esp+ritosterritoriais1 so muito limitadas e cuidadosamente selecionadas.>@/ 'le mostra, porexemplo, que a maioria das ilustra!es que Laner usa em seu livro Lar"are Praerso tiradas da Arentina, especialmente do ministrio do evanelista arentino 4arlosAnnacondia, que se utilia das ttica da 1batalha espiritual1. Lael nota, porm, queLaner no menciona os casos em que estes mtodos "oram empreados semqualquer resultado, e nem os casos em que houve convers!es em massa,

    implantao de novas ire%as, e crescimento enu+no de ire%as sem que estesmtodos tivessem sido utiliados. Por deixar de mencionar que outras ire%as emiss!es, que no a de Annacondia, esto tendo o mesmo resultado, Laner deixa de"ornecer uma in"ormao importante para que o leitor %ulue os mtodos deAnnacondia dentro do contexto arentino lobal.>D/

    Ievela!es dos pr&prios dem2nios. A uma certa altura do seu artio % mencionado,Laner menciona seis potestades mundiais que esto imediatamente abaixo deSatans na hierarquia sat5nica, cu%os nomes so #amio, Asmodeo, enuelesh,Arios, Jeeleebub, e 6os"eratus. 'stes dem2nios e seus nomes, seundo Laner,"oram descobertos por Iita 4abeas, que "e pesquisas extensas sobre a hierarquiasat5nica, usando mtodos que Laner pre"ere no citar, mas que esto relacionadoscom o ministrio de psicoloia e libertao de 4abeas, e com revela!es divinas queela recebeu atravs de 1palavras de conhecimento1.>E/ 6o di"+cil, para quem l asobras de Iita 4abeas, perceber qual o mtodo que ela usa para 1descobrir1 osmistrios da hierarquia sat5nica. 'm seu Oltimo livro #esmascarado VSo Paulo7Ienascer, CBBEW/ 4abeas narra lonos diloos que teve com dem2nios "alandoatravs de pessoas endemoninhadas/, os quais no somente lhe revelaram seusnomes, como tambm lhe deram in"orma!es sobre outros dem2nios. 'la a"irma queno correto basear sua teoloia no que dem2nios diem, mas acrescenta 1...tenho aimpresso que aquele dem2nio diia a verdade...1 p.>CE/. 'sse apenas umexemplo. 6os ensinos e prticas do movimento h muitas outras in"orma!es sobre osdem2nios adquiridas pelo mesmo mtodo.

    Pesquisas psicol&icas. 8ma outra "onte extra-b+blica utiliada para se obterconhecimento sobre o mundo espiritual so as pesquisas cient+"icas. ais

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    conhecimento sobre os sintomas da possesso demon+aca em contraste a distOrbiosmentais tem sido buscado atravs desse mtodo. 'studiosos na rea de psicoloiapastoral tm publicado relat&rios onde procuram distinuir a possesso demon+aca dedoenas mentais pela observao e anlise em seus consult&rios mdicos.>/ AJ+blia narra diversos casos de possesso demon+aca mas nos o"erece poucain"ormao acerca dos seus sintomas. 6o eral, os autores b+blicos no estointeressados na psicoloia desses casos, e os narram apenas do ponto de vistateol&ico, para mostrar o poder libertador de #eus atravs de 4risto, e sua soberaniasobre o reino das trevas.

    #evemos obter toda a a%uda que pudermos para dianosticar as verdadeiras causasdo so"rimento das pessoas. 6esse sentido, pesquisas assim so bem-vindas. as,no "cil distinuir entre possesso demon+aca e distOrbios mentais. 0 Senhor =esuse os ap&stolos no tinham qualquer di"iculdade em saber quem era o que, masoavam de uma posio especial que no nos parece ser a mesma dos cristos emeral. uito embora os cristos tenham discernimento espiritual, patente que muitoserros e abusos tm ocorrido nessa rea, por parte de pastores, conselheiros e obreiros

    em eral, especialmente nos chamados 1ministrios de libertao1. 6um recente artioacerca do tratamento dos distOrbios da 1mOltipla personalidade1 um estadopsiquitrico doentio em que as pessoas apresentam vrias di"erentes personalidades/,4hristopher Iosi adverte que os pastores devem ter cuidado para no dianosticar#P distOrbios de mOltipla personalidade/ como sendo possesso demon+aca. 8sarexorcismo num paciente de #P uma atitude inaceitvel, e muitos terapeutas aconsideram como sendo extremamente pre%udicial ao paciente.>F/

    A necessidade de cautela "ica ainda mais patente quando descobrimos, para nossodes5nimo, que os pesquisadores nessa rea no conseuem chear a um acordoquanto aos sintomas que claramente distinuem possesso demon+aca de desordensmentais. Aluns estudiosos, como $saacs, a"irmam que a perda do auto controle, ouvir

    voes ou ter vis!es, a presena de outras personalidades dentro da pessoa, re%eiode itens reliiosos, "lutua!es entre personalidades, comportamento suicida edestrutivo, ocorrncias paranormais ou parapsicol&icas, so sintomas claros depossesso demon+aca.>B/ Xeralmente apontam para abuso sexual na in"5ncia comosendo uma das portas de entrada dos dem2nios. Iosi, por outro lado, identi"ica umpassado de abuso sexual, ouvir voes dentro da cabea, comportamento anormal doqual o paciente no se lembra, tratamentos anteriores que no "uncionaram,comportamento auto destrutivo, depresso e dor de cabea severa, como sintomas de#P. A"irma ainda que o doente t+pico de #P pode ter at mesmo C@ personalidadesdistintas.?H/ 6o meu ob%etivo nessa parte do estudo entrar no assunto dapossesso demon+aca, apenas quero mostrar que andamos em terreno escorreadioquando tentamos obter conhecimento acerca do mundo espiritual usando outras"ontes que no a revelao divina.

    4onceitos paos sobre dem2nios. uita coisa ensinada pela 1batalha espiritual1assemelha-se * sabedoria pa sobre os esp+ritos maus, como os conceitos de 1casamau assombrada1, quebra de maldi!es, etc. Xar XreenYald a"irma num artio que poss+vel que esp+ritos malinos se%am trans"eridos para crentes de E maneiras7 vivernuma cidade onde os esp+ritos dominantes seduem os crentesG viver em associaocom descrentesG assistir "itas de cinema ou v+deo que exp!em pornora"ia e violnciaGtrans"erncia de esp+ritos de antepassados +mpiosG imposio de mos por parte depessoas erradasG l+deres espirituais que no so realmente homens de #eus.?C/Podemos concordar que alumas dessas coisas mencionadas acima so perniciosas

    para o crente e que ele deve evit-las. as da+ a aceitarmos a idia de que elastrans"erem maus esp+ritos aos crentes, vai uma rande dist5ncia. 'ssa concluso no corretamente in"erida das 'scrituras, muito embora o autor tente "aer re"erncia a

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    alumas passaens que %ula que provam seu ponto. 0 conceito de trans"erncia deesp+ritos malinos para crentes parece muito mais um conceito pao do que b+blico.Soa como o conceito de 1mau olhado1 da umbanda.?>/

    = outro autor, escrevendo sobre como uma "am+lia crente deve consarar ao Senhora casa onde moram, de"ende que pode haver dem2nios morando nela, se osmoradores anteriores "oram +mpios, e recomenda que os crentes "aam uma operaode limpea, removendo todos os traos de pecado, e expulsando os dem2niosdaquele luar. 0 mesmo deve ser "eito em quartos de hotis, e escrit&rios.??/'videntemente todos os cristos dese%am morar num luar onde #eus se%a o Senhor,mas as 'scrituras no nos ensinam a "aer rituais de puri"icao de casas ou outroslocais para que isso ocorra. #eus habita em n&s, e se habitamos numa casa, nossapresena santi"ica aquele local. A idia parece ter sido importada das relii!es pas,especialmente da umbanda e do baixo espiritismo.

    0s perios que correm os cristos que adotam uma demonoloia ou uma viso debatalha espiritual que vai alm dos padr!es da Palavra de #eus so devastadores. Nia

    de rera, os que tm ido alm das 'scrituras acabam caindo numa demonoloia semi-pa. #e"ensores dessa nova teoloia mesmo apresentando as vees bom materialb+blico so tendentes a especula!es "antsticas e imaina!es espetaculares. 0sque vem a dor, o so"rimento, as doenas, a depresso, o desempreo, os con"litospessoais e o pecado R en"im, toda a misria que existe no mundo ao seu redor Rsempre em termos de batalha espiritual, correm diversos riscos quanto * sua ".'numero em seuida trs deles7

    Kalsa compreenso. (uando aceitamos a idia de que vivemos num mundo onde todomal se oriina na atuao direta de Satans ou aluns de seus dem2nios, perdemosde perspectiva o ensino b+blico de que somos responsveis pelos nossos pecados epelas conseqTncias dos mesmos, que eralmente nos traem dor e so"rimento. '

    podemos at mesmo comear a questionar se a disciplina espiritual de alum valorpara quebrarmos o poder dos hbitos pecaminosos em nossas vidas, % queacreditamos que estes se resolvem pela expulso de entidades espirituaisresponsveis pelos mesmos.

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    . ! homem um ser decado e debai"o do #usto #u$o de Deus8m terceiro princ+pio "undamental para colocarmos o assunto de 1batalha espiritual1 naperspectiva correta lembrarmos do verdadeiro estado da humanidade diante de#eus. 4reio que na rai de uma demonoloia de"eituosa e inadequada, como aabraada pelo moderno movimento de 1batalha espiritual1, encontra-se uma visoincorreta acerca da extenso dos e"eitos do pecado na naturea humana e do estadodo homem diante de #eus. 'm outras palavras, "alta o conceito b+blico de que ohomem um ser deca+do moral e espiritualmente e debaixo do %usto %u+o divino.

    8ma das randes disputas durante a Ie"orma protestante versou sobre a naturea e aextenso do pecado oriinal. 'le a"etou Ado somente, ou todo o nero humanoZ Avontade do homem deca+do ainda livre ou escraviada ao pecadoZ 6o sculo NPelio havia debatido "eromente com Aostinho sobre este assunto. Aostinhomantinha que o pecado oriinal de Ado "oi herdado por toda a humanidade e que,

    mesmo que o homem ca+do retenha a habilidade para escolher, ele est escraviadoao pecado e 1no pode no pecar1. Por outro lado, Pelio insistia que a queda deAdo a"etara apenas a Ado, e que se #eus exie das pessoas que vivam vidasper"eitas, 'le tambm d a habilidade moral para que elas possam "aer assim. 'lereivindicou mais adiante que a raa divina era desnecessria para salvao, embora"acilitasse a obedincia.

    Aostinho teve sucesso re"utando Pelio, mas o pelaianismo no morreu. Nrias"ormas de pelaianismo recorreram periodicamente atravs dos sculos. 9uteroescreveu um livro 1A 'scravido da Nontade1 em resposta a uma diatribe de 'rasmo,onde o mesmo de"endia conceitos pelaianos. 9utero acreditava que 'rasmo era 1uminimio de #eus e da reliio 4rist1 por causa do ensino dele sobre o pecado oriinal.

    ?@/

    'mbora nem sempre houvesse total concord5ncia entre os cristos, o ensinode"endido por Aostinho, 4alvino, 9utero, puritanos e te&loos re"ormados maismodernos, representou durante muito tempo o pensamento da maioria dosevanlicos. Atualmente, conceitos bastante similares aos de Pelio parece teremconseuido prevalecer entre os protestantes de maneira eral. as, a teoloiare"ormada continuando a"irmando que o pecado de Ado trouxe rav+ssimasconseqTncias aos seus descendentes. As duas principais so essas, como se seue7

    A corrupo da naturea humana. 4om esse termo se queria indicar a deenerao,

    perverso, depravao ou decadncia espiritual e moral * qual a raa humana "icousu%eita ap&s o pecado de seus primeiros pais, Ado e 'va. 0 pecado maculou apersonalidade humana de tal maneira, que o homem mais inclinado a praticar o malque o bem. 0 primeiro casal, criado puro e inocente, ap&s experimentar o pecado, %exibia sinais da corrupo interior7 cada um tentou %usti"icar seu erro colocando a culpano outro e a"inal em #eus Xn ?.CH-C?/. #epois disso, a hist&ria de seus descendentes uma triste hist&ria de violncia Xn @.F/, poliamia Xn @.CB/, soberba e vinanaXn @.>?/ e imoralidade Xn C?.C?G CF.>H->C/. Apesar de ainda existir alum bemnesse mundo e isso somente pela raa de #eus/, as pessoas sempre estopensando em "aer coisas erradas Xn E.D/. A descrio dada pelo salmista estarrecedora7

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    sentimentos de miseric&rdia e compaixo, e que so capaes de sacri"+cios os maisher&icos e altru+stas por causas humanitrias e nobres. Apenas atribui tais atos, no *naturea do homem em si, mas ao que denomina de a raa comum de #eus. 4omisso os re"ormados desinam aquelas opera!es raciosas e soberanas daprovidncia de #eus, pelo Seu 'sp+rito, na humanidade em eral, restrinindo ascorrup!es e as tendncias malinas dos cora!es e promovendo atitudes demiseric&rdia, independentemente das crenas reliiosas das pessoas, com o ob%etivode preservar por mais um tempo o conv+vio humano, a existncia da sociedade e asobrevivncia da raa humana. #essa "orma, se por um lado a humanidade totalmente inclinada a "aer coisas erradas, por outro, levada na maioria das veesde "orma inconsciente/ por #eus a realiar atos de miseric&rdia e bondade, pelosquais a sua sobrevivncia em sociedade preservada. 4aso #eus deixasse de atuarassim, a humanidade % teria se destru+do h muito tempo ve%a Xn >H.EG Sl [email protected]?-CDG t D.@D/.

    A queda do homem no exclui sua responsabilidade. 0 ensino re"ormado dadepravao total tambm no exclui o reconhecimento de que as 'scrituras ensinam

    que o homem, mesmo nesse estado deca+do, responsvel pelos seus mal"eitos.Aluns estudiosos aleam que o homem no pode ser responsabiliado pelos seusatos pecaminosos desde que irresistivelmente inclinado a pratic-los. Porm,entendemos que a queda do homem de um estado de purea e inocncia para o dedepravao moral e espiritual no anulou a sua responsabilidade diante de #eus. As'scrituras, mesmo a"irmando a depravao moral e espiritual das pessoas, avisa-asque so responsabiliadas por #eus pelos seus atos, e que so"rem as conseqTnciasdos mesmos c". = B.DEG Pv D.>>G >>.FG =r >C.C@G Im E.>C,>?G > 4o D.CHG Xl E.F-B/.6o di"+cil constatar que "reqTentemente so"remos com os resultados de decis!es,palavras e atitudes erradas que tomamos. A preuia tem traido pobrea a muitos.8ma vida desrerada tra doenas. A "alta de dom+nio pr&prio tem provocado rea!esque levam ao homic+dio. A embriaues e o uso de droas tem traido so"rimentos

    indi+veis aos seus usurios e "amiliares. 0 amor ao dinheiro, a cobia e a inve%a tmtraspassado a muitos com muitas dores. 6as palavras do escritor =ules IomainsCFFD-CB>/, 1Se nossa poca, se nossa civiliao correm a uma catstro"e, isto sed menos por ceueira, do que por preuia e por "alta de mrito1.?F/

    'sse o ponto que dese%amos en"ocar nessa parte do nosso ensaio7 rande parte damisria espiritual, moral, social, individual, "inanceira e estrutural que sempre a"lie ahumanidade "ruto, em primeiro luar, dos pecados que ela comete. A humanidadeem eral responsvel, em rande medida, pela so"rimento moral, espiritual e "+sicoque suporta durante sua existncia. ; verdade que h muitos e muitos casos em quepessoas so"rem como conseqTncia, no de seus erros, mas dos erros de outros Rcomo por exemplo, os pais que perdem um "ilho atropelado por um motorista bbado,ou os civis que so"rem durante uma uerra. 6ear isso seria cruel. as no esse onosso ponto. 0 que estamos querendo dier que, ou por nossa culpa ou pela deoutros humanos, rande parte da misria que nos acomete tem como rai Oltima esseestado de depravao e corrupo a que a desobedincia dos nossos primeiros paisnos lanou, desobedincia essa na qual incorremos por n&s mesmosG pois at mesmoas catstro"es naturais R como terremotos, ciclones, secas e dilOvios R soatribu+dos na J+blia * desordem c&smica erada pela queda do homem no %ardim do;den c". Xn ?.C-CFG Im F.>H->>/.

    A condenao e o castio de #eus. 'ssa a seunda conseqTncia da queda quedese%o en"atiar. A humanidade no somente vive num estado lastimvel de

    depravao espiritual, provocando muitas dores em si mesma R ela est debaixo domais severo %u+o de #eus por causa do estado de rebelio em que vive, atraindosobre si castios temporais impostos por 'le. As 'scrituras declaram abertamente que

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    #eus, mesmo tendo reservado para o "uturo as penas eternas merecidas pelospecadores impenitentes, aqui e aora % imp!e castios temporais aos mesmos.. As'scrituras nos do inOmeros exemplos dos castios temporais de #eus sobre opecado do homem. A comear com os castios impostos ao primeiro casal no ;denXn ?/, passando pelo dilOvio Xnesis E-F/, a con"uso das l+nuas Xn CH/ e adestruio de Sodoma e Xomorra Xn C?-C/, a J+blia nos deixa muito claro que, aquie aora, no presente tempo em que vivemos, #eus est executando, mesmo queparcialmente, %u+os sobre os homens pecadores. 'sses %u+os por vees tomam a"orma de "laelos "+sicos. #eus disse por intermdio de oiss que castiaria osisraelitas com toda sorte de misrias temporais em caso de desobedincia. 0 catloode so"rimentos em #euteron2mio >F impressionante7 diminuio do patrim2niov.CF/, doenas contaiosas, in"ec!es, in"lama!es e "ebres v. >C->>/, praas v.>>b/, secas v. >?/, tumores, chaas, Olceras e coceiras v. >/, ceueira v. >F->B/,"racasso "inanceiro e escravido v. >B/ R a lista in"indvel c". o restante dela nosvv. ?H-@@G ver tambm 9ev+tico >E.C@-@E/.

    6o pretendo "echar os olhos ao "ato de que as 'scrituras ensinam que #eus

    paciente, complacente e misericordioso para com a humanidade rebelde, e que apesarda desobedincia e rebelio das pessoas, 'le raciosamente lhes d a vida, saOde,bens, e at lonevidade. esmo as pessoas mais +mpias por vees experimentamnessa vida privilios materiais que excedem em muito a poro mara com que"reqTentemente os %ustos so araciados. A constatao dessa realidade levou muitossantos antios a inquirir acerca da %ustia de #eus ver Salmo >G o livro de =&G o livrode 'clesiastes/. A resposta que #eus, em sua muita miseric&rdia e seuindoprop&sitos "reqTentemente ocultos aos nossos olhos, nem sempre nesta vida castia opecado imediatamente e na proporo que o mesmo merece. 0 %u+o e a condenao"inal dos +mpios certa e #eus tem reservado a punio deles para aquela ocasio.Aqui no presente 'le os castiue por vees com "laelos e a"li!es temporais, comoprenOncios daquela condenao eterna que os auarda.

    A idia de que todo mal R quer sob a "orma de so"rimento e misrias, quer sob a"orma de pecado R provm da atuao direta de dem2nios bastante di"undida pelomovimento de batalha espiritual. 6a verdade, acredito que o conceito de que 1todo mal demon+aco1 a mais "undamental doutrina desse movimento. A esses esp+ritosmalinos atribu+da a responsabilidade, no somente de doenas, desastres,"racassos, div&rcios, desempreo e coisas semelhantes, mas tambm de atitudespecaminosas, como o uso de droas, a prostituio, o homossexualismo, o consumode pornora"ia e todos distOrbios morais de comportamento. Seundo o entendimentode muitos proponentes da 1batalha espiritual1, essas entidades mal"icas se instalamna vida das pessoas crentes e descrentes/ e nas estruturas sociais, pol+ticas eecon2micas de determinadas rei!es eor"icas. Iesta * $re%a somente o mtodode expelir essas entidades dos locais estraticos onde se instalaram, como meioe"ica de combat-las e libertar as pessoas debaixo de seu controle.

    0 ponto que dese%o "risar que esse ensino do movimento de 1batalha espiritual1 uma perspectiva limitada e reducionista do ensino b+blico acerca do so"rimentohumano bem como uma avaliao distorcida da realidade que nos cerca. 0sdi"erentes so"rimentos experimentados nessa vida pelos homens tm como oriem,muitas vees, no somente a desobedincia humana, como tambm o castio divino.'videntemente, no sabemos ao certo dier quando um termina e o outro comea. ' preciso reconhecer que, em casos como o de =&, Satans pode servir comoinstrumento dentro dos prop&sitos divinos. Provavelmente os e"eitos do pecado, os

    %u+os divinos e a atuao dos dem2nios esto to interliados em aluns casos que aseparao na prtica imposs+vel. #e qualquer "orma, creio ter "icado claro que oconceito de"endido pelo movimento de batalha espiritual, de que todo so"rimento, toda

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    misria e todo mal circunstancial que sobrevm *s pessoas ho%e, tem oriemdemon+aca, no tem qualquer sustentculo b+blico.

    6o estou diendo que os esp+ritos malinos no atuam na promoo da misria e dador, bem como na disseminao do pecado. 6ear isso seria near o ensino da J+blia.'la a"irma que o diabo veio para matar, roubar e destruir =oo CH.CH/. A"irma tambmque ele o pai da mentira =o F.@@/. Sabemos que Satans se utilia da nossanaturea depravada como instrumento de tentao, como se "osse um aliado interno,para nos levar ao pecado.?B/ 0 que estou questionando a n"ase do movimento debatalha espiritual de que toda "orma de mal circunstancial e moral/ provmdiretamente de Satans, e que ele , em Oltima anlise, o responsvel pela nossaescravido a determinados pecados.

    Ieconheo que muitos cristos acham extremamente di"+cil romper com determinadoscomportamentos compulsivos que sabem ser pecaminoso, como ver pornora"ia,comer em excesso, sentir autopiedade ou mentir. 'stou tambm pronto a admitir queSatans procura levar as pessoas a permanecer escravas desses hbitos e padr!es

    pecaminosos. (uestiono, porm, a idia de que tais crentes no conseuem se livrarporque esto debaixo do poder de um determinado esp+rito malino que os levam apecar sempre que esses dem2nios assim o dese%em. (uestiono essa idia porquecreio estar claro nas 'scrituras que o homem corrompido o su"iciente para atrairsobre si so"rimentos e a"li!es decorrentes de seus pr&prios atos sem que nenhumdem2nio este%a necessariamente envolvido/. A idia de que todo comportamentocompulsivo decorrente de demoniao um dian&stico inadequado e abre portaspara solu!es inadequadas.

    A J+blia tambm ensina, como vimos, que #eus o autor de males e so"rimentos queenvia sobre os +mpios e mesmo, sobre seus "ilhos, para corrii-los/. 4om isso noestou, nem por um seundo, suerindo que #eus o autor do pecado, ou que se%a, no

    m+nimo, cOmplice do mesmo. (uando comeamos a ir alm da 'scritura, eresponsabiliamos o diabo por todo o mal que ocorre nesse mundo, corremos alunsriscos7

    Perdermos de vista o ensino b+blico acerca da queda e depravao do homem. 6umartio cr+tico contra os ensinos de Peter Laner e demais proponentes do movimentode batalha espiritual, ie Lael acusa a teoloia do movimento de ser pobre,descuidada e in"erior, pois apresenta uma perspectiva inadequada do ensino b+blicoacerca da queda do homem. Satans, continua Lael, visto como operandoprimariamente atravs de institui!es pol+ticas, econ2micas e reliiosas. 8ma ve queseu poder sobre esses sistemas quebrado, as pessoas prontamente se convertero

    a 4risto.@H/ as esse ensino, di Lael, est em completo desacordo com o ensinob+blico de que o corao do homem endurecido, teimoso e rebelde. 'sse ensino deLaner e de outros tende a %usti"icar os pecados dessas pessoas e sua recusa emsubmeter-se a 4risto.@C/

    Perdermos de vista o ensino b+blico acerca da responsabilidade pessoal de cadaindiv+duo pelos atos que comete. 6um artio sobre como os cristos podem se libertarde comportamentos compulsivos R outra maneira de se re"erir a prtica costumeira dedeterminados pecados R, o autor 9ester Sumrall corretamente menciona que o diaboilude as pessoas com conceitos errados acerca do pecado e de #eus, para mant-lasescraviadas a determinados hbitos pecaminososG mas responsabilia tais indiv+duospor no serem capaes de romper com tais hbitos7 C/ muitos no dese%am realmente

    renunciar ao praer que o pecado lhes traG >/ outros so orulhosos demais parabuscar a%udaG ?/ outros se concentram em assuntos secundrios em ve de irem *

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    rai do problemaG @/ ainda outros so inconstantes7 dese%am mudar, mas no aoponto de renunciar *queles hbitos e sentimentos "amiliares. 'le conclui diendo que somente atravs de um es"oro espiritual constante que poderemos nos libertar depadr!es rotineiros de pecado.@>/ 0 que dese%o destacar nesse artio de Sumrall acombinao equilibrada entre o reconhecimento de que Satans pode iludir aspessoas ao pecado e a responsabilidade Oltima que cada pessoa tem diante de #euspor se deixar iludir e praticar a iniquidade. $n"elimente, essa Oltima n"ase tem "altadoem muitas das publica!es de"endendo a 1batalha espiritual1. A tendncia eralmente resolver o problema da escravido ao pecado em termos de expulso de dem2niossupostamente responsveis pelos mesmos, em ve do empreo dos meios b+blicoscomo a disciplina espiritual,, como mencionado no artio de Sumrall.

    Perdermos de vista o ensino b+blico de que devemos resistir ao pecado. ; importanteobservar que nem sempre "cil distinuir entre os problemas comuns da vida eataques de esp+ritos malinos. A di"iculdade aumenta quando descobrimos que aJ+blia menciona que, alm de Satans, somos ainda tentados pela carne, pelo mundoe pelas circunst5ncias adversas dessa vida. 0 que muitos de"ensores da 1batalha

    espiritual1 parecem no perceber que a maioria dos nossos problemas, di"iculdadese so"rimentos dirios se oriinam da combinao entre nossa 1baaem de misriahumana bsica1 predisposi!es enticas, ambiente "amiliar, de"icincias pessoais/ enossas tendncias pecaminosas amarura, ira, raiva, eo+smo/. 0 mundo e o diabocompletam o quadro, interaindo entre si para criar situa!es de con"lito, que so porvees to complexas, que no conseuimos classi"ic-las claramente. 0 que maisinteressante em tudo isso, que as 'scrituras o"erecem aos crentes uma maneirapadro de air nessas circunst5ncias, se%a qual "or a oriem R ou oriens R docon"lito7 submeter-se a #eus, arrepender-se dos pecados, e resistir ao diabo R e ele"uir 4or+ntios D.C, 1', assim, se alum est em 4risto, nova criaturaG ascoisas antias % passaramG eis que se "ieram nova1 AIA/. Pre"eri traduir a palavratisis como 1criao1 e no como 1criatura1 pelos seuintes motivos7 C/ #as CB veesque a palavra tisis ocorre no 6ovo 4o D.C. Seu ponto no a trans"ormao psicol&ica e espiritual que acontece comuma pessoa que est em 4risto como na traduo da J9:, 1 uma nova pessoa1/,

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    mas sua participao na nova criao que % "oi iniciada por #eus em 4risto. 0contraste coisas 1antias1 e 1novas1 no um contraste entre o tempo antes e depoisda converso da pessoa a 4risto, mas entre o per+odo antes e depois da vinda de4risto, entre a velha era e a nova. As palavras de Paulo devem ser entendidas, nopsicoloicamente, mas escatoloicamente, em termos do seu ensino sobre o raiar danova era em 4risto, do in+cio da nova criao em 4risto, da qual ele o primonito.@@/ = tratamos acima acerca do ensino paulino sobre as duas eras. 'videntementeesse conceito abrane o outro, de que a pessoa se torna uma nova pessoainteriormente, mas aponta para ainda outras caracter+sticas da obra de 4risto em "avorda Sua ire%a.

    'ntendido dessa perspectiva o verso est diendo que se alum est em 4risto ele"a parte da nova criao, da nova humanidade cu%o cabea 4risto, e des"ruta detodos os privilios desse novo status. 0utras passaens do 6ovo HGaorao, 1comprar, redimir, paar um resate para libert-lo1/, e que sendo aoralivres, no devemos nos deixar outra ve escraviar C 4o .>?/. Komos resatadoslutroY/ pelo precioso sanue de 4risto C Pe C.CFG c". Ap D.B/.

    0 ensino b+blico acerca da relao que o crente des"ruta com #eus precisa seren"atiado em nossos dias, particularmente as suas implica!es. A %ular por muito doque dito por de"ensores do movimento de 1batalha espiritual1 quanto * atuao e aopoder dos esp+ritos malinos na vida dos crentes, "alta-lhes uma viso e umacompreenso mais exata quanto ao ensino do 6ovo

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    as, o que 1demoniao1Z ; importante entendermos bem o que querem dierquando empream esse termo. : quatro coisas que de"inem bem esse conceito7

    #emoniao di"erente de possesso demon+aca. Kran Peretti, pastor licenciado daAssemblia de #eus e autor do best seller de CBBF 'sse undo

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    processo de demoniao de um crente eralmente o seuinte7 o primeiro dem2nioinvade a sua vida, e abre as portas para que outros venham. Se no "orem detectadose expulsos, permanecero l, habitando no crente, e radativamente anharocontrole sobre as sua emo!es, at "inalmente atinirem o centro de suapersonalidade. 4rentes demoniados no podero prosseuir soinhos na vida cristGprecisam de a%uda de alum que expulse estas entidades de suas vidas.D/

    'mbora o conceito de 1demoniao1 se%a uma &tima explicao para os hbitospecaminosos que escraviam muitos crentes, ele esbarra em alumas di"iculdadesexeticas e teol&icas. : pelo menos quatro delas que podemos mencionar.

    0 problema mais que uma questo de traduo. udar a traduo de daimoniomai1possesso demon+aca1/ para 1demoniao1 no resolve o problema levantado pelasuesto de que crentes verdadeiros podem se tornar escravos de dem2nios, mesmoque se%a em apenas alumas reas morais da sua vida. 'mbora o Oltimo termotradua de "orma mais literal a expresso b+blica, o primeiro expressa melhor o seusentido. Alum 1demoniado1 est debaixo do controle de um dem2nio. 'xiste

    aluma rea de sua vida R ou sua vida toda R que est possu+da por aquelaentidade. ; este o sentido da expresso.

    6os casos mencionados nos 'vanelhos e Atos, os endemoninhados estavama"liidos por distOrbios, quer mentais ou "+sicos paralisia, ceueira, surde, epilepsia,loucura, c". t @.>@G F.>FG B.>?G C>.>>G CD.>>/. Seus corpos e mentes haviam sidoinvadidos por dem2nios. A causa nunca citada no 6ovo C. A soluo para estes pecados no expulsar dem2nios que supostamente osproduem, mas arrependimento, con"isso, e santi"icao. 0 conceito de 1crentedemoniado1, na realidade, em ve de produir a morti"icao da nossa naturea

    pecaminosa como as 'scrituras determinam 4l ?.FG Im F.C?/, "ornece uma desculpa

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    e uma racionaliao para o pecado, as quais a nossa naturea pecaminosa sempre rpida em usar.

    Kalta comprovao b+blica da demoniao de crentes. Alm disto, "alta a necessriacomprovao b+blica de que podemos e devemos expulsar dem2nios da vida decrentes verdadeiros. =esus nunca expulsou dem2nios de quem era seu disc+pulo Raria adalena, de quem =esus expulsou sete esp+ritos malinos, certamente seconverteu naquela ocasio 9c F.>/. 0s ap&stolos, iualmente, nunca expulsaramdem2nios de crentes das ire%as locais. 0 6ovo

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    ; verdade que podemos experimentar as conseqTncias dos erros da nossa "am+lia.H/. ' que pela converso e por uma vidareta, o indiv+duo est livre da 1maldio1 dos pecados de seus antepassados, verCF.C@-CB. 'sta passaem muito importante, pois nos mostra de que maneira opr&prio #eus interpreta atravs de 'equiel/ o sini"icado de ]xodo >H.D. Aplicandoaos nossos dias, "ica evidente que o crente verdadeiro % rompeu com seu passado, ecom as implica!es espirituais dos pecados dos seus antepassados, quando,arrependido, veio a 4risto em ".

    inimiaao dos e"eitos da obra de 4risto. 'sse a nossa maior preocupao. 0

    ap&stolo Paulo nos esclarece que o escrito de d+vida que nos era contrrio, a maldioda lei, "oi tornado sem qualquer e"eito sobre n&s7 =esus o anulou na cru 4l >.C?-CDGXl ?.C?/. 0u se%a, toda e qualquer condenao que pesava sobre n&s "oi removidacompletamente quando 4risto paou, de "orma su"iciente e e"ica, nossa culpa diantede #eus. 0ra, se a obra de 4risto no 4alvrio em nosso "avor "oi poderosa o su"icientepara remover de sobre n&s a pr&pria maldio da santa lei de #eus, quanto maisqualquer coisa que poderia ser usada por Satans para reivindicar direitos sobre n&s,inclusive pactos "eitos com entidades malinas, por n&s, ou por nossos pais, na nossainor5ncia.

    Jasta um estudo simples nas 'scrituras, da linuaem usada para descrever nossaredeno, para que no "ique qualquer dOvida de que o crente, * semelhana de um

    escravo exposto * venda na praa, "oi comprado por preo, e que, aora, passa apertencer totalmente ao seu novo senhor. 0 antio patro no tem mais qualquer

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    direito sobre ele, como reava a leislao romana da poca. Assim, Paulo di que"omos comprados por preo C 4o E.>HG aoraY, comprar, redimir, paar um resateR termo usado para o ato de comprar um escravo na praa, ou paar seu resatepara libert-lo/, e que sendo aora livres, no devemos nos deixar outra ve escraviarC 4o .>?/. Komos resatados lutroY/ pelo precioso sanue de 4risto C Pe C.CFG c".Ap D.B/.

    (uando vivemos * lu da loriosa verdade de que 1se alum est em 4risto novacriao1 no tememos praas, maldi!es, encostos, mau-olhado, 1olho ordo1,despachos, trabalhos. $ualmente vivemos seuros de que no somos 1amaldioados1por qualquer dos pecados de nossos pais7 tudo "oi anulado na cru. 6o estou diendoque os verdadeiros cristos oam de uma imunidade automtica quanto * in"lunciade esp+ritos malinos. ; preciso revestir-se da "ora do Senhor e de toda armadura de#eus para que possam resistir *s astutas ciladas do diabo.E>/ eu ob%etivo "oi deixarclara a import5ncia de abraarmos o ensino correto sobre a situao daquele que estem 4risto. Saber o que isso sini"ica nos dar o par5metros corretos para avaliarmosos "reqTentes relatos de experincias estranhas que ouvimos de evanlicos ao nosso

    redor, que parecem minimiar ou diminuir a su"icincia da obra de 4risto em "avor dosque so seus.

    )onclus+oeu alvo nesse artio "oi abordar aluns dos principais ensinos do movimento de1batalha espiritual1 partindo do contexto doutrinrio maior onde o mesmo se encaixa.Analisando os temas maiores que controlam a rea de demonoloia b+blica procureimostrar que muitas das distor!es apresentadas pela demonoloia do movimento sedevem ao "ato que ele en"oca determinados ensinos "ora dos contextos a quepertencem. (uando analisamos a atuao demon+aca da perspectiva do ensino b+blicosobre a soberania de #eus, a su"icincia das 'scrituras, a queda do homem e a plenaredeno em 4risto, veri"icamos que 1batalha espiritual1 no pode se tornar a porta de

    entrada ou o tema dominante de uma teoloia ou de uma estratia missionriaadequados para a $re%a de 4risto. Seria reduir e distorcer o ensino mais completodas 'scrituras.

    'mbora reconheamos que existe um con"lito se desenrolando no presente entre a$re%a e as hostes das trevas, temos dOvidas de que o mesmo deva ser o ponto "ocalda re"lexo e da praxis da ire%a de 4risto em nossos dias, visto que est subordinadoa muitos outros pontos mais abranentes e "undamentais.

    A $re%a deve uiar-se pelos pontos mais centrais do ensinamento b+blico. Atravsdeles colocar na perspectiva correta qualquer novo assunto que sur%a. 6esse cap+tulo

    enumerei quatro desses pontos que controlam, ao meu ver, a compreenso adequadados ensinamentos da 1batalha espiritual7 a soberania de #eus, a su"icincia das'scrituras, a decadncia da raa humana e a su"icincia da obra de 4risto. 8ma veque esses pontos se%am "irmemente de"endidos e ensinados haver pouco espaopara que os erros da 1batalha espiritual1 penetrem.