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DIREITO ADMINISTRATIVO
Professora Gabriela Xavier Instagram: @profgabrielaxavier Facebook: Professora Gabriela Xavier www.gabrielaxavier.com.br
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO FUNÇÃO DO ESTADO
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Estado: •Pessoa Jurídica de Direito Público; • Submetido às normas estipuladas pela Constituição Federal;
•Dirigido por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna quanto externamente.
Dupla personalidade (de direito público ou privada)
ESTADO
Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território".
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Sua soberania é exercida sobre o território que é composto pela terra firme, solo, subsolo, águas interiores (rios, lagos e mares internos), pela plataforma continental, o mar territorial e o espaço aéreo.
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GOVERNO
POVO
TERRITÓRIO
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O Estado brasileiro é um ente
personalizado formado pelos elementos povo, território e governo soberano.”
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “O Estado brasileiro é um ente
personalizado formado pelos elementos povo, território e governo soberano.”
Correto 7
EVOLUÇÃO DO ESTADO 1. Século XV – XVII – Estado Absolutista 2. Século VIII - Estado de Direito Estado é o verdadeiro
“Guarda noturno”, deve assegurar a liberdade (autonomia de vontade) dos indivíduos
3. Século XIX – XX - Estado do Bem-Estar Social Intervenção estatal na economia e nas relações sociais: serviços de saúde, educação;
4. Século XX – XXI – Estado Democrático de Direito 8
FUNÇÕES DO ESTADO Princípio da Separação dos Poderes: o poder estatal é uno e indivisível, entretanto, o exercício desse poder deve ser dividido entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (independentes e harmônicos – Não há submissão entre os Poderes estruturais)
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FUNÇÕES DO ESTADO
Função Típica Função Atípica - judiciário
Função Atípica - legislativo
Função Atípica - executivo
Poder Legislativo Promover a inovação no ordenamento jurídico
Processar e julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade
Promover a organização
dos serviços internos e de seus agentes públicos
Poder Executivo Implementar políticas públicas mediante o cumprimento das leis
Realizar o julgamento das controvérsias apresentadas
no processo administrativo (o Processo Administrativo não gera coisa julgada)
Edição de Medida Provisória
Poder Judiciário Solucionar conflitos de interesses (com caráter de definitividade
– coisa julgada) Elaboração dos Regimentos
internos dos Tribunais
Promover a organização dos serviços internos,
instauração de concurso público para nomear os
próprios servidores públicos e etc. 10
FUNÇÕES DO ESTADO OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: A tripartição de poderes no Estado não é absoluta
(utilização do critério da preponderância); As funções atípicas de cada um dos poderes deve ter
expressa previsão no texto constitucional; Conforme inciso III do §4º do art. 60 da CF/88: “Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a separação dos Poderes” 11
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “Decorre do princípio constitucional
fundamental da independência e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função administrativa.”
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “Decorre do princípio constitucional
fundamental da independência e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função administrativa”.
Errado 13
FUNÇÃO POLÍTICA OU FUNÇÃO DE GOVERNO
Função política: refere-se aos atos de gestão superior da vida estatal. Ex: sanção e o veto de lei; a declaração de guerra ou a decretação de estado de calamidade pública.
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FUNÇÃO DE GOVERNO X FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
Função de Governo X Função Administrativa
Função de Governo/Política
Função Administrativa
Quem exerce Poder Executivo Poder Executivo
Fundamento Constitucional Legal
Liberdade Alta discricionariedade Discricionariedade comum
Exemplo Declaração de guerra Regulamentos, Decretos, Licença...
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (FCC) “A separação dos Poderes goza de garantia
reforçada de integrar o núcleo imutável da Constituição”
16
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (FCC) “A separação dos Poderes goza de garantia
reforçada de integrar o núcleo imutável da Constituição”
Correto 17
DIREITO ADMINISTRATIVO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que reúne o conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos e agentes da atividade pública para a realização dos fins almejados pelo Estado, de forma concreta, direta e imediata. 19
Ordenamento Jurídico
Direito Público
Direito Privado
DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO PARA OS AUTORES: Hely Lopes Meirelles (foco no aspecto finalístico): “(...) sintetiza no conjunto
harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos , os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar de forma concreta, direta e imediata os fins desejados pelo Estado”
Celso Antonio Bandeira de Mello (foco no aspecto da função administrativa): “o direito administrativo é o ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem.”
Maria Sylvia Zanella di Pietro (foco no aspecto do objeto): “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para consecução de seus fins, de natureza pública”.
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DIREITO ADMINISTRATIVO Para Concursos Públicos, adotar a definição: O Direito Administrativo é o ramo do
direito público que estuda princípios e normas reguladoras do exercício da função administrativa que busca atender ao interesse público.
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “No conceito de Direito Administrativo,
pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem as relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não compreendendo a regência de atividades contenciosas”.
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “No conceito de Direito Administrativo, pode-
se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem as relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não compreendendo a regência de atividades contenciosas”.
Certo 23
DIREITO ADMINISTRATIVO Características: Direito Administrativo é um ramo recente: surge no
fim do Século XVIII e início do século XIX; O Direito Administrativo ainda não foi codificado (no
Brasil encontra-se na fase de codificação parcial); O Direito Administrativo baseia-se diretamente na lei
– influenciado parcialmente pela jurisprudência; Adota o modelo inglês de jurisdição como forma de
controle da Administração; 24
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Sistema francês: Nesse sistema o Poder Judiciário
não tem competência para processar e julgar atos ilícitos praticados pela Administração Pública. Assim, o Conselho de Estado que profere esse julgamento/decisões acerca da atuação pública, com caráter de definitividade;
Sistema inglês: todos os litígios, administrativos ou privados, serão apreciados pelo Poder Judiciário; 25
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Sistema Francês Tribunal de
Conflitos (competência)
Poder Judiciário (julgamento das causas comuns)
Conselho de Estado (julgamento dos
atos administrativos)
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Sistema Inglês (dotado
no Brasil)
Poder Judiciário
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? Magistratura Federal “Costuma-se indicar o sítio
histórico do advento do Direito Administrativo, como ramo autônomo, entre o fim do século XVIII e início do século XIX”
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? Magistratura Federal “Costuma-se indicar o sítio
histórico do advento do Direito Administrativo, como ramo autônomo, entre o fim do século XVIII e início do século XIX”
Correto
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CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 1- Corrente Legalista (Escola Exegética); 2- Critério do Poder Executivo; 3- Critério das relações jurídicas; 4- Critério do serviço público; 5- Critério teleológico ou finalístico; 6- Critério negativista; Atualmente, predomina-se o critério funcional, segundo o qual: o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda a disciplina normativa da função administrativa, independente de quem esteja encarregado de exercê-la (Executivo, Legislativo e Judiciário).
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “De acordo com o critério do Poder
Executivo, o direito administrativo é conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados.”
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “De acordo com o critério do Poder
Executivo, o direito administrativo é conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados.”
Errado
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PRESSUPOSTOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
PRESSUPOSTOS: Subordinação do Estado às regras jurídicas; Divisão de tarefas entre órgãos estatais;
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CONCEITOS IMPORTANTES Estado: refere-se ao povo situado em um determinado território,
sujeito a um governo soberano;
Governo: trata-se da cúpula diretiva do Estado, responsável pela condução dos altos interesses estatais e pelo Poder Político;
Poder Executivo: complexo de órgãos estatais estruturados verticalmente sobre direção superior do Chefe do Executivo;
Administração Pública: conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário;
HORA DA PERGUNTA Como esse conteúdo é cobrado? (ESAF) “O Poder Político de um ESTADO é
composto pelas funções legislativas, executivas e judicial e tem por características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a indelegabilidade”.
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HORA DA PERGUNTA Como esse conteúdo é cobrado? (ESAF) “O Poder Político de um ESTADO é
composto pelas funções legislativas, executivas e judicial e tem por características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a indelegabilidade”.
Correto
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FONTES – DIREITO ADMINISTRATIVO 1º Lei em sentido amplo: constituí uma fonte primária (CESPE -Atos Normativos infra legais); Jurisprudência; Doutrina: fonte secundária; Princípios gerais do Direito; Costume: fonte secundária indireta;
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Lei
Costumes
Jurisprudência
Doutrina
Princípios gerais do Direito
Fonte primária
Fontes secundárias
Fonte secundária indireta
Súmula Vinculante – FONTE DIRETA
SENTIDOS DO TERMO “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA”
a) critério formal/subjetivo/orgânico (QUEM FAZ PARTE): conjunto de órgãos e entidades que formam a estrutura que desempenha a função administrativa – manifestando-se, tipicamente, por meio do Poder Executivo, mas, atipicamente, por meio dos poderes Judiciário ou Legislativo.
b) critério material/objetivo/funcional (O QUE FAZ): trata-se da própria função ou atividade administrativa que é realizada. 37
TAREFAS DA ADMINITRAÇÃO PÚBLICA Critério material (atividades da
Administração): Exercício do poder de polícia; Prestação de serviços públicos; Realização de atividades de fomento; Atividade de intervenção (propriedade privada,
domínio econômico, domínio social); 38
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “A expressão Administração Pública em
sentido objetivo, material ou funcional, designa a natureza da atividade exercida pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos”.
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “A expressão Administração Pública em
sentido objetivo, material ou funcional, designa a natureza da atividade exercida pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos”.
Correta
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FAZENDA PÚBLICA FAZENDA PÚBLICA = Estado em juízo Estado em juízo: pessoas jurídicas governamentais que figuram
no pólo ativo ou passivo das ações judiciais e órgãos que possuem capacidade processual > Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno + órgãos com capacidade postulatória
OBSERVAÇÃO: As Empresas Estatais não integram o conceito de Fazenda
Pública. Exceto: Empresas de Correios e Telégrafos;
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO PRESSUPOSTOS: Desigualdade jurídica entre a Administração e os
administrados (Supremacia do Interesse Público);
Presunção de legitimidade dos atos da administração;
Necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público;
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR DIREITO ADMINISTRATIVO
Direito Administrativo: competência concorrente; União: interesse nacional; Municípios: interesse local; Estados: interesse intermunicipal (residual); Competência privativa da União (incisos do
art.22 da CF/88): desapropriação; direito marítimo, aeronáutico e espacial, requisições civis e militares e etc... 43
RESUMO Origem do Direito Administrativo
Revolução francesa – surgimento do Estado de Direito
Evolução do Estado e do Direito Administrativo a) Estado Liberal de Direito; b) Estado Social de Direito; c) Estado Democrático de Direito;
Fontes de Direito Administrativo Lei em sentido amplo: fonte primária; Doutrina; Jurisprudência; Costumes; Princípios gerais do Direito;
Controle Administrativo Sistema francês: Conselho de Estado; Sistema inglês: Poder Judiciário – Adotado no Brasil
Definição do Direito Administrativo 1- Corrente Legalista (Escola Exegética); 2- Critério do Poder Executivo; 3- Critério das relações jurídicas; 4- Critério do serviço público; 5- Critério teleológico ou finalístico; 6- Critério negativista;
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que reúne o conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos e agentes da atividade pública para a realização dos fins almejados pelo Estado, de forma concreta, direta e imediata.
HORA DA PERGUNTA Com relação ao direito administrativo e à administração pública, assinale a
opção correta. a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos
governamentais, encarregados de traçar políticas públicas, bem como os órgãos administrativos, aos quais cabe executar os planos governamentais.
b) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo.
c) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública e os administrados.
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, são o costume e a jurisprudência.
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos Poderes Legislativo e Judiciário.
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HORA DA PERGUNTA Com relação ao direito administrativo e à administração pública, assinale a
opção correta. a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos
governamentais, encarregados de traçar políticas públicas, bem como os órgãos administrativos, aos quais cabe executar os planos governamentais.
b) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo.
c) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública e os administrados.
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, são o costume e a jurisprudência.
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos Poderes Legislativo e Judiciário.
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HORA DA PERGUNTA A soberania, que permite afirmação na ordem
externa, é atributo: a) da Administração Pública. b) do Governo. c) do Estado. d) do Poder Executivo. e) do Poder Judiciário. 47
HORA DA PERGUNTA A soberania, que permite afirmação na ordem
externa, é atributo: a) da Administração Pública. b) do Governo. c) do Estado. d) do Poder Executivo. e) do Poder Judiciário. 48
HORA DA PERGUNTA O oferecimento de saneamento básico, transporte
coletivo e educação caracterizam atividades da denominada “administração pública". A expressão, quando reveste esse caráter, é escrita com letras minúsculas e revela sentido:
a) material. b) subjetivo. c) personalista. d) formal. e) orgânico.
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HORA DA PERGUNTA O oferecimento de saneamento básico, transporte
coletivo e educação caracterizam atividades da denominada “administração pública". A expressão, quando reveste esse caráter, é escrita com letras minúsculas e revela sentido:
a) material. b) subjetivo. c) personalista. d) formal. e) orgânico.
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HORA DA PERGUNTA Ano: 2015Banca: FUNCAB Órgão: FUNASG Prova: Advogado Com relação ao conceito de Direito Administrativo, assinale a opção que congrega de forma correta os elementos que o compõem.
a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda princípios e
normas reguladores do exercício da função administrativa. b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não
alberga a noção de bem de domínio privado do Estado. c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de normas e
princípios que regulam exclusivamente as relações jurídicas administrativas entre o Estado e o particular.
d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência de atividades contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e administrados.
e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas e princípios que organizam a relação jurídica exclusivamente entre os próprios componentes da Administração Pública.
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HORA DA PERGUNTA Ano: 2015Banca: FUNCAB Órgão: FUNASG Prova: Advogado Com relação ao conceito de Direito Administrativo, assinale a opção que congrega de
forma correta os elementos que o compõem. a) Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas
reguladores do exercício da função administrativa. b) Direito Administrativo é um conjunto de princípios e normas que não alberga a
noção de bem de domínio privado do Estado. c) Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de normas e princípios
que regulam exclusivamente as relações jurídicas administrativas entre o Estado e o particular.
d) O conceito de Direito Administrativo compreende apenas a regência de atividades contenciosas entre órgãos públicos, seus servidores e administrados.
e) Direito Administrativo pode ser traduzido pelo conjunto de normas e princípios que organizam a relação jurídica exclusivamente entre os próprios componentes da Administração Pública. 52
HORA DA PERGUNTA “Atividade de ordem superior referida à direção suprema e geral do
Estado em seu conjunto e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação do Estado, a assinalar as diretrizes para as outras funções, buscando a unidade da soberania estatal” (Renato Alessi).
A definição transcrita, no âmbito do direito administrativo, corresponde
ao conceito de função a) jurisdicional. b) legislativa c) executiva. d) administrativa e) política.
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HORA DA PERGUNTA “Atividade de ordem superior referida à direção suprema e geral do
Estado em seu conjunto e em sua unidade, dirigida a determinar os fins da ação do Estado, a assinalar as diretrizes para as outras funções, buscando a unidade da soberania estatal” (Renato Alessi).
A definição transcrita, no âmbito do direito administrativo, corresponde
ao conceito de função a) jurisdicional. b) legislativa c) executiva. d) administrativa e) política.
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PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Conceito: Os princípios são mandamentos gerais e são verdadeiras diretrizes para a atuação estatal; PRESSUPOSTOS: Valores fundamentais de um sistema; Devem ser realizados na maior medida possível;
55
DUPLA FUNCIONALIDADE DOS PRINCÍPIOS Funcionalidade dos princípios: Função hermenêutica: significado da norma;
Função integrativa: suprir lacunas;
56
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REGRAS: Todos os princípios administrativos são princípios
constitucionais, alguns encontram-se expressos na Constituição e outros implícitos;
NENHUM princípio é absoluto
Ponderação de interesses e máxima realização de interesse envolvidos
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: orientações normativas que
propõem a interpretação e a aplicação do Direito
Formado por 02 supraprincípios – princípios centrais (NÃO SÃO ABSOLUTOS)
Supremacia do Interesse Público frente ao Privado
X
Indisponibilidade do Interesse Público
Fernanda Marinela, “Em nome da supremacia do interesse público, o Administrador pode muito, pode quase tudo, mas, não pode abrir mão do interesse público". 58
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
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Lógica do Regime Jurídico
Administrativo
INTERESSE PÚBLICO 1º Primário: necessidades sociedade, ou seja,
dos cidadãos enquanto partícipes da coletividade (objetivo finalístico da administração pública).
2º Secundário: o interesse público decorrente da vontade da máquina estatal, via de regra, relacionado à minimização de despesas e à ampliação de receita.
60 Interesse 2º da máquina estatal
Interesse público 1º
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada?
(ESAF) “O princípio da Supremacia do Interesse
Público sobre o interesse privado é princípio geral do Direito. Nesse diapasão, como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interesse público, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais” 61
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada?
(ESAF) “O princípio da Supremacia do Interesse
Público sobre o interesse privado é princípio geral do Direito. Nesse diapasão, como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interesse público, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais”
Correto 62
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “O regime jurídico-administrativo
compreende um conjunto de regras e princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício de suas funções de realização do interesse público primário”.
63
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “O regime jurídico-administrativo
compreende um conjunto de regras e princípios que baliza a atuação do Poder Público, exclusivamente, no exercício de suas funções de realização do interesse público primário”.
Errado
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Supremacia do Interesse Público frente ao Privado
X Reserva de lei: o tratamento de certas matérias deve
ser formalizado necessariamente pela legislação, prévia autorização legal. Ex: Conforme o texto da Constituição, determinada matéria deverá ser regulamentada por Lei Complementar
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DIFERENÇA
DIREITO ADMINISTRATIVO
Regime Jurídico Administrativo
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público 66
Ordenamento Jurídico
Direito Público
Direito Privado
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “A expressão regime jurídico
administrativo, em seu sentido amplo, refere-se tanto aos regimes de direito público e de direito privado a que se submete a administração pública quanto ao regime especial que assegura à administração pública prerrogativas em relação ao administrado.”
67
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “A expressão regime jurídico
administrativo, em seu sentido amplo, refere-se tanto aos regimes de direito público e de direito privado a que se submete a administração pública quanto ao regime especial que assegura à administração pública prerrogativas em relação ao administrado.”
Errado 68
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS Art. 37, CF/88 - A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência(...). L egalidade I mpessoalidade M oralidade P ublicidade E ficiência
69
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS
Legalidade: esse princípio estabelece que a Administração Pública só pode atuar quando a lei permite.
Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência
70
Isonomia.
Teoria do órgão (ou da imputação volitiva): a vontade do agente publico é imputada ao Estado. Proibição de promoção pessoal;
Transparência dos Atos Administrativos
Eficácia dos Atos Administrativos Exceções : restrição à publicidade para a proteção da intimidade privada e da segurança nacional.
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Os princípios do direito administrativo
constantes na Constituição da República são aplicáveis aos três níveis da Federação”
71
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Os princípios do direito administrativo
constantes na Constituição da República são aplicáveis aos três níveis da Federação”
Correta
72
LEGALIDADE Art. 5º, inciso II, CF expõe “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei” – não contradição à lei; Exceções à Legalidade: Medida Provisória, Estado de Defesa e Estado de
Sítio;
Medidas Provisórias
Chefe do Poder Executivo
força de lei
analisado pelo Poder Legislativo (60 dias)
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LEGALIDADE Diferenças entre legalidade privada e legalidade pública
Critério Legalidade Privada Legalidade Pública
Destinatário Particulares Agentes Públicos
Fundamento Autonomia de vontade Subordinação
Significado Podem fazer tudo o que a lei não proíbe
Podem fazer tudo o que a lei autoriza
Sentido da norma específica Normas permissivas excepcionam proibições gerais ou reforçam liberdades
Normas proibitivas excepcionam permissões gerais ou reforçam vedações
Silêncio Legislativo Equivale a permissão Equivale a proibição
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LEGALIDADE Derivam do Princípio da Legalidade: Princípio da finalidade; Princípio da razoabilidade; Princípio da Isonomia; Princípio da Proporcionalidade; OBSERVAÇÕES: 1. O ato administrativo não pode contrariar a lei; 2. O ato administrativo deve ser expedido secundum legem
(reserva legal); 3. No Brasil os atos administrativos possuem papel secundário;
75
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) O princípio da legalidade impede que a
Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo”.
76
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) O princípio da legalidade impede que a
Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo”.
Correto
77
IMPESSOALIDADE A atuação do gestor público deve ser impessoal (princípio da não discriminação):
Isonomia;
Subprincípio da vedação da promoção pessoal;
Impessoalidade: Finalidade; Teoria do órgão (ou da imputação volitiva): a vontade do agente público é imputada
ao Estado;
Vedação ao Nepotismo (exceto cargos políticos);
Assistam o Minuto do Direito:https://www.youtube.com/watch?v=MPFspNrKPIo 78
NEPOTISMO Súmula Vinculante 03: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
79
NEPOTISMO
80
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? “No princípio da impessoalidade, traduz-se a idéia de que a Administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.”
81
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? “No princípio da impessoalidade, traduz-se a idéia de que a Administração tem que tratar todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.”
Correto
82
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “Da publicidade dos atos e programas
dos órgãos públicos poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo.”
83
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (ESAF) “Da publicidade dos atos e programas
dos órgãos públicos poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo.”
Errado 84
MORALIDADE Trata-se de moralidade jurídica, lealdade, boa fé de
conduta, honestidade, probidade no trato com a coisa pública.
Ofensa à moralidade: Art. 5º, LXXIII CF/88 “qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (...)”
Crime de responsabilidade: Art.85 da CF/88 atos que atentarem contra a “probidade da administração”. 85
MORALIDADE Ofensa ao princípio da moralidade pode ensejar: Ação Popular; Ação Civil Pública de Improbidade
Administrativa; Controle Externo pelo Tribunal de Contas; Comissões Parlamentares de Inquérito;
86
PUBLICIDADE Dever de clareza, de transparência dos atos
administrativos
OBSERVAÇÕES: I. restrição à publicidade para a proteção da
intimidade, honra, vida privada, relevante interesse coletivo e proteção da segurança nacional;
II. A publicidade é necessária para conferir eficácia ao ato administrativo;
87
PUBLICIDADE A lei estabeleceu restrições ao acesso às informações
que coloquem em risco a segurança: CLASSIFICAÇÃO Ultra-secreta: 25 anos como prazo máximo de sigilo; Secreta: máximo de 15 anos como prazo máximo de
sigilo; Reservada: máximo e 5 anos como prazo máximo de
sigilo. 88
OBJETIVOS DA PUBLICIDADE Exteriorizar a vontade da administração; Tornar exigível o conteúdo do ato; Desencadear a produção de efeitos do ato
administrativo; Permitir o controle de legalidade do
comportamento administrativo;
89
PUBLICIDADE
90
PUBLICIDADE É DIFERENTE DE PUBLICAÇÃO – REQUISITO DE EFICÁCIA A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE)“A veiculação do ato praticado pela administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade.”
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HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE)“A veiculação do ato praticado pela administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade.”
Errado 92
EFICIÊNCIA O princípio da eficiência administrativa estabelece que a Administração Pública deve buscar alcançar resultados positivos com o menor gasto possível, atingir metas.
Ex: avaliação de desempenho do Servidor Público;
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HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? (ESAF) “A adoção do princípio da eficiência no texto constitucional, nos termos da Emenda Constitucional n.19/98, autoriza a prevalência deste princípio em relação ao da legalidade na busca pela Administração Pública gerencial”
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HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? (ESAF) “A adoção do princípio da eficiência no texto constitucional, nos termos da Emenda Constitucional n.19/98, autoriza a prevalência deste princípio em relação ao da legalidade na busca pela Administração Pública gerencial”
Errada
95
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ADMINISTRATIVO
“Art. 5°, LIV, CF/88 - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV -aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios recursos a ela inerentes;”
96
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ADMINISTRATIVO
Defesa prévia: o particular tem o direito de se manifestar antes do
julgamento. Súmula Vinculante nº5 “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”.
Defesa técnica: o particular pode manifestar-se mediante a representação de um advogado;
Duplo grau de julgamento: a decisão administrativa poderá ser revista;
Direito à informação: o direito de acesso aos atos, provas e decisões do processo em que o sujeito é parte;
97
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ADMINISTRATIVO
Súmula Vinculante nº 21: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”
98
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Outros Princípios Constitucionais: Participação: reclamações, acesso a registros, representação contra ato abusivo;
Celeridade processual: razoável duração do processo administrativo;
Devido processo legal: rito predefinido em lei e a decisão deve ser justa, adequada e
proporcional (verdade real dos fatos) – em regra deve ser instaurado antes da tomada de decisão;
Contraditório;
Ampla defesa; 99
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “A duração do processo judicial e administrativo que não se revelar razoável afronta o princípio constitucional da eficiência”
100
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “A duração do processo judicial e administrativo que não se revelar razoável afronta o princípio constitucional da eficiência”
Correto
101
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE O princípio da continuidade consiste na proibição da interrupção total do serviço público prestadas a população e seus usuários.
102
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE EXCECÕES “Art. 6° (...) Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade”.
103
Lei 8.987/95
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Direito de Greve? O servidor militar não. Os
servidores públicos civis, poderão exercer o direito de greve nos termos da Lei Geral de Greve, inclusive servidores que estão em estágio probatório.
OBSERVAÇÃO: os dias parados não serão
contados para fins de remuneração, mas o STJ entende que esses dias poderão ser compensados.
104
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Admite-se a aplicação da Cláusula de Exceção de
Contrato não cumprido no contrato administrativo? Art. 78, XV da Lei 8.666 estabelece que:
“o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação” – Exceção do Contrato Não Cumprido diferida. 105
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Serviços essenciais (necessidade absoluta): o
serviço deverá ser prestado sem qualquer interrupção (EX: hospitais, distribuição de agua...);
Inviabilidade da exceptio non adimpleti
contractus nos contratos de concessão: os contratos de concessão somente poderão ser paralisados mediante decisão judicial, salvo em situações excepcionais (divergência doutrinária). 106
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE FICA A DICA É ilegal a interrupção de fornecimento de energia
elétrica por uma concessionária a um hospital;
107
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Art. 58, V da lei 8.666/93, define que a Administração
Pública, poderá, nos casos· de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Contrato de concessão de serviços públicos:
possibilidade de reversão/transferência de propriedade, ao final do contrato, dos bens atrelados à prestação do serviço público ao Estado. 108
RAZOABILIDADE Razoabilidade: padrões médios de aceitabilidade
Proporcionalidade: trata da adequação entre fins e
meios – proibição de exageros;
OBS: Ao contrário da razoabilidade que se estende a todos os setores de atuação da Administração Pública, a proporcionalidade regula especificamente o poder disciplinar e o poder de polícia.
109
PROPORCIONALIDADE
110
Esse princípio é um dos mais importantes instrumentos de defesa dos direitos fundamentais.
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “Correlação entre meios e fins é
expressão que costuma ser diretamente associada ao princípio da proporcionalidade”
111
HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? (CESPE) “Correlação entre meios e fins é
expressão que costuma ser diretamente associada ao princípio da proporcionalidade”
Correto 112
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA Súmula 473 do STF: “A administração pode
anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
113
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA A Administração não precisa recorrer ao Judiciário para anular seus próprios atos
– poder-dever A autotutela não afasta o controle jurisdicional, a tutela jurisdicional é
inafastável:
“Art. 5º, XXXV, CF/88. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”
PRAZO DECADENCIAL "O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé".
Má-fé: prazo extintivo máximo previsto no Código Civil de 15 anos 114
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA Anulação de atos administrativos
prejuízos ao cidadão atuou de boa fé(presunção de legitimidade dos atos
administrativos)
Em algumas situações, os efeitos produzidos por aquele ato deverão ser preservados, ainda que o ato esteja maculado por vício insanável.
FICA A DICA: atos que produzam vantagens ao particular, mesmo
quando ilegais (teoria da aparência e presunção de legitimidade dos atos) – respeito a proteção à confiança legítima;
115
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
116 ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
As modificações supervenientes de normas jurídicas não devem retroagir para atingir atos jurídicos perfeitos.
A) objetivo: estabilização do ordenamento jurídico,
proteção ao direito adquirido e a coisa julgada; B) subjetivo: proteção da confiança das pessoas em relação
às expectativas geradas por promessas estatais – proibir comportamentos administrativos contraditórios.
117
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
Princípio da Confiança Legítima: proteção à confiança - pressupõe a boa-fé do particular;
Excludentes da proteção à confiança: Má-fé do particular; Mera expectativa de direito por parte do
beneficiário (não há direito adquirido); 118
HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? “O princípio da segurança jurídica, na
Administração, protege, além do direito adquirido, expectativas legítimas e situações em vias de constituição sob o pálio de premissas firmes de Estado.”
119
HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? “O princípio da segurança jurídica, na
Administração, protege, além do direito adquirido, expectativas legítimas e situações em vias de constituição sob o pálio de premissas firmes de Estado.”
Correta 120
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO O ente estatal tem o dever de indicar os pressupostos de
fato e de direito que determinaram a prática do ato administrativo;
O §1° do artigo 50, da Lei nº 9.784/99 estabelece que ”a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.“
Exceção: Nomeação e Exoneração em cargo de comissão.
121
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO FICA A DICA A motivação é obrigatória tanto nos atos
vinculados quanto nos atos discricionários; A motivação pode ser apresentada
simultaneamente ou no instante seguinte à prática do ato; 122
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO OBSERVAÇÃO: A CF/88 só prevê
expressamente o dever de motivação para atos administrativos dos Tribunais e do Ministério Público.
1º Motivo 2º Ato 3º Motivação 123
Motivação Motivo Justificativa escrita – razões fáticas
Fato que autoriza a realização do ato;
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO Teoria dos motivos determinantes: caso os
pressupostos fáticos alegados na motivação não forem verdadeiros
O ato será nulo.
124
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A teoria dos motivos determinantes
cria para o administrador a necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo e a sua validade jurídica.”
125
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A teoria dos motivos determinantes
cria para o administrador a necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo e a sua validade jurídica.”
Correta
126
ISONOMIA
Tratamento igual aos administrados que se encontrem em situação equivalente;
Tratar os iguais igualmente e desigualmente os desiguais na medida
de suas desigualdades. OBSERVAÇÃO: Não caracterizam violação à isonomia as
diferenciações realizadas pela lei e pela Administração Pública quando houver coerência entre a distinção e o tratamento diferenciado decorrente.
Ex: fundamento do concurso público e do dever de licitar;
127
ISONOMIA FICA A DICA O art. 5°, §2°, da Lei nº 8.112/90 prescreve que: "Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso".
128
HORA DA QUESTÃO Como esse tema é cobrado? (ESAF) “Macula o princípio da isonomia a
exigência, em edital de concurso público, de altura mínima de candidato, para provimento de cargo público inerente à carreira de policial”
129
HORA DA QUESTÃO Como esse tema é cobrado? (ESAF) “Macula o princípio da isonomia a
exigência, em edital de concurso público, de altura mínima de candidato, para provimento de cargo público inerente à carreira de policial”
Errado
130
PRINCÍPIO DA FINALIDADE O Princípio da Finalidade estabelece que,
independentemente da finalidade específica de cada ato, todos os atos administrativos devem ter
como finalidade geral e mediata
o interesse público
131
PRINCÍPIO DA FINALIDADE Esse princípio obriga a Administração Pública a
sempre agir visando a defesa do interesse primário
Desvio de poder/desvio de
finalidade/tredestinação ilícita: o ato visa atingir fim diverso daquele previsto em lei;
132
PRINCÍPIO DA FINALIDADE Tredestinação lícita na desapropriação: Não
há desvio de finalidade se o órgão expropriante dá outra destinação de interesse público ao imóvel expropriado.
133
HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? (ESAF) “Um ato praticado com o intuito de
favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material.”
134
HORA DA PERGUNTA Como esse tema é cobrado? (ESAF) “Um ato praticado com o intuito de
favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material.”
Correto
135
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE Art. 37, 6º da CF/88 “As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviço públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa”
Responsabilidade objetiva Dano; Conduta; Nexo de causalidade; 136
Princípios do Direito Administrativo Legalidade A Administração deve atuar em conformidade com a lei
Impessoalidade Não discriminação Proibição da promoção pessoal
Moralidade Atuação em conformidade com padrões éticos, probidade, decoro e boa-fé
Publicidade Transparência Eficácia dos atos administrativos
Eficiência Administração gerencial Razoabilidade e Proporcionalidade Adequação entre meios e fins - medida menos gravosa aos
direitos fundamentais
Supremacia do Interesse Público Interesse primário: bem comum Interesse secundário: interesse do erário
Autotutela Poder dever de rever seus próprios atos Segurança Jurídica Objetivo: estabilização do ordenamento jurídico
Subjetivo: proteção a confiança das pessoas
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do
Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado inúmeros atos administrativos. O Tribunal, ao constatar o ocorrido, reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento de que os atos pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica do princípio da
a)impessoalidade. b)eficiência. c)motivação. d)publicidade. e)presunção de veracidade.
138
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do
Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado inúmeros atos administrativos. O Tribunal, ao constatar o ocorrido, reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento de que os atos pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica do princípio da
a)impessoalidade. b)eficiência. c)motivação. d)publicidade. e)presunção de veracidade.
139
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? O caput do artigo 37, na Constituição Federal de 1988,
estabelece princípios constitucionais a serem observados e cumpridos pela administração pública direta e indireta. Um desses princípios refere-se à orientação, aos gestores públicos, de que o trato da coisa pública (res publica) tenha como objeto principal a prestação de serviços ao cidadão, cumprindo sua finalidade com qualidade. Esse princípio é o da
a)Moralidade. b)Legalidade. c)Publicidade. d)Impessoalidade. e)Eficiência.
140
HORA DA PERGUNTA Como essa matéria é cobrada? O caput do artigo 37, na Constituição Federal de 1988,
estabelece princípios constitucionais a serem observados e cumpridos pela administração pública direta e indireta. Um desses princípios refere-se à orientação, aos gestores públicos, de que o trato da coisa pública (res publica) tenha como objeto principal a prestação de serviços ao cidadão, cumprindo sua finalidade com qualidade. Esse princípio é o da
a)Moralidade. b)Legalidade. c)Publicidade. d)Impessoalidade. e)Eficiência.
141
142
ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
REFORMA DO ESTADO MARE - Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado: Fernando Henrique Cardoso.
Descentralização da estrutura organizacional do
aparelho do Estado; Administração por resultados X Regulamentos rígidos
Administração Burocrática Administração Gerencial
143
A REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO E DE SEU APARELHO As atividades deverão, quando não houver
necessidade de exercício do poder de polícia, devem ser delegadas a particulares;
DESCENTRALIZAÇÃO PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 144
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO EM SETORES
1º Setor: Estado (Administração Pública Direta e
Administração Pública Indireta);
2º Setor: Mercado (concessionárias e permissionárias de serviço público);
3º Setor: Sociedade civil organizada; 145
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Em conformidade com Decreto-lei nº. 200/67, a
estrutura da Administração Pública é dividida em:
146
Administração Direta
Administração Indireta
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DESCENTRALIZAÇÃO DA ATIVIDADE: Administração Pública Direta: União, Estados,
Municípios e Distrito Federal (centralizada); Administração Pública Indireta: Autarquias,
Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (personalidade jurídica própria, patrimônio próprio, autonomia administrativa; orçamento específico);
147
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Centralização: União, Estados, DF e Municípios; Desconcentração: órgãos; OBS 1: O conjunto de órgãos integrantes de cada entidade federativa
recebe o nome de Administração Direta ou Centralizada; OBS 2: Alguns órgãos públicos - partes de uma pessoa governamental -
independentes e autônomos tem capacidade processual ativa: podem figurar no pólo ativo de ações – prerrogativas em juízo (Assembleia Legislativa Estadual, Presidência). Alguns órgãos podem atuar em uma grande variedade de ações judiciais (Ministério Público e a Defensoria Pública);
148
ÓRGÃOS Teoria da imputação volitiva: os órgãos
públicos são verdadeiros “braços” estatais. A atuação dos agentes públicos é imputada à
respectiva pessoa estatal.
149
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? “A transferência de atribuições no âmbito da
Administração Pública do centro para setores periféricos dentro da mesma pessoa jurídica elimina a vinculação hierárquica.”
150
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? “A transferência de atribuições no âmbito da
Administração Pública do centro para setores periféricos dentro da mesma pessoa jurídica elimina a vinculação hierárquica.”
Errado
151
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “Alguns órgãos tem capacidade
processual já que são titulares de direitos subjetivos próprios a serem defendidos.”
152
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “Alguns órgãos tem capacidade
processual já que são titulares de direitos subjetivos próprios a serem defendidos.”
Errado 153
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA Descentralização: transferência de competências para
outra pessoa jurídica da Administração Pública Indireta ou a particulares. Outorga (por serviços): transferência da titularidade e execução
do serviço mediante lei por tempo indeterminado. Exemplo: a criação de Universidade Públicas Federais pela União.
Delegação (por colaboração): transferência da execução do serviço mediante contrato ou ato administrativo por prazo determinado.
154
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
155
M. Esporte
M. Educação
M. Fazenda M. Saúde
Centralização
União
Concessionária
Autarquia
Fundação
Desconcentração
Hierarquia
Vinculação
União
Descentralização
União
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A descentralização pressupõe a criação
de pessoas jurídicas diversas.”
156
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A descentralização pressupõe a criação
de pessoas jurídicas diversas.”
Correto
157
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Desconcentração Descentralização
Competências atribuídas a órgãos públicos - sem personalidade jurídica
Competências atribuídas a entidades com personalidade jurídica autônoma
Conjunto de órgãos que formam a Administração Pública Centralizada/Direta
Conjunto de entidades que formam a administração pública indireta
O órgão não pode ser acionado diretamente pelo Poder Judiciário, com exceção para alguns órgãos dotados de capacidade processual
Entidades descentralizadas respondem judicialmente pelos prejuízos causados a particulares
Ex: Ministérios, Secretarias Ex: Autarquias, Fundações Públicas...
158
DESCENTRALIZAÇÃO O processo de descentralização é orientado pelos seguintes princípios: Princípio do Planejamento;
Princípio da Coordenação;
Princípio da Descentralização Administrativa:
especialização;
Princípio do Controle;
159
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A ideia da Administração Pública
direta e indireta equivale aos conceitos de Administração Pública concentrada e desconcentrada”
160
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? (CESPE) “A ideia da Administração Pública
direta e indireta equivale aos conceitos de Administração Pública concentrada e desconcentrada”
Errado
161
ÓRGÃOS
“Art. 1º, §2°. Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;” OBSERVAÇÃO 1: A criação e a extinção de órgãos
públicos implica inovação no ordenamento jurídico, razão pela qual não podem ser feitas por meio de atos normativos infralegais (apenas por lei).
162
Lei 9.784/99
ÓRGÃOS “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: – [...] VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;”
OBSERVAÇÃO: Assim como os Entes federados, as pessoas administrativas (DIRETA e INDIRETA) também desconcentram as suas atividades administrativas;
163
CF/88
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? “A organização desconcentrada significa a
repartição interna de atribuições administrativas aos diversos órgãos integrantes da mesma pessoa jurídica, sob uma mesma ordem hierárquica.”
164
HORA DA PERGUNTA Como esse assunto é cobrado? “A organização desconcentrada significa a
repartição interna de atribuições administrativas aos diversos órgãos integrantes da mesma pessoa jurídica, sob uma mesma ordem hierárquica.”
Correto
165
ÓRGÃOS
Capacidade processual ativa, órgãos que possuem independência e autonomia:
Alguns órgãos atuam em defesa de prerrogativas institucionais e a sua capacidade decorre da legislação aplicável;
FICA A DICA: Ministério Público e a Defensoria Pública possuem capacidade postulatória para propor uma diversidade de ações;
166
ÓRGÃOS Capacidade processual aos órgãos públicos que
preenchem os requisitos: a) Órgão da cúpula da hierarquia administrativa e b) Defesa de suas prerrogativas institucionais; OBSERVAÇÃO: Alguns órgãos públicos recebem a incumbência de implementar licitações e acabam por constar, nominalmente como “parte” de contratos administrativos; 167
168
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS
CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA Essa classificação considera os órgãos existentes em uma mesma pessoa jurídica. Independentes: órgãos que estão no topo da hierarquia (Presidência da
República, Governadoria, Prefeitura);
Autônomos: órgãos que conservam autonomia administrativa e financeira (Ministérios, Secretarias estaduais);
Superiores: órgãos vinculados aos órgãos autônomos (possuem somente o poder de decisão): Procuradoria da Fazenda, Secretaria da Receita e etc;
Subalternos: atuam somente na execução da atividade administrativa (não possuem poder de decisão); 169
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O ÂMBITO DE ATUAÇÃO Central: Secretaria de Estado de Defesa Social
(órgão do Estado de Minas Gerais, atua no âmbito de todo o Estado);
Local: Delegacia de Polícia de Belo Horizonte (órgão do Estado de Minas Gerais que atua somente na capital do Estado);
ANALISAR A PESSOA JURÍDICA AO QUAL O ÓRGÃO PERTENCE
170
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ESTRUTURA Essa classificação leva em conta a existência de outros órgãos compondo sua estrutura organizacional. Simples (ou unitários): um único órgão. Ex:
Presidência da República;
Compostos: órgão composto, ensejando a desconcentração de sua atividade. Ex: Congresso Nacional é formado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal;
171
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ATUAÇÃO FUNCIONAL Singular: órgão cuja titularidade pertence a um único
agente. A manifestação desse agente se confunde com a manifestação de vontade do próprio órgão. Ex.: Presidência da República;
Colegiado: órgão cuja atuação e poder de decisão estão nas mãos de um colegiado de agentes. Ex.: Assembleia Legislativa;
172
CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS FUNÇÕES Ativos: atuam diretamente no exercício da função
administrativa; Consultivos: órgãos que emitem pareceres. Ex.: Ministério Público; De controle: o controle pode ser interno (no âmbito de um mesmo Poder – Controladoria da União) ou externo (quando um poder controla a atuação do outro - Tribunal de Contas);
173
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Quanto à Hierarquia
-Independentes -Autônomos -Superiores
-Subalternos
Quanto à Estrutura -Simples/Unitários
-Compostos
Quanto à Atuação Funcional -Singular -Colegiado
Quanto ao Âmbito de Atuação -Central -Local
Quanto às Funções -Ativos
-Consultivos -De controle
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Semelhanças: 1. Personalidade Jurídica; 2. Lei especifica: a lei especifica cria as Autarquias e a lei especifica autoriza
a criação das Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (a personalidade jurídica dessas entidades nasce com o registro dos atos constitutivos em cartório);
3. A finalidade/atividade dos entes será determinada por lei especifica: A entidade poderá auferir lucro, contudo, ela não será criada com essa finalidade – interesse público
4. Entidades somente poderão ser extintas mediante lei - princípio da simetria ou paralelismo de formas;
5. Controle: a Administração Pública Direta realizará o controle finalístico - não há hierarquia entre pessoas jurídicas distintas;
175
CONTROLE E VINCULAÇÃO 1. Controle Político: os dirigentes são escolhidos e nomeados,
livremente, pela autoridade da Administração Direta;
2. Controle Administrativo finalístico: supervisão ministerial;
3. Controle Financeiro: as contas dessas entidades serão controladas pelos órgãos competentes – Tribunal de Contas;
176
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA Controle/Observação FICA A DICA Possibilidade de interposição de recurso hierárquico impróprio,
que decorre da tutela (supervisão ministerial), interposto frente a uma decisão de entidade da Administração Indireta e será endereçado ao ente da Administração Pública Direta.
177
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Recurso hierárquico:
Recurso Hierárquico impróprio: caso houver ilegalidade ou abuso de poder na decisão do ente da Administração Indireta: recurso para o Ministério Supervisor.
178
Dirigente máximo
INSS
INSS
Dirigente máximo
INSS
INSS
Ministério Supervisor
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Administração Pública Indireta
Autarquias Fundações Empresa Pública
Sociedade de Economia
Mista
179
Criada por Lei
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Administração Pública Indireta
Autarquias Fundações Empresa Pública
Sociedade de Economia
Mista
180 Criação autorizada por Lei
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA Possuem personalidade jurídica de direito
público: Autarquias, Fundações públicas e associações públicas;
Possuem personalidade de direito privado:
Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, subsidiárias, Fundações governamentais e Consórcios públicos de direito privado;
181
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública
Administração Pública Direta
Administração Pública Indireta
Autarquias Fundações
Fundação Pública de
Direito Público
Fundação Pública de
Direito Privado
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
182
Regime Jurídico de Direito Público Regime Jurídico Híbrido
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A criação de autarquia é uma forma de
descentralização por meio da qual se transfere determinado serviço público para outra pessoa jurídica integrante do aparelho estatal”.
183
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A criação de autarquia é uma forma de
descentralização por meio da qual se transfere determinado serviço público para outra pessoa jurídica integrante do aparelho estatal”.
Correto
184
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Nova organização Administrativa a) Núcleo estratégico; b) Atividades exclusivas; c) Serviços não exclusivos; d) Setor de produção de bens e serviços;
Administração Pública Subjetivo: pessoas que exercem atividades administrativas; Objetivo: própria função ou atividade;
Desconcentração Administrativa Distribuição interna dentro de uma mesma pessoa jurídica
Descentralização Transferência da atividade administrativa para outra pessoa jurídica.
Administração Pública direta e indireta Administração Direta: entes federados Administração Indireta: a) Autarquias; b) Empresas Públicas (e suas subsidiárias); c) Sociedade de Economia Mista (e suas subsidiárias); d) Fundações estatais;
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? A forma de organização na qual se estrutura a Administração pública predica sua atuação,
tornando-a mais ou menos ágil. Além da estruturação da Administração indireta, em especial com pessoas jurídicas de direito privado, uma das formas apontadas como meio de imprimir ganho de eficiência e agilidade às funções da Administração pública, é a
a) delegação de serviço público para a iniciativa privada, por meio de concessão comum, contrato que transfere ao concessionário a execução daquelas atividades materiais, por sua conta e risco, remunerando-se pela tarifa a ser cobrada dos usuários.
b) outorga de competências a outros entes federados, especialmente municípios, por meio de decretos de delegação, restringindo-se a Administração pública originalmente competente a repassar recursos para a execução das atividades abrangidas pelo ato normativo.
c) permissão de serviços públicos para sociedades de economia mista integrantes da mesma esfera da Administração, mediante dispensa de licitação, para fins de possibilitar a redução da tarifa imposta ao usuário.
d) concessão comum de atividades materiais de interesse público, sejam serviços públicos em sentido estrito ou não, tais como da área da saúde ou educação, cabendo ao concessionário remunerar-se pela tarifa e garantir a qualidade das utilidades disponibilizadas aos usuários.
e) outorga de competências à iniciativa privada, em especial de serviços públicos, para prestação sob regime jurídico subsidiado, garantindo o princípio da modicidade tarifária e a universalidade da disponibilização a todos os usuários, vedada cobrança de valores diferenciados.
186
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? A forma de organização na qual se estrutura a Administração pública predica sua atuação, tornando-a mais
ou menos ágil. Além da estruturação da Administração indireta, em especial com pessoas jurídicas de direito privado, uma das formas apontadas como meio de imprimir ganho de eficiência e agilidade às funções da Administração pública, é a
a) delegação de serviço público para a iniciativa privada, por meio de concessão comum, contrato que transfere ao concessionário a execução daquelas atividades materiais, por sua conta e risco, remunerando-se pela tarifa a ser cobrada dos usuários.
b) outorga de competências a outros entes federados, especialmente municípios, por meio de decretos de delegação, restringindo-se a Administração pública originalmente competente a repassar recursos para a execução das atividades abrangidas pelo ato normativo.
c) permissão de serviços públicos para sociedades de economia mista integrantes da mesma esfera da Administração, mediante dispensa de licitação, para fins de possibilitar a redução da tarifa imposta ao usuário.
d) concessão comum de atividades materiais de interesse público, sejam serviços públicos em sentido estrito ou não, tais como da área da saúde ou educação, cabendo ao concessionário remunerar-se pela tarifa e garantir a qualidade das utilidades disponibilizadas aos usuários.
e) outorga de competências à iniciativa privada, em especial de serviços públicos, para prestação sob regime jurídico subsidiado, garantindo o princípio da modicidade tarifária e a universalidade da disponibilização a todos os usuários, vedada cobrança de valores diferenciados. 187
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? A partir do advento do Estado regulador, surge a necessidade de criação de
agências reguladoras. Sobre contexto histórico em que o tema se situa, é correto afirmar que a(o):
a) modelo de " welfare state" é reproduzido pelo Estado regulador, em contraposição ao modelo keynesiano.
b) criação do Estado regulador sucedeu a um modelo de Estado não intervencionista, surgido no período pós-crise de 1929.
c) Brasil, ao instituir a política de criação de agências reguladoras, absorveu influências tanto do modelo americano, quanto do modelo europeu de regulação.
d) Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, não demonstra qualquer inclinação ao Estado regulador, não se encontrando em seu texto qualquer referência a órgãos regulatórios.
e) Estado regulador é um modelo concebido no Brasil em virtude de sucessivas crises econômicas que atingiram a capacidade de financiamento estatal, com posterior exportação desse modelo para outros países.
188
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? A partir do advento do Estado regulador, surge a necessidade de criação de
agências reguladoras. Sobre contexto histórico em que o tema se situa, é correto afirmar que a(o):
a) modelo de " welfare state" é reproduzido pelo Estado regulador, em contraposição ao modelo keynesiano.
b) criação do Estado regulador sucedeu a um modelo de Estado não intervencionista, surgido no período pós-crise de 1929.
c) Brasil, ao instituir a política de criação de agências reguladoras, absorveu influências tanto do modelo americano, quanto do modelo europeu de regulação.
d) Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, não demonstra qualquer inclinação ao Estado regulador, não se encontrando em seu texto qualquer referência a órgãos regulatórios.
e) Estado regulador é um modelo concebido no Brasil em virtude de sucessivas crises econômicas que atingiram a capacidade de financiamento estatal, com posterior exportação desse modelo para outros países.
189
AUTARQUIA
Pessoa Jurídica de Direito Público
Regime Jurídico de Direito Público
Faz uso de todas as prerrogativas de Estado e está sujeita a todas as limitações
A Autarquia exerce atividade típica de Estado.
190
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A existência da autarquia pressupõe a aplicação
do princípio da especialidade.”
191
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A existência da autarquia pressupõe a aplicação
do princípio da especialidade.”
Correto
192
AUTARQUIA
CARACTERÍSTICAS Pessoas jurídicas de Direito Público; Criada e extinta por lei específica; Possuem autonomia gerencial, orçamentária e
patrimonial: sujeitas ao controle finalístico/tutela ministerial;
193
AUTARQUIA CARACTERÍSTICAS Nunca exercem atividade econômica: desempenham
atividade típica de Estado; São imunes a impostos: conforme preceitua o art.
150, 2º da Constituição Federal, as Autarquias não pagam nenhum imposto;
Seus bens são públicos: impenhoráveis, inalienáveis e imprescritíveis;
194
AUTARQUIA CARACTERÍSTICAS Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos; O regime de seus servidores públicos é estatutário; Respondem objetivamente pelos danos causados por seus agentes - o ente da Administração Direta responsável pela sua criação será subsidiariamente responsável pelos danos causados por essa entidade;
195
AUTARQUIA CARACTERÍSTICAS Possuem prerrogativas processuais: prazos dilatados em juízo (prazo em dobro para qualquer manifestação do poder público); a cobrança de seus débitos é realizada através da execução fiscal; gozam da remessa necessária; execução de suas dívidas pelo sistema de precatórios e etc.
196
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As autarquias depois de autorização expressa
na lei, podem ser criadas por ato do Poder Público”.
197
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As autarquias depois de autorização expressa
na lei, podem ser criadas por ato do Poder Público”.
Errado 198
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Uma lei que estruture a carreira de
determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia.”
199
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Uma lei que estruture a carreira de
determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia.”
Errado
200
AUTARQUIA - PATRIMÔMIO Bens públicos: a) Alienabilidade condicionada: desafetação, justificativa,
avaliação prévia, licitação e, para os bens imóveis, autorização legislativa;
b) Imprescritibilidade: é vedado o usucapião de bens públicos;
c) Não onerabilidade: os bens públicos não podem ser onerados com garantia real;
d) Impenhoráveis; 201
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Os bens de uma Autarquia são impenhoráveis.”
202
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “Os bens de uma Autarquia são impenhoráveis.”
Correto
203
AUTARQUIA – ATOS E CONTRATOS Contratos de natureza pública, contudo,
excepcionalmente é possível a edição de atos privados ou a celebração de contratos privados.
Os atos são atos administrativos: 1.Presunção de legitimidade; 2.Imperatividade; 3.Autoexecutoriedade; 204
AUTARQUIA – PRERROGATIVA ESPECIAL Imunidade tributária: vedação de instituição
de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços das autarquias;
Prerrogativas processuais: prazos serão
dobrados para todas as manifestações processuais;
205
AUTARQUIA - PRESCRIÇÃO As autarquias se submetem à
prescrição quinquenal prevista no art. 1° do Decreto 20.910/32.
“As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originar.” 206
CLASSIFICAÇÕES 1. Autarquia monofederativa: quando a
Autarquia integra a Administração Indireta de um só ente federativo;
2. Autarquia plurifederativa: a Autarquia integra, ao mesmo tempo, a Administração Indireta de dois ou mais entes federados;
207
ESPÉCIES DE AUTARQUIA Autarquias em Regime Especial: são conferidos privilégios específicos que
aumenta a sua autonomia. São Autarquias em Regime Especial as Agências Reguladoras e as Universidades Públicas.
Autarquia Fundacional: Autarquias criadas mediante a afetação de patrimônio público destinado a uma certa finalidade. Ex: PROCON, FUNASA e etc;
Autarquias associativas: Autarquias criadas mediante a associação entre entes federados formando consórcio público. OBS: integram a Administração Pública Indireta de todos os entes federados consorciados;
Autarquias de controle: exercem o controle e fiscalização sobre o direito individual do exercício da profissão de determinadas categorias. EX: CREA/CRM
ESPÉCIES DE AUTARQUIA Autarquias em Regime Especial: a lei
instituidora confere privilégios específicos e aumentam a autonomia da Autarquia comparativamente com as Autarquias comuns.
1º Universidades Públicas; 2º Agências Reguladoras
209
ESPÉCIES DE AUTARQUIA Autarquias de controle: Conselhos profissionais. Ordem dos Advogados do Brasil: Segundo
entendimento do STF, a OAB não ostenta a qualidade de Autarquia e, portanto, não se submete à exigência de Concurso Público para nomeação de seus empregados.
210
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As autarquias profissionais de regime especial,
como a Ordem dos Advogados no Brasil e as agências reguladoras, submetem-se ao controle pelo Tribunal de Contas da União.”
211
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As autarquias profissionais de regime especial,
como a Ordem dos Advogados no Brasil e as agências reguladoras, submetem-se ao controle pelo Tribunal de Contas da União.”
Errado
212
AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL Universidades Públicas: 1.Gozam de autonomia pedagógica; 2.Forma diferenciada de escolha dos seus dirigentes: os dirigentes da Universidade são indicados pelos membros da própria universidade e cumprem um mandato certo (processo administrativo justificado);
213
AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL Características - Agências Reguladoras 1. Poder normativo: irão expedir normas gerais acerca dos serviços que a
Autarquia regulamenta (não obrigam os usuários);
2. Forma diferenciada de escolha dos dirigentes: a escolha será realizada pelo Presidente da República com aprovação do Senado, sendo que a lei especifica definirá o prazo e a duração do mandato certo;
3. Período de quarentena;
4. Regime estatutário: o regime jurídico dos servidores que atuam nas agências é o regime estatutário do servidor público;
214
AGÊNCIA REGULADORA – PODER NORMATIVO Poder normativo: Poder normativo com caráter técnico, no âmbito das suas atribuições, para regulamentar a prestação do serviço pelas concessionárias e permissionárias (e não obrigar o cidadão); FICA A DICA: não se trata de competência
regulamentar, que é privativa do Presidente da República;
215
AGÊNCIA REGULADORA - DIRIGENTES Em regra, os dirigentes só perdem os seus cargos em três situações: a) renúncia; b) Sentença transitada em julgado; ou c) Processo administrativo, com observância da
ampla defesa e contraditório;
216
AGÊNCIA REGULADORA As Agências Reguladoras podem ser divididas em quatro grupos: 1. Agências que regulam a prestação de serviços públicos: a ANEEL;
2. Agências que fiscalizam atividades de fomento: executam suas
atividades na regulação, como é o caso da difusão de cultura e de manifestações artísticas. Ex: ANCINE;
3. Agências que controlam a exploração de atividades econômicas: normatização da exploração de atividades econômicas de interesse da coletividade. Ex: ANP;
4. Agências que regulamentam serviços de utilidade pública: essas Agências controlam serviços públicos não exclusivos de Estado. Ex: ANS;
217
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As agências reguladoras são fundações públicas
e privadas de regime especial que possuem, em regra, maior autonomia e dirigentes com mandato fixo.”
218
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “As agências reguladoras são fundações públicas
e privadas de regime especial que possuem, em regra, maior autonomia e dirigentes com mandato fixo.”
Errado
219
AUTARQUIA FUNDACIONAL OU FUNDAÇÕES PÚBLICAS CARACTERÍSTICAS: Pessoa Jurídica de Direito Público; Criada mediante lei específica, pela afetação de
um patrimônio do Estado a uma finalidade pública.
Também denominadas Fundações Públicas; 220
AGEÊNCIA EXECUTIVA – AUTARQUIA COMUM As Agências Executivas:
Autarquias ou Fundações púbicas
Ineficientes e, por iniciativa da Administração Direta,
Assinam contrato de gestão com o Ministério Supervisor
Autonomia administrativa, orçamento
Plano estratégico de reestruturação.
Contrato de gestão Chefe do EXECUTIVO/Decreto
221
ETAPAS E QUALIFICAÇÃO DAS AGÊNCIAS EXECUTIVAS
1º Celebração de contrato de gestão com o Ministério superior (por iniciativa da Administração Pública Direta);
2º Plano estratégico de reestruturação (melhoria da gestão, redução dos custos);
3º Decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo - qualificação como Agência Executiva;
222
AGEÊNCIA EXECUTIVA – AUTARQUIA COMUM São características especificas das Agência executivas: Extinto o contrato de gestão a Agência volta a ser
uma Autarquia comum – não há Regime Especial;
O valor da dispensa de licitação para as Agências Executivas é em dobro; 223
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A qualificação como agência executiva é feita por
meio de lei de iniciativa privativa do Presidente da República.”
224
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? “A qualificação como agência executiva é feita por
meio de lei de iniciativa privativa do Presidente da República.”
Errada
225
AUTARQUIAS
Criação Diretamente por lei
Objeto Atividades típicas de Estado
Patrimônio a) impenhorabilidade; b) Imprescritibilidade; c) Não onerabilidade; d) Alienabilidade condicionada;
Responsabilidade Civil Objetiva
Prerrogativas especiais a) Imunidade tributária; b) Prerrogativas processuais;
Agências Executivas a) Plano estratégico de reestruturação; b) Contrato de Gestão com o Ministério Supervisor;
AUTARQUIAS
Autarquias em Regime Especial Agencia Reguladora:Função regulatória, poder normativo; Universidades Públicas; Conselhos profissionais;
Associações Públicas Autarquias plurifederativas;
FUNDAÇÕES PÚBLICAS Conceito: Destinação de um patrimônio para
determinado fim; As fundações podem ser instituídas por particulares ou
pelo Estado;
228
Personalidade jurídica de
Direito Público
Personalidade jurídica de
Direito Privado
Regime Jurídico de
Direito Público
Regime Jurídico Híbrido
FUNDAÇÕES PÚBLICAS Fundação pública/Autarquia Fundacional -
pessoa jurídica formada pela destinação do patrimônio público (ex: Fundação Nacional da Saúde – FUNASA).
Fundação privada/Fundação Governamental, destinação de um patrimônio público, entretanto possui Personalidade jurídica de direito privado.
229
FUNDAÇÕES PÚBLICAS Criação Fundações autorização legal
Nascimento efetivo
Inscrição dos atos constitutivos em Cartório;
230
FUNDAÇÕES PÚBLICAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES As Fundações estão sujeitas ao controle finalístico - Supervisão
Ministerial;
A finalidade da Fundação deve estar inserida dentro das áreas estabelecidas em Lei Complementar (art. 37, XIC da CF/88);
A Fundação está sujeita ao controle financeiro e orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas;
231
CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS CARACTERÍSTICAS: 1. Controle finalístico realizado pela Administração Pública – supervisão Ministerial;
2. As Fundações Públicas podem ser criadas com personalidade jurídica de Direito Público – sujeitas ao Regime Jurídico de Direito Público (prerrogativas e limitações de Estado) – e personalidade jurídica de Direito Privado – sujeitas ao Regime Jurídico Híbrido.
232
CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS CARACTERÍSTICAS: 3. A área de atuação da Fundação devem estar inseridas dentro das áreas estabelecidas em Lei Complementar, sendo que a finalidade específica de cada Fundação será definida na Lei Ordinária de sua criação; 4. As fundações estarão sujeitas ao controle e fiscalização da Administração Direta e também ao controle financeiro e orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas;, 5. Os seus empregados devem ser aprovados mediante concurso público (art. 37, II da CF), sendo que nas fundações estatais de Direito Público o regime de pessoal será estatutário, nas fundações estatais de Direito Privado o regime de pessoal é celetista; 6. Os bens das fundações de direito público são públicos e das fundações de direito privado serão privados, contudo, gozam de algumas prerrogativas de direito público (ex: impenhorabilidade dos bens afetados ao serviço público). Os bens das autarquias fundacionais são BENS PÚBLICOS; 233
CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS CARACTERÍSTICAS:
7. Os seus contratos dependem de licitação (art. 37, XXI da CF), nos moldes definidos pela lei 8.666/93 e 10.520/02, salvo as hipóteses de dispensa e inexigibilidade.
8. As autarquias fundacionais são beneficiadas pela imunidade tributária recíproca, de acordo com o §2º do art. 150 da Constituição Federal.
234
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
235
Fundação de Direito Público
Fundação de Direito Privado
Patrimônio Bens públicos Bens privados (impenhorabilidade)
Regime de pessoal Regime estatutário Regime celetista
Atos e contratos Atos e contratos administrativos
Atos e contratos privados
Responsabilidade Civil Objetiva Objetiva
Prerrogativas processuais Sim Não
FUNDAÇÕES PÚBLICAS Privilégios fiscais As autarquias fundacionais são beneficiadas pela
imunidade tributária recíproca, de acordo com o §2° do art. 150 da Constituição Federal.
236
FUNDAÇÕES ESTATAIS
Criação Fundações de Direito Público: criadas por lei específica; Fundações de Direito Privado: autorizadas mediante lei;
Objeto Fundações de Direito Público: definidas por lei ordinária; Fundações de Direito Privado: definido por lei complementar;
Regime de Pessoal Fundações de Direito Público: estatutário; Fundações de Direito Privado: celetista;
Patrimônio Fundações de Direito Público: bens públicos; Fundações de Direito Privado: bens privados, algumas prerrogativas dos bens públicos;
Responsabilidade Civil Objetiva
EMPRESAS ESTATAIS Empresas Públicas: pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas, por meio de autorização legal, para a prestação de serviços públicos ou para exploração da atividade econômica, possuem capital exclusivamente público e podem ser constituídas sob qualquer modalidade empresarial. Sociedade de Economia Mista: pessoas jurídicas de Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos ou para exploração de atividade econômica, constituídas por capital misto e somente sob a forma empresarial de S/A.
238
EMPRESAS ESTATAIS A INSTITUIÇÃO DA ENTIDADE: 1. Lei autorizativa; 2. Expedição de decreto de regulamentação da lei; 3. Registro dos atos constitutivos em cartório (caso seja
prestadora de serviço público) ou na Junta Comercial (Empresa exploradora de atividade econômica);
239
EMPRESAS ESTATAIS
240
Empresas Públicas Sociedade de Economia Mista
Capital Capital 100% público Capital misto, sendo que a maioria do capital votante é público;
Forma societária Admite qualquer forma societária
Sociedade Anônima
Competência Justiça Federal – Empresa Pública Federal
Justiça Estadual (salvo quando a União for assistente) e quando tratar-se de matéria de justiça especializada.
Diferenças:
SEMELHANÇAS 1. As Empresas estatais não gozam de nenhuma prerrogativa pública, seguindo o mesmo regime das Empresas privadas (não possuem privilégios fiscais, suas obrigações são trabalhistas regidas pela CLT, obrigações civis e comerciais – não gozam de prerrogativas dos contratos administrativos, não goza de privilégios processuais); 2. As empresas estatais estão sujeitas ao Regime Jurídico híbrido; 3. Estão sujeitas ao controle do Tribunal de Contas;
241
SEMELHANÇAS: 4. Em regra, devem contratar mediante prévia licitação – possibilidade de edição de procedimento diferenciado de contratação; 5. Os servidores são empregados públicos selecionados através de concurso público. É vedada a acumulação de cargos, empregos ou funções públicas; 6. Impossibilidade de falência; 7. A finalidade das Empresas Estatais será sempre uma finalidade pública, podendo desempenhar a prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica;
242
EMPRESAS ESTATAIS
243
Empresas Públicas Sociedade de Economia Mista
Criação Autorização de criação mediante lei Autorização de criação mediante lei
Personalidade Jurídica Personalidade Jurídica de Direito Privado
Personalidade Jurídica de Direito Privado
Regime Jurídico Híbrido Regime Jurídico Híbrido (não possuem privilégios fiscais, obrigações trabalhistas regidas pela CLT, não gozam prerrogativas dos contratos administrativos, mesmo regime das Empresas privadas no que tange aos privilégios processuais)
Regime Jurídico Híbrido (não possuem privilégios fiscais, obrigações trabalhistas regidas pela CLT, não gozam de prerrogativas dos contratos administrativos, mesmo regime das Empresas privadas no que tange aos privilégios processuais)
Regime de Pessoal Empregados públicos Empregados públicos
Finalidade Prestação de serviço público ou Exploração de atividade econômica;
Prestação de serviço público ou Exploração de atividade econômica;
Semelhanças:
EMPRESAS ESTATAIS Regime Jurídico Híbrido Art. 174, 1º, II da CF 88. As Estatais estarão
sujeitas “ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais e tributárias”.
Submetidas parcialmente às normas de direito público, razão pela qual o regime jurídico será híbrido.
244
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (PC-AL/2012/CESPE) As empresas públicas prestadoras de serviços públicos, como não objetivam atividade econômica, possuem personalidade jurídica de direito público.
245
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (PC-AL/2012/CESPE) As empresas públicas prestadoras de serviços públicos, como não objetivam atividade econômica, possuem personalidade jurídica de direito público.
Errado 246
EMPRESAS ESTATAIS Regime Jurídico Híbrido: Prestação de serviços públicos: regime será
preponderantemente público; Exploração de atividade econômica: o regime
será predominantemente privado;
247
EMPRESAS ESTATAIS Exploração da atividade econômica: a) Imperativos da segurança nacional; b) Relevante interesse coletivo, conforme definido em
lei;
As Empresas Estatais exploradoras de atividade econômica estão sujeitas ao regime jurídico híbrido que se aproxima de direito privado; 248
EMPRESAS ESTATAIS Prestação de serviços públicos: As Empresas
Estatais prestadoras de serviço público estão sujeitas ao regime jurídico híbrido que se aproxima de direito público;
Ex: Empresa dos Correios: Regime Jurídico de Direito Público
Serviço exclusivo e indelegável
249
EMPRESAS ESTATAIS Prestadoras de Serviço Público
Exploradoras de atividade econômica
Criação Cartório de Pessoas Jurídicas
Junta Comercial
Responsabilidade Civil Objetiva Regime aplicável às Empresas Privadas
Bens Bens privados (prerrogativas inerentes aos bens públicos, como a imprescritibilidade e impenhorabilidade)
Bens privados (sendo, inclusive, possível a penhora e a onerarão destes bens com direitos reais de garantia)
Prerrogativas Processuais
Não gozam das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado.
Não gozam das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado.
EMPRESAS ESTATAIS Observações : as estatais não terão finalidade lucrativa, a finalidade será sempre pública.
Destaca-se que é possível a criação de subsidiárias às Empresas Estatais (auxiliar nas atividades)
FICA A DICA: A lei específica que cria a Empresa estatal já pode prever a possibilidade de criação das subsidiárias.
251
EMPRESAS ESTATAIS Responsabilidade Civil (prestadoras de serviço público) Responsabilidade Objetiva: vítimas usuárias e vítima usuária
do serviço prestado. 1º Responsabilidade primária: empresa; 2º Responsabilidade subsidiaria: ente federativo; Responsabilidade Civil (exploradoras de atividade
econômica): regime jurídico idêntico àquele aplicado para as empresas privadas.
O ente Estatal responderá subsidiariamente.
252
EMPRESAS ESTATAIS Bens Os bens das empresas estatais não ostentam a
qualidade de bens públicos (bens que estejam atrelados à prestação de serviços públicos - a impenhorabilidade).
Empresas estatais que atuam na exploração de atividades econômicas - bens não gozam de quaisquer garantias, são bens privados para todos os efeitos. 253
EMPRESAS ESTATAIS Privilégios Fiscais Inclusive, seguindo esse entendimento, o art. 173, §2º,
da Constituição Federal dispõe que “As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.
o STF tem reconhecido à imunidade tributária às estatais de serviços públicos e as que exercem atividade monopolizadas. Ex: Correios – Fazenda Pública;
254
EMPRESAS ESTATAIS
Regime de Pessoal
Empregados Consolidação das Leis do Trabalho. 1. Concurso público; 2. Impossibilidade de acumulação de empregos públicos com outros empregos, cargos ou
funções 3. Submissão ao teto remuneratório; 4. Não gozam de estabilidade: demissão deve ser motivada; Dirigentes detentores de cargo em comissão
dupla vinculação jurídica
255
EMPRESAS ESTATAIS ESTABILIDADE Celso Antônio Bandeira de Mello, acertadamente
aduz que "assim como não é livre a admissão de pessoal, também não se pode admitir que os dirigentes da pessoa tenham o poder de desligar seus empregados com a mesma liberdade com que o faria o dirigente de uma empresa particular”.
256
EMPRESAS ESTATAIS Falência As Empresas estatais não podem falir, tendo em
vista a inadequação do processo falimentar às entidades administrativas.
257
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (PRF/2012/CESPE) As empresas públicas que explorem atividade econômica não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
258
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (PRF/2012/CESPE) As empresas públicas que explorem atividade econômica não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
Correto 259
EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS E EMPRESAS CONTROLADAS
A lei responsável pela criação da empresa estatal pode, previamente, autorizar a criação de suas subsidiárias, não sendo necessária a edição de uma lei específica para cada subsidiária a ser criada.
260
EMPRESAS ESTATAIS Atos e Contratos são privados Exceção: os atos praticados no desempenho de
funções administrativas - atos materialmente administrativos.
OBSERVAÇÃO: As empresas estatais que prestam serviços públicos podem celebrar contratos administrativos vinculados à prestação do serviço. 261
CONSÓRCIOS PÚBLICOS Trata-se de federalismo cooperativo entre os entes federados propiciando a gestão associada de serviços; CARACTERÍSTICAS Os consórcios públicos são contratos; A União pode integrar os Consórcios; Exige-se autorização legal para formatação dos consórcios; Imposição de personificação dos consórcios; Os consórcios podem ser instituídos com personalidade jurídica
de direito público e personalidade jurídica de direito privado
262
CONSÓRCIOS PÚBLICOS Os Consórcios não representam, verdadeiramente, novas entidades administrativas: Associação pública – possui natureza de autarquia. Pessoa jurídica de direito privado - Fundação
pública de direito privado ou Empresa estatal prestadora de serviços públicos.
263
PROCEDIMENTO PARA INSTITUIÇÃO DO CONSÓRCIO PÚBLICO 1. PASSO: Subscrição do protocolo de intenções; 2. PASSO:Ratificação do protocolo pelo legislador; 3. PASSO: Celebração do contrato de consórcio; 4. PASSO: Personificação do Consórcio; 5. PASSO:Contrato de rateio e contrato de
Programa; 264
CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PÚBLICO Natureza jurídica: autarquia interfederativa A associação pública integra a Administração
Indireta de todos os entes consorciados, na forma do art. 6º, 1º da Lei 11.107/2005;
As associações públicas possuem as mesmas características essenciais das autarquias;
265
CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PRIVADO Natureza Jurídica: fundação estatal de direito
privado interfederativa; Criação: mediante autorização legal, com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro. Objeto: é vedado o exercício de atividades típicas de
Estado e o exercício de atividade econômica (art.4º, IV, da Lei 11.107/2005 e o art. 2º, I do Decreto 6.017/2017).
Prestação de serviços públicos que não envolvam o poder de autoridade.
266
CONSÓRCIOS PÚBLICOS Partícipes Art. 1 da Lei 11.107/2005 dispõe que “a União
somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados”.
267
EMPRESAS ESTATAIS
Empresas Públicas X Sociedade de Economia Mista Diferenças: a) Empresas Públicas: 100% Público; qualquer forma
societária admitida; foro competente: Justiça Federal. b) Sociedade de Economia Mista: capital público e
privado; controle acionário do Estado; Sociedade Anônima.
Foro competente: Justiça Estadual
Criação Inscrição dos atos constitutivos no respectivo Registro
Regime de pessoal Empregados Públicos (Regime Jurídico CLT)
Patrimônio Bens privados, salvo os bens atrelados à prestação de serviço público que são impenhoráveis.
Tribunal de Contas Estão sujeitas ao controle do Tribunal de Contas
SÚMULAS DO STF Súmulas do STF Súmula nº 517: As sociedades de economia mista
só tem foro na justiça federal, quando a União intervém como assistente ou opoente.
Súmula nº 556: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.
269
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Quando as atribuições de um órgão público são
delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.
270
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Quando as atribuições de um órgão público são
delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.
Errado
271
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Não colide materialmente com a CF a
determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta.
272
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Não colide materialmente com a CF a
determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta.
Errado
273
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Devido à natureza privada das empresas
públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.
274
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? Devido à natureza privada das empresas públicas e
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.
Errado
275
PODERES ADMINISTRATIVOS Instrumentos que decorrem da Supremacia do
Interesse Público frente o Privado; Poderes-deveres irrenunciáveis em razão da
indisponibilidade do interesse público;
276
USO E ABUSO DE PODER ABUSO DE PODER Excesso de poder – vício de competência; Desvio de poder – trata-se de um vício de
finalidade. O desvio de poder, a principio, é um vício insanável.
277
USO E ABUSO DE PODER
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO Ato vinculado é aquele que está vinculado aos
termos legais; Ato discricionário é aquele que a lei confere ao
agente certa margem de escolha no caso concreto - juízo de conveniência e oportunidade;
O Poder Judiciário não poderá julgar o mérito do ato administrativo discricionário, tão somente aspectos atinentes à legalidade do mesmo. 279
PODER DE POLICIA Poder que a Administração tem de restringir o
exercício de liberdades individuais: uso, gozo e disposição da propriedade privada, sempre na busca do interesse público;
280
PODER DE POLICIA O poder de polícia não se reduz à atuação estatal de
oferecimento de segurança pública. O art. 78 do Código Tributário Nacional apresenta a seguinte conceituação:
“Art. 78,CTN. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
281
CONCEITO DO PODER DE POLÍCIA 1. Atividade da Administração Pública; 2. Baseada na lei: expedição de atos administrativos em
conformidade com a lei; 3. Limitações à liberdade e propriedade dos particulares; 4. O Poder de Polícia regula a prática de ato ou a abstenção
de fato: em regra manifesta-se através de deveres negativos (obrigações de não fazer);
5. É desempenhado através de atos normativos ou concretos. Ex: regras municipais acerca do direito de construir;
6. Editados em benefício do interesse público. 282
CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA 1. Atividade restritiva; 2. Limita a liberdade e propriedade do particular; 3. Natureza discricionária; 4. Caráter liberatório: autoriza o exercício de uma atividade; 5. Sempre geral: destinado à generalidade de indivíduos; 6. Cria, em regra, obrigações de não fazer; 7. Indelegável: trata-se de poder de império que só pode ser
delegado a pessoas jurídicas de direito público; 8. Não gera indenização; 9. Atinge particulares: limita interesses dos indivíduos;
283
PODER DE POLICIA Poder que a Administração tem de restringir o exercício de
liberdades individuais: uso, gozo e disposição da propriedade privada, sempre na busca do interesse público;
Atributos: 1. Discricionariedade; 2. Presunção de legitimidade; 3. Imperatividade; 4. Exigibilidade; 5. Autoexecutoriedade; Assistam o Minuto do Direito: https://www.youtube.com/watch?v=vnTNUL8LT8s
POLICIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA Policia Administrativa Policia Judiciária A policia administrativa se exaure em si mesma
A policia judiciária é preparatória para a função jurisdicional penal
Incide sobre atividades, bens e direitos dos indivíduos
Incide sobre os indivíduos (aqueles a quem se atribui o ilícito penal)
Possui caráter eminentemente preventivo Possui caráter predominantemente repressivo
OBS: A polícia administrativa poderá ter caráter preventivo ou repressivo;
CICLO DE POLÍCIA Ciclo do Poder de Polícia: O Poder de Polícia possui três
atividades fundamentais: limitar, fiscalizar e sancionar. Ordem: norma legal; Consentimento: anuência do Estado para que o particular exerça
determinada atividade ou utilize a propriedade particular; 1. Licença: ato vinculado 2. Autorização: ato discricionário mediante o qual a Administração
faculta ao particular o exercício de determinada atividade privada ou a utilização de bens;
Fiscalização: verificação do cumprimento pelo particular da ordem de polícia; Sanção: medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre ordem;
PODER DE POLÍCIA
Licença: ato vinculado X
Autorização: ato discricionário
287
PODER DE POLICIA Limites do Poder de Policia: A legitimidade
da atuação de polícia está ligada ao respeito do ordenamento jurídico, destacando-se o respeito aos princípios da proporcionalidade e da legalidade;
288
PODER DE POLÍCIA Tradicionalmente a doutrina tem destacado o poder de polícia como poder negativo. Obrigações: positivas (DE FAZER): Dever de edificação
compulsória;
negativas (DE NÃO FAZER): Imposição e restrição a construções que superam determinada altura caso estejam localizadas a beira-mar; 289
PODER DE POLÍCIA Atos preventivos (Ex: licença para construir) e Atos repressivos (multa). DECORRE DE: Normas gerais (ex: nor-ma que estabelece que em
um determinado local é proibido estacionar) ou Atos individuais (Ex: licença, autorização).
290
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLICIA Poder de Polícia: somente poderá ser exercido somente por pessoas jurídicas de direito público. 1. Por essa razão, os conselhos
reguladores de profissão têm natureza jurídica de Autarquia;
2. Entretanto, destaca-se a possibilidade de delegação de atividades meramente materiais de execução.
Ex: Radar de Velocidade;
291
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLICIA O STF já se posicionou, por sua vez, pela possibilidade de delegação da fiscalização de polícia para empresas públicas e sociedades de economia mista.
292
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLICIA Parte da doutrina (MINORITÁRIA): a) O poder de polícia deve ser exercido,
preponderantemente, por entidades de natureza pública e, excepcionalmente, por entidades de natureza privada;
b) Somente podem ser delegadas atividades instrumentais ou técnicas sendo vedada a transferência definitiva e regular das atividades punitivas;
293
PRESCRIÇÃO DAS SANÇÕES DE POLÍCIA
Art. 1º. "Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado".
294
Lei 9.873/99
PRESCRIÇÃO DAS SANÇÕES DE POLÍCIA
Conforme art. 1°, §1° da referida lei 9.873/99: "Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso".
A prescrição da ação punitiva será interrompida pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital, por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato, pela decisão condenatória recorrível ou por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. 295
Lei 9.873/99
PODER HIERÁRQUICO Estruturação/Organização da
Administração Pública: A hierarquia pode ser representada pelo símbolo da pirâmide que se refere à estrutura das pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública Direta e Indireta.
296
PODER HIERÁRQUICO Prerrogativas: Expedição de ordens; Controle e fiscalização: verificação do
cumprimento da ordem pelos subordinados; Alteração de competências: delegação e
avocação; Revisão: possibilidade de rever os atos
praticados pelos subordinados;
297
PODER HIERÁRQUICO
Subordinação X Vinculação
298
PODER HIERÁRQUICO
União
Ministério da Educação
Secretaria
Subsecretaria
Ministério da Saúde
Secretaria
Subsecretaria
Ministério do Desenvolvimento
Secretaria
Subsecretaria
299
DELEGAÇÃO
PODER HIERÁRQUICO
União
Ministério da Educação
Secretaria
Subsecretaria
Ministério da Saúde
Secretaria
Subsecretaria
Ministério do Desenvolvimento
Secretaria
Subsecretaria
300
AVOCAÇÃO
PODER HIERÁRQUICO 1. Dever de fiscalização das atividades; 2. Anulação/invalidação do ato administrativo: gerando
efeitos ex tunc; 3. Revogação: gerando efeitos ex nunc; 4. Delegação; 5. Avocação; Súmula nº 510. STF: a responsabilidade do ato é
atribuída àquele que o praticou e não ao agente que delegou a competência 301
PODER HIERÁRQUICO
ATENÇÃO! Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas distintas e não existe hierarquia entre a Administração Pública Direta e Indireta.
302
PODER HIERÁRQUICO Proibição de delegação de competência (e consequentemente a avocação) nas três situações a seguir descritas: 1. competência exclusiva, definida em lei; 2. decisão de recurso hierárquico; 3. edição de atos normativos.
303
SUPERVISÃO MINISTERIAL Supervisão Ministerial: trata-se do controle
ministerial/finalístico realizado pela Administração Pública Direta frente aos atos editados pela Administração Pública Indireta. O referido controle, ao contrário do controle hierárquico, não envolve a revisão de atos, avocação e delegação de competências, restringindo-se tão somente a verificar se a referida entidade cumpre sua finalidade de criação estabelecida em lei. Nesse sentido dispõe o art. 19 do Decreto-Lei n.200/67:
Destaca-se que, a despeito do fato de que não há subordinação e hierarquia entre esses entes, cabe destacar que, em casos excepcionais e conforme previsão legal específica, admitir-se-á o recurso contra decisão de entidades da Administração Pública Indireta endereçado à Administração Direta – denominado recurso hierárquico impróprio.
304
PODER DISCIPLINAR
Poder que a Administração Pública possui para aplicar punições a todos aqueles que possuem vínculo de natureza especial com o Estado: particulares que celebraram contratos com o Poder Público e servidores públicos quando verificado a pratica de alguma ilegalidade.
305
PODER DISCIPLINAR O Poder Disciplinar consiste em um sistema
punitivo interno não permanente (somente quando o servidor cometer uma falta funcional) e por isso não se pode confundir com o sistema punitivo exercido pela justiça penal, muito menos com o exercício do Poder de Polícia.
306
PODER DISCIPLINAR Processo Administrativo irá julgar/solucionar controvérsias que decorrem desse poder: a) Relações funcionais travadas com agentes
públicos, independentemente da natureza do respectivo vínculo jurídico.
b) Particulares inseridos em relações jurídicas especiais com a Administração que não são considerados agentes públicos (ex: aplicação de multa contratual à empresa contratada pela Administração); 307
PODER DISCIPLINAR Das Responsabilidades: Civil: dano/ação Administrativa: desrespeito a deveres e
proibições; Penal: crime ou contravenção penal; REGRA: A decisão em uma esfera não interfere
em outra esfera e os processos são independentes; 308
PODER DISCIPLINAR Contudo, a decisão na esfera penal pode
interferir nas outras esferas: Condenação na esfera penal – Condenação nas
outras esferas; Absolvição na esfera penal: 1. Por negativa da existência do fato ou negativa de
autoria – absolvição nas outras esferas; 2. Por qualquer outro motivo (falta de provas,
ausência de tipicidade penal): não vai haver a interferência; 309
DISCRICIONARIEDADE DO PODER DISCIPLINAR Poder Disciplinar é Discricionário: liberdade
para que a administração pública determine a adequação da conduta ao Estatuto funcional e escolha, motivadamente, a sanção que deve ser aplicada ao agente.
310
PODER DISCIPLINAR O Poder Disciplinar consiste em um sistema punitivo
interno não permanente (somente quando o servidor cometer uma falta funcional) e por isso não se pode confundir com o sistema punitivo exercido pela justiça penal, muito menos com o exercício do Poder de Polícia.
Trata-se de um dever vinculado, ou seja, caso for verificada a ocorrência da infração, a Administração será obrigada a punir o agente. Cumpre destacar que, antes da aplicação da penalidade decorrente desse poder, há SEMPRE a necessidade de instauração do devido processo legal administrativo no qual sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. 311
PODER DISCIPLINAR Não há necessariamente, a definição de infração
administrativa e a respectiva sanção disciplinar que deve ser aplicada:
advertência; Suspensão; Demissão; Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; Destituição de cargo em comissão, e destituição de
função comissionada;
Discricionariedade X Arbitrariedade
312
PAD ou Sindicância
PODER DISCIPLINAR ATENÇÃO O Poder Hierárquico é um Poder
interno da Administração, assim como o Poder Disciplinar. Contudo, cabe destacar que o Poder hierárquico é exercido permanentemente pela Administração Pública e o Poder Disciplinar, por sua vez, é exercido em situações episódicas havendo irregularidade.
313
PODER REGULAMENTAR
Atos normativos gerais e abstratos que valem para uma série de pessoas indeterminadas: clarificar/facilitar a fiel execução da lei.
Trata-se do poder que a Administração Pública possui de expedir atos normativos gerais e abstratos que valem para uma série de pessoas indeterminadas (geram efeitos erga omnes). Cumpre destacar que nesse caso não se trata de inovação no ordenamento jurídico (não se trata de poder legislativo), uma vez que a competência para inovar no ordenamento jurídico pertence ao Poder Legislativo.
314
PODER REGULAMENTAR O Executivo poderá exercer essa atividade por
meio da delegação legislativa ou do próprio poder regulamentar.
Delegação de ato legislativo primário: lei delegada, medidas provisórias;
Atividade de cunho normativo secundário: Poder Regulamentar;
315
PODER REGULAMENTAR FICA A DICA O regulamento é o Ato Normativo e o Decreto é a forma do
ato. O regulamento é um ato privativo do chefe do Poder
Executivo. Cumpre destacar que são indelegáveis os regulamentos
executivos. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal estabelece a possibilidade de: “O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.”
316
PODER REGULAMENTAR Classificação: Regulamentos jurídicos ou normativos: editados
com fundamento em uma relação de Supremacia Estatal Geral (ex: poder de policia);
Regulamentos administrativos (ou de organização): estabelecem normas sobre a organização administrativa ou que afetam somente particulares que possuem uma sujeição especial com a Administração (ex: regulamentação que versa sobre a prestação de serviço público); 317
REGULAMENTO AUTÔNOMO Conforme estabelece o artigo 84 da Constituição Federal: Art. 84-Compete privativamente ao Presidente da República: (...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução. (...) VI-dispor, mediante decreto, sobre: organização e funcionamento da administração federal quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
Os decretos que dispõem a respeito da organização e funcionamento da administração federal, por sua vez, são editados em substituição à lei e são denominados Regulamentos autônomos.
318
PODERES ADMINISTRATIVOS Poder Normativo ou regulamentar Edição de atos normativos para fiel execução da lei.
Poder de Polícia Restringir liberdades individuais e uso e gozo da propriedade privada
Ciclo de Polícia a) ordem; b) consentimento; Licença; Autorização; c) fiscalização; d) sanção;
Atributos do Poder de Polícia Discricionariedade; Imperatividade; Coercibilidade; Autoexecutoriedade;
Poder Hierárquico a) Ordens; b) Controle ou fiscalização; c) Alteração de competências; d) Revisional; e) Resolução de conflitos de atribuições; f) Disciplinar;
HORA DA PERGUNTA Ano: 2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça - Matutina A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções
administrativas legalmente previstas, embora possa se dar ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, óbice ao seu exercício por entidades não policiais.
Certo Errado
320
HORA DA PERGUNTA Ano: 2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça - Matutina A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções
administrativas legalmente previstas, embora possa se dar ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, óbice ao seu exercício por entidades não policiais.
Certo Errado
321
HORA DA PERGUNTA Banca: CESPE Órgão: TCE-SC Prova: Conhecimentos Básicos -
Exceto para os cargos 3 e 6 Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue
o item que se segue. Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora
pública ocupante de cargo de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em Economia, elaborou determinado expediente de competência exclusiva do cargo de nível superior ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade excesso de poder.
Certo Errado
322
HORA DA PERGUNTA Banca: CESPE Órgão: TCE-SC Prova: Conhecimentos Básicos -
Exceto para os cargos 3 e 6 Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue
o item que se segue. Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora
pública ocupante de cargo de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em Economia, elaborou determinado expediente de competência exclusiva do cargo de nível superior ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade excesso de poder.
Certo Errado
323
HORA DA PERGUNTA O art. 130 da Lei n.º 8.112/1990 prevê expressamente que a
suspensão seja aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder noventa dias. Sendo assim, caso o Instituto Federal do Amapá (Ifap), após apuração de responsabilidade, aplique, motivadamente, a pena de suspensão pelo prazo de afastamento, que não poderá ser superior a noventa dias, estará exercendo o poder
a) vinculado. b) de polícia. c) de continuidade do serviço público. d) discricionário. e) normativo.
324
HORA DA PERGUNTA O art. 130 da Lei n.º 8.112/1990 prevê expressamente que a
suspensão seja aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder noventa dias. Sendo assim, caso o Instituto Federal do Amapá (Ifap), após apuração de responsabilidade, aplique, motivadamente, a pena de suspensão pelo prazo de afastamento, que não poderá ser superior a noventa dias, estará exercendo o poder
a) vinculado. b) de polícia. c) de continuidade do serviço público. d) discricionário. e) normativo.
325
HORA DA PERGUNTA Ano: 2016 Banca: FUNIVERSA Órgão: IF-AP
Prova: Assitente em Administrção O Poder Público, preenchidas todas as exigências legais,
ao conceder a particular licença para construção de imóvel (alvará), está no exercício do poder
a) vinculado. b) discricionário. c) de polícia. d) da continuidade do serviço público. e) normativo.
326
HORA DA PERGUNTA Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: ANAC Prova: Técnico Administrativo Classifique as atuações relacionadas abaixo como exercício preventivo ou repressivo do
poder de polícia marcando (P) para o exercício preventivo e (R) para o exercício repressivo. Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.
( ) Atividade de fiscalização. ( ) Concessão do alvará de licença. ( ) Aplicação de sanção. ( ) Concessão de alvará de autorização. Parte superior do formulário a) R, P, R, P b) P, P, R, P c) R, R, R, P d) P, R, R, R e) R, R, R, R 327
HORA DA PERGUNTA CESPE Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da
reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo que este promova a correspondente complementação por ato infralegal.
328
HORA DA PERGUNTA CESPE Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da
reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo que este promova a correspondente complementação por ato infralegal.
Errado 329
HORA DA PERGUNTA CESPE O poder de polícia do Estado pode ser delegado a
particulares.
330
HORA DA PERGUNTA CESPE O poder de polícia do Estado pode ser delegado a
particulares.
Errado
331
HORA DA PERGUNTA CESPE Ante a natureza autárquica dos conselhos de
fiscalização profissional, a jurisprudência pacífica do TCU, fundamentada em decisões do STF, é no sentido de que a admissão de empregados por essas entidades deve ser precedida de prévio concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos da norma constitucional. Tal jurisprudência, todavia, não se aplica à Ordem dos Advogados do Brasil. 332
HORA DA PERGUNTA CESPE Ante a natureza autárquica dos conselhos de
fiscalização profissional, a jurisprudência pacífica do TCU, fundamentada em decisões do STF, é no sentido de que a admissão de empregados por essas entidades deve ser precedida de prévio concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos da norma constitucional. Tal jurisprudência, todavia, não se aplica à Ordem dos Advogados do Brasil.
Errado 333
HORA DA PERGUNTA CESPE De acordo com o princípio da legalidade, apenas
a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo.
334
HORA DA PERGUNTA CESPE De acordo com o princípio da legalidade, apenas
a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo.
Errado 335
PODERES ADMINISTRATIVOS Poder Normativo ou regulamentar Edição de atos normativos para editar atos administrativos
gerais e abstratos para fiel execução da lei.
Poder de Polícia Restringir liberdades individuais e uso e gozo da propriedade privada
Ciclo de Polícia a) ordem; b) consentimento; licença; autorização; c) fiscalização; d) sanção;
Atributos do Poder de Polícia Discricionariedade; Imperatividade; Coercibilidade; Autoexecutoriedade;
Poder Hierárquico a) Ordens; b) Controle ou fiscalização; c) Alteração de competências; d) Revisional; e) Resolução de conflitos de atribuições; f) Disciplinar;
RESPONSABILIDADE CIVIL Art. 37, § 6º, CF/88: As pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
337
RESPONSABILIDADE CIVIL Conduta Dano Nexo de causalidade
DOLO ou CULPA
Responsabilidade Objetiva 338
RESPONSABILIDADE CIVIL Entes da Responsabilidade:
1. Pessoas Jurídicas de Direito Público (Sociedade de
Economia Mista e Empresas Públicas que exploram atividade econômica não respondem objetivamente)
2. Pessoas Jurídicas de Direito Privado – prestadoras de serviço público (concessionárias ou permissionárias);
O Estado responderá subsidiariamente
339
RESPONSABILIDADE CIVIL A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de
direito privado que prestam serviços públicos é objetiva relativamente a:
1. Usuários e a 2. Não usuários do serviço;
340
RESPONSABILIDADE CIVIL CONDUTA: - No exercício da função pública (servidor público,
particular em colaboração com a Administração...);
- Conduta lícita: indenização tem fundamento na isonomia;
- Conduta ilícita: indenização tem fundamento na legalidade;
341
RESPONSABILIDADE CIVIL DANO Dano específico e anormal Material/Moral
342
RESPONSABILIDADE CIVIL NEXO DE CAUSALIDADE: O dano decorre da prestação de um serviço
público/atuação do agente público; A conduta do agente foi suficiente para ensejar o
dano; Deve haver uma ligação íntima entre o dano e a
conduta do agente;
343
RESPONSABILIDADE CIVIL EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE: Teoria da Irresponsabilidade do Estado; Responsabilidade com previsão legal: Caso
Blanco; Teoria da Responsabilidade Subjetiva (civilista):
culpa/dolo; Teoria da Culpa do Serviço: má prestação do
serviço; Teoria da Responsabilidade Objetiva; 344
RESPONSABILIDADE CIVIL Teoria do Duplo Efeito do Ato
Administrativo: A responsabilidade decorre de dano ANORMAL e
ESPECÍFICO FICA A DICA As restrições que possuem caráter geral não
ensejam responsabilidade do Estado; 345
RESPONSABILIDADE CIVIL Teoria do Risco Administrativo: o ente
público se responsabiliza objetivamente pelos danos causados por seus agentes a terceiros. Exceção: excludentes de responsabilidade (O Brasil adota essa teoria);
Teoria do Risco Integral: o ente público é garantidor universal (basta comprovar o dano e nexo causal – reparação civil configurada), não se admite as hipóteses de exclusão de responsabilidade. 346
RESPONSABILIDADE CIVIL O Brasil adota a Teoria do Risco Integral nas
seguintes situações: Dano decorrente de atividade nuclear; Dano decorrente de atividade administrativa que
gere dano ambiental; Crimes a bordo de aeronave sobrevoando o espaço
aéreo brasileiro e atentado terrorista;
347
RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade por omissão do Estado: Essa modalidade de responsabilidade possui
natureza subjetiva; Culpa do serviço reside na má prestação do
serviço; Ato omissivo ilícito – dever do Estado de agir;
348
RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade por omissão ou teoria do risco
criado Situações de risco: guarda de coisas ou de pessoas; Omissão específica; Risco suscitado em decorrência de uma omissão
específica: 1. Fortuito interno. Ex: Rebelião 2. Fortuito externo. Ex: Raio; 349
RESPONSABILIDADE CIVIL EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE: Caso fortuito e Força maior: Fato de Terceiro Culpa exclusiva da vítima:
350
RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO Teoria da Dupla Garantia; Denunciação da lide do Agente Público:
impossibilidade; Prazo prescricional para as ações de reparação
civil: 05 anos;
351
HORA DA QUESTÃO A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela
interrupção do fornecimento de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospital público, por falta de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar com ação judicial de reparação de danos materiais e morais contra a concessionária de serviço público responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter havido ato ilícito por parte da concessionária, não há possibilidade de se reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva.
352
HORA DA QUESTÃO A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela
interrupção do fornecimento de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospital público, por falta de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar com ação judicial de reparação de danos materiais e morais contra a concessionária de serviço público responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter havido ato ilícito por parte da concessionária, não há possibilidade de se reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva.
Errado 353
HORA DA QUESTÃO As pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, atribuindo a jurisprudência legitimação passiva concorrente entre a administração e o agente que praticou o ato ilícito para a ação judicial reparatória.
354
HORA DA QUESTÃO
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, atribuindo a jurisprudência legitimação passiva concorrente entre a administração e o agente que praticou o ato ilícito para a ação judicial reparatória.
Errado 355
HORA DA QUESTÃO CESPE Em uma rodovia estadual muito movimentada,
próxima ao centro da cidade, João colidiu o seu veículo com uma vaca, que pertencia a Antônio, quando esta se encontrava indevidamente no meio da pista, em uma área sem qualquer sinalização sobre a existência de animais na região. Nessa situação, a responsabilidade civil do Estado será objetiva.
356
HORA DA QUESTÃO CESPE Em uma rodovia estadual muito movimentada,
próxima ao centro da cidade, João colidiu o seu veículo com uma vaca, que pertencia a Antônio, quando esta se encontrava indevidamente no meio da pista, em uma área sem qualquer sinalização sobre a existência de animais na região. Nessa situação, a responsabilidade civil do Estado será objetiva.
Errado 357
HORA DA QUESTÃO CESPE A responsabilidade das autarquias pelos
prejuízos causados a terceiros não é direta, de modo que, diante da ocorrência de dano, o lesado deve buscar a reparação diretamente ao ente federativo e não à autarquia.
358
HORA DA QUESTÃO CESPE A responsabilidade das autarquias pelos
prejuízos causados a terceiros não é direta, de modo que, diante da ocorrência de dano, o lesado deve buscar a reparação diretamente ao ente federativo e não à autarquia.
Errado
359
Evolução 1. Fase da irresponsabilidade do Estado; 2. Fase da responsabilidade subjetiva; 2.1 Teoria da culpa; 2.2 Teoria da culpa anônima; Fase da Responsabilidade Civil Objetiva;
Responsabilidade civil objetiva Ato lícito e ato ilícito
Teoria do risco administrativo e repartição dos encargos sociais Teoria do risco administrativo
Teoria do Risco integral
Pressupostos da responsabilidade civil do Estado Dano Conduta do agente Nexo de causalidade
Causas e excludentes do nexo de causalidade -Fato exclusivo da vítima -Fato de terceiro -Caso fortuito ou força maior
Responsabilidade civil do Estado por omissão Omissão específica
Prescrição -Qüinqüenal (lei especial não é revogada por lei geral) -- Trienal (SETJ)
360
Responsabilidade Civil por atos legislativos -Lei de efeitos concretos que gere danos desproporcionais; -Leis inconstitucionais; -Omissão legislativa;
Responsabilidade civil por atos judiciais -Erro judiciário; -Permanência na prisão além do tempo fixado na sentença;
361
ATO ADMINISTRATIVO Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública é um ato administrativo, que têm por fim resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria imediatamente.
362
ATO ADMINISTRATIVO Ato (manifestação de vontade) x Fato (fatos que
geram conseqüências jurídicas)
Atos Políticos (conduções de políticas, estratégias): margem de discricionariedade; Atos Privados: regidos pelo Direito Privado Atos materiais ou fatos administrativos: Ex demolição de um prédio.
363
ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO X
ATOS ADMINISTRATIVOS
364
ATO ADMINISTRATIVO Aspecto formal: Regime Jurídico
Administrativo; Aspecto material: capacidade de produzir
efeitos; Aspecto subjetivo: manifestação de vontade;
OBSERVAÇÃO: Os particulares poderão editar
atos administrativos por delegação. 365
ATO ADMINISTRATIVO FICA A DICA O ato administrativo pode ser editado por
concessionárias e permissionárias (prestação de serviço público – exercício da função pública delegada);
Os atos praticados no exercício da função administrativa serão atos administrativos. Ex: cabe Mandado de Segurança contra ato praticado por Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista em procedimento licitatório (Súmula n.333 STJ); 366
ELEMENTOS DO ATO ADIMINISTRATIVO Como ficar Fortão? Óbvio: Musculação Competência – elemento vinculado Forma – elemento vinculado Finalidade – elemento vinculado Objeto Motivo
367
ATO ADMINISTRATIVO Todo ato administrativo tem como requisitos: competência, finalidade ou fim, e a forma, motivo e objeto. C ompetência O objeto M otivo CONFIFO F I nalidade F O rma
368
ATO ADMINISTRATIVO Capacidade/Competência - irrenunciável, imprescritível e improrrogável. Vícios relativos à competência Usurpação de função: quando o particular não investido em cargo
público, emprego ou função pratica o ato administrativo; Excesso de poder: quando o servidor público excede os limites sua
regra de competência; Funcionário de fato: ocorre quando o servidor público está
irregularmente investido no cargo, emprego ou função pública, mas age com a aparência de legalidade.
FICA A DICA: Lembre-se da possibilidade de Avocação e Delegação de competência
369
ELEMENTOS DO ATO ADIMINISTRATIVO FICA A DICA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA – Vício grave e insanável. INCOMPETÊNCIA RELATIVA – Vício sanável - mediante ratificação: convalidação (a convalidação é um ato discricionário); Exemplo: O agente de trânsito quando está de férias não é competente; Determinada pessoa finge ser agente de trânsito – ato inexistente; O agente que encontra-se aposentado, não é competente, porém age
com aparência de servidor público em exercício (agente putativo) – vício sanável: ato válido;
Trata-se de elemento vinculado 370
ATO ADMINISTRATIVO Finalidade genérica do ato: Interesse Público Finalidade específica do ato: Ex:
desapropriação – tredestinação lícita;
O vício de finalidade é um vício insanável, não é possível praticar o ato visando outro fim.
Trata-se de elemento vinculado 371
ATO ADMINISTRATIVO Forma do ato Princípio da Instrumentalidade das Formas Exteriorização do ato: apresentação do ato no mundo jurídico. O vício de forma é um vício sanável caso o ato consiga alcançar o
interesse da coletividade. DEFEITO ABSOLUTO: vício insanável; DEFEITO RELATIVO: vício sanável. Ex: No PAD a notificação é enviada via mensagem de Whastssap, entretanto, a despeito da forma equivocada, o particular recebe a mensagem e encaminha manifestação. Elemento vinculado 372
ATO ADMINISTRATIVO Motivo: razões que justificam a pratica do ato. Objeto: disposição do ato. Aquilo que o ato diz, o objeto
deve lícito, possível determinado ou determinável.
Tratam-se de elementos discricionário (margem de escolha conferida ao agente no caso concreto)
FICA A DICA No ato vinculado todos os elementos são vinculados. O motivo viciado do ato irá viciar o ato: Teoria dos Motivos
determinantes. 373
ATO ADMINISTRATIVO Perfeito: existência do ato. Refere-se à conclusão
de todas as etapas necessárias a sua formação. Válido: ato editado em conformidade com o
ordenamento jurídico amplamente considerado. Ato que cumpriu as etapas de formação.
Eficácia: trata-se da aptidão do ato para produzir efeitos, existem situações em que a eficácia do ato é diferida (sujeita a termo e condição).
374
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO São atributos dos atos administrativos: Presunção de Legalidade e de Veracidade -
RELATIVA; Imperatividade; Exigibilidade; Autoexecutoriedade; Tipicidade (MSZP);
375
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Atos gerais ou normativos: atos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei. Ex: Decretos; 2.Atos Ordinatórios: são os atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Ex: Instruções; Circulares; 3.Atos Negociais: são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração Pública apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular; 4. Atos enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto; 5. Atos Punitivos: são os atos que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringem disposições legais, regulamentares;
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos Negociais: Licença Autorização Permissão Aprovação: é o ato administrativo discricionário pelo qual o Poder Público verifica a
legalidade e o mérito de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares, dependentes de seu controle.
Admissão: é o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse.
Visto: é o ato pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do administrado.
Homologação: é ato de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a conveniência do ato anterior da própria Administração para dar-lhe eficácia.
Renúncia: é o ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos enunciativos: Certidões (administrativas): são cópias ou
fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes no processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas.
Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
Pareceres: são manifestações de órgão técnico sobre assuntos submetidos a sua consideração.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos Punitivos Multa: é toda imposição pecuniária - dano
presumido da infração; Interdição administrativa: é aquela que se
funda no poder de polícia administrativa. Destruição de coisas: é o ato sumário da
Administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei.
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
Quanto ao seu alcance: Atos internos - atos destinados a produzir efeitos
nas repartições administrativas; Atos externos - são todos aqueles atos que
alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores, provendo sobre direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração.
380
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Quanto aos seus destinatários: Atos normativos ou regulamentares - são aqueles
expedidos sem destinatários determinados, com finalidade normativa. São atos de comando abstrato e impessoal.
Atos individuais ou especiais - são todos aqueles que se dirigem a destinatários certos, podendo abranger um ou vários sujeitos, desde que sejam individualizados. Os atos individuais normalmente geram direitos subjetivos para seus destinatários.
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Quanto ao seu objeto: Atos de império ou de autoridade - são todos aqueles que a
Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado e lhes impõem obrigatório atendimento. Ex: ato de desapropriação.
Atos de gestão - são os atos que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatários - atos puramente de administração dos bens e serviços públicos.
Atos de expediente - são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente.
382
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
Quanto ao seu regramento: Atos vinculados ou regrados Atos discricionários
383
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Quanto à formação do ato: Ato simples - é o que resulta da manifestação de vontade de um
único órgão, unipessoal ou colegiado. Ato complexo - é o que se forma pela conjugação de vontades
de mais de um órgão administrativo. No ato complexo integram-se as vontades de vários órgãos para a obtenção de um mesmo ato;
Ato composto - é o que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro órgão para se tomar exequível. Exemplo: uma autorização que dependa do visto de uma outra autoridade superior.
384
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto ao conteúdo: Ato constitutivo - é o ato que cria uma nova situação jurídica individual para seus
destinatários, em relação à Administração. Ato extintivo ou desconstitutivo - é o que põe termo a situações individuais.
Exemplo: a cassação de autorização, a encampação de serviço de utilidade. Ato declaratório - é o que visa preservar direitos, reconhecer situações
preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício. São exemplos a apostila de títulos de nomeação, a expedição de certidões e etc.
Ato alienativo - é o que opera a transferência de bens direitos de um titular a outro. Ato modificativo- é o que tem por fim alterar situações preexistentes, sem suprimir
direitos ou obrigações. Ato abdicativo - é aquele pelo qual o titular abre mão de um direito.
385
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Quanto à eficácia: Ato válido - é o que provem de autoridade competente
para praticá-lo e contém todos os requisitos necessários à sua eficácia.
Ato nulo - é o que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito substancial em seus elementos constitutivos ou no procedimento formativo.
Ato inexistente - é o que apenas tem aparência de manifestação regular da Administração, mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo.
386
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto à exequibilidade: Ato perfeito - é aquele que reúne todos os elementos necessários à sua
exequibilidade, apresentando-se apto e disponível para produzir seus regulares efeitos.
Ato imperfeito - é o que se apresenta incompleto na sua formação ou carente de um ato complementar para tornar-se exequível e operante.
Ato pendente - é aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua formação, não produz seus efeitos, por não verificado o termo ou a condição de que depende sua exequibilidade ou operatividade.
Ato consumado - é o que produziu todos os seus efeitos, tornando-se, por isso mesmo, irretratável ou imodificável por lhe faltar objeto.
387
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto ao modo de execução: Ato auto executório - é aquele que traz em si a
possibilidade de ser executado pela própria Administração, independentemente de ordem judicial;
Ato não auto executório - é o ato que depende de pronunciamento judicial para produção de seus efeitos finais;
388
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS A extinção dos atos administrativos se dará nas seguintes situações: Cumprimento de seus efeitos; Desaparecimento do sujeito ou do objeto; Retirada: ato concreto do Poder Púbico que extingue o
ato anterior (cassação). Caducidade; Anulação ou Invalidação; Revogação (abaixo explicada);
389
TEORIA DAS NULIDADES DO ATO ADMINISTRATIVO Nulidade Nulidade absoluta: vício insanável; Nulidade relativa: vício sanável;
Requisitos convalidação: efeito ex tunc positivo A convalidação não pode causar prejuízo à
Administração/Fazenda Pública; A convalidação não pode causar prejuízo à terceiros; Conveniência e oportunidade da Administração em
convalidar;
390
ATO ADMINISTRATIVO Anulação de Ato Administrativo Ilegalidade/Ilegitimidade/Vício de formação do
ato administrativo (vício na execução: cassação) Controle pelo Judiciário ou Controle pela
Administração Pública.
391
Mediante provocação – o Judiciário controla ato do Executivo ou ato do Legislativo. Caso o ato seja editado pelo próprio do Poder Judiciário, o ato poderá ser anulado de ofício.
EFEITOS DA ANULAÇÃO DO ATO Efeitos ex tunc: salvo direito adquirido de terceiro de boa-fé;
Natureza da anulação: dever vinculado – caso verifique o
vício de legalidade a administração deve anular. Incidência: a anulação incidirá sobre o ato vinculado
quanto sobre o ato discricionário – não há limitação material.
Prazo decadencial: 5 anos – prazo para anulação de ato que beneficie o destinatário; 392
EFEITOS DA REVOGAÇÃO DO ATO Ato inconveniente e inoportuno; Controle de mérito (margem de
discricionariedade): realizado pela própria Administração Pública;
Efeitos: ex nunc (Respeito ao direito adquirido); FICA A DICA O poder judiciário poderá revogar os seus próprios
atos, no exercício da função administrativa;
393
EFEITOS DA REVOGAÇÃO DO ATO Natureza da revogação: ato discricionário (a Administração
pode ou não revogar); Incidência: a revogação somente incide sobre ato
discricionário. Exceção: revogação de licença para construir (Hely Lopes Meirelles);
Limitação material – não poderá ser revogado (não há limitação temporal):
1. Ato vinculado/regrado; 2. Ato que gera direito adquirido; 3. Ato consumado; 4. Ato que integra o procedimento administrativo; 5. Meros atos administrativo: atos enunciativos. Ex: Certidão 394
LIMITES Limites da Anulação Boa-fé do servidor: o ato de concessão de aposentadoria será anulado (vício de legalidade), mas não haverá devolução de valores recebidos – prazo decadencial de 5 anos para anulação do ato contados da data que o ato foi praticado; Má-fé do servidor: o ato de concessão de aposentadoria será anulado (vício de legalidade), e haverá devolução de valores;
395
LIMITES Limites da Revogação Ato administrativo vinculado: somente será
retirado do mundo jurídico quando ele for ilegal; Certidão/Atestados: algo que aconteceu na
realidade, não poderá ser revogado; Atos integrantes de um procedimento Atos que geram direito adquirido: Ex: não
poderá ser revogado o ato de incorporação de função pelo exercício de chefia; 396
Ato administrativo Manifestação unilateral de vontade da Administração e de seus delegatórios, no exercício da função administrativa delegada, que sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público.
Separação dos poderes O ato administrativo será tipicamente editado pelo poder Executivo e, atipicamente, pelo Poder Judiciário e Legislativo
Ato e fato Atos: vontade da Administração Fato: eventos materiais que podem repercutir no mundo jurídico;
Ato e processo Ato: manifestação de vontade da Administração Processo: seqüência encadeada de atos instrumentais
Elementos do ato administrativo Competência Finalidade Forma Motivo Objeto
Atributos do ato administrativo -Presunção de legitimidade -Imperatividade e -Autoexecutoriedade
Critério de classificação dos atos administrativos Espécies de atos administrativos
Quanto ao critério de formação Quanto ao critério dos destinatários Quanto ao critério dos efeitos Quanto ao critério de imperatividade Quanto à liberdade do agente Quanto ao âmbito de seus efeitos Quanto à repercussão sobre a esfera do particular Quanto à executoriedade Quanto à formação
-Ato simples -Ato composto -Ato complexo
-Atos individuais -Atos gerais
-Atos constitutivos -Atos declaratórios -Atos enunciativos
-Atos de império -Atos de gestão
-Atos discricionários -Atos vinculados
-Externo -Interno
-Atos ampliativos -Atos restritivos
-Atos executórios -Atos não executórios
-Atos perfeitos -Imperfeitos -Pendentes -Consumados
399
Espécies de extinção dos atos
a) Normal ou natural;
b) Subjetiva: desaparecimento do beneficiário;
c) Objetiva: quando desaparece o objeto da relação jurídica
d) Manifestação de vontade do particular (renúncia ou recusa);
e) Manifestação de vontade da administração (caducidade, cassação, anulação e revogação);
Convalidação Produz efeitos ex tunc, preservando o ato ilegal a) Convalidação voluntária: ratificação, reforma e conversão;
b) Convalidação em razão do tempo: decurso do tempo e independe de
manifestação;
HORA DA QUESTÃO CESPE Afasta-se a exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo.
400
HORA DA QUESTÃO CESPE Afasta-se a exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo.
Correto 401
HORA DA QUESTÃO CESPE Nos processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, podendo ser citada, nesse sentido, aquela decisão que aprecia a legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
402
HORA DA QUESTÃO CESPE Nos processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, podendo ser citada, nesse sentido, aquela decisão que aprecia a legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Errado 403
HORA DA QUESTÃO CESPE O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
404
HORA DA QUESTÃO CESPE O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Correto
405
HORA DA QUESTÃO CESPE De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato.
406
HORA DA QUESTÃO CESPE De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato.
Errado 407
HORA DA QUESTÃO CESPE Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que o administrador atue com excessos ou desvio de poder, competindo ao Poder Judiciário o controle cabível.
408
HORA DA QUESTÃO CESPE Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que o administrador atue com excessos ou desvio de poder, competindo ao Poder Judiciário o controle cabível.
Correto
409
HORA DA QUESTÃO CESPE Se um secretário de Estado praticar um ato de competência do governador, o governador pode ratificar o ato do secretário, caso a matéria não seja de sua competência exclusiva.
410
HORA DA QUESTÃO CESPE Se um secretário de Estado praticar um ato de competência do governador, o governador pode ratificar o ato do secretário, caso a matéria não seja de sua competência exclusiva.
Correto
411
HORA DA QUESTÃO CESPE Os atos praticados sob o manto da delegação imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente.
412
HORA DA QUESTÃO CESPE Os atos praticados sob o manto da delegação imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma concorrente.
Errado
413
HORA DA QUESTÃO CESPE A edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou da entidade não são objeto de delegação.
414
HORA DA QUESTÃO CESPE A edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou da entidade não são objeto de delegação.
Correto
415
HORA DA QUESTÃO CESPE Atos administrativos enunciativos são aqueles em que a administração certifica ou atesta um fato ou emite um juízo de valor acerca de determinado assunto, como, por exemplo, as certidões e os atestados.
416
HORA DA QUESTÃO CESPE Atos administrativos enunciativos são aqueles em que a administração certifica ou atesta um fato ou emite um juízo de valor acerca de determinado assunto, como, por exemplo, as certidões e os atestados.
Correto 417
HORA DA QUESTÃO CESPE A possibilidade da análise de mérito dos atos administrativos, ainda que tenha por base os princípios constitucionais da administração pública, ofende o princípio da separação dos poderes e o estado democrático de direito.
418
HORA DA QUESTÃO CESPE A possibilidade da análise de mérito dos atos administrativos, ainda que tenha por base os princípios constitucionais da administração pública, ofende o princípio da separação dos poderes e o estado democrático de direito.
Errado 419
HORA DA QUESTÃO CESPE O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público.
420
HORA DA QUESTÃO CESPE O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público.
Correto 421
HORA DA QUESTÃO CESPE Cada vez mais a doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de admitir o controle judicial do ato discricionário. Essa evolução tem o propósito de substituir a discricionariedade do administrador pela do Poder Judiciário.
422
HORA DA QUESTÃO CESPE Cada vez mais a doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de admitir o controle judicial do ato discricionário. Essa evolução tem o propósito de substituir a discricionariedade do administrador pela do Poder Judiciário.
Errado 423
HORA DA QUESTÃO CESPE Do ponto de vista do controle judiciário, o ato administrativo é chamado de vinculado quando está restrito às condições e aos requisitos da lei, enquanto o ato denominado discricionário não está vinculado à lei.
424
HORA DA QUESTÃO CESPE Do ponto de vista do controle judiciário, o ato administrativo é chamado de vinculado quando está restrito às condições e aos requisitos da lei, enquanto o ato denominado discricionário não está vinculado à lei.
Errado 425
426
Lei nº 8.985/95 SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCEITO - SERVIÇOS PÚBLICOS Hely Lopes Meirelles conceitua serviço público, em sentido
amplo, como "...todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado".
Maria Sylvia Zanella di Pietro conceitua serviço público como "toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público".
427
CONCEITO - SERVIÇOS PÚBLICOS Objetivo/Material: objeto da atividade – atender ao
interesse público ou a coletividade;
Subjetivo (quem presta o serviço): Estado (diretamente Administração Direta e Indireta) ou através de delegatórias (indireto) de Serviço Público.
Formal (Regime Jurídico): Regime Jurídico de Direito Público; 428
SERVIÇOS PÚBLICOS OBSERVAÇÕES Poder de policia não é serviço publico – o Estado ao exercer o Poder de Polícia não oferece comodidade e utilidade, mas impõe obrigações;
Serviço público (continuidade) X Obras (início, meio e fim);
Serviço público (Regime Jurídico Público) X Exploração de Atividade econômica (Regime Jurídico Híbrido);
Serviço Público (utilidade/comodidade) X Poder de Polícia: O poder de policia é o estabelecimento de restrições e não comodidades aos particulares. 429
SERVIÇO PÚBLICO – CF/88 Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da
lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
430
Administração Direta ou Administração
Indireta Prestação de Serviço Indireta
ART. 175 CF/88 Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; II - os direitos dos usuários; IV - a obrigação de manter serviço adequado. III - política tarifária; 431
COMPETÊNCIA PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Competências estipuladas na CF/88 (predominância dos interesses) União: Interesse Nacional Município: Interesse Local Estados: Interesse Regional (competência residual); DF: competência cumulativa (Estados + Municípios); OBS: O art. 25 da CF/88 estabelece que a prestação de serviço de gás canalizado é competência do Estado.
432
COMPETÊNCIA PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Competências estipuladas na CF/88 União: art. 21 (privativos) e art.23 (comuns); Município: art. 23 (comum) e art. 30 Estados: art. 23 (comum), art. 25, 1º e 2º;
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
433
PRINCÍPIOS Princípios que incidem sobre a prestação de serviço
público: Continuidade Modicidade Igualdade e Adequação Universalidade Adaptabilidade Isonomia 434
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO Continuidade do serviço público - como regra geral, essa atividade não pode sofrer interrupções desarrazoadas em sua prestação. Há duas exceções a esse princípio: Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
435
SERVIÇO PÚBLICO Exceções ao Princípio da Continuidade: Situação de emergência – sem aviso prévio
(ATENÇÃO); Questões de ordem técnica ou questão de
segurança das instalações mediante prévio aviso; Inadimplemento do usuário mediante prévio
aviso;
436
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO FICA A DICA A suspensão por parte da Administração na prestação de serviços públicos NÃO pode ocorrer em relação aos serviços públicos obrigatórios - aqueles impostos coercitivamente pelo Estado e remunerados pelo usuário por meio do pagamento de taxa - uma vez que a coletividade precisa que o usuário continue sendo beneficiário direto daquela atividade. Exemplos: iluminação pública e coleta de lixo.
437
CLASSIFICAÇÕES Quanto ao destinatário: Serviço Geral (uti universi): serviço prestado
a todos, usuários indeterminados (iluminação da rua, limpeza urbana);
Serviço Individual (uti singuli): usuários determinados ou determináveis (iluminação residencial, coleta de lixo individual);
438
CLASSIFICAÇÕES Serviço Geral (uti universi): remunerado
através de impostos ou contribuições especiais (ex: contribuição de iluminação);
Serviço Individual (uti singuli): remunerado de duas formas:
1. Serviço obrigatório: taxa (serviço colocado à disposição);
2. Serviço facultativo: tarifa; 439
TAXA X TARIFA
440
Valor fixo definido em lei (Ex: coleta de lixo) Concessionárias/Permissionárias
Valor varia conforme o consumo (Ex: telefone, energia)
CLASSIFICAÇÕES
CLASSIFICAÇÕES Quanto à possibilidade de delegação: Delegáveis: serviços prestados diretamente pelo
Estado ou mediante concessão/permissão; Indelegáveis: serviços prestados diretamente
pela Administração Pública Direta e Indireta;
441
CLASSIFICAÇÕES Quanto à finalidade Serviço Administrativo: atividade
administrativa (atividade-meio implementada pelo Estado);
Serviço social: art. 6 da CF/88 Serviços industriais: produzem renda para o
Estado (exploração de atividade econômica);
442
CLASSIFICAÇÕES Serviço próprio: são os serviços que se relacionam intimamente com o poder próprio. Por sua essencialidade, geralmente são de baixa remuneração (Ex: saúde, segurança). Serviços impróprios do Estado: são os que não afetam substancialmente as necessidades da coletividade, mas satisfazem interesses comuns. São atividades de natureza social executadas por particulares sem delegação, sujeito ao regime jurídico de direito privado. 443
SERVIÇOS PÚBLICOS - CLASSIFICAÇÃO Serviços públicos exclusivos indelegáveis: o Estado presta esses serviços
diretamente. É impossível a delegação desses serviços. Ex: segurança pública;
Serviços exclusivos delegáveis: o Estado presta o serviço de forma direta ou indireta (delegação a particulares). Ex: transporte público.
Serviços públicos exclusivos de delegação obrigatória: serviços que não podem ser prestados pelo Estado sem delegação. Ex: serviços de comunicação;
Serviços públicos não exclusivos: o Estado tem o dever de prestar e o particular tem o poder de prestar diretamente, mediante fiscalização do Estado. Ex: serviço de ensino - escola privada; 444
SERVIÇO PÚBLICO
Prestação do serviço de forma centralizada: diretamente pelos entes federativos;
Prestação do serviço de forma descentralizada: transferir a prestação do serviço para um outra pessoa jurídica (entes da Administração Pública Indireta – Autarquias, Fundações, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista - ou particular);
1. Outorga (transferência da titularidade e execução do serviço – pessoas jurídicas de direito público);
2. Delegação (o Estado se mantém na titularidade e delega o poder de executar o serviço – entes de direito privado da administração direta – lei ou a particulares - contrato);
445
SERVIÇOS PÚBLICOS Delegação contratual: Concessão: contratação de empresa responsável pela prestação de um serviço, a empresa será remunerada pelo usuário do serviço;
X Prestação de serviço comum: a administração contrata uma empresa e remunera a empresa pela realização do serviço; 446
CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS FICA A DICA A concessão deve ser realizada mediante modalidade de licitação concorrência:
independentemente do valor do contrato;
Na concessão o edital pode prever inversão das fases de habilitação e classificação;
Partes no contrato: poder concedente (Estado) e a concessionária (Particular);
As empresas podem participar da Licitação em consórcio: participam da concorrência com o compromisso de firmar o consórcio;
O contrato de concessão segue as regras do contrato administrativo; 447
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Alteração unilateral dos contratos de concessão: alteração quantitiva: + 25% e -25% (contrato de reforma a alteração será até +50%; Alteração qualitativa: adequações ao projeto;
Rescisão unilateral do contrato de concessão: inadimplemento do particular ou por razões de interesse público; Caducidade: rescisão por inadimplemento do contratado; Encampação: rescisão por interesse público;
Assistam o Minuto do Direito: https://www.youtube.com/watch?v=XGj6XjJBSso
448
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Fiscalização do contrato: havendo risco de paralisação do serviço o Estado pode decretar a intervenção na empresa – a empresa passará a ser gerida pela Administração;
Sempre que houver indício de irregularidade;
449
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Arbitragem: há uma autorização expressa de lei acerca da utilização da arbitragem - forma não judicial de resolução de controvérsias;
450
SERVIÇO PÚBLICO Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
+ Mutabilidade (Maria Sylvia Zanella di Pietro)
451
SERVIÇO PÚBLICO A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
452
FORMAS DE DELEGAÇÃO Características Contratado Instrumento Procedimento
CONCESSÃO Precedida de Obra Pública;
Pessoa Jurídica ou Consórcio de Empresas;
Contrato Administrativo; Licitação na modalidade concorrência (inclusive na
subconcessão);
PERMISSÃO Não é precedida de obra pública;
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica;
Art. 40 - Contrato de Adesão;
X Permissão de uso de bem
público (Ato Administrativo)
Licitação – qualquer modalidade licitatória;
AUTORIZAÇÃO (serviço mais simples. Taxi)
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica;
Ato Administrativo discricionário e precário;
Precariedade e Revogabilidade
unilateral
LICITAÇÃO PRÉVIA CONCORRÊNCIA E SUBCONCESSÃO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO: Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que: I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; II - verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor; III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital; IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. 454
Lei 8.987/95
LICITAÇÃO PRÉVIA CONCORRÊNCIA E SUBCONCESSÃO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO: Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. § 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão. SUBCONCESSÃO será parcial, previsão contratual e deverá ser permitida pela Administração;
455
Lei 8.987/95
INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO INTERVERNÇÃO NA CONCESSÃO: Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
456
Lei 8.987/95
INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO Medida Cautelar: Processo Administrativo: 1. Prazo de abertura: ate 30 dias; 2. Prazo de Conclusão: até 180 dias Decreto: define o prazo da intervenção;
457
INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO INTERVERNÇÃO NA CONCESSÃO: Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização. O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
458
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Ocupação temporária de bens: A
Administração poderá ocupar os bens da empresa concessionária para evitar uma paralisação;
Ocupação temporária X Reversão dos bens (transferência de propriedade dos bens atrelados à prestação do serviço para o Estado ao final do contrato de concessão – mediante indenização);
459
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO Art. 35. Extingue-se a concessão por: I - advento do termo contratual; II - encampação; III - caducidade; IV - rescisão; V - anulação; e VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual – Extinção de pleno direito; OBS: Reversão de bens – Ocorre em todas as formas de extinção – Possibilidade que decorre do princípio da CONTINUIDADE;
460
Lei 8.987/95
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO Encampação: rescisão contratual em razão de Interesse Público superveniente; a) Lei autorizativa; b) Indenização prévia à concessionária; Caducidade: rescisão contratual em razão do inadimplemento contratual por parte da concessionária; (OBS: Difere da caducidade de ato administrativo, uma vez que neste caso a caducidade ocorre quando a nova lei passa a não permitir o que antes era permitido); Processo administrativo prévio à declaração de caducidade; A caducidade será declarada mediante decreto; Aplicação de penalidades contratuais; Pode haver indenização posterior (reversão de bens); 461
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO Rescisão judicial: Inadimplemento contratual por parte do Poder
Público;
PARALISAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PELO PARTICULAR: mediante sentença judicial com transito em julgado; 462
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Regra Geral: A administração contrata uma empresa, a empresa presta um serviço público e é remunerada pelo usuário do serviço. Parceria Público Privada: trata-se de concessão patrocinada. A
administração contrata uma empresa, a empresa presta um serviço público e é remunerada pelo usuário do serviço e adicionalmente a empresa ainda recebe uma complementação do poder público – para garantir a modicidade das tarifas. O Estado remunera o contratado em até 70% do lucro da empresa, o restante ela recebe do usuário.
Concessão administrativa: A administração contrata uma empresa, a empresa presta um serviço público e é remunerada pelo usuário do serviço, mas a própria administração é a usuária do serviço.
463
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO Regras PPP: 1. Prazo mínimo de 5 e máximo de 30 anos; 2. Valor mínimo de 20 milhões de reais; 3. Objeto do contrato: prestação do serviço público; 4. Celebrado o contrato de PPP, haverá o compartilhamento de
riscos, em uma PPP o Estado responde solidariamente com o particular pelos riscos.
FICA A DICA: No contrato de PPP os riscos são compartilhados,
contudo, os ganhos decorrentes da redução dos riscos também são compartilhados.
464
DELEGAÇÃO – CONCESSÃO X PERMISSÃO Concessão
Permissão: tradicionalmente a permissão era enxergada
como um ato administrativo discricionário e precário feito pelo Estado. Contudo, o art. 175 da CF estabeleceu que os serviços públicos somente poderão ser prestados indiretamente mediante contratos
Portanto, a Permissão de Serviço Público passou a ser entendida como um contrato de adesão por meio do qual se transfere a prestação do serviço a título precário. O entendimento que prevalece entende que a permissão deixa de ser precária e passa a ter natureza contratual. 465
DELEGAÇÃO CONCESSÃO X PERMISSÃO
Parte da doutrina entende que é possível a delegação de serviço público mediante ato administrativo precário, qual seja, autorização.
466
Concessão Permissão Modalidade Licitatória Concorrência A modalidade será
escolhida em conformidade com o valor do contrato a ser celebrado
Pessoas contratadas pessoas jurídicas pessoa física ou jurídica
467
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “Os serviços públicos uti singuli são aqueles prestados à coletividade, que têm por finalidade a satisfação indireta das necessidades dos cidadãos, tais como os serviços de iluminação pública e de saneamento”.
468
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “Os serviços públicos uti singuli são aqueles
prestados à coletividade, que têm por finalidade a satisfação indireta das necessidades dos cidadãos, tais como os serviços de iluminação pública e de saneamento”.
ERRADO
469
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “A permissão é ato administrativo bilateral e vinculado pelo qual a administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público”.
470
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “A permissão é ato administrativo bilateral e vinculado pelo qual a administração faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público”.
ERRADO
471
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “No contrato de concessão de serviço
público, havendo a encampação, o concessionário não tem direito à indenização por eventuais prejuízos”.
472
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “No contrato de concessão de serviço
público, havendo a encampação, o concessionário não tem direito à indenização por eventuais prejuízos”.
ERRADO
473
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A autorização de serviço público
constitui ato administrativo bilateral, vinculado e precário”.
474
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A autorização de serviço público constitui
ato administrativo bilateral, vinculado e precário”.
ERRADO
Serviço Público Concepção tradicional de serviço público no Brasil é composta pelos elementos: a) Subjetivo: estado e delegatários; b) Material: atividade que satisfaz o interesses
da coletividade; c) Formal: atividade submetida ao regime de
direito público; Princípios a) Continuidade
b) Igualdade c) Mutabilidade (ou atualidade) d) Generalidade e) Modicidade
Classificação a) Critérios dos destinatários: uti universi e uti singuli;
b) Critério da titularidade federativa c) Quanto ao objeto: administrativos,
econômicos e sociais; d) Quanto à essencialidade: essenciais e não
essenciais; e) Critério da titularidade estatal: próprios x
impróprios;
CONCEITO Contrato administrativo por meio do qual o Poder Público delega a execução de serviços a terceiros.
REMUNERAÇÃO Por meio de tarifas. O Edital pode prever receitas alternativas.
LICITAÇÃO Modalidade Concorrência (inexigibilidade tem sido aceita pela doutrina em determinados casos)
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO POR INADIMPLEMENTO DO USUÁRIO
Art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. “ Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.”
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
•Advento do termo contratual; •Encampação; •Caducidade; •Rescisão; •Anulação; •Falência; •Distrato; •Desaparecimento do objeto; •Força maior.
CONCESSÃO
CONCESSÃO COMUM •Prazo determinado. Não há prazo mínimo.
•Admite-se subcontratação, mas a concessionária mantém a responsabilidade exclusiva pela prestação do serviço
•Transferência da concessão: possível, desde que haja a anuência do poder concedente
•Encargos do poder concedente: fiscalização, aplicação de sanções, intervir na concessão ou extingui-la
•Encargos da concessionária: prestar serviço adequado, cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais;
CONCESSÃO ESPECIAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS (PPP)
PPP Patrocinada •Remuneração: tarifa e orçamento. •Objeto: serviços públicos. PPP Administrativa •Remuneração: orçamento. •Objeto: serviços públicos em que o usuário direto é a Administração. Responsabilidade civil •PPP’s patrocinadas e administrativas que prestam serviços públicos: responsabilidade objetiva •PPP’s patrocinadas e administrativas de serviços administrativos: em regra, responsabilidade subjetiva.
478
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A prestação de serviço público não
abrange o desempenho de atividades de natureza comercial e industrial.”
479
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A prestação de serviço público não abrange o
desempenho de atividades de natureza comercial e industrial.”
ERRADO
480
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “No contrato de concessão de serviço
público, havendo a encampação, o concessionário não tem direito à indenização por eventuais prejuízos”.
481
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “No contrato de concessão de serviço público,
havendo a encampação, o concessionário não tem direito à indenização por eventuais prejuízos”.
ERRADO
482
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) A autorização de serviço público
constitui ato administrativo bilateral, vinculado e precário.
483
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) A autorização de serviço público constitui ato
administrativo bilateral, vinculado e precário.
ERRADO
484
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Contrato administrativo de concessão é
aquele em que a administração pública confere ao particular a execução não remunerada de um serviço ou obra pública”.
485
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Contrato administrativo de concessão é aquele em
que a administração pública confere ao particular a execução não remunerada de um serviço ou obra pública”.
ERRADO
486
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão de serviço público deve ser
necessariamente instrumentalizada por contrato”
487
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão de serviço público deve ser
necessariamente instrumentalizada por contrato”
CERTO
488
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Na concessão de serviço público, o poder
concedente transfere ao concessionário apenas a execução do serviço, continuando titular do mesmo, razão pela qual pode rescindir o contrato unilateralmente por motivo de interesse público”
489
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Na concessão de serviço público, o poder concedente transfere
ao concessionário apenas a execução do serviço, continuando titular do mesmo, razão pela qual pode rescindir o contrato unilateralmente por motivo de interesse público”
CORRETO
490
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Com o advento do termo contratual tem-se
de rigor a reversão da concessão e a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a utilização das instalações e dos bens reversíveis”
491
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Com o advento do termo contratual tem-se de rigor a
reversão da concessão e a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a utilização das instalações e dos bens reversíveis”
CORRETO
492
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder
concedente quando a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais”
493
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder
concedente quando a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais”
CORRETO
494
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão serviço público é definida como a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.”
495
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão serviço público é definida como a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.”
CORRETO
496
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Aplica-se ao serviço público o princípio da mutabilidade do
regime jurídico, segundo o qual é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer mudanças com o decurso do tempo.”
497
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Aplica-se ao serviço público o princípio da mutabilidade do
regime jurídico, segundo o qual é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer mudanças com o decurso do tempo.”
CORRETO
498
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão de serviço público é a delegação, a
título precário sem licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho.”
499
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A concessão de serviço público é a delegação, a título precário
sem licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho.”
ERRADO
500
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A lei geral de concessão não autoriza a suspensão do fornecimento de
energia elétrica, pelo inadimplemento por parte do usuário, já que o acesso ao serviço de energia elétrica decorre da própria dignidade da pessoa humana, que deve prevalecer sobre os interesses econômicos da concessionária.”
501
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “A lei geral de concessão não autoriza a suspensão do fornecimento de
energia elétrica, pelo inadimplemento por parte do usuário, já que o acesso ao serviço de energia elétrica decorre da própria dignidade da pessoa humana, que deve prevalecer sobre os interesses econômicos da concessionária.”
ERRADO
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
502
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AGENTES PÚBLICOS
503
IMPROBIDADE Lei 8.429 • Art. 9º Enriquecimento ilícito: Indisponibilidade dos bens
acrescidos (Art. 6º); • Art. 10º Dano ao erário: ressarcimento (Art. 7º e art. 8º); • Art. 11º Violação a princípios da administração;
Terceiro
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Art. 1°. Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público,
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
504
Lei 8.429/92
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Art. 9°. Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
505
Lei 8.429/92
DANO AO ERÁRIO Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, mal baratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
506
Lei 8.429/92
VIOLAÇÃO A PRINCÍPIOS Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 507
Lei 8.429/92
509
o Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
o Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
Lei 8.429/92
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Processo Administrativo: PAD – Inquérito - Comissão Fumaça do bom Direito
Decisão Administrativa MP (Art. 22) – Sequestro dos bens Art. 17 Juiz Cautelar
MP
510 JUIZ
30 dias
Ação Principal
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Competência Legislativa: Lei nº 8429/92: aplicação nacional ou somente federal?
Doutrina majoritária: Trata-se de Lei Nacional, ou seja, aplica-se a todos os entes federados. Direito Civil; Processual Civil; Direito Político;
511
Competência privativa da União Federal Exceto as questões relativas à Direito Administrativo, seara em que prevalece a autonomia de cada ente federado.
Observação: Os arts. 13, 14 e 20 da Lei nº 8.492 (LIA) vinculam União Federal!
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Controle da Improbidade: Preventiva Repressiva Ação de Improbidade Administrativa:
Ação judicial que tem como escopo a aplicação de sanções previstas no art. 12 da Lei 8.429/92. 512
pode ser feito no âmbito dos 3 poderes.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Sujeitos Passivo (vítima): pessoa jurídica que sofre o ato de improbidade.
Sujeito ativo: pessoa física ou
jurídica (STJ) que comete o ato de improbidade.
513
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Agentes Públicos: Agentes políticos (polêmica); Particulares em colaboração; Servidores públicos
Agente de fato: Putativo: aparenta ser agente público (sem
investidura) e atua com boa-fé. Necessário: agente que atua, com boa-fé, em situação
emergencial. 514
PENALIDADES Enriquecimento ilícito Dano ao erário Violação a princípios da
administração
Perda da Função Pública Perda da Função Pública Perda da Função Pública
Suspensão de Direitos Políticos 8 a 10 anos
Suspensão de Direitos Políticos 5 a 8 anos
Suspensão de Direitos Políticos 3 anos a 5 anos
Multa (até 3 vezes o valor acrescido) Multa (até 2 vezes o valor acrescido) Multa (até 100 vezes o valor ada remuneração do agente)
Proibição de Contratar com o poder público por 10 anos
Proibição de Contratar com o poder público por 5 anos
Proibição de Contratar com o poder público por 2 anos
Perda dos bens acrescidos ilicitamente e ressarcimento do dano quando houver
Perda dos bens acrescidos ilicitamente e ressarcimento do dano quando houver (concorrência)
Ressarcimento do dano quando houver
515
* ART. 20
516
FICA A DICA *Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Lei 8.429/92
PRAZO PRESCRICIONAL Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas (Administração Indireta) no parágrafo único do art. 1o desta Lei.
517 PRAZO 5 ANOS DO CONHECIMENTO DO FATO
PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL
Lei 8.429/92
DECLARAÇÃO DOS BENS E VALORES
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. §1°, A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. §2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. §3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. §4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo . 518
Lei 8.429/92
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
519
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO Quanto ao órgão: Autocontrole: controle interno (autotutela e
supervisão ministerial).
Controle externo: Poder Judiciário e Poder Judiciário (previsão Constitucional);
Controle social: participação do cidadão no controle
das políticas públicas e formação dos atos administrativos (Lei nº 9.784).
520
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO Quanto ao momento: Controle prévio ou preventivo: precede a publicação do ato
administrativo. Ex: minutas contratuais devem ser aprovadas pelo órgão jurídico. Consulta pública – Edital de PPP;
Controle repressivo ou posterior: realizado após a publicação do ato administrativo;
521
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO Quanto ao parâmetro: Controle de legalidade: compatibilidade entre o ato e o ordenamento (lei e princípios
constitucionais). 1. Controle mais amplo: 2. A Administração poderá anular os seus próprios atos; 3. O Poder Judiciário, se provocado, poderá anular os atos ilegais proferidos pelo Poder Executivo; 4. O Poder Legislativo exerce o controle por meio do Tribunal de Contas.
Controle de mérito: análise do uso da discricionariedade. 1. A Administração poderá revogar os seus próprios atos; 2. O Poder Legislativo e Poder Judiciário podem revogar seus próprios atos editados no exercício da
função administrativa atípica.
522
CONTROLE ADMINISTRATIVO Prerrogativa da administração para rever e controlar os seus próprios atos administrativos; Poder-dever: revisão de atos ilegais (Dever
vinculado). PRAZO DECADENCIAL de 05 anos (convalidação sanatória). Faculdade da Revogação: Conveniência e
oportunidade de rever seus próprios atos. OBS: A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo (no âmbito da Administração Pública Federal) e a aplicação do princípio da autotutela.
523
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Tutela Administrativa
X
Autotutela Administrativa
524
Realizado por entidade distinta do órgão que
proferiu o ato administrativo. Obs.: NÃO HÁ TUTELA SEM
PREVISÃO LEGAL EXPRESSA.
CONTROLE ADMINISTRATIVO – PODER LEGISLATIVO Esse tipo de controle constitucionalmente previsto tem o escopo de preservar a Separação dos Poderes Sustação dos atos normativos (art. 49, V da CF/88);
Convocação de autoridades e requisição de informações (art. 50 da CF/88);
Autorização e aprovação de ato administrativo (art. 52, III e art. 101, parágrafo único, da CF/88). Ex:
nomeação para determinadas carreiras;
Comissão Parlamentar de Inquérito (poder investigatório) (art.58 da CF/88)
Julgamento do Chefe do Poder Executivo pelo Congresso (Impeachment ) (art. 52 I e II da CF/88)
Controle Financeiro das contas da Presidência da República pelo Congresso Nacional (Auxílio dos Tribunais de Contas) (art. 49, IX e art. 70 da CF/88).
TRIBUNAL DE CONTAS Tribunal de Contas: Legislativo ou Executivo? Autônomo? Tribunal de Contas da União: fiscaliza a Administração Direita e Indireta Federais, bem
como os agentes privados que fazem uso de recursos federais.
Tribunal de Contas Estaduais: fiscaliza a Administração Direita e Indireta em âmbito estadual, bem como os agentes privados que fazem uso de recursos estaduais. Também fiscaliza as contas municipais onde não houver Tribunal de Contas do Município ou de Tribunal de Contas dos Municípios. Exceção: apenas os Municípios do Rio de Janeiro e São Paulo possuem Tribunal de Contas.
526
Poder Neutral. A Constituição optou por conferir independência aos Tribunais de Contas.
TRIBUNAL DE CONTAS Controle de Legalidade Controle de Legitimidade: (princípios da administração/anseios
da sociedade). Controle de economicidade: (relação custo/benefício do ato
administrativo).
527
TRIBUNAL DE CONTAS ATRIBUIÇÕES 1. Função consultiva: emitir parecer prévio sobre as contas prestadas
anualmente pelo Chefe do Executivo (art. 41, IX e art. 71, I da CF/88); 2. Função fiscalizadora: fiscalização da Administração Pública e todos
aqueles que fazem uso de recursos públicos recebidos pelo ente federado; 3. Função Julgadora: julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. (art. 71, II da CF/88);
4. Função de Registro: admissão de pessoal e aposentadoria (art. 71, III da CF/88)
5. Função sancionatória: declaração de inidoneidade, por até cinco anos, ao licitante que fraudar a licitação;
6. Função Corretiva: determinar prazos para que a administração adote determinadas providências;
7. Função de Ouvidoria: recebimento de denúncias de irregularidades;
528
Exercido pelo Poder Judiciário, mediante provocação; Cada país adota um sistema próprio de controle dos atos da Administração pelo Poder Judiciário Sistema da dualidade de Jurisdição (Francês) Sistema de Jurisdição Una (Inglês)
529
Controle do Poder Judiciário – flagrante desproporcionalidade e desrespeito à razoabilidade
CONTROLE ADMINISTRATIVO PODER JUDICIÁRIO
CONTROLE ADMINISTRATIVO PODER JUDICIÁRIO
Fazenda Pública: Pessoa Jurídicas de Direito Público que figuram no polo ativo ou passivo da ação judicial. As pessoas de Direito Privado que integram a Administração Indireta não compõe o termo Fazenda Pública!
530
CONTROLE ADMINISTRATIVO PODER JUDICIÁRIO PRERROGATIVAS: Foro privativo: competência da Justiça Federal, para o controle dos órgãos, autarquias e empresas
públicas da União. Exceção: ação de falência, acidente de trabalho, lide cuja competência seja da Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho. Súmula 556 do STF: É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.
Representação Judicial: 1. Advocacia Geral da União; 2. Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (cobrança de dívida ativa); 3. Procuradorias Estaduais; 4. Procuradorias Municipais.
Prazo: duplo para qualquer manifestação da Fazenda Pública; Inaplicabilidade do efeito material de revelia (julgamento antecipado da lide): a ausência de
manifestação pela Fazenda Pública não acarreta a presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor da demanda;
CONTROLE ADMINISTRATIVO PODER JUDICIÁRIO PRERROGATIVAS: Restrição de concessão de liminares contra a Fazenda Pública:
1. Art. 1°, caput. Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar
ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal. [...] (Lei 8.437/92 )
2. Art. 3° O recurso voluntário ou ex officio, interposto contra sentença em processo cautelar, proferida contra pessoa jurídica de direito público ou seus agentes, que importe em outorga ou adição de vencimentos ou de reclassificação funcional, terá efeito suspensivo. (Lei 8.437/92 )
3. Art. 7º, §2º. Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. (Lei 12.016/09 )
Suspensão de liminares (perante o presidente do Tribunal): para evitar grave lesão à ordem, à
saúde, à segurança e à economia pública;
Reexame necessário.
532
HABEAS CORPUS HABEAS CORPUS: Ação Constitucional que tem a finalidade de corrigir ou
evitar a lesão do direito de liberdade de locomoção em virtude de ilegalidade ou abuso de poder. Art. 5, LXVIII da CF/88. “Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.”
HABEAS CORPUS PREVENTIVO: antes de ocorrer a ilegalidade ou abuso
de poder: salvo-conduto.
HABEAS CORPUS REPRESSIVO: depois de ocorrer a ilegalidade ou abuso de poder: alvará de soltura.
533
HABEAS CORPUS LEGITIMIDADE ATIVA (IMPETRANTE): qualquer pessoa pode impetrar
habeas corpus, independentemente da representação por advogado. Até mesmo os incapazes? SIM! E as pessoas jurídicas? Também, desde que em favor de pessoas físicas. O magistrado pode conceder habeas corpus de ofício!
LEGITIMIDADE PASSIVA: autoridades (agentes públicos) e os particulares
responsáveis pela ilegalidade ou abuso de poder que ameace a liberdade do indivíduo.
534
HABEAS CORPUS Objeto: tutela da liberdade de locomoção dos indivíduos; Não cabe HABEAS CORPUS: Contra decisão condenatória a pena de multa ou em função de processo em curso por infração
penal a que a pena pecuniária seja a única cominada (Súmula 693 STF); Contra a punição militar de exclusão ou de perda de patente (Sumula 694 STF); Contra punição de perda de função pública (Sumula 694 STF); Quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula 695 STF); Em relação às demais punições disciplinares militares;
535
HABEAS CORPUS Procedimento Pedido acompanhado de prova pré constituída;
Sentença sujeita a reexame necessário;
Não é admissível a impetração de novo habeas corpus com fundamentos idênticos ao anteriormente julgado, salvo diante da existência de novas provas;
Não há prazo de prescrição ou decadencial.
536
HABEAS CORPUS COMPETÊNCIA DO STJ Quando o paciente for: Governador do Estado ou Distrito Federal; Desembargador; Membro dos tribunais de conta Estaduais; O TRE ou o TRT; Membro dos Tribunais de Contas dos Municípios; Membro do Ministério Público da União.
Quando o coator for: 1. Tribunal sujeitos à sua jurisdição; 2. Ministro de Estado; 3. Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
537
HABEAS CORPUS COMPETÊNCIA DO STF Quando o paciente for: 1. Presidente da República ou Vice-Presidente; 2. Procurador Geral da República; 3. Membros do Congresso Nacional; 4. Ministros STF; 5. Ministros de Estado; Comandante da Marinha; 6. Membros dos Tribunais Superiores; 7. Membros dos Tribunais de Contas; 8. Chefes de missão diplomática de caráter permanente;
Quando o coator for: 1. O STJ; 2. autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos à jurisdição do STF.
538
MANDATO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
O Mandado de Segurança é uma classe de ação judicial que visa resguardar direito: 1. líquido e certo;
2. não amparado por habeas corpus ou por habeas datas;
3. negado ou ameaçado por agente no exercício de atribuições
do poder público. 539
MANDATO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
O Mandado de Segurança tem caráter residual;
Não admite dilação probatória: prova pré-constituída;
Legitimidade ativa: qualquer pessoa (física ou jurídica) que sofrer
lesão ou ameaça de lesão a direito liquido e certo; OBS: A jurisprudência tem reconhecido a capacidade postulatória de órgãos públicos que atuam na defesa de consumidores, bem como dos órgãos públicos de cúpula, em defesa de suas prerrogativas institucionais.
540
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Art. 3º. O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.
541
Lei 12.016/09
MANDADO DE SEGURANÇA
PREVENTIVO X REPRESSIVO
INDIVIDUAL X COLETIVO
542
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL Legitimidade passiva (discussão doutrinária). Posições: 1. Autoridade coatora tem legitimidade para figurar no polo
passivo (HLM). 2. Pessoa Jurídica tem legitimidade passiva para figurar no
polo passivo (STJ); 3. Litisconsórcio passivo necessário: autoridade coatora e
pessoa jurídica;
543
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dosdocumentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. (concessionárias e permissionárias) OBS: Não cabe mandato de segurança contra atos privados. Sumula 333, STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
544
Lei 12.016/09
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL TEORIA DA ENCAMPAÇÃO: a indicação equivocada da autoridade coatora importa a extinção do processo sem julgamento do mérito, exceto se estiverem presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) Existência de vínculo hierárquico entre a autoridade equivocadamente indicada e a autoridade coatora;
b) Ausência de modificação de competência definida no texto constitucional;
c) Defesa de legalidade do ato impugnado com ingresso de mérito no mandato de segurança; Súmula 510 STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. Quem é a autoridade coatora? Ato complexo: autora da última manifestação de vontade Ato composto: autora da primeira manifestação de vontade
545
MANDATO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Não cabe Mandado de Segurança contra: Ato de Gestão Comercial (Atos Privados);
Ato sujeito a recurso administrativo com efeito suspensivo;
Decisão judicial contra a qual caiba recurso com efeito suspensivo;
Decisão transitada em julgado;
Lei em tese (cabe contra Lei de efeitos concretos);
Ato interna corporis (interpretação de regimentos das Casas Legislativas): em mesura
ao princípio da Separação de Poderes. 546
MANDATO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Prazo decadencial: 120 dias (Não há prazo decadencial nas hipótese de omissão continuada ou de mandato de segurança preventivo)
547
MANDATO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
Sentença que julga procedente ou improcedente o pedido: faz coisa julgada material.
Sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito não impede a rediscussão da questão por meio de outro mandato de segurança, desde que impetrado no prazo.
548
MANDATO DE SEGURANÇA COLETIVO O Mandado de segurança coletivo tem por objeto a proteção de direitos
coletivos e individuais homogêneos, líquidos e certos, não amparados por habeas data ou habeas corpus, contra atos ilegais ou abuso de poder praticados pelo Estado ou seus delegatórios;
Legitimidade ativa: a) Partidos políticos com representação no Congresso Nacional, na defesa de
seus interesses legítimos relativos (01 representante em 01 casa); b) Organizações sindicais; c) Entidade de classe; d) Associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um
ano, em defesa de direitos líquidos e certos dos seus membros e associados;
549
MANDATO DE SEGURANÇA COLETIVO Objeto: Art. 21. Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais (ex: plano de saúde), de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos (ex: consumidores que adquiriram determinado bem com defeito na fábrica), assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. 550
Lei 12.016/09
MANDATO DE SEGURANÇA COLETIVO
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva.
551
Lei 12.016/09
MANDATO DE SEGURANÇA COLETIVO
A concessão de liminar no mandado de segurança coletivo depende de oitiva prévia do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deve se pronunciar em 72 horas.
552
LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS
MANDADO DE INJUNÇÃO O mandado de injunção, previsto no artigo 5º, inciso LXXI da Constituição do Brasil de 1988, é um dos remédios-garantias constitucionais.
Art. 5º,LXXI, CF/88. “Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
553
MANDADO DE INJUNÇÃO Finalidade: Suprir a omissão legislativa e efetivar o direito de direitos e liberdades constitucionais; Pressupostos art. 5º LXXI: Norma constitucional de eficácia limitada; Ausência de norma regulamentadora; Inviabilidade de exercício desses direitos; Nexo causal; 554
MANDADO DE INJUNÇÃO Legitimidade ativa: MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL:
Toda e qualquer pessoa física e jurídica MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO: a) Partidos políticos com representação no Congresso Nacional, na
defesa de seus interesses legítimos relativos (01 representante em 01 casa);
b) Organizações sindicais; c) Entidade de classe; d) Associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo
menos, um ano, em defesa de direitos líquidos e certos dos seus membros e associados;
Legitimidade passiva (discussão doutrinária): Autoridade ou órgão público responsável pela omissão legislativa; Pessoa que suportará o ônus da decisão; Litisconsórcio passivo necessário; 555
MESMO ROL DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
MANDADO DE INJUNÇÃO Efeitos da decisão (controvérsias): Teoria da subsidiariedade: o Poder reconhece a omissão e irá notificar
o órgão responsável pela edição da norma;
Teoria da independência jurisdicional: o Poder Judiciário poderia editar a norma com eficácia para todas as decisões idênticas;
Teoria da resolutividade: Poder Judiciário reconhece a omissão e edita a norma com eficácia inter partes. Essa é a teoria albergada pelo STF.
556
MANDADO DE INJUNÇÃO
Não há prazo para impetração; Com a elaboração da norma o Mandato de Injunção ficará obstado;
557
HABEAS DATA
Art. 5º, LXXII, CF/88. Conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
558
HABEAS DATA Legitimidade ativa: qualquer pessoa (física, jurídica, nacional ou estrangeira).
Também é possível impetrar habeas data no interesse do falecido.
Legitimidade passiva: entidades governamentais ou entidades de caráter público (bancos de dados públicos).
Prazo: não há!
Observações: 1. Não existe habeas data coletivo. 2. As ações de habeas datas têm prioridade, exceto em relação ao habeas corpus e
Mandato de Segurança;
559
HABEAS DATA Finalidade: 1. conhecimento de informações; 2. retificação de dados; 3. anotações nos assentamentos do interessado;
Não há prazo prescricional.
560
HABEAS DATA Procedimento:
Art. 8°, parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova
(prova pré-constituída) I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.
Art. 9° Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do
conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias, preste as informações que julgar necessárias.
561
Lei 9.507/97
HABEAS DATA Procedimento:
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9°, e ouvido o representante do Ministério
Público (custos legis) dentro de cinco dias, os autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias.
Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e horário para que o coator: I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de dadas; ou II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do impetrante.
562
Lei 9.507/97
AÇÃO POPULAR Ação popular é o meio processual a que
tem direito qualquer cidadão que deseje questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Instrumento democrático de controle dos atos da
Administração Pública
Legitimidade ativa: cidadão comum Instrução Processual: petição inicial com título de eleitor.
563
AÇÃO POPULAR Art. 5º, LXXIII, CF/88: “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo: ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”
564
AÇÃO POPULAR Legitimidade passiva:
1. Administração Pública Direta;
2. Administração Pública Indireta;
3. Entidades privadas com participação do Estado;
4. Entidade privadas que recebem subvenção dos cofres públicos;
5. Autoridades, funcionários ou administradores;
6. Beneficiários diretos do ato;
565
AÇÃO POPULAR Não possuem legitimidade:
1. Estrangeiros, exceto portugueses equiparados;
2. Indivíduo com direitos políticos suspensos;
3. Pessoas jurídicas.
566
AÇÃO POPULAR Objeto: Anular os atos e contratos ilegais e lesivos ao erário, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Prazo prescricional de 05 anos. A ação de ressarcimento ao erário é imprescritível.
567
AÇÃO POPULAR Procedimento:
Art. 7º, IV. O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos.
568
Lei 8.429/92
AÇÃO POPULAR Procedimento
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do
ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.
569
Lei 8.429/92
AÇÃO POPULAR Procedimento
Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. § 1º Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público.
570
Lei 8.429/92
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Ação por meio da qual o Ministério Público provoca o Poder Judiciário para exercer o controle dos atos dos poderes públicos, bem como pleiteia a reparação do dano causado ao patrimônio público por ato de improbidade. Nos termos do “caput” do art. 1º da Lei nº 7.347/1985: “Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo V - por infração da ordem econômica VI - à ordem urbanística VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. VIII – ao patrimônio público e social.“
571
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Finalidade: reprimir ou prevenir danos causados a qualquer interesse
difuso ou coletivo.
Legitimidade ativa: 1. Ministério Público; 2. Defensoria Pública; 3. Entes federados; 4. Entidades da Administração Indireta; 5. Associações;
Caso o Ministério Público não seja autor da ação, deverá atuar,
obrigatoriamente, como fiscal da lei.
572
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Legitimidade passiva:
Toda e qualquer pessoa (física ou jurídica, de direito público ou direito privado) responsável pela lesão ou ameaça de lesão aos interesses e direitos coletivos tutelados.
Objeto: 1. Interesses difusos (indivisível); 2. Interesses coletivos em sentido estrito; 3. Interesses individuais homogêneos.
O art. 3º da Lei nº 7.347/85 (LACP – Lei de Ação Civil Pública) prevê que:
“Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”
573
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Assim, se a ação for julgada procedente: se for possível a restituição do status quo: haverá apenas a anulação do
ato administrativo
se não for possível a restituição do status quo: o ente da administração pública responderá patrimonialmente pelos danos causados.
574
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Prazo prescricional de 05 anos;
O Ministério Público pode requisitar documentos ou instaurar inquérito civil para obtenção de elementos necessários à propositura da ação civil pública;
575
ESPÉCIES DE CONTROLE
Quanto ao órgão, a entidade ou pessoa responsável
• Autocontrole (ou controle interno): Poder Executivo; • Controle externo: Poder Judiciário e Poder Legislativo (com auxílio do Tribunal de Contas); • Controle social: sociedade civil
Quanto ao momento •Controle prévio
•Controle posterior Quanto ao parâmetro do controle • Controle de legalidade
• Controle de mérito
CONTROLE LEGISLATIVO •Sustação e atos normativos; •Convocação de autoridades e requisição de informações; •Autorização e aprovação de ato administrativo; •Comissões Parlamentares de Inquérito; •Julgamento do Chefe do Executivo; •Controle financeiro.
CONTROLE DO TRIBUNAL DE CONTAS
Órgão constitucional independente que não são inseridos na relação hierárquica entre os três poderes. Critérios: • Legalidade • Legitimidade • Economicidade
Atribuições: Consultiva, Fiscalizadora, Julgadora, Registro, Sancionadora, Corretiva, Ouvidoria.
CONTROLE JURISDICIONAL a) Dualidade de jurisdição (sistema contencioso administrativo) b) Sistema de jurisdição una: adotado no Brasil • Habeas corpus • Mandado de segurança individual e coletivo • Mandado de injunção • Habeas data • Ação popular • Ação civil pública • Ação de improbidade administrativa
578
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas alcança qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos. Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, as pessoas privadas, físicas ou jurídicas, estão sujeitas apenas ao controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário, não sendo passíveis de controle legislativo.”
579
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas alcança qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos. Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, as pessoas privadas, físicas ou jurídicas, estão sujeitas apenas ao controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário, não sendo passíveis de controle legislativo.” ERRADO
580
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “A autarquia, embora possua personalidade jurídica própria, sujeita-se ao controle ou à tutela do ente que a criou.”
581
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “A autarquia, embora possua personalidade jurídica própria, sujeita-se ao controle ou à tutela do ente que a criou.” ERRADO
582
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “Os recursos administrativos constituem mecanismos de controle interno, por meio do qual a administração é provocada a fiscalizar seus próprios atos, visando ao atendimento do interesse público e a preservação da legalidade.”
583
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESPE) “Os recursos administrativos constituem mecanismos de controle interno, por meio do qual a administração é provocada a fiscalizar seus próprios atos, visando ao atendimento do interesse público e a preservação da legalidade.” CORRETO
584
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle externo.”
585
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle externo.” ERRADO
586
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “Os órgãos de controle interno da administração pública têm, praticamente, as mesmas competências deferidas constitucionalmente aos tribunais de contas, no que se refere ao objeto do controle das matérias sindicadas, sendo diversas somente a forma de exteriorização e as conseqüências do exercício desse controle.”
587
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “Os órgãos de controle interno da administração pública têm, praticamente, as mesmas competências deferidas constitucionalmente aos tribunais de contas, no que se refere ao objeto do controle das matérias sindicadas, sendo diversas somente a forma de exteriorização e as conseqüências do exercício desse controle.” CORRETO
588
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle dos atos da administração pública pode ser exercido de forma interna, pelos tribunais de contas estaduais e do DF, ou de forma externa, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Poder Judiciário.”
589
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “O controle dos atos da administração pública pode ser exercido de forma interna, pelos tribunais de contas estaduais e do DF, ou de forma externa, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Poder Judiciário.” ERRADO
590
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “Quanto ao efeito da interposição do recurso, predomina a regra da suspensividade dos efeitos do ato impugnado, tendo em vista a presunção de legalidade do ato administrativo e a sua autoexecutoriedade.”
591
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “Quanto ao efeito da interposição do recurso, predomina a regra da suspensividade dos efeitos do ato impugnado, tendo em vista a presunção de legalidade do ato administrativo e a sua autoexecutoriedade.” ERRADO
592
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “A Constituição Federal assegura, expressamente, a ampla defesa nos processos administrativos.”
593
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) “A Constituição Federal assegura, expressamente, a ampla defesa nos processos administrativos.” CORRETO
594
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “O mandado de segurança é meio de controle da administração pública cuja finalidade é a invalidação de atos e contratos administrativos ilegais, lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente.”
595
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) “O mandado de segurança é meio de controle da administração pública cuja finalidade é a invalidação de atos e contratos administrativos ilegais, lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente.” ERRADO
596
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) A Controladoria-Geral da União (CGU) é órgão de controle externo.
597
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) A Controladoria-Geral da União (CGU) é órgão de controle externo. ERRADO
598
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESPE) A educação infantil, direito fundamental de toda criança, submete-se, em seu processo de concretização, a avaliações puramente discricionárias da administração pública, subordinando-se, portanto, a razões de pragmatismo governamental. Eventual controle jurisdicional a ser exercido sobre a implementação desse direito está limitado pela discricionariedade político-administrativa dos entes políticos.
599
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada?
(CESP) A educação infantil, direito fundamental de toda criança, submete-se, em seu processo de concretização, a avaliações puramente discricionárias da administração pública, subordinando-se, portanto, a razões de pragmatismo governamental. Eventual controle jurisdicional a ser exercido sobre a implementação desse direito está limitado pela discricionariedade político-administrativa dos entes políticos. ERRADO
600
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Ao Poder Judiciário é defeso analisar os atos administrativos dos demais poderes.”
601
HORA DA QUESTÃO Como essa matéria é cobrada? (CESP) “Ao Poder Judiciário é defeso analisar os atos administrativos dos demais poderes.”
ERRADO
Lei nº 12.843/13 (Lei Anti Corrupção)
Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Prevê sanções aplicáveis exclusivamente às pessoas jurídicas exclusivamente;
602
603
QUADROS SINÓPTICOS
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Função de Governo X Função Administrativa
Função de Governo/Política Função Administrativa
Quem exerce Poder Executivo Poder Executivo
Fundamento Constitucional Legal
Liberdade Alta discricionariedade Discricionariedade comum
Exemplo Declaração de guerra Regulamentos, Decretos, Licença...
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Noções de Direito Administrativo
Origem do Direito Administrativo Revolução francesa – surgimento do Estado de Direito
Evolução do Estado e do Direito Administrativo a) Estado Liberal de Direito; b) Estado Social de Direito; c) Estado Democrático de Direito;
Fontes de Direito Administrativo Lei em sentido amplo: fonte primária; Doutrina; Jurisprudência; Costumes; Princípios gerais do Direito;
Controle Administrativo Sistema francês: Conselho de Estado; Sistema inglês: Poder Judiciário – Adotado no Brasil
Definição do Direito Administrativo 1- Corrente Legalista (Escola Exegética); 2- Critério do Poder Executivo; 3- Critério das relações jurídicas; 4- Critério do serviço público; 5- Critério teleológico ou finalístico; 6- Critério negativista;
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que reúne o conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos e agentes da atividade pública para a realização dos fins almejados pelo Estado, de forma concreta, direta e imediata.
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Diferenças entre legalidade privada e legalidade pública
Critério Legalidade Privada Legalidade Pública
Destinatário Particulares Agentes Públicos
Fundamento Autonomia de vontade Subordinação
Significado Podem fazer tudo o que a lei não proíbe
Podem fazer tudo o que a lei autoriza
Sentido da norma específica Normas permissivas excepcionam proibições gerais ou reforçam liberdades
Normas proibitivas excepcionam permissões gerais ou reforçam vedações
Silêncio Legislativo Equivale a permissão
Equivale a proibição
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Princípios do Direito Administrativo
Legalidade A Administração deve atuar em conformidade com a lei
Impessoalidade Não discriminação
Proibição da promoção pessoal
Moralidade Atuação em conformidade com padrões éticos, probidade, decoro e boa-fé
Publicidade Transparência
Eficácia dos atos administrativos
Eficiência Administração gerencial
Razoabilidade e Proporcionalidade Adequação entre meios e fins - medida menos gravosa aos direitos fundamentais
Supremacia do Interesse Público Interesse primário: bem comum Interesse secundário: interesse do erário
Autotutela Poder dever de rever seus próprios atos
Segurança Jurídica Objetivo: estabilização do ordenamento jurídico Subjetivo: proteção a confiança das pessoas
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Desconcentração Descentralização
Competências atribuídas a órgãos públicos - sem personalidade jurídica
Competências atribuídas a entidades com personalidade jurídica autônoma
Conjunto de órgãos que formam a Administração Pública Centralizada/Direta
Conjunto de entidades que formam a administração pública indireta
O órgão não pode ser acionado diretamente pelo Poder Judiciário, com exceção para alguns órgãos dotados de capacidade processual
Entidades descentralizadas respondem judicialmente pelos prejuízos causados a particulares
Ex: Ministérios, Secretarias Ex: Autarquias, Fundações Públicas...
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Nova organização Administrativa a) Núcleo estratégico; b) Atividades exclusivas; c) Serviços não exclusivos; d) Setor de produção de bens e serviços;
Administração Pública Subjetivo: pessoas que exercem atividades administrativas; Objetivo: própria função ou atividade;
Desconcentração Administrativa Distribuição interna dentro de uma mesma pessoa jurídica
Descentralização Transferência da atividade administrativa para outra pessoa jurídica.
Administração Pública direta e indireta Administração Direta: entes federados Administração Indireta: a) Autarquias; b) Empresas Públicas (e suas subsidiárias); c) Sociedade de Economia Mista (e suas subsidiárias); d) Fundações estatais;
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública
Administração Pública Direta
Administração Pública Indireta
Autarquias Fundações
Fundação Pública de
Direito Público
Fundação Pública de
Direito Privado
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
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Regime Jurídico de Direito Público Regime Jurídico Híbrido
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AUTARQUIAS
Criação Diretamente por lei
Objeto Atividades típicas de Estado
Patrimônio a) impenhorabilidade; b) Imprescritibilidade; c) Não onerabilidade; d) Alienabilidade condicionada;
Responsabilidade Civil Objetiva
Prerrogativas especiais a) Imunidade tributária; b) Prerrogativas processuais;
Agências Executivas a) Plano estratégico de reestruturação; b) Contrato de Gestão com o Ministério Supervisor;
FUNDAÇÕES ESTATAIS Criação Fundações de Direito Público: criadas por lei específica;
Fundações de Direito Privado: autorizadas mediante lei;
Objeto Fundações de Direito Público: definidas por lei ordinária; Fundações de Direito Privado: definido por lei complementar;
Regime de Pessoal Fundações de Direito Público: estatutário; Fundações de Direito Privado: celetista;
Patrimônio Fundações de Direito Público: bens públicos; Fundações de Direito Privado: bens privados, algumas prerrogativas dos bens públicos;
Responsabilidade Civil Objetiva
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Fundação de Direito Público Fundação de Direito Privado
Patrimônio Bens públicos Bens privados (impenhorabilidade)
Regime de pessoal Regime estatutário Regime celetista
Atos e contratos Atos e contratos administrativos Atos e contratos privados
Responsabilidade Civil Objetiva Objetiva
Prerrogativas processuais Sim Não
EMPRESAS ESTATAIS
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Empresas Públicas Sociedade de Economia Mista
Criação Autorização de criação mediante lei Autorização de criação mediante lei
Personalidade Jurídica Personalidade Jurídica de Direito Privado
Personalidade Jurídica de Direito Privado
Regime Jurídico Híbrido Regime Jurídico Híbrido (não possuem privilégios fiscais, obrigações trabalhistas regidas pela CLT, não gozam prerrogativas dos contratos administrativos, mesmo regime das Empresas privadas no que tange aos privilégios processuais)
Regime Jurídico Híbrido (não possuem privilégios fiscais, obrigações trabalhistas regidas pela CLT, não gozam de prerrogativas dos contratos administrativos, mesmo regime das Empresas privadas no que tange aos privilégios processuais)
Regime de Pessoal Empregados públicos Empregados públicos
Finalidade Prestação de serviço público ou Exploração de atividade econômica;
Prestação de serviço público ou Exploração de atividade econômica;
Semelhanças:
EMPRESAS ESTATAIS
Prestadoras de Serviço Público Exploradoras de atividade econômica
Criação Cartório de Pessoas Jurídicas Junta Comercial
Responsabilidade Civil Objetiva Regime aplicável às Empresas Privadas
Bens Bens privados (prerrogativas inerentes aos bens públicos, como a imprescritibilidade e impenhorabilidade)
Bens privados (sendo, inclusive, possível a penhora e a onerarão destes bens com direitos reais de garantia)
Prerrogativas Processuais Não gozam das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado.
Não gozam das prerrogativas processuais aplicadas ao Estado.
Diferenças:
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PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Normativo ou regulamentar Edição de atos normativos para fiel execução da lei.
Poder de Polícia Restringir liberdades individuais e uso e gozo da propriedade privada
Ciclo de Polícia a) ordem; b) consentimento; - Licença; - Autorização; c) fiscalização; d) sanção;
Atributos do Poder de Polícia Discricionariedade; Imperatividade; Coercibilidade; Autoexecutoriedade;
Poder Hierárquico a) Ordens; b) Controle ou fiscalização; c) Alteração de competências; d) Revisional; e) Resolução de conflitos de atribuições; f) Disciplinar;
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Policia Administrativa Policia Judiciária
A policia administrativa se exaure em si mesma
A policia judiciária é preparatória para a função jurisdicional penal
Incide sobre atividades, bens e direitos dos indivíduos
Incide sobre os indivíduos (aqueles a quem se atribui o ilícito penal)
Possui caráter eminentemente preventivo
Possui caráter predominantemente repressivo
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Ato administrativo Manifestação unilateral de vontade da Administração e de seus delegatórios, no exercício da função administrativa delegada, que sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público.
Separação dos poderes O ato administrativo será tipicamente editado pelo poder Executivo e, atipicamente, pelo Poder Judiciário e Legislativo
Ato e fato •Atos: vontade da Administração •Fato: eventos materiais que podem repercutir no mundo jurídico;
Ato e processo •Ato: manifestação de vontade da Administração •Processo: seqüência encadeada de atos instrumentais
Elementos do ato administrativo •Competência •Finalidade •Forma •Motivo •Objeto
Atributos do ato administrativo • Presunção de legitimidade • Imperatividade • Autoexecutoriedade
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Classificação dos atos Quanto ao critério de formação Quanto ao critério dos destinatários Quanto ao critério dos efeitos Quanto ao critério de imperatividade Quanto à liberdade do agente Quanto ao âmbito de seus efeitos Quanto à repercussão sobre a esfera do particular Quanto à executoriedade Quanto à formação
• ATO SIMPLES • ATO COMPOSTO • ATO COMPLEXO
• ATOS INDIVIDUAIS • ATOS GERAIS
• ATOS CONSTITUTIVOS • ATOS DECLARATÓRIOS
• ATOS ENUNCIATIVOS • ATOS DE IMPÉRIO • ATOS DE GESTÃO
• ATOS DISCRICIONÁRIOS • ATOS VINCULADOS
• EXTERNO • INTERNO
• ATOS AMPLIATIVOS • ATOS RESTRITIVOS
• ATOS EXECUTÓRIOS • ATOS NÃO EXECUTÓRIOS
• ATOS PERFEITOS • IMPERFEITOS • PENDENTES • CONSUMADOS
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Espécies de extinção dos atos
a) Normal ou natural; b) Subjetiva: desaparecimento do beneficiário; c) Objetiva: quando desaparece o objeto da relação jurídica d) Manifestação de vontade do particular (renúncia ou recusa); e) Manifestação de vontade da administração (caducidade, cassação, anulação e
revogação);
Convalidação Produz efeitos ex tunc, preservando o ato ilegal a) Convalidação voluntária: ratificação, reforma e conversão; b) Convalidação em razão do tempo: decurso do tempo e independe de
manifestação;
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Serviço Público Concepção tradicional de serviço público no Brasil é composta pelos elementos: a) subjetivo: Estado e delegatários b) Material: atividade que satisfaz o interesses da coletividade c) Formal: atividade submetida ao regime de direito público
Princípios a) Continuidade b) Igualdade c) Mutabilidade (ou atualidade) d) Generalidade e) Modicidade
Classificação a) Critérios dos destinatários: uti universi e uti singuli b) Critério da titularidade federativa c) Quanto ao objeto: administrativos, econômicos e sociais d) Quanto à essencialidade: essenciais e não essenciais; e) Critério da titularidade estatal: próprios x impróprios
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Características Contratado Instrumento Procedimento
CONCESSÃO Precedida de Obra Pública;
Pessoa Jurídica ou Consórcio de Empresas;
Contrato Administrativo;
Licitação na modalidade concorrência (inclusive na
subconcessão);
PERMISSÃO Não é precedida de obra pública
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica;
Art. 40 - Contrato de Adesão;
X Permissão de uso de
bem público (Ato Administrativo)
Licitação – qualquer modalidade licitatória;
AUTORIZAÇÃO (serviço mais simples. Taxi)
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica;
Ato Administrativo discricionário e
precário;
Precariedade e Revogabilidade unilateral
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Concessão Permissão Modalidade Licitatória
Concorrência depende do valor do contrato a ser celebrado
Pessoas contratadas
pessoas jurídicas pessoa física ou jurídica
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CONCEITO Contrato administrativo por meio do qual o Poder Público delega a execução de serviços a terceiros.
REMUNERAÇÃO Por meio de tarifas. O Edital pode prever receitas alternativas.
LICITAÇÃO Modalidade Concorrência (inexigibilidade tem sido aceita pela doutrina em determinados casos)
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO POR INADIMPLEMENTO DO USUÁRIO
Art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. “ Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.”
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
• Advento do termo contratual; • Encampação; • Caducidade; • Rescisão; • Anulação; • Falência; • Distrato; • Desaparecimento do objeto; • Força maior.
CONCESSÃO
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Evolução 1. Fase da irresponsabilidade do Estado; 2. Fase da responsabilidade subjetiva; 2.1 Teoria da culpa; 2.2 Teoria da culpa anônima; Fase da Responsabilidade Civil Objetiva;
Responsabilidade civil objetiva •Ato lícito e ato ilícito
Teoria do risco administrativo e repartição dos encargos sociais
•Teoria do risco administrativo •Teoria do Risco integral
Pressupostos da responsabilidade civil do Estado •Dano •Conduta do agente •Nexo de causalidade
Causas e excludentes do nexo de causalidade • Fato exclusivo da vítima • Fato de terceiro • Caso fortuito ou força maior
Responsabilidade civil do Estado por omissão •Omissão específica
Prescrição • Qüinqüenal (lei especial não é revogada por lei geral)
• Trienal (SETJ)
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Enriquecimento ilícito Dano ao erário Violação a princípios da administração
Perda da Função Pública Perda da Função Pública Perda da Função Pública
Suspensão de Direitos Políticos 8 a 10 anos Suspensão de Direitos Políticos 5 a 8 anos Suspensão de Direitos Políticos 3 anos a 5 anos
Multa (até 3 vezes o valor acrescido) Multa (até 2 vezes o valor acrescido) Multa (até 100 vezes o valor ada remuneração do agente)
Proibição de Contratar com o poder público por 10 anos
Proibição de Contratar com o poder público por 5 anos
Proibição de Contratar com o poder público por 2 anos
Perda dos bens acrescidos ilicitamente e ressarcimento do dano quando houver
Perda dos bens acrescidos ilicitamente e ressarcimento do dano quando houver (concorrência)
Ressarcimento do dano quando houver
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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ESPÉCIES DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
Quanto ao órgão, à entidade ou à pessoa responsável
• Autocontrole (ou controle interno): Poder Executivo;
• Controle externo: Poder Judiciário e Poder Legislativo (com auxílio do Tribunal de Contas);
• Controle social: sociedade civil
Quanto ao momento • Controle prévio
• Controle posterior
Quanto ao parâmetro do controle • Controle de legalidade
• Controle de mérito
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CONTROLE LEGISLATIVO • Sustação e atos normativos; • Convocação de autoridades e requisição de informações; • Autorização e aprovação de ato administrativo; • Comissões Parlamentares de Inquérito; • Julgamento do Chefe do Executivo; • Controle financeiro.
CONTROLE DO TRIBUNAL DE CONTAS
Órgão constitucional independente que não são inseridos na relação hierárquica entre os três poderes. Critérios: • Legalidade • Legitimidade • Economicidade
Atribuições: Consultiva, Fiscalizadora, Julgadora, Registro, Sancionadora, Corretiva, Ouvidoria.
CONTROLE JURISDICIONAL a) Dualidade de jurisdição (sistema contencioso administrativo) b) Sistema de jurisdição una: adotado no Brasil • Habeas corpus • Mandado de segurança individual e coletivo • Mandado de injunção • Habeas data • Ação popular • Ação civil pública • Ação de improbidade administrativa