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O CONSTRUIR BOLETIM INFORMATIVO - ANO 13 - Nº 148 / JANEIRO 2018 www.sindusconpa.org.br Planejamento Estratégico do Sinduscon-PA já está formatado e marca a “reinvenção” sindical Evento regional discute segurança no trabalho e reforma trabalhista. Págs. 6 e 7. Por que a contribuição sindical é tão importante para o associativismo. Pág. 3 • Seminário • Fortalecimento Atitude e ação

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O CONSTRUIRBOLETIM INFORMATIVO - ANO 13 - Nº 148 / JANEIRO 2018

www.sindusconpa.org.br

Planejamento Estratégico do Sinduscon-PA já está formatado e marca a “reinvenção” sindical

Evento regional discute segurança no trabalho e reforma trabalhista. Págs. 6 e 7.

Por que a contribuição sindical é tão importante para o associativismo. Pág. 3

• Seminário• Fortalecimento

Atitude e ação

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ALSINDUSCON-PA

Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

EXPEDIENTESede Administrativa: Trav. Quintino Bocaiúva, 1588, 1º Andar, Nazaré – Belém/PACentral de Serviços: Trav. Dr. Moraes, 103 – Nazaré - (91) 3241-8383 - Belém/PAProjeto Gráfico/ Diagramação: G2 Comunicação/Fábio Beltrão – Edição/Produção: G2 Comunicação/Gilvânia SóterRedação: Gil Sóter, Roberto Rodrigues, Gilvânia Sóter - Fotos: Ascom/Sinduscon-PA/DivulgaçãoSocial Media: Loyana Mota da SilvaCoordenação: Eliana Veloso Farias

www.sindusconpa.org.br

ABNT: mais de 90 normas publicadas em 2017

O Boletim de Normas Técnicas – Publicadas, Canceladas e Confirmadas do setor da construção de janeiro de 2018, divulgado pela CBIC (Câmara Brasi-leira da Indústria da Construção), com apoio do Sinduscon-MG, divulgou no dia 23 que foram publicadas 93 normas técnicas relacionadas ao setor da construção em 2017.

Um processo periódico de análise sistemática dentro da ABNT (Agência Brasileira de Normas Técnicas) ocorre após cinco anos de publicação da norma para avaliar a necessidade de ser revisada, mantida (confirmadas) ou cancelada. Outro processo é a solicitação de revisão por alguma das partes interessadas na norma. Que, nesse caso, faz-se necessária a abertura de uma comissão de estudo.

A CBIC, por meio do Grupo de Acompanhamento de Normas Técnicas (Gant) da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat), desenvolve um trabalho de monitoramento e participação nos processos de elabo-ração e revisão de Normas que impactam o setor da construção.

Alex Dias CarvalhoPresidente

Antônio Valério CouceiroVice-Presidente

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Economia e Estatística

Fabrizio de Almeida GonçalvesDiretor de Obras Públicas de Edificações

Lázaro Ferreira de CastroDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Fernando de Almeida TeixeiraDiretor de Obras Públicas de Saneamento eUrbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

Clóvis Acatauassú FreireDiretor de Indústria Imobiliária

Maria Oslecy Rocha GarciaDiretor de Relações do Trabalho

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor de Materiais de Construção

Luiz Pires Maia JúniorDiretor Regional Sul do Pará

Oriovaldo MateusDiretor Adjunto Regional Sul do Pará

Luiz Carlos Vieira MoreiraDiretor Adjunto de Meio Ambiente

Daniel de Oliveira SobrinhoDiretor Adjunto do Setor Energético

Rodrigo José Teixeira Rocha GarciaDiretor Adjunto de Responsabilidade SocialCorporativa

Acácio Antonio de Almeida GonçalvesDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificação

Álvaro Gomes Tandaya NetoDiretor Adjunto de Obras de Habitação deInteresse Social

Armando Uchôa Câmara JúniorDiretor Adjunto de Obras de Materiais deConstrução

Andrei Corrêa MorgadoDiretor Adjunto de Indústria Imobiliária

SUPLENTES DE DIRETORIAFernando José Hoyos BentesLuís Carlos Correa de OliveiraJosé Maria Reis CardosoFernando Carvalho Pinheiro

CONSELHO FISCALMarcelo Castelo BrancoManoel Pereira dos Santos JúniorPaulo Guilherme Cavalleiro de MacedoArthur de Assis MeloAntonio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sabádo

“(...) Quem sabe faz a hora/não espera acontecer.” O trecho da icô-nica música do cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré, “Pra não dizer que não falei das flores”, reflete bem a decisão do Sinduscon-PA em tirar do papel os resultados de seu Planejamento Estratégico, cujas rumos estão projetados em quatro páginas desta edição.

O Planejamento é visto como um divisor de águas do sindicato, que também organiza e correaliza em Belém logo no dia 1 de fevereiro o Seminário Regional Edificar o Trabalho, o primeiro grande evento do ano, no qual será lançada a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Indústria da Construção (Canpat) 2017/2018.

O presente número também explica a importância da contribuição sindical para o setor da construção, bem como o cronograma do não me-nos indispensável e-Social, e ainda antecipa a nova programação na ca-pital com a eminente tributarista Martelene Carvalhaes em dois cursos especiais.

Boa leitura!

A Diretoria.

[email protected]@hotmail.comsindusconpa2012

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Para garantir maior consolidação e ampliar sua representatividade na defesa dos interesses das empresas vinculadas e do próprio desenvolvimento do setor no Estado, o

Sinduscon-PA tem incentivado a conscientização pela prática e fortalecimento do associativismo, inclusive por meio de campanha. Uma das bases de sustentação para galvanizar esse elo é a valorização da contribuição sindical.

“É um tributo absolutamente necessário porque é a partir dele que qualquer sindicato pode ter maior alcance de atuação e na implementação de ações mais efetivas em favor da categoria”, entende o presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho. “Todos precisam entender o peso disso como fator socioeconômico, para a geração de emprego e renda”, observou ele.Antes denominada de “imposto sindical”, a contribuição sindical é prevista no artigo 149 da Constituição Federal e nos artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De natureza tributária e facultativa, ela tem como finalidade o custeio de atividades essenciais das entidades sindicais.

Os valores advindos permitem a essas instituições preservar a autonomia, assegurando que possam defender os interesses gerais das categorias, representando-as perante autoridades, órgãos governamentais e fóruns de deliberação, além de dar condição de firmar convênios e parcerias.

Em resumo, com a contribuição sindical, os sindicatos podem agir com maior eficiência e eficácia na busca dos direitos constitucionais, como ao liderar negociações coletivas, sendo fontes de informação, apoiando as empresas e promovendo a integração produtiva e a troca de experiências entre os próprios

empresários. “Grande parte da ordem econômica e, portanto, também social, fica em risco ou no mínimo fragilizada sem esse tributo”, observa o presidente Alex Carvalho

PRORROGAÇÃO

Conforme determinação legal, independente de realização de assembleia ou de previsão estatutária, a cobrança da contribuição sindical ocorre anualmente no dia 31 de janeiro. O recolhimento da Contribuição Sindical Patronal, que tem como base de cálculo o capital social das empresas, foi prorrogado para o dia 28 de fevereiro.

A distribuição dos recursos arrecadados observa o disposto no artigo 589 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). De cada montante arrecadado com a contribuição sindical, 60% são destinados ao sindicato que representa a categoria, 20% vão para a Conta Especial Emprego e Salário (CEES) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 15% destinam-se à federação estadual e 5% cabem à Confederação.

Algumas ações realizadas graças à contribuição

• Consultoria jurídica nas áreas trabalhista, tributária e administrativa.

• Defesa de direitos e interesses individuais e coletivos das construtoras.

• Participação sindical em feiras, eventos técnicos e representações afins.

• Acesso a informações estratégicas de interesse empresarial.

• Convênios e contratos com órgãos públicos, privados e de economia mista.

• Convenções coletivas de trabalho e legalização sindical.

ACONTECEU

Tributo tem grande importância para o cumprimento eficaz das atribuições sindicais

UMA CONTRIBUIÇÃO POR DIREITOS

Melhore a produtividade,

invista em qualificação profissional.

Fale com a nossa equipe.www.sindusconpa.org.br

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Contato: (91) 3241-8383

Em parceria com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o Sinduscon--PA coloca à disposição no Estado a maior cesta de seguros em plataforma digital do

Brasil. O portfolio oferece ao setor da construção civil oito produtos basilares, oferecendo ampla co-bertura às empresas (veja relação nesta página).

Com amplo crescimento no mercado, o Con-vênio de Seguros está voltado para a maior moder-nidade na área, com destaque à solidez em cada um dos itens oferecidos, contabilizando grandes projetos de garantias e sucesso graças ao convê-nio da CBIC com as corretoras Asteca Desenvol-vimento, Geo Administração e Lockton Brasil, que têm grande reconhecimento nacional. De acordo com projeções oficiais, já são mais de mil correto-res à disposição dos clientes em todo o País.

Especialistas entendem que há um eficien-te nível de rede de contatos, pois estão envolvi-dos profissionais altamente qualificados, os quais podem oferecer uma visão ampla de produtos e encontram-se aptos a colaborar nas decisões e solução de problemas específicos.

Em geral, os trabalhos ocorrem em parceria com centenas de construtoras e incorporadoras, uma atuação dentro da realidade de mercado. Cada um dos produtos destaca-se com as condi-ções que refletem as necessidades e possibilida-des desse setor da economia.

As operações estão embasadas em tecno-logia de ponta para atendimento das demandas como a securitização, prática financeira bastante

utilizada no exterior. Dessa forma, é transformado seguro em oportunidades de negócios para os as-sociados, levando vantagens aos envolvidos.

O Sinduscon-PA e a CBIC estão à disposi-ção para oferecer o melhor serviço aos interessa-dos, sem perder de vista a longevidade de cada apólice. São levados em maior consideração a co-bertura adequada, o preço coerente e a proteção garantida, além da prática de “gestão de conduta” e “política de transparência específicas”. Na pri-meira, entende-se que as melhores práticas estão sempre atreladas aos melhores resultados. Na ou-tra, prioriza-se o máximo de informações, respei-tando-se as normativas dos órgãos reguladores.

PRODUTOS

• DFI Imobiliário (Danos Físicos ao Imóvel).

• DFI Sistema Financeiro.

• Garantia de Entrega de Obra.

• Habitacional Apólice de Mercado – MIP/DFI.

• PASI – Seguro de Vida para CCT.

• Risco de Engenharia e Responsabilidade Civil.

• Seguro Qualidade Estrutural.

• Seguro de Infraestrutura.

Convênio de Seguros: SAC 0800-648900 e por-tal http://www.seguroscbic.com.br/produtos. Corretor preferencial: JGS Corretores. Contato: Antônio Jorge Vidigal. Telefones: (91) 3181-4444 e 99986-1647;

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PARCERIA

Vantagens são variadas para interessados, como qualidade e preço acessível

SEGUROS CBIC CHEGAM AO PARÁ

Com organização do Sinduscon-PA, será re-alizado em Belém o Seminário Regional “Edificar o Trabalho”, considerado de grande apelo e importância social e que tem como

principais atrativos a apresentação da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes da Indústria da Construção (Canpat Construção 2017/2018), além de painéis de debates com especialistas e dirigentes de órgãos locais e de âmbito nacional do setor. O evento ocorrerá no próximo dia 1 fevereiro no Auditório “Al-bano Franco” da Fiepa (Federação das Indústrias do Pará), das 8h30 às 16 horas. Foram confirmados 150 participantes.

A programação, voltada à indústria da constru-ção dos sete Estados do norte do País, é uma ini-ciativa do sindicato e da Comissão de Política e Re-lações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em conjunto com o Sesi Nacional e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria de Inspeção do Traba-lho (SIT). O objetivo do inédito encontro é disseminar as boas práticas desenvolvidas em todo o Brasil em favor do trabalhador e expor dados na região acer-

ca das condições de risco que provocam acidentes e doenças do trabalho, as consequências e o índice de ocorrências.

FATORES LOCAIS

O Pará é o Estado da região norte que registra o maior número de acidentes no trabalho entre 2010 e 2015, de acordo com pesquisa atualizada no final de novembro de 2017 pelo Ministério da Previdência e CPRT/CBIC. Foram 12.623 acidentes ao todo, quase a metade do cômputo geral (31.991) entre os sete Es-tados, sendo que, na série histórica de seis anos, so-mente em 2015 houve sensível redução (veja abaixo).

“Não bastassem a grandiosidade e a diversida-de de empreendimentos, é preciso destacar um fator que contribui para a quantidade elevada de acidentes, que é a situação de informalidade de muitos trabalha-dores que não estão qualificados para as funções que desenvolvem e que não atendem ao padrão técnico de segurança e saúde estabelecidas pelo Ministério do Trabalho”, observou o presidente do Sinduscon--PA, Alex Carvalho.

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CANPAT 2017/2018

Ponto alto de evento é o lançamento da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes

SEMINÁRIO DEBATE SEGURANÇA NO TRABALHO

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A melhor ferramenta para garantir a produtividade é a prevenção.

www.sindusconpa.org.br • (91) 3241-8383 • 98162-1664

PCMSO ............................... R$ 560,00Exames Ocupacionais ........ R$ 27,00Audiometria ...................... R$ 16,00Relatório Anual do PCMSO R$ 280,00PPRA ................................. R$ 600,00PCMAT ................................ R$ 700,00LTCAT .................................. R$ 850,00Dosimetria de Ruído ........... R$ 200,00

Eletroencefalograma ........... R$ 122,00Eletrocardiograma ............... R$ 53,65Espirometria ........................ R$ 83,82Acuidade Visual ................... R$ 54,76Hemograma Completo ........ R$ 7,81Glicose ................................. R$ 3,90Triglicerídeos ........................ R$ 5,36Colesterol Total .................... R$ 4,46

Saúde e Segurança no Trabalho

D urante o III Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Indústria da Construção, um dos temas que mais chamou a atenção foi o refe-rente à área de seguros. “Segurança e saúde

são cultura, e só com o debate é que vamos conseguir reverter esses números”, afirmou o presidente da Co-missão de Política de Relações Trabalhistas da Câma-ra Brasileira da Indústria da Construção (CPRT/CBIC), Fernando Guedes. “Vamos rodar o Brasil para divulgar essa ideia. O trabalhador é o nosso maior patrimônio, e é a ele que temos que dar as melhores condições, para isso contamos com a parceria do Sesi”, salientou.

“Investir em segurança e saúde no trabalho não é despesa e nem custo para as empresas”, disse o gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-DN, Emmanuel de Souza Lacerda, ganhando o apoio dos participantes. “O setor da construção, nos segmentos de serviços especializados, construção de edifícios e construção pesada, está contribuindo com quase R$ 2 bilhões para o Seguro Acidente do Traba-lho (SAT), o que tira a competitividade das empresas”, observou, acrescentando que “esses recursos poderiam estar servindo como investimento para tecnologia, no-vos produtos, processos e lançamentos”.

“A gente consegue reverter os números se traba-lharmos juntos, empregadores, trabalhadores e o gover-no”, ponderou o auditor fiscal da Secretaria de Inspe-ção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho, José Almeida Martins de Jesus Junior. Para auxiliar o setor e evitar custos, Emmanuel Lacerda destacou a parceria desenvolvida para o “Construindo Segurança e Saúde”, plataforma on-line que permite ao empresário cadastra-do calcular de forma fácil e gratuita o valor do Fator Aci-dentário de Prevenção (FAP).

Ele destacou também a cartilha de orientação

sobre o eSocial, que disseca o entendimento sobre as exigências colocadas, com pontos de ação que as em-presas têm que ter para atender as novas exigências, como gestão do exame periódico e mudança de função do trabalhador.

Já o líder do projeto de Segurança e Saúde no Trabalho da CPRT/CBIC, Haruo Ishikawa, ressaltou o acervo técnico desenvolvido pela CBIC sobre o tema, mencionando a importância dos empresários e técnicos do setor acessarem o material. Dentre eles, citou a pu-blicação “Edificar o Trabalho - A lei de modernização tra-balhista e as relações de trabalho na indústria da cons-trução”. “Com ela, não dá para dizer que não conhece a lei”, ressaltou.

O especialista citou ainda o “Guia Prático para Cálculo de Linha de Vida e Restrição para a Indústria da Construção”, desenvolvido pelo Sesi-DN, em parce-ria com a CBIC, no âmbito do PNSST-IC. “Com esse manual, qualquer engenheiro consegue calcular a linha de vida, que é obrigatório na fiscalização”, avisou, refor-çando que o guia é uma contribuição relevante para a saúde e a segurança do trabalho.

ACONTECEU

Investimentos tiram competitividade das empresas e poderiam beneficiar outras áreas

SAT: SETOR APLICA QUASE R$ 2 BILHÕES

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IC

Especialistas debateram formas de priorizar a saúde e segurança no setor

OSistema Federal de Inspeção do Trabalho informa que no período de janeiro a no-vembro de 2016 o setor da construção foi o que apresentou maior número de acidentes

analisados – 298 – em mais de vinte setores diversos no País. O levantamento aponta 12.584 ações fiscais, 4.290 notificações, 1.570 embargos e interdições e 24.340 autuações. Um total de 985.133 trabalhadores foram avaliados.

O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho mapeou dez atividades econômicas campeãs em número de afastamentos previdenciários aciden-tários de 2012 a 2016, e o item “construção de edifí-cios” ficou em terceiro lugar no volume de despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com R$ 423.609.032,89, referentes a 45.478 afastamentos e 10.058.536 dias perdidos.

PERDAS

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) re-vela que de 2012 a 2015 foram registrados 50.448 aci-dentes no Pará, incluindo o setor da construção, dos quais houve 1.058 incapacitações físicas permanentes e 306 mortes. Essas totalizações foram apresentadas no dia 24 deste mês pelo auditor-fiscal do Trabalho Jomar Sousa Ferreira durante a palestra “Gestão da Segurança na Indústria da Construção” na Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro) em Belém.

“O risco grave e iminente não é obrigado a se manifestar de forma imediata, haja vista que é verifica-do quando há uma expedição do trabalhador ao risco de maneira direta, imediata ou num futuro próximo”, afirmou o especialista.

No encerramento de sua exposição, ele defen-deu a “quebra ou rompimento do paradigma de que a culpa é sempre do trabalhador” e o “desenvolvimento de proteções coletivas e individuais que eliminem a possibilidade de ocorrência do infortúnio, independen-te da vontade do trabalhador”, além da “melhoria nos sistemas de inspeção de equipamentos e liberação de serviços”, “aperfeiçoamento de treinamentos e capaci-tação dos trabalhadores e equipe” e o “monitoramento constante da saúde do trabalhador”.

PREJUÍZOS

Estudos do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho revelam que de 2012 a 2016, 5.234 auxílios-doença por acidentes de trabalho foram registrados no período na capital. O impacto previden-ciário dos afastamentos, segundo o órgão, equiva-le a gastos de R$ 57.912.245,59, além da perda de 1.200.203 dias de trabalho. A atividade econômica de construção de edifícios contabilizou 402 auxílios-doen-ça e dorsalgia teve 662 casos computados.

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CANPAT 2017/2018

Mapa de acidentes aponta sérios problemas, como licenças prolongadas e custos elevados

PREJUÍZOS SOCIOECONÔMICOS PREOCUPAM

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IC

O auditor fiscal Jomar Sousa Ferreira na Fundacentro: alerta sobre riscos

Dirigente recomenda realização de campanhas para diminuir índices preocupantes nos Estados. Falta de cuidados na prevenção é considerada “um desleixo”. A informalidade, segundo ele, contribui decisivametne

para o aumento das ocorrências.

O que dizem os índices de acidentes mais recentes no Brasil?

Fernando Guedes - De 2012 para cá, esse número caiu, pois a quantidade de empregados ficou bastante reduzida durante essa crise, perdendo-se muitos postos de trabalho. De 2012 a 2015, por exemplo, houve uma queda no total de acidentes de cerca de 30% nas estatísticas.

O quadro atual no Pará é preocupante?

F.G.- O Pará foi dado como o Estado de pior desempenho. É um Estado com muitas peculiaridades, entre as quais grandes obras, portanto concentra alta quantidade de funcionários na construção, o que influencia nos registros. O que é muito discutido por nós é o enorme número de trabalhadores informais no Pará. É uma situação que tentamos combater severamente porque trata-se de desleixo da segurança e saúde do trabalhador, fortalecendo a estatística negativa, já que a empresa está na informalidade. Ela não registra o CNPJ, não exige formalização do empregado nem o cumprimento do compromisso da saúde e segurança de seu funcionário, já que não é de sua natureza.

Como mudar essa situação?

F.G.- Temos que fazer campanhas para tornar isso permanente em todo o País, conscientizar todos os trabalhadores e empregadores da importância de seguir as regras de saúde e segurança nos canteiros, mas também melhorando a empresa em relação à prática do uso do EPI [Equipamento de Proteção Individual]. Ao contrário do que algumas delas possam considerar, o equipamento de proteção individual é investimento, não despesa, para ter um trabalhador seguro e sadio, tornando-o mais proficiente. Uma das ações da CBIC às entidades associadas

seria levantar a discussão com essas ideias para que os trabalhadores tenham o entendimento de que é vantajoso e essencial investir na segurança.

O que o senhor espera do seminário?

F.G.- A Canpat começa agora, é um evento de Belém, mas para a região. Tivemos o primeiro em Ribeirão Preto [interior de São Paulo], portanto na capital paraense será o segundo. É ainda cedo para determinar alguma repercussão: como é a primeira Canpat, estamos preocupados na forma de inserir uma cultura específica, que o empresário e o empregado assimilem essa cultura da saúde e segurança, que é de enorme importância. Um dos grandes problemas que temos com as empresas é que invistam em segurança e saúde. Ainda temos uma grande massa que age de maneira informal, e isso acaba prejudicando a saúde e segurança, ocasionando acidentes. A Canpat está tentando fazer o oposto disso, criando uma ferramenta de conscientização para que possamos dar a nossa colaboração, que cada vez mais essa cultura preventiva seja disseminada e aceita.

INFORMALIDADE É FATOR POTENCIAL DE RISCO

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CANPAT 2017/2018

Fernando Guedes, presidente da CPRT/CBIC faz análise sobre acidentes na construção civil pelo País

Fernando Guedes Filho recomenda “cultura de saúde e segurança”

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Com uma “bússola” própria, que é o seu Planejamento Estratégico formatado, o Sinduscon-PA põe em andamento a sua “reinvenção” institucional no Estado.

O presidente do órgão, Alex Dias Carvalho, reafirma os objetivos e metas na reveladora entrevista na página 9 desta edição. Depois da oficina que reuniu a diretoria e definiu as ações administrativas e operacionais, algumas iniciativas estão em curso e outras em análise para a gradual implementação.

No amplo relatório produzido após a aplicação da recente oficina, os diretores tiveram que fazer uma reflexão interna sobre alguns aspectos fundamentais para a atuação e redirecionamento do sindicato, como o papel, a visão de futuro e projetos que podem contribuir para melhor representatividade do órgão.

A base dos estudos em equipes foi a metodologia Metaplan, em que são considerados a moderação, dinamismo, participação, colaboração, pertencimento e consenso, além da utilização da conceituada análise SWOT (sigla em inglês para avaliação estrutural das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).

Diversas propostas apresentadas nas entrevistas individuais referem-se no documento às atribuições do Sinduscon-PA, entre elas o fortalecimento da classe e a maior união e visibilidade das empresas, benefícios

aos associados, busca de melhorias e de recursos para a indústria, a defesa dos interesses do setor, suporte nos aspectos jurídicos e contábil, serviços de capacitação e orientações, como os programas de segurança no trabalho, além de ter representatividade em órgãos e/ou instituições para desenvolver o setor.

A visão de futuro do órgão relacionou outras ideias, como a criação de serviços para a autossustentabilidade, beneficiando denominações sindicalizadas ou não. No conjunto de observações catalogadas também está a criação de mecanismos para atrair novos associados e que sirvam para regularizar a situação de inadimplência e promover articulações entre os parceiros, empresas participantes e instituições. Propôs-se ainda a contratação de um executivo que defenda os interesses, objetivos e metas das empresas participantes.

Os membros da diretoria entendem que apesar do bom trânsito nas esferas de governo, é necessário o desenvolvimento de políticas para a participação efetiva das empresas nos grandes projetos no Estado.

Eles se ressentem de maior proximidade e interação em áreas como a ambiental e de obras e querem uma agenda de positiva para o setor. É considerada fundamental a criação de um corpo técnico de apoio nas áreas de construção civil e de licitações com respaldo jurídico e contábil.

MATÉRIA DE CAPA

Sinduscon-PA engatilha “plano de voo” organizacional com projetos e ações mais audaciosos

SINDICATO ESTÁ PREPARADO PARA AVANÇOS

75 anos defendendo direitos coletivos do Setor da Construção no ParáFortaleça sua empresa, associe-se a esta entidade de classe.

www.sindusconpa.org.br

[email protected]

(91) 3241-8383 | 98162-1664

www.facebook.com/sindusconpa2012

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O facilitador Luiz Pinto durante Oficina de Planejamento Estratégico: resultados das avaliações e propostas serviram de base para traçar maiores metas

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N a Oficina de Planejamento Estratégico, a união da diretoria do Sinduscon-PA foi considerada o principal fator para executar ações necessárias da pretendida renovação de ações

administrativas com foco em maiores metas. A interação com sindicatos de outras regiões, o relacionamento com entidades e a credibilidade da marca estão entre outros pontos positivos, aos quais somam-se a facilidade de comunicação com a presidência sindical, um portfolio de serviços associados e a capacitação acessível para associados.

Foram identificadas outras “forças” na análise técnica conjunta, como o know-how e a liderança acumulados pela diretoria, a atuação em grupo, a articulação e a resiliência para lidar com os desafios, a transparência na gestão e o compartilhamento de conhecimentos.

O “peso” do segmento na contribuição para o sistema indústria com a geração de empregos e a aproximação institucional com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também foram citados.

O Sinduscon-PA também fez considerações detalhadas sobre as “fraquezas” a ser corrigidas, como melhorar a participação estratégica no sistema da indústria e a importância do profissionalismo na gestão e participação de todos os membros da diretoria no processo de modernização administrativa.

Nas conversações, o consenso é que esses são elos para a dinamização das ações mais efetivas da transformação a que se pretende chegar do sindicato, cuja atuação é determinante para a defesa dos interesses das empresas que estão vinculadas

no mercado. Os novos rumos são apontados como fundamentais no planejamento traçado. “Estamos de acordo que esse processo exige união e pensamentos em comum para buscar todos os nossos objetivos”, observou o vice-presidente sindical Tony Couceiro.

Para afastar riscos, a diretoria entende que entre as ameaças a ser combatidas estão a burocracia que atrapalha o crescimento das empresas e maior participação na gestão de qualidade.

A grande dependência do setor público, inclusive com a redução de investimentos que envolve o segmento privado, além da escassez de créditos, dificuldade de reajuste de contratos, lentidão na liberação de obras, insegurança jurídica, legislação ambiental, cenário político e o fim da contribuição sindical prejudicam a indústria local.

Foram relacionados como prioritários a manutenção de convênios, entre eles o do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), e o estreitamento de relacionamento e parceria com o Ministério Público do Trabalho.

MATÉRIA DE CAPA

Experiência e liderança da diretoria são vantagens na “reconstrução”a partir deste ano

PONTOS POSITIVOS NA PRÁTICA

75 anos defendendo direitos coletivos do Setor da Construção no ParáFortaleça sua empresa, associe-se a esta entidade de classe.

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MATÉRIA DE CAPA

Diretores manifestam otimismo com a implementação da reestruturação sindical

CONSTRUINDO UM FUTURO PROMISSOR

Grandes oportunidades serão abertas para o Sinduscon-PA a curto, médio e longo prazo, segundo o que foi avaliado no Planejamento Estratégico. Uma relação com cerca de trinta

temas foi catalogada durante o encontro, conforme consulta feita aos diretores, que estão otimistas com o futuro próximo.

Na avaliação deles, baseada nas necessidades operacionais para atuação mais forte no mercado, é preciso de imediato um “posicionamento estratégico” do sindicato, ou seja, “ocupar espaço”, o que permitirá ter maior competitividade em empreendimentos e também alcance de algumas vantagens legais, como a captação de recursos, inclusive de origem externa.

Como providências imediatas, o sindicato atuará em várias frentes para aumentar o seu potencial de ação e representatividade. O Planejamento Estratégico aponta que o órgão irá atrás de novos associados e estimulará o exercício do associativismo no setor e nas universidades, buscará parcerias com entidades tecnológicas locais e nacionais – como de eficiência energética e resíduos sólidos – e que desenvolvem projetos avançados de inovação.

Uma política de incentivos fiscais diferenciada e reserva de mercado, a recuperação econômica da crise com taxa Selic de um dígito e novos investimentos no Estado são partes das pretensões, sem esquecer a garantia da segurança jurídica com a chegada da reforma trabalhista.

O Sinduscon-PA planeja interiorizar suas atividades, intensificar as conversações com sindicatos congêneres e promete continuar realizando cursos de qualidade e a prestação de serviços médicos e jurídicos de alto nível para os trabalhadores e demais profissionais da área.

É consenso que a presença quase total dos

membros da diretoria na oficina refletiu o desejo coletivo para novos avanços do sindicato. A avaliação dos presentes sobre o aproveitamento no debate foi considerada amplamente proveitosa para a execução dos planos.

“Eu estou orgulhosa de todos que estão aqui nesse momento histórico”, disse Lecy Garcia, diretora de Relações do Trabalho, dando o tom da satisfação geral que tomou conta da programação conduzida pelo especialista Luiz Pinto.

“O processo de construção do Planejamento Estratégico do Sinduscon-PA revelou-se uma grata surpresa pelo envolvimento, dedicação e interesse da diretoria”, aprovou o instrutor.

Alguns dos principais objetivos

•Consolidar relação direta com a CBIC.•Firmar parcerias com entidades tecnológicas locais e nacionais.•Estimular o associativismo nas universidades.•Atrair novos associados.•Reestruturação das empresas com foco na qualidade.•Buscar novos investimentos no Pará.•Criar condições para a captação de recursos externos.•Garantir segurança jurídica e reforma trabalhista.•Lutar pela continuidade de convênios.•Conseguir a interação com outros sindicatos.•Oferecer mais cursos, prestação de serviços médicos e jurídicos.

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Conscientizar sobre a qualidade de vida é essencial, a saúde será uma consequência.

www.sindusconpa.org.br | [email protected] | 3241-8383

Módulo 1

Chikungunya Dengue e Zika

Hanseníase

Tuberculose

Módulo 2

DST’s

Tabagismo

Alcoolismo

Módulo 3

Diabetes

Hipertensão

Lombalgia

Alex Carvalho adiantou que lançamento do Planejamento Estratégico será em fevereiro, ainda com data a ser confirmada. Ele garante que propostas apresentadas são factíveis

Tudo o que se falou, opinou e foi analisado na Oficina de já está sendo formatado, mas quando começa a parte prática?

Alex Carvalho – Grande parte do que foi falado e analisado na Oficina de Planejamento já vinha sendo praticado. Entretanto, entendemos que há a necessidade de aprimorar, intensificar e sistematizar as ações focadas no desenvolvimento interno do Sinduscon para a melhoria do ambiente de negócios e o fortalecimento do setor da construção civil.

Todo o conteúdo apresentado na oficina é viável?

A.C. – Com toda certeza! Tivemos um momento riquíssimo de ideias que geraram um importante direcionamento das nossas ações futuras. A somatória das experiências de cada um dos envolvidos, o pragmatismo e, acima de tudo, bom senso na busca de alternativas viáveis deram a tônica da oficina. Em fevereiro será finalizado o relatório e faremos o lançamento oficial do nosso planejamento estratégico do triênio 2017/2020.

Algumas propostas feitas na oficina dizem respeito a investimentos. O Sinduscon-PA buscará parceiros para a execução do “plano de voo”?

A.C. – Precisaremos de recursos para buscar melhorias operacionais do Sinduscon. Falamos muito sobre isso durante toda a oficina, e esse será um dos nossos maiores desafios. Temos algumas parcerias que são “cases” de sucesso. Um exemplo é com o Sebrae-PA, que ao longo dos anos tem sido um forte instrumento nas ações de capacitação de micro e meio dela temos como absorver e replicar às empresas do setor da construção civil um vasto conteúdo de pequenas

empresas da construção civil. A CBIC tem sido uma entidade que muito tem contribuído para o fortalecimento do Sinduscon-PA, uma vez que por nformações técnicas, administrativas e jurídicas e de boas práticas empresariais. Por último, e não menos importante, temos a nossa entidade-mãe, Fiepa [Federação das Indústrias do Pará], o nosso porto seguro, que entendemos ser o ponto de maior potencial de elevação de novas ações no âmbito de prestações de serviços, por meio do Sesi [Serviço Social da Indústria], Senai [Serviço Nacional da Indústria] e IEL [Instituto Euvaldo Lodi], pois há no nosso setor uma estrondosa demanda cujos serviços poderão exercer um impacto altamente produtivo para todos.

O senhor já afirmou que o foco é a “reinvenção” institucional. No que ela estará baseada?

A.C. – Modernização, ideias de vanguarda, dinamismo: é isso que estamos buscando. Trata-se de moldar a nossa estrutura técnico-operacional para atender as demandas de maneira adequada aos tempos de hoje e de amanhã. Não há mais espaço para sermos “mais-do-mesmo”. Não há nada na vida que não possa ser melhorado.

MATÉRIA DE CAPA

Presidente garante viabilidade de novas ações estratégicas com união entre sindicato e empresas

PLANEJAMENTO 100% APROVEITÁVEL

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Presidente Alex Carvalho diz que parceiros serão importantes para projetos

eSOCIAL APRESENTA CRONOGRAMA

Começou na primeira quinzena deste mês a utilização obrigatória do Sistema de Es-crituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial)

por empresas privadas que faturam acima de R$ 78 milhões. Para empresas que estão abaixo des-se valor – incluindo micro e pequenas empresas, bem como microempreendedores individuais (MEIs) que tenham empregados –, a obrigatoriedade será compulsória a partir de julho deste ano. Especialis-tas recomendam que os empresários da construção civil e do mercado imobiliário precisam ter atenção aos prazos e rapidez na organização institucional.

A Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção (CBIC) antecipou a preparação de seus asso-ciados para a implantação do eSocial. Já em outu-bro de 2017, a Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT), em correalização com o Sesi Nacional, realizou palestra com o médico do Tra-balho Gustavo Nicolai sobre o tema. O vídeo está disponível no Facebook da CBIC.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE), por meio do eSocial, um total de 13,7 mil empresas passarão ao governo, de forma unifi-cada, todas as informações relativas aos seus 15 milhões de empregados, aproximadamente. Isso fa-cilitará a administração de dados relativos ao mun-do do trabalho e garantirá a efetividade dos direitos trabalhistas.

O eSocial oferece algumas vantagens consi-deradas importantes para as empresas, entre elas a simplificação dos processos, o subsídio à geração de guias de recolhimento do FGTS (Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço) e demais tributos, além

da diminuição na ocorrência de erros nos cálculos. A operação padronizada diminuirá gastos e tempo na execução das diversas obrigações empresariais.

PRAZOS

A implantação do eSocial será feita por fases. Pelo sistema, as empresas terão de enviar periodica-mente, via digital, as formações relativas aos cadastros do empregador e tabelas; aos trabalhadores e seus vín-culos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos; às folhas de pagamento; e aos dados de segurança e saúde do tra-balhador. A Guia de Informações à Previdência Social (GFIP) também deverá ser substituída. Veja nesta pá-gina cronograma completo.

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Sistema envolverá 13,7 mil empresas e 15 milhões de empregados

LEGISLAÇÃO

Depois do grande sucesso do curso “Patrimônio de Afetação, SPE, SCP e Consórcios na Construção Civil”, aplicado no dia 5 de dezembro, a eminente tributarista especialista no setor imobiliário e cons-

trução civil Martelene Carvalhaes e Souza retornará a Belém para conduzir mais dois cursos de alto nível por meio da Cen-tral de Serviços do Sinduscon-PA: “Contabilidade e Tributa-ção no Setor Imobiliário e da Construção Civil” e “INSS na Construção Civil: do Contrato à CND”, previstos respectiva-mente para os dias 3 e 6 de abril.

O primeiro curso será destinado a diretores, adminis-tradores, contadores, advogados e quaisquer outros profis-sionais que atuam na construção civil. Com ele, será possível propiciar aos participantes o entendimento e a metodologia contábil inerente à atividade imobiliária e do setor, além das opções de tributação do setor e um domínio sobre resoluções e normas específicas da área.

O outro é recomendado diretores, administradores, suprimentos, gerentes, financeiros, engenheiros, advogados, contadores e profissionais ligados à execução de obras.

Nesse curso, serão apresentadas soluções práticas aos participantes quanto aos procedimentos, necessidades e exigências da Receita Federal no tocante aos empreendi-mentos e serviços do segmento, bem como na regularização dessas obras, solidariedade e retenção à Previdência Social e os efeitos da desoneração da folha salarial e DISO (Decla-ração e Informações sobre a Obra) Eletrônica.

Limitadas, as vagas para os cursos já podem ser feitas por meio do e-mail capacitaçã[email protected] e telefo-ne 3241-8383.

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Especialista enfocará em março diversos aspectos da contabilidade, tributação e INSS

QUALIFICAÇÃO

MARTELENE VOLTA COM DOIS CURSOS

Martelene durante curso em Belém: plateia recebe alta qualificação técnica

VEJA ABAIXO A RELAÇÃO TEMÁTICA

Contabilidade e tributação•Os conflitos de normas contábeis com os padrões internacionais e a legislação tributária brasileira com as alterações da lei 12.973 de 2014.

•Demonstrações Financeiras com as alterações introduzidas pela Lei 11.941/09

•Lucro Real x Lucro Presumido – Principais alterações que afetarão as empresas do setor.

•O PA – Patrimônio de Afetação e o RET – Regime Especial de Tributação.

•Possibilidade de tributação dos lucros distribuídos (IN RFB 1397 de 16.09.2013).

•Tributação e contabilização das receitas de incorporação imobiliária (POC)

•Plano de Contas e as exigências da legislação da previdência social.

•Tributação da permuta de terreno no lucro presumido

•Contabilização e tributação dos Contratos de Empreitada

•Legislação do Imposto de Renda aplicável à construção civil.

•Conceito de Receita Bruta – tributação do PIS/COFINS e CPRB – Contribuição Previdenciária sobre receita bruta.

INSS na construção civil•Contratos para execução de obras-cláusulas essenciais para o planejamento tributário.

•CNAE Fiscal e a desoneração – Responsabilidade civil dos empreiteiros.

•Matrícula CEI de obra. Responsável pelo CEI da obra- Novo CNO

•Cálculo das contribuições para a previdência social pela aferição indireta

•Documentação necessária, notas fiscais, folha de pagamento e contabilidade.

•GPS e GFIP da Construção Civil e introdução ao e-Social.

•Solidariedade na construção civil e Retenção para a previdência social de 11% e 3,5%.

•Regularização de obras – Procedimentos para Obtenção de CND de Obras

•A DISO Eletrônica.

•Consórcios – Retenção, compensação e CND de obra.

•Desoneração da folha de pagamento – procedimentos – retenção e cálculos com a majoração da alíquota da CPRB. Desoneração opcional.

ALei nº 13.467/2017, que vem sendo chamada de “reforma trabalhista”, desde sua entrada em vigor no dia 11 de novembro de 2017 alterou diversos temas

da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre eles o banco de horas previsto no artigo 59 do texto consolidado.

Trata-se do banco de horas de instrumento pactual, por meio do qual as partes dão validade à possibilidade de ser dispensado o acréscimo de salário se o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

Antes da reforma, essa modalidade compensatória só poderia ser firmada por meio de negociação coletiva de trabalho entre sindicato profissional e o sindicato patronal, ou mesmo pela empregadora diretamente, sendo necessária a formalização de acordo ou convenção coletiva.

Atualmente, a atual lei vigente alterou essa

realidade, passando a permitir que o banco de horas seja implementado mediante negociação firmada entre o patrão e o próprio empregado por meio de acordo individual escrito.

A compensação de horas, em caso de acordo individual escrito, deverá se dar em até seis meses. Caso as horas extras não sejam compensadas dentro desse período ou caso haja a rescisão do contrato de trabalho antes da integral compensação de horas, deverá o empregador pagá-las com o respectivo adicional de hora extra.

Registre-se que a Lei ainda permite a implementação do banco de horas por um ano, mas, nesse caso, mediante negociação coletiva com o sindicato profissional.

Assim sendo, a reforma trabalhista criou nesse aspecto mais flexibilidade na relação contratual entre patrão e empregado e possibilitou ao empregador a utilização do banco de horas com mais agilidade, o que implicará no melhor aproveitamento do tempo dos seus empregados, sem que, com isso, sejam desrespeitados os direitos do t raba lhador.

Por Elton Barroso Sinimbú FilhoAssessor jurídico do Sinduscon-PA

Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff

ANÁLISE JURÍDICA

TEM DÚVIDAS SOBRE O BANCO DE HORAS?

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9h às 18h

9h às 18h

18h às 22h

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Um dos cursos mais procurados e elo-giados no início de ano da Central de Serviços do Sinduscon-PA foi “Leitura e Interpretação de Projetos da Constru-

ção Civil”, conduzido pelo engenheiro civil Ga-briel Banha, que atua no Estado como consultor e projetista na área de Geotécnica na região norte. Com de temas como “Matemática bási-ca à construção civil” e “Noções de orçamen-tação básica”, a ênfase da aplicação de leitura e interpretação recaiu sobre laudos de sonda-gens, projetos topográficos, arquitetônicos, de contenções e fundações, relativas a projetos estruturais – alvenaria, fôrma e ferragem – e de instalações prediais nos aspectos elétrico, telefônico, SPDA e hidrossanitário e ainda refe-rentes a projetos acerca de incêndio, elevado-res e de fachada.

O curso, realizado no dia 18, das 18 às 22 horas, foi direcionado a engenheiros, estu-dantes de Engenharia e Arquitetura, técnicos de edificações mestres de obras, encarregados e demais profissionais do setor. A estudante An-tônia Danielle dos Santos, 25, ficou bastante satisfeita e deu o seguinte depoimento: “Sou estudante do 5º semestre de Engenharia Civil e estou estagiando na obra do BRT Belém, a primeira de minha carreira. Fiquei sabendo do

curso por meio de um colega de trabalho. Pas-sei então a seguir o Sinduscon-PA pelo Insta-gram, fiquei interessada e acabei fazendo mi-nha inscrição. É o primeiro curso que faço aqui [na Central de Serviços] e estou gostando da didática. Em 2018, pretendo fazer pelo menos dois cursos por semestre para me qualificar melhor. Ficarei acompanhando as novidades de capacitação que o sindicato estará oferecendo ao longo do ano”.

Saulo Renan Silva, 27, cursando o 7º ano de Engenharia Civil, disse que o curso “será útil” em seu currículo, inclusive “para trabalhos futuros”. “Minha intenção é justamente trabalhar nessa área voltada para projetos, que precisa ser melhor explorada, então o curso foi muito bem-vindo”, disse ele. “O instrutor passou inclu-sive um pouco de sua experiência profissional, o que é bastante válido”, considerou. Já traba-lhando no mercado, o engenheiro civil Rodrigo Rodrigues, 27, revelou que ficou sabendo do curso pelo site do Crea-PA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará) e fez sua inscrição. “Eu esperava até outro conteúdo, mas esse curso teve outros enfoques interes-santes e importantes”, afirmou. “Ficarei atento a outras programações da Central de Serviços durante o ano”, prometeu.

CAPACITAÇÃO

Conteúdo ensina as técnicas para leitura e interpretação

CURSO DETALHA PROJETOS

Informações e inscrições: Central de Serviços “Projeto Construir” - Trav. Dr. Moraes, 103 - (91) 3241-8383 www.sindusconpa.org.br - E-mail: [email protected] - Skype: [email protected] - Facebook: sindusconpa2012

CALENDÁRIO FEVEREIRO/MARÇO 2018BELÉM

CURSOS CARGA HORÁRIA INSTRUTOR HORÁRIO

Curso: Produtividade e Eficiência em Orçamento de Obras Utilizando o SisploData: 19 a 22/2/2018Curso: Contabilidade e Tributação no Setor Imobiliário e da Construção Civil Data: 3/4/2018Curso: INSS na Construção Civil: do Contrato à CND”Data: 6/4/2018

16h

8h

8h

Alícia Gama

Martelene Carvalhaes

Martelene Carvalhaes

Fonte: (1) Sinduscon/Pa (2)IBGE, (3) FGV (*) Sinapi/Pa (4) Dnit*** Até o fechamento desta edição o órgão responsável não atualizou os dados.

Índices do mês – Dezembro 2017

Variação de Dezembro em relação a Novembro 0,05%

C.U.B Dezembro de 2017 Projeto Custo R$/m² Projeto Custo R$/m²R - 1 1.238,25 R-16 1.569,83PP - 4 1.163,63 CAL-8 1.423,39R - 8 1.108,82 CSL-8 1.240,31PIS 825,18 CSL-16 1.659,22R-1 1.484,16 CAL-8 1.510,01PP-4 1.390,73 CSL-8 1.336,98R-8 1.239,75 CSL-16 1.786,37R-16 1.201,06 RP1Q 1.277,63R-1 1.818,52 GI 709,02R-8 1.481,25

C.U.B Desonerado Dezembro de 2017 Projeto Custo R$/m² Projeto Custo R$/m²R - 1 1.177,75 R-16 1.490,58PP - 4 1.112,76 CAL-8 1.348,88R - 8 1.061,00 CSL-8 1.173,15PIS 783,96 CSL-16 1.569,80R-1 1.400,17 CAL-8 1.434,79PP-4 1.316,46 CSL-8 1.267,97R-8 1.172,99 CSL-16 1.694,45R-16 1.136,83 RP1Q 1.197,21R-1 1.727,38 GI 671,66R-8 1.410,71

Variação de Dezembro em relação a Novembro 0,05%

Fonte: CAGED – MTE – Banco de dados Sistematização e Elaboração: Diretoria de Economia e Estatística/Assessoria Econômica/Sinduscon-Pa. Dezembro/2015-RAIS/MTECorresponde aos valores dos 143 municípios do Estado do Pará.Dados do CAGED/MTE

Residencial UnifamiliarR1-B-Residencial Padrão Baixo: Residência composta de dois dormitórios.R1-N-Residencial Padrão Normal: Residência composta de três dormitórios.R1-A-Residencial Padrão Alto: Residência composta de quatro dormitórios.RP1Q-Residencial Popular: residência composta de um dormitório.

Residencial MultifamiliarPIS-Projeto de interesse social: Edificio com quatro pavimentos.PP4-B-Prédio Popular: Edificio com três pavimentos tipos.PP4-N-(Padrão Normal): Edificio com quatro pavimentos tipo.

Geografia do Emprego Formal - Dezembro 2017

CAL-8- Comercial Andar Livre: Edificio com 8 pavimentos tipo.

Galpão Industrial (GI) – Galpão com área administrativa, dois banheiros, um vestiário e um depósito.

Residencial PopularRP1Q- Residencia composta de um dormitório, sala, banheiro e cozinha.

Residencial MultifamiliarR8-B- Padrão Baixo: Edificio com sete pavimentos tipo.R8-N Padrão Normal: Edificio com 8 pavimentos tipo.R8-A-Padrão Alto: Edificio com 8 pavimentos tipos.R16-N-Padrão Normal: Edificio com 16 pavimentos tipo.R16-A-Padrão Alto: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Edificação comercialCSL-8-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 8 pavimentos tipo.CSL-16-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Discriminação Dos projetos-paDrões, De acorDo com a aBnt nBr:

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ÍNDI

CES

Índice Mês%

Ano%

12 Meses% Fonte

C.U.B 0,05% 4,15% 4,15% [1]C.U.B Desonerado 0,05% 4,03% 4,03% [1]Sinapi (*) 0,06% 0,55% 0,55% [2]Sinapi Desonerado (*) -0,06% 0,55% 0,55% [2]INCC - DI 0,35% 6,13% 6,13% [3]INCC - M 0,14% 4,02% 4,02% [3]Pavimentação *** *** *** [4]Terraplenagem *** *** *** [4]INPC 0,26% 2,06% 2,06% [2]IPCA 0,44% 2,94% 2,94% [2]IGP -M 0,89% -0,53% -0,53% [3]

Setores Admissões Demissões SaldoBELEM 769 1.440 -671MARABA 47 343 -296SANTAREM 90 106 -16PARAUAPEBAS 178 450 -272REDENCAO 16 87 -71PARAGOMINAS 8 37 -29ANANINDEUA 125 249 -124MARITUBA 4 34 -30CAPANEMA 0 1 -1CASTANHAL 19 17 2ALTAMIRA 11 223 -212BARCARENA 201 551 -350OUTROS 240 1096 -856TOTAL 1.708 4.634 -2.926