o dízimo no contexto bíblico

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O Dízimo no contexto bíblico Malaquias 3:8-10 O Dízimo é a décima parte do que ganhamos e foi instituído por Deus para sustento da nação de Israel a qual chama de “minha casa”. O Dízimo era uma espécie de imposto, tanto assim que diz o senhor: “Trazei todos os dízimos a casa do tesouro”. Na língua hebraica, casa do tesouro é “Iotsar”, que significa erário público, órgão de administração pública incumbido de arrecadação e fiscalização dos tributos, isto é, impostos. Há quem diga que casa do tesouro é a igreja, mas na época que o intrépido profeta Malaquias escreveu seu livro que traz o seu nome, não existia ainda igreja, só veio a existir na nova dispensanção com Jesus Cristo. A “expressão minha casa usada pelo profeta se refere à nação de Israel, tanto assim que diz no verso 9: A mim me roubais, vós, a nação toda”. Nos dias do profeta malaquias, a religião de Israel era o Judaísmo e esta era a religião oficial dos Judeus, instituição sustentada pelo governo de Israel de modo que os sacerdotes, os levitas e outras pessoas que serviam no templo eram sustentados pelo erário público, inclusive o próprio culto a Deus. O Dízimo como era uma espécie de imposto, aquele que não o entregava era tido como ladrão e estava passível de punição. O governo de Israel era teocrático, isto é, Deus era reconhecido como chefe supremo e exercido por Deus através dos profetas, daí o profeta Malaquias em nome de Deus dizer: “Trazei todo o dízimo a casa do tesouro para que aja mantimento na minha casa, a saber, a nação de Israel, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vos benção sem medidas.” Jesus Cristo como Judeu e educado na cultura judaica, trouxe do judaísmo a experiência do dízimo e, criando sua igreja, outorgou-lhe a missão de fazer discípulos de todas as nações e ensiná-los a guardar todas as coisas que lhes foram ordenadas e para cumpri-la precisaria, portanto, de dinheiro, daí implantar a instituição do dízimo na igreja

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Page 1: O Dízimo no contexto bíblico

O Dízimo no contexto bíblico

Malaquias 3:8-10O Dízimo é a décima parte do que ganhamos e foi instituído por Deus para sustento da nação de Israel a qual chama de “minha casa”.  O Dízimo era uma espécie de imposto, tanto assim que diz o senhor: “Trazei todos os dízimos a casa do tesouro”. Na língua hebraica, casa do tesouro é “Iotsar”, que significa erário público, órgão de administração pública incumbido de arrecadação e fiscalização dos tributos, isto é, impostos.Há quem diga que casa do tesouro é a igreja, mas na época que o intrépido profeta Malaquias escreveu seu livro que traz o seu nome, não existia ainda igreja, só veio a existir na nova dispensanção com Jesus Cristo. A “expressão minha casa usada pelo profeta se refere à nação de Israel, tanto assim que diz no verso 9: A mim me roubais, vós, a nação toda”.Nos dias do profeta malaquias, a religião de Israel era o Judaísmo e esta era a religião oficial dos Judeus, instituição sustentada pelo governo de Israel de modo que os sacerdotes, os levitas e outras pessoas que serviam no templo eram sustentados pelo erário público, inclusive o próprio culto a Deus.O Dízimo como era uma espécie de imposto, aquele que não o entregava era tido como ladrão e estava passível de punição.O governo de Israel era teocrático, isto é, Deus era reconhecido como chefe supremo e exercido por Deus através dos profetas, daí o profeta Malaquias em nome de Deus dizer: “Trazei todo o dízimo a casa do tesouro para que aja mantimento na minha casa, a saber, a nação de Israel, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vos benção sem medidas.”Jesus Cristo como Judeu e educado na cultura judaica, trouxe do judaísmo a experiência do dízimo e, criando sua igreja, outorgou-lhe a missão de fazer discípulos de todas as nações e ensiná-los a guardar todas as coisas que lhes foram ordenadas e para cumpri-la precisaria, portanto, de dinheiro, daí implantar a instituição do dízimo na igreja não como um imposto, mas oferta de gratidão a Deus pelas bênçãos que nos tem outorgado, dentre estas a salvação de graça mediante a fé em Jesus Cristo como nosso único salvador.Se o dízimo fosse uma espécie de imposto, como no velho testamento, aquele que não entregasse o dízimo era tido como ladrão, por conseguinte não faria parte do reino dos céus, pois os ladrões, segundo o apostolo Paulo em 1 Cor.6:10 não herdarão o reino de Deus e a salvação nesse caso não seria de graça, mas pelas obras e o dízimo seria uma condição para que nos tornássemos membros da igreja de Cristo.Como a missão da igreja é fazer discípulos de todas as nações e ensiná-las a guardar todas as coisas que nos tem ordenado, precisamos de dinheiro, daí o apostolo Paulo admoestar aos cristãos da igreja de corinto: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade, por que Deus ama ao que dá com alegria”. (2 Cor.9:7)

Agora este texto de Malaquias, não é para o povo mas para o sacerdócio, é só ler o livro e confrontalo com o capitulo 13 de Neemias e veremos qual é a revolta de Malaquias, e a direção da Palavra de Deus ao sacerdócio corrompido. Confira e verá o que estou falando.