o docente e sua prÁxis na inclusÃo escolar

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A inclusão não se trata apenas de integrar um aluno deficiente em um ambiente escolar. È importante que toda a sociedade e os futuros homens que a compõem saibam lidar com a diversidade, com a diferença e com o pré-conceito. Desta forma esta pesquisa teve como foco verificar se os professores da Educação Fundamental estão preparados para trabalhar com alunos deficientes.

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MDULO VI

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIAsantina dos santos ivo rodrigueso docente e sua prxis na incluso escolar

Taubate2010

santina dos santos ivo rodrigueso docente e sua prxis na incluso escolarTrabalho de Concluso de Curso apresentado UNOPAR - Universidade Norte do Paran, como requisito parcial para a obteno do ttulo de licenciado em PedagogiaOrientadora: Sandra Reis RampazzoTutores Eletrnico: Fernanda Hummel, Fbio Goulart de Andrade, Juliana Telles Faria Suzuki, Marlisete Cristina Bonafini Steile e OKana Battini.Tutor de Sala: Sandra Cristina Frana Benjamim BarrrosoTaubat2010

Dedico este trabalho ao meu esposo, Luiz Eduardo, por sua compreenso, pelo seu companherismo e dedicao, que de forma especial e carinhosa, abraou junto comigo essa jornada fazendo da minha busca a sua tambm, sendo meu maior apoio me dando fora e coragem para continuar, durante todo esse tempo em sala de aula, devido minha deficicia auditiva; aos meus filhos, Junior, Michel e as noras que aguentaram meu stress diante do novo e me ajudaram a dominar a tecnologia do computador com muita pacincia para realizar minhas pesquisas, me apoiando em todos os momentos desta importante etapa em minha vida e tambm ao meu netinho Gabriel, que embora no saiba ainda, me iluminou de maneira especial os meus pensamentos me levando a buscar conhecimentos.AGRADECIMENTOS

Agradeo em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta

caminhada.Pelas amizades conquistadas durante esses 3 anos e meio de vida acadmica.

Por todos de que de uma forma ou outra colaboraram com livros e sugestes para que esse trabalho pudesso ser realizado.

Agradeo pela pacincia de meus amigos da instituio Avape onde trabalho por tolerar minhas neuroses (rs) e ansiedades em concluir essa pesquisa. Obrigado!RODRIGUES, Santina dos Santos Ivo. O docente e sua praxis na incluso escolar. 2010.- 44 paginas. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao Pedagogia) Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paran, Taubat, 2010.

RESUMO

A incluso no se trata apenas de integrar um aluno deficiente em um ambiente escolar. importante que toda a sociedade e os futuros homens que a compem saibam lidar com a diversidade, com a diferena e com o pr-conceito. Desta forma esta pesquisa teve como foco verificar se os professores da Educao Fundamental esto preparados para trabalhar com alunos deficientes. Por meio de um questionrio, analisamos a formao e a percepo destes docentes em sua prxis na incluso escolar. Participaram da pesquisa 40 (quarenta) professores de ensino fundamental das redes municipal e particular da cidade de Taubat/SP. Verificamos que o professor possui a capacidade de mediar e promover uma educao inclusiva tornando o aluno independente e autnomo, no entanto, percebemos que para isso preciso que os professores esteja mais comprometido com seu verdadeiro papel, o de proporcionar a educao para todos.Palavras-chave: Incluso escolar; Formao contnua; Educao para alunos com Necessidade Educacional Especial.

SUMRIOINTRODUO ....................................................................................................04

CAPITULO 1- DEFINIO E CONCEITO DO DEFICIENTE.............................05

1.1 As deficiencias................................................................................07

1.1.1 Diviso das deficincias.............................................................................09

CAPITULO 2- INICIO DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASIL......................13

2.1. Formao dos professores ........................................................................15

2.1.1. Um caminho para a incluso ................................................................16

CAPTULO 3- PROCEDIMENTOS METODOLGICOS E ANLISE DOS DADOS...........................................................................................................18

3.1 Metodologia...................................................................................................18

3.1.1 Resultados e discusso..............................................................................19

3.1.1. Anlise das informaes...........................................................................20

CONSIDERAES FINAIS ...............................................................................32

REFERENCIAS ...................................................................................................33

APNDICES........................................................................................................

APNDICE A Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados......

APNDICE B. Modelo do Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados .................................................................................................................

ANEXO ...............................................................................................................

ANEXO A.Ttulo do Anexo ...............................................................................

LISTA DE GRFICO

Grfico 01 Conhecimento sobre Educao Especial....................................19

Grfico 02 -- Formao para atingir as necessidades educacionais das crianas com deficincia...................................................................................20

Grfico 03 Necessidade de participar de cursos e palestras sobre mtodos de ensino...........................................................................................................21

Grfico 04 Comportamento e a relao das crianas com e sem deficincia.22

Grfico 05 Vontade do professor em ter crianas com deficincia em minha sala de aula......................................................................................................23

Grfico 06 Dificuldade em planejar aula........................................................24

Grfico 07 Incentivo ao aluno sem deficincia para participar do processo de incluso.......................................................................................................25

Grfico 08 Benefcios da integrao de alunos com e sem deficincia.........26

Grfico 09 Defasagem no processo ensino-aprendizagem numa turma integrada...........................................................................................................27

Grfico 10 Crianas com deficincia so aceitas socialmente por seus colegas.............................................................................................................28

Grfico 11 -- oferecido pela unidade escolar material didtico e cursos......29

Grfico 12 -- oferecido pela escola suporte profissional.............................30

INTRODUOO desafio de prevenir a excluso e criar condies para a incluso escolar ou social de pessoas com ou sem deficincias tarefa de toda sociedade, todos tem condies de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e de seu entorno social.

Portanto, sendo o professor tambm um responsvel participante na incluso escolar, essa pesquisa foi desenvolvida para verificar o processo de ensino no sentido da incluso e analisar o comprometimento desses profissionais junto ao aluno com necessidade educacional especial. Sabemos que a incluso no se trata apenas de matricular alunos e integr-lo em sala de aula, mas saber lidar com a diversidade, com o pr-conceito e com as diferenas.

Sendo assim, diante de uma reflexo sobre questes referentes ao processo de incluso escolar vimos a necessidade de verificar, quantificar e analisar especificamente um grupo de professores do ensino regular no ensino fundamental de escolas municipais e particulares de Taubat-SP que diretamente ou indiretamente podem contribuir principalmente em um processo de incluso escolar mas tambm social, quando bem formuladas suas estratgias e aes para benefcio de toda populao. necessrio saber se os profissionais da educao esto preparados ou como esto se preparando para receber alunos com deficincia e inclu-los em um ambiente integrado de alunos com e sem deficincias.

Para iniciarmos preciso saber o que vem a ser uma deficincia, seus conceitos e definies. Com isso, preciso fazer uma abordagem da formao do professor e da deficincia e mostrar que o deficiente no diferente, que o tratamento de isolar no canto da sala de aula no se justifica, pois eles sentem as mesmas emoes que qualquer aluno e que o professor tem que ser reflexivo em sua pratica, buscando alternativas e estratgias para mudar essa situao.Nesse sentido, a metodologia teve como instrumento para coletar dados, entrega de solicitao de autorizao de pesquisa ao delegado (a) de ensino de Taubat-SP, ao coordenador da unidade escolar e termo de consentimento livre esclarecida para os professores que atua com alunos deficientes em sala de aula, onde realizada aps a coleta, uma anlise da formao e percepo dos profissionais da educao sobre a incluso de alunos deficientes e percebemos a importncia do quanto este esto ou no preparados para trabalhar a diversidade.CAPTULO 1 DEFINIO E CONCEITO DO DEFICIENTE

Os diferentes significados que a deficincia adquiriu atravs da histria dependem da dinmica da cultura. Segundo Pessotti (1984) perodos anteriores Idade Mdia pouco revelam sobre a deficincia, sabe-se, porm que em Esparta as crianas com deficincias fsicas ou intelectual eram consideradas sub-humanas, o que legitimava sua eliminao ou at abandono.

Com o cristianismo o deficiente passou a ser visto como um ser que possua alma. Como tal no poderia ser eliminado como ocorria em outrora, cometer atos contra sua vida era considerado arbitrrio perante a igreja e a vontade de Deus.

Ao realizar uma anlise mais criteriosa da prpria histria da deficincia possvel constatar que foi graas doutrina crist que os deficientes comearam serem olhados como donos de alma, tornaram-se pessoas humanas e como tal filhos de Deus. TRAZENDO VALORES TICOS SOCIEDADE, SENDO IMPOSTO ENTO O DEVER DE AMAR O PRXIMO, ASSIM, POR CARIDADE, COMEARAM SE INSTALAR EM INSTIUIES RELIGIOSAS, ONDE ERAM VISTO COMO DOENTES E INCAPAZES.

Porm essa passagem de coisa pessoa, bem como a igualdade de status moral ou teolgico no implicou na poca do iluminismo a uma igualdade civil, de direitos.

Segundo Pessotti, pelo o que se sabe, apenas no sculo Xlll surge a primeira Instituio para abrigar deficiente mentais, era uma colnia agrcola, na Blgica. Na Inglaterra, assim como na Europa, a figura do deficiente manteve status de ser humano, um ser possuidor de alma, com direito sobrevivncia. J na Alemanha sofreram crueldade devido a crena de serem criaturas malignas ou alvo fcil de bruxarias.

Somente no sculo XVI, foi rejeitada a superstio popular, afastando a idia de que as pessoas com deficincias sofriam obras diablicas, onde passaram a ter um olhar para a deficincia como um problema mdico e no telogo e moral. Assim sendo, com uma viso de concepo de sade e de estudo do comportamento o deficiente passa pela fase de assistencialismo, segregao institucional, aonde se chega a concluso da concepo de que a deficincia influenciada por fatores ambientais.

COM O INCIO DO SCULO XX, AINDA SEGUNDO PESSOTI (1984), COMEA A SER CRIADO INSTIUIES COM ATENDIMENTO PARA DEFICIENTES INTELECTUAIS MODERADOS E PROFUNDOS, PORM AINDA COM OBJETIVO DE DIMINUIR O INCOMODO E NO PROPRIAMENTE PARA ATENDER SUAS VERDADEIRAS NECESSIDADES.

ASSIM, VEMOS QUE A princpio o atendimento aos indivduos com deficincia ocorreu em instituies assistencialistas e s posteriormente surgiu interesse da rea educacional, na qual os primeiros movimentos significativos ocorreram principalmente na Europa.

J no Brasil, observando a histria do atendimento ao deficiente referente ao atendimento educacional, denominado como educao especial cresceu com a criao de entidades filantrpicas destinada para classes menos favorecidas e tambm criao de clnicas e escolas privadas para a classe mais altas.A histria da educao de pessoas com deficincias no revela que o descaso no um assunto da atualidade, mas sim, est presente desde a criao das instituies especializadas, entretanto, atualmente, diante dos estudos apresentados, vem mostrando o quanto essas pessoas possuem habilidades e potencialidades para serem desenvolvidas.

Sabemos que muitos obstculos so e sero preciso ser enfrentado e superado para a materializao e implementao, por parte dos profissionais da rea da educao especial, no s para compreender a diversidade e variedade humana, pois quanto para educar, reabilitar e integrar todos os que apresentam, ou revelem necessidades diferentes.Mas para podermos discorrer sobre necessidades diferentes, necessrio se faz nos remetermos s causas que podem levar o acometimento de uma necessidade especial. importante esclarecer quem so as consideradas pessoas com Necessidades Especiais e que agora devem tambm estar includos no ambiente escolar, onde so denominados de alunos com necessidade educacional especial.1.1 AS DEFICINCIASSegundo o MEC esclarece que pessoa com deficincia :

Aquela que apresenta, em comparao com a maioria das pessoas, significativas diferenas fsicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de carter permanente, que acarretem dificuldades em sua interao com o meio fsico social. (BRASIL, 1999, p.3)No artigo, 2 da Lei Federal n. 7.853, de 1989, encontramos:Ao Poder Pblico e seus rgos cabe assegurar s pessoas portadores de deficincias o pleno exerccio de seus direitos bsicos, inclusive dos direitos educao [...] [alm da] c} oferta, obrigatria e gratuita de Educao Especial em estabelecimentos pblicos de ensino[...] [ e tambm] f) a matrcula compulsria, em cursos regulares de estabelecimentos pblicos e particulares, de pessoas portadores de deficincias capazes de integrarem no sistema regular de ensino (BRASIL, 1989)Desta forma, a questo da incluso de alunos com Necessidades Educacionais Especiais um dos assuntos muito discutidos e debatidos em diversos setores da sociedade no Brasil. Nunca se ouviu falar tanto de incluso como nos dias de hoje.Apesar do esforo do professor, ainda muitos alunos apresentam dificuldades, que mesmo o melhor dos professores no consegue ajuda ou solucionar, mas na literatura que estudamos em sua maioria apontam a culpa para o professor mal preparado e de m vontade ou ainda descomprometido com sua prtica.

Esta percepo ou crena sobre a educao e sobre o aluno est abrindo campo para novos pesquisadores divulguem suas pesquisas e faam com que todos os membros envolvidos no processo educacional e a sociedade observem a competncia dos professores e que muitos esto envolvidos no caminho da incluso, porem acreditamos que ainda falta compreenso da deficincia. Incluso um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais pessoas com deficincia, e em conseqncia estas se preparam para assumir seus papeis na sociedade (SASSAKI, 1997 apud DALLACQUA, 2007).

Como nos afirma SKrtic (1994), citado por Stainback; Staimback (1999,p.31):

A incluso mais que um modelo para prestao de servios de educao especial, um novo paradigma de pensamento e ao, no sentido de incluir todos os indivduos em uma sociedade na qual a diversidade est se tornando mais normal do que exceo. ( SKRTIC, 1994 apud STAINBACK; STAINBACK, 1999, p.31)

A incluso no se trata apenas de integrar um aluno deficiente numa sala de aula, mas trata sim, de como a sociedade e os futuros homens que compem essa sociedade iro lidar com diversidade, com a diferena e com o pr- conceito.

Para o processo de incluso necessrio enxergamos a diversidade e a diferenas com respeito e conhecimento, pois fazemos parte desse processo e no somos todos iguais; portanto. Quanto maior a diversidade e a diferena talvez seja maior a nossa capacidade de criar novas formas de ver o mundo.

Por isso, torna-se necessrio compreender a deficincia em si, pois, historicamente a primeira iniciativa das reas de estudo que lidam com as pessoa com deficincia ocorreu aps a Segunda Guerra Mundial, justamente pelo fato de vrios militares, aps retornar da guerra, tiveram suas pernas ou braos amputados durante o combate. Foi ento, a partir dessa situao que o deficiente passou a ser assunto das reas mdicas, psicolgica, pedaggica, social, e poltica em especial o deficiente fsico ou as deficincias presentes.Poderamos dizer que uma pessoa com Necessidade Especial aquela que apresenta algumas limitaes de ordem fsica, mental ou sensorial, sendo que apenas essa limitao a faz ser diferente das demais consideradas "normais".

Segundo o Programa de Ao Mundial para Pessoas com Deficincia (1982), da Organizao Mundial da Sade, a deficincia pode ser compreendida como perda ou anormalidade de estrutura ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica, temporria ou permanente. Complementa Sassaki (1999 ), que a deficincia tambm uma perda ou defeito de qualquer estrutura do corpo, inclusive das funes cognitivas e intelectuais, representando uma patologia refletindo num distrbio orgnico.

1.2. DIVISO DAS DEFICINCIASAs deficincias podem ser separadas em intelectual, fsica, visual, auditiva e mltipla..Hoje, de acordo com a OMS, os deficientes se dividem em:Deficincia Intelectual: Conforme o CID-10 Classificao Internacional de Doenas (2003) refere-se ao perodo de desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual, caracterizada essencialmente por um comprometimento, das faculdades que determinam o nvel global da inteligncia, isto , das funes cognitivas, de linguagem, da motricidade e do comportamento social. Pode ser acompanhada de outro transtorno mental ou fsico, ou ocorrer de modo independente, apresentando-se como leve, moderada e grave; nela ocorre limitao em pelo menos duas das habilidades: comunicao, autocuidado, sade, segurana, socializao, lazer e trabalho.Deficincia Fsica: Variedade de condies no sensoriais que afetam o indivduo em termos de mobilidade, de coordenao motora geral ou da fala, como decorrncia de leses neurolgicas, neuromusculares e ortopdicas, ou, ainda, de malformaes congnitas ou adquiridas. ( BRASIL, 1998, p. 25).Deficincia Visual: a reduo ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e aps correo tica. possvel manifestar-se como: cegueira: perda da viso, em ambos os olhos, mesmo com o uso de lentes de correo. Sob o enfoque educacional a cegueira representa a perda total ou resduo mnimo da viso que leva o indivduo a necessitar do mtodo Braille como meio de leitura e escrita, alm de outros recursos didticos e equipamentos especiais para a educao; viso reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, aps correo mxima. Sob enfoque educacional, trata-se de resduo visual que permite ao educando ler impressos a tinta, desde que empreguem recursos didticos e equipamentos especiais. (BRASIL, 1998, p. 26).Deficincia Auditiva: Perda total, congnita ou adquirida da capacidade de compreender a fala por intermdio do ouvido. Manifesta-se como: surdez leve/moderada: perda auditiva de at 70 decibis, que dificulta, mas no impede o indivduo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem utilizao de um aparelho auditivo; surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibis, que impede o indivduo de entender com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como adquirirm], naturalmente, o cdigo da lngua oral. (BRASIL, 1998, p. 25)Deficincia Mltipla: a associao, no mesmo indivduo, de duas ou mais deficincias promrias ( mental/ visual/ auditiva/ fsica), com compromentimento que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa ( BRASIL, 1998, p. 27)Condutas Tpicas: manifestaes de comportamentos tpicos de portadores de sndromes e quadros psicolgicos, neurolgicos ou psiquitricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejujos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado (BRASIL, 1998, p.25)Ainda podemos falar em deficincias exgenas, que se imputam a um dano cerebral orgnico (doenas genticas, acidentes obsttricos, embriopatias, fetopatias, aberraes cromossmicas, encefalopatias) e as deficincias endgenas, para as quais no se conseguem encontrar uma causa orgnica e que representam a grande maioria de deficincia leve e mdia.

As causas de uma deficincia fsica podem ser de origem congnita (entre elas as hereditrias e as provocadas por alteraes genticas naturais ou artificiais, ou seja, por ingesto de drogas, radiao, etc.) ou adquiridas (problemas durante o parto ou depois por doena, acidente ou ferimento).

Quanto aos fatores causadores de uma deficincia podemos citar vrios. Entre eles a disgenesias que ocorre quando h m formao do sistema nervoso central na fase inicial do desenvolvimento do embrio. Os motivos que levam a esses quadros esto ligados desnutrio materna, infeces, traumatismos, agentes fsicos e qumicos, intoxicaes e distrbios placentrios em geral.

As causas genticas tambm so fatores que podem levar a alguma deficincia.

Nascimentos traumticos, prematuros, falta de assistncia profissional adequada s gestantes no perodo pr-natal e no momento do parto, tambm podem causar leses graves na estrutura nervosa.

Algumas infeces tambm podem ser consideradas como causas de deficincia, como tambm acidentes de diversas naturezas.

Em geral, problemas de ordem social so responsveis pelo acometimento de leses ps-natais. A sade fsica das crianas, cuja fragilidade e pouca resistncia a infeces predispem a molstias que agridem o sistema nervoso central, abalada com freqncia por encefalopatias como as meningites, cujas seqelas so muitas vezes irremediveis.

Muitos outros fatores podem ser includos e combinados entre si, produzindo prejuzos intelectuais nas pessoas, especialmente quando essa conjugao ocorre nos primeiros anos de vida.

De acordo com Mantoan eles podem ser resumidos em:

Misria material;

Doena mental ou fsica em um ou nos dois pais;

Deficincias mentais leve nos pais ou colaterais;

Baixo nvel educacional dos pais;

Exposio a maus tratos de natureza fsica ou moral;

Institucionalizaes em orfanatos mal administrados. (1990, p. 52)

Todos esses fatores so causadores de uma deficincia, mas o principal termos a conscincia de preciso que toda pessoas com Necessidade Especial seja respeitado e valorizado em seu meio.A expresso indivduo excepcional para Telford, diz respeito as pessoas que diferem da mdia em tal grau que so percebidas, pela sociedade como necessitando de tratamento educacional, social ou ocupacional especializado. (1988, p.25)

Para Sassaki,

O termo necessidades especiais utilizado com um significado mais amplo do que estamos habituados a supor. s vezes, encontramos na literatura, em palestras e em conversas informais o uso das expresses pessoas portadoras de necessidades especiais, pessoas com necessidades especiais e portadores de necessidades especiais como sendo melhor do que usar as expresses pessoas portadoras de deficincia, pessoas com deficincia e portadores de deficincia, no sentido de que, assim, seria evitado o uso da palavra deficincia, supostamente desagradvel ou pejorativa. Todavia, necessidades especiais no deve ser tomado como sinnimo de deficincias (mentais, auditivas, visuais, fsicas ou mltiplas). (2001, p.15)

Hoje, muito se fala das definies e termos ideais para que a pessoa com Necessidade Especial no se sinta excludo ou diferenciado na sociedade,

E acima de tudo assegurar oportunidades de formao necessria ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realizao, qualificao para o trabalho e preparao para o exerccio consciente da cidadania. (MANTOAN, 1990, p.10)

CAPTULO II INCIO DA EDUCAO ESPECIAL NO BRASILA princpio o atendimento aos indivduos com deficincia ocorreu em instituies assistencialistas e s posteriormente surgiu interesse da rea educacional, na qual os primeiros movimentos significativos ocorreram principalmente na Europa.

No Brasil, a Educao especial foi explicitamente assumida no perodo de 1957 a 1993, inicialmente com a criao de campanhas pelo Governo Federal voltadas para esse fim, mas ainda era da nfase ao atendimento segregado, realizado por instituies particulares especializados. A partir de l990, a Educao Especial para a ser considerada uma modalidade de ensino.

Os primeiros relatos de incluso de alunos deficientes na rede regular de ensino surgiram na dcada de l980; porm, quase trinta anos aps, a incluso dessas pessoas, no s nas escolas, mas na sociedade, ainda tratada como tema em desenvolvimento.

Godoy (2002) relata que as terminologias integrao e incluso foram criadas por projetos governamentais para promoo do deficiente, porem ajustes vem sendo aprimorados e discutidos at os dias de hoje pela educao e reas afins.

No entanto, observamos que ocorre uma principal diferena entre ambas. A integrao no mostra que os alunos se adapte s condies que o sistema escolar oferece, j a incluso prope que o sistema de ensino que se adapte s necessidades do aluno.

A Constituio da Republica de 1988 prev o pleno desenvolvimento dos cidados, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminao; garante o direito escola para todos; e coloca como principio para a Educao o acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um

De acordo com Melo; Martins (2004), natural que colaboradores de uma instituio escolar do ensino regular, sintam-se inseguros em relao incluso e ao deficiente, pois de um modo geral a prpria sociedade acaba por desconhecer e ter idias preconcebidas a respeito dessa populao.

Por isso, a idia de incluso deve ser vista em como prepara o deficiente para o convvio em espaos comuns da sociedade, sendo a educao inclusiva um processo de ajuste entre as caractersticas e necessidades das pessoas com deficincias e a sociedade partindo da experincia de convivncia e participao em um processo simultneo.

A Declarao de Salamanca de 1994 afirma que tambm devem receber atendimento especializado crianas excludas da escola por motivos como trabalho infantil e abuso sexual. As que tm deficincias graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino que todas as demais.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB 1996), esclarece que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou em escolas especiais, quando for possvel oferec-lo na escola comum.

No que se refere ensino regular, Castro (2005, p. 412) relata que segundo os PCN o currculo deve ser flexvel o suficiente para atender s dificuldades de seus alunos e multiplicar a direo de respostas educacionais adequadas, e complementa que os servios especiais devem ter suas atividades introduzidas no prprio currculo do ensino regular sem ser diferente dos demais alunos, para que nenhum aluno seja excludo, seja ele deficiente ou no.

Vygostsky ( 1930, apud OLIVEIRA, 2004) j afirmava que o ideal que todos os alunos estudem no sistema comum de ensino, independente de suas condies individuais, isto , de algum tipo de deficincia, dificuldade de aprendizagem ou de questes sociais. Porem, para tanto, necessrio se preocupar com condies e com qualidade do ensino, para que ocorra de forma ideal essa proposta de uma educao inclusiva, ou seja, preciso pensar na formao e na capacitao dos professores especializados e tambm dos professores do ensino regular que diretamente esto ligados a essa educao inclusiva.

2.1 FORMAO DOS PROFESSORESA questo de o professor ser considerado culpado pelo insucesso do processo educacional levou a profisso sofrer uma desvalorizao social e isto influenciou na formao do professor, muitas pessoas por falta de opo no mercado de trabalho passaram a exercer a docncia, Imbernon (2004, p.13.) salienta que... historicamente a profisso foi considerada como uma semi profisso devido ser uma profisso genrica. A formao do professor envolve a questo da valorizao ou desvalorizao social da profisso, a formao do indivduo como pessoa, a formao acadmica. Quando o professor entra em sala de aula para lecionar, ele no transmite apenas o que aprendeu em seu curso de formao profissional, ele trabalha com seus alunos de acordo com suas convices, crenas, idias, medos, angustias, esperanas, alegrias, lembranas, experincias e conhecimentos adquiridos durante todos os anos que esteve dentro do sistema escolar.

O processo de formao do professor deve criar um profissional prtico e reflexivo, professores desenvolvem novas formas de compreenso quando eles mesmos constroem suas prprias perguntas e recolhem seus prprios dados para responder. Contudo, a investigao ao mesmo tempo em que serve para aprofundar o conhecimento e o desenvolvimento profissional tambm serve como estratgia reflexiva ao dar voz ao professor, oferecendo lhe a oportunidade de pensar sobre sua trajetria.

Professor reflexivo, segundo Alarco (2003, p. 41) ... uma pessoa que, nas situaes profissionais, tantas vezes incertas e imprevistas, atua de forma inteligente e flexvel, situada e reactiva. A autora salienta ainda que se faz necessrio que o professor mantenha um dilogo consigo mesmo, com os outros e com os conhecimentos que so referncia para seus estudos. na escola, desde muito cedo, que comea o problema da incluso das crianas com Necessidades Especiais comea. difcil a escola que recebe com bons olhos uma criana que apresenta uma anormalidade em relao aos demais, exatamente porque muitas vezes esses professores no esto preparados para trabalhar com essas crianas, chegam a se sentir inseguros devido a escola no estar adaptada para receber essa criana.2.2 UM CAMINHO PARA A INCLUSOAssim, para garantir uma Educao realmente significativa e inclusiva, fundamental analisar e reestruturar os contedos e as metodologias; para a incluso no necessrio apenas a presena fsica do aluno na sala de aula, mas deve considerar a participao efetiva do deficiente com os demais. Em relao a metodologia, Hort (2003) afirma que a mais adequada aquela que leva o professor a observar constantemente o aluno para, depois, atuar como mediador no processo de conhecimento, atravs do contedo que favoream a discusso, a reflexo e a criatividade de todos os alunos. O professor deve ser flexvel, ter sensibilidade, acreditar no potencial do aluno e respeitar o ritmo e tempo de cada um, dessa forma promover uma aprendizagem inclusiva e que favorea o desenvolvimento humano.Portanto, a formao continuada do professor deve ser compromisso com a qualidade de ensino, a fim de assegurar que sejam aptos a elaborar e implantar novas proposta e prticas de ensino para responder s caractersticas e necessidades dos alunos com e sem deficincia. No entanto, para que essa realidade seja ainda mais presente, entendemos que tambm preciso que o conhecimento sobre o que ser um deficiente no se restrinja apenas aos professores, mas tambm a toda comunidade escolar ( pais, colaboradores, sociedade).

Em decorrncia, LDB 96, o artigo 18 da Resoluo de CNE/CEB n2/01, define que os professores para serem considerados capacitados a atender alunos com deficincia na classe comum devem comprovar em sua formao a incluso de contedos sobre educao especial, ou seja, sua formao deve garantir o desenvolvimento de competncias e valores para:

I perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar a educao inclusiva;

II flexibilizar a ao pedaggica nas diferentes reas de conhecimento de modo adequado s necessidades especiais de aprendizagem;

III avaliar continuamente a eficcia do processo educativo para o atendimento de pessoas com deficincias;

IV atuar e equipe, inclusive com professores especializados em educao especial. ( BRASIL, Res. CNE/CEB 2/01, 1).

Os direitos das pessoas com deficincias no nosso pas so garantidos por vrias leis e documentos nacionais e internacionais. Assim as dificuldades apresentadas pelo deficiente para se incluir, integrar ou ter participao ativa na sociedade decorrem diretamente de sua excluso e segregao; para o sistema capitalista ele qualificado como improdutivo.

As leis que garantem a incluso j existem h bastante tempo, o suficiente par os professores terem sidos capacitados e as unidades escolares terem adaptados suas estruturas fsicas assim, como a proposta pedaggica. O argumento de Desculpe, mas no estamos preparados. No pode impedir que os pais de crianas com deficincias matriculem seus filhos em escolas regulares, pois aps quase duas dcadas, parece j ter havido tempo suficiente para os professores estarem familiarizados, informados e capacitados para atender alunos com deficincia em suas aulas. Para Mittler (2003), essa atitude no justifica a falta de capacitao, mas capacitar-se representa uma base para futuras oportunidades de desenvolvimento profissional sobre os fundamentos que j existem.

No entanto, sabemos que para lidar com o deficiente, necessria uma ateno especial do professor, tambm ressaltamos que importante saber que as diferenas entre as pessoas sempre existiram e continuaro a existir no meio escolar e na sociedade. CAPITULO 3 - PROCEDIMENTOS METODOLGICOS E ANLISE DOS DADOS A metodologia aplicada foi de natureza descritiva, ou seja, o pesquisador procura conhecimento e interpretar a realidade, sem nela modific-la, diz Rampazzo (2001).O enfoque deste estudo foi os professores do Ensino Fundamental nos primeiros anos iniciais de escolas municipais e particulares. Nas escolas pertencentes a Diretoria de Ensino de Taubat, foram distribudos 63 questionrios, onde houve um retorno de 12 de escolas particulares e 28 de escolas municipais. Assim, esse nmero representa 48,7% do total das 82 escolas do ensino fundamental da cidade de Taubat.

Foi realizado contato com as escolas pessoalmente e feito solicitao para a direo e informando os professores o objetivo do uso do questionrio. O questionrio foi entregue para os professores sendo explicados os objetivos da pesquisa e esclarecimentos das dvidas por ele encontradas. Porm, em algumas escolas, foi preciso deixar o questionrio e retornar posteriormente.A anlise das respostas ao questionrio foi realizada de forma quantitativa e qualitativa, pois com os dados em mos, foi realizado um comparativo entre as escolas pblicas e particulares, como tambm entre os professores com intuito de verificar as formaes acadmicas ligada ao tema incluso de deficientes no ensino regular.

Esses comparativos esto aqui apresentados em forma de grficos, sendo comparados os dois modelos de escolas: municipais e particulares e tendo como base de reflexo as literaturas voltadas ao assunto.3.1 RESULTADOS E DISCUSSOPara iniciar a anlise dos, foi elaborado uma pesquisa de campo e junto a coleta de dados, um reviso bibliogrficas sobre o assunto pertinente formao do professor e incluso.

Foram pesquisados 40 (quarenta) professores do Ensino Fundamental nos anos iniciais no total, sendo 30% da rede particular e 70% da rede municipal de ensino de Taubat.

Todos os participantes do questionrio so graduado em Matemtica, Histria, Geografia, Letras, Educao Fsica e Biologia e apenas 2,5% possuem tambm graduao em Pedagogia.

No levantamento de dados, no que diz respeito ao ano da graduao, 7,5% concluram na dcada de 70, 22,5% na dcada de 80, 12,5% na dcada de 90, e a grande maioria, 57,5% dos professores se formou no incio da dcada de 2000.Foi respondido pelo sexo masculino, 8,5% e do sexo feminino foram 91,5% dos questionrios, variando a idade de 22 a 56 anos.

Quanto a formao continuada, 60% dos professores possuem especializao, sendo que apenas 2,5% deles se especializaram em educao especial. E, 5% dos professores tem o ttulo de mestre, qual 2,5% esto cursando o doutorado. Somente 10% dos professores participaram de cursos ou palestras voltadas ao tema educao inclusivas.

Em relao presena do aluno deficiente no ensino regular, um dado importante que chamou a ateno foi que 55% dos professores tm alunos com deficincia inseridos na sua sala de aula. As deficincias apresentadas foram: fsicas, visuaisl, auditivas, intelectuais e as sndromes e as sndromes de Asperger e Down.3.2 ANLISE DAS INFORMAESA partir da anlise do conhecimento sobre educao especial, verificamos que 83% dos professores da escola particular e 71% da escola pblica dizem ter conhecimentos sobre conceito; por um lado, em uma anlise mais profunda nas questes abertas, podemos observar que alguns professores possuem especializao ou ento j participaram de cursos ligados ao tema educao especial, assim, supomos que esto se preparando por outras fontes como alestras, leituras independentes, etc.

Conforme o grfico 01, observamos e acreditamos que os professores esto preocupados em obter e aprimorar seus conhecimentos sobre o processo de incluso em sua formao.Em relao o professor se sentir preparado para atingir as necessidades educacionais da criana com deficiencia, 42% dos professores das escolas particulares se sentem preparados, enquanto que 82% dos professores das escolas municipais no se sentem preparados, devido a sua formao como vemos abaixo.

Mither (2003, p.184) afirma que a tarefa de incluir no to difcil quanto parece, pois a maioria dos professores tem o conhecimento e habilidades de que precisam para a educao inclusiva, o que lhes falta confiana em sua prpria competncia.O grfico 03 no mostra que 100% dos professores da escola municipal e particular sentem a necessidade de participar de cursos ou palestras para ampliar os conhecimentos sobre o mtodo de ensino para crianas com deficincia.

Para pontuar este item, reforamos a necessidade da formao continuada dos professores para melhor suprir as necessidades de seus alunos, pois, conforme a anlise das respostas representadas, tambm vimos o comprometimento dos professores em adquirir novos conhecimentos para o seu desenvolvimento profissional.Observando o grfico 04, v se que boa parte dos professores pesquisado, 83% da escola particular e 86% da escola municipal consideram se capazes de administrar a relao do convvio do comportamento do respeito, da socializao entre as crianas com e sem deficincia.

Em virtude de experincias anteriores, como nos mostram as questes abertas, 54% dos professores j tiveram contato em suas aulas com alunos integrados. O uso de estratgias e aes junto aos alunos refora a importncia da comunidade escolar no convvio e conhecimento no processo de incluso e socializao de todos os envolvidos na escola.

Na rede particular, 100% dos professores se sentem vontade em ter alunos com deficincia participando de sua sala de aula, por outro lado, uma pequena parcela, 14% dos professores se sentem vontade para trabalhar com estas crianas.

Desta forma, 14% dos professores que no se sentem vontade no convvio com essas crianas, observamos por suas respostas que no possuem conhecimento sobre Educao Especial e nunca tiveram a oportunidade de contar com crianas deficientes em suas aulas. Assim, acreditamos que por esse motivo, talvez os professores, no se sintam vontade com algo que no conhecem.

No grfico 06, pode-se observar que 54% dos professores da rede municipal tm mais dificuldades em planejar aulas quando h alunos com deficincias em sua turma do que 42% dos professores da rede particular. Relacionando-o com o apresentado no grfico 01, acreditamos que os professores tem conhecimento, no entanto no tem a prtica.

Analisando o grfico 07, podemos identificar que, na percepo dos professores, 100% deles, de escolas municipais e particulares, consideram importante o convvio integrado entre alunos com deficientes e alunos sem deficincia para o processo de incluso.

Conforme a Declarao de Salamanca:

As escolas regulares com orientaes para a educao inclusiva so o meio mais eficaz no combate s atitudes discriminatrias, propiciando condies para o desenvolvimento de comunidades integradas, base de construo da sociedade inclusiva e obteno de uma e real educao para todos. (DECLARAO DE SALAMANCA,1994,p.9}Assim, primeiramente, para qualquer prtica inclusiva, preciso exterminar o preconceito, promovendo e flexibilizando atitudes de valores e respeito entre todos.

De acordo com o grfico 08, na percepo de 92% dos professores de escolas particulares e de 96% de escolas municipais a integrao entre alunos com e sem deficincia benfica.

Para Godoy (2002), o professor o mediador da relao e interao entre alunos com e sem deficincia, ou seja, enquanto ensina tambm transmite valores, normas, maneiras de pensar padres de comportamento para se viver em sociedade.

Enfim, nas salas de aulas que as diferenas e as caractersticas individuais de cada um aparecem e todos sem exceo, devero estar includos e aprendendo uns com os outros.Ao analisar o grfico 09, constatamos que 100% dos professores da rede particular acreditam que os alunos sem deficincia no sofrero nenhuma defasagem; enquanto isso, na rede municipal, 14% dos professores acreditam que sim, que os alunos sero prejudicados no contedo a ser desenvolvido.

Correia (2001, apud OLIVEIRA, 2006), afirma que a educao inclusiva pretende que todos os alunos com as mais diversas capacidades, interesses, caractersticas e necessidades, possam aprender juntos, incentivando assim a igualdade de oportunidades educacionais.

O grfico 10 aponta que 100% dos professores da rede particular e 93% da rede municipal afirmam que, num processo de incluso, os alunos com deficincia sero aceitos socialmente por seus colegas. E uma pequena minoria, apenas 7% da rede municipal, apontou que no ocorre naturalmente uma socializao por parte dos alunos sem deficincia com seus colegas.

Um professor relatou que na unidade escolar pertencente rede particular onde leciona seus alunos seus alunos aceitam socialmente as diferenas; ao contrrio, em outra escola municipal onde leciona o mesmo professor diz que ocorre uma m aceitao dos alunos com deficincia por parte de seus colegas.

Supomos ento que isto ainda ocorre devido cultura, e a falta da presena de alunos com deficincia desde os anos iniciais da vida escolar, quando o convvio e a relao entre ambos viria a favorecer a cultura de uma nova sociedade sem preconceito.Em relao ao grfico 11, poucas unidades escolares oferecem material didtico para auxiliar o professor durante as aulas, ou cursos para capacitar profissionalmente a atender a esta populao: apenas 25% na rede particular e 14% na rede municipal.

Para Ross (1998), o diretor de escola inclusiva deve promover a organizao de reunies pedaggicas, desenvolvendo aes voltadas ao tema incluso, estimular as adaptaes curriculares, bem como acionar a presena de profissionais externos para dar suporte aos docentes e s atividades programadas.

Da mesma forma, como no grfico anterior, o grfico 12 nos mostra que 75% das escolas municipais no oferecem suporte profissional, tanto para o aluno, como para o professor, e 58% das escolas particulares tambm no o fazem.

Porm, conforme relato de alguns professores da escola municipal, a Prefeitura Municipal de Taubat oferece fora da unidade escolar suporte profissional para atender algumas necessidades dos alunos com deficincia, quando necessrio.CONSIDERAES FINAIS Acreditamos qu o momento de contribuir com a Educao Inclusiva, pois um dos meios que tem a possibilidade de favorecer a incluso diante de toda a diversidade existente. Alm disso, em uma viso maris futura, contribuir na formao de novos professores para que venham a ser os principais mediadores e formadores de uma nova sociedade, mas principalmente pessoas sem preconceito e que saibam agir e respeitar a diversidade. O professor daqui por diante que trabalha com crianas com deficincia precisa ter uma competncia polivalente.Assim, vimos que necessrio, ento, uma formao bastante ampla do profissional, que certamente vai refletir diariamente em sua prtica, entendemos ento,que deve aperfeioar-se sempre. importante tambm que acontea um debate com colegas, dilogos com as famlias e a comunidade, sempre na buscando novas informaes para o trabalho que desenvolve.

No encontro com crianas deficientes, necessrio oportunizar que a criana seja tratada a partir de suas possibilidades, despertando-lhe o sentimento de ser bem sucedida e de que capaz, tendo a possibilidade de construir confiana em sua prpria capacidade, e a partir de suas prprias condies, modificar-se e adequar-se ao seu meio.Em nossa pesquisa, identificamos a necessidade do professor se comprometer com o processo da incluso, j que o alunoi com alguma deficincia est se fazendo presente nas escolas e a comunidade escolar precisa estar preparada para receb-los e inclui-los de forma a suprir suas necessidades e tom-los sujeitos autnomos.

Os resultados nos mostram que os professores de escolas particulares esto mais preparados e/ou comprometidos com o processo de incluso do que professores de escolas municipais, assim como a unidade escolar.

Em relao formao e percepo sobre incluso dos professores de escolas particulares, eles mostram mais participantes e atualizados em seus conhecimentos e estratgias pra o favorecimento e o processo de incluso, porm de uma forma mais lenta.Apesar das crianas, o professor deve compatibilizar os interesses da sala de aula om aqueles que apresentam alguma deficincia, atendendo s caractersticas individuais de cada um, ou seja, todos os alunos, sem exceo, devero estar incluidos em todas as atividades na rotina da escola.

A questo prtica inclusiva no to simples quanto parece, pois a sua efetivao no depende somente de uma lei a respeito. Exige sim, aes conjuntas de familiares, docente, discentes,etc., mudanas de paradigmas, reflexes e profundas transformaes e reestruturaes sociais.

Ser professor de crianas com deficincias, exige que ele veja a pedagogia como uma arte que abre novos horizentes, numca deixando de acreditar no que est por vir. numca deixar de refletir sobre sua prtica educativa. Sendo mediador, pesquisador e facilitador de processos.

referncias BRASIL.Lei n 9394 Diretrizes e Bases da Educao Nacional. Disponivel em: http://portal,mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis9394.pdf. Acesso em 7 mar 2009

BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais. Brasilia:MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm acesso em: 05/out/2009

GODOY, H. P. Incluso de alunos portadores de deficincia no ensino regular paulista. So Paulo: Mackenzie, 2002

HORT,I.V.;FISCHER, J. Educao Fsica: caminho para a prtica inclusiva. Blumenau, v.1, n.2, p.63-65,2003. Disponivel em: www.icpg.com.br. Acesso em 13 set 2009.

MELO, F. R. L. V.;MARTINS, L. A. R. O que pensa a comunidade escolar sobre o aluno com paralisia cerebral. Revista Brasileira de Educao Especial, Marilia, 2004, v.10, n.1, p.75-92.ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE. Programa de Ao Mundial as Pessoas com Deficincia. 1982. Disponvel em: http://www.cedipod.org.br/w6pam.htm. Acesso em: 17 set 2009.CID-10 Classificao Internacional de Doenas. So Paulo: Universidade de So Paulo, 2003.

SASSAKI, R. K. Incluso: construindo uma sociedade para todos. 3. Ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999.

STAINBACK, S.;STAINBACK, W. Incluso: um guia para educadores. Porto Alegre: Arted, 1999.UNIVERSIDADE DE SO PAULO. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Declarao de Salamanca sobre pricpios, poltica e prtica em educao especial. Disponivel em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/UNESCO-Organiza%C3%A7%C3%A3o-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas-para-a-Educa%C3%A3o-C3%AAncia-e-Cultura/declaracao-de-salamanca-sobre-principios-politica-e-pratica-em-educacao-especial.html. Acesso em 13 set 2009GOULART, B.I. Piaget Experincias bsicas para utilizao pelo professor. Petrpolis: Vozes, 2000.BE, HELEN. A criana em desenvolvimento. So Paulo, Harpar & Row do Brasil, 1977. Cap. 19, pag.295 307

Termo de esclarecimento adaptado tirado de

http://www2.unemat.br/prppg/cep/downloads/termo_de_consentimento_livre_e_esclarecido.docapndices

APNDICE A. Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados: SOLICITAO DE AUTORIZAO DE PESQUISA

AO COORDENADOR DA UNIDADE ESCOLAR

SOLICITAO DE AUTORIZAO DE PESQUISA

AO COORDENADOR DA UNIDADE ESCOLARIlmo (a).Sr(a). Coordenador (a):______________________________________

Coordenador (a) da Unidade Escolar:_________________________________

Como aluna do 7 semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Paran UNOPAR. Venho solicitar sua autorizao para realizar um questionrio para coleta de dados de minha pesquisa de campo para o trabalho de concluso de curso (TCC) de acordo com o tema O docente e sua prxis na incluso escolar, com o objetivo de analisar a formao, os procedimentos e atitudes de profissionais da educao do ensino fundamental de escolas municipais e particulares da cidade de Taubat-SP para receber em sua sala de aulas alunos com deficincia no ensino regular nesta Unidade Escolar.

Contando com sua autorizao, coloco-me disposio para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente

____________________________________

Santina dos Santos Ivo Rodrigues

RG n 13.651.002-4Dados da Universidade

UNOPAR Universidade Norte do Paran

Reitoria: Rua Marselha, 183 - Jardim Piza - CEP 86041-140 - Londrina Paran - Fone: (43) 3371-7770 | Fax: (43) 3341-8122

Dados da pesquisadora:

Santina dos Santos Ivo Rodrigues

Rua Willi Aureli, 253 Jardim MouriscoCEP 1206 -304 Taubat-SP

Tel: (12) 3629-4843APNDICE B. Modelo do Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de DadosSOLICITAO DE AUTORIZAO DE PESQUISA

AO DELEGADO DE ENSINO DA CIDADE DE TAUBAT

SOLICITAO DE AUTORIZAO DE PESQUISA

AO DELEGADO DE ENSINO DA CIDADE DE TAUBATIlmo (a). Sr (a) Delegado (a) de Ensino:_________________________________

Delegado (a) de Ensino da cidade de Taubat

Como aluna da 7 semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Norte do Paran UNOPAR, venho solicitar sua autorizao para realizar um questionrio para coleta de dados de minha pesquisa de campo para o trabalho de concluso de curso (TCC) de acordo com o tema o docente e sua prxis na incluso escolar, com o objetivo de analisar a formao, os procedimentos e atitudes dos profissionais de educao no ensino fundamental de escolas municipais e particulares da cidade de Taubat-SP para receber em sua sala de aula alunos com deficincia no ensino regular, na cidade de Taubat.

Contando com sua autorizao, coloco-me disposio para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente

_________________________________

Santina dos Santos Ivo Rodrigues

RG: 13.651.002-4

Dados da Universidade

UNOPAR Universidade Norte do Paran

Reitoria: Rua Marselha, 183 - Jardim Piza - CEP 86041-140 - Londrina Paran - Fone: (43) 3371-7770 | Fax: (43) 3341-8122

Dados da pesquisadora:

Santina dos Santos Ivo Rodrigues

Rua Willi Aureli, 253 Jardim MouriscoCEP 1206 -304 Taubat-SP

Tel: (12) 3629-4843APNDICE C. Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de DadosTERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDOVoc est sendo convidado (a) para participar, como voluntrio, em uma pesquisa. O objetivo da pesquisa analisar a formao, os procedimentos e atitudes de profissionais da educao do ensino fundamental de escolas municipais e particulares da cidade de Taubat-SP para receber em sua sala de aula, alunos com deficincia no ensino regular. Para tanto solicitamos que responda a um questionrio, que se caracterizar como coleta de dados na pesquisa. Informo que o procedimento no oferece risco algum integridade fsica ou moral do participante, bem como despesas, prejuzos ou benefcios diretos ao Participante. A sua participao voluntria e sigilosa, sendo os dados coletados exclusivos da pesquisa, sendo permitida a retirada do consentimento a qualquer momento, sem qualquer ou punio ao participante. Aps ser esclarecido (a) sobre as informaes a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final do documento, que est em duas vias. Uma delas a sua e a outra da pesquisadora responsvel. Em caso de recusa, voc no ser penalizado (a) de forma alguma. Qualquer dvida poder ser esclarecida via e-mail ou telefone ( inclusive ligao a cobrar).

Agradecemos sua colaborao.INFORMAES SOBRE A PESQUISATtulo do projeto: O docente e sua prxis na incluso escolar.

Pesquisadora: Santina dos Santos Ivo Rodrigues Tel.: (12) 3629-4843

e-mail: [email protected]

APNDICE C. Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de DadosQUESTIONRIO

QUESTIONRIONasc.:_____/_____/_____ Sexo: ( ) M ( ) F Escola: ( ) Municipal ( ) Particular

Graduao/ano:________________________________________________________

Especializao/ano:_____________________________________________________

Mestrado/ano:__________________________________________________________

Doutorado/ano:_________________________________________________________

Curso ligado ao tema da pesquisa:_________________________________________

Trabalha com alunos com deficincia? ( ) Sim ( ) No Qual (is)?_________________

1-Possuo conhecimentos sobre Educao Especial?

( ) Sim ( ) No

2- Em minha formao me sinto preparado o suficiente para atingir as necessidades educacionais das crianas com deficincias?( ) Sim ( ) No

3- Como processo da minha formao, percebo a necessidade de participar de cursos e palestras para ampliar meus conhecimentos sobre os mtodos de ensino para crianas com deficincia?( ) Sim ( ) No

4- Me sinto capaz de administrar o comportamento e a relao das crianas com e sem deficincia?( ) Sim ( ) No

5- Sinto vontade em ter crianas com deficincia em minha sala de aula?

( ) Sim ( ) No

6- Apresento dificuldades em planejar aulas quando h presena de alunos com deficincia na sala de aula?

( ) Sim ( ) No

7- Como professor, devo incentivar alunos sem deficincia a fazer parte do processo de incluso de colegas com deficincia?

( ) Sim ( ) No

8- Como mediador de conhecimento e formao de pessoas, sinto que as crianas sem deficincia podem se beneficiar da integrao com alunos deficientes nas aulas regulares?

( ) Sim ( ) No

9- Em minha percepo, as crianas sem deficincia podem sofrer alguma defasagem no processo ensino-aprendizagem numa sala de aula integrada com alunos deficientes?

( ) Sim ( ) No

10- Como processo de incluso, percebe que as crianas com deficincia so/sero aceitas socialmente por seus colegas?

( ) Sim ( ) No

11- oferecido pela escola material didtico ou cursos para que eu ensine crianas com deficincia?

( ) Sim ( ) No

12- Por parte da escola, oferecido suporte profissional ( Mdico, psiclogo, fonoaudilogo, auxiliares, etc ) para que seja facilitado o processo de aprendizado dos alunos deficientes?

( ) Sim ( ) No

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAO DA PESSOA COMO SUJEITO

Concordo em participar como sujeito do estudo O docente e sua prxis na incluso escolar. Estou ciente que a pesquisa no oferece risco minha integridade fsica e mental. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade, sendo excludas minhas informaes do banco de dados.

Nome:________________________________________________________RG:______________________________Telefone_____________________

e-mail________________________________________________________

Assinatura:____________________________________________________

Local e data:______________________,___de_____________de ________