o desafio do uso das tecnologias de informação e comunicação para a organização dos sistemas...

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O DESAFIO DO USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAçãO E COMUNICAçãO PARA A ORGANIZAçãO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS Zilmar da Cunha Galdino * Tânia Suely Azevedo Brasileiro ** José Lucas Pedreira Bueno *** Resumo: Este estudo aborda a necessidade de inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos sistemas educacionais públicos, sob o olhar de suas possibilidades e limites. Destaca a relevância desta ação para a organização do trabalho na escola pública dentro da perspectiva sociocrítica da educação. O texto foi elaborado com base em dados bibliográficos fundamentados nos autores que desenvolveram estudos sobre esta temática. Na perspectiva da proposta defendida, a inserção de novos métodos e ferramentas a serem adotados deve ir ao encontro das reais precisões das escolas, considerando as comunidades nelas inseridas. Neste entendimento, há necessidade de se organizar novas práticas na escola integradas ao uso e estudo das novas tecnologias. É preciso ir além dos condicionantes históricos, que vão desde o desrespeito aos aspectos culturais, à falta de investimentos, a formação pedagógica e funcional nas escolas públicas, fatores que impedem a democratização e o melhor aproveitamento das tecnologias pelas camadas populares, fator que inviabiliza sua maior participação na sociedade globalizada e informatizada. Palavras-chave: Sociedade informatizada e globalizada. Tecnologias de Informação e Comunicação. Sistemas Educacionais Públicos.

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Este estudo aborda a necessidade de inserção das Tecnologias deInformação e Comunicação (TIC) nos sistemas educacionais públicos, sob oolhar de suas possibilidades e limites. Destaca a relevância desta ação para a organização do trabalho na escola pública dentro da perspectiva sociocrítica da educação. O texto foi elaborado com base em dados bibliográficos fundamentados nos autores que desenvolveram estudos sobre esta temática. Na perspectiva da proposta defendida, a inserção de novos métodos e ferramentas a serem adotados deve ir ao encontro das reais precisões das escolas, considerando as comunidades nelas inseridas. Neste entendimento,há necessidade de se organizar novas práticas na escola integradas aouso e estudo das novas tecnologias. É preciso ir além dos condicionanteshistóricos, que vão desde o desrespeito aos aspectos culturais, à falta de investimentos, a formação pedagógica e funcional nas escolas públicas, fatores que impedem a democratização e o melhor aproveitamento das tecnologias pelas camadas populares, fator que inviabiliza sua maior participação na sociedade globalizada e informatizada.

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  • O desafiO dO usO das tecnOlOgias de infOrmaO e cOmunicaO

    para a OrganizaO dOs sistemas educaciOnais

    Zilmar da Cunha Galdino*

    Tnia Suely Azevedo Brasileiro**

    Jos Lucas Pedreira Bueno***

    resumo: Este estudo aborda a necessidade de insero das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) nos sistemas educacionais pblicos, sob o olhar de suas possibilidades e limites. Destaca a relevncia desta ao para a organizao do trabalho na escola pblica dentro da perspectiva sociocrtica da educao. O texto foi elaborado com base em dados bibliogrficos fundamentados nos autores que desenvolveram estudos sobre esta temtica. Na perspectiva da proposta defendida, a insero de novos mtodos e ferramentas a serem adotados deve ir ao encontro das reais precises das escolas, considerando as comunidades nelas inseridas. Neste entendimento, h necessidade de se organizar novas prticas na escola integradas ao uso e estudo das novas tecnologias. preciso ir alm dos condicionantes histricos, que vo desde o desrespeito aos aspectos culturais, falta de investimentos, a formao pedaggica e funcional nas escolas pblicas, fatores que impedem a democratizao e o melhor aproveitamento das tecnologias pelas camadas populares, fator que inviabiliza sua maior participao na sociedade globalizada e informatizada.

    palavras-chave: Sociedade informatizada e globalizada. Tecnologias de Informao e Comunicao. Sistemas Educacionais Pblicos.

  • 422 Revista Pedaggica - UNOCHAPEC - Ano -16 - n. 29 vol. 02 - jul./dez. 2012

    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    abstract: This study addresses the need for integration of Information and Communication Technologies (ICT) in public educational systems, under the gaze of their possibilities and limitations. Highlights the relevance of this action for the organization of work in the public school within the socio-critical perspective of education. The text was based on bibliographic data based on the authors who developed studies on this topic. In view of the proposal advocated the inclusion of new tools and methods to be adopted to meet the real accuracies of schools, communities considering them inserted. In this understanding, it is necessary to organize new practices in school and study incorporated the use of new technologies. We need to go beyond the historical conditions, ranging from the cultural disrespect, lack of investment, functional and pedagogical training in the public schools, factors that impede democratization and better use of technologies by the popular classes, a factor that prevents the most participation in the global society and computerized.

    Keywords: Computerized and globalized society. Information and communication Technologies. Public Educational Systems.

  • 423Revista Pedaggica - UNOCHAPEC - Ano -16 - n. 29 vol. 02 - jul./dez. 2012

    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    introduo

    A educao tradicional se iniciou na sociedade de classe escra-vista, com o ensino destinado a minoria da populao. Com a ex-panso burguesa e mais adiante com o advento da educao nova, numerosas conquistas foram alcanadas no campo de estudo das cincias da educao e na ampliao das metodologias de ensi-no. Porm, prevalecia-se o enfoque individual de desenvolvimento educacional e o monoplio do saber por uma camada mnima da poluo privilegiada.

    Com a luta em busca de assegurar a educao formal pelo Es-tado a sua efetivao tornou-se uma conquista permanente e so-cial, apesar de ainda existirem muitos bolses de desigualdade, h ideias universalmente difundidas, entre elas, a de que educao direito de todos: negros, ndios, brancos, homens, mulheres, j no h limites de idade e nem espaos estticos para estudar, a educa-o se estende por toda vida.

    Com o advento das novas formas de disseminao da comuni-cao e da informao a nfase no deslocamento no enfoque in-dividual para o coletivo, a participao poltica e crtica no campo ideolgico so exigncias que se fazem pertinentes no mbito das polticas educacionais e se refletem na busca de novas construes para a organizao do trabalho nas escolas pblicas.

    Falar em mudanas das prticas de ensino falar de educao no mbito da organizao escolar que por sua vez est inserida na prtica social do mundo em que vivemos. Nas palavras de Coo-monte (2008, p. 52), [...] cada sociedade tem seu sistema educa-tivo, aquele que precisa ter o que lhe prprio, o que responde idiossincrasia nacional do momento, sistema educativo este que

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    entra em jogo com a dinmica social de outros sistemas no con-junto dinmico da sociedade.

    Como parte desta conjuntura as organizaes de educao formal desde o limiar de sua histria no decorrer do desenvolvi-mento das sociedades de produo e evoluo das cincias, vem ampliando a sistematizao do ensino como atividade planejada e intencional, as diversas transformaes que a sociedade organi-zada a partir do sistema produtivo capitalista vem passando nas ltimas dcadas do sculo XX, promoveram mudanas no campo socioeconmico, na cultura, na cincia e na tecnologia. Com a chegada do novo Milnio e a nfase em maiores ndices de produ-tividade no mbito do capital a competitividade cresceu e a soli-dariedade diminuiu, com isso cresceram tambm as expectativas acerca da educao e a ampliao da discusso da diversificao da metodologia utilizada na formao que vem sendo oferecida no mbito dos sistemas escolares.

    dentro deste novo contexto com o uso das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) que muitas oportunidades so criadas. Para Moran (2011): A educao presencial est in-corporando tecnologias, funes, atividades que eram tpicas da educao a distncia, e a EAD est descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilbrio entre a flexibilidade e a interao. A revoluo trazida pela rede mundial possibilita que a informao gerada em qualquer lugar esteja dis-ponvel rapidamente. A globalizao do conhecimento e a simul-taneidade da informao proporcionaram ganhos inestimveis sociedade.

    A internet de forma crucial vem contribuindo para uma total mudana nas prticas de comunicao e, consequentemente, na forma de disseminao dos conhecimentos. Nos hbitos de lei-

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    tura, na forma de escrever, na pesquisa e at como instrumento complementar na sala de aula ou como estratgia de divulgar a informao.

    No mbito dos sistemas educacionais, porm, a insero das TIC acontece lentamente, h certa morosidade em acatar as mu-danas, apesar das implicaes da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n. 9.394/96, que sinaliza a todos o direito de uma educao de qualidade no sistema de ensino, os autores Viei-ra, Almeida e Alonso (2003 p. 33), esclarecem que:

    [...] as TIC podem ser incorporadas na escola como supor-te para: comunicao entre educadores, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizaes; desen-volvimento de um banco de dados gerado na escola que d subsdios para a tomada de decises; criao de um fluxo de informaes e troca de experincias que realimente as prticas; realizao de atividades colaborativas que visam a enfrentar os problemas da realidade; desenvolvimento de projetos relacionados com a gesto administrativa e peda-ggica; representao do conhecimento em construo pe-los alunos e respectiva aprendizagem, etc.

    Diante de tais concepes os autores enfatizam que as tecno-logias de informao interligadas, podero ser um elo entre a co-munidade escolar e a comunidade geral, diminuindo com isso a distncia de comunicao existente entre eles, servindo de instru-mentos de apoio pedaggico para melhoria do processo de ensino--aprendizagem. J que, segundo Levy (1993), [...] as tecnologias tm papel fundamental no estabelecimento dos referenciais inte-lectuais e espaos temporais das sociedades humanas, isto , todas as formas de construo do conhecimento esto estruturadas em alguma tecnologia.

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    Martn (1995) define bem como a questo do entendimento sobre o uso das TIC ainda se d na maioria dos sistemas educacio-nais. Para ele, quando os professores se referem s TIC, automati-camente so levados a interpretar de maneira simplista que as tec-nologias so recursos mais ou menos sofisticados como compu-tadores, projetores, vdeo interativo, leitores digitais, multimdia, que podem ser incorporados prtica didtica. O adjetivo novo, muitas vezes usado em novas tecnologias, vem se justificar, por-que ainda, no dispomos de tais meios de forma ampla dentro da escola. De certa forma, mesmo de forma equivocada, essa consta-tao serve para tranquilizar, suas conscincias inovadoras. Para descortinar esta situao, preciso entender a educao escolar a partir de outra viso, pois, segundo Bueno e Gomes (2011, p. 54):

    Tendo por referncia o materialismo histrico,a educao reflete, em ltima instncia, a forma como os homens or-ganizam a produo de sua vida material em cada momen-to histrico. Assim, a estrutura escolar no natural, mas fruto das relaes estabelecidas entre os homens. Temos que aqui reforar a ideia de que a estrutura escolar fruto de uma construo histrica, produto social e produtora das relaes materiais existentes entre os homens. Como social, mutvel, pois foi constituda pelos homens, em suas interaes e intervenes em meio a cada momento histrico. Em suma, negamos veementemente uma viso a-histrica, que trata a educao escolar como um tipo de organizao que sempre existiu, como se no houvesse um passado diferente e a possibilidade de alternativas substan-cialmente superiores a que presenciamos.

    Assim, preciso entender as tessituras que compem a din-mica de organizao econmico-social na qual esto inseridos os sistemas educacionais para se compreender os condicionantes que delimitam a verdadeira efetivao de novas prticas e meto-

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    dologias que favoream a ampliao e democratizao do uso das TIC nas escolas pblicas e sua importncia social, sem contudo esquecer que os problemas em torno de sua real efetivao no se limita ao campo instrumental e metodolgico, mas a questes mais amplas que envolvem as polticas educacionais que por sua vez esto atreladas s questes polticas econmicas e administra-tivas no mbito regional e mundial.

    a insero das tic na escola: perspectivas e desafios

    O mundo est vivendo a era da globalizao da economia e da comunicao de massa a partir da individualidade dos sujeitos e suas publicaes nas redes sociais. A escola se encontra inserida neste contexto e se depara com muitos desafios, por isso necessita discutir e reconstruir o conhecimento sistematizado, assim como a postura dos profissionais da educao frente nova administra-o da escola perante as mudanas culturais e tecnolgicas que de-mandam novas habilidades e necessidades de aprendizagem.

    No processo educativo preciso considerar como ponto de par-tida a realidade social e histrica em que tanto as crianas como os educadores esto inseridos. Partindo desse pressuposto, a funo da escola dar condies para que o aluno compreenda o mundo em que vive, assumindo, assim, uma atitude crtica e construtiva para contribuir e participar das transformaes de seu tempo com as habilidades e necessidades que o fazem sujeito de seu trabalho e de sua aprendizagem.

    Dentro do mbito das possibilidades de melhorias para a efe-tivao da ampliao do uso das TIC na educao apontam-se os avanos na Legislao Educacional com a promulgao da LD-

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    BEN-9392/96 e com a aprovao do Plano Nacional de Educa-o em 2001, onde foram estabelecidas diretrizes e metas relativas melhoria das escolas, desde os espaos fsicos, infraestrutura, instrumentos e materiais pedaggicos, aos meios tecnolgicos, formao continuada de professores, at a participao dos pro-fissionais da educao na elaborao e formulao das propostas e do projeto pedaggico para a democratizao da gesto da escola.

    Neste sentido que a perspectiva histrico-crtica defende a organizao escolar, priorizando a participao de todos, para que se possam levar em conta os aspectos sociais, polticos, culturais e as relaes de foras e interesses presentes no cotidiano da escola, a partir desta viso constroem-se formas participativas e solid-rias, mas tambm se valorizam os elementos internos e externos envolvidos em todo processo organizacional.

    Ento, os mecanismos tradicionais de organizao adminis-trativa da escola como a gesto, o planejamento e a avaliao ao introduzirem as TIC podem melhorar o processo educacional, pois tendem a propiciar aos envolvidos a inovao e a ampliao de mtodos e a continuao da formao, ora delimitados, pela forma tradicional e esttica de transmisso de conhecimentos. A tendncia da organizao escolar com a insero das TIC deve englobar estes aspectos, pois segundo Libneo (2003, p. 322-323):

    Constituem, pois, desafios competncia de diretores, coordenadores pedaggicos e professores: saber gerir e, frequentemente, conciliar interesses pessoais e coletivos, peculiaridades culturais e exigncias universais da convi-vncia humana; preocupar-se com as relaes humanas e com os objetivos pedaggicos e sociais a atingir; estabele-cer formas participativas e a eficincia nos procedimentos administrativos.

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    Sabe-se o quanto difcil esta empreitada, pois a forma como est organizado o trabalho na escola pblica em relao locao dos recursos humanos, materiais, fsicos, financeiros e informa-cionais; subordinados e vinculados em nvel superior de gesto s Secretarias de Educao, e na escola, na pessoa do gestor ou gesto-ra, centraliza a tomada de deciso e impede a autonomia, princi-palmente, financeira da escola.

    Desta forma, importante que os sistemas de ensino promo-vam alternativas de maior articulao nas relaes de trabalho nas escolas e a interao entre seus membros para assumir mediante o trabalho em conjunto a busca de melhorias coletivas que, para se efetivarem, precisam estar de acordo com os interesses da co-munidade com a participao e apoio dos pais e das organizaes polticas e comunitrias.

    Tendo em vista que na sociedade em que vivemos o avano tec-nolgico possibilita a criao de novas formas de obteno e cons-truo de conhecimentos, os ambientes escolares precisam efetivar a insero das TIC, pois estas permitem operacionalizar melhorias significativas no padro de qualidade da educao e de moderni-zao da escola. Estes meios tecnolgicos agilizam a organizao do setor administrativo e inovam o setor pedaggico por meio da grande mobilidade e facilidade de obteno de informaes, como o caso do uso dos computadores nas secretarias para armazena-mento e impresso de dados e a internet como veculo de informa-o e formao dos profissionais da escola.

    Assim, a construo de novas prticas pedaggicas mediadas pelas TIC vai alm da ordenao, da classificao de tarefas e das concepes de instrumentao que procuram determin-la. pre-ciso que se tenha claro o conjunto que as orientam, pois vale res-saltar que medidas verticalizadas so pouco assimiladas e de difcil

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    efetivao, pois assumem padres particularizados, poucos flex-veis e no levam em conta as condies e experincias oferecidas pelos envolvidos no processo.

    A Gesto Escolar tem funo primordial na democratizao deste processo, uma vez que a incorporao das TIC est dire-tamente relacionada com a mobilizao de toda a comunidade escolar. As mudanas no se limitam ao espao da sala de aula, mais se estendem a organizao de diferentes espaos e de tempo dentro da ao administrativa e pedaggica.

    Nestes aspectos, evidencia-se a importncia da participao de todos os profissionais que atuam nas instituies de ensino, enfa-tiza-se o papel integrador da gesto participativa na insero das TIC na escola e na busca de condies de melhorias para o ensino e a aprendizagem na escola.

    O processo educacional, em qualquer modalidade, sempre uma questo complexa, pois envolve inmeros fatores e deter-minaes de carter cultural, social, econmico, os quais reque-rem uma organizao cuidadosa e um planejamento adequado. As propostas de organizao do contexto escolar envolvem uma determinada concepo de educao que se pressupe escolha de uma determinada estrutura organizacional e uma determinada metodologia de ensino. O embate da [...] luta hegemnica d--se tanto no contedo, na forma e no mtodo de produo do conhecimento cientfico elaborado, quanto no acesso efetivo ou excluso do mesmo. (FRIGOTTO, 1994, p. 187).

    A educao institucionalizada submete-se aos interesses dos segmentos dominantes da sociedade, mas nem por isso, deixa de representar uma das poucas oportunidades de transformao so-cial, visto que e sempre ser uma prtica poltica e um espao de luta por espaos na defesa dos interesses da classe menos pri-

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    vilegiada e que historicamente foram relegados. Nesse espao, se possibilita s escolas a flexibilidade e abertura no processo a partir do embasamento terico dos profissionais e sua criticidade para a interpretao dos currculos e a insero de TIC no processo de ensino-aprendizagem de acordo com a demanda de sua realidade e o crescimento pessoal e profissional do educando.

    Nos dizeres de Mizumak (1996), [...] a ausncia de uma ao reflexiva leva a adoo de mtodos e diretrizes educacionais que reduzem o homem a condio de objeto. Enquanto a ausncia da anlise do meio cultural implica o risco de se realizar uma educa-o artificial, no adaptada ao ser concreto a quem deve ser desti-nada. Por isso:

    preciso que a educao esteja em seu contedo, em seus programas e em seus mtodos, adaptada ao fim que se per-segue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relaes de reciprocidade, fazer a cultura e a histria. (FREIRE apud GALDINO, 2007).

    Nesta dimenso destacam-se as dificuldades das escolas na in-sero das TIC, pois abrange um novo jeito de conceber a orga-nizao para o trabalho, uma reviravolta nos moldes tradicionais a que foram acostumadas a trabalhar e ver a educao escolar. A ao intencional do fazer pedaggico se d a partir do compromis-so poltico de formar para um determinado tipo de sociedade que deve ser balizado pelo objetivo de formar o cidado responsvel, crtico, reflexivo e criativo.

    Objetivos difceis de serem atingidos na forma como a escola hoje est organizada, atrelada ao modelo capitalista e sua din-mica de produo. O ensino distanciado da vida, negando e ne-

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    gligenciando as vivncias e experincias dos que nela esto, sem permitir questionamentos, organizando o trabalho pedaggico a mando de funes sociais atribudas ao longo dos anos, mediando hierarquias econmicas e escolares.

    Pensar essas questes, entretanto, ainda questionar qual o projeto de sociedade e de educao que se deseja desenvolver, tanto em relao s prticas pedaggicas, quanto garantia das condies necessrias para a sua concretizao.

    a formao de professores no contexto das tic

    Os sistemas pblicos de ensino precisam se reorganizar para acompanhar as mudanas ocorridas no mundo do trabalho dian-te das transformaes sociais oriundas dos avanos cientficos e tecnolgicos. A escola como principal instituio organizada e socialmente legalizada responsvel pela formao de cidados aptos a atuarem em uma sociedade globalizada e tecnolgica.

    Um dos fatores imprescindveis para que se operem mudanas no trabalho docente e se efetive o uso das TIC na escola diz res-peito formao dos professores, pois perante a velocidade com que o mundo se modifica nos diferentes contextos culturais e nos processos de trabalho, a consecuo desta ao fator relevante, pois implica observar seus efeitos em sua relao com a escola e como so operacionalizados dentro desta, a insero das TIC.

    Diante das novas linguagens miditicas com que se deparam os educadores, e que muitas vezes ainda lhes so desconhecidas, apresentam-se nesta perspectiva como complicadores operacio-nais junto falta de estrutura fsica e pedaggica da escola. Para os que j esto atuando e tambm para os que vo atuar outro

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    complicador que se mostra premente quanto aos currculos dos cursos de formao para o magistrio, assim como, as concepes pedaggicas metodolgicas que os acompanham nem sempre se encontram sintonizadas com as dinmicas transformadoras pre-sentes na sociedade. Segundo Citelli (2001), [...] isso vem con-tribuindo para que o professor ingresse na carreira na contra mo das experincias que envolvem os meios de comunicao e as no-vas tecnologias conhecidas pelos alunos.

    Desta forma, se evidencia a urgncia de mudanas nos cursos de graduao voltados formao bsica do magistrio e forma-o continuada dos profissionais em educao para que se reco-nhea a importncia do papel dos meios tecnolgicos para o tra-balho docente, pois:

    No existem reclamantes solitrios: alunos, pais, socieda-de. Os docentes, tambm, desejam mudanas: preciso dar a eles condies para tanto. A questo envolve, pois, um enorme esforo de formao do magistrio tendo em vista estas novas realidades. E tal empenho precisa ser ao mes-mo tempo investigativo, pois se trata de compreender me-lhor o quadro posto nossa frente, e prtico, visto envolver respostas s questes emergentes. Numa palavra: h que se combinar pesquisa, reflexo e ao, num movimento cujo resultado retorne o mais rapidamente possvel ao espao escolar (CITELLI apud CITELLI, 2004).

    Segundo o Plano Nacional de Educao Lei n. 10.172/2001, em seu captulo IV Magistrio da Educao Bsica Formao de Professores e Valorizao do Magistrio:

    A melhoria da qualidade do ensino, indispensvel para as-segurar populao brasileira o acesso pleno cidadania e a insero nas atividades produtivas que permita a elevao

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    constante do nvel de vida, constitui um compromisso da Nao. Este compromisso, entretanto, no poder ser cum-prido sem a valorizao do magistrio, uma vez que os do-centes exercem um papel decisivo no processo educacional.

    Mesmo diante da consolidao da legislao pertinente, Galdino (2007) observa que muitos so os desafios para os que atuam na rea educacional. Desafios que se estendem desde as polticas pblicas, a definio de funes, a relao entre as instituies, s famlias e os educandos at a complexa formao profissional, incluindo, aqui, a questo de como esto acontecendo os cursos de formao de pro-fissionais que atuam ou atuaro na educao bsica.

    Refletir sobre estas questes questionar para que sociedade e que tipo de educao desejamos consolidar, tanto nas polticas p-blicas, quanto em relao garantia das condies prticas neces-srias para sua concretizao. Visto que a efetivao de um projeto comprometido com o direito dos cidados educao de qualidade visa a ampliao da discusso para alm dos aspectos fsicos e ma-teriais, para a reflexo sobre a relao que se faz entre a escola, co-munidade e o tipo de sociedade em que se vive. Diante disso pe-se em evidncia qual a qualidade das intervenes feitas no cotidiano dos educandos e dos profissionais que atuam na escola, em outras palavras, diz respeito prpria formao desses profissionais.

    Em suas diretrizes o Plano Nacional de Educao, para o Ma-gistrio enfatiza que

    [...] a qualificao do pessoal docente representa hoje um dos maiores desafios para o Poder Pblico, que precisa dar prioridade a soluo deste problema. A implementao de polticas pblicas para a formao inicial e continuada dos profissionais condio e meio para o avano cientfico e tecnolgico da sociedade e desenvolvimento do Pas.

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    A formao dos profissionais da Educao bsica merece uma ateno especial, dada relevncia de sua atuao como mediado-res no processo de desenvolvimento e aprendizagem.

    Uma concepo de aluno ativo e criador corresponde a um docente igualmente ativo e criador, no apenas preocupa-do em ordenar como vo aprender seus alunos, e sim inte-ressado em averiguar suas ideias, que tipo de informaes necessitam e como inferir para ajud-los (PORCHER apud GALDINO, 2007).

    Esta nova atitude esperada do professor supe aceitar que to-dos os elementos da sala de aula possam ensinar e aprender, isto , que todas as trocas possveis entre professor-aluno, aluno e aluno/contedo so legtimas e necessrias. Progredindo para prticas que se tornem, cada vez mais, fonte de conhecimentos e alicerce para o trabalho a ser desenvolvido nas escolas. Alm de forma-o acadmica prvia, requer a formao permanente, inserida no trabalho pedaggico, nutrindo-se dele e renovando-o constante-mente.

    O educador neste novo contexto precisa fazer uso de proce-dimentos diferenciados e dinmicos. Ao introduzir as mdias no ambiente de aprendizagem a escola os familiariza para o seu uso, e [...] abre as portas para capacitar as pessoas a lidarem com as mdias de hoje e de amanh para que estes educadores estejam ha-bilitados para a promoo de uma aprendizagem contnua e aut-noma em um processo para a vida toda. (YUSTE, 2007).

    Para a concretizao destes objetivos preciso entender a for-mao do educador como prtica de recuperao e otimizao de procedimentos que privilegiem o dilogo e a interao como ins-trumentos de aprofundamento da cidadania democrtica e par-

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    ticipativa. Contudo, para Citelli (2001), [...] importante frisar que a entrada da comunicao e das novas tecnologias na escola no s um direito, mas um dever para com a ampliao dos espa-os democrticos e cidados.

    Reafirma-se nesta proposta o que j foi concebido por Kuenzer (1998, p. 106) como pressuposto da funo de cada educador na consolidao de relaes sociais verdadeiramente democrticas:

    O que confere, pois, especificidade funo do educador a compreenso histrica dos processos pedaggicos, a produo terica e a organizao de prticas pedaggicas, para o que usar da economia sem ser economista, da so-ciologia sem ser socilogo, da histria, sem ser historiador, posto que o seu objeto so os processos educativos histori-camente determinados pelas dimenses econmicas e so-ciais que marcam cada poca.

    Portanto, objetiva-se formar um profissional da educao, um docente preparado e bem remunerado, para que possa atuar com os diferentes meios tecnolgicos, com capacidade para gerir a sala de aula e a dinmica da organizao escolar e dos projetos educa-tivos.

    Dentro destes espaos, devem se privilegiar na formao, o conjunto de aportes terico-metodolgicos para que o educador desenvolva prticas pedaggicas que estejam em concordncia com as transformaes do mundo contemporneo nos aspectos culturais, polticos, sociais e econmicos. Nesse sentido, preciso considerar o que dizem Bueno e Gomes (2011, p. 55):

    Para alm das questes levantadas, o que percebemos o acesso s TIC com um fim em si mesmas ou pela mera exi-gncia do capital, pelo simples consumismo que abunda a sociedade e a escola, muito mais que as prprias contribui-

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    O dEsAfiO dO UsO dAs tECNOlOgiAs dE iNfORmAO E COmUNiCAO PARA A ORgANizAO dOs sistEmAs EdUCACiONAis

    es possveis pelas aplicaes tecnolgicas para mitigar os problemas educacionais e as mazelas sociais. Entendemos que as TIC devam ser utilizadas com critrios e finalidades claros e, deforma sine qua non, com uma prvia formao do professor, que no dever ocorrer de forma aligeirada, sob pena de comprometermos qualquer estratgia que vise superao do caos educacional no Brasil.

    Assim, destaca-se a importncia da insero das TIC na for-mao docente para a ampliao dos mtodos educacionais e da diminuio dos limites impostos aos alunos das classes menos fa-vorecidas de participar plenamente das conquista tecnolgicas em decorrncia da delimitao do espao escolar.

    consideraes finais

    A efetiva implementao das TIC nas prticas pedaggicas per-passa por todos os processos que envolvem a organizao dos siste-mas de ensino e o que se quer em relao a ele, envolve a educao nas situaes mais simples s mais complexas. Por isso, no se pode limitar a modismos que chegam e passam. A sua construo deve contar com o envolvimento de todos os interessados na melhoria do ensino pblico de forma comprometida com as mudanas so-ciais que se mostram necessrias para a conquista de melhorias efe-tivas, no s no ambiente escolar, mais tambm na sociedade.

    Sabemos que a educao formal no pode permanecer alheia s transformaes oriundas do desenvolvimento das TIC, pois estas se encontram atreladas evoluo da sociedade contempornea, por isso as instituies educativas no podem continuar a ignorar a importncia dos novos meios de comunicao e a difuso da in-

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    formao e seu papel educativo. Sem essas condies os diferen-tes meios tecnolgicos permanecem alheios a transformao dos condicionantes que determinam os fatores hierrquicos e exclu-dentes do ensino pblico, continuando a deixar marginalizados milhares de cidados que precisam ter acesso aos novos meios de conhecimento proporcionados pelos meios tecnolgicos da socie-dade globalizada.

    Nas palavras de Martn (1995), a integrao da TIC como meios didticos, como ferramentas facilitadoras do ensino-apren-dizagem, s o primeiro nvel de introduo destas na educao formal. Porm, os objetivos precisam ser bem mais amplos. Se o objetivo integrar as TIC educao, no se pode aceitar a sim-ples e irrefletida introduo de novos instrumentos didticos no processo educativo, o que para ns ainda um passo a se avan-ar, preciso, em primeiro lugar, a reflexo de como se produz a aprendizagem com estes novos meios. E saber quais relaes de comunicao se criam e como professores e alunos se apropriam da aprendizagem neste contexto.

    Conseguido dessas indagaes, no entanto, no se pode parar por a. No entendimento de Martn (1995), preciso se esclarecer que num segundo nvel de aprofundamento, as novas tecnologias devem tornar-se tambm objeto de estudo, devem constituir-se parte dos contedos, que devem ser abordados sob uma perspec-tiva crtica e criativa. Assim, estabelecer-se- o que poderemos considerar um elo permanente nas relaes entre as TIC e a edu-cao. Nos dizeres de Bueno e Gomes (2011, p. 63):

    Por isso, torna-se urgente a construo de uma articulao entre tecnologia e educao escolar, aquilo que denomina-ramos de uma viso crtica, apesar do desgaste da palavra

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    crtica. Em outras palavras, compreender a tecnologia para alm de mera ferramenta, recuperando sua dimenso hu-mana e social. Vale ressaltarmos que as TICs que possibili-tam o acesso informao e aos canais de comunicao no so por si mesmas educativas, pois, para isso, dependem de uma proposta pedaggica que as utilize enquanto mediao para uma determinada prtica educativa.

    Na busca de concretizao desta prtica preciso entender dentre outros fatores, a importncia da formao do professor, os aspectos estruturais e socioculturais, destacar e valorizar a reali-dade dos sujeitos a que so destinadas estas propostas e priorizar os procedimentos que privilegiem o dilogo e a interao como instrumentos de aprofundamento de efetiva cidadania.

    Portanto, diante de tantas dificuldades, de tantos desafios, pre-ciso como ponto de partida reconhecer: a educao no neutra e muito menos as prticas pedaggicas nela inseridas. E pelo fato de estarem na escola participando de sua dinmica, professores e de-mais profissionais, pais e comunitrios, devem saber claramente, seus limites e possibilidades dentro da sociedade para ento po-derem colaborar na construo de uma escola que seja realmente plural e que atenda de forma contextualizada aos interesses dos sujeitos nela inseridos.

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    ZilmAR dA CUNHA GAldiNOTNiA SUEly AZEvEdO BRASilEiROJOS lUCAS PEdREiRA BUENO

    Notas

    * Pedagoga com habilitao em orientao e superviso educacional; especialista em gesto de projetos educacionais; professora DE da Universidade Federal do Amazonas (UFAM/IEAA). Mestranda em Educao da Universidade Federal de Rondnia (UNIR). E-mail: .** Doutora em Educao pela Univesitad Rovira e Virgili (Espanha). Professora da Universidade Federal do Oeste do Par e do Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Educao da Universidade Federal de Rondnia (UNIR). E-mail: .*** Doutor em Engenharia da Produo pela UFSC. Professor do Departamento de Cincias da Educao e do Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Educao da Universidade Federal de Rondnia (UNIR). E-mail: .