o debate sobre o pib: estamos fazendo a conta errrada

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  • 8/9/2019 O debate sobre o PIB: estamos fazendo a conta errrada

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    O debate sobre o PIB: estamos fazendo a conta errrada

    Ladislau Dowbor

    26 de setembro de 2009

    Crescer por crescer, a filosofia da clula cancerosa.Banner colocado por estudantes, na entrada deuma conferncia sobre ecconomia

    PIB, como todos devem saber, o produto interno bruto. Para o comum dos mortais queno fazem contas macroeconmicas, trata-se da diferena entre aparecerem novasoportunidades de emprego (PIB em alta) ou ameaas de desemprego (PIB em baixa). Para ogoverno, a diferena entre ganhar uma eleio e perd-la. Para os jornalistas, uma timaoportunidade para darem a impresso de entenderem do que se trata. Para os que sepreocupam com a destruio do meio-ambiente, uma causa de desespero. Para oeconomista que assina o presente artigo, uma oportunidade para desancar o que uma

    contabilidade clamorosamente deformada.

    Peguemos o exemplo de uma alternativa contbil, chamada FIB. Trata-se simplesmente umjogo de siglas, Felicidade Interna Bruta. Tem gente que prefere felicidade interna lquida,questo de gosto. O essencial que inmeras pessoas no mundo, e tcnicos de primeiralinha nacional e internacional, esto cansados de ver o comportamento econmico sercalculado sem levar em conta ou muito parcialmente os interesses da populao e asustentabilidade ambiental. Como pode-se dizer que a economia vai bem, ainda que o povova mal? Ento a economia serve para qu?

    No Brasil a discusso entrou com fora recentemente, em particular a partir do clculo do

    IDH (Indicadores de Desenvolvimento Humano), que inclui, alm do PIB, a avaliao daexpectativa de vida (sade) e do nvel da educao. Mais recentemente, foram lanadosdois livros bsicos, Reconsiderar a riqueza, de Patrick Viveret, e Os novos indicadores deriqueza de Jean-Gadrey e Jany-Catrice. H inmeras outras iniciativas em curso, queenvolvem desde o Indicadores de Qualidade do Desenvolvimento do IPEA, at os sistemasintegrados de indicadores de qualidade de vida nas cidades na linha do Nossa So Paulo. Omovimento FIB mais uma contribuio para a mudana em curso. O essencial para ns, o fato que estamos refazendo as nossas contas.

    As limitaes do PIB aparecem facilmente atravs de exemplos. Um paradoxo levantadopor Viveret, por exemplo, que quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas

    costas do Alaska, foi necessrio contratar inmeras empresas para limpar as costas, o queelevou fortemente o PIB da regio. Como pode a destruio ambiental aumentar o PIB?Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econmicas, e no se so teisou nocivas. O PIB mede o fluxo dos meios, no o atingimento dos fins. Na metodologiaatual, a poluio aparece como sendo tima para a economia, e o IBAMA vai aparecercomo o vilo que a impede de avanar. As pessoas que jogam pneus e foges velhos no rioTiet, obrigando o Estado a contratar empresas para o desassoreamento da calha,contribuem para a produtividade do pas. Isto conta?

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    Mais importante ainda, o fato do PIB no levar em conta a reduo dos estoques de bensnaturais do planeta. Quando um pas explora o seu petrleo, isto apresentado comoeficincia econmica, pois aumenta o PIB. A expresso produtores de petrleo interessante, pois nunca ningum conseguiu produzir petrleo: um estoque de bens

    naturais, e a sua extrao, se der lugar a atividades importantes para a humanidade, positiva, mas sempre devemos levar em conta que estamos reduzindo o estoque de bensnaturais que entregaremos aos nossos filhos. A partir de 2003, por exemplo, no na contado PIB mas na conta da poupana nacional, o Banco Mundial j no coloca a extrao depetrleo como aumento da riqueza de um pas, e sim como a sua descapitalizao. Isto elementar, e se uma empresa ou um governo apresentasse a sua contabilidade no fim de anosem levar em conta a variao de estoques, veria as suas contas rejeitadas. No levar emconta o consumo de bens no renovveis que estamos dilapidando deforma radicalmente aorganizao das nossas prioridades. Em termos tcnicos, uma contabilidadegrosseiramente errada.

    A diferena entre os meios e os fins na contabilidade aprece claramente nas opes desade. A Pastoral da Criana, por exemplo, desenvolve um amplo programa de sadepreventiva, atingindo milhes de crianas at 6 anos de idade atravs de uma rede de cercade 450 mil voluntrias. So responsveis, nas regies onde trabalham, por 50% da reduoda mortalidade infantil, e 80% da reduo das hospitalizaes. Com isto, menos crianasficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menosservios hospitalares, e que as famlias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto devista das contas econmicas completamente diferente: ao cair o consumo demedicamentos, o uso de ambulncias, de hospitais e de horas de mdicos, reduz-se tambmo PIB. Mas o objetivo aumentar o PIB ou melhorar a sade (e obem-estar) das famlias?

    Todos sabemos que a sade preventiva muito mais produtiva, em termos de custo-benefcio, do que a sade curativa-hospitalar. Mas se nos colocarmos do ponto de vista deuma empresa com fins lucrativos, que vive de vender medicamentos ou de cobrar diriasnos hospitais, natural que prevalea a viso do aumento do PIB, e do aumento do lucro. a diferena entre os servios de sade e a indstria da doena. Na viso privatista, a falta dedoentes significa falta de clientes. Nenhuma empresa dos gigantes chamadosinternacionalmente de big pharma investe seriamente em vacinas, e muito menos em

    vacinas de doenas de pobres. Ver este ngulo do problema importante, pois nos fazperceber que a discusso no inocente, e os que clamam pelo progresso identificado como aumento do PIB querem, na realidade, maior dispndio de meios, e no melhoresresultados. Pois o PIB no mede resultados, mede o fluxo dos meios.

    igualmente importante levar em considerao que o trabalho das 450 mil voluntrias daPastoral da Criana no contabilizado como contribuio para o PIB. Para o sensocomum, isto parece uma atividade que no propriamente econmica, como se fosse umbandaid social. Os gestores da Pastoral, no entanto, j aprenderam a corrigir a contabilidadeoficial. Contabilizam a reduo do gasto com medicamentos, que se traduz em dinheiroeconomizado na famlia, e que liberado para outros gastos. Nesta contabilidade corrigida,o no-gasto aparece como aumento da renda familiar. As noites bem dormidas quando ascrianas esto bem representam qualidade de vida, coisa muitssimo positiva, e que afinal

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    o objetivo de todos os nossos esforos. O fato da me ou do pai no perderem dias detrabalho pela doena dos filhos tambm ajuda a economia. O Canad, centrado na sadepblica e preventiva, gasta 3 mil dlares por pessoa em sade, e est em primeiro lugar nomundo neste plano. Os Estados Unidos, com sade curativa e dominantemente privada,gastam 6,5 mil, e esto longe atrs em termos de resultados. Mas ostentam orgulhosamente

    os 16% do PIB gastos em sade, para mostrar quanto esforo fazem. Estamos medindomeios, esquecendo os resultados. Neste plano, quanto mais ineficientes os meios, maior oPIB.

    Uma outra forma de aumentar o PIB reduzir o acesso a bens gratuitos. Na Riviera de SoLoureno, perto de Santos, as pessoas no tm mais livre acesso praia, a no ser atravsde uma sria de enfrentamentos constrangedores. O condomnio contribui muito para oPIB, pois as pessoas tm de gastar bastante para ter acesso ao que antes acessavamgratuitamente. Quando as praias so gratuitas, no aumentam o PIB. Hoje os painispublicitrios nos oferecem as maravilhosas praias e ondas da regio, como se as tivessemproduzido. A busca de se restringir a mobilidade, o espao livre de passeio, o lazer gratuitooferecido pela natureza, gera o que hoje chamamos de economia do pedgio, de emp resasque aumentam o PIB ao restringir o acesso aos bens. Temos uma vida mais pobre, e umPIB maior.

    Este ponto particularmente grave no caso do acesso ao conhecimento. Trata-se de umarea onde h excelentes estudos recentes, como A Era do Acesso, de Jeremy Rifkin; TheFuture of Ideas, de Lawrence Lessig; O imaterial, de Andr Gorz, ou ainda Wikinomics, deDon Tapscott. Um grupo de pesquisadores da USP Leste, com Pablo Ortellado e outrosprofessores, estudou o acesso dos estudantes aos livros acadmicos: o vslume de livrosexigidos proibitivo para o bolso dos estudantes (80% de famlias de at 5 salriosmnimos), 30% dos ttulos recomendados esto esgotados. Na era do conhecimento, asnossas universidades de linha de frente trabalham com xerox de captulos isolados doconjunto da obra, autnticos ovnis cientficos, quando o MIT, principal centro de pesquisasdos Estados Unidos, disponibiliza os cursos na ntegra gratuitamente online, no quadro doOpenCourseWare (OCW). Hoje, os copyrights incidem sobre as obras at 90 anos aps amorte do autor. E se fala naturalmente em direitos do autor, quanto se trata na realidadede direitos das editoras, dos intermedirios.

    impressionante investirmos por um lado imensos recursos pblicos e privados naeducao, e por outro lado empresas tentarem restringir o acesso aos textos. O objetivo, assegurar lucro das editoras, aumentando o PIB, ou termos melhores resultados naformao, facilitando, e incentivando (em vez de cobrar) o aprendizado? Trata-se, aquitambm, da economia do pedgio, de impedir a gratuidade que as novas tecnologiaspermitem (acesso online), a pretexto de proteger a remunerao dos produtores deconhecimento.1

    1 O material do MIT pode ser acessado no sitewww.ocw.mit.edu; Em vez de tentar impadir a aplicao denovas tecnologias, como alis o caso das empresss de celular que lutam contra o wi-fi urbano e acomunicao quase gratuita via skype, as empresas devem pensar em se reconverter, e prestar servios teisao mercado. A IBM ganhava dinheiro vendendo computadores, e quando este mercado se democratizou como barateamento dos computadores pessoais migrou para a venda de softwares. Estes hoje devem se tornar

    http://www.ocw.mit.edu/http://www.ocw.mit.edu/http://www.ocw.mit.edu/http://www.ocw.mit.edu/
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    Outra deformao deste tipo de conta a no contabilizao do tempo das pessoas. Nonosso ensaio Democracia Econmica, inserimos um captulo Economia do Tempo. Est

    disponvel online, e gratuitamente. O essencial, que o tempo por excelncia o nossorecurso no renovvel. Quando uma empresa nos obriga a esperarmos na fila, faz umclculo: a fila custo do cliente, no se pode abusar demais. Mas o funcionrio custo da

    empresa, e portanto vale a pena abusar um pouco. Isto se chama externalizao de custos.Imaginemos que o valor do tempo livre da populao econmicamente ativa seja fixado em5 reais. Ainda que a produo de automveis represente um aumento do PIB, as horasperdidas no trnsito pelo encalacramento do trnsito poderiam ser contabilizadas, para os 5milhes de pessoas que se deslocam diariamente para o trabalho em So Paulo, em 25milhes de reais, isto calculando modestos 60 minutos por dia. A partir desta conta,passamos a olhar de outra forma a viabilidade econmica da construo de metr e deoutras infraestruturas de transporte coletivo. E so perdas que permitem equilibrar asopes pelo transporte individual: produzir carros realmente aumenta o PIB, mas umaopo que s vlida enquanto apenas minorias tm acesso ao automvel. Hoje So Pauloanda em primeira e segunda, gastando com o carro, com a gazolina, com o seguro, com asdoenas respiratrias, com o tempo perdido. Os quatro primeiros itens aumentam o PIB. Oltimo, o tempo perdido, no contabilizado. Aumenta o PIB, reduz-se a mobilidade. Maso carro afinal era para qu?

    Alternativas? Sem dvida, e esto surgindo rapidamente. No haver o simples abandonodo PIB, e sim a compreenso de que mede apenas um aspecto, muito limitado, que ofluxo de uso de meios produtivos. Mede, de certa forma, a velocidade da mquina. Nomede para onde vamos, s nos diz que estamos indo depressa, ou devagar. No respondeaos problemas essenciais que queremos acompanhar: estamos produzindo o qu, com quecustos, com que prejuizos (ou vantagens) ambientais, e para quem? Aumentarmos avelocidade sem saber para onde vamos no faz sentido. Contas incompletas so contaserradas.

    A pedido do governo francs, foi organizada em 2009 uma comisso composta por JosephStiglitz, Amartya Sen e Jean-Paul Fitoussi, na linha da medida do progresso econmico esocial. Ainda que no apresentando uma proposta fechada, o relatrio acabou traando ospontos de referncia da nova contabilidade nacional que surge. De forma geral, a visoconsiste em resgatar as dimenses das contas nacionais que melhor representam osinteresses da sociedade: J tempo de deslocar o nosso sistema de medio das medidasda produo econmica para a medida do bem estar das pessoas. E as medidas do bem estardevero ser colocadas no contexto da sustentabilidade.2 Portanto, do foco de medio daproduo passamos para o foco no resultado final, a qualidade de vida, mas sustentvel emtermos das futuras geraes. O social e o ambiental tornam-se o eixo organizador dainformao.

    gratuitos (a prpria IBM optou pelo Linux), e a empresa passou a se viabilizar prestando servios de apoioinformtico. Travar o acesso aumenta o PIB, mas empobrece a sociedade.2 The time is ripe for our measurement system to shift emphasis from measuring economic production tomeasuring peoples well being. And the mesasures of well-being should be put in a context ofsustainability. J. Stiglitz et al.,Report by the Commission on the measurement of Economic Performanceand Social Progress, September 2009, p. 12 -http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr

    http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/
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    Relativamente ao Pib, no relatrio Stiglitz, a cifra central seria a renda nacional disponvellquida (net national disposable income), o que desagregado para a perspectiva domiciliarpermite avaliar melhor o impacto econmico para a sociedade. H um deslocamento emtermos do peso relativo dos setores produtivos, com maior ateno para as reas hoje muito

    mais centrais e difceis de mensurar, como sade, cultura e educao. O ponto maior deateno passa a ser a renda domiciliar, o que permite dar melhor visibilidade s condiesde vida das famlias. A questo chave da desigualdade entra para o primeiro plano, comuma contabilidade que reflita efetivamente a distribuio. A contas devero incluir asatividades no monetrias. A incluso dos custos ambientais vem atravs de uma imagemexpressiva: no contador atual, medimos a velocidade da economia. Mas num carro, nobasta medir a velocidade para medir a performance, precisamos incluir o medidor decombustvel, gritantemente ausente nas nossas contas.

    H diversas apreciaes do relatrio Stiglitz, mas trata-se sem dvida de um avano paraum referencial que j tem ps e cabea, contrariamente s deficincias gritantes do PIB. Omais provvel que este movimento de mudana das contas nacionais ir incorporar umconjunto de aportes dos mais variados setores e das mais variadas metodologias. Para quemqueira acompanhar, h os trabalhos mencionados acima, em particular a boa viso deconjunto que oferece o estudo de Jean Gadrey, editado em portugus (Senac). E pode serutilizado um estudo meu sobre o tema, intitulado Informao para a Cidadania e oDesenvolvimento Sustentvel, disponvel no meu site http://dowbor.org Temos de serrealistas: no haver cidadania sem uma informao adequada, e adequadamentedistribuida.

    Fechamos esta nota tcnica com uma citao excepcionalmente eloquente de RobertKennedy, de 1968 ainda, quando o PIB americano era ainda de 800 bilhes (hoje daordem de 14 trilhes).

    Durante um tempo demasiadamente longo, parece que reduzimos a nossa excelnciapessoal e os valores da comunidade mera acumulao de coisas materiais. O nossoProduto Interno Bruto, agora, j supera os US$800 bilhes por ano, mas este PIB, sejulgarmos os Estados Unidos da Amrica por este critrio este PIB contabiliza a poluiodo ar e a publicidade de cigarros, e as ambulncias para limpar a carnificina nas nossasautoestradas. Soma as fechaduras especiais para as nossas portas e as prises para aspessoas que as rompem. Soma a destruio florestal e a perda da nossa maravilha natural naexpanso catica urbana...E os programas de televiso que glorificam a violncia paravender brinquedos para as nossas crianas. No entanto, o produto nacional bruto no contaa sade das nossas crianas, a qualidade da sua educao ou a alegria das suas brincadeiras.No inclui a beleza da nossa poesia ou a solidez dos nossos casamentos, a inteligncia donosso debate pblico ou a integridade dos nossos funcionrios pblicos. No mede nem onosso humor nem a nossa coragem, nem nossa sabedoria nem a nossa aprendizagem, nem anossa compaixo nem a nossa devoo ao nosso pas. Resumindo, mede tudo, exceto aquiloque faz a vida valer a pena.3

    3www.jfklibrary.org/Historical+Resources/Archives/Reference+Desk/Speeches/RFK/RFKSpeech68Mar18UKansas.htm )

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    De 1968 para c, o PIB americanos subiu muito, e todas as pesquisas de satisfao de vidaindicam uma queda progressiva. Afinal, de que se trata? De aumentar o PIB ou de vivermelhor? E qual dos dois objetivos deve ser medido? O PIB, to indecentemente exibido na

    mdia, e nas doutas previses dos consultores, merece ser colocado no seu papel de atorcoadjuvante. O objetivo vivermos melhor. A economia apenas um meio. o nossoavano para uma vida melhor que deve ser medido .

    Ladislau Dowbor, doutor em Cincias Econmicas pela Escola Central de Planejamento e Estatstica deVarsvia, professor titular da PUC de So Paulo e consultor de diversas agncias das Naes Unidas. autorde Democracia Econmica, A Reproduo Social: propostas para uma gesto descentralizada, O

    Mosaico Partido: a economia alm das equaes, Tecnologias do Conhecimento: os Desafios daEducao, todos pela editora Vozes, alm de O que Acontece com o Trabalho? (Ed. Senac) e co-organizador da coletnea Economia Social no Brasil (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobreplanejamento econmico e social, inclusive o artigoInformao para a Cidadania mencionado acima, estodisponveis no site http://[email protected]

    http://ppbr.com/ldhttp://ppbr.com/ldmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://ppbr.com/ld