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‘Construção Saudável +’ O CONSTRUIR BOLETIM INFORMATIVO - ANO 11 - Nº 134/NOVEMBRO 2016 SINDUSCON-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará • Presidente da CBIC é eleito para CICA e ainda ocupa assento no “Conselhão”. Pág. 4. • Marco Regulatório dá vez a pequenas e médias empresas em obras estruturantes. Pág. 5. • “Diálogo Regional com a Presidência da CEF” abre caminhos para a construção civil. Pág. 7. www.sindusconpa.org.br Sinduscon-PA lança proposta inédita de conscientização sobre violência contra mulher com apoio do TJPA, SEEIPS e Fundação Pro Paz Foto: Ascom/TJPA

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‘Construção Saudável +’

O CONSTRUIRBOLETIM INFORMATIVO - ANO 11 - Nº 134/NOVEMBRO 2016

SINDUSCON-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

• Presidente da CBIC é eleito para CICA e ainda ocupa assento no “Conselhão”. Pág. 4.• Marco Regulatório dá vez a pequenas e médias empresas em obras estruturantes. Pág. 5. • “Diálogo Regional com a Presidência da CEF” abre caminhos para a construção civil. Pág. 7.

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Sinduscon-PA lança proposta inédita de conscientização sobre violência contra mulher com apoio do TJPA, SEEIPS e Fundação Pro Paz

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EXPEDIENTESede Administrativa: Trav. Quintino Bocaiúva, 1588, 1º Andar, Nazaré – Belém/PACentral de Serviços: Trav. Dr. Moraes, 103 – Nazaré - (91) 3241-8383 - Belém/PAProjeto Gráfico: Belle Époque Produtora – Edição/Produção: G2 Comunicação/Gilvânia Sóter Redação: Gil Sóter, Roberto Rodrigues, Gilvânia Sóter e Camila Barbalho - Fotos: Ascom/Sinduscon-PA/DivulgaçãoDiagramação: Fábio BeltrãoCoordenação: Eliana Veloso Farias

www.sindusconpa.org.br

NBR 15930: revisão imediata de dispositivos A Comissão de estudos do Comitê Brasileiro da Madeira (CB-31) da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) retomou o trabalho de revisão da parte 2 da NBR 15.930, que trata dos requisitos das portas de madeira para edificações. O objetivo é que o texto se adeque à Norma de Desempenho (NBR 15.575) e entrará em consulta pública ainda neste ano. Em paralelo, a comissão de estudos continuará elaborando os textos-bases relativos a requisitos de desempenho adicionais, como isolamentos acús-tico, térmico e às radiações, resistência ao fogo, segurança anti-intrusão, acessibilidade e saída de emergência; e à instalação e manutenção.

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecani-camente (Abimci) também desenvolve o Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações (PSQ-PME), que conta com 21 indús-trias e visa o acesso à certificação, já que as construtoras procuram atender às exigências da Norma de Desempenho da construção (NBR 15.575). Os produtos que buscam a certificação passam, atualmente, por nove ensaios. Com a revisão da norma, mais dois devem ser incluídos, contemplando tópicos como esforços mecânicos e ciclos de abertura e fechamento.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente

Alex Dias CarvalhoVice-Presidente

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor de Obras Públicas de Edificações

Luiz Pires Maia JuniorDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificação

Paulo Guilherme Cavalleiro de MacedoDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Lázaro Ferreira de CastroDiretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias

Fernando de Almeida TeixeiraDiretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

Antônio Valério CouceiroDiretor de Indústria Imobiliária

Luiz Carlos Correa de OliveiraDiretor de Relações do Trabalho

Fernando José Hoyos BentesDiretor Adjunto de Relações do Trabalho

Fabrizio de Almeida GonçalvesDiretor de Materiais de Construção

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Economia e Estatística

Daniel de Oliveira SobrinhoDiretor Adjunto de Obras do Setor Elétrico

Armando Uchôa Câmara JuniorDiretor Adjunto de Meio Ambiente

Jefferson Rodrigues BrasilDiretor Adjunto de Responsabilidade Social

Maria Oslecy Rocha GarciaDiretora Adjunta de Relações Institucionais

Oriovaldo MateusDiretor Regional Sul do Pará

SUPLENTES DE DIRETORIA

Álvaro Gomes Tandaya Neto1º SuplenteAlexandre de Souza Coelho2º SuplenteJosé Maria dos Reis Cardoso3º SuplentePaulo Mauricio de Oliveira Sales4º Suplente

CONSELHO FISCAL

Manoel Pereira dos Santos JúniorAntônio Clementino Rezende dos SantosClóvis Acatauassú FreireArthur de Assis MelloAntônio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sábado

Evoluir, proteger, respeitar: palavras de grande significado para nós, em especial nesta edição, em que detalhamos o inédito projeto “Construção Saudá-vel +”, com o qual pretende-se obter mais um instrumento de conscientização e prevenção à violência doméstica. É preciso assumir a responsabilidade diante dos conflitos sociais. O Sinduscon-PA, ao lado do TJPA, SEEIPS e Fundação Pro Paz, acaba de lançar o “Construção Saudável Mais”, projeto que leva até os canteiros de obras palestras de conscientização a respeito a mulher e valorização da família.

Esta edição traz também o “Diálogo Regional com a Presidência da Cai-xa”, que contará com a participação de lideranças municipais, estaduais e em-presários para debater, junto à Caixa, estratégias de fortalecimento do setor da construção, sobretudo dando destaque ao debate do “Marco Regulatório” da in-fraestrutura, que favorece pequenas e médias empresas em obras estruturantes.

O informativo pauta ainda ações de capacitação promovidas pelo Sindus-con-PA, como o seminário que discutiu alternativas de produção que melhorem o custo-benefício das obras neste cenário de retração econômica; e o curso de ges-tão de estoque, para esclarecer sobre as novas ferramentas disponíveis, como softwares que contribuem para a organização do almoxarifado.

Boa leitura.

A Diretoria.

[email protected]@hotmail.comsindusconpa2012

A reformulação da Lei de Licitações e Contra-tos conquistou um importante avanço em novembro. O projeto que faz ajustes na Lei 8.666, que regulamenta licitações públicas, foi aprovado no último dia 9 pela Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional do Senado Federal.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins apre-sentou aos senadores Fernando Bezerra (PSB-PE) e o Roberto Muniz (PP-BA) as 12 práticas consagradas na administração pública que favorecem a incidência de desvios no relacionamento com a iniciativa privada. “Concordamos que é de extrema importância corrigir esses 12 pontos e este é o momento de virarmos a página e mudar o país de patamar”, ressaltou Martins, durante a reunião do Conselho de Administração da CBIC, na sede da entidade em Brasília.

Bezerra é o relator da reforma da Lei 8.666. O pro-jeto está aberto para a apresentação de emendas e a ex-pectativa da comissão é que seja apreciado pelo plenário do Senado Federal até o fim de novembro. Segundo ele, o texto final tem a preocupação de melhorar a segurança jurídica na contratação das obras públicas.

“Procuramos construir um consenso para con-seguir avanços em nossa legislação”, afirmou o relator, ressaltando que o texto traz inovações que vão sim-plificar e desburocratizar a atual legislação, entre elas a extinção do projeto básico e do projeto executivo, substituídos pelo mecanismo do projeto completo.

AjustesA proposta estabelece como crime grave a omis-

são de dados ou informações pela administração pú-blica. No caso das estatais foi introduzido o regime da contratação semi-integrada.

Foi também reformulado os conceitos e os limi-tes para aplicação integrada de forma a aproximar os marcos legais da Lei das Estatais, aprovada este ano pelo Senado, e a Lei das Licitações. Com relação à contratação do seguro, o novo texto pretende dar mais eficácia à cobertura, da contratação à conclusão de uma obra pública, em caso de dificuldades enfrentadas pela empresa responsável.

A proposta também institui a avaliação periódica dos valores monetários não prevista na Lei de Licitações. A nova redação abre a possibilidade de adoção de meios alternativos de soluções de controvérsias nos contratos administrativos. A medida reforça a importância do equi-líbrio econômico e financeiro nos contratos, permitindo o uso de cláusula arbitral e medição para os casos em que houver a necessidade de interrupção dos contratos.

A modalidade “Convite” também recebeu uma nova redação, permitindo concluir uma licitação de for-ma simplificada. Além disso, foi criado um critério de dispensa para baixo valor com três patamares: R$ 15 mil para compra em geral, R$ 30 mil para o uso do car-tão corporativo e até R$ 60 mil para obras e serviços de engenharia.

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Segurança jurídica como prioridade

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imaO presidente da Câmara Brasileira da Indústria

da Construção (CBIC), José Carlos Martins, foi eleito vice-presidente na diretoria da Confederação Interna-cional das Associações de Construção (CICA) para o biênio 2017-2018. O presidente será Jorge Mas, que já preside a Câmara Chilena da Construção (CChC). A eleição foi realizada em Paris no dia 21 de novembro, seguida pelo evento “Infraestrutura e Financiamento Verde”, do qual a CBIC também participou.

A CICA tem como objetivo manter um intercâm-bio mundial do setor da construção, promovendo di-álogo com organizações internacionais e instituições financeiras, representantes da sociedade civil e do setor da construção e de infraestrutura para incenti-var a cooperação entre seus membros. José Carlos Martins, que também representa a CBIC na Federa-ção Interamericana da Indústria da Construção (FIIC), destacou a importância da organização.

“A ampliação do mercado de infraestrutura mundial é fundamental para o desenvolvimento do se-tor da construção e, consequentemente, para o cres-cimento econômico tanto nacional quanto internacio-nal”, afirmou. A solenidade de posse da nova diretoria da CICA será no dia 16 de janeiro de 2017, no Chile.

CBIC entra para “Conselhão”No mesmo dia 21 deste mês, o presidente da

República Michel Temer inaugurou o novo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – onde José Carlos Martins ocupa assento representan-do a indústria da construção. O grupo, apelidado de “Conselhão”, é formado por representantes da socie-dade civil e é um dos mais importantes instrumentos contemporâneos de participação social no Brasil. Nes-sa nova reestruturação, Temer deu posse a 59 novos conselheiros.

O grupo tem como finalidade o assessora-mento direto ao presidente da República em todas as áreas de atuação do Poder Executivo Federal – característica que o distingue dos demais conse-lhos de governo. No momento, o principal objetivo é colaborar com o desenvolvimento de políticas pú-blicas que levem o Brasil a superar a recessão e retomar o crescimento.

Para José Carlos Martins, “a retomada das ativi-dades do Conselho será de grande importância nesse momento em que é preciso unir o esforço e a experi-ência de todos os setores representativos da socie-dade para encontrarmos soluções novas que ajudem a construir um ciclo novo no Brasil”. Para ele, o setor terá um grande papel na atual trajetória nacional. “O presidente Michel Temer avança mais um passo no diálogo que tem feito, e nós da construção civil espe-ramos contribuir efetivamente para a recuperação do País”, declarou.

CBIC no topo mundial da construção

Presidente José Carlos Martins já compõe CDES, representando CBIC

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Novas esperanças na construção civil brasi-leira: as médias e pequenas empresas do setor de-verão participar dos projetos estruturantes de infra-estrutura do País. Essa possibilidade foi levantada pelo secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Presidência da Repúbli-ca, Wellington Moreira Franco, durante o seminário “Marco Regulatório em Infraestrutura”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no dia 18 deste mês em Brasília, com a correalização do Senai Nacional.

No evento ao lado de toda a sua equipe de governo, ele declarou: “Achamos que é necessário trazermos mais ‘players’, criar condições não só eco-nômicas e financeiras para que sejam geradas opor-tunidades às médias empresas que querem ter um sentido do retorno do seu trabalho e a vontade de crescer e enfrentar desafios”.

Ele anunciou a inclusão do Ministério do Meio Ambiente no Conselho do PPI e informou que os edi-tais serão publicados com licenciamento ambiental prévio. “Nós estamos trazendo o Ministério do Meio Ambiente para participar do Conselho do PPI na bus-ca da solução dos problemas ambientais que têm causado grandes dificuldades e aumento nos riscos e custos de várias operações de concessão. Introdu-zimos também a regra de só autorizar a publicação do edital com a licença ambiental prévia para que dê mais segurança ao processo”, afirmou.

Moreira Franco ressaltou que medidas estão sendo tomadas para que empresas médias partici-pem da formação de consórcios, quando necessário, ou diretamente dos projetos. “Nós estamos fazendo uma mudança muito extensa, muito profunda em to-das as práticas que dizem respeito às concessões”, informou durante o painel “O Programa de Conces-sões: o papel das construtoras e o Controle eficiente dos empreendimentos”.

O secretário ratificou a preocupação do governo com a retomada do desenvolvimento e a geração de empregos no País. A sinalização convergiu para a ex-pectativa dos empresários da construção civil, que apos-tam nas modalidades de concessões e PPPs como ve-tor para a recuperação do setor. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, considerou: “É preciso ampliar o leque de empresas que possam participar desse pro-cesso e também o uso do instrumento concessão e PPP para as mais variadas atividades, como de saneamento, mobilidade, iluminação e aterro sanitário”.

Para o vice-presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, as perspectivas de maior participação das empresas consideradas pequenas e medianas na execução de obras pelo desenvolvimento do Brasil terão, de imediato, dupla importância. “Primeiro é a valorização da construção, reconhecidamente vital para o avanço do País, e depois marcará a reativação do se-tor em sua base, que sofreu com a recessão e ainda sente os efeitos negativos da crise”, apontou.

Marco Regulatório amplia mercado

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Pode-se dizer que o grave problema do trânsito na BR-316, com engarrafamento quilométrico e atraso nas viagens de acesso ou saída de Belém está com os dias contados. Em apenas vinte dias, decisões go-vernamentais tiveram andamento, a partir da cessão de um trecho da rodovia pela União ao Estado, possi-bilitando de vez o desenvolvimento do projeto do BRT Metropolitano, considerado necessário para a mobili-dade urbana, integrando-se ao BRT Municipal, ainda em curso. O governo do Pará, nesse período de menos de um mês, dá mostras que tem pressa para executar a obra – a qual compreende o perímetro do Entronca-mento a Marituba – e já abriu o processo licitatório.

No dia 9 deste mês, o presidente Michel Temer assinou autorização que cedeu o trecho da BR-316 de 16 quilômetros, do Entroncamento na entrada de Benfica, além da Alça Viária, uma negociação entre as esferas de governo que levou praticamente um ano. O governador Simão Jatene é o principal articulador da concessão, justificando a necessidade da estadu-alização para a execução de obras para desafogar o trânsito.

Está em vista o projeto que inclui obras de am-pliação das pistas, construção de terminais rodoviários e a criação de um BRT metropolitano para desafogar o trânsito e diminuir os transtornos a motoristas, pas-sageiros e pedestres na saída da cidade. Os trabalhos

fazem parte do programa Ação Metrópole, criado para melhorar a acessibilidade urbana e buscar solução para o tráfego saturado da rodovia BR-316, da Aveni-da Almirante Barroso e de algumas vias do centro de Belém. O projeto inclui a melhoria no sistema de trans-porte no trecho entre o Entroncamento e o município de Marituba; a construção de alternativas viárias à rodovia BR-316, como o prolongamento das avenidas João Paulo II e Independência; e a adequação de vias que integram a rede de transporte coletivo. As obras já contam com recursos da Agência de Cooperação Inter-nacional do Japão (Jica), com contrapartida do Estado num total de R$ 530 milhões.

No dia 10 o governo apresentou o projeto do BRT Metropolitano, que não cobrará pedágio. O go-verno será responsável pela manutenção da via e o governo federal, pela fiscalização. A equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transpor-tes (Dnit) analisou e aprovou o projeto da BR-316.

No dia 29, o Governo do Estado iniciou o pro-cesso licitatório para a reestruturação da BR-316 e a construção do BRT Metropolitano, com a publicação da Licitação Pública Internacional N.º 001/2016 – NGTM. A partir da publicação de início da licitação, as empre-sas interessadas em participar do projeto podem obter o Edital de Licitação, por meio do cadastro e download no site http://www.ngtm.com.br.

BRT Metropolitano será realidade

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ENTOO Sinduscon-PA (Sindicato da Indústria da

Construção do Estado do Pará) e o Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC) realizam em Belém no dia 5 de dezembro o evento “Diálogo Regio-nal com a Presidência da Caixa Econômica Federal”, cujo objetivo é a apresentação das necessidades do setor da construção civil e de esclarecimentos sobre as princi-pais alterações nos programas de financiamento imo-biliário implementadas pela Caixa, além de medidas de adequação dos programas institucionais que buscam favorecer a recuperação do segmento da construção.

A edição do “Diálogo Regional...” no Estado, que tem a correalização da CEF e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e apoio da Fiepa (Federa-ção das Indústrias do Pará), faz parte de uma agenda oficial que vem percorrendo todo o País com a pre-sença de executivos de áreas estratégicas do banco. Nas reuniões são conduzidos debates com segmentos específicos acerca de temas de interesse ao macro-desenvolvimento nacional. Em Belém, estarão presen-tes secretários de Estado e municipais, empresários, pesquisadores, especialistas econômicos, políticos e demais representantes de classes.

“O Sinduscon-PA entende a importância desse evento para o nosso setor, que tem vivido muitas difi-culdades em razão da recessão profunda que o País ainda enfrenta e que refletiu fortemente na construção civil”, disse o presidente sindical Marcelo Gil Castelo Branco. “Saber o que pensa a Caixa e ter a oportuni-dade de dialogar com seus diretores sobre os desafios estruturais gera uma grande esperança de que o futuro pode mesmo ser garantido de mãos dadas, como par-ceiros interdependentes”, concluiu.

Na programação que acontecerá no prédio-sede da Fiepa, 9º andar, bloco B, estarão presentes o vice--presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza, o presidente da FNNIC, Fábio Nahuz, todos os presidentes dos Sinduscons da região Norte, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e os secretários de Estado Adnan Demachki, de Desenvolvimento Econômico, Mi-neração e Energia, e Ruy Klautau de Mendonça, de De-senvolvimento Urbano e Obras Públicas, além de Noêmia de Sousa Jacob, Extraordinária de Gestão Estratégica (Segep). Já foram confirmados mais de 100 participantes, entre representantes dos órgãos municipais, estaduais e federais, e demais empresários do setor da construção.

CEF e construção civil afinam ‘Diálogo’

Recepção aos convidados. Abertura. Apresentação Sinduscons Norte. Apresentação da Presidência da CEF. Discussão temática com a Superintendência Regional da Caixa: habitação, riscos, normas técnicas e padrões, garantias e contratos. Almoço aos convidados.Reunião entre diretorias dos Sinduscons e Ademis com os dirigentes da Caixa.

8h30 9h30 10h

10h30 11h30

12h3014h

PROGRAMAÇÃO

O projeto Construção Saudável chega ao quin-to ano de atuação inaugurando uma importante fase. Com apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), a Fundação Pro Paz e a Secretaria Extraor-dinária de Integração de Políticas Sociais (SEEIPS), ambas do governo do Estado, e o Sinduscon-PA lan-çam novas ações de combate à violência contra a mu-lher. A assinatura da parceria ocorreu no dia 24 de no-vembro, em solenidade presidida pelo desembargador Constantino Guerreiro, presidente do TJPA.

Com o acordo firmado, o Sinduscon-PA passa-

rá a procurar outros parceiros para diversificar essas temáticas, numa extensão do projeto que foi batizada de “Construção Saudável + ”. O objetivo da parceria é garantir a troca mútua de esforços para consecução de palestras voltadas para o tema “violência domés-tica e familiar”, a serem executados em canteiros de obras em todo o Estado, direcionados principalmente aos trabalhadores da construção civil, e vigorará pelos próximos três anos. O Sinduscon-PA, como autor e gestor do projeto, será o articulador com o poder pú-blico, na condição de entidade técnica e consultiva, e vai auxiliar as empresas do setor da construção repre-sentadas pelo sindicato na mobilização do público de trabalhadores e todo o aparato logístico nos canteiros de produção designados.

Tratar do tema é uma necessidade urgente. Se-gundo dados do Pro Paz, 76% dos casos de violência contra a mulher ocorrem dentro de casa, no ambiente familiar. Para romper o ciclo de agressão é preciso um esforço conjunto para discutir o assunto e esclarecer que a violência contra a mulher é crime. “É importante traba-lhar essa mudança de concepção para que os direitos da mulher sejam identificados também pelo homem”, desta-ca Jorge Bittencourt, presidente da Fundação Pro Paz.

Para a secretária extraordinária de Integração

de Políticas Sociais, Izabela Jatene, a parceria com o Sinduscon-PA amplia de modo fundamental o alcance destas ações de combate à violência doméstica. “Na hora que a gente une atores públicos importantes com a iniciativa privada, por meio do Sinduscon, a gente consegue ir mais longe. Consegue chegar a um pú-blico que dificilmente a gente chegaria”, considerou.

O presidente do Sinduscon-PA Marcelo Gil Cas-

telo Branco explica que esse é mais um passo do sin-dicato em favor da saúde familiar e do bem-estar do trabalhador, bandeira que já era foco do projeto Cons-trução Saudável. “Essa é a continuidade de um traba-lho que nós estamos desenvolvendo há algum tempo. Vamos continuar visitando os canteiros de obra de Belém e expandir para o interior do Estado”, adiantou.

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74 anos defendendo direitos coletivos do Setor da Construção no ParáFortaleça sua empresa, associe-se a esta entidade de classe. www.sindusconpa.org.br

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Projeto inova contra violência no lar

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De acordo com a desembargadora Elvina Gema-que Taveira, coordenadora estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJPA, o mote da campanha é a prevenção. “São ações em cará-ter preventivo, direcionadas às mulheres, mas também aos homens – que devem tratar suas companheiras com o respeito e a atenção que elas merecem”.

EXTENSÃOA primeira palestra oficial da Construção Saudá-

vel+, realizada no dia 25 de novembro, reuniu mais de 600 trabalhadores no canteiro do conjunto habitacional Quinta dos Paricás, em Icoaraci, distrito de Belém – um empreendimento de mais de 1 milhão de metros qua-drados a ser gestado pela Cohab (Companhia de Ha-bitação do Pará). A data simbólica, Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, também marcou uma série de atividades a ser desenvolvida em “16 dias de ativismo” – uma mobilização mundial pelo fim da violên-cia contra a mulher.

A união entre as instituições reforça trabalhos

que já vinham sendo desenvolvidos anteriormente por cada uma das entidades. O Sinduscon-PA, por exem-plo, promove há cinco anos palestras em canteiros de

obra com temas voltados para a saúde e qualidade de vida do trabalhador. “Quando iniciamos o projeto Cons-trução Saudável, mostramos que a saúde é algo muito importante para nós, como deveria ser em qualquer se-tor. Essa parceria é valorosa porque sabemos que as ocorrências de violência doméstica são cada vez maio-res e entendemos que levar essa informação para os canteiros de obras é uma forma de plantar a semente da orientação”, disse Marcelo Gil Castelo Branco, presi-dente do sindicato.

No período de 4 de novembro a 2 de dezembro

foram alcançados 1.304 trabalhadores em sete cantei-ros dentro do projeto Construção Saudável +, distribuí-dos em Belém e Ananindeua e será estendido a outras localidades do Estado por meio dos seis polos do Pro Paz Integrado.

O técnico de Segurança do Trabalho Fábio Gon-

çalves dos Santos, responsável pelo Quinta dos Pari-cás, elogiou a iniciativa. “A gente que convive com os trabalhadores todos os dias sabe o quanto isso repercu-te no dia a dia deles”, considerou. “Quando a gente traz isso para dentro da construção civil, mudamos também um pouco da nossa sociedade.”

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Trabalhadores aplaudem proposta interinstitucional de enfrentamento da violência contra a mulher no ambiente doméstico: sensibilidade e engajamento

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Jorge BittencourtPresidente do Pro Paz Violência contra a mulher já é uma questão de Estado?No momento em que vivemos, a sociedade tem que

compreender que qualquer ato de violência – seja contra a mulher, por meio de violência doméstica ou sexual ou contra a criança, de maneira física ou pelo trabalho infantil – é grave. Temos que mobilizar e sensibilizar a sociedade para um gran-de pacto. Se você for acessar os dados de violência contra a mulher e a criança, 66% desses fatos ocorrem dentro de casa, onde o Estado não está presente. Então é preciso trabalhar junto às igrejas, aos sindicatos patronais, ter a oportunidade de chegar aos canteiros de obras, como fizemos por meio do Sinduscon. Torna-se essencial trabalhar com esses homens e mulheres, não como potenciais agressores, mas na condição de potenciais difusores dessa nova reflexão preventiva para cuidar da sua família, disseminar aos seus amigos e outros familiares.

A construção civil era um segmento que precisava dessa cobertura?

É inovador a gente chegar às empresas e sindicatos, aos canteiros, conversar com os trabalhadores. É uma nova forma de dialogar, de quebrar barreiras. Hoje a gente tem operários multiplicadores que estão levando essa discussão para a sua família, seus vizinhos.Temos empresas que es-tão trabalhando de uma forma ou de outra a prevenção. A questão da violência, é bom frisar, não é uma questão só de governo. Quando você fala em combate à violência, tem que contar com o sistema de segurança pública. Hoje temos que desconstruir isso e fazer essa prevenção no núcleo familiar, usando várias estratégias distintas para combater esse mal para a sociedade que é a violência que ocorre dentro das residências.

Izabela JateneSecretária extraordinária de Integração de Políticas Sociais

O que significa levar essa discussão para os canteiros?Em primeiro lugar, é uma grande possibilidade de alcançar

um público para o qual, muitas vezes, não temos a oportunidade de falar. Quando o Sinduscon entra nessa parceria, a gente fala a um número muito significativo de trabalhadores. Pessoas que, se não têm essa realidade no seu lar, têm familiaridade com essa realida-de na vida de um amigo, no seu bairro... A pessoa percebe essa situação que está ocorrendo e que é muito frequente na vida das pessoas e das famílias. A gente precisa diminuir essa frequência. A partir do momento em que chegamos a esse público, que são os tra-balhadores, levamos uma mensagem que eles também vão poder retransmitir nos seus universos familiares, de bairro e de amigos.

Qual a importância de uma parceria entre entidades

com essa dimensão?É uma chance de se chegar a um público diferente dentro

de uma lógica de informação e de conscientização – porque no fun-do o que nós queremos é a igualdade de gênero – para a diminuição da violência doméstica e familiar.

Como a senhora avalia a ação do Estado no combate à

violência contra a mulher?Hoje o Pro Paz Mulher já chegou a oito municípios, corres-

pondentes a polos regionais. Esses municípios já têm um trabalho permanente que acolhe a mulher para garantir a sua integridade, ajudá-la no processo de vinculação a outros programas do Esta-do, para que a partir daí possa se sentir segura para continuar a vida. Atualmente, a rede de atendimento à mulher vem ampliando no Pará, não só com as delegacias de atendimento especializado e espaços com abrigos, que também já estão implementados; mas com todo o trabalho que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos vem fa-zendo, por meio da sua coordenadoria, de capacitação, de qualificação, de informação dessas mulheres - e principalmente de empoderamento.

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Elvina Gemaque TaveiraDesembargadora e coordenadora Estadual das Mulheres

em Situação de Violência Doméstica e Familiar Qual o tamanho do desafio de lutar contra a violência à

mulher, já que depende de fatores tão diversos?O desafio é grande, já que ainda vivenciamos no país

uma cultura de subvalorização da mulher. No entanto, com as parcerias firmadas nas campanhas do Judiciário, a conscientiza-ção tanto dos homens quanto das mulheres, em relação a seus direitos e ao tratamento isonômico, aos poucos estamos mudan-do essa realidade.

As medidas protetivas no País têm crescido e organis-

mos vêm buscando a união para buscar alternativas coibindo condutas anormais nesse sentido. Já é possível sentir alguma diferença significativa nesse aspecto?

Com o advento da Lei Maria da Penha em 2006, a legisla-ção brasileira avançou no combate à violência doméstica. Hoje, já é possível notar uma maior consciência das mulheres em relação a seus direitos. A sociedade também é parceira nesta mudança, não se pode tolerar mais casos de abuso e violência.

O que seria preciso aperfeiçoar na legislação brasileira

de imediato para diminuir a incidência desse tipo de violência? A legislação já é suficiente. Resta-nos continuar conscien-

tizando homens e mulheres de seus direitos e deveres, que é o que fazemos nas campanhas “Justiça pela Paz em Casa”, do Conselho Nacional de Justiça para consecução de palestras voltadas para a violência doméstica e familiar em parceria com Pro Paz e Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon-PA), para alcançar um maior número de pessoas. Devemos também continuar dando celeridade aos processos que envolvem violência doméstica, como fazemos nos mutirões, dentre eles, o Mutirão de Bairros, garantindo o mais rápido possível a prestação jurisdicional aos que recorrem ao Judiciário.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente do Sinduscon-PA

Como o senhor acha que será a receptividade ao tema nos canteiros?

Não tenho dúvida que irá superar nossas expectativas porque estamos falando de um fator negativo que afeta e desagrega famílias. Essa vertente do nosso projeto Construção Saudável, o “Mais”, terá igual êxito como os demais temas disponíveis porque já há uma cultura de informação no setor, que agora volta-se a essa questão social tão séria. Estamos felizes pelos parceiros, que unem forças conosco para combater essa verdadeira chaga na sociedade, que é a agressão de-sarrazoada à mulher. Vamos combater isso da melhor forma possível.

Por que é tão difícil obter resultados satisfatórios para minimizar a frequência, mesmo com o que prevê a Lei Maria da Penha? É mais informação?

São vários os fatores, entre eles a perpetuação do ma-chismo, o sentimento de posse, o ciúme, tudo dentro de um com-portamento masculino que não é de hoje, perdura por gerações, embora já existam muitos avanços para reprimi-lo, seja por meio da Lei Maria da Penha e/ou campanhas maciças nas mídias. Há o continuísmo de um desvio psicológico, influenciado por um meio social equivocado, desequilibrado, afetado por padrões medievais.

Com o acordo interinstitucional, que resultados pode-

-se obter de curto a longo prazo?O Sinduscon-PA aposta no crescimento desse projeto pelo

interior do Pará graças à ramificação da infraestrutura dos nossos parceiros. O Tribunal e o Pro Paz já atuam praticamente em todo o Estado com políticas sociais eficazes e que nos dão segurança de expandir o Construção Saudável +. Acreditamos que haverá con-vencimento imediato de que determinadas atitudes são injustificáveis. Os trabalhadores da construção serão certamente potenciais multiplica-dores dessas boas práticas no trato com as mulheres, que merecem atenção, respeito e amor. Sem elas não somos nada.

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Data Empresa Nº Part. Nome do canteiro

4/11 Freire Mello Ltda. 92 Condomínio Largo Verona21/11 Sintese Moradia e Construções Ltda. 155 Residencial Novo Cristo I23/11 Terraplena Ltda. 213 Matriz Icoaraci25/11 SPE Paricás Construção Civil Ltda. 573 Quinta dos Paricás28/11 Marko Engenharia e Comércio Imobiliário Ltda. 58 Rio Piave 30/11 Athenas Construções e Incorporadora Ltda. 158 Dyonisus’s Gardem2/12 City Engenharia Ltda. 55 City Way

QUINTA DOS PARICÁSItamar Cardoso Teixeira, gesseiro.Eu não sabia que a violência ia além da agressão física. A gente não pode achar que o estresse é motivo para agredir alguém em casa.

Hoje aprendi que o diálogo pode ser um bom caminho.

ATHENASJosé Maria Moraes da Silva, ajudante.Já fui casado, nos separamos tranquilamente, e hoje somos amigos. Tem que passar essa mensagem em todas as obras, porque a

gente sabe que essas coisas acontecem o tempo todo mesmo.

SINTESE MORADIA Marcelo Araújo Ferreira, técnico de Segurança do Trabalho.Eu achei que a palestra de hoje foi excelente porque tratou de um assunto atual. A mulher está ocupando seu lugar na sociedade

como deveria, e a lei está aí para amparar e cumprir todos os direitos que a mulher tem. Considero muito importante levar esse tema ao canteiro de obras.

FREIRE MELLOMário Ferreira, servente.Achei esse momento muito precioso, inclusive pude identificar situações próximas, em que mulheres são humilhadas e têm seus direitos

violados. É muito importante esse tipo de trabalho, pois a violência doméstica é mais comum do que a gente imagina e o homem precisa atentar para isso e proteger a sua família.

TERRAPLENAAdrigilson Cardoso Pinto, encarregado de Obras.“Eu achei que o tema da palestra de hoje foi muito bom, muito bem colocado. A participação dos colaboradores foi ótima, e eu gostei

do fato de o Sinduscon preocupar-se com a qualidade de vida do trabalhador até em sua casa. Eu gostei muito disso porque é o sinal que as empresas começam a voltar-se mais para o colaborador, não só no canteiro de obras, mas até mesmo em sua vida pessoal.”

CITY ENGENHARIAJosé Nilton Rodrigues Araújo, eletricista.Achei o tema da palestra muito esclarecedor. Particularmente, não sabia muito a sobre a diferença da lei Maria da Penha. Aprendemos

que não é somente a violência contra a mulher que entra na lei, mas a de pais contra filhos e vice-versa. Hoje está muito impregnado na nossa cabeça que qualquer violência contra mulher se encaixa na Maria da Penha, mas não é bem assim.

Depoimentos

CRONOGRAMA DE PALESTRAS/CONSTRUÇÃO SAUDÁVEL +

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‘Processos improdutivos’ são entraves O Sinduscon-PA realizou, no dia 23 de novem-

bro, o seminário “Ganhando Dinheiro com a Constru-ção Civil em um Cenário de Crise”. Ocorrido no au-ditório do 7º andar do prédio-sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), o evento foi promovido pela empresa SH Formas, e contou com palestra do enge-nheiro cearense Joaquim Caracas.

O objetivo da palestra foi apresentar alterna-tivas de produção que melhorem o custo-benefício das obras, evitando o desperdício de investimento em mão de obra não qualificada. “O pessoal diz que a mão de obra no Brasil é improdutiva, mas o que é improdutivo são os processos”, argumenta Cara-cas. Um dos profissionais mais renomados do setor graças às suas invenções, tecnologias e soluções, como a implantação da cordoalha engraxada no Brasil, o engenheiro é o responsável por mudar a maneira de construir na capital cearense. “Em For-taleza, hoje, tudo é protendido. O que nós criamos foram mecanismos para que não seja mais neces-sário usar mão de obra não especializada, substi-tuindo os processos. Hoje conseguimos fazer obras rápidas, praticamente sem utilizar madeira, tirando quase 90% e utilizando plástico. As estruturas são modularizadas”, explica.

O seminário discutiu justamente os caminhos de aferição desses gastos e da sua melhor aplicabilidade. No mercado da construção civil há 35 anos, vinte deles à frente da Impacto Protensão, Joaquim aplicou em sua aula a expertise do contato direto e prático que desenvol-veu com o empresariado em Fortaleza. “Peguei 53 obras para avaliar. Toda semana, confiro o pessoal que está em cada uma. Assim, eu tenho o preço de todo mundo. Percebi que tinha construtora que gastava ‘X’ e constru-tora que gastava ‘10X’. A construtora que gastava mais achava que a obra dela estava perfeita, mas só estava mais cara”, demonstra o engenheiro, que há quatro anos possui Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento gerenciado por um engenheiro do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) – munido de impressora 3D e de estagi-ários do instituto apenas para desenvolver novos projetos.

O estudante de Engenharia Civil David do Carmo Neto assistiu à palestra e demonstrou entusiasmo com o que aprendeu. “Nós conseguimos perceber na palestra de hoje que o palestrante está sempre tentando inovar, o que é muito raro. Também serviu de alerta para o mercado de Belém, que demonstra resistência à inserção da proten-são, devido à falta de empresas especializadas nisso – diferente de Fortaleza, onde nós percebemos a liderança dele nesse tipo de serviço. Foi muito produtivo”, avaliou.

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Acidente de Trajeto fora do cálculoO Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, no dia 17/11/2016, seis alterações

na metodologia do cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) – dentre elas, a exclusão do Aci-dente de Trajeto (aquele ocorrido no caminho casa-trabalho ou vice-versa) do cálculo.

O FAP tem por objetivo estimular a adoção de políticas de prevenção de acidentes pelas em-

presas. Desse modo, as empresas com os melhores indicadores podem receber desconto de 50% na alíquota dos Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) – que é de 1%, 2% ou 3% sobre a folha de paga-mento, com base em índices de frequência, gravidade e custo dos acidentes. Já as empresas com pior desempenho podem ter a alíquota majorada em até 100%. Assim, as empresas com melhores índices pagam alíquota de 0,5% sobre a folha; e as piores, 6%.

Dados da Previdência Social mostram que o percentual de acidentes de trabalho entre os anos

de 2007 e 2014 teve uma redução de 18,2%. Em contrapartida, a taxa de acidentes no percurso casa--trabalho-casa subiu de 15,2% para 20,6% dos casos registrados, representando um em cada cinco casos de acidentes de trabalho no Brasil.

Nesse sentido, a decisão do CNPS de excluir os acidentes de trajeto do cálculo do FAP elimina

grave distorção no principal instrumento de estímulo à prevenção de acidentes nas empresas – posto que as empresas que efetivamente investiam na segurança do trabalho eram punidas por casos total-mente fora do alcance de seus programas de prevenção, e sobre os quais não tinham nenhum poder de ingerência.

Vale ressaltar que a exclusão dos acidentes de trajeto do cálculo do FAP não mudará a proteção

previdenciária a que tem direito o trabalhador, que continuará recebendo a mesma assistência pre-vista anteriormente caso se envolva em um acidente de trajeto. O que muda é a forma de apuração do FAP, restaurando o objetivo original em sua concepção, qual seja, o de estimular o setor privado a adotar programas de prevenção e de reduzir a taxa de acidentes no país, o que tem ocorrido de forma consistente.

Para o setor da construção, a alteração representa um grande avanço, principalmente em razão

de que boa parte dos colaboradores do setor – que antes fazia uso de transporte público – hoje se utiliza de motocicleta para o deslocamento no casa-trabalho-casa, meio de transporte este que, por si só, já agrega riscos a integridade do colaborador.

José Fernando Oliveira de FreitasAssessor Jurídico Sinduscon-PA

Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff

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O Sinduscon-PA promoveu em novembro o curso “Gestão de Materiais/Almoxarifado para o Setor da Construção Civil”. Com o objetivo de aper-feiçoar profissionais na aplicação das ferramentas que facilitam a gestão do estoque e das informa-ções utilizadas no almoxarife, as aulas ocorreram no período de 9 a 16 deste mês, divididas entre visita técnica e explanação em sala na Central de Serviços do sindicato.

O instrutor, o engenheiro civil e mestre em Engenharia Janilton Maciel Ugulino, avaliou o de-sempenho da turma: “eu estou bem satisfeito com o público que compareceu, formado essencialmente de profissionais de almoxarife. Eles trouxeram sua experiência prática e nós interagimos, para que eu pudesse complementar com um know-how técnico. Foram aulas de grande reciprocidade, com um pes-soal bem interativo. O resultado do curso foi bas-tante positivo”.

Para ele, o principal papel do treinamento é tornar o profissional da área alguém capacitado para lidar com as novas ferramentas que a função de almoxarife demanda, de modo a perpetuá-lo na cadeia produtiva das empresas. “O foco é a capa-citação da mão de obra de almoxarifado, que tem estado um pouco deficiente na nossa região. Aqui a gente tem o costume de colocar um ajudante da obra distribuindo material, coisa que ele vai apren-dendo no cotidiano, de um jeito muito arcaico.

A função do curso é lapidar esse diamante”, considera. “As empresas também vêm se qualifican-do, com softwares de gestão integrada - que unem engenharia, suprimentos, compras, financeiro… O almoxarife precisa receber treinamento de tecnologia para dominar essa nova linguagem. A tendência é que assim ele se encaixe no perfil de um profissional du-radouro na equipe, não alguém que seja substituído a cada obra”, analisa.

CALENDÁRIO DEZEMBRO/JANEIROBELÉM

CURSOS CARGA HORÁRIA INSTRUTOR HORÁRIOCurso - Patologias das Estruturas de ConcretoData: 12/12/2016Curso - Controle da Qualidade e Gestão da Mão-de-ObraData: 16 e 17/1/2017Curso - Fundações Aspectos Construtivos IntrodutóriosData: 23/1/2017Curso - Orcamentação Básica de ObrasData: 24/1/2017Curso - Dosagem de Concreto nos Métodos ABCP e IPT/EPUSPData: 25 e 26/1/2017Curso - Implantação de Sistema de Gestão em ObrasData: 30/1/2017

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Youssef Moussa

Rodrigo Sanches

Gabriel Banha

Gabriel Banha

Denisson Rosário

Willy Castelo

18h às 22h

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18h às 22h

18h às 22h

18h às 22h

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Informações e inscrições: Central de Serviços “Projeto Construir” - Trav. Dr. Moraes, 103 - (91) 3241-8383 www.sindusconpa.org.br - E-mail: [email protected] - Skype: [email protected] - Facebook: sindusconpa2012

Gestão de estoque sob nova ótica

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Fonte: (1) Sinduscon/Pa (2)IBGE, (3) FGV (*) Sinapi/Pa (4) Dnit*** Até o fechamento desta edição o órgão responsável não atualizou os dados.

Índices do mês – Outubro 2016Índice Mês Ano 12 Meses Fonte % % % C.U.B 0,01% 7,26% 7,44% [1]C.U.B Desonerado 0,01% 7,95% 8,15% [1]Sinapi (*) 4,01% 7,40% 7,99% [2]Sinapi Desonerado (*) 3,64% 7,27% 7,88% [2]INCC - DI 0,21% 5,57% 6,03% [3]INCC - M 0,17% 5,77% 6,32% [3]Pavimentação *** *** *** [4]Terraplenagem *** *** *** [4]INPC 0,17% 6,35% 8,50% [2]IPCA 0,26% 5,78% 7,87% [2]IGP -M 0,16% 6,64% 8,79% [3]

Variação de Outubro relação a setembro 0,01%

C.U.B Outubro de 2016 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1 1.185,53 R-16 1.505,43PP - 4 1.114,41 CAL-8 1.364,23R - 8 1.062,16 CSL-8 1.187,04PIS 794,01 CSL-16 1.587,35R-1 1.419,95 CAL-8 1.449,32PP-4 1.331,81 CSL-8 1.281,40R-8 1.185,98 CSL-16 1.711,57R-16 1.149,09 RP1Q 1.222,75R-1 1.743,92 GI 681,25R-8 1.420,63

C.U.B Desonerado Outubro de 2016 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R-1 1.128,61 R-16 1.430,86PP-4 1.066,55 CAL-8 1.294,12R-8 1.017,17 CSL-8 1.123,84PIS 755,23 CSL-16 1.503,21R-1 1.340,91 CAL-8 1.378,54PP-4 1.261,92 CSL-8 1.216,46R-8 1.123,16 CSL-16 1.625,07R-16 1.088,66 RP1Q 1.147,08R-1 1.658,16 GI 646,10R-8 1.354,27

Variação de Outubro relação a setembro 0,01%

Fonte: CAGED – MTE – Banco de dados Sistematização e Elaboração: Diretoria de Economia e Estatística/Assessoria Econômica/Sinduscon-Pa. (1) Dezembro/2014-RAIS/MTE(2) Corresponde aos valores dos 143 municípios do Estado do Pará.(3) Dados do CAGED/MTE Quadro de ocupação dos municípios mais representativos na geração de empregos formais da Construção Civil Paraense.

Residencial UnifamiliarR1-B-Residencial Padrão Baixo: Residência composta de dois dormitórios.R1-N-Residencial Padrão Normal: Residência composta de três dormitórios.R1-A-Residencial Padrão Alto: Residência composta de quatro dormitórios.RP1Q-Residencial Popular: residência composta de um dormitório.

Residencial MultifamiliarPIS-Projeto de interesse social: Edificio com quatro pavimentos.PP4-B-Prédio Popular: Edificio com três pavimentos tipos.PP4-N-(Padrão Normal): Edificio com quatro pavimentos tipo.

Geografia do Emprego Formal - Outubro 2016

Municípios Total de Admissão

Altamira 159 1.412 -1.253 -15,01Ananindeua 269 260 9 0,12Barcarena 335 327 8 0,22Belem 967 1.073 -106 -0,39Itaituba 18 18 0 0,00Maraba 167 107 60 1,43Marituba 24 32 -8 -1,26Paragominas 13 56 -43 -4,28Parauapebas 367 464 -97 -1,54Redencao 39 75 -36 -2,55Santarem 15 27 -12 -0,64Tailandia 14 24 -10 -2,36Outros 696 2080 -1.384 ***

Total 3.083 5.955 -2.872 -3,29

Total de desligamento Saldo Variação de

Emprego %

CAL-8- Comercial Andar Livre: Edificio com 8 pavimentos tipo.

Galpão Industrial (GI) – Galpão com área administrativa, dois banheiros, um vestiário e um depósito.

Residencial PopularRP1Q- Residencia composta de um dormitório, sala, banheiro e cozinha.

Residencial MultifamiliarR8-B- Padrão Baixo: Edificio com sete pavimentos tipo.R8-N Padrão Normal: Edificio com 8 pavimentos tipo.R8-A-Padrão Alto: Edificio com 8 pavimentos tipos.R16-N-Padrão Normal: Edificio com 16 pavimentos tipo.R16-A-Padrão Alto: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Edificação comercialCSL-8-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 8 pavimentos tipo.CSL-16-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Discriminação dos projetos-padrões, de acordo com a ABNT NBR:

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