as novas tecnologias educacionais - finalizada (1)

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FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES – FTESM FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS SOUZA MARQUES CURSO DE QUÍMICA – LICENCIATURA AS NOVAS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA PRÁTICA DOCENTE Por Luis Felipe Magalhães Pereira

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Monografia para conclusão do curso de Química (Licenciatura)

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Page 1: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES – FTESM

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS SOUZA MARQUES

CURSO DE QUÍMICA – LICENCIATURA

AS NOVAS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA PRÁTICA DOCENTE

Por

Luis Felipe Magalhães Pereira

RIO DE JANEIRO

2013.2

Page 2: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

Por

Luis Felipe Magalhães Pereira

AS NOVAS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA PRÁTICA DOCENTE

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à FTESM como requisito

final para obtenção do título de

Licenciatura em Química.

Prof. Orientador: José Rodrigues Dias

Titulação: Especialista

RIO DE JANEIRO

2013.2

Page 3: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

Por

Luis Felipe Magalhães Pereira

AS NOVAS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DA PRÁTICA DOCENTE

Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso

Nome da Instituição: Fundação Técnico-Educacional Souza Marques-

FTESM

Área de Concentração: Licenciatura em Química

Data da aprovação: 02/12/2013

__________________________________________

Márcio Franco

Titulação: Doutor em meio ambiente

__________________________________________

Monique Gonçalves

Titulação: Mestre

__________________________________________

Thiago Muza Aversa

Titulação: Mestre

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Dedico este trabalho,

Ao grande professor e mestre da vida José Rodrigues Dias, pela grande

dedicação e paciência que teve comigo.

À minha avó Dorothea e avô Alípio que tanto me amaram e ajudaram.

À minha madrinha, tia e mãe Lucia e meu padrinho amado Eduardo, pelo

carinho, amor e paciência que me inspiraram a vencer.

Aos meus melhores amigos Sérgio e Peter por nunca terem me esquecido,

mesmo longe.

Aos ilustres membros da banca examinadora por terem aceitado meu convite.

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“As raízes do estudo são amargas, mas seus frutos são doces.”

Aristóteles

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Discutir através de pesquisa bibliográfica os recursos tecnológicos que são emprestados à

educação para tornar o ensino de Química mais lúdico e principalmente mais prático para os

alunos de ensino médio, tendo como suporte o uso de questionários de pesquisa de campo, por

intermédio dos quais foram avaliados alguns recursos comuns às escolas, como por exemplo o

uso dos tablets em sala de aula, projetores, métodos de ensino diversificados como o EAD

(Ensino à Distância), vídeos educativos, músicas e programas específicos de Química.

Objetivos Específicos do Trabalho

Demonstrar através de dados pesquisados a evolução da tecnologia e da internet ao

longo de 11 anos (janeiro de 2002 a janeiro de 2013).

Discutir as contribuições que o avanço da tecnologia trouxe para o campo da

educação.

Descrever as ferramentas tecnológicas utilizadas pelo docente para a melhoria do

ensino de Química no ensino médio.

Avaliar as vantagens e desvantagens do EAD (Ensino à Distância) para o aluno do

ensino médio.

Discutir a importância do uso dos tablets em sala de aula como ferramenta lúdica de

ensino, destacando suas vantagens e desvantagens.

Descrever as vantagens do uso do Chemsketch, como exemplo de um dos diversos

programas para o ensino lúdico da Química.

Aplicar a um grupo de cento e vinte alunos um questionário de pesquisa de campo (de

oito questões) com o objetivo de identificar o uso de novas tecnologias em sala de

aula, assim como o benefício das mesmas.

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RESUMO

Devido a grande velocidade da modernização na saúde, engenharia,

computação, educação e outros campos de grande valor para a sociedade, o

docente deve estar atualizado e principalmente inserido nesse contexto de

mudanças rápidas. Um dos aspectos que foram trazidos por essa mudança foi a

forma de se adquirir e buscar conhecimentos. Podemos citar a internet como um

agente revolucionário dessa questão. Outra mudança grande, em específico na

área de educação foi a forma de se transmitir o conhecimento. O docente conta

com uma infinidade de tecnologias que agregam som, imagem e movimento a

tudo que for necessário para dinamizar uma aula, que antes era dada apenas com

o auxílio do quadro negro e o giz. A grande diferença trazida pela tecnologia nos

processos educacionais aplicados ao ensino médio está no foco do uso de todo

esse aparato como forma de promoção da verdadeira educação de qualidade e a

habilidade do docente em dominar todo o uso dessas ferramentas, sem que haja

prejuízo de interpretação e falhas na assimilação do conhecimento por parte do

aluno. Estudiosos discutem amplamente a necessidade das novas tecnologias em

sala de aula e sua real efetividade, buscando elucidar o uso mais correto das

mesmas e demonstrar de diversas formas até que ponto elas podem ser aliadas

do professor na hora de disseminar o conhecimento e até em que momento essas

mesmas ferramentas deixam de produzir efeitos positivos e acabam se tornando

causa de frustração e descontentamento para o aluno e o mestre. Este trabalho

destina-se justamente a reconhecer, expor e exemplificar algumas tecnologias e

métodos aliados a ela, que são utilizadas no cotidiano dos alunos pelos

professores em sala de aula. Utilizou-se métodos de pesquisa de campo – através

de questionários – que tem por intuito demonstrar de forma prática a

comprovação de toda teoria descrita através de pesquisa.

Palavra-chave: química, tecnologia, docente, aluno.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Usuários conectados a internet no mundo................................................................12

Tabela 2: Números de entrevistados prós e contras os recursos visuais..................................34

Page 9: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Recursos de tecnologia utilizado pelo professor em sala.......................................33

Figura 2: Importância dos recursos tecnológicos em sala......................................................33

Figura 3: Grau de importância ao uso das novas tecnologias................................................34

Figura 4: Questão sobre o substuituição de livros por tecnologia..........................................35

Figura 5: O peso do EAD em relação ao ensino presencial....................................................35

Figura 6: Satisfação de necessidades de ensino do EAD e o ensino presencial.....................36

Figura 7: O uso de tecnologia na formação do aluno e seus benefícios. ...............................36

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SUMÁRIO

1.0. Introdução.........................................................................................................................10

2.0. Revisão Bibliográfica.......................................................................................................12

2.1. O Crescimento da Internet e o Avanço das Tecnologias...............................................12

2.2. A Contribuição da Tecnologia na Prática Pedagógica.................................................13

2.3. Recursos Que as Novas Tecnologias Podem Emprestar à Educação..........................15

2.4. Ensino à Distância (EAD – Ensino à Distância)............................................................16

2.4.1. Os Primórdio do EAD no Mundo................................................................................17

2.4.2. Os Primórdios do EAD no Brasil.................................................................................18

2.5. O Uso do PowerPoint.......................................................................................................19

2.6. Problemas Ocasionados Pelo Uso Demasiado do PowerPoint.....................................20

2.7. O Uso dos Tablets na Escola............................................................................................23

2.8. A Química Virtual em Sala de Aula...............................................................................27

3. Metodologia do Trabalho...................................................................................................30

3.1. Metodologia da Pesquisa.................................................................................................30

4. Resultados da Pesquisa de Campo....................................................................................33

5.0. Discussão da Pesquisa de Campo...................................................................................37

Conclusão............................................................................................................................40

REFERÊNCIAS...................................................................................................................42

ANEXO....................................................................................................................................45

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1. INTRODUÇÃO

Não se pode falar em avanço tecnológico educacional sem compreender mais

profundamente como se deu o crescimento dessa tecnologia no Brasil e no mundo e como

essa mudança, a longo prazo, afetou de forma significativa a vida de milhões de pessoas,

mudando o cotidiano das novas e antigas gerações.

Quando falamos em tecnologia é de suma importância abordar temas como: a

popularização da internet; o aumento expressivo da venda de celulares e produtos ligados

eles; o comércio de microcomputadores; e a velocidade das informações que chegam a todos

nós como uma enxurrada diária, fazendo com que nossa vida se modifique a cada instante.

Para Lévy (2004) as tecnologias intelectuais, são chamadas assim por não serem

instrumentos simples, mas por serem responsáveis pelo processo cognitivo do ser, que serão

os parâmetros utilizados na busca do entendimento da caótica estrutura social.

São estruturas que sempre estiveram presentes na sociedade e influem de forma substancial na

percepção e na forma de se conceituar o mundo.

Os processos de aprendizagem nos tempos modernos estão altamente atrelados a forma

em que a tecnologia é utilizada como ferramenta de promoção de ideias e principalmente

aquisição de conhecimento, tornando-se mais do que simples ferramentas cotidianas, mas

fundamentais ao desenvolvimento educacional e a comunicação entre docente e aluno.

Segundo Menezes (2013) “Assim, da mesma forma como a criatividade e a inovação do

homem gera novas ferramentas tecnológicas e modifica constantemente os instrumentos que

inventa, existe um efeito inverso, onde a tecnologia modifica a expressão criativa do homem,

modificando sua forma de adquirir conhecimento e consequentemente interferindo em sua

cognição, essa que é responsável pela a aquisição de conhecimento e pelos os processos de

aprendizagem.”

A evolução tecnológica veio de forma tão progressiva e gradativa que foi incorporada pelo

homem de forma que não há mais meios de retroceder, visto que os benefícios (assim como os

malefícios) adquiridos por ela foram introjetados na sociedade como parte da realidade vivida

no cotidiano, sem os quais muitos não teriam como se inserir nesse todo, vivendo as margens

de uma sociedade completamente digitalizada quando optasse por não participar, utilizar

aceitar e compreender a nova era trazida pelo conhecimento tecnológico.

Se a popularização de tais ferramentas produziu de forma substancial mudanças nas áreas

de saúde, tecnologia, religião e política, com a educação não seria diferente. Com o objetivo

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11

de identificar essas mudanças consolidadas ao longo do tempo, abordaremos de um modo

mais amplo como a chegada de informações, meios de comunicação e tecnologia em geral,

que influenciam na forma com que jovens e adultos lidam com o processo de aprendizagem.

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12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. O Crescimento da Internet e o Avanço das Tecnologias

Um dos meios mais utilizados na comunicação entre pessoas e empresas atualmente é

a internet que começou a ser utilizada com fins militares em 1955 pelos Estados Unidos e, até

hoje, tem contribuições imensuráveis para o crescimento de todos os setores de

desenvolvimento mundial, desde o cenário econômico até o social.

A tabela abaixo demonstra o número de usuários em 2000.

Tabela 1: Usuários conectados a internet no mundo

Usuários conectados à internet no mundo em 2000Localidades Em milhões

Mundo todo 275.54África 2.46Ásia/Pacífico 54.90Europa 71.99Oriente Médio 1.29Canadá & EUA 136.06América do Sul 8.79

Fonte: (Nua, 2000)

Com a evolução da tecnologia e da internet aumentou de 596 milhões (em 2002) para

2,27 bilhões o número de usuários (em 2012) no mundo.

Em 2002 os usuários passavam uma média de 45 minutos por dia utilizando a internet,

tempo que se estendeu para 4 horas por dia em 2012. O número de sites também aumentou de

3 milhões (em 2002) para 555 milhões (em 2012). Uma das maiores páginas de rede social na

internet em 2002, a Friendster, possuía a incrível marca de 3 milhões de usuários ultrapassada

no ano de 2012 por Mark Zuckerberg, dono do Facebook, com 900 milhões de usuários.

A internet inaugurou uma nova era para a ciência brasileira.

As melhores revistas especializadas demoravam dois ou três meses para chegar às

universidades. Da maioria delas o máximo que as bibliotecas universitárias conseguiam ter

era um exemplar. Formavam-se filas intermináveis para consultá-las. Isso acabou. (Revista

veja vida digital. pag 40. Dezembro 1999.). O texto remete à ideia de que houve uma

mudança substancial para melhor, trazida pela internet no país no fim da década de 90 início

do ano 2000.

Observa-se que essas informações e estudarmos o crescimento das novas tecnologias

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13

em 11 anos fazendo uma prospecção com base nos indicadores evolutivos de todos os setores

mais importantes do desenvolvimento sociocultural de um país, poderemos afirmar que a

melhoria da tecnologia não só gera benefícios para a economia de uma nação, mas também

gera benefícios ao patrimônio intelectual da mesma.

2.2. A Contribuição da Tecnologia na Prática Pedagógica

Segundo Libâneo (1994) a sociedade é um sistema harmônico e funcional e a escola

tem o papel de integrar o indivíduo nesse sistema através de técnicas específicas. Observando

dessa forma, a educação é uma realidade fechada que não tem relação com a sociedade,

gerando problemas próprios, que podem ser resolvidos com tecnologias modernas e a

elaboração de objetivos comportamentais e mensuráveis.

Nesses fundamentos surge a TE (Tecnologia Educacional) que dentro da visão

tecnicista reforça a ideia da utilização de meios educacionais sem questionar suas finalidades.

Dessa forma, a utilização da tecnologia na escola foi fortemente ligada a uma visão

limitada de educação, que se baseia puramente em fundamentos teóricos e ideológicos

externos. A partir dos anos 80 houve o crescimento de um pensamento mais crítico da

educação, quando se compreendeu que a TE deveria ser contextualizada com as questões

sociais e suas contradições, com o objetivo de promover uma inserção crítica do homem no

meio em que vive, destacando a ideia de que não basta utilizar somente a tecnologia e sim

inovar em termos de prática pedagógica.

A tecnologia educacional teve seu significado ampliado, constituindo-se, então, no

“estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e

a utilização crítica destas tecnologias. Ela serve de instrumento aos profissionais e

pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento de

interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade” (SAMPAIO & LEITE,

1999).

Com a introdução de novas tecnologias no mercado não se questiona se as portas para

tais recursos devem ser abertas ou não, e sim se, esses recursos podem ser utilizados de forma

eficaz para se chegar ao aluno e à escola de forma lúdica e responsável, de modo que esse

estudante possa fazer uma reflexão dos conteúdos apresentados a ele, a fim de que não haja

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ineficiência nos resultados em função dos métodos utilizados.

Deve ser clara a idéia de que tais recursos devam ser postos em função de um projeto

pedagógico, estando a serviço dos seus objetivos e não determinando-os, propiciando assim

novos horizontes para a aprendizagem. Se a tecnologia não recebe um tratamento educacional

adequado os efeitos do objetivo final tendem a ser passageiros, fazendo com que o cotidiano

de alunos e professores permaneçam sem contribuições ao processo de ensino e

aprendizagem.

A introdução de novas tecnologias na educação não implica necessariamente em que

hajam novas práticas pedagógicas, e sim, na roupagem do velho adequado ao novo, como

livros digitais, tutoriais multimídia, cursos a distância e outros recursos que incorporam pouco

à essência do processo antigo, dando-lhe apenas uma “cara nova” (SAMPAIO & LEITE,

1999).

Se pensarmos de forma aprofundada observaremos que as novas tecnologias são

usadas apenas como instrumentos de pouco efeito na educação, e se não repensarmos os

demais elementos envolvidos em todo processo teremos resultados pouco efetivos, com

conteúdos iguais a livros, apostilas, vídeos e outros; porém, com qualidade e eficiência mais

aquém do que o esperado (SAMPAIO & LEITE, 1999).

A renovação das práticas pedagógicas não está diretamente ligada ao uso das novas

tecnologias. Pensar assim seria afirmar que as máquinas fariam todo o trabalho pedagógico e

lúdico do professor, que é aquele que deve estar por trás do projeto educacional,

proporcionando avanço cultural (SAMPAIO & LEITE, 1999).

Se partirmos da premissa de que as novas tecnologias não imputam mudanças nas

novas práticas pedagógicas, poderíamos dizer que não há relação entre essas duas instâncias,

fato que não denota verdadeiramente uma realidade, visto que as novas tecnologias podem e

devem ser utilizadas como objeto de transformação, pautadas em novas concepções de

conhecimento, transformando assim uma série de elementos que compõem o processo de

aprendizagem

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2.3. Recursos Que as Novas Tecnologias Podem Emprestar à Educação

Os processos educativos procuram estabelecer uma probabilidade de expressão da

criança, do adulto e do jovem por meio de recursos audiovisuais, que deixam de ser mera

ferramenta didática, oferecendo meios de interação continuada que permitem mais do que

olhar imagens e compreender conceitos, e sim de criá-los e/ou modificá-los. O recurso

audiovisual permite uma gama de possibilidades para a veiculação de informações sob os

mais diversos gêneros (POCHO,2003)

O recurso mais utilizado na atualidade é o computador, que possui em suas funções

uma junção de todas as ferramentas das quais o docente faz uso nas práticas escolares, como:

internet, música, vídeos, acesso a filmes, programas, conteúdos didáticos, científicos etc.

Como ferramenta de suporte mais utilizada pelos professores em entidades públicas e

particulares podemos citar o aplicativo Power Point da empresa Microsoft, que pode adicionar

efeitos de formatação aos chamados slides, vídeos para fornecer as apresentações um layout

mais dinâmico dentre outros (POCHO,2003).

Por ser simples e com uma gama variada de recursos é uma ferramenta utilizada para

dinamizar as aulas e apresentar ao aluno imagens e gráficos que anteriormente seriam feitos

no quadro. Para isso, o professor vale-se de sua criatividade e de um micro computador

(laptop, netbook etc.), que faz par com o chamado projetor, dispondo as imagens em uma

superfície clara (parede ou em um quadro retrátil próprio).

De acordo com Pocho (2003), os recursos tecnológicos são divididos em duas partes, as

tecnologias independentes e as dependentes.

As tecnologias dependentes são recursos simples que podem ser confeccionados e contam

basicamente com a criatividade e responsabilidade do docente. Como característica, são

baratos e não são dependentes de outros fatores, como por exemplo a luz elétrica. Como

exemplos são citados o manuseio e a confecção de peças como o álbum seriado, o blocão,

cartaz, história em quadrinhos, estudo dirigido etc.

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16

Já as tecnologias dependentes, são recursos que não podem ser confeccionados, apenas

adquiridos (visto que são produzidos em alta escala por diversas indústrias) e manuseados.

Têm por objetivo produzir efeitos de cor, som, luz e movimento ao que antes era estático.

Como exemplos foram citados o computador, a fita de vídeo e sonora (que logo depois foram

substituídas pelo CD e o DVD), internet, rádio, retroprojetor etc.

Este trabalho tem como foco elucidar o uso de tecnologias dependentes como ferramentas do

docente em sala de aula, avaliando a produção de efeitos, sejam eles positivos ou negativos,

na forma de aprendizado para o aluno.

2.4. Ensino à Distância (EAD – Ensino à Distância)

EAD é a sigla utilizada para Ensino à Distância, que se popularizou com a expansão

da utilização em massa da internet no mundo e com a facilidade de crédito e acesso a compra

de micro computadores, laptops, netbooks etc. No EAD o aluno possui aulas pela internet,

recebe material específico para cada matéria e pode consultar aos professores em caso de

dúvidas nas disciplinas cursadas.

Fica então a dúvida... O ensino a distância pode ser ou não uma ferramenta de valor

cultural e profissional para o aluno tanto quanto o ensino presencial?

Para avaliar-se tal questão deve-se observar as vantagens e desvantagens do método.

As vantagens podem ser descritas como: O fator geográfico, o fator tempo (os deslocamentos

até a universidade originavam, para muitos, perda de horas de estudo e cansaço. Com o ensino

a distância há a possibilidade de quem for trabalhador/estudante conseguir acompanhar o

ritmo das aulas), autoaprendizagem (o aluno torna-se autônomo com este método de ensino,

resultando no desenvolvimento pessoal responsável. Estuda de livre vontade, sem que lhe

imponham regras), aquisição de conhecimento (o aluno tem a possibilidade de rever a matéria

sempre que surgir dúvida ou esquecimento. É uma forma de aquisição contínua dos

conhecimentos), baixos custos (o aluno não necessita realizar viagens até a instituição

utilizando por exemplo carro, ônibus, trem, metrô etc., ou recorrer ao pagamento de apostilas

e outros materiais didáticos, pois através do site consegue chegar à informação), utilização de

recursos multimídia ( o fato de conviver com as novas tecnologias vai ajudar o aluno a

conseguir desenvolver os seus hábitos de trabalho, experimentar novos programas,

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17

desenvolver trabalhos com maior qualidade etc) e cursos mais cativantes (o conteúdo dos

cursos pode ser apresentado de variadas formas, como por exemplo: através do uso de

PowerPoint ou vídeo, que torna a leitura e a compreensão muito mais fácil e contribui para a

satisfação do aluno, evitando que as abordagens se tornem enfadonhas).

Já as desvantagens podem ser descritas como: Comunicação física (Impede a relação humana

entre professor e aluno dentro de sala de aula), conhecimento tecnológico (exige que o aluno

tenha alguns conhecimentos tecnológicos para poder usufruir deste método de ensino),

hábitos (os alunos perdem o hábito dos horários escolares, o que pode contribuir para que

tenham dificuldades em cumprir horários no seu local de trabalho ou até mesmo, em outras

instituições de ensino presencial), custos (o fato de o aluno utilizar a internet e a própria

energia para a aparelhagem utilizada, no caso o computador, acarreta custos, principalmente

se for a partir de sua casa) (MOORE e KEARSLEY, 2010)

Segundo Moore e Kearsley (2010, p.08) “Os responsáveis por políticas em nível institucional

e governamental têm introduzido a educação à distância para atender àquilo que consideram

certas necessidades, o que inclui: acesso crescente a oportunidades de aprendizado e

treinamento; proporcionar oportunidades para atualizar aptidões; melhorar a redução de

custos dos recursos educacionais; apoiar a qualidade das estruturas educacionais existentes;

melhorar a capacitação do sistema educacional; nivelar desigualdades entre níveis etários;

direcionar campanhas educacionais para públicos-alvo específicos; proporcionar treinamento

de emergência para grupos-alvo importantes; aumentar as aptidões para a educação com

trabalho e vida familiar; agregar uma dimensão internacional à experiência educacional.”

2.4.1. Os Primórdio do EAD no Mundo

Para Moore e Kearsley (2010) a evolução do EAD não é fato recente, pois se deu ao

longo da história. Quando o meio de comunicação era o texto, houve o surgimento da

primeira geração, levando em consideração que as instruções eram enviadas por correio. O

radio e a televisão foram meios importantes para a difusão da segunda geração. A tecnologia

de comunicação não foi característica marcante da terceira geração e sim uma nova

modalidade de organização da educação de uma forma mais perceptível nas universidades

abertas.

Page 19: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

18

A primeira experiência que tivemos de interação de um grupo em tempo real à

distância foi em 1980, quando foi utilizado em um curso a vídeo conferência e o audio,

transmitidos por telefone, rede de computadores, cabo e satélite. Mais recentemente a

educação a distância abrange o apredizado on-line e o ensino, em universidades virtuais e

classes, que se baseiam em recursos da internet.

Muitos autores datam o surgimento da EAD no mundo no século XV, quando

Johannes Guttenberg inventou a imprensa na Alemanha utilizando caracteres móveis para a

composição de palavras. Até aquele momento a produção de livros era realizada manualmente

e era extremamente cara, dificultando o acesso ao universo do conhecimento. Em épocas mais

recentes, temos citações de uma tentativa de estabelecer um curso por correspondência na

Inglaterra, com direito a diploma, em 1880 (Niskier, 1999). Tal idéia foi rejeitada pelas

autoridades locais e os autores da proposta foram para os Estados Unidos, encontrando espaço

na Universidade de Chicago. Em 1882, surgiu o primeiro curso universitário de EAD naquela

instituição, com material enviado pelo correio. Depois, em 1906, a Calvert School, em

Baltimore, EUA, tornou-se a primeira escola primária a oferecer cursos por correspondência.

A difusão da EAD no mundo se deve principalmente à França, Espanha e Inglaterra,

pois os centros educacionais destes países contribuíram bastante para que outros pudessem

adotar os modelos desenvolvidos.

A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso de Contabilidade.

A Inglaterra iniciou o EAD em 1840, e, em 1843, foi criada a Phonografic Corresponding

Society. A Open University, fundada em 1962, mantém um sistema de consultoria, auxiliando

outras nações a desenvolver educação a distância de qualidade. A Alemanha em 1856, fundou

o primeiro instituto de ensino de línguas por correspondência. Os Estados Unidos da América

iniciou em 1874, com a Illinois Weeleyan University.

2.4.2. Os Primórdios do EAD no Brasil

A história da educação a distância no Brasil teve início em 1904, com o ensino por

correspondência. Na época, instituições privadas passaram a ofertar cursos técnicos sem

exigir escolarização anterior. Este modelo foi consagrado com a criação da Rádio Sociedade

do Rio de Janeiro, concebida por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto

Page 20: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

19

(1923), e também com o surgimento do Instituto Monitor (1939), do Instituto Universal

Brasileiro (1941) e de outras organizações similares. No Rio de Janeiro e São Paulo, em 1946,

o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) desenvolve a Universidade do Ar,

que em 1905 já atingia 318 localidades e 800 alunos. Nove anos mais tarde, no Estado do Rio

Grande do Norte, a Diocese de Natal criou algumas escolas radiofônicas, dando origem ao

Movimento de Educação de Base. Em 1962, foi fundada em São Paulo, a Ocidental School,

de origem americana e atuante no campo da eletrônica (ALVES,1999).

Entre 1970 e 1980, instituições privadas e organizações não governamentais (ONGs)

começaram a oferecer cursos supletivos a distância, com aulas via satélite complementadas

por kits de materiais impressos. A universidade virtual, compreendida como ensino superior à

distância com uso de Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), surgiu no Brasil na

segunda metade da década de 1990.

As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos

superiores à distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo a partir de 1994, com a

expansão da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES) e com a publicação da Lei

de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), em dezembro de 1996, que

oficializou a EAD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Em

1997, universidades e centros de pesquisa passaram a gerar ambientes virtuais de

aprendizagem, iniciando a oferta de cursos de pós-graduação latu sensu via internet,

demarcando, assim, entre 1996 e 1997, o nascimento da universidade virtual no Brasil.

Entre 1999 e 2001 universidades virtuais formaram redes de cooperação acadêmica,

tecnológica ou comercial entre instituições brasileiras, e entre estas e organizações

internacionais. Neste período, passaram a ser organizados consórcios por afinidade regional,

consórcios temáticos e redes de instituições públicas, privadas e confessionais. Este trabalho

pretende discutir a eficácia  e a  importância da educação à distância no Brasil e se a EAD

utiliza a tecnologia como um catalisador responsável pela mudança no paradigma

educacional. Dentro desse paradigma, a promoção da aprendizagem é prioritária, visando o

processo de construção do conhecimento, habilidades e informações pelo próprio aluno. 

2.5. O Uso do PowerPoint

Page 21: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

20

Com a utilização das novas tecnologias e modernização das práticas docentes, os

mestres fazem cada vez mais uso de programas que facilitem a vizualização de informações

de forma prática e dinâmica para si próprios e para os alunos.

Uma das grandes ferramentas utilizadas na atualidade que foi aliada ao Data Show é o

programa da empresa Microsoft, que vem juntamente com o pacote Office e é conhecido

como Power Point. O Power Point é um programa de computador que é utilizado para criar

apresentações que resumem palavras, imagens e sons em slides.

A lógica do PowerPoint baseia-se em frases curtas e conceitos resumidos, pressupondo que o

orador dará explicações complementares ao que foi exposto. Este programa serve para

destacar os pontos mais importantes, com pouco texto, pois além de ouvir, ver a palavra e as

ideias propostas na aula, facilita a memorização do aluno atendendo a necessidade de

aprendizado daqueles que são visuais e/ou auditivos. O programa estimula a capacidade de

síntese, de concisão e de objetividade a quem faz uso dele.

De acordo com Manzano (2010) o PowerPoint 2010 possui modelos prontos de

apresentação que auxiliam o usuário a seguir os conteúdos de um assunto determinado,

justamente para facilitar a criação. Nesses modelos, os destaques são:

Recomendação de uma estratégia;

Venda de uma ideia ou um produto, assim como planejamento de marketing;

Relatório financeiro e de progressos;

Orientação de funcionários;

Etc.

O PowerPoint é um recurso didático que complementa a educação, tal qual o quadro, o

retroprojetor e os filmes.

2.6. Problemas Ocasionados Pelo Uso Demasiado do PowerPoint

Fenômeno recente na educação brasileira, a utilização das moderníssimas mídias e

recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) começa a criar alguns

Page 22: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

21

problemas nas universidades que nelas investiram pesado. Um desses sintomas é o surgimento

da figura do Professor PowerPoint. Esse profissional realiza suas atividades docentes

recorrendo insistentemente à utilização de computadores, data show e apresentações de slides

no formato consagrado através do programa da Microsoft que consta do pacote Office.

O Power Point dessa forma está se tornando protagonista principal das aulas desses

docentes e, ao mesmo tempo, é o direcionador do raciocínio, das palavras e da articulação da

aula... Nenhum problema maior existiria se esse uso fosse realizado concomitantemente a

livros, revistas, jornais, trabalhos em grupo, seminários, filmes, músicas, pesquisas de campo

etc.

Segundo Manzano (2010, p.22) “A apresentação é o complemento de todo apresentador

enquanto unidade, e deve haver uma ligação harmoniosa entre o raciocínio exposto e o

palestrante”.

Aulas em que o professor não consegue fazer com que seus alunos o vejam como o

personagem principal (ao lado dos próprios estudantes, diga-se de passagem, em sintonia com

a ideia de que a conjunção de suas forças fomenta o ensino-aprendizagem e concretiza a

construção do conhecimento), ou seja, como aquele que organiza o tema, demonstra

conhecimento quanto ao mesmo, direciona as atividades, estrutura tarefas a serem realizadas

durante e depois do encontro, explica os conceitos principais e também as ideias que dão

suporte e apoio aos raciocínios direcionadores do tema que está sendo discutido – perdem a

credibilidade e, como consequência disso, também os docentes acabam tendo suas imagens

arranhadas perante os alunos.

A ideia corrente de que os estudantes têm consciência quanto aos professores com os

quais trabalham no que tange a quem domina e quem ainda não tem plena segurança no

exercício de sua função enquanto docente é verdadeira. É por isso que os alunos sempre se

propõem a verdadeiramente “testar” as qualidades de seus professores quando se iniciam as

aulas com perguntas e atitudes através das quais procuram colocá-los em xeque...

Para Manzano (2010) para se ter uma postura agradável e desafiadora enquanto se cria

uma apresentação e se deseja ser um bom apresentador, é necessário dominar pequenos

detalhes que serão descritos a seguir.

Haverá o desafio de existir pontos negativos, que são mais fortes que os positivos,

gerando assim, a necessidade de ser impecável nos menores detalhes, como por exemplo:

Page 23: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

22

O modo de se vestir deve ser condizente com o tipo de ambiente;

Deve-se enquadrar o linguajar utilizado com o público alvo;

É preciso sempre ser cortês;

Deve-se dominar com segurança o assunto abordado na discussão de um tema.

Como o apresentador deseja chegar até a compreensão do público alvo, é preciso que

se considere alguns pontos importantes, como: Motivação do público alvo, concentração

dos ouvintes no apresentador, reação das pessoas, organização e compreensão dos

ouvintes em relação ao palestrante.

Não quer dizer que tenhamos que ter respostas para tudo o que nos é perguntado. É

sábio e pertinente o professor que, perante questões relativamente às quais tem dúvidas ou

desconhece o assunto, assuma que precisa pesquisar e ler mais.

A dor de cabeça nessa questão do uso (exagerado) das tecnologias não reside no

recurso, mas na forma como o professor utiliza essas ferramentas... Há docentes que

embarcam tão fortemente na onda das tecnologias que estão se esquecendo de consolidar suas

bases acadêmicas na leitura dos livros recentes publicados em suas áreas ou nos clássicos

desses segmentos.

Todo profissional que se preza, em especial na área da educação, onde há (ou deve

haver) o comprometimento com a formação dos alunos e que, em especial, deve conter em

seu âmago o compromisso fundamental de buscar sempre a qualidade nos serviços oferecidos

– visando realmente trazer ao mundo pessoas mais éticas, profissionalmente muito bem

preparadas, compromissadas com suas comunidades, zelosas em relação ao mundo em que

vivem e dispostas a realmente fazer a diferença em suas áreas de atuação – tem que estar

atualizado através de leituras (das melhores bases culturais disponíveis e também do mundo,

das relações que trava com o que está ao seu redor).

A atualização nos jornais, revistas, publicações especializadas ou ainda em artigos e

materiais acadêmicos é parte fundamental das buscas que os professores devem realizar para

que seu trabalho tenha substância e proximidade com o que de mais recente está sendo

debatido no planeta, tanto em sua área de especialização quanto em outros segmentos

relacionados a ela (MANZANO,2010).

Page 24: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

23

O Power Point é apenas uma das ferramentas que está sendo utilizada de forma

errônea na educação. Há também outros recursos como os buscadores (Google, Yahoo, Alta

Vista,...) – dos quais os estudantes e também os professores acabam abusando ao utilizarem,

sem critério e leitura mais aprofundada, qualquer texto que seja a eles apresentado a partir de

uma primeira pesquisa (MANZANO,2010).

Nesse sentido a principal responsabilidade do docente passa ser analisar, estudar com

profundidade, equacionar as possibilidades e verificar quais são os melhores usos e

alternativas para a relação com todas essas ferramentas e processos. Compreender para

usufruir do que há de melhor na tecnologia é o caminho mais curto (se bem que não é tão

curto e nem tampouco finito) para que computadores, internet e afins sejam muito mais úteis a

todos do que atualmente têm sido (MANZANO,2010).

Cabe a todos aqueles que estão inseridos no universo da educação, fazer valer a

experiência e atuar com seriedade e maturidade na inserção das tecnologias na escola e na

vida dessas e das futuras gerações de estudantes com os quais o docente trabalha, para que seu

uso seja dirigido com inteligência pedagógica e frutifique socialmente através de formandos

que se insiram na sociedade sabendo exatamente como, porque, onde e com que finalidades

essas tecnologias podem ser usadas em nossas existências (MANZANO,2010).

2.7. O Uso dos Tablets na Escola

Na pré-história o homem buscava se comunicar através de representações (as pinturas

rupestres) que procuravam traduzir ideias, trocar mensagens, desenhos do acontecido no

cotidiano e até desejos e necessidades. Porém, tal forma de comunicação não era considerada

como escrita, pois não havia organização nem padronização gráfica para o entendimento de

uma forma geral e objetiva.

Há muitos anos, na Mesopotâmia, (por volta de 4000 a.c.) pessoas usavam varetas

feitas de bambu como lápis para escrever sobre uma placa de argila mole, onde haviam

registros cotidianos, administrativos, políticos e econômicos da época.

Na Roma antiga o alfabeto foi desenvolvido apenas com letras maiúsculas. Porém,

assim que começou a ser desenvolvida nos pergaminhos (com auxílio de penas de pato ou

Page 25: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

24

varetas de bambu), ocorreu uma modificação e criou-se um novo estilo de escrita denominado

unicial, que resistiu até o século VIII e foi utilizada para a escritura da Bíblia Sagrada

(CERTEAU,1982).

Em 1564 foram encontrados grandes depósitos de grafite, no condado de Cúmbria, na

Inglaterra. No início os ingleses não compreendiam bem as propriedades do material

encontrado, mas perceberam que o mesmo proporcionava uma marca negra, brilhante e facil

de ser apagada e assim, começaram a utilizá-lo para marcar ovelhas.

Na Alemanha em 1761 o lápis começou a ser produzido em alta escala, através da

fundação da fábrica de Kaspar Faber em Stein, cidade próxima a Nuremberg.

O uso do lápis foi difundido rapidamente pelo mundo, utilizado como meio para a

escrita em repartições públicas, comércios e principalmente na escola, onde em conjunto com

a borracha e as folhas de papel, tornou-se utensílio indispensável ao estudante até os dias de

hoje (CERTEAU,1982).

Com a evolução da escrita e a capacidade humana de registrar informações, o

aparecimento dos livros como fonte de pesquisa nas escolas tornou-se o meio mais viável e

necessário para o aprendizado, até a difusão em massa da internet e todos os seus meios

revolucionários de pesquisa (CERTEAU,1982)..

A evolução da comunicação e tecnologia modernizou também as formas de escrita e

principalmente de aprendizado e buscas de informações, criando através do celular, internet,

computador e outras ferramentas, meios mais eficientes de pesquisa nas escolas, dispensando

(não na totalidade) o uso dos lápis e canetas, dando assim a função, que antes na totalidade

eram deles, para o teclado.

A busca por tecnologias menores e mais eficientes é constante no mundo da evolução,

e com esse intuito em 1989 a GRiD lançou o seu GRiDpad, uma aparelho portátil com uma

computação baseada no uso de canetas, trocando os teclados por uma tela sensível ao toque.

Em 1992 a Microsoft coloca no mercado o Microsoft Windows for Pen Computing,

que permitia aos desenvolvedores a criação de aplicativos dedicados à nova forma de interagir

Page 26: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

25

com a máquina (SAMPAIO, 2010).

Até 1995, os Pen Computers  (outro nome comercial da época) mantiveram-se como

grande esperança, mas sem muito sucesso comercial. Sobravam motivos para isso, pois o tão

enaltecido reconhecimento de escrita funcionava mal e as limitações de processamento,

memória e tamanho dos computadores os transformavam em pouco mais do que agendas

eletrônicas touchscreen (SAMPAIO, 2010).

Em 1996 o cenário começa a mudar, graças ao PalmPilot. O pequeno aparelho foi o

primeiro Pen Computer a realmente ser um sucesso de vendas, graças ao seu bom hardware e

ao sistema Graffitti de entrada de caracteres, com movimentos diferenciados para cada letra.

Os PDAs (Personal Digital Assistants – Assistentes pessoais digitais) mantiveram-se

como principal forma de slate PC (computadores em forma de lousa) para o público até o

surgimento e a popularização dos smartphones. Apesar de não funcionarem da mesma forma,

a união da computação móvel com a telefonia celular gerou a possibilidade de conexão com a

internet em qualquer lugar, coisa que os PDAs não fazem, dependendo sempre de linhas

telefônicas fixas ou Wi-Fi.

Os smartphones que roubaram a cena dos PDAs se desenvolveram e, equipados com

touchscreens (telas sensíveis ao toque), receberam o nome de tablet. O próprio iPhone (celular

desenvolvido pela empresa Apple) apresenta várias características que permitem classificá-lo

assim (Kawamoto, 2011).

Foi na viragem do ano 2002 que a Microsoft fez reviver o conceito de tablet (Pinheiro,

2011). Porém mais importante, foi o lançamento simultâneo do certificado Windows Tablet PC

que poderia ser rodado em qualquer aparelho que possuísse Windows XP Tablet Edition, desde

que respeitasse uma gama de especificações mínimas. (SAMPAIO, 2010)

Devido a grande facilidade de uso e compra desses tablets, assim como as vantagens

inigualáveis que esses aparelhos proporcionam, muitas escolas de hoje vêm embarcando na

Page 27: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

26

onda da digitalização e busca por novos meios de pesquisa (além dos livros didáticos),

visando principalmente adequar sua metodologia de ensino à capacidade e necessidade do uso

da tecnologia pelo aluno, prendendo assim sua atenção na sala de aula e ajudando a

proporcionar novas experiências de aprendizagem.

Em termos de inovação os tablets têm muito para oferecer. Basta saber apenas quais são as

formas de aprendizado que eles permitem.

Como vantagens podemos citar a facilidade de expor ideias e se fazer entender através

de um conteúdo visual, seja nas disciplinas de Química, História, Física ou qualquer outra,

muito maior do que haveria no livro didático. Em consequência, há a possibilidade da

dinamização de aulas e seus conteúdos através de vídeos e slides.

Em contrapartida, o tablet é muito pequeno. É muito difícil de fazer anotações e de

visualizar várias coisas ao mesmo tempo. É um material que quebra, caro e de difícil

manutenção, que tem uma série de problemas e pode ser um desperdício enorme de dinheiro

se for mal utilizado.

Tem-se uma ideia de que o visual é melhor que o textual, não sendo necessariamente

verdade, visto que existem muitas pesquisas que afirmam que o visual pode confundir mais,

ao invés de orientar.

Para os professores o uso do tablet vai trazer grande mudança na mentalidade, pois ele

precisará procurar meios de dar uma aula de outra forma que não convencionalmente,

deixando de lado a preocupação com o fato de o aluno danificar esse material ou

simplesmente se manter distante da aula, praticando atividades paralelas ao conteúdo

apresentado pelo mestre, como jogos e internet.

A grande dúvida do docente é, se realmente os tablets podem melhorar o aprendizado

do aluno ou atrapalhar. Há quem diga que o aparelho em si não influencia no fato de o aluno

compreender melhor o conteúdo, mas sim, o bom ou mau uso dele e da didática utilizada pelo

professor. Pode-se dizer então que o tablet não deve ser usado nas escolas apenas por ser

moda, sendo necessário desenvolver um projeto pedagógico antes e preparar o docente com

antecedência e responsabilidade.

"Se a escola pede tablet no material escolar, o ideal é que tenha um plano pedagógico. Se não

Page 28: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

27

sabe como será usado, recomendo que o pai não compre. E mais: eu tiraria meu filho de uma

escola assim", disse Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, ONG que trabalha com

segurança na internet durante debate sobre o uso de tablets nas escolas, realizado no Teatro

Folha em São Paulo, tendo como realizadora a Folha de São Paulo.

No debate houve conflito de opiniões entre a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de

Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, e Valdemar W. Setzer, professor do

departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da USP.

Setzer foi o único debatedor radicalmente contra o uso de aparelhos eletrônicos e da

internet na educação infantil. "Spam existe porque adultos são inocentes e caem. Agora,

imagine criança!", exclamou ele. "Elas são ingênuas e estão sendo usadas para testar

tecnologias", disse.

Para Setzer, as crianças devem ser incentivadas a brincar com produtos não

eletrônicos. Jotta discordou do professor em diversas ocasiões --e chegou a ser interpelada por

uma espectadora, que defendeu Setzer. "As crianças dão conta de desenhar no tablet, no

papel, de conversar com as pessoas ao vivo e no mundo virtual. Se os adultos conseguem

educar essas crianças é outro ponto. O descontrole que a gente vê é do adulto", afirmou Jotta.

No debate todos os profissionais concordaram em um ponto: a participação ativa dos

educadores no desenvolvimento das crianças. A ideia básica é a de que pais e professores

deveriam estar mais presentes na educação dos filhos, procurando orientá-los para que eles

tenham aproveitamento efetivo do aprendizado escolar, minimizando dúvidas e auxiliando-os

para que possam ter bom convívio no ambiente escolar.

2.8. A Química Virtual em Sala de Aula

Ao contrário de algumas disciplinas, o universo que a Química abrange foge, muitas

vezes à nossa compreensão, justamente pelo seu objeto de estudo, o micro mundo. Estes

fatores que muitas vezes não podem ser vistos ou percebidos a olho nu, tornam nossa

compreensão ainda menor.

Page 29: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

28

Em consequência disso, a tecnologia nos ajuda não só a descobrir, mas a entender

também qual a mecânica e os elementos envolvidos para reações comuns ao nosso dia-a-dia,

transformando assim, o micro no macro, visível e imaginável aos nossos olhos.

Reconhecendo a necessidade do aluno de visualizar a Química de forma mais lúdica e

do docente de ter ferramentas mais sofisticadas que pudessem facilitar o ensino, assim como

ter uma representação visual que ilustrasse a realidade molecular, foi criado pela Advanced

Chemistry Development (ACDLabs) o programa conhecido como ChemSketch.

Estruturas moleculares: são as representações de partículas submicroscópicas, cujo

meio de veiculação pode variar desde o papel, passando pelos conjuntos plásticos, isopor e

madeira, chegando à tela do computador. (GIORDAN, 2005).

O Chemsketch permite ao usuário compreender a geometria molecular do composto

trabalhado, assim como macromoléculas, propriedades das substâncias, projeções e outros. A

versão gratuita permite que se desenhe a molécula e visualize não só em 2D como em 3D,

permitindo ver qualquer ângulo em diversos tipos de representação; Desenhar reações e seus

esquemas reacionais, calcular a quantidade de reagentes, gerar seus nomes (de acordo com a

IUPAC) para moléculas de até 50 átomos e 3 estruturas de anel, prever uma série de

propriedades para estruturas individuais etc.

O programa conta ainda com um banco de dados vasto, com estrutura de alcaloides,

carboidratos, representações de DNA/RNA, projeções de Newman, orbitais, vidrarias de

laboratório etc.

A tabela periódica disponibiliza informações gerais de cada elemento, como por

exemplo, o seu descobrimento, suas características, densidade, ponto de fusão etc. Na tabela

de radicais constam as principais estruturas cíclicas, grupamentos e aminoácidos.

Uma grande vantagem do Chemsketch é a compatibilidade com programas de edição

de texto do Windows, permitindo que o usuário desenvolva estruturas da forma que desejar,

salvar o trabalho no formato Adobe Acrobat PDF e até a converter em HTML. O programa é

compatível com Windows, mas pode ser utilizado em Linux se o usuário utilizar um emulador

Page 30: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

29

virtual do Windows.

O uso do software ChemSketch para a visualização de estruturas de composições

químicas, demonstram seu potencial como recurso pedagógico nas categorias de produtos

químicos, bem como a facilidade de que ele apresenta em integração com editores de texto na

construção de materiais pedagógicos (WHITTEN, 2004).

Como desvantagem o Chemsketch apresenta toda a sua configuração em inglês,

dificultando seu uso pelos usuários menos habituados com a língua. Em contrapartida podem

ser encontrados o tutorial e o manual em português na internet, desenvolvidos especialmente

pela NAEQ (Núcleo de Apoio ao Ensino de Química da Universidade de Caxias do Sul – RS).

O Chemsketch é apenas um, dentre uma gama de programas disponíveis para tornar o

ensino da Química mais lúdico e prazeroso, tanto para o docente como para o aluno que

busca, dentro do seu contexto, aliar seus conhecimentos ao uso da tecnologia, tornando assim,

válidos e práticos o conhecimento empírico e o científico.

Page 31: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

30

3. METODOLOGIA DO TRABALHO

Este capítulo visa descrever a metodologia de trabalho que será utilizada na pesquisa do

Trabalho de Conclusão de Curso que abrangerá os seguintes pontos:

Identificação de tecnologias utilizadas em sala para no aprendizado de Química para

posterior elaboração de questionário a ser distribuído aos estudantes.

Busca junto a uma escola privada do município do Rio de Janeiro para aplicação de

questionário in loco.

Elaboração do questionário de modo que vise uma coleta de dados fiel a opinião dos

estudantes.

Tratamento de dados obtidos, buscando a avaliação preliminar dentro do contexto do

trabalho, no município do Rio de Janeiro.

3.1. Metodologia da Pesquisa

“Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo

proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não

se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a

informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser

adequadamente relacionada ao problema.” (GIL, 2010).

Existem basicamente dois tipos de pesquisas segundo sua finalidade, uma denominada

pesquisa básica e a outra pesquisa aplicada. A primeira tem objetivo de preencher determinada

falta de conhecimento em uma área; já a segunda busca resolver problemas de cunho social

advindos do meio que o pesquisador se encontra. Uma modalidade não anula a outra, de

forma que a pesquisa básica pode ser utilizada para a resolução de algum problema, assim

como a pesquisa aplicada pode ser usada como ferramenta para aquisição de conhecimento.

A Adelaide University (2008) propõe um sistema para a definição dessas categorias da

seguinte forma:

Pesquisa básica pura – Pesquisas destinadas unicamente à ampliação do

conhecimento, sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios.

Page 32: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

31

Pesquisa básica estratégica – Pesquisas voltadas à aquisição de novos conhecimentos

direcionados a amplas áreas com vistas à solução de reconhecidos problemas práticos.

Pesquisa aplicada – Pesquisa voltadas à aquisição de conhecimentos com vistas à

aplicação numa situação específica.

Desenvolvimento experimental - Trabalho sistemático, que utiliza conhecimentos

derivados da pesquisa ou experiência prática com vistas à produção de novos

materiais, equipamentos, políticas e comportamentos, ou à instalação ou melhoria de

novos sistemas e serviços (GIL, 2010).

Toda pesquisa possui um objetivo que naturalmente é diferente do objetivo de outra pesquisa.

Porém, com relação aos objetivos mais gerais, ou propósitos, as pesquisas podem ser

classificadas em exploratórias descritivas e explicativas.

Pesquisas exploratórias – Têm o objetivo de elucidar um problema, tornando-o mais

explícito ou construindo hipóteses. O planejamento desse tipo de pesquisa tende ser

mais flexível, pois o interesse maior é considerar os mais variados aspectos

relacionados ao fato ou fenômeno estudado.

A maioria das pesquisas acadêmicas num primeiro momento é caracterizada como

exploratória, visto que é pouco provável que o pesquisador tenha uma definição mais

clara do que pretende investigar (GIL, 2010).

Pesquisas descritivas – Possuem o objetivo de determinar as características de uma

população específica. Podem também ser elaboradas com o objetivo de identificar

possíveis relações entre variáveis.

Nesse tipo de pesquisa busca-se estudar as características de um grupo, como: sua

distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física

e mental etc (GIL, 2010).

Pesquisas explicativas – Tem o objetivo de identificar fatores que determinam ou

contribuem para o acontecimento de certos fenômenos. São pesquisas mais

aprofundadas na ciência da realidade, pois têm como finalidade explicar o a razão e o

porquê das coisas. Por essa razão, as pesquisas explicativas são mais complexas e mais

delicadas, já que o risco de se cometer erros é considerável (GIL, 2010).

Page 33: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

32

Este Trabalho de Conclusão de Curso possui não só caráter de pesquisa pura básica como

também de pesquisa exploratória.

O trabalho foi realizado com caráter de pesquisa de campo no colégio MV1 – Arte e

Instrução, localizado na Avenida Ernani Cardoso, 225 – Campinho/Cascadura.

O grupo foi composto por 41 homens e 79 mulheres, todos estudantes do ensino médio do

primeiro ao terceiro ano, com idade entre 14 a 19 anos, totalizando 120 entrevistados.

A coleta de dados foi aplicada no dia 11 de Setembro de 2013, quando foi apresentado aos

alunos um questionário com oito questões, sendo sete perguntas fechadas e uma pergunta

aberta.

Os resultados obtidos foram processados no prazo de trinta dias a contar da mencionada data e

serão descritos no capítulo posterior.

4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

Page 34: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

33

4.1. Que tipo de recursos de tecnologia seu professor utiliza em sala de aula?

Figura 1: Recursos de tecnologia utilizado pelo professor em sala.

4.2. Você considera importante o uso de recursos tecnológicos em sala de aula?

Figura 2: Importância dos recursos tecnológicos em sala.

4.3. Qual o grau de importância que você atribui ao uso das novas tecnologias em sala

de aula?

Page 35: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

34

Figura 3: Grau de importância ao uso das novas tecnologias.

4.4. O uso dos recursos visuais como PowerPoint, tablet, data show, internet e vídeos em sala de aula, ajuda ou atrapalha na aquisição de conhecimentos? Por quê?

Tabela 2: Números de entrevistados prós e contras os recursos visuais

___________________ PRÓS CONTRAS

Entrevistados 111 9

Prós - Grande parte dos entrevistados acredita que o uso demasiado de livros e apostilas

em sala de aula entedia o aluno e que os recursos tecnológicos tornam a aula mais interativa,

otimizando o tempo do professor (visto que os alunos não necessitam copiar parte do

conteúdo) e desenvolvendo a memória visual dos que aprendem melhor dessa forma.

Alguns alunos consideram o tablet um material mais leve para ser transportado, provendo

informações adicionais concomitantemente com a aula, trazendo aplicabilidade aos conteúdos

na falta de um laboratório.

Contras - Uma minoria alega que os recursos tecnológicos tiram o foco do aluno em sala,

gerando distração ao invés de atenção na aula. Também houve opiniões desfavoráveis ao uso

de tecnologias em sala de aula, alegando que o uso demasiado pode desestimular o hábito da

leitura, que deve ser constante.

Page 36: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

35

Alguns alunos não descartaram o uso de livros e apostilas em sala, mas se queixaram

da falta de preparo de alguns professores ao lidar com as novas tecnologias alegando baixo

aproveitamento desses recursos.

4.5. Você acredita que a o uso da tecnologia em sala de aula deveria substituir livros didáticos e apostilas?

Figura 4: Questão sobre o substuituição de livros por tecnologia.

4.6. Você considera que o EAD (Ensino à Distância) tem o mesmo peso do ensino

presencial, em termos de aprendizagem?

Figura 5: O peso do EAD em relação ao ensino presencial

Page 37: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

36

4.7. Entre o EAD e o ensino presencial, qual das duas opções satisfaria melhor sua forma

de aprendizagem?

Figura 6: Satisfação de necessidades de ensino do EAD e o ensino presencial.

4.8. Você acredita que o uso de tecnologias no cotidiano escolar faz alguma diferença

positiva na formação do aluno?

Figura 7: O uso de tecnologia na formação do aluno e seus benefícios.

5.0. DISCUSSÃO DA PESQUISA DE CAMPO

Que tipo de recursos de tecnologia seu professor utiliza em sala de aula?

Page 38: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

37

Os tablets foram apontados na pesquisa com maior expressividade percentual de tecnologia

utilizada em sala, apresentando 36,02% na frequência de uso. Em contrapartida os recursos de

músicas, aplicativos e fotos apresentaram respectivamente os menores percentuais, que foram

de 0,37% para cada um. Como segundo recurso mais utilizado está o uso de vídeos, com

26,47%, seguido do Datashow com 22,80%, da internet com 11,40% e o PowerPoint com

2,20%.

Os números demonstram claramente que o docente faz uso com maior frequência do tablet

concomitantemente com o Datashow, porém utiliza muito mais os recursos de vídeo do que

outros tão importantes quanto, como músicas, aplicativos ou imagens.

Você considera importante o uso de recursos tecnológicos em sala de aula?

92,50% dos entrevistados acreditam que o uso das tecnologias em sala de aula é importante,

contra apenas 7,50% que acham o contrário. Esses números reforçam ainda mais a

característica marcante do jovem em relação ao apego com a tecnologia, que nos tempos de

hoje tornou-se parceira quase inseparável não só nos estudos, mas também no cotidiano.

Qual o grau de importância que você atribui ao uso das novas tecnologias em sala de

aula?

Mais uma vez a grande maioria dos entrevistados, com 42,50% na pesquisa, acredita que é

muito importante o uso das tecnologias em sala. Já 50% dos alunos acreditam serem apenas

importante, contra 5% que julgam ser pouco importantes e apenas 2,50% que acham que não

são importantes o uso de tecnologias em sala de aula.

Os dados pesquisados elucidam a relação da inserção dos recursos atuais implantados em sala

de aula, seja pelo seu devido valor educacional ou apenas pelo costume de uso dos

entrevistados.

O uso dos recursos visuais como PowerPoint, tablet, data show, internet e vídeos em sala de aula, ajuda ou atrapalha na aquisição de conhecimentos? Por quê?

Page 39: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

38

A quase totalidade dos alunos entrevistados acredita que há mais benefícios no uso de

tecnologias em sala de aula do que malefícios, visto que há um ganho reconhecido de

conhecimento através desses métodos. Apenas uma pequena parte foi contra esse uso,

alegando trazer prejuízos não só para as atividades de leitura, por exemplo, assim como para

atividades exercidas em sala de aula que exijam concentração.

Você acredita que a o uso da tecnologia em sala de aula deveria substituir livros didáticos e apostilas?

Mesmo sendo demonstrada anteriormente, em outras questões, a tendência do aluno pelo uso

da tecnologia, os entrevistados ficaram divididos em 50% sobre a substituição de livros

didáticos e apostilas por material tecnológico, fato que demonstra que o uso das tecnologias é

importante, mas que o material de apoio não deveria ser substituído e sim usado

concomitantemente com outros recursos.

Você considera que o EAD (Ensino à Distância) tem o mesmo peso do ensino presencial, em termos de aprendizagem?

92,50% dos entrevistados acreditam que o EAD não tem o mesmo peso do ensino presencial,

contra 7,50% que creem o contrário. Esse numero expressivo de alunos que desacreditam no

valor da aprendizagem do Ensino á Distância deve-se ao que já foi demonstrado nas questões

anteriores. Estabelece-se assim, uma grande relação entre as facilidades oferecidas pela

presença do docente em sala de aula, que tem o papel não só de ensinar, mas esclarecer

dúvidas frequentes e os benefícios que as tecnologias trazem para o aluno no momento da

aprendizagem.

Entre o EAD e o ensino presencial, qual das duas opções satisfaria melhor sua forma de aprendizagem?

Mais uma vez 92,50% dos alunos acreditam que o ensino presencial satisfaria melhor sua

necessidade de aprendizagem, contra 7,50% que acreditam ter melhor rendimento no modelo

de aprendizagem do EAD. Isso se deve não só ao longo período de estudos no qual os alunos

estão inseridos atualmente (o ensino presencial), mas também pela necessidade de aprender

com a presença do mestre e fazer uso do que a tecnologia pode oferecer-lhes.

Page 40: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

39

Você acredita que o uso de tecnologias no cotidiano escolar faz alguma diferença positiva na formação do aluno?

92,50% responderam que sim e apenas 7,50% disseram que não, fato que reforça mais uma

vez a satisfação do aluno, em sua grande maioria, em estudar de forma mais lúdica através das

ferramentas que o docente disponibiliza para realizar uma aprendizagem de qualidade.

CONCLUSÃO

A pesquisa demonstra de forma clara e objetiva todo o processo pelo qual a literatura

Page 41: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

40

veio elucidando ao longo de diversos capítulos, onde a inserção dos meios tecnológicos no

cotidiano da sociedade é algo de peso e que deve ter uma atenção redobrada quando se fala

sobre educação. É de suma importância que haja não só uma conexão forte entre quem ensina

e quem aprende, mas também aos meios pelos quais os processos cognitivos se dão, de modo

que a conscientização sobre tais processos pode acarretar melhorias ou danos ao aprendizado

do aluno, sendo estas muitas vezes irreparáveis ou de difícil modificação, demandando tempo

e paciência para que ocorram tais mudanças.

O aluno vive numa realidade totalmente imersa na inovação e tecnologia, o que não deve ser

diferente ao mestre adotar este tipo de postura, pois o foco principal é o aluno e sua interação

com o aprendizado. Nota-se de forma clara que o aluno possui um gosto especial pelo uso de

tecnologias, não só em sala de aula, mas também fora dela, sendo assim, é de suma

importância que o mestre possa dominar esses recursos para atingir de forma lúdica o

principal objetivo, que é fortalecer as bases de estudo, assim como fazer com que esse aluno

ganhe conhecimento e se torne crítico de tal forma que possa se sentir seguro para escolher

uma área de atuação para sua carreira futura no mercado de trabalho.

Nota-se insatisfação por parte do estudante quando o docente não possui habilidades

suficientes para explorar todos os recursos que essas novas tecnologias oferecem as salas de

aula, pois julgam importantes para o crescimento profissional o entendimento completo do

que se estuda em sala, assim como a aplicação desse conhecimento fora dela, em sua vida

pessoal.

Em relação ao ensino da Química, tornou-se muito mais fácil para o mestre demonstrar ao

aluno situações que acontecem em escala micro, pois os recursos de vídeo e áudio podem ser

fortemente utilizados com o material didático para trazer esse universo minimalista da

Química para o macro, facilitando não só a aprendizagem de uma forma mais lúdica, mas

dando sentido ao que se estuda em sala.

A utilização de cadernos, livros e apostilas (material de apoio) é algo que faz parte do

cotidiano do aluno e do mestre, porém a tendência de que essa quantidade de informações

passe a ser digitalizada no futuro é muito grande, fato que não satisfaz muito o aluno, que

mesmo sendo usuário constante de tecnologias ainda se atém aos papeis por fazer parte da sua

realidade.

A aceitação do EAD no sistema de ensino escolar ainda é um pouco controversa, pois a maior

parte dos alunos possuem uma experiência longa e um contato constante com o ensino

presencial, pois isso faz parte da sua realidade. Isso se deve principalmente a presença do

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docente em sala de aula (que é considerada de peso para formação do aluno) e também a

rotina de estudos que é imposta pelos pais e responsáveis, onde a assimilação desses costumes

tornou-se normal e necessária para que esse aluno cumpra seus objetivos escolares.

Mais importante que compreender a utilização dos recursos lúdicos aplicados em sala de aula

é a dedicação do mestre não só na sua formação acadêmica, mas também na forma de se

comprometer com o seus alunos quando se propõe a ensinar para torná-los formadores de

opinião, assim como para auxiliá-los a desenvolver atividades que fomentem a pesquisa

verdadeira e pura na busca diária da aquisição de conhecimentos necessários, não só para sua

vida acadêmica, mas também para sua futura profissão que será escolhida ao fim do ensino

médio, onde se inicia uma nova etapa de estudos, relações pessoais e aquisição de

conhecimento.

O dever do mestre é ensinar com os recursos disponíveis em sala, independentemente se os

mesmos são de cunho tecnológico ou não, pois a missão do educador é formar cidadãos com

as ferramentas disponíveis, sem de forma alguma perder o foco na transmissão de

conhecimento, sempre de forma clara, objetiva e certa, tornando o prazer de ensinar mútuo ao

prazer de aprender, pois as bases da educação devem ser motivadas sempre por uma relação

de ganha-ganha e nunca o inverso.

REFERÊNCIAS

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Page 43: As Novas Tecnologias Educacionais - FINALIZADA (1)

42

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Disponível em: http://primeiraedicao.com.br/noticia/2012/04/09/pesquisa-aponta-que-61-de-alunos-do-ensino-medio-de-escolas-publicas-ja-escolheram-a-profissao. Data de acesso: 21/08/2012

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Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=868. Data de acesso: 15/06/2012

Disponível em: http://sbgadministra.blogspot.com.br/2009/04/o-uso-do-powerpoint.html Data de acesso: 01/05/2012

ANEXO

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QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO

1) Que tipos de recursos da tecnologia seu professor utiliza em sala de aula?

( ) Tablet

( ) Internet

( ) Data Show

( ) PowerPoint

( ) Vídeos

( ) Outros ___________________________________________

2) Você considera importante o uso de recursos tecnológicos em sala de aula?

( ) Sim ( ) Não

3) Qual o grau de importância que você atribui ao uso das novas tecnologias em sala de

aula?

( ) Muito importante

( ) Importante

( ) Pouco importante

( ) Não é importante

4) O uso dos recursos visuais como PowerPoint, tablet, data show, internet e vídeos em

sala de aula, ajuda ou atrapalha na aquisição de conhecimentos? Por quê?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5) Você acredita que a o uso da tecnologia em sala de aula deveria substituir livros

didáticos e apostilas?

( ) Sim ( ) Não

6) Você considera que o EAD (Ensino à Distância) tem o mesmo peso do ensino

presencial, em termos de aprendizagem?

( ) Sim ( ) Não

7) Entre o EAD e o ensino presencial, qual das duas opções satisfaria melhor sua forma

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de aprendizagem?

( ) EAD

( ) Ensino presencial

8) Você acredita que o uso de tecnologias no cotidiano escolar faz alguma diferença

positiva na formação do aluno?

( ) Sim ( ) Não