o direito administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os Órgãos

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ATIVIDADE 03 O princípio da legalidade estabelece que toda e qualquer atividade da Administração Pública deve ser autorizada por lei. Em outras palavras, diz-se que a Administração só pode agir segundo a lei (secundum legem), e não contra a lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem). É o princípio basilar do Estado de Direito, que se caracteriza pela submissão do Estado às leis que ele próprio edita. Lembre-se de que a lei é o instrumento portador da vontade dos cidadãos e que a Administração tem o dever de satisfazer, de tornar concreto o interesse geral. Portanto, o respeito à legalidade deve constituir diretriz básica da conduta dos agentes públicos, sob pena de nulidade dos atos praticados, nulidade que pode ser decretada pela própria Administração (autotutela) ou pelo Judiciário (desde que provocado). Uma distinção clássica apresentada pela doutrina é que, enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda (princípio da legalidade geral, constitucional ou da reserva legal), O administrador público só pode atuar onde a lei autoriza (princípio da legalidade estrita ou da legalidade administrativa). Assim, o princípio da legalidade, quando visto sob a ótica do setor privado (reserva legal), caracteriza-se pela autonomia de vontade, e está previsto como direito fundamental no art. 5º, inciso II da Constituição Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

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ATIVIDADE 03

O princpio da legalidade estabelece que toda e qualquer atividade da Administrao Pblica deve ser autorizada por lei. Em outras palavras, diz-se que a Administrao s pode agir segundo a lei (secundum legem), e no contra a lei (contra legem) ou alm da lei (praeter legem).

o princpio basilar do Estado de Direito, que se caracteriza pela submisso do Estado s leis que ele prprio edita. Lembre-se de que a lei o instrumento portador da vontade dos cidados e que a Administrao tem o dever de satisfazer, de tornar concreto o interesse geral. Portanto, o respeito legalidade deve constituir diretriz bsica da conduta dos agentes pblicos, sob pena de nulidade dos atos praticados, nulidade que pode ser decretada pela prpria Administrao (autotutela) ou pelo Judicirio (desde que provocado).

Uma distino clssica apresentada pela doutrina que, enquanto os indivduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei no veda (princpio da legalidade geral, constitucional ou da reserva legal), O administrador pblico s pode atuar onde a lei autoriza (princpio da legalidade estrita ou da legalidade administrativa).Assim, o princpio da legalidade, quando visto sob a tica do setor privado (reserva legal), caracteriza-se pela autonomia de vontade, e est previsto como direito fundamental no art. 5, inciso II da Constituio Federal: ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.Quando visto sob a tica da Administrao Pblica, o princpio da legalidade, previsto no caput do art. 37 da CF, caracteriza-se pela restrio de vontade, no sentido de que os agentes administrativos s podem agir se e quando a lei autorizar, isto , s podem atuar em consonncia com a vontade geral (legalidade administrativa) e no com suas pretenses pessoais.ATIVIDADE 04

1) um dos modos de expresso das decises tomadas por rgos e autoridades da Administrao Pblica, que produz efeitos jurdicos, em especial no sentido de reconhecer, modificar, extinguir direitos ou impor restries e obrigaes, com observncia da legalidade.O ato administrativo o modo de expresso das decises tomadas por rgos e

autoridades da Administrao Pblica, que produz efeitos jurdicos, modificando,

extinguindo direitos, ou impondo restries e obrigaes. O ato administrativo deve

ser editado com observncia do princpio da legalidade.

Para ser vlido, alm da observncia ao princpio da legalidade, o ato administrativo

precisa ser editado pelo agente competente, ter forma adequada, objeto definido,

precisa ser motivado e possuir uma finalidade.

Um ato administrativo, entretanto, embora dotado de ilegalidade, pode ser mantido

pela Administrao Pblica, atravs da utilizao do instituto da sanatria. As

modalidades de saneamento do ato administrativo so: convalidao, ratificao e

converso.

A convalidao o ato administrativo que suprime um defeito de ato administrativo

anteriormente editado, retroagindo seus efeitos a partir da data da edio do ato

administrativo convalidado.

A ratificao o ato por meio do qual expurgado ou corrigido um defeito relativo

a competncia, declarando-se sua validade desde o momento em que foi editado.

No podem ser ratificados atos cuja competncia para edio de competncia

exclusiva de autoridades indicadas na Constituio Federal.

Converso o ato editado com aproveitamento de elementos vlidos de outro ato

primitivamente dotado de ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroao

dos seus efeitos ao momento da edio do ato original.

A Lei n 9.784/99 um exemplo de diploma legal que cuida expressamente do

instituto da convalidao em seu art. 55.2) ELEMENTOS (Requisitos de validade) do ATO ADMINISTRATIVO

Os ELEMENTOS ESSENCIAIS formao do ato administrativo, constituem a sua infra-estrututa, da serem reconhecidos como REQUISITOS DE VALIDADE. As letras iniciais formam a palavra COMFIFOR MOB.

COM PETNCIA

FI NALIDADE

F0R MA dica : COM FI FOR MOB

M OTIVO

OB JETO

COMPETNCIA

o poder atribudo ao agente (agente aquele que pratica o ato) para o desempenho especfico de suas funes.

Ao estudarmos o gnero abuso de poder vimos que uma de suas espcies, o excesso de poder, ocorre quando o agente pblico excede os limites de sua competncia.

FINALIDADE

o objetivo de interesse pblico a atingir. A finalidade do ato aquela que a lei indica explcita ou implicitamente. Os atos sero nulos quando satisfizerem pretenses descoincidentes do interesse pblico. Ao estudarmos o gnero abuso de poder vimos que a alterao da finalidade caracteriza desvio de poder, conhecido tambm por desvio de finalidade.

FORMA

o revestimento exteriorizador do ato. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, a da Administrao exige forma legal. A forma normal a escrita. Excepcionalmente existem : (1) forma verbal : instrues momentneas de um superior hierrquico; (2) sinais convencionais : sinalizao de trnsito.

MOTIVO

a situao de fato ou de direito que determina ou autoriza a realizao do ato administrativo. Pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao critrio do administrador.

Exemplo : dispensa de um servidor ocupante de cargo em comisso. A CF/88, diz que o cargo em comisso aquele declarado em lei de livre nomeao e exonerao. Portanto, no h necessidade de motivao do ato exoneratrio, mas, se forem externados os motivos, o ato s ser vlido se os motivos forem verdaadeiros.

OBJETO

o contedo do ato. Todo ato administrativo produz um efeito jurdico, ou seja, tem por objeto a criao, modificao ou comprovao de situaes concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas ao do Poder Pblico. Exemplo : No ato de demisso do servidor o objeto a quebra da relao funcional do servidor com a Administrao.ATIVIDADE 06

A atuao da Administrao Pblica deve sempre respeitar os limites da lei ( Principio da Legalidade), em alguns casos, os atos administrativos so vinculados, pois a lei estabelece uma nica soluo possvel de atuao para a Administrao, no lhe concedendo nenhum grau de liberdade para manifestao de sua vontade.

Em outras hipteses, a lei deixa certa margem de liberdade de deciso diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade poder optar por uma dentre vrias solues possveis, podendo tambm decidir o momento mais apropriado para agir. Nesses casos, os atos administrativos so discricionrios, e so editadas em decorrncia do poder discricionrio que a Administrao detm.

Nos atos administrativos vinculados, todos os elementos (competncia, finalidade, forma, motivo e objeto) so vinculados, no restando ao agente pblico nenhuma liberdade para avalia-los, justamente porque esto todos rigidamente previstos na legislao.

Por outro lado, nos atos administrativos discricionrios somente so estritamente vinculados os elementos competncia, finalidade e forma. J motivo e objeto sero discricionrios.