o corrente

16
CAMPANHA SALARIAL 2011 Quem trabalha para a população, merece valorização Investimentos na nova sede ultrapassam um milhão de reais Página 5 Terceirização Não Página 6 Agentes Comunitários: promotores da saúde Página 13 Abono de Permanência Página 15 JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE CAXIAS DO SUL | JUNHO / JULHO / AGOSTO 2011

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Revista do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul

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Page 1: O CORRENTE

CAMPANHA SALARIAL 2011Quem trabalha para a população,

merece valorização

Investimentos na nova sede ultrapassam um milhão de reais

Página 5

Terceirização Não

Página 6

Agentes Comunitários: promotores da saúde

Página 13

Abono de Permanência

Página 15

JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE CAXIAS DO SUL | JUNHO / JULHO / AGOSTO 2011

Page 2: O CORRENTE

“Envolvimento” é a palavra

que melhor exprime o mo-

mento atual do nosso sin-

dicato. O SINDISERV tem se

dedicado a participar ativa-

mente do cotidiano da co-

munidade caxiense para

quem a categoria dos servi-

dores municipais dedica

seu labor. Contribuir para

uma sociedade mais justa e

que atenda aos interesses

do povo para quem traba-

lhamos no dia a dia, sendo

solidários com as lutas so-

ciais, é sim o papel do sindi-

cato. A situação da saúde

em Caxias do Sul, agravada

pela indefinição que cerca

a Greve dos Médicos, é

preocupante e o nosso sin-

dicato dedicou todos os es-

forços possíveis na busca

pela conciliação, mas foi

excluído pelo Sindicato dos

Médicos da discussão. Per-

manecemos vigilantes no

cuidado com os servidores

da saúde que enfrentam,

diariamente, os efeitos

dessa indefinição pro-

longada.

A direção tem se empenha-

do para estar presente em

discussões que envolvem o

universo do servidor e esti-

mulando fóruns que discu-

tam questões pontuais que

afetam o dia a dia da cate-

goria, debatendo defini-

ções determinantes para o

futuro do serviço público.

Esse debate é trazido para

essa edição d' O Corrente

que, paulatinamente, vai

assumindo uma proposta

mais participativa. Temas

como Educação Especial e

Terceirização dos Serviços

Públicos estão presentes

para auxiliar na reflexão e

esclarecer para a ação. Pas-

samos a contar com a parti-

cipação do médico do

trabalho, Dr. Rogério

Dornelles, como articula-

dor e convidamos você,

servidor, a ocupar seu es-

paço nessa publicação que

é sua. E como não se conta

histórias sem pessoas, ini-

ciamos nessa edição a nova

editoria “Você com o

SINDISERV”, criada para

ouvir os servidores e escla-

recer sobre a importância

da atuação sindical. Agra-

decemos aos “estreantes”

e contaremos com a sua

presença nas páginas das

próximas edições.

Estamos em plena Campa-

nha Salarial e convidamos

você a incentivar os colegas

servidores a se sindicaliza-

rem para que sejamos for-

talecidos ainda mais.

Afinal, “juntos somos mais

fortes”!

Boa leitura e até a

próxima edição!

Direção SINDISERV

Gestão Juntos Pra

Continuar Mudando

ÍNDICE

Envolvimento

Editorial

02 EDITORIALJUNH/JULH/AGO

03Curtas

04Ações / Homenagem

05Curtas

06Terceirização Não

07Assédio Moral / Corrente Nativa

Campanha Salarial 08

Sindicalize-se: Juntos podemos mais 09

12Educação Especial

13Agentes Comunitários

14Curtas

16Artigo: Saúde do Trabalhador

11Você com o sindiserv

15Previdência

Page 3: O CORRENTE

03CONECTADO JUNH/JULH/AGO

CORRENTE NATIVA NO MTGO grupo Corrente Nativa foi

aceito por unanimidade por todos

patrões dos CTGs que fazem parte

da 25ª Região Tradicionalista.

A coordenação e os sócios do

Grupo Corrente Nativa se

reuniram em assembleia na

sexta-feira (10.06) para definição

das atividades que serão

realizadas em 2011.

Calendário de atividades para 2011

JULHO

Jantar de integração

SETEMBRO

Acampamento na

Semana Farroupilha

OUTUBRO

Atividades na Semana

do Servidor

CHARGE

NA MÍDIAAcompanhe a coluna mensal no Jornal O

Caxiense, as chamadas nas Rádios Caxias AM,

São Francisco AM e Rádio Viva FM e o

programa semanal, nas segundas-feiras, a

partir das 9h30min, na Rádio Difusora AM.

Na TV Caxias, acontecem veiculações de um

minuto semanais.

Participe da comunicação do

sindicato! Envie sugestões de

pauta, atividades, artigos,

críticas e contribuições,

através das redes sociais,

site ou pelo e-mail

[email protected].

A sua contribuição

é muito importante!

CANAL ABERTO

twitter.com/Sindiserv Sindiserv-Caxias-Do-Sul

youtube.com/Sindiservorkut.com/Sindiserv

Terceirização à espreita | Ilustração: Fredy Varela

Page 4: O CORRENTE

04 CURTASJUNH/JULH/AGO

O Conselho da Guarda Municipal se reuniu

com a direção do sindicato na quarta-feira

(25.05), na sede do SINDISERV para defini-

ção das reivindicações encaminhadas para

a Administração Municipal. Ficou definido

que a reivindicação relativa à elevação do

padrão do cargo de Guarda Municipal para

padrão 10 e exigência de escolaridade para

Ensino Médio será discutida na Comissão

Paritária de Cargos e Salários.

Reivindicações da Guarda Municipal

II Encontro da Marcha Mundial das Mulheres

A Marcha Mundial das

Mulheres é um movimento

que acontece desde 2000.

Começou como uma gran-

de mobilização, reunindo

mulheres do mundo todo

em uma campanha contra

a pobreza e a violência. As

ações começaram em 8 de

março, Dia Internacional

da Mulher, e terminaram

em 17 de outubro, organi-

zadas a partir do chamado

“2000 razões para marchar

contra a pobreza e a violên-

cia sexista”.

Em 2010, houve a 3ª Ação

Internacional da Marcha

Mundial das Mulheres. No

Brasil, houve uma marcha

entre Campinas e São

Paulo em que 2 mil mulhe-

res marcharam pelos direi-

tos das mulheres, com a

participação as servidoras

Mariane Travi Ceconello e

Denise da Luz.

Participe do Encontro Mar-

cha Mundial das Mulheres

de Caxias!

SINDISERV realiza reunião na SMED

A direção do SINDISERV se

reuniu com o secretário de

Educação, Edson da Rosa,

na SMED para debater

questões referentes ao

Magistério. As duas partes

entraram em consenso so-

bre a criação de uma co-

missão paritária para dis-

cussão de temas relativos à

legislação (1/3 por aula-

at iv idade) e

forma de con-

tratação das

monitorias na

educação es-

pecial. A comis-

são, formada

por Luc iano

Roque Picolli e

Paula Ody, do SINDISERV,

pela presidente do Conse-

lho Municipal de Educa-

ção, Glaucia Gomes, pela

diretora administrativa da

SMED, Jaqueline Marques

Bernardi, e pela diretora de

RH da SAD, Rosimeri Loro,

começou a se reunir no dia

23 de maio para definições

sobre esses temas.

Page 5: O CORRENTE

JUNH/JULH/AGO 05HOMENAGEM | NOVA SEDE

Parabéns às servido-

ras homenageadas na

Sessão Solene do Tro-

féu Mulher Cidadã, no

dia 10 de maio, na Câ-

mara de Vereadores

de Caxias do Sul:

Rozeunice Pacífico e

Maria Marlene da Silva

Faria e à Loiva De Boni

Santos.

O troféu "Mulher Cida-

dã" é entregue pela

Câmara de Vereadores

anualmente, em co-

memoração ao Dia da

Mulher Caxiense, cele-

brado em 11 de maio.

Os nomes foram apro-

vados por unanimi-

dade pelo Conselho

Municipal dos Di-

reitos da Mulher,

em que o SINDISERV

é representado por

M a r i a n e T r a v i

C e c o n e l l o e p o r

Rosângela Corrêa.

Troféu Mulher Cidadã é entregue em Sessão Solene

Investimentos na nova sede ultrapassam um milhão de reaisEm 2011, até o mês de junho, o

SINDISERV já investiu mais de R$

400 mil na obra, somado aos in-

vestimentos de 2010, ultrapassa

um milhão de reais. A meta é

concluir o prédio até dezembro

de 2011.

VEJA COMO VAI

SER A ESTRUTURA

No 1º andar, haverá um espaço

que deve ser locado para restau-

rante com descontos para asso-

ciados. Já no 2º andar haverá

um salão de festas para 200 pes-

soas. O 3º andar será utilizado

para o setor administrativo e

para a direção da entidade. No

4º andar, haverá salas de reu-

niões e arquivo e no 5º andar

será o espaço para o auditório.

Os investimentos feitos na obra

são atualizados no Portal da

Transparência mensalmente

( w w w. s i n d i s e r v. c o m . b r /

portal_transparencia.php).

COLUNA JURÍDICAAção Horas Extras

– Processo nº

1.08.0020151-8

Aguarda parecer final

do Ministério Público e

depois será proletada

a sentença. As partes

poderão recorrer das

decisões para Porto

Alegre e Brasília.

1/3 de férias

professores sobre

60 dias – Processo

1.10.0001201-8

Falta parecer final do

Ministério Público e

depois sentença. As

partes poderão recor-

rer das decisões para

Porto Alegre e Brasília.

Page 6: O CORRENTE

JUNH/JULH/AGO TERCEIRIZAÇÃO NÃO06

TERCEIRIZAÇÃO NÃO

O Sindicato dos Servidores

Municipais de Caxias do Sul

(SINDISERV) tem constata-

do que nos últimos anos a

terceirização em algumas

secretarias do município

tem aumentado.

Na área da educação, há

terceirização no setor de

limpeza e nas funções das

merendeiras e os monito-

res. Na SEMMA, Secretaria

de Transportes, SAMAE e

S M O S P, a t r a v é s d a

CODECA. No setor de Ilumi-

nação Pública e Obras, os

trabalhadores terceiriza-

dos muitas vezes não rece-

bem os EPIs adequados.

O SINDISERV defende que

sejam estabelecidos limi-

tes e critérios para a tercei-

rização, pois hoje muitos

servidores estão sendo

substituídos por emprega-

dos de empresas terceiri-

zadas e por estagiários que

acabam sendo contratados

como mão de obra quali-

ficada e barata. O tema

das terceirizações foi

A terceirização está à espreita

debatido no 2º Congresso

SINDISERV e os servidores

puderam ser esclarecidos

sobre a questão e elaborar

propostas.

A CUT possui uma campa-

nha de combate à terceiri-

zação “Precarização Não”

com cartilha composta por

perguntas e respostas ela-

boradas para favorecer o

diálogo sobre o tema nos

locais de trabalho para o

fortalecimento da organi-

zação e representação sin-

dical e dos processos de

negociação coletiva. Aces-

se o conteúdo da cartilha

no site do SINDISERV.

Terceirização é o processo de

transferência da execução de

serviços de uma empresa para

outra empresa ou de uma

organização para uma

empresa.

O QUE É

TERCEIRIZAÇÃO?A terceirização também

está no setor públicoAtualmente, há um grande número de trabalhado-

res terceirizados, que não são aprovados em con-

curso público nem representam cargos de

confiança.

Parte do processo de terceirização no se-

tor público tem acontecido no repas-

se de atividades antes realizadas

pelo Estado para organizações

não estatais, estruturadas em as-

sociações civis sem fins lucrativos,

como é o caso das Organizações

Sociais (“OSs” - Lei Federal nº

9637/1998), ou das Organi-

zações da Sociedade Civil de

Interesse Público (Oscips - Lei

9790/1999). A prestação

de serviços destas últimas,

infelizmente, ocorre em

áreas como

assistência

social,

cultura,

saúde,

educação,

entre

outras.

Se você conhece casos de terceirização, entre em contato

com o sindicato e denuncie!

DENUNCIE!

Fonte: Cartilha “Precarização Não” elaborada pela CUT.

Page 7: O CORRENTE

JUNH/JULH/AGOASSÉDIO MORAL 07

A direção do Sindicato dos

Servidores Municipais de

Caxias do Sul (SINDISERV)

está visitando os locais de

trabalho para divulgar a

campanha “Chega de As-

sédio Moral”, distribuindo

cartilhas e adesivos.

A cartilha “Chega de Assé-

dio Moral” esclarece sobre

a caracterização do abuso,

para que o servidor asse-

diado possa avaliar se está

sendo vítima, aborda os

prejuízos ao trabalho e à

saúde e o perfil das vítimas

mais frequentes. A cartilha

também orienta como

proceder diante de uma

situação

de assédio moral, como

prevenir e como buscar

ajuda.

Além da atuação junto aos

servidores do município, o

SINDISERV esteve presente

e contribuiu para o debate

no 7ª edição do Seminário

de Qualificação do Serviço

Público, organizado pela

Federação dos Municipá-

rios do Estado do Rio Gran-

de do Sul (FEMERGS), e

também no 1º Seminário

de Formação CUT Serra,

que trouxeram pales-

trantes para abordar

o tema.

Essa é uma das bandeiras

de luta da Campanha Sala-

rial 2011, uma reivindica-

ção antiga dos servidores.

A entidade reivindica que a

Administração Municipal

elabore uma proposta para

coibir o assédio moral no

serviço público.

Também defende a impor-

tância da capacitação per-

manente das chefias, alia-

da à lei municipal que coí-

ba o assédio moral, para

garantir ambien-

te de traba-

lho saudável, com respeito

e valorização de todos os

servidores.

O projeto mais recente pa-

ra coibir a prática de assé-

dio moral no serviço públi-

co, da vereadora Denise

Pessôa (PT), foi arquivado

por inconstitucionalidade.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES

SE VOCÊ É VÍTIMA DE ASSÉDIO MORAL: DENUNCIERecolha evidências do assédio: anote tudo o que acontece, faça um registro diário no trabalho, procurando, ao máximo, coletar e guardar provas do assédio (bilhetes,

e-mails e documentos que comprovem a conduta do assediador) e procure a direção do SINDISERV para relatar o que está acontecendo.

LEMBRE-SE: A CONSCIENTIZAÇÃO E A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE A PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL SÃO OS PRIMEIROS

PASSOS PARA PODER LUTAR CONTRA ELE.

Page 8: O CORRENTE

Acesse no site do SINDISERV os itens da pauta da Campanha Salarial no link:

http://www.sindiserv.com.br/cgi-bin/sindiserv_noticias.pl?subclasse=noticias_gerais&id=2843

CAMPANHA SALARIAL 2011 JUNH/JULH/AGO

CAMPANHA SALARIAL 2011

A primeira reunião da

Campanha Salarial 2011

entre a Comissão de Nego-

ciação do SINDISERV e a

Administração Municipal

aconteceu no dia 11.05.

Durante a reunião aconte-

ceu debate sobre os itens

da Campanha Salarial.

PRIMEIRA REUNIÃO

08

CONTRAPROPOSTANo dia 29 de junho, a Administração Municipal

apresenta a contraproposta diante das

reivindicações feitas pelo SINDISERV.

ASSEMBLEIA GERAL 1º DE JULHONo dia 1º de julho, acontece

Assembleia Geral com servidores

para votação da contraproposta.

A segunda rodada de nego-

ciações da Campanha Sala-

rial 2011 entre a Comis-

são de Negociação do

SINDISERV e a Administra-

ção Municipal aconteceu

no dia 02/06. Nessa roda-

da, o SINDISERV, junta-

mente com a Assessoria

Financeira, apresentou a

reivindicação salarial e os

principais itens da Campa-

nha Salarial.

2ª RODADA DE NEGOCIAÇÕES pais do final de

2012.

Durante a reu-

nião a Adminis-

tração solicitou

esclarecimentos

sobre a lguns

pontos da Cam-

panha e não houve avan-

ços na pauta.

A pauta da Campanha Sala-

rial de 2011 foi elaborada

na Assembleia Geral do dia

11/04 e reuniu as propos-

tas não atendidas na Cam-

panha Salarial anterior e

sugestões elaboradas du-

rante o 2º Congresso

SINDISERV.

O sindicato propõe o esta-

belecimento de uma polí-

tica permanente de am-

pliação do poder de com-

pra dos salários dos servi-

dores com base no cresci-

mento das receitas do Mu-

nicípio, com ganho real de

2,62% mais projeção da

média da inflação do ano

de 2012 de 5,79%, anteci-

padamente, tendo em

vista as eleições munici-

Page 9: O CORRENTE

A campanha de sindicali-

zação acontece de 09 de

maio a 14 de outubro com

sorteio pela Loteria Federal

no dia 22 de outubro de

2011. Os servidores asso-

ciados até 31 de dezembro

de 2010 retiram duas car-

telas com dez números ca-

da, já os sócios a partir de

1º de janeiro de 2011 até o

final da promoção terão di-

reito a uma cartela com dez

números. O prazo para re-

tirada das cartelas encerra

em 14 de outubro de 2011.

Os prêmios serão entre-

gues no Baile dos Servido-

res, no dia 28 de outubro

de 2011, no Restaurante

Tulipa, nos Pavilhões da

Festa da Uva. A campanha

de novos sócios tem agre-

gado ao quadro de servido-

res sócios da entidade um

percentual médio de 5,6%

de novos sócios a cada

campanha. Participe!

PRÊMIOS: Moto Honda

Titan 150 cc ano 2011,

Televisão de LCD 42 pole-

gadas, notebook, compu-

tador completo e câmera

fotográfica.

O Sindicato é muito

importante na vida

dos trabalhadores

e trabalhadoras.

VEJA AS PRINCIPAIS

CONQUISTAS DE

NOSSA CATEGORIA

• 13º salário Categoria

pioneira do Brasil, insti-

tuído pela Lei Municipal

4090, de 13 de Julho de

1962.

• Estatuto dos Servidores

Municipais Fruto da mo-

bilização da categoria,

regulamentado pela Lei

Complementar 3673, de

24 de junho de 1991.

• IPAM Em 29 de dezem-

bro de 1962, também

foi criado o IPAM,

com serviços de

Assistência à

Saúde e Previ-

dência.

• Política da Trimestrali-

dade reajustes dos salá-

rios a cada três meses

• Criação do FAPS Previ-

dência do funcionalis-

mo, separada da assis-

tência – Lei Comple-

mentar 241, de 29 de

junho de 2005.

• Criação do IPAM/SAÚDE

Plano de saúde - Lei

Com-plementar 298, de

20 de dezembro de

2007 e Decreto 14029,

de 23 de dezembro de

2008.

CONHEÇA OS

BENEFÍCIOS DE

FAZER PARTE DO

SINDISERV

• Convênios, Planos de

Saúde e Assistência

Funeral

• Acesso a ensino e cul-

tura, através do Grupo

Corrente Nativa, parce-

rias culturais, atividades

de formação e integra-

ção.

• Assessoria Jurídica

e Previdenciária

• Empréstimo

consignado

• Sede Campestre

Page 10: O CORRENTE

VOCÊ COMO SINDISERV

A partir dessa edição, esse espaço será

destinado a contar histórias de servidores que

se empenham pelo movimento sindical.

Veja os depoimentos:

Rosane Carneiro é

servidora sindicalizada há

21 anos. Professora na

Escola Presidente

Tancredo de Almeida

Neves, entende que o

representante sindical

deve ser um elo entre o

local de trabalho e os

servidores, dedicando-se

a sensibilizar e mobilizar

os cole-gas: “Participar

das atividades

promovidas pelo sindicato

é importante, pois além

de nos deixar mais

fortalecidos e nos dá o di-

reito de reivindicar, avaliar

e sugerir atividades que

venham ao encontro dos

interesses da categoria,

o que valoriza as pessoas

que estão à frente,

representando a todos

os servidores.”

Para ela, o principal

desafio é mobilizar

para a participação

nas discussões e lutas:

“O sindicato somos nós

e as conquistas dependem

da mobilização de toda

a categoria”.

Entre as conquistas que

Rosane mais valoriza,

estão a manu-

tenção da política

salarial com

reposição da

inflação, através

da trimestrali-

dade, o aumen-

to do número de

sócios e a realização

do sonho dos servi dores: a sede própria.

“Uma conquista que não posso deixar de salientar é o

resgate da credibilidade do sindicato. Se hoje temos um

sindicato forte, transparente e respeitado é porque os

sócios colocaram à frente pessoas com res-

ponsabilidade que levam a sério a entidade e a cate-

goria que representam, ouvindo e tratando todos os

assuntos referentes à categoria com muita seriedade”,

garante.

CONQUISTANDO CREDIBILIDADE

ROSANE CARNEIRO - Professora

Page 11: O CORRENTE

11VOCÊ COM O SINDISERV JUNH/JULH/AGO

Cláudia Regina Gallina

Bergamin é secretária na

Escola Municipal de

Ensino Fundamental

Fioravante Weber. Os

secretários de escola

representam o primeiro

contato no atendimento

à comunidade, incluindo

pais, alunos, professores

e funcionários.

Servidora há mais de cinco

anos, Cláudia é filiada ao

SINDISERV há três.

Participar das atividades

sindicais em um país onde

não há cultura de mobili-

zação na luta por direitos

é um desafio: “Nas assem-

bleias promovidas pelo

SINDISERV, mesmo saben-

do que é para assegurar

direitos e contribuir para a

melhoria das condições de

trabalho há pouca partici-

pação. Afinal, participar é

difundir uma cultura de

união, mostrando que te-

mos voz e força para mu-

dar. O sindicato não é for-

mado apenas pela

direção: depende da

participação de todos”,

lembra. Para ela, um

exemplo é o movi-mento

que os secretários de

escola iniciaram há mais

de um ano, buscando

valo-rização e melhores

condi-ções de trabalho:

”Por meio de uma

comissão, mobilizamos os

colegas e divulgamos

nosso trabalho e as

dificuldades que en-

contramos, uma vez que

somos muito

importantes

no processo

educacional.

Penso que

somente

por meio da

mobilização

consigamos atingir

nossos objetivos.”

Como delegada sindical,

Cláudia repassa as infor-

mações relativas ao esfor-

ço do sindicato em alcan-

çar melhorias para os

servidores, incluindo os

colegas nas atividades.

Para Cláudia, “há

necessidade de um plano

de carreira, não somente

na nossa função, mas em

todo o serviço público,

pois isso nos motivará e

nos capacitará na

prestação de serviços com

mais qualidade”. Sobre as

conquistas, valoriza a

construção da nova sede

do SINDISERV e o 2º

Congresso de Servidores,

um espaço para ouvir os

colegas e encaminhar

melhorias para a

categoria.

Acesse o blog:

www.polvonervoso.

blogspot.com

Há 13 anos como servidora, Solange

Fabrício, é serviçal na FAS. Associada há

12 no SINDISERV, Solange entende que a

vinculação ao sindicato possibilita a ela

estar informada sobre conquistas e

direitos: é uma entidade importante de

luta, que é construída por todos os

servidores. Afinal, ela valoriza a luta pela

garantia de direitos dos servidores “Tento

Garantia de Direitos

SOLANGE FABRÍCIO - serviçal

manter os colegas

informados, através da

divulgação de informaçõ-

es que recebo”, conta a

servidora. Para ela, o mai-

or desafio é conseguir mo-

bilizar os colegas a partici-

parem das ações sindicais:

“Para mim ajuda, pois se

eu participo, eu posso co-

brar”, finaliza.

Um espaço para ouvir e ser ouvido

CLÁUDIA REGINA GALLINA BERGAMIN - sec. de escola

Page 12: O CORRENTE

12 EDUCAÇÃOJUNH/JULH/AGO

O Conselho do Magistério

se reuniu em abril, no

SINDISERV, com de mais de

50 professores, a presiden-

te do Conselho Municipal

d e Ed u c a ç ã o ( C M E ) ,

Gláucia Helena Gomes e a

representante da Secreta-

ria Municipal de Educação

(SMED), Ivânia de Mello,

assessora de Educação Es-

pecial, para debater sobre

monitorias, salas de recur-

so e projeto de vinculação.

Gláucia apresentou os

principais pontos da Reso-

lução nº 19 que tratam da

inclusão de alunos com de-

ficiência. Entre os questio-

namentos dos professores

estavam: o acompanha-

mento do Conselho Muni-

cipal de Educação (CME)

sobre o cumprimento da

resolução n°19, falta de

profissionais no atendi-

mento na sala de recursos

e formação dos professo-

res para a educação es-

pecial.

Em recente reunião com

diretores e professores

das salas de recurso das

escolas municipais, o

SINDISERV constatou que o

atendimento para Educa-

ção Especial não atende às

demandas do profissional,

tampouco dos alunos.

Além disso, é preciso pro-

mover debates sobre o

tema: “A inclusão escolar

está consagrada, mas não

está sendo discutida na

escola”, conta o professor

Ricardo De Paris. Para ele, é

preciso esclarecer no meio

escolar o conceito de edu-

cação especial, dando

oportunidade a todos para

que a formação aconteça

efetivamente.

A sala de recursos, por

exemplo, é utilizada por

um professor específico,

mas todos os professores

que interagem com o aluno

devem receber informa-

ções. Para a preparação do

ambiente é preciso realizar

investimentos de acordo

com as necessidades reais.

“Na minha escola, há aten-

dimento para um cadeiran-

te, mas a escola não tem

acessibilidade e não há es-

trutura física para a sala de

recursos”, lembra.

Os monitores, como o

SINDISERV tem defendido,

devem ser selecionados,

através de concurso públi-

co, pois o atual modelo de

terceirização é um retro-

cesso na qualidade e fere

os princípios da gestão pú-

blica. “A educação especial

é inclusiva e positiva por

humanizar a escola, mas os

monitores devem ser servi-

dores”, defende Ricardo.

É PRECISO DEBATER AEDUCAÇÃO ESPECIAL

A RESOLUÇÃO 19 PODE SER ACESSADA NO LINK:

http://educacao.caxias.rs.gov.br/file.php/7/resolucao_especial_19.pdf

Page 13: O CORRENTE

Criada pela Lei Nº. 10.507,

de 10 de julho de 2002, a

função de agente comuni-

tário de saúde atua na pre-

venção de doenças e pro-

moção da saúde, mediante

ações domiciliares ou co-

munitárias, individuais ou

coletivas, desenvolvidas

em conformidade com as

diretrizes do SUS e sob su-

pervisão do gestor local.

Para exercer a função de

Agente Comunitário de

Saúde é necessário residir

na área da comunidade em

que atua, realização do

curso de qualificação bási-

ca para a formação de

Agente Comunitário de

Saúde e ensino funda-

mental.

O agente comunitário de

saúde Márcio Wendel Silva

de Sousa, da UBS Fátima

Alta, realiza visitas domici-

liares a pacientes que utili-

13SAÚDE JUNH/JULH/AGO

AGENTES DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

zam medica-

ções de uso

c o n t í n u o ,

atende as mães

desde a ges-

tação até os

quatro anos

e 11 meses

da criança, faz atendimen-

tos à dependência química

e atua na construção da

cidadania, esclarecendo

sobre direitos e deveres,

além de orientações para a

prevenção da dengue.

As visitas acontecem uma

vez por mês por equipe

domiciliar, formada por

médico, agente e técnico

de enfermagem. Márcio

conta que é muito impor-

tante estabelecer um vín-

culo de confiança com a fa-

mília. Afinal, o agente co-

munitário de saúde visita a

comunidade para ser um

elo com o serviço público, o

SUS. Ao conquistar a con-

fiança dos usuários, o

agente passa a influenciar

no quadro clínico.

Para Márcio, atualmente a

função é mal aproveitada:

“É preciso que haja mais

qualificação com um proje-

to de educação permanen-

te, habilitando o profissio-

nal a transmitir as informa-

ções”, defende. Para isso, é

preciso ter uma visão inte-

gral da pessoa e as influên-

cias na saúde, pois não é

possível desvincular saúde

e educação.

Atualmente, os agentes

realizam capacitações e

reuniões de equipe sema-

nais em que são estabe-

lecidas ações para o dia a

dia. Dentre as dificuldades

estão o número de profis-

sionais inferior à neces-

sidade e a rotatividade dos

médicos, dificultando a afi-

nidade para que a popu-

lação tenha acesso aos

serviços. Como a cidade es-

tá dividida em microáreas

cada agente deve cumprir

de 150 a 200 visitas men-

sais, mas muitas famílias

necessitam de mais de

uma visita por mês.

Márcio lembra que “o cum-

primento de metas pode

prejudicar a humanização

dos serviços. É preciso rea-

lizar visitas qualificadas pa-

ra que o agente de saúde

possa atuar realmente

como um promotor da

saúde”, finaliza.

Page 14: O CORRENTE

14 CURTASJUNH/JULH/AGO

O p r e s i d e n t e d o

SINDISERV, João Dorlan, e

Vladimir Duarte estiveram

participando do IX Seminá-

rio Sul-Brasileiro de Previ-

dência Pública. O evento

a c o n t e c e u e m N o v o

Hamburgo, de 18 a 20 de

maio.

A Associação Gaúcha de

Instituições de Previdência

Pública (AGIP) reuniu ges-

tores dos institutos dos

municípios e estados, pre-

feitos, vereadores e profis-

sionais que atuam na área

atuarial e advogados que

atuam na área

de Previdência.

Entre os pales-

trantes, consul-

tores da área de

previdência pú-

blica, gestores

de institutos e

representantes

do Ministério

da Previdência

Social.

O objetivo do

encontro era

debater as condições de

gestão dos regimes própri-

os, com o objetivo de bus-

SINDISERV no IX Seminário Sul-Brasileiro de Previdência Pública

dos trabalhadores telefôni-

cos terceirizados, de todos

os tempos, no Rio Grande

do Sul, com uma média de

adesão de 90% dos traba-

lhadores.

21 DIAS: GREVE DO SINTTEL

O SINDISERV esteve pre-

sente na greve dos fun-

cionários da empresa RM

car consenso sobre as

ações necessárias para a

garantia de custeio para

cumprimento das suas

obrigações de curto e lon-

go prazo.

Telecom, terceirizada da o-

peradora Oi no Rio Grande

do Sul, colaborando na

atividade. Os terceirizados

de Caxias do Sul realizaram

a greve em frente à sede da

empresa na cidade, que

fica no bairro Bela Vista.

Essa foi a maior paralisação

Comissão Paritária de Reclassificação de Cargos e Salários Após seis meses sem se reunir, a Comissão Paritária de

Reclassificação de Cargos e Salários retomou os tra-

balhos no dia 08 de junho. A Administração suspendeu

as reuniões devido a pedido de parecer ao Tribunal de

Contas. O TCE não emitiu parecer específico sobre a

situação de reenquadramento dos servidores de

Caxias, sustentando que não presta assessoria jurídica

e não pode tomar o lugar do gestor.

A comissão passa a se reunir em encontros semanais,

sempre nas quartas-feiras

Page 15: O CORRENTE

ABONO DE PERMANÊNCIA:

QUEM TEM DIREITO?O servidor que preencher todos os requisitos

para se aposentar e optar por permanecer

trabalhando, ou seja, não basta apenas

ter o tempo de contribuição

ou idade.

15PREVIDÊNCIA JUNH/JULH/AGO

Modalidades de

aposentadoria que dão

direito ao Abono de

Permanência

• Aposentadorias por Tempo

de Contribuição (art. 40

combinado com o § 19,

da Constituição Federal);

• Aposentadorias pelo

Redutor (art. 2º com-

binado com o § 5º, da

Emenda Constitucional

nº 41, de 19 de dezembro

de 2003).

Modalidade “Aposentadoria

por Tempo de Contribuição”:

• Idade: 55 anos, se mulher

e 60 anos, se homem;

• Tempo de contribuição:

30 anos, se mulher e 35

anos, se homem;

• Tempo de serviço publico:

10 anos;

• Tempo no

cargo: 5 anos.

Critérios pela modalidade

“Redutor”

Ter ingressado no serviço

público até 16 de dezembro

de 1998, data da publicação

da Emenda Constitucional nº

20/98.

• Idade mínima:

48 anos, se mulher

e 53 anos, se homem;

• Tempo de contribuição: 30

anos, se mulher e 35 anos,

se homem;

• Pedágio: Um período

adicional de 20%;

ATENÇÃO: As aposentadorias por Idade e pela

Emenda Constitucional nº 47/05 (PEC

paralela) não dão direito ao Abono de

Permanência.

Na próxima edição d' O Corrente, será

abordado o Abono de Permanência

para o Magistério.

Atendimento Assessoria

Previdenciária

O atendimento é feito por Neura

Bósio da Luz, nas terças pela manhã e

nas quintas à tarde sob agendamento,

na sede do sindicato. No horário

marcado é imprescindível ter em

mãos a certidão funcional.

Page 16: O CORRENTE

16 JUNH/JULH/AGO REFLETINDO

SINDISERV – Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul – Gestão Juntos pra Continuar Mudando – Rua Alfredo Chaves – 1333 – Caxias do Sul/RSSite: www.sindiserv.com.br – Fones (054) 32281160/32225293

DIRETORIA EXECUTIVA – Presidente: João Dorlan da Silva • Vice-Presidente: Luciano Roque Piccoli Secretária Geral: Mariane Travi Ceconello Diretor de Finan-ças: Carlos Alberto Spiandorello • Diretora de Comunicação: Baltira Rodrigues dos Santos • Diretora de Formação: Paula Margarete Ody • Diretor de Relações no Trabalho: Luiz Carlos Martins • Vladimir Borges Duarte • Suplente de Diretoria: Olga Nery de C. Lima • Claudia Detanico Calloni • Joseane Luz dos Reis • Sebastião Policena • Flabiano F. da Silva Soares • Fredolino Leal dos Santos • Representante na Federação: Rosangela Palmira e Diames Rogério de Souza Silva • Suplentes: Claudia Zarpelon e Aragão Muller Franco.

Assessoria de Imprensa - Jornalista Responsável: Lisiane Zago - MTB 12.375 • Fotos: Lisiane Zago, Mário André Coelho e arquivos SINDISERV. Projeto Gráfico/Criação e Editoração – Interlig Propaganda Solidária • Tiragem: 5 mil exemplares • Impressão: Gráfica Relâmpago • Junho 2011.

• •

EXPEDIENTE

Saúde do Trabalhador BrasileiroVocê já deve ter conhecido

alguém que ficou doente

no trabalho ou que perdeu

o emprego por ter adoe-

cido. A saúde e o trabalho

são muito ligados, pois pa-

ra capinar, acionar uma

máquina ou escrever um

livro é necessário estar

saudável. A saúde real-

mente não tem preço, bas-

ta perder uma parcela da

nossa capacidade de traba-

lho, para saber o quanto

ela é importante.Ao visua-

lizar os números de doen-

ças e acidentes do trabalho

no Brasil constata-se que

promover a saúde do tra-

balhador não é prioridade

da maioria dos governan-

tes e empregadores. No

ano de 2010, ocorreram

732.990 acidentes do tra-

balho, que resultaram em

12.071 inválidos perma-

nentemente e 2.757 mor-

tos. Estes números alar-

mantes deveriam ser mul-

tiplicados por quatro, pois

são relativos apenas a

aqueles trabalhadores que

têm carteira assinada. Por-

tanto, não estão computa-

dos os acidentes ocorridos

com os servidores públi-

cos, com os trabalhadores

rurais, com os traba-

lhadores informais, com os

autônomos e as domés-

ticas, somando-se a estes a

subnotificação (acidentes

e doenças não notificados

pelas empresas), o que ele-

varia estes números para

aproximadamente 3 mi-

lhões de acidentes, 50 mil

inválidos e 11 mil mortos. A

guerra no Iraque matou

4.400 soldados america-

nos em sete anos, aproxi-

madamente 630 por ano, o

que se conclui que seria

mais seguro estar na guer-

ra do que trabalhar no

Brasil. É bem provável que,

um dos motivos desta cala-

midade, esteja baseado no

desrespeito histórico ao

trabalho no Brasil. Lembre-

mos que a construção des-

se país se iniciou pelo braço

do negro escravo, o qual

não era considerado gente.

A vida dele dependia da ca-

pacidade de trabalho,

quando não mais conse-

guia realizar as tarefas era

encaminhado para a forca.

Isto mesmo: era morto

através do enforcamento,

pois a partir de então seria

apenas uma fonte de des-

pesas para o dono da terra.

Esta péssima tradição está

acompanhada, no momen-

to atual, pelo fenômeno da

intensificação do trabalho,

o qual exige perfeição, mas

não dá treinamento; cobra

atenção, mas não dá des-

canso; quer produção, mas

não contrata trabalhado-

res, ao contrário demite.

Esta intensificação pode

ser comprovada em núme-

ros: no ano de 1989 havia

800 mil bancários no Brasil,

hoje somam 460 mil, para

uma lucratividade de 500%

nos últimos oito anos. A

indústria automobilística

produzia 1 milhão e 300mil

veículos em 89, com 136

mil trabalhadores. Em

2010, produziu 3 milhões e

600 mil veículos com 135

mil operários. Tamanho

aumento de produção rea-

lizado por um número me-

nor de pessoas, só poderia

causar mais doenças, aci-

dentes e mortes no traba-

lho. É bom você ter estas

informações na ponta da

língua, para responder

quando falarem que os

portadores de tendinite,

depressão e outras pato-

logias estariam simulando

doença; ou quando afir-

marem que o trabalhador

acidentado o fez proposita-

damente para ganhar be-

nefício ou outra vantagem

qualquer da empresa.

Lembrem-se, quem assim

fala tenta apenas se defen-

der, pois ao contrário de

querer mudar esta situa-

ção de violência, busca

manter as vantagens eco-

nômicas dessa ultraexplo-

ração do corpo do traba-

lhador, mesmo que isso

signifique contribuir com a

morte e o sofrimento de

várias pessoas. Mas feliz-

mente não somos máqui-

nas e também não gosta-

mos de sofrer. A história da

humanidade tem várias

páginas relatando as vitó-

rias do povo sobre a

ganância e a tirania. Assim,

está na hora colocar o as-

sunto saúde em pauta nas

entidades representativas,

pois só conseguiremos re-

verter a atual situação

quando exigirmos respeito

a nossa integridade física e

mental. Um bom início

seria combater o precon-

ceito histórico contra o tra-

balhador e buscar através

de pausas no decorrer da

jornada e na redução da

própria jornada, diminuir

esta intensidade descon-

trolada da produção, causa

indissociável da doença,

invalidez e morte no tra-

balho.

Rogério A. N. Dornelles

Médico do Trabalho

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