o custo ambiental do progresso

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O CUSTO AMBIENTAL DO PROGRESSO Carvão ilegal é responsável por 20% do desmatamento em Carajás

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Resumo do problema

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Page 1: O custo ambiental do progresso

O CUSTO AMBIENTAL DO PROGRESSOCarvão ilegal é responsável por 20% do desmatamento em Carajás

Page 2: O custo ambiental do progresso

IMPLANTAÇÃO DE GUSEIRAS NA AMAZÔNIA

Guseiras são empresas que transformam o minério em ferro-gusa, matéria prima para a produção de aço.

A implantação das guseiras na Amazônia desde 1988, em Carajás, onde foram descobertas jazidas de minério de ferro, tornou-se um perigo ambiental de enormes proporções nos estados do Pará e Maranhão, por onde passa a rodovia de Carajás.

Page 3: O custo ambiental do progresso

POR QUE O CARVÃO VEGETAL ?

Na produção de ferro-gusa pode ser usado tanto carvão mineral, quanto carvão vegetal, mas o carvão vegetal se destaca pela reduzida quantidade de enxofre. Mas isto significa que existe grande pressão sobre a vegetação nativa, já que o reflorestamento existente é insuficiente.

Page 4: O custo ambiental do progresso

Minério Quantidade

Carvão vegetal

875 Kg

Calcário 100 Kg

Manganês 40 Kg

Quartzito 65 Kg

O GRANDE PROBLEMA É QUE PARA OBTER UMA TONELADA DE FERRO-GUSA É NECESSÁRIO O QUE CONSTA NA TABELA ABAIXO:

Page 5: O custo ambiental do progresso

PARA A OBTENÇÃO DO CARVÃO MINERAL OCORRE NA REGIÃO DESTRUIÇÃO DE

NOSSA FLORESTA. Considerando que a produção de cada tonelada de ferro-gusa exige 875Kg de carvão vegetal, estima-

se que só em 2005 a produção do Pólo de Carajá implicou no desmatamento

de uma área de 100 mil hectares de floresta.

Essa área, que equivale a 100 mil campos de futebol, deve crescer se não ocorrer

um reflorestamento. Já foram desmatadas para a

produção de carvão 800 mil hectares de floresta

ilegalmente.

Page 6: O custo ambiental do progresso

Do total de ferro-gusa produzido no Brasil, 63% são produzidos em Minas Gerais, 31% no Pólo de Carajás, 5% no Espírito Santo e 1% em outros estados. Dos 100% da produção em Carajás, 88% é exportado para os Estados Unidos.

Produção de ferro-gusa no Brasil

63%

31%

5%1%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Minas Gerais Pólo Carajás Espírito Santo OutrosEstados

Em Minas Gerais é utilizado somente madeira de reflorestamento, enquanto em Carajás o fato da Floresta

Amazônica estar ao lado, a destruição da vegetação natural é avassaladora.

Page 7: O custo ambiental do progresso

PRODUÇÃO DE FERRO GUSA É CONIVENTE COM A DEVASTAÇÃO

AMBIENTAL E COM CRIMES TRABALHISTAS

Page 8: O custo ambiental do progresso

NÃO HÁ RESPONSABILIDADE AMBIENTAL.NÃO HÁ DIREITOS HUMANOS RESPEITADOS.

Em 2011, cerca de 40 trabalhadores foram resgatados de carvoarias no Maranhão, em operações do Ministério do Trabalho, feitas a partir de denúncias do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos. Num relatório que acaba de ser concluído, a ONG afirma que grandes empresas americanas, entre elas montadoras de automóveis, se abastecem com produtos que deixam rastros de degradação ambiental e miséria para comunidades do entorno.

Page 9: O custo ambiental do progresso

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A produção em fornos possui uma baixa eficiência e não permite o aproveitamento de subprodutos, além de ser poluente e prejudicial, tanto para os carvoeiros quanto para os moradores da região.

Page 10: O custo ambiental do progresso

A UTILIZAÇÃO DE MADEIRA DE REFLORESTAMENTO

Uma alternativa é o carvão passar a ser produzido com madeira de eucalipto,

fornecidas por áreas reflorestadas e seria necessário o reflorestamento de no mínimo 800ha para garantir a produção de carvão necessária à atender as guseiras. Pois as mesmas geram empregos, mas precisa

mudar, desta maneira atual tem-se um alto custo – depredação de florestas nativas e o

planeta não pode esperar muito tempo.

Page 11: O custo ambiental do progresso

ALÉM DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DESMATADAS, A UTILIZAÇÃO DE MADEIRA DE

REFLORESTAMENTO, ENTRE OUTRAS PRÁTICAS AMBIENTALMENTE CORRETAS SERIAM

NECESSÁRIAS PARA MUDAR O QUADRO DESASTROSO QUE SE APRESENTA ATÉ HOJE.