o direito e o dever de compreender_ por felipe freitas
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O direito e o dever de compreender:Escutar/ ser escutado, falar, dialogar.
O diálogo como mediador do encontro entre homens e mulheres
Desde o início, a origem a palavra diálogo está intimamente relacionada ao conhecimento, ao compartilhamento de sentidos e significados. O valor do diálogo está associado à capacidade das pessoas reconhecerem que são possuidoras de conhecimento e que esses saberes podem ser compartilhados por meio de interações entre iguais.
Não é no silêncio que os homens e mulheres se fazem,
mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
O silêncio tem seus encantos e é necessário em alguns momentos, pois fortalece a comunicação não-verbal presente e necessária nas relações. Mas é no Diálogo, por meio de palavras, que ocorrem as manifestações e com elas as possibilidades de acordos e mudanças.
Para transformar a realidade, é necessário expressar a análise e compreensão crítica do homem sobre si mesmo e sobre o seu contexto, deixando a sua marca, o seu pensar, o seu criar, enfim, os seus valores.
Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao
mundo e aos homens e mulheres.
É necessário dialogar com as diferenças, tratar a todos de igual para igual, sentar junto, refletir, provocar reflexões, dialogar com a família e com a comunidade. Desenvolver uma postura ética diante da vida, onde cada ação pode potencializar ações diferentes, conscientes, transformadoras.
Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há amor que infunda.
O contato com o outro se manifesta antes de tudo como uma necessidade, talvez de algo reprimido, da não aceitação , ou da busca pela aceitação. Essa consciência é o convite a mudança de percepção do mundo. É a interiorização do sentido de cuidar. Vivenciar essa palavra no seu maior significado, se permitir, é o movimento do dar e receber constante, e que deve ser pleno de sentido e significado.
Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens e mulheres, não me é possível o Diálogo.
Não tem como falar do amor aos homens e mulheres sem lembrar das crianças e adolescentes e suas distintas fases de desenvolvimento físico, motor e intelectual. Muitas vezes são incompreendidos pelo “adulto”, que cobra atitudes que não estão de acordo com sua idade real, o que provoca um desnivelamento e uma baixa estima.
Não há, por outro lado, o Diálogo, se não há a humanidade.
Aos poucos vamos compreendendo que o Diálogo não é simplesmente o encontro de duas pessoas que conversam. Na verdade, segundo Paulo Freire(1980), o Diálogo é um encontro em que acontece a reflexão e posterior ação. Por isso não está reduzido à troca de idéias e muito menos estabelecido numa dimensão verticalizada onde um é maior que o outro, um sabe mais que o outro.
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997)
Foi um educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado Pedagogia Crítica.
Mahatma Gandhi (1869-1948)
Foi idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do “Satyagraha” (princípio da não-agressão, forma não violenta de protesto) como um meio de revolução.
Martin Luther King, Jr (1929-1968)
Foi um pastor protestante e ativista político americano. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimentoDos direito civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo, com uma campanhaDe não-violência e de amor ao próximo.
Equipe: Ana Gabriela
Juliane
Felipe Fernando R. Elson Ronaldo