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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Diego dos Santos TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO O CLIMA ORGANIZACIONAL NA CODETRAN DE ITAJAÍ: A VISÃO DOS AGENTES DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO Administração de Recursos Humanos ITAJAÍ (SC) 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Diego dos Santos

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

O CLIMA ORGANIZACIONAL NA

CODETRAN DE ITAJAÍ: A VISÃO DOS

AGENTES DA AUTORIDADE DE

TRÂNSITO

Administração de Recursos Humanos

ITAJAÍ (SC)

2010

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DIEGO DOS SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

ESTÁGIO

O CLIMA ORGANIZACIONAL NA

CODETRAN DE ITAJAÍ: A VISÃO DOS

AGENTES DA AUTORIDADE DE

TRÂNSITO

Trabalho de Conclusão de Estágio

desenvolvido para o Estágio

Supervisionado do Curso de

Administração do Centro de Ciências

Sociais Aplicadas – Gestão – da

Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2010

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Agradeço primeiramente a Deus pela

minha vida. Agradeço aos meus pais e

minhas irmãs, por toda a atenção que

me deram durante o curso. Agradeço a

minha noiva, por me acompanhar e

sempre me ajudar no desenvolvimento

deste trabalho. Agradeço ao meu

orientador por me auxiliar na conclusão

deste trabalho. E finalmente agradeço a

todos os amigos, colegas de sala e aos

professores por nos compartilhar as

suas experiências.

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“Não tentes ser bem sucedido,

tenta antes ser um homem de valor.”

(Albert Einstein)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do Estagiário

Diego dos Santos

b) Área de estágio

Administração de Recursos Humanos

c) Supervisor de campo

Peterdione Manerich

d) Orientador de estágio

Alexandre de Sá Oliveira M.Sc.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

a) Razão Social

Prefeitura de Itajaí

b) Endereço

Rua Alberto Werner, nº 100 – Bairro: Vila Operária

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Coordenadoria Técnica de Trânsito

d) Duração do estágio

240 horas

e) Carimbo e visto da empresa

Obs: devidamente carimbado e assinado

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 30 de junho de 2010.

A Prefeitura de Itajaí, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado

durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico DIEGO DOS SANTOS.

Carlos Ely de Castro

Secretário de Segurança Municipal

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o Clima Organizacional na CODETRAN, com

base em variáveis definidas pelos Agentes da Autoridade de Trânsito (AAT). A Coordenadoria

Técnica de Trânsito, organização pública municipal, é localizada na cidade de Itajaí, SC. Para a

realização dessa pesquisa de clima, foram utilizados dois questionários, sendo o primeiro um

questionário estruturado onde os AAT identificaram as dez variáveis que consideravam mais

importantes para manter a sua satisfação. No segundo levantamento foi utilizado um instrumento

com vinte afirmações para analisar as variáveis identificadas. Os resultados da pesquisa revelam

um quadro negativo, segundo a percepção dos servidores, com um índice de insatisfação para as

afirmativas propostas. No geral, pode-se inferir pelos resultados encontrados, que existe uma

grande oportunidade para a melhoria do clima organizacional, o qual influencia o desempenho

profissional de seus colaboradores.

Palavras-chave:Clima organizacional; Pesquisa de Clima Organizacional; Organização pública.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Primeira sede do CODETRAN. 32

Figura 2 - CODETRAN vinculada ao SPDU. 33

Figura 3 - Fachada da Secretaria de Segurança do Cidadão. 33

Figura 4 - Agente da Autoridade de Trânsito. 36

Figura 5 - Fiscalização de Trânsito. 39

Figura 6 - Setor de Atendimento de Acidentes de Trânsito. 40

Figura 7 - Setor de Atendimento de Acidentes de Trânsito. 40

Figura 8 - Monitoramento de Segurança. 41

Figura 9 - Monitoramento de Segurança. 41

Figura 10 - Implantação de Sinalizações Viárias. 41

Figura 11 - Manutenção da Sinalização de Trânsito.

41

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - As funções básicas do administrador. 22

Quadro 2 - A dinamicidade do processo administrativo 22

Quadro 3 - Níveis organizacionais 23

Quadro 4 - Variação das necessidades de cada habilidade 24

Quadro 5 - Missão da CODETRAN 34

Quadro 6 - Visão da CODETRAN 35

Quadro 7 - Valores da CODETRAN 35

Quadro 8 - Organograma da CODETRAN 37

Quadro 9 - Veículos e Equipamentos para Fiscalização 39

Quadro 10 - As dez variáveis escolhidas pelos servidores 43

Quadro 11 - Variável salário 55

Quadro 12 - Variável benefício 57

Quadro 13 - Variável Valorização dos Funcionários 59

Quadro 14 - Variável estabilidade no emprego 62

Quadro 15 - Variável treinamento/desenvolvimento 64

Quadro 16 - Variável possibilidade de progresso profissional 67

Quadro 17 - Variável qualidade e satisfação do cliente 69

Quadro 18 - Variável trabalhos realizados pelos funcionários 72

Quadro 19 - Variável segurança no trabalho 74

Quadro 20 - Variável condições físicas de trabalho 76

Quadro 21 - Índice de Satisfação Geral 79

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Os 10 fatores mais escolhidos 43

Gráfico 2 - Identificação do sexo dos participantes 48

Gráfico 3 - Divisão dos setores 48

Gráfico 4 - Faixa etária 49

Gráfico 5 - Estado civil 49

Gráfico 6 – Filhos 50

Gráfico 7 - Quantidade de filhos 50

Gráfico 8 - Renda do grupo familiar 51

Gráfico 9 - Outras atividade remuneradas 51

Gráfico 10 - Tempo de casa 52

Gráfico 11 - Tipo de moradias 52

Gráfico 12 - Situação das Moradias 53

Gráfico 13 - Grau de escolaridade 53

Gráfico 14 - Situação do ensino superior 54

Gráfico 15 - Meio de transporte 54

Gráfico 16 - Salário justo e adequado 56

Gráfico 17 - Remuneração e realidade de mercado 56

Gráfico 18 - Nível de satisfação do salário 57

Gráfico 19 - Contentamento com benefícios ofertados 58

Gráfico 20 - Utilização dos Benefícios 58

Gráfico 21 - Nível de satisfação dos benefícios 59

Gráfico 22: Analise e execução da idéias 60

Gráfico 23: Reconhecimento das atividades 61

Gráfico 24: Nível de satisfação da valorização dos funcionários 61

Gráfico 25: Estabilidade é o motivo de estar nesta organização 62

Gráfico 26: Pretendo encerrar a vida profissional nesta organização 63

Gráfico 27: Nível de satisfação da estabilidade no emprego 64

Gráfico 28: Recebo os treinamentos necessários 65

Gráfico 29: Oferece cursos de desenvolvimento 65

Gráfico 30: Nível de satisfação dos treinamentos/desenvolvimento 66

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Gráfico 31: Implantação de plano de carreira e salário 67

Gráfico 32: O aproveitamento das potencialidades dos servidores 68

Gráfico 33: Nível de satisfação da possibilidade de progresso profissional 69

Gráfico 34: Compromisso com a qualidade dos serviços prestados 70

Gráfico 35: Realização de pesquisas de satisfação da sociedade 71

Gráfico 36: Nível de satisfação da qualidade e satisfação do cliente 71

Gráfico 37: Adaptação às funções 72

Gráfico 38: Equilíbrio vida pessoal x vida profissional 73

Gráfico 39: Nível de satisfação dos trabalhos realizados pelos funcionários 74

Gráfico 40: Preocupação com a prevenção de acidentes 75

Gráfico 41: Conscientização sobre doenças ocupacionais 75

Gráfico 42: Nível de satisfação da segurança no trabalho 76

Gráfico 43: Instalações físicas 77

Gráfico 44: Equipamentos disponibilizados 78

Gráfico 45: Nível de satisfação das condições físicas de trabalho 79

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15

1.1 Problema de Pesquisa ............................................................................... 16

1.2 Objetivo Geral e Objetivos Específicos ................................................... 17

1.3 Aspectos Metodológicos ........................................................................... 17

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ...................................................... 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ....................................................... 18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados .................................... 19

1.3.4 Tratamento e análise dos dados ............................................................... 20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 21

2.1 Administração .......................................................................................... 21

2.2 Administração Pública ............................................................................. 25

2.3 Administração de Recursos Humanos..................................................... 26

2.3.1 Administração de recursos humanos no setor público brasileiro ....... 27

2.3.2 Políticas de recursos humanos ................................................................. 28

2.4 Clima Organizacional .............................................................................. 29

2.4.1 Pesquisa de clima organizacional ............................................................ 31

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO............................. 32

3.1 Caracterização da Organização ............................................................... 32

3.1.1 Histórico da organização ......................................................................... 32

3.1.2 Missão, visão e valores da CODETRAN ................................................. 34

3.1.3 Agentes da autoridade de trânsito ............................................................ 35

3.1.4 Estrutura organizacional da CODETRAN ............................................... 36

3.1.5 Atividades desenvolvidas pela CODETRAN ........................................... 38

3.2 Resultados da Pesquisa ............................................................................ 42

3.2.1 Reconhecimento dos fatores motivacionais ............................................. 42

3.2.2 Identificação dos níveis de satisfação dos servidores ............................... 47

3.3 Sugestões ................................................................................................... 80

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 85

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REFERÊNCIAS ............................................................................................. 87

APÊNDICES .................................................................................................. 89

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1 INTRODUÇÃO

As organizações públicas deparam-se atualmente com mudanças nos seus ambientes,

geradas pelo avanço tecnológico, pela alteração constante na economia e pela cobrança cada

vez mais acentuada das comunidades nas quais estão inseridas. Diante das constantes

modificações nas características do desenvolvimento dos trabalhos realizados pelos setores

públicos e da busca por um país justo para todos, são necessários estudos e trabalhos que

acompanhem essa evolução e façam da administração pública uma administração dotada de

maior agilidade, qualidade e com funcionários mais qualificados e motivados.

Contribuindo com esse objetivo uma gestão de recursos humanos adequada pode

atuar e contribuir, buscando melhorias contínuas na qualidade dos serviços prestados pelos

servidores públicos, tendo como fundamental princípio a realização de ações que motivem

esses servidores. Em diversas circunstâncias, os servidores públicos não se apresentam

motivados devido a remuneração abaixo do mercado, ausência de planos de carreira e salário,

ambiente de trabalho insalubre e, acima de tudo, à imagem distorcida que algumas pessoas da

sociedade criaram quando consideram os servidores públicos como profissionais ineficientes.

Devido à importância da Administração de Recursos Humanos nesse processo de

mudança pelo qual as organizações públicas estão passando, identificou-se a possibilidade de

contribuir com os processos de gestão da Coordenadoria Técnica de Trânsito do Município de

Itajaí, ao propor a realização de um estudo sobre o Clima Organizacional.

Este estudo de Clima Organizacional foi realizado a partir da visão dos Agentes da

Autoridade de Trânsito (Guardas de Trânsito) com relação às variáveis que influenciam a

satisfação e motivação no ambiente de trabalho. Essas variáveis foram apresentadas por Luz

(2003) e serão apresentadas no decorrer do trabalho, porém esse autor apresenta trinta e duas

variáveis e foram analisadas somente as dez que os Agentes da Autoridade de Trânsito

identificaram como as mais importantes para sua satisfação.

Para tanto este estudo foi realizado em três momentos, ou seja, no primeiro foi

aplicado um questionário para identificar as dez variáveis mais importantes para os Agentes

da Autoridade de Trânsito. No Segundo, foi identificado o nível de satisfação e a percepção

dos agentes em relação às variáveis levantadas no primeiro questionário e, por fim, foram

propostas sugestões para que a organização possa estar melhorando alguns aspectos que

influenciem positivamente no ambiente de trabalho.

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1.1 Problema de Pesquisa

A preocupação com os colaboradores em uma organização é cada vez mais relevante

na busca incessante pela obtenção de sucesso em relação aos objetivos organizacionais.

Acredita-se que colaboradores satisfeitos e motivados com as suas atividades, além de

atingirem seus objetivos pessoais também estarão contribuindo para o alcance dos objetivos

da organização. Para Luz (2003, p. 02) “as empresas precisam conhecer o que pensam e como

se sentem seus empregados, em relação às diferentes variáveis que afetam o clima

organizacional”

Segundo Richardson (1999) problema de pesquisa é a parte inicial do projeto onde se

explicitam os motivos de ordem teórica e prática que justificam a pesquisa. Desta forma a

questão problema que se levanta é a seguinte: “Quais as variáveis presentes no ambiente

organizacional afetam a satisfação no trabalho e o desempenho dos Agentes da Autoridade de

Trânsito da CODETRAN?”

O presente estudo justifica-se por sua importância, pois fornece à organização o

conhecimento sobre o seu clima organizacional, proporcionando a oportunidade de obter

maior eficiência e eficácia por parte de seus servidores.

Para o acadêmico este trabalho é de grande valia, pois promove a utilização de

conhecimentos teóricos adquiridos ao longo desta graduação e sua articulação com a prática

cotidiana das organizações. É também importante para a Universidade do Vale do Itajaí, pois

através dele foi possível criar um elo com esta organização, além de obter novos

conhecimentos sobre a administração de recursos humanos na administração pública.

Para a realização deste estudo foi verificado, na CODETRAN, que nenhum outro

estudo fora realizado anteriormente com esta finalidade, sendo assim, este trabalho tem sua

originalidade.

Por fim, este trabalho tornou-se viável por ser um estudo que utiliza dados de

questionários realizados com os funcionários e gestores, não apresentou custos elevados,

houve tempo hábil para sua realização, além de ter a disponibilidade e aceitação por parte da

organização e dos participantes desta pesquisa.

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1.2 Objetivo Geral e Objetivos Específicos

Objetivo geral segundo Roesch (2005, p. 96) é “a definição do propósito do trabalho”

e serve para definir o que se pretende alcançar com a realização deste. Sendo assim este

trabalho tem como objetivo geral: “Avaliar o Clima Organizacional no CODETRAN, com

base em variáveis definidas pelos agentes da autoridade de trânsito”.

De acordo com Richardson (1999, p. 63) objetivos específicos definem as “etapas

que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral”.

Assim, para atingir-se o objetivo geral deste trabalho foram definidos os seguintes

objetivos específicos:

Conhecer os fatores que motivam o desempenho no trabalho, na visão dos

servidores do CODETRAN;

Identificar o nível de satisfação dos servidores quanto aos fatores que

motivam seu desempenho no trabalho;

Propor sugestões que proporcione um ambiente de trabalho mais

motivador/satisfatório.

1.3 Aspectos Metodológicos

Esta seção aborda a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho,

apresenta a tipologia da pesquisa, a área de abrangência e a forma como os dados foram

coletados, tratados e analisados no decorrer do estudo. Para Roesch (2005) metodologia é uma

forma de explorar e analisar oportunidades ou problemas, de forma mais completa através de

métodos ou técnicas.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

A tipologia empregada neste trabalho foi a pesquisa-diagnóstico na qual, segundo

Roesch (2005, p. 137), “o objetivo é obter informações sobre uma população”, ou seja,

conhecer e avaliar as variáveis relacionadas ao clima organizacional, na visão dos agentes da

autoridade de trânsito lotados no CODETRAN.

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Esta pesquisa caracterizou-se como estudo de caso, em função de enfocar o clima

organizacional da Coordenadoria Técnica de Trânsito. Segundo Richardson (1999) o estudo

de caso tem como objetivo analisar o passado, presente e a sociedade: indivíduo, grupo,

instituição ou comunidade.

De acordo com os estudos de Yin (2005) o estudo de caso é uma maneira de

examinar acontecimentos atuais, ou recentes, quando não se tem condições de manipular

comportamentos, permitindo somente a análise do ocorrido levantando hipóteses acerca de

decisões alternativas sem, contudo, alterar as conseqüências. Por fim, conclui-se que o estudo

de caso é utilizado em pesquisas com ampla abordagem de aspectos sobre o assunto estudado

e que sustenta e ilustra a teoria.

Foram adotadas as abordagens quantitativas, a qual segundo Richardson (1999)

diferencia-se pela utilização da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações,

quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatística e qualitativa a qual tem sido

assegurada como promissora possibilidade de investigação em pesquisas, caracterizando-se

pelo enfoque interpretativo.

O nível do trabalho foi exploratório-descritivo, utilizados quando o pesquisador

deseja obter melhor entendimento do comportamento de diversos fatores e elementos que

influem sobre determinado fenômeno (RICHARDSON, 1999)

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Nesta pesquisa foi realizado um diagnóstico do clima organizacional na

Coordenadoria Técnica de Trânsito de Itajaí, a qual conta com 67 agentes da autoridade de

trânsito, atuando especificamente em setores desta coordenadoria. Para este estudo foi

utilizada a técnica de amostragem que para Roesch (2005), permite construir um subconjunto

da população de interesse da pesquisa. A mesma autora define população como um grupo de

pessoas ou empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo.

O critério utilizado para a classificação da amostra foi a não probabilística

intencional, a qual, segundo Richardson (1999), permite ao pesquisador estabelecer critérios

para definir a população a ser pesquisada.

Sendo assim, foi estabelecido como critério para este estudo que apenas os servidores

nomeados como Agentes da Autoridade de Trânsito participariam desta pesquisa. Este autor

levou em consideração que estes agentes representam a maioria dos servidores da

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Coordenadoria Técnica de Trânsito, portanto esta população foi suficiente para análise do

clima organizacional e para a definição de um plano de ações, conforme proposto nos

objetivos deste trabalho.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Foram utilizados dados primários, devido ao fácil acesso as informações da

organização, os quais são definidos por Roesch (2005, p. 140) como “dados colhidos

diretamente pelo pesquisador [...]”.

Visando atender ao primeiro objetivo específico foram aplicados questionários com o

propósito de identificar as variáveis que influenciam o clima organizacional, na visão dos

colaboradores. Nestes questionários os participantes deveriam marcar as dez variáveis que,

em sua opinião, mais influenciam sua satisfação e motivação no trabalho (Apêndice 1). As

variáveis apresentadas a eles foram retiradas da obra de Luz (2003), sendo 32 fatores que

segundo esse autor influenciam na satisfação e motivação dos colaboradores, juntamente com

essas 32 variáveis foram colocadas as explicações de cada uma, para que os colaboradores

tomassem conhecimento das mesmas e tivessem maior segurança no momento das escolhas.

No segundo momento, atendendo ao segundo objetivo específico, foi aplicado outro

questionário para avaliar o grau de satisfação destes colaboradores quanto aos fatores

identificados no primeiro levantamento (Apêndice 2).

Os questionários foram aplicados nos seguintes setores: Fiscalização de Trânsito,

Grupo de Apoio Preventivo, Setor de Atendimento a Acidentes de Trânsito e Monitoramento

de Segurança.

Tais setores foram selecionados em função dos mesmos possuírem agentes da

autoridade de trânsito desempenhando algum tipo de atividade, ainda que não esteja

localizado nas dependências da CODETRAN, como no caso do Monitoramento de Segurança

localizado no 1º Batalhão de Polícia Militar.

Para a distribuição e recolhimento dos questionários foi necessária a colaboração dos

“agentes fiscais” de cada grupo.

No primeiro levantamento utilizou-se um questionário estruturado, que segundo

Roesch (2005), serve para o entrevistado atribuir ordem de importância as alternativas

propostas. Segundo a mesma autora, o questionário “é um instrumento de coleta de dados que

busca mensurar alguma coisa”. No segundo levantamento foi utilizado um instrumento,

composto por 20 afirmações, utilizando-se uma escala com as expressões: não concordo

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totalmente, não concordo parcialmente, concordo parcialmente e concordo totalmente, que

avalia a percepção dos entrevistados sobre as afirmações apresentadas. Este modelo de escala

está relacionada com as Escalas de Likert, que segundo Baker (1995) requer que os

entrevistados indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à

atitude que está sendo medida.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Após a aplicação da pesquisa foi realizada a tabulação dos dados utilizando-se

ferramentas do programa Excel da Microsoft, versão 2007 e, em seguida, foram avaliados e

apresentados por meio de estatística descritiva e emissão de relatórios. A estatística descritiva

para Milone (2006, p. 3) consiste na “coleta, critica, organização, resumo e apresentação de

dados ou informes característicos e relativos aos eventos ou aos atributos dos fenômenos

estudados”. Para análise dos resultados foi adotado como parâmetro que os escores “Não

concordo totalmente” e “Não concordo parcialmente”, os quais significam insatisfação quanto

a afirmação. Enquanto os escores “Concordo parcialmente” e “Concordo totalmente”

demonstrariam a satisfação quanto a afirmação em questão. A parametrização, segundo Luz

(2003), consiste em definir critérios para facilitar a tabulação das diferentes opções de

respostas.

Atendendo ao terceiro objetivo específico, a definição do plano de ação foi realizada

junto ao supervisor do estágio, por meio de relatórios interpretativos e dados estatísticos,

tendo como base os textos adotados na revisão teórica do presente trabalho de pesquisa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Administração

A palavra administração vem do latim e relaciona-se com o processo de tomar

decisões sobre recursos e objetivos, assim como o manejo (que corresponde ao inglês

manegement) e gestão (que corresponde ao espanhol gestión e ao francês gestion), tendo

todas o mesmo significado: um processo dinâmico de tomar decisões sobre a utilização de

recursos para possibilitar a realização de objetivos (MAXIMIANO, 2004). A prática da

administração torna-se necessária quando as pessoas desejam alcançar resultados

individualmente ou coletivamente.

Com base nos estudos de Freemanne e Stoner (1999) a administração compreende as

atividades de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos

colaboradores das organizações buscando, em conjunto com os demais recursos

organizacionais, alcançar os objetivos estabelecidos.

Para Bateman (1998, p. 27) “administração é o processo de trabalhar com pessoas

para realizar objetivos organizacionais”.

A administração é uma ciência que lida com situações complexas. Recebeu e recebe

influências de outras ciências, como: Filosofia, Sociologia, Psicologia e Economia

(ANDRADE; AMBONI, 2007).

A administração está presente em vários níveis de uma organização, sendo possível o

administrador atuar em quaisquer deles, como por exemplo: administração da produção,

administração mercadológica, administração de recursos humanos, administração financeira,

administração estratégica, administração de materiais e logística e administração geral.

Para Lacombe e Heilborn (2006, p. 3) “a essência do papel do administrador é a

obtenção de resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele supervisiona e

coordena”. Sendo assim, percebemos que, para o administrador atuar e alcançar seus

resultados e do grupo ele depende de terceiros e para isso ele deve ter habilidades e

capacidades, como: comunicação e expressão, raciocínio lógico, critico e analítico, visão

sistêmica e estratégica, criatividade, iniciativa, negociação, tomada de decisão, liderança e

trabalho em equipe (LACOMBE; HEILBORN, 2006).

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O campo de atuação administração é muito vasto, da mesma forma que todas as áreas

do conhecimento humano, requer conhecimentos diversificados e constante atualização. A

aprendizagem para Lacombe e Heilborn (2006, p. 8) “é um processo continuo e permanente

para todos os que desejam posições de alto nível, especialmente numa era de grandes

mudanças.”

As organizações precisam contar com as funções que englobam o processo

administrativo, conhecidas como funções do administrador, para assim alcançar o

desempenho esperado. Estas funções, segundo Andrade e Amboni (2007), são:

Planejar Diz respeito às implicações das decisões tomadas hoje para um futuro

próximo.

Organizar Compreende a distribuição do poder, das tarefas, das responsabilidades e da

prestação de contas. A organização também expressa a distribuição

otimizada dos recursos em uma empresa.

Dirigir Envolve os estilos de liderança e de direção utilizados pelos gestores para

motivar as pessoas a atingir os objetivos propostos e proporcionar o sentido

de missão.

Controlar Demonstra a compatibilidade entre objetivos esperados e resultados

alcançados. O produto principal da função controle é a informação.

Quadro 1: As funções básicas do administrador.

Fonte: Andrade e Amboni (2007, p. 5)

É importante ressaltar a dinamicidade das funções envolvidas nos processos

administrativos, como pode-se observar no quadro 2 a seguir.

Quadro 2: A dinamicidade do processo administrativo.

Fonte: Andrade e Amboni (2007, p. 5).

Planejamento Organização

Direção Controle

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O administrador é uma pessoa fundamental para qualquer tipo de organização, seja

governamental, industrial, comercial e de prestação de serviços (ANDRADE; AMBONI,

2007).

Em cada nível organizacional (estratégico, tático e operacional) o papel do

administrador é diferente por lidar com decisões mais e menos complexas.

No nível estratégico o administrador assume o papel de presidente, onde tem de

pensar muito mais ao invés de executar. Neste nível o administrador deve ter uma visão

estratégica, ou seja, do todo interconectado.

O nível tático é representado pela figura do gerente, responsável pela articulação do

que é feito em cada subsistema da empresa, proporcionando às pessoas que se encontram na

base condições de desenvolver suas atividades com qualidade.

E por fim, o nível operacional, que é formado pelo “chão de fábrica”, onde o

administrador assume a função de supervisor. Neste nível o supervisor deve ter visão

operacional (conhecimento técnico) para dirigir e orientar os funcionários que realizam as

tarefas.

Estes níveis operacionais são normalmente apresentados graficamente através da

figura de um triângulo, onde o pico (parte mais elevada) representa o nível estratégico, o meio

do triangulo é ocupado pelo nível tático e a base representa o nível operacional, conforme

apresentado no quadro 3.

Quadro 3: Níveis organizacionais

Fonte: Andrade e Amboni (2007, p. 6)

Nível

Estratégico

Nível Tático

Nível Operacional

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De acordo com os estudos de Lacombe e Heilborn (2006) e Andrade e Amboni

(2007) são necessários três habilidades básicas ao profissional administrador para uma

atuação eficaz no ambiente organizacional, sendo estas:

Habilidade técnica: segundo estudos de Lacombe e Heilborn (2006) esta habilidade

esta ligada com a compreensão e o domínio de determinado tipo de atividade,

envolvendo conhecimento especializado, habilidade analítica dentro da especialidade e

facilidade no uso das técnicas e do instrumental especifico.

Habilidade humana: de acordo com Andrade e Amboni (2007) é a capacidade de as

pessoas trabalharem com eficácia como membros de uma equipe, objetivando unir

esforços para alcançar os objetivos comuns.

Habilidade conceitual: para Lacombe e Heilborn (2006, p. 10) “implica a capacidade

de se posicionar no ponto de vista da organização, perceber como as várias funções

são interdependentes e como uma alteração em uma delas afeta todas as demais.”

À medida que as pessoas sobem na hierarquia da organização, a proporção da

necessidade de cada uma dessas habilidades muda. Normalmente no inicio de carreira é vital a

habilidade técnica e no decorrer da evolução pessoal dentro da organização as pessoas vão

desenvolvendo as demais habilidades.

A seguir no Quadro 4 apresenta um gráfico ilustrando o que ocorre, em média, em

termos de proporção das necessidades de cada uma dessas habilidades em função do nível

hierárquico.

Quadro 4: Variação das necessidades de cada habilidade

Fonte: Lacombe e Heilborn (2006, p. 11)

Necessidade

Nível hierárquico

Habilidades

técnicas

Habilidades

Gerenciais

Habilidade

Conceitual

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Pode-se admitir que para o administrador exercer sua função com excelência este

deve ser um profissional em constante atualização, com vontade de aprender e desenvolver

novas habilidades de acordo com suas expectativas de ascensão profissional.

2.2 Administração Pública

A Administração Pública é formada pela união dos três poderes: Legislativo,

Executivo e o Judiciário, cada qual com suas funções estabelecidas por lei.

A União, os Estados e os Municípios exercem os poderes que lhe são atribuídos pela

Constituição da República, e utilizam-se de instrumentos próprios que devem ser estruturados

de modo a satisfazer as necessidades do serviço público (MEIRELES, 2000). Este mesmo

autor ainda afirma em seus estudos que o serviço público é toda a atividade que, de modo

regular e contínuo, busque atender as necessidades coletivas e seja realizado de forma direta

ou indireta pelo estado.

O setor público é uma área muito burocrática e por sua aplicação, na maioria das

vezes, de forma incorreta e exagerada, acaba tornado-se uma administração morosa. De

acordo com o Dicionário Michaelis (disponível em: http://michaelis.uol.com.br/, acessado em

24 de fevereiro de 2010), burocracia é a “influência e a predominância dos funcionários

públicos, especialmente dos das secretarias de Estado, no governo do país, administração com

excesso de formalidades”. Esta definição apresentada pelo dicionário não diz respeito à

burocracia, mas suas disfunções, e elas também são identificadas em organizações privadas.

Burocracia segundo Max Weber deve possuir as seguintes características:

organização continua de cargos, limitados por normas escritas;

divisão do trabalho bem definida e sistemática, com áreas especificas de

competência;

cargos organizados segundo o principio hierárquico;

regras e normas técnicas claramente definidas por escrito; e

separação entre a propriedade e a administração.

A impessoalidade das normas, todavia, em geral termina por transformar um padrão

descritivo de critérios e relações em padrão prescritivo, sem espaço para a informalidade e o desenvolvimento de noções mais flexíveis de gerenciamento,

desconsiderando o elemento humano (SARAIVA, 2002, p. 189).

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Merton (1966, apud SARAIVA, 2002, p. 189), em seu estudo denominou este

fenômeno, disfunções da burocracia, como incapacidade treinada, uma situação em que a

preparação dos funcionários pode tornar-se inadequada em contexto dinâmico.

Diante desta situação os funcionários ficam a mercê da norma, tendendo a um

processo de acomodação de interesses. Surgindo conseqüentemente os sentimentos de

desestímulo, de estabilidade e de resistência a mudança, que, aliados a isonomia salarial e à

falta de preocupação com os resultados, são algumas das características que permeiam a

maior parte das organizações públicas (CARBONE, 1995).

Segundo estudos de Kliksberg (1994) a administração burocrática no serviço público,

embora tenha sido criada para esse fim, não garante rapidez, boa qualidade, custo baixo para

os serviços prestados ao público, sendo na verdade lenta, cara, auto-referida, e pouco ou nada

orientada para o atendimento das demandas dos cidadãos.

Para Silva (1994) o Estado é gradativamente levado a enfatizar o atendimento das

necessidades dos cidadãos, por meio de incentivos a programas de flexibilização da gestão

pública, tornando sua máquina administrativa mais barata, ágil e receptiva a inovação

gerencial e a autonomia administrativa.

Sendo assim percebe-se o quanto é importante valorizar a Administração de

Recursos Humanos na Administração Pública, pois torna-se necessário valorizar estes

servidores para que, a partir destes, haja mudanças culturais positivas e melhorias no

atendimento às necessidades sociais.

2.3 Administração de Recursos Humanos

De acordo com os estudos de Dessler (2003) a Administração de Recursos Humanos

refere-se às práticas e políticas necessárias para conduzir os aspectos relacionados às pessoas

no trabalho de gerenciamento, especificamente à contratação, treinamento, avaliação,

remuneração e ao oferecimento de um ambiente adequado e seguro aos funcionários da

empresa.

Para Lacombe (2005) as responsabilidades do administrador de recursos humanos

são: selecionar, formar, integrar e aperfeiçoar um grupo de pessoas para que alcancem os

objetivos definidos, deixando claro para cada pessoa o papel que ela deve desempenhar e

como deve fazer esta atividade, cooperando com os demais membros da equipe. O autor

destaca também que este trabalho deve ser desempenhado pelo gestor de recursos humanos,

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podendo levar vários anos e não trazer retorno, ou seja, é preciso levar em consideração que

quando se trabalha com pessoas estas sempre buscam uma atividade que lhes tragam mais

felicidade e melhor qualidade de vida e se este objetivo não for alcançado iram procurar

melhores oportunidades em outras organizações.

Segundo Milkovish e Boudreau (2000) mesmo que as instalações físicas, os

equipamentos e os recursos financeiros sejam muito importantes para a administração, as

pessoas são mais. Os Recursos humanos são responsáveis pelos processos criativos das

organizações, são as pessoas que planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a

qualidade, vendem os produtos/serviços e estabelecem objetivos para a organização.

A área de recursos humanos tem como finalidade manter as relações entre

organização e as pessoas que a compõem. Portanto, os estudos sobre a administração de

recursos humanos buscam obter maior vantagem competitiva e atingir um maior número de

resultados para a organização e, ao mesmo tempo, satisfazer as necessidades dos

colaboradores (LACOMBE, 2005).

A administração de recursos humanos é apresentada por Gil (1997, p. 13) como:

“ramo especializado da ciência da administração que envolve todas as ações que tem como

objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento da

produtividade”.

As tendências no setor da administração de recursos humanos mostram que cada vez

mais que este terá seu reconhecimento, por se tratar do setor que exerce influência sobre o

maior capital das organizações: que são as pessoas. Lacombe (2005) descreve várias

tendências deste setor para o século XXI, sempre no nível estratégico, onde prestará

consultoria interna e apoio aos gerentes de linha, através de comunicações mais intensas e

mais eficientes.

2.3.1 Administração de recursos humanos no setor público brasileiro

A Administração de Recursos Humanos no setor público tem hoje o objetivo de

prever mais rapidamente as mudanças nas demandas dos cidadãos e fazer com que os

servidores públicos atendam essas necessidades com maior qualidade. Para isso é necessário

que se treine e desenvolva esses servidores, com o intuito de torná-los profissionais mais

flexíveis e que estejam preparados para suprir a real necessidade da sociedade.

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Gestão de pessoas no setor público é definida por Bergue (2007, p. 18) como

“esforço orientado para o suprimento, manutenção e o desenvolvimento de pessoas nas

organizações públicas, em conformidade com os ditames constitucionais e legais, observadas

as necessidade e condições do ambiente em que se inserem”. Porém, o papel ainda

desempenhado pelos departamentos de recursos humanos nas instituições governamentais são

os de rotinas administrativas (folha de pagamento, pagamento de benefícios, aposentadoria,

entre outras), sendo, em sua grande maioria, limitada a essas funções.

Marconi (2004, p. 1) menciona em seu estudo que “A inexistência da definição de

diretrizes gerais para as políticas de recursos humanos aliada à falta de informatização faz

com que a área de RH no setor público continue a possuir uma imagem burocrática, associada

à ineficiência”.

Neste sentido, percebe-se que a administração de RH no setor público começa a

mudar, a passos lentos, a sua realidade é enxergar com outros olhos a sua função, passando de

uma função reativa, onde fica esperando os problemas aparecerem para agir; para uma função

estratégica, onde se analisa constantemente o ambiente para prever possíveis problemas e agir

antecipadamente.

A falta de diretrizes e a falta de informatização, como mencionado por Marconi

(2004, p. 1) são grandes obstáculos a serem superados pelos administradores para tornar a

gestão de recursos humanos uma ferramenta mais estratégica para a organização.

Marconi (2004, p. 3) ainda afirma que: “a gestão estratégica do RH pode ser

compreendida como a definição de políticas e diretrizes em relação aos recursos humanos

para aumentar a habilidade dos servidores – e, por conseqüência, do próprio órgão público –

para realizar seu trabalho de modo a alcançar seus objetivos”.

Percebe-se que não resolverá treinar e desenvolver os servidores sem antes implantar

uma gestão estratégica da própria organização, realizando um planejamento estratégico para

os próximos anos.

2.3.2 Políticas de recursos humanos

As políticas de recursos humanos consistem em estabelecer regras e funções para

garantir que sejam desempenhadas de acordo com os objetivos da organização. Pode-se

argumentar que as políticas de recursos humanos têm como propósito planejar, organizar,

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coordenar e controlar os processos que envolvem as pessoas tendo como objetivo final o

cumprimento da missão.

Para Chiavenato (1994, p. 186) “as políticas de recursos humanos referem-se às

maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus membros e, por intermédio deles,

atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos

individuais.

As políticas de recursos humanos são destacadas pelas seguintes funções:

recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho,

remuneração e avaliação e descrição de cargos.

2.4 Clima Organizacional

Os primeiros estudos de clima organizacional surgiram nos Estados Unidos na

década de 60, com Forehand & Gilmer (1964), Pelz & Andrews (1966) e Litwin & Stringer

(1966). No Brasil o estudo sobre o tema teve inicio em 1974 com o autor Saldanha, no

trabalho intitulado, “Atmosfera Organizacional”.

“O clima organizacional esta intimamente ligado ao moral e a satisfação das

necessidades humanas dos participantes.” (ANDRADE; AMBONI, 2007, p. 161). Em outros

termos o clima organizacional esta ligado diretamente as condições econômicas, estilo de

liderança adotado pela organização, das políticas e dos valores existentes, da estrutura

organizacional, das características dos colaboradores, da natureza do negócio e dos estágios

de vida da organização.

De acordo com os estudos de Luz (2003) o clima organizacional reflete a satisfação

dos funcionários em relação à organização, sendo esta satisfação momentânea ou não. Se

houver uma insatisfação por muito tempo haverá um prejuízo no exercício das suas atividades

e até mesmo na vida pessoal do colaborador.

Em estudos publicados por Maximiano (1995, p. 38) ele afirma que “o clima é

representado pelos conceitos e sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização

e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação para o trabalho”. Os

sentimentos são apresentados pelo próprio autor como manifestações de inúmeros aspectos na

organização, como por exemplo: o trabalho em si, os salários, liderança, entre outros.

Poucas são as empresas que têm interesse em ouvir seus clientes internos, em

conhecer suas expectativas profissionais e pessoais, suas reclamações com relação ao salário,

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ao trabalho que realizam, a supervisão que recebem, a integração entre os diferentes setores

da empresa, à comunicação existente na empresa, à sua estabilidade no emprego, às suas

possibilidades de progresso profissional, à disciplina, aos benefícios, as suas condições de

segurança e higiene, ao processo decisório, etc.

O clima é prejudicado ou ruim quando algumas variáveis organizacionais afetam de

forma negativa e duradoura o ânimo da maioria dos funcionários, gerando evidencias de

tensões, discórdias, desuniões, rivalidades, animosidades, conflitos, desinteresse pelo

cumprimento das tarefas, resistência manifesta ou passiva às ordens, ruído nas comunicações,

competições exacerbadas, etc.

Para Luz (2003, p. 30) “a pesquisa de clima organizacional deve ser considerada

como uma estratégia para identificar oportunidades de melhorias contínuas no ambiente de

trabalho”. Geralmente, nessas pesquisas, as empresas buscam saber a opinião dos

funcionários quanto às seguintes variáveis: trabalho realizado pelos funcionários, salário,

benefícios, integração entre departamentos da empresa, supervisão/liderança/estilo

gerencial/gestão, comunicação, treinamento e desenvolvimento, carreira e realização

profissional, relacionamento interpessoal, estabilidade, processo decisório, condições físicas

de trabalho, relacionamento da empresa com os sindicatos e funcionários, participação,

pagamento dos salários, segurança do trabalho, etc. (LUZ, 2003).

Lacombe (2005, p. 236) apresenta em seu estudo que “um bom administrador

prioriza a criação de um ambiente na organização tal que as pessoas trabalhem de forma

eficaz num esforço comum, desenvolvam suas competências, realizem suas aspirações

profissionais e atinjam reconhecimento apropriado e recompensas”.

Dessa forma deve-se destacar que o gestor de recursos humanos deve visar a

formação de equipes, onde todos os membros tem um objetivo comum, porém colocam os

objetivos do grupo acima dos interesses próprios, desprendendo-se das formalidades e das

presas da burocracia, na versão do mesmo autor.

Sendo assim o estudo do clima serve para identificar e situar as deficiências das

organizações e mostrar em que direção devem ser concentrados os esforços na busca de

soluções que venham a favorecer a integração e compatibilização entre as metas individuais e

institucionais.

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2.4.1 Pesquisa de clima organizacional

No atual momento econômico e financeiro vivenciado mundialmente faz-se

necessário que as organizações, tanto públicas quanto privadas, conheçam o clima

organizacional de sua instituição. Isso proporciona o diagnostico dos pontos fracos em relação

a satisfação dos colaboradores, que podem influenciar diretamente a produtividade, a

qualidade dos produtos/serviços e principalmente o atendimento aos clientes.

De acordo com os estudos de Luz (2003) o clima organizacional pode ser

diagnosticado através de uma pesquisa de clima organizacional. É um trabalho cuidadoso,

com o intuito de detectar problemas existentes entre a empresa e os funcionários e orientar

ações para a realidade interna, buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida no

trabalho e a satisfação dos colaboradores.

Assim, podemos considerar a pesquisa de clima organizacional como uma estratégia

para identificar oportunidades de melhorias contínuas no ambiente de trabalho e traduz-se em

um apoio ao processo de tomada de decisões.

A obra de Luz (2003) mostra que durante a fase de pesquisa de clima organizacional,

alguns pontos são analisados, como: adaptação da pessoa ao seu trabalho, seu horário e

quantidade de trabalho, estilo de relacionamento que entre os departamentos da empresa,

conhecimento dos objetivos e planos da organização, oportunidades de crescimento,

centralização e descentralização das decisões e participação dos funcionários.

O principal objetivo da realização da pesquisa de clima organizacional para qualquer

organização é contribuir qualitativamente, cada vez mais, suas relações com os colaboradores.

De forma geral, esta permite oferecer condições de trabalho adequadas, proporcionar

oportunidades de desenvolvimento e estabelecer um ótimo ambiente de trabalho, resultando

no que poderá proporcionar o alcance e a superação dos objetivos definidos pela organização.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Os dados apresentados a seguir fazem parte dos resultados obtidos através deste

trabalho, contendo também as características da empresa e os resultados e conclusões que

visaram o alcance dos objetivos estabelecidos no item 1.2 deste estudo.

3.1 Caracterização da Organização

Para alcançar os objetivos estabelecidos neste trabalho foram necessários

levantamentos de informações a respeito da organização, seu ambiente interno e externo, e

dos seus servidores.

3.1.1 Histórico da organização

Almejando atingir o previsto em lei, o Município de Itajaí, por meio de seus

representantes políticos, formou a Guarda de Trânsito do Município de Itajaí, através da lei

municipal nº 3.242/97. Trata-se de uma organização pública que tem como competência

executar o que está disposto na lei 9.503/97, o Código Nacional de Trânsito.

De acordo com os estudos de Paulus (2008, p. 10) “trânsito é a utilização das vias

por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de

circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”.

Figura 1: Primeira sede do CODETRAN.

Fonte: CODETRAN

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No inicio das suas atividades a Guarda de Trânsito do Município era diretamente

vinculada à Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (SPDU),

através do Departamento de Trânsito e Transportes. Para compor o quadro inicial de

servidores foram nomeados por concurso público 25 guardas de trânsito e 25 monitores de

estacionamento rotativo.

A figura 1 apresenta a antiga sede do CODETRAN, localizada na Rua Heitor Liberato, nº

1189, Bairro Centro. Nesta figura observa-se também a cerimônia de inauguração desta sede e

a apresentação dos guardas de trânsito e dos monitores de estacionamento rotativo para a

comunidade itajaiense.

Após algum tempo houve a mudança de sede da CODETRAN e a criação da

Secretaria de Segurança do Cidadão (Lei Complementar nº 68, de 01 de dezembro de 2005),

sendo inserida nesta a Coordenadoria Técnica de Trânsito. A nova sede da CODETRAN

(Figura 3) está localizada na Rua Blumenau, nº 100, Bairro Barra do Rio e oferece uma

estrutura maior que a anterior, proporcionando a ampliação das atividades realizadas por esta

secretaria e também o aumento da frota de veículos para melhor atender a demanda da

sociedade.

Figura 2: CODETRAN vinculada ao SPDU.

Fonte: CODETRAN

Figura 3: Fachada da Secretaria de Segurança do Cidadão.

Fonte: CODETRAN

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A ênfase nos trabalhos técnicos realizados a partir desta nova coordenadoria fez com

que houvesse a alteração da denominação de Guarda de Trânsito para Agente da Autoridade

de Trânsito (Lei Complementar Municipal nº 148, de 22 de dezembro de 2008), sendo esta

denominação regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito, conforme anexo I do

Código de Trânsito Brasileiro que considera Agente da Autoridade de Trânsito como:

“Pessoa, civil ou Policial Militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das

atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento”.

De acordo com a Lei Municipal Nº. 3.242/97 são atribuições da CODETRAN

atualmente: “I – executar a fiscalização de trânsito, bem como autuar e aplicar as medidas

administrativas cabíveis por infrações de circulação, estacionamento e parada

previstas no Código de Trânsito Brasileiro, no exercício regular do poder de Polícia

de Trânsito;

II – aplicar as penalidades de advertência, por escrito, e multa, pelas infrações

mencionadas anteriormente, notificando os infratores e fazendo arrecadar as multas que porventura aplicar;

III – fazer arrecadar valores provenientes da estada e remoção de veículos e objetos,

além de escolta de veículos de cargas superdimensionadas e perigosas;.

IV – atuar em cumprimento às demais obrigações, responsabilidades, atividades e

regras impostas pelo código de Trânsito Brasileiro e resoluções que vierem a ser

baixadas”.

3.1.2 Missão, visão e valores da CODETRAN

Com o objetivo de auxiliar no planejamento estratégico da Coordenadoria Técnica de

Trânsito do Município de Itajaí, foi desenvolvida junto à coordenação da organização a

definição da missão, a visão e os valores da CODETRAN, uma vez que estes não existiam até

a elaboração do presente trabalho.

Sendo assim, ficou estabelecido o seguinte:

Missão

“É missão do CODETRAN promover fiscalização, educação e cidadania

para que o Município de Itajaí tenha um trânsito seguro para todos,

saudável, com pedestres e condutores qualificados e veículos

legalizados”.

Quadro 5: Missão da CODETRAN

Fonte: Dado primário.

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Visão

“Ser uma organização orientada para a civilidade no trânsito através de

políticas públicas que intensifiquem a fiscalização, educação, iniciativas

cidadãs e a valorização dos servidores, proporcionando um trânsito

seguro, saudável e que respeite as regras do meio ambiente, além de

garantir a mobilidade e acessibilidade para todos os usuários”.

Quadro 6: Visão da CODETRAN

Fonte: Dado Primário.

Valores

Respeito aos usuários;

Qualidade na prestação dos serviços;

Crença na educação para o trânsito;

Valorização do servidor;

Constante aprimoramento técnico;

Credibilidade perante a sociedade e

Credibilidade ética

Quadro 7: Valores da CODETRAN

Fonte: Dado Primário

3.1.3 Agentes da autoridade de trânsito

A operacionalização técnica das atribuições da Coordenadoria de Trânsito é realizada

pelos Agentes da Autoridade de Trânsito, que devem cumprir a legislação vigente, inerente ao

trânsito nas vias municipais. Para que realizem essas atividades e apliquem a lei de trânsito

neste município foi atribuído a estes o poder de Polícia de Trânsito, conforme a lei federal nº

9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro).

Os Agentes da Autoridade de Trânsito do Município cumprem com a carga horária

de 40 horas semanais, sendo acordado que, durante a semana de cinco dias, ou seja, de

Segunda à Sexta-feira, são cumpridas seis horas diárias, cabendo aos mesmos trabalhar

obrigatoriamente durante 12 horas, um sábado e um domingo por mês, excedendo assim duas

horas que serão consideradas horas-extras e deverão ser pagas juntamente com o recebimento

do salário.

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Figura 4: Agente da Autoridade de Trânsito

Fonte: CODETRAN

Quanto à escala de serviço, a Coordenadoria dividiu o Município em três setores

(Alfa, Charlie e Delta), cabendo a cada agente, ou dupla, supervisioná-los através do

patrulhamento ostensivo nas vias. Cada agente fica com uma viatura que lhe servirá para

auxiliar no exercício de suas atividades diárias, e a cada semana trabalha em um setor

diferente, reduzindo assim o cansaço gerado pela rotina de trabalho. Além desses três setores

existem também o Grupo de Apoio Preventivo (GAP), que realiza a fiscalização em toda a

jurisdição municipal e presta apoio aos demais setores quando necessário, o Setor de

Atendimento a Acidentes de Transito (SAAT), que realiza o atendimento aos envolvidos em

acidentes e trânsito que acontecem no município e fazem a lavratura do boletim de ocorrência,

e por fim o Setor de Monitoramento de Segurança, onde Agentes da Autoridade de Trânsito

realizam a fiscalização de segurança e transito através de 52 câmeras de segurança

distribuídas em toda a cidade.

3.1.4 Estrutura organizacional da CODETRAN

Assim como qualquer outra organização, pública ou privada, a Coordenadoria

Técnica de Trânsito de Itajaí também possui uma estrutura hierárquica, com funções distintas

que permitem uma melhor gestão da organização, conforme apresentado no Quadro 8.

No topo do organograma temos o secretário de segurança, pois a CODETRAN esta

inserida na Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão de Itajaí. Logo abaixo vemos a

figura do Coordenador, considerado a Autoridade de Trânsito Municipal em exercício,

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cabendo a ele coordenar as atividades da CODETRAN com os demais órgãos públicos do

Município e da própria Secretaria a qual é vinculada, como a Diretoria de Fiscalização e

Controle.

No nível hierárquico abaixo temos a Diretoria de Fiscalização e Controle do Trânsito,

responsável pela administração, normas e políticas para as atividades relativas ao Trânsito do

Município, e a Diretoria de Educação para o Trânsito que, além de proporcionar cursos de

aprimoramento aos servidores da CODETRAN, também realiza palestras para a comunidade

e para empresas instaladas no município.

Quadro 8: Organograma da CODETRAN

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho, em conjunto com os gestores da CODETRAN.

Observa-se que entre a Coordenadoria e as Diretorias existe o departamento de

Recursos Humanos, porém as atividades realizadas neste setor são atividades como: cálculo

de horas-extras, recolhimento de documentação para bolsa de estudos, cadastramento e

recadastramento de servidores desta secretaria, entre outras atividades burocráticas.

Subordinados ao Diretor de Fiscalização e Controle do Trânsito encontram-se os

fiscais de cada grupo, os agentes responsáveis pelo Setor de Atendimento a Acidentes de

Trânsito (SAAT), pelo Grupo de Apoio Preventivo (GAP) e pelo setor de implantação e

manutenção das sinalizações viárias do município. Eles têm como função distribuir as

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atividades aos agentes da autoridade de trânsito (AAT), também supervisionar e prestar

auxílio aos agentes.

Pode-se observar que os agentes do Monitoramento também estão diretamente

subordinados ao Diretor de Fiscalização e Controle do Trânsito, exercendo suas atividades no

1º Batalhão de Policia Militar de Itajaí.

Por fim, no ultimo nível hierárquico encontram-se os agentes da autoridade de trânsito,

que possuem atribuições operacionais e de fiscalização do trânsito, divididos em três setores

(Fiscalização, GAP e SAAT).

3.1.5 Atividades desenvolvidas pela CODETRAN

A Coordenadoria Técnica de Trânsito de Itajaí, através de seus servidores,

desenvolve atividades que visam à segurança no trânsito, através de fiscalização, educação e

sinalização. Além dessas atividades ela também presta serviços de atendimentos a acidentes

de trânsito e disponibiliza alguns agentes para o 1º Batalhão de Policia Militar para auxiliar no

Monitoramento de segurança.

Em seguida é apresentado de forma mais explicita o que seria cada uma dessas

atividades.

3.1.5.1 Fiscalização do trânsito

A fiscalização de trânsito é realizada pelos agentes da autoridade de trânsito, estes

são selecionados através de concurso público e treinados para desempenhar as atribuições

estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro.

Esta atividade consiste no policiamento ostensivo ou patrulhamento das vias de

trânsito desse município, utilizando-se de veículos e equipamentos que permitam controlar e

manter o trânsito seguro para todos os usuários.

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39

Figura 5: Fiscalização de Trânsito

Fonte: CODETRAN

Foi realizado um levantamento e constatado que, até o momento em que foi

elaborado o presente trabalho, a CODETRAN tinha a sua disposição os seguintes

equipamentos e veículos para auxiliar na fiscalização de trânsito, conforme o quadro abaixo:

Veículos Outros Equipamentos

07 automóveis 01 radar estático

01 kombi 12 radares fixos (lombadas eletrônicas)

27 motocicletas 150cc 22 radares fixos (anexos a semáforos)

04 motocicletas 125cc 02 etilômetros (Bafômetro)

Quadro 9: Veículos e Equipamentos para Fiscalização.

Fonte: Dados primários

3.1.5.2 Educação no trânsito

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro os órgãos de fiscalização de trânsito

devem também promover a educação no trânsito, através de cursos, palestras, campanhas

educativas e de orientação.

Sendo assim a CODETRAN possui a Diretoria de Educação para o Trânsito que

durante todo o ano organiza palestras ministradas por agentes de trânsito capacitados para esta

atividade. Além de organizar campanhas educativas onde são distribuídos folders e a

montagem de tendas onde os agentes mostram situações reais do trânsito e prestam

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informações, com o intuito de conscientizar a todos sobre a importância da fiscalização e da

educação no trânsito.

3.1.5.3 Atendimento a acidentes de trânsito

O Setor de Atendimento a Acidentes de Trânsito (SAAT) foi constituído em 2009,

com o intuito de aumentar a agilidade no atendimento aos acidentes de trânsito nas vias

municipais, que antes eram atendidos pela Delegacia de Delitos de Trânsito da Policia Civil

de Itajaí. Com a CODETRAN assumindo esta função foram disponibilizados 06 agentes de

trânsito para realizar os atendimentos neste setor, desta forma aumentou a agilidade e a

qualidade no atendimento ao envolvidos em acidentes de trânsito neste município.

Figura 6 e 7: Setor de Atendimento de Acidentes de Trânsito

Fonte: CODETRAN

Além de atender os acidentes de trânsito também é responsabilidade do SAAT realizar

estudos estatísticos sobre os mesmos e repassar estas informações para a Diretoria de

Fiscalização e Controle de Trânsito que irá direcionar esforços na tentativa de reduzir os

índices estatísticos encontrados.

3.1.5.4 Monitoramento de segurança

O monitoramento de segurança também é uma atividade recente que a CODETRAN

esta realizando. Trata-se de um convenio firmado entre Prefeitura de Itajaí e Policia Militar

(1º Batalhão de Policia Militar) com o objetivo de alocar agentes de trânsito no

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monitoramento das câmeras segurança, desta forma há mais policiais a disposição para o

policiamento ostensivo no município de Itajaí.

Figuras 8 e 9: Monitoramento de Segurança.

Fonte: CODETRAN

3.1.5.5 Sinalização e manutenção das sinalizações das vias

Esta atividade consiste em colocar as sinalizações de trânsito, conforme o

estabelecido no Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro, aprovado pela Resolução 160 de

22 de abril de 2004 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). É uma atividade que

exige muito conhecimento, tanto legal quanto prático, pois o agente responsável por esta

atividade deve alocar as sinalizações de forma que auxilie a orientação dos condutores dos

veículos e dos demais envolvidos no trânsito, além de regulamentar as formas de circulação,

parada e estacionamento dos veículos (Figura 10).

Figura 10: Implantação de Sinalizações Viárias Figura 11: Manutenção da Sinalização de Trânsito.

Fonte: CODETRAN Fonte: CODETRAN

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O setor de sinalização também é responsável pela manutenção das sinalizações que já estão

colocadas no município, sendo considerado como manutenção desde a simples limpeza das

placas até o conserto ou realocação da sinalização (Figura 11).

3.2 Resultados da Pesquisa

Nesta seção serão apresentados os resultados encontrados almejando atingir os

objetivos estabelecidos no item 1.2 deste trabalho.

3.2.1 Reconhecimento dos fatores motivacionais

Para atingir o primeiro objetivo especifico estabelecido para a realização deste

trabalho, conforme item 1.2, foi desenvolvido um questionário (Apêndice I) para os agentes

da autoridade de trânsito efetivos e que desempenham alguma atividade na Coordenadoria

Técnica de Trânsito.

Este primeiro questionário serviu para realizar um levantamento sobre os fatores

motivacionais que mais influenciam os agentes da autoridade de trânsito, quanto à satisfação

de trabalhar na CODETRAN. Nele havia 32 fatores motivacionais, estabelecidos por Luz

(2003), onde os servidores deveriam escolher os dez que considerassem mais importantes e

atribuísse a eles um grau de importância, sendo o número 01 para o mais importante e o

número 10 para o menos importante entre os fatores escolhidos.

O primeiro resultado analisado neste questionário, através da tabulação no programa

Office Excel 2007, da Microsoft, foi à identificação estatística dos dez fatores que mais foram

escolhidos pelos servidores, obtendo o seguinte resultado:

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Os 10 fatores mais escolhidos Percentual

de escolha

Salário 6,4 %

Benefícios 6,0 %

Valorização dos Funcionários 5,8 %

Estabilidade no emprego 5,6 %

Treinamento/Desenvolvimento 5,4 %

Possibilidade de progresso

profissional 5,3 %

Qualidade e satisfação do cliente 4,5 %

Trabalhos realizados pelos

funcionários 3,9 %

Segurança no trabalho 3,9 %

Condições físicas de trabalho 3,9 %

Quadro 10: As dez variáveis escolhidas pelos servidores.

Fonte: Dado primário.

Analisando o quadro acima observa-se que o fator salário foi apontado como fator

motivacional de maior relevância, dentre fatores apresentados, com um percentual de 6,4%.

Em seguida percebe-se que com 6% o fator benefícios também foi escolhido como importante

para a satisfação e motivação no desenvolvimento das atividades dentro da organização.

Visualizando o gráfico 1, podemos observar os demais fatores selecionados pelos

agentes da autoridade de trânsito, sendo eles: valorização dos funcionários (5,8%),

estabilidade no emprego (5,6%), treinamento/desenvolvimento (5,4%), possibilidade de

progresso profissional (5,3%), qualidade e satisfação dos clientes (4,5%), trabalhos realizados

Gráfico 1: Os 10 fatores mais escolhidos

Fonte: Dados primários

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pelos funcionários (3,9%), segurança no trabalho (3,9%) e condições físicas de trabalho

(3,9%).

Apresentar-se-á a seguir as definições dos dez fatores selecionados para a pesquisa

de clima organizacional. É importante ressaltar que a definição de cada fator estava presente

de forma explicativa no questionário aplicado para facilitar a escolha e compreensão dos

mesmos.

a) Salário

Esta variável é, de acordo com Luz (2003), uma das principais a ser pesquisada, pois

apresenta grande grau de influencia na satisfação dos empregados, sendo constatada a sua

importância no resultado obtido através do primeiro questionário aplicado no

desenvolvimento deste trabalho, onde foi a variável mais selecionada e a mais importante

entre as trinta e duas apresentadas, sendo escolhida como mais importante por trinta e um

servidores e a segunda mais importante por outros doze servidores, totalizando quarenta e três

pessoas, ou seja, a maioria dos servidores têm a sua motivação e satisfação altamente

influenciada por esta variável.

Ao estudar este fator Luz (2003) mostra que pode ser observado a analise e

percepção dos funcionários quanto à compatibilidade salarial, a obtenção de aumentos

salariais, a possibilidade de se viver dignamente com o salário percebido, entre outros.

b) Benefícios

De acordo com Lacombe (2005) os benefícios são concedidos pela organização

através de acréscimos monetários ou não monetários. Existem diversos tipos de benefícios,

entre eles podemos citar alguns como exemplo e que geralmente são os mais utilizados pelas

organizações, são eles: Bolsa de estudos, planos de saúde, prêmios por participação nos

lucros, complementação de aposentadoria, entre outros.

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c) Valorização dos funcionários

Este terceiro fator foi apresentado aos servidores pesquisados como uma variável que

serve para avaliar o quanto a organização valoriza os seus recursos humanos, o quanto os

respeita, as oportunidades que oferece e os investimentos realizados.

Como exemplo de valorização dos funcionários Luz (2003) apresenta alguns casos

de organização que pagam prêmios por tempo de serviço, um dos exemplos citados é o da

empresa Randon, a qual oferece um prêmio em dinheiro para os colaboradores que

completam vinte e cinco anos na organização e esse valor deve ser gasto nos quinze dias de

férias disponibilizados pela organização.

d) Estabilidade no emprego

De acordo com Luz (2003) este fator procura identificar o quanto os colaboradores

estão seguros nos seus empregos. Para realização deste estudo foi utilizada esta variável para

identificar o quanto é importante para o servidor ter estabilidade no trabalho, já que todos são

servidores efetivos do município e já possuem estabilidade ou estão no período de estágio

probatório para adquiri-la. Bergue (2007, p. 29) apresenta em seus estudos que estabilidade é

a “garantia constitucional que alcançam os servidores detentores de cargo público aprovados

em estágio probatório”. Já o estágio probatório é o período (geralmente os três primeiros

anos) em que o servidor é avaliado por uma comissão que julga o seu desempenho através de

instrumentos definidos para tal, segundo o mesmo autor.

e) Treinamento/desenvolvimento

Esta variável é utilizada para avaliar as oportunidades que a organização oferece aos

servidores para se qualificar, se atualizar e desenvolver-se profissionalmente (LUZ, 2003).

De acordo com os estudos de Lacombe (2005) o treinamento não deve ser feito

somente com novos empregados, mas sim continuamente. Lacombe (2005, p. 311) define

treinamento como “qualquer atividade que contribua para tornar uma pessoal apta a exercer

sua função ou atividade, para aumentar a sua capacidade para exercer melhor essas funções ou

atividades, ou para prepará-la para exercer de forma eficiente novas funções ou atividades”.

O desenvolvimento de recursos humanos não significa somente treinar para exercer

uma determinada tarefa, mas sim passar informações aos empregados para que modifiquem

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seus hábitos e desenvolvam novas atitudes e capacidades, aprimorando seus conhecimentos a

vista de tornarem-se melhores naquilo que fazem (GIL, 1997).

f) Possibilidade de progresso profissional

A possibilidade de promoção e crescimento na carreira é muito importante para a

realização e satisfação dos funcionários. Para Lacombe (2005, p. 62) carreira “é uma série de

posições exercidas por uma pessoa ao longo de sua vida profissional”.

Para Luz (2003) a analise desta variável pode mostrar a satisfação dos servidores

quanto à possibilidade de ascensão profissional, a realização de trabalhos desafiadores,

aumento de empregabilidade e realização pessoal, além de avaliar o uso das potencialidades

de cada funcionário.

g) Qualidade e satisfação do cliente

Neste fator é avaliada a percepção dos servidores quanto ao compromisso da

organização em relação à qualidade dos serviços e a satisfação dos usuários. Cada vez mais a

qualidade dos produtos/serviços é importante para o crescimento e reconhecimento de uma

organização, desta forma quanto maior a qualidade maior será o grau de satisfação dos

usuários destes produtos/serviços. É fundamental que os funcionários tenham conhecimento

deste compromisso da organização, pois assim perceberá o quanto é relevante a sua atividade

para o sucesso da organização. De acordo com Rodrigues (2000) qualidade trata-se do

conteúdo do produto/serviço e satisfação esta atrelada a como os clientes o percebem.

h) Trabalhos realizados pelos funcionários

Este fator é apresentados nos estudos de Luz (2003) como uma variável que sofre

influencia pela adaptação dos funcionários com os trabalhos realizados, a quantidade de

trabalhos que o funcionário realiza, a carga horária de trabalho, a forma de como são

distribuídas as atividades ou funções, se a quantidade de pessoal atende a demanda, além de

avaliar o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.

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i) Segurança no trabalho

Através desta variável foi identificada a preocupação da empresa em adotar

programas e equipamentos que visem diminuir a ocorrência de acidentes e doenças

ocupacionais.

A adoção de programas e equipamentos de proteção individual e coletiva é fundamental para

que os servidores estejam confiantes e tranqüilos quando estiverem realizando as suas

atividades. Scopinho (2000) relata em seus estudos que segurança e saúde ocupacional são

também processos sociais, porque estão direta ou indiretamente relacionados às condições de

vida e trabalho dos indivíduos.

j) Condições físicas de trabalho

Nesta variável é avaliada a estrutura física da organização e os recursos que são

colocados a disposição dos servidores para a realização das atividades cotidianas. Luz (2003)

destaca em seus trabalhos como é importante a organização disponibilizar uma estrutura

adequada e um ambiente salubre que ofereça condição para os trabalhadores realizarem as

suas tarefas.

3.2.2 Identificação dos níveis de satisfação dos servidores

Atendendo ao segundo objetivo especifico citado no item 1.2 deste trabalho, serão

apresentados a seguir os níveis de satisfação identificados com o segundo levantamento,

sendo utilizada a medição de percepção dos servidores através da Escala Likert, conforme o

previsto na metodologia deste estudo. Mas, primeiramente, serão apresentados os dados do

perfil socioeconômico dos participantes desta pesquisa.

a) Perfil socioeconômico

Após a aplicação do questionário socioeconômico foi possível identificar o perfil do

público a ser estudado, observe os gráficos abaixo:

Primeiramente pode-se verificar que a população em questão está divida em 84% do

sexo masculino e 16% do sexo feminino. Percebe-se então que o principal público que é

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atraído e tem interesse por esta atividade é o público masculino, muito provavelmente por se

tratar de uma atividade de fiscalização.

O próximo gráfico a ser apresentado (Gráfico 3) é o que mostra a divisão dos agentes

da autoridade de trânsito entre os setores de trabalhos existentes na CODETRAN. Percebe-se

que a maioria dos agentes executa a fiscalização ostensiva nas vias de trânsito do município,

com percentual de 63%, porém se levarmos em consideração que o GAP também executa as

mesmas tarefas de fiscalização, além de outras especificas, este percentual será adicionado

aos 13% identificados do GAP, totalizando 76% dos agentes da autoridade de trânsito na

fiscalização.

Gráfico 2: Identificação do sexo dos participantes

Fonte: Dados primários

Gráfico 3: Divisão dos setores

Fonte: Dados primários

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A faixa etária dos participantes desta pesquisa foi dividida em quatro escalas. Sendo

assim podemos observar no Gráfico 4 que 40% dos participantes estão na faixa etária entre 31

e 40 anos de idade e 23% estão entre 26 e 30 anos, ou seja, as atividades desenvolvidas na

organização em estudo não sofrem influencias quando analisada a idade dos servidores,

porém a maioria dos servidores encontram-se entre 26 e 40 anos de idade.

Quanto ao estado civil dos servidores da CODETRAN pesquisados foi constatado

que 44% são casados enquanto 35% são solteiros. É possível perceber que o estado civil dos

servidores tem pouca diferença percentual, entre casados e solteiros, e que provavelmente este

fator não influencie nas atividades realizadas pelos servidores.

Gráfico 4: Faixa etária

Fonte: Dados primários

Gráfico 5: Estado civil

Fonte: Dados primários

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Gráfico 6: Filhos

Fonte: Dados primários

Gráfico 7: Quantidade de filhos

Fonte: Dados primários

Os gráficos 6 e 7 apresentados abaixo mostram se os pesquisados possuem filhos e a

quantidade de filhos, respectivamente.

O gráfico 6 mostra que 56% dos servidores possuem filhos e o gráfico 7 completa

esta informação mostrando que 44% dos servidores possuem um filho e outros 44% possuem

dois filhos e apenas 12% dos servidores possuem três filhos. Não há servidores com mais de

três filhos, por este motivo não é apresentado esta informação no gráfico 7.

Os próximos gráficos apresentados abaixo mostram a renda do grupo familiar e se os

servidores possuem outra atividade remunerada para complementar a sua renda.

Conforme apresentado no gráfico 8 percebe-se que a maioria dos agentes da autoridade de

trânsito possuem uma renda familiar de até R$ 2.500,00 reais (47%), porém outros 40% tem a

renda familiar entre R$ 2.500,00 e R$ 4.000,00 e 11% acima de R$ 4.000,00, estes valores

sofrem influencia, possivelmente, devido a outros membros do grupo familiar que são

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assalariados e/ou devido ao apresentado no gráfico 9, onde mostra-se que 29% dos servidores

possuem outra atividade remunerada.

O gráfico 10 mostra que 50% dos agentes da autoridade de trânsito do município de

Itajaí já possuem mais de 4 anos trabalhados na Coordenadoria Técnica de Trânsito deste

município, enquanto 39% estão entre 7 meses e 4 anos e apenas 6% estão a menos de 6

meses. Com estes dados podemos identificar que mais de 50% dos servidores já possuem a

estabilidade no serviço público.

Gráfico 8: Renda do grupo familiar

Fonte: Dados primários

Gráfico 9: Outras atividade remuneradas

Fonte: Dados primários

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Gráfico 11: Tipo de moradias

Fonte: Dados primários

Outro fator identificado pela pesquisa socioeconômica foi o tipo de moradia e a

situação desta. Conforme apresentado no gráfico 11 verifica-se que 76% dos servidores

moram em casa, enquanto 24% moram em apartamento. Já no gráfico 12 podemos perceber

que 52% dessas residências são próprias, 27% são alugadas, 18% são dos pais e 3%

emprestada.

Gráfico 10: Tempo de casa

Fonte: Dados primários.

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Gráfico 12: Situação das Moradias

Fonte: Dados primários

Os dados apresentados nos gráficos 13 e 14 apresentaram o grau de escolaridade dos

agentes da autoridade de trânsito. Observa-se que 51% dos servidores possuem ensino

superior, sendo que 37% completo, 44% incompleto e 19% cursando, conforme mostrado no

gráfico 14. É importante ressaltar que o 2º grau completo, ou melhor, ensino médio completo

é pré-requisito para prestar concurso público para exercer está função, logo obtivemos 47%

dos servidores com este grau de escolaridade, enquanto apenas um agente possui pós-

graduação ou especialização, representando 2% da amostra.

Gráfico 13: Grau de escolaridade

Fonte: Dados primários

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E por fim, o último fator questionado aos pesquisados foi quanto ao principal meio

de transporte utilizado para se deslocar até o ambiente de trabalho. O resultado deste fator foi

que 42% dos servidores utilizam motocicletas e/ou motonetas, porém houve também outros

24% que responderam que utilizam além das motos também utilizam automóveis. Além

desses 24% que utilizam motos e automóveis também há os que utilizam apenas carros,

representando 26% da amostra. Por fim é importante observar que 8% dos servidores utilizam

bicicletas e nenhum agente da autoridade de trânsito desloca-se a pé para trabalhar.

Gráfico 14: Situação do ensino superior

Fonte: Dados primários

Gráfico 15: Meio de transporte

Fonte: Dados primários

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Quadro 11: Variável salário

Fonte: Dados primários

b) Nível de satisfação identificado quanto ao salário

Com o objetivo de verificar a satisfação dos servidores quanto à variável salário foi

apresentado, assim como as demais variáveis, duas afirmações.

De acordo com os dados apresentados no quadro 11 percebe-se as afirmações que

foram apresentadas no segundo questionário, referentes à variável salário, as opções de

escores apresentadas e os selecionados pelos servidores, para cada afirmação e total,

conforme colunas 4 e 5, respectivamente.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de Respostas

Salário

O meu salário é justo e

adequado diante das funções

que exerço.

NT 14

62 NP 21

CP 22

CT 5

Minha remuneração está acima

da realidade de mercado.

NT 14

61 NP 16

CP 26

CT 5

Com a análise dos dados coletados, apresentados no quadro 11, afirma-se que 56%

dos agentes da autoridade de trânsito estão insatisfeitos quanto à afirmação: “o meu salário é

justo e adequado diante das funções que exerço”. Por outro lado temos 44% dos agentes que

se mostraram satisfeitos quanto à afirmação, como podemos observar graficamente ao lado.

Referente a essa afirmação verificou-se que o setor de monitoramento de segurança

apresentou o maior nível de insatisfação, sendo 78%, enquanto o setor de fiscalização e setor

de acidentes de trânsito apresentaram grau de satisfação de 49% e 50%, respectivamente.

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Gráfico 17: Remuneração e realidade de mercado

Fonte: Dados primários

Ainda analisando o quadro 11 verifica-se no gráfico 17 que 51% dos agentes da

autoridade de trânsito consideram a remuneração percebida acima da realidade de outras

organizações existentes no mercado de trabalho, porém, com um percentual muito próximo,

podemos ver que 49% estão insatisfeitos e alegam que sua remuneração está abaixo da

realidade de mercado. Nessa afirmação o setor de monitoramento de segurança apresentou

novamente o maior grau de insatisfação, com 67% dos pesquisados insatisfeitos. Quanto ao

setor que se encontra mais satisfeito é o de fiscalização, com índice de 58%.

Com a apresentação dos resultados acima, a respeito da variável salário, verifica-se

que entre os agentes da autoridade de trânsito existe uma divisão de opinião a respeito desta

variável. Através de média aritmética dos dados levantados podemos perceber que 54% dos

Gráfico 16: Salário justo e adequado

Fonte: Dados primários

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Quadro 12: Variável benefício

Fonte: Dado primário

Gráfico 18: Nível de satisfação do salário

Fonte: Dados primários

agentes estão insatisfeitos com a remuneração recebida, enquanto 46% encontram-se

satisfeitos.

c) Nível de satisfação identificado quanto aos benefícios

Para análise desta variável foram pesquisadas as duas afirmações relacionadas no

quadro 12, podendo assim verificar o nível de satisfação dos servidores participantes deste

estudo.

[[Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Benefícios

Nesta organização eu estou

contente com os benefícios

oferecidos.

NT 17

62 NP 20

CP 20

CT 5

Utilizo todos os benefícios que

são disponibilizados.

NT 16

61 NP 18

CP 15

CT 12

No gráfico 19 verifica-se que 60% dos agentes da autoridade de trânsito estão

descontentes com os benefícios oferecidos pela organização. Contudo há um contentamento

de 40% desses servidores. O setor que apresentou maior grau de satisfação referente a esta

afirmação foi o de fiscalização com 46%, enquanto com 75% o GAP foi o que apresentou

maior insatisfação.

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Gráfico 19: Contentamento com benefícios ofertados

Fonte: Dados primários

Gráfico 20: Utilização dos Benefícios

Fonte: Dados Primários

Vê-se que a organização necessita estudar a viabilidade de disponibilizar outros

benefícios aos agentes, para que haja uma melhora da satisfação desta variável, pois durante a

pesquisa foi possível verificar que é disponibilizado como benefício, aos agentes da

autoridade de trânsito, apenas bolsa de estudo, para ensino superior, que cobre 50% do valor

das mensalidades.

Sendo assim, a segunda afirmação evidencia que 56% dos servidores não utilizam

este benefício e estão insatisfeitos com a falta de outros. Por outro lado verifica-se que 44%

dos agentes da autoridade de trânsito utilizam este benefício de auxilio educacional, como

pode ser observado no gráfico 20. Apurou-se também que o SAAT apresentou o maior grau

de insatisfação quanto a essa afirmação, 83%. Esse dado demonstra que a organização

preocupa-se com a capacitação e desenvolvimento dos seus colaboradores, porém é

necessário que haja a iniciativa dos mesmos em buscar esta formação.

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Gráfico 21: Nível de satisfação dos benefícios

Fonte: Dados primários

De um modo geral verifica-se que 58% dos agentes da autoridade de trânsito

encontram-se insatisfeitos com os benefícios ofertados pela organização, muito

provavelmente isso possa ocorrer devido a falta de opções e/ou quantidade de benefícios

ofertados. Ademais podemos verificar no gráfico 21 que 42% dos servidores estão satisfeitos

com esta variável.

d) Nível de satisfação identificado quanto à valorização dos funcionários

Quanto a esta variável podemos observar os dados coletados abaixo, no quadro 13.

Variável Afirmações Escores Escores

escolhidos Total de respostas

Valorização dos

Funcionários

Minhas idéias são analisadas e

executadas pela organização.

NT 24

62 NP 14

CP 19

CT 5

Sinto-me reconhecido pelas

atividades que executo nesta

organização.

NT 14

62 NP 12

CP 26

CT 10

Para obter uma melhor visualização destes dados observemos os gráficos a seguir:

Quanto a primeira afirmação, para verificar a percepção dos servidores quanto a valorização

dos funcionários, o gráfico 22 mostra que 61% dos agentes da autoridade de trânsito de Itajaí

Quadro 13: Variável Valorização dos Funcionários

Fonte: Dados primários

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Gráfico 22: Analise e execução da idéias

Fonte: Dados primários

não estão satisfeitos quanto a abertura da organização para aceitar idéias dos funcionários.

Percebe-se também que apenas 39% estão satisfeitos, o que pode significar que há uma

abertura dos gestores para novas idéias, entretanto esta abertura pode ser reservada a alguns

servidores enquanto para outros possam existir algumas barreiras. Identificou-se que o único

setor que apresentou grau de satisfação favorável foi o GAP, com 75%, os demais setores

apresentaram 67% de insatisfação.

Quanto a afirmação que visa identificar a percepção da amostra pesquisada referente

ao reconhecimento pelas atividades executadas, vê-se que 58% demonstraram que a

organização, ou melhor, seus gestores, têm essa atitude de dar um feedback aos servidores.

Em contrapartida observamos que 42% não percebem esse reconhecimento, o que acredito

que possa estar prejudicando a iniciativa e a criatividade dos servidores durante o exercício

das suas funções. Novamente observamos que o GAP apresentou maior grau de satisfação

(75%), enquanto o Monitoramento apresentou o maior índice de insatisfação (67%).

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Gráfico 23: Reconhecimento das atividades

Fonte: Dados primários

Gráfico 24: Nível de satisfação da valorização dos funcionários

Fonte: Dados primários

Considera-se que 55% dos agentes pesquisados encontram-se insatisfeitos com a

variável valorização dos funcionários, mostrando que a organização tem que desenvolver

novos métodos e critérios de reconhecimento e análise dos servidores, assim acredita-se que

irá diminuir este percentual negativo para o clima organizacional e, consequentemente,

aumentar o nível de satisfação dos servidores. Como pode ser visualizado no gráfico 24, uma

quantidade relevante de agentes encontram-se satisfeitos quanto a esta variável, representando

um percentual de 45%.

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Gráfico 25: Estabilidade é o motivo de estar nesta organização

Fonte: Dados primários

e) Nível de satisfação identificado quanto à estabilidade no emprego

Dando continuidade ao estudo, foi verificado também a variável estabilidade no

emprego, sendo está identificada, no primeiro questionário, como a quarta mais importante

para a satisfação dos funcionários, tornando-se fundamental para análise este estudo de clima

organizacional. Observe o quadro abaixo, serão apresentados os dados levantados com esta

pesquisa.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Estabilidade no

emprego

A estabilidade no emprego é o

principal motivo pelo qual estou

nesta organização.

NT 13

62 NP 13

CP 22

CT 14

Pretendo encerrar minha vida

profissional nesta organização.

NT 38

62 NP 8

CP 11

CT 5

Pode ser verificado no gráfico 25 que a maioria dos servidores pesquisados

demonstra que a estabilidade no emprego é o principal motivo de estarem trabalhando nesta

organização, totalizando percentualmente 58% da amostra. Ao contrário, 42% dos agentes da

autoridade de trânsito apresentam que este não é o principal motivo, mas sim outros que não

foram identificados nesta pesquisa. Verificou-se que o Monitoramento apresentou o maior

grau de insatisfação (78%), enquanto o SAAT demonstrou o melhor índice de satisfação, com

67%.

Quadro 14: Variável estabilidade no emprego

Fonte: Dados primários

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Gráfico 26: Pretendo encerrar a vida profissional nesta organização

Fonte: Dados primários

Identificou-se também, quanto a variável estabilidade no emprego, que 74% dos

pesquisados não pretendem encerrar sua vida profissional nessa organização, sendo declarado

a este autor, por vários funcionários no momento da entrega dos questionários, que pretendem

prestar outros concursos públicos que ofereçam melhor qualidade de vida e melhor condição

de trabalho. Nessa afirmação os setores SAAT e Monitoramento apresentaram 100% de

insatisfação, ou seja, nenhum dos servidores deste setor pretende encerrar sua vida

profissional nesta organização, enquanto os 63% dos agentes do GAP demonstraram estar

satisfeitos quanto a essa afirmação.

Observando os resultados obtidos através das afirmações apresentadas acima, pode ser

identificado que entre os servidores da Coordenadoria Técnica de Trânsito 53% estão

insatisfeitos quanto à variável estabilidade no emprego e, também, pode ser verificado que

47% encontram-se satisfeitos, conforme representação gráfica ao lado. Sendo assim esta

variável também deve ser considerada no planejamento das ações a serem desenvolvidas para

melhorar o clima organizacional, pois apresentou alto grau de insatisfação dos servidores.

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Quadro 15: Variável treinamento/desenvolvimento

Fonte: Dados primários

Gráfico 27: Nível de satisfação da estabilidade no emprego

Fonte: dados primários

f) Nível de satisfação identificado quanto a treinamento e desenvolvimento

Para análise desta variável foram consideradas duas afirmações, sendo estas

analisadas e escolhidas pelos servidores, relacionando ao escore que representasse a sua

percepção quanto a mesma. Podem ser observados no quadro 15 todos os dados coletados

para analise desta variável.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Treinamento / Desenvolvimento

Recebo os treinamentos

necessários para desempenhar

as minhas funções nesta

organização.

NT 15

62 NP 19

CP 23

CT 5

A organização oferece cursos

em áreas diferentes da área que

executo as minhas atividades.

NT 34

62 NP 14

CP 12

CT 2

Referente à primeira afirmação apresentada observa-se (gráfico 28) que 55% da

amostra está insatisfeita com os treinamentos recebidos para desempenhar as funções que

exercem na organização. Com um percentual bem próximo pode-se perceber que 45% dos

servidores encontram-se satisfeitos com os treinamentos oferecidos pela organização. O setor

que apresentou maior concordância quanto a essa afirmação foi o GAP (63%), enquanto o

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65

Gráfico 28: Recebo os treinamentos necessários

Fonte: Dados primários

Gráfico 29: Oferece cursos de desenvolvimento

Fonte: Dados primários

monitoramento é o setor que apresentou maior grau de insatisfação (67%). Com este dado

pode-se afirmar que há necessidade da organização proporcionar mais treinamentos aos seus

colaboradores, já que pouco menos da metade apresenta satisfação referente a este fator.

Quanto ao desenvolvimento dos servidores observa-se no gráfico 29 que 77% dos

agentes da autoridade de trânsito estão insatisfeitos com os cursos de desenvolvimento

pessoal e profissional oferecidos pela organização. Quanto a essa afirmação verificou-se

também todos os setores apresentaram alto grau de insatisfação, entre 74% (Fiscalização) e

89% (Monitoramento). Sendo assim, com este percentual tão alto de insatisfação, recomenda-

se à organização elaborar algumas atividades que agreguem valor profissional e pessoal aos

seus servidores.

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66

Gráfico 30: Nível de satisfação dos treinamentos/desenvolvimento

Fonte: Dados primários

Analisando a grau de satisfação dos agentes da autoridade de trânsito quanto aos

treinamentos/desenvolvimento ofertados pela organização considera-se, através dos dados

coletados e apresentados no gráfico 30, que 62% dos servidores encontram-se insatisfeitos

com esta variavel, enquanto 38% estão satisfeitos. Portanto, conclui-se que, assim como já

mensionado na análise da afirmação referente ao desenvolvimento, a organização necessita

adotar uma politica que proporcione aos seus servidores cursos e atualizações referente as

atividades desempenhadas, além de oferecer outros cursos de conhecimentos gerais, com

enfoque nas atividades que exerce ou possa exercer dentro da organização, que agreguem um

maior nivel intelectual aos seus colaboradores.

g) Nível de satisfação identificado quanto à possibilidade de progresso profissional

Como sexta variável mais importante para a satisfação no ambiente de trabalho,

segundo os agentes da autoridade de trânsito, foi escolhida a possibilidade de progressão

profissional. Seguem no quadro 16 os dados levantados referentes a esta variável.

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67

Quadro 16: Variável possibilidade de progresso profissional

Fonte: Dados primários

Gráfico 31: Implantação de plano de carreira e salário

Fonte: Dados primários

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Possibilidade de

Progresso

Profissional

Ficaria mais satisfeito se

houvesse um plano de carreira e

salários nesta organização.

NT 1

62 NP 1

CP 12

CT 48

A organização aproveita todo o

meu potencial na realização das

minhas atividades.

NT 17

62 NP 16

CP 20

CT 9

Através dos dados obtidos e apresentados no quadro acima, verifica-se que 97% dos

agentes de trânsito ficariam mais satisfeitos se houvesse um plano de carreira e salário nesta

organização. Enquanto apenas dois participantes, representando 3% da amostra (gráfico 31),

disseram não concordar com a adoção de um plano de carreira e salários. Portanto percebe-se

que um planejamento neste sentido é de extrema importância para a melhoria do clima

organizacional.

Para análise da possibilidade de progressão profissional percebida pelos agentes da

autoridade de trânsito na CODETRAN foi verificado se esta coordenadoria utiliza todo o

potencial dos agentes na realização das suas atividades. Conforme o gráfico 32, apresentado

logo a seguir, apura-se que 53% da amostra afirmam que a organização não absorve todo o

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Gráfico 32: O aproveitamento das potencialidades dos servidores

Fonte: Dados primários

seu potencial para a realização das atividades nesta organização, enquanto 47% alegam estar

utilizando todo o seu potencial nas atividades que realizam. Assim, acredito que, caso a

organização implante um plano de carreira e salário nesta coordenadoria os funcionários

ficariam mais satisfeitos e motivados ao demonstrarem as suas potencialidades e,

consequentemente, serem reconhecidos por estas ações.

Avaliando o nível de satisfação quanto à possibilidade de progressão profissional,

verifica-se que 80% dos servidores encontram-se insatisfeitos com a atual forma de ascensão

profissional (gráfico 33) – verifica-se por este autor que a única forma de possibilidade de

ascensão profissional existente atualmente na organização é através de cargos comissionados

(indicação política) – e ficariam mais satisfeitos e motivados se houvesse um plano de carreira

e salários onde pudessem demonstrar todas as suas potencialidades e serem reconhecidos e

promovidos por estas atuações, além de outros critérios a serem estabelecidos nesse

planejamento.

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69

Quadro 17: Variável qualidade e satisfação do cliente

Fonte: Dados primários

Gráfico 33: Nível de satisfação da possibilidade de progresso profissional

Fonte: Dados primários

h) Nível de satisfação identificado quanto à qualidade e satisfação do cliente

Nesta variável buscou-se verificar a percepção dos servidores pesquisados quanto ao

compromisso da organização em relação à qualidade dos serviços e a satisfação dos usuários.

Em seguida será apresentado o quadro 17 contendo os dados coletados com a aplicação do

questionário, referente a percepção dos agentes da autoridade de trânsito a essa variável.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Qualidade e

satisfação do

cliente

A organização está preocupada

com qualidade dos serviços que

presto a comunidade.

NT 6

58 NP 12

CP 21

CT 19

São realizadas pesquisas para

verificar o nível de satisfação da

sociedade, em relação aos serviços

prestados por esta organização.

NT 29

56 NP 14

CP 9

CT 4

Com base nos dados demonstrados no quadro acima, verifica-se que a maioria dos

servidores estão satisfeitos com o compromisso da organização em relação a qualidade dos

serviços prestados pelos agentes da autoridade de trânsito. Visualiza-se melhor este dado

através do gráfico 34, onde é apresentado que 69% dos servidores estão satisfeitos e

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70

Gráfico 34: Compromisso com a qualidade dos serviços prestados

Fonte: Dados primários

concordam com a afirmação de que a organização está preocupada com a qualidade dos

serviços prestados a comunidade. Por outro lado, vê-se 31% da amostra sendo contrária a esta

preocupação ou não têm o conhecimento de atividades da organização para estes fins.

Verificou-se também que em todos os setores mais da metade dos servidores pesquisados

estão satisfeitos, sendo que o GAP apresentou maior índice de satisfação com 88%.

Apura-se também que a maioria dos servidores não tem conhecimento de pesquisas

realizadas para verificar o nível de satisfação da comunidade, em relação aos serviços

prestados pela Coordenadoria Técnica de Trânsito de Itajaí. Observa-se no gráfico 35 que

77% dos servidores desconhecem tal atividade, enquanto 23% têm conhecimento dessas

atividades desenvolvidas pela CODETRAN. Destaca-se que o único setor que apresentou

100% de insatisfação foi o monitoramento, enquanto o maior grau de satisfação e

concordância com essa afirmação foi o SAAT (33%).

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Gráfico 35: Realização de pesquisas de satisfação da sociedade

Fonte: Dados primários

Gráfico 36: Nível de satisfação da qualidade e satisfação do cliente

Fonte: Dados primários

Quanto ao grau de satisfação à variável qualidade e satisfação do cliente, observa-se

que os colaboradores não têm conhecimento das atividades realizadas pela coordenadoria para

verificar a satisfação da comunidade em relação aos serviços prestados pelos agentes da

autoridade de trânsito, uma vez que 23% da amostra demonstra ter conhecimento de pesquisas

realizadas. De modo geral, há 54% de satisfação quanto a variável sendo analisada e 46% de

insatisfação, devendo a organização divulgar suas pesquisas e resultados para que todos os

servidores tomem conhecimento e reflitam a respeito.

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Gráfico 37: Adaptação às funções

Fonte: Dados primários

i) Nível de satisfação identificado quanto à trabalhos realizados pelos funcionários

Para análise desta variável foram consideradas duas afirmações, sendo estas

analisadas e escolhidas pelos servidores, relacionando ao escore que representasse a sua

percepção quanto a mesma. Observam-se no quadro 18 todos os dados coletados para analise

desta variável.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Trabalhos realizados pelos

funcionários

Adaptei-me facilmente à minha

função.

NT 0

57 NP 5

CP 21

CT 31

Consigo equilibrar a minha vida

profissional e pessoal sem

prejudicar nenhuma delas.

NT 1

57 NP 6

CP 19

CT 31

Com a análise dos dados coletados, apresentados no quadro 18, podemos afirmar que

91% dos agentes da autoridade de trânsito estão satisfeitos quanto à adaptação aos trabalhos

realizados. Por outro lado temos apenas 9% dos agentes que se mostraram insatisfeitos quanto

à afirmação, como se observa no gráfico 37. Percebeu-se na pesquisa que todos os setores

estão com alto índice de satisfação referente a essa afirmação, destacando-se os setores GAP

(100%) e Fiscalização (89%).

Quadro 18: Variável trabalhos realizados pelos funcionários

Fonte: Dados primários

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73

Gráfico 38: Equilíbrio vida pessoal x vida profissional

Fonte: Dados primários

Ainda analisando o quadro 18, verifica-se no gráfico 38 que 88% dos agentes da

autoridade de trânsito conseguem manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional sem

que qualquer uma delas seja prejudicada. Porém, com um percentual mais baixo, observa-se

que 12% estão insatisfeitos, alegando que não conseguem equilibrar ambas sem que haja

prejuízos a qualquer delas. Percebeu-se novamente que o setor com maior grau de satisfação

foi o GAP (100%), enquanto o monitoramento apresentou o menor grau de satisfação (71%).

Analisando a grau de satisfação dos agentes da autoridade de trânsito quanto aos

trabalhos realizados na organização considera-se, através dos dados coletados e apresentados

no gráfico 39, que 90% dos servidores encontram-se satisfeitos com esta variavel, enquanto

10% estão insatisfeitos. Portanto, conclui-se que, esta variável possivelmente não influencia

na desmotivação dos funcionários, desta forma os gestores poderão demandar menos tempo e

recursos para a melhoria da satisfação quanto a esta variavel, assim dá-se maior atenção aos

fatores que apresentam menor grau de satisfação.

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74

Quadro 19: Variável segurança no trabalho

Fonte: Dados primários

Gráfico 39: Nível de satisfação dos trabalhos realizados pelos funcionários

Fonte: Dados primários

j) Nível de satisfação identificado quanto à segurança no trabalho

Nesta variável buscou-se verificar a percepção dos servidores pesquisados quanto ao

compromisso da organização em relação à segurança no trabalho. Em seguida será

apresentado o quadro 19 contendo os dados coletados com a aplicação do questionário,

referente a percepção dos agentes da autoridade de trânsito a essa variável.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Segurança no

trabalho

A organização está preocupada com

a prevenção de acidentes no

ambiente de trabalho.

NT 16

58 NP 15

CP 16

CT 11

São oferecidas palestras e atividades

que visam conscientizar os

servidores sobre as doenças

ocupacionais.

NT 36

58 NP 13

CP 6

CT 3

Através dos dados obtidos e apresentados no quadro acima se verifica que 53% dos

agentes de trânsito estão insatisfeitos quanto à preocupação da organização referente à

preocupação e prevenção de acidentes no ambiente laboral. Enquanto 47% da amostra

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75

Gráfico 40: Preocupação com a prevenção de acidentes

Fonte: Dados primários

Gráfico 41: Conscientização sobre doenças ocupacionais

Fonte: Dados primários

(gráfico 40) reconhecem esta preocupação da organização. Portanto percebe-se que um

planejamento neste sentido é de extrema importância para a melhoria do clima organizacional.

Nessa afirmação verificou-se que o setor com maior grau de satisfação foi o SAAT (67%),

enquanto os demais setores demonstraram insatisfação, destacando-se novamente o

monitoramento (71%).

Referente à segunda afirmação percebe-se que 84% dos agentes da autoridade de

trânsito não têm conhecimento de palestras ou atividades que visem a conscientização dos

servidores quanto as doenças ocupacionais, enquanto 16% da amostra relata que a

organização oferece tais atividades. Porém foi possível perceber que todos os setores

demonstraram-se insatisfeitos, onde os percentuais de insatisfação ficaram entre 83% (SAAT)

e 88% (GAP).

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76

Quadro 20: Variável condições físicas de trabalho

Fonte: Dados primários

Gráfico 42: Nível de satisfação da segurança no trabalho

Fonte: Dados primários

Analisando o grau de satisfação desta variável é possível verificar, no gráfico 42, que

apenas 36% dos servidores entrevistados encontram-se satisfeitos, enquanto 64%

demonstraram insatisfação. Sendo assim verifica-se a necessidade de priorizar as ações neste

sentido, pois esta variável apresentou o maior grau de insatisfação dentre as analisadas neste

estudo.

k) Nível de satisfação identificado quanto às condições físicas de trabalho

Como a décima variável mais importante para a satisfação no ambiente de trabalho,

segundo os agentes da autoridade de trânsito, foi escolhida a condição física de trabalho.

Seguem no quadro 20 os dados levantados referente a esta variável.

Variável Afirmações Escores Escores

Escolhidos Total de respostas

Condições físicas

de trabalho

As instalações físicas da

organização oferecem conforto

aos servidores.

NT 10

58 NP 14

CP 29

CT 5

Os equipamentos

disponibilizados são confortáveis

e de qualidade.

NT 11

58 NP 15

CP 21

CT 11

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77

Gráfico 43: Instalações físicas

Fonte: Dados primários

Para a análise desta última variável em estudo observa-se no gráfico 43 que 59% dos

agentes da autoridade de trânsito estão satisfeitos com as instalações físicas da organização,

enquanto contrários a esta percepção 41% dos servidores entrevistados alegaram não

sentirem-se confortáveis nas instalações físicas da organização. Verificando-se as percepções

dos servidores, quanto a essa afirmação, também foi possível perceber que o único setor que

demonstrou insatisfação foi o monitoramento com percentual de 57%.

Referente aos equipamentos disponibilizados aos agentes de trânsito para a

realização das atividades diárias observa-se (gráfico 44) que 55% dos servidores consideram

os equipamentos confortáveis e de qualidade. Porém 45% encontram-se insatisfeitos com

estes equipamentos e não concordaram com esta afirmação. Analisando-se setorialmente é

possível perceber que o mais satisfeito é o GAP com 88% dos servidores contentes com os

equipamentos disponibilizados, enquanto o menos satisfeito é o SAAT com 67% dos

servidores insatisfeitos com os equipamentos disponibilizados.

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Gráfico 44: Equipamentos disponibilizados

Fonte: Dados primários

Gráfico 45: Nível de satisfação das condições físicas de trabalho

Fonte: Dados primários

Quanto ao grau de satisfação geral desta variável verifica-se, com base nos dados

coletados, e representados graficamente abaixo, que 57% dos agentes da autoridade de

trânsito estão satisfeitos quanto às condições físicas disponibilizadas pela organização para a

realização das atividades diárias. Contudo também percebe-se que 43% dos servidores não

estão satisfeitos com as instalações físicas e equipamentos disponibilizados pela organização.

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Quadro 21: Índice de Satisfação Geral

Fonte: Dados primários

l) Índice de satisfação geral

De acordo com Luz (2003) além de tabular cada afirmação e cada variável em estudo

também é necessário calcular o grau de satisfação da amostra pesquisada como um todo.

O quadro 21 apresenta os percentuais de satisfação obtidos para cada variável e

através do calculo da média aritmética foi identificado o grau de satisfação geral dos agentes

da autoridade de trânsito quanto ao clima organizacional na Coordenadoria Técnica de

Trânsito de Itajaí.

Observa-se no quadro 21 que a variável com maior grau de satisfação entre os

agentes de trânsito é relacionada aos trabalhos realizados pelos funcionários (90%). Em

relação às demais variáveis verifica-se que todas estão com o índice de satisfação inferior a

57%.

Índice de Satisfação Geral - ISG

Variável % de satisfação

Trabalhos Realizados pelos Funcionários 90%

Condições Físicas de Trabalho 57%

Qualidade e Satisfação do Cliente 54%

Estabilidade no Emprego 47%

Salário 46%

Valorização dos Funcionários 45%

Benefícios 42%

Treinamento e Desenvolvimento 38%

Segurança no Trabalho 36%

Possibilidade de Progresso Profissional 20%

ISG (Resultado Geral) 48%

Referente ao Índice de Satisfação Geral (ISG) percebe-se que ficou com 48% de

satisfação da amostra pesquisada, porém, consequentemente, 52% dos agentes da autoridade

de trânsito encontram-se insatisfeitos, o que é considerado desfavorável ao Clima

Organizacional da CODETRAN.

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80

3.3 Sugestões

Atendendo ao último objetivo estabelecido no item 1.2 deste trabalho, foram

propostas algumas sugestões para serem implantadas na organização, com o intuito de

melhorar o ambiente de trabalho e, consequentemente, o clima organizacional.

Para a elaboração destas sugestões foram consideradas as variáveis que apresentaram

índices de satisfação menor ou igual a 50%, sendo: salário (46%), benefícios (42%),

valorização dos funcionários (45%), Possibilidade de Progresso Profissional (20%),

estabilidade no emprego (47%), treinamento/desenvolvimento (38%) e segurança no trabalho

(36%).

a) Salário

Para Walton (1973 apud FERNANDES, 1996), o salário adequado é o que

possibilita o suprimento das necessidades do trabalhador, dê-lhe uma vida digna, dentro do

contexto social e que proporcione uma equidade com o mercado de trabalho, ou seja, a

remuneração praticada pela organização deve seguir a média de mercado para que o

funcionário sinta-se satisfeito. Sendo assim, sugere-se que as ações relacionadas a essa

variável devam ser iniciadas com um levantamento das instituições que, regional ou

estadualmente, desempenhem as mesmas atividades que a CODETRAN e, em seguida,

identificar o salário médio praticado por estas organizações. É importante que esta pesquisa,

independentemente do resultado obtido, seja apresentada aos agentes da autoridade de trânsito

juntamente com as próximas ações a serem realizadas pela CODETRAN, com o objetivo de

melhorar a percepção dos servidores com relação à realidade de mercado e a preocupação da

organização em buscar melhorias neste sentido.

Em seus estudos Walton (1973 apud FERNANDES, 1996) ainda apresentam que o

salário recebido pelo trabalhador deve ser justo se comparado com as tarefas que desenvolve,

além de verificar se o nível de remuneração é adequado ao grau de esforço, de qualificação,

habilidade e de responsabilidade que o trabalhador exige. Desta forma seria importante,

também, realizar simultaneamente outra pesquisa com os agentes da autoridade de trânsito de

Itajaí, onde seria verificado o nível salarial que, na visão destes, seria justo para as funções

que desempenham na Coordenadoria Técnica de Trânsito. Assim a organização tomaria

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conhecimento dessas informações e poderia utilizá-las para um planejamento de reajuste

salarial.

Outra informação coletada na aplicação do primeiro questionário e que foi citada por

alguns pesquisados como fator motivador e que pode estar contribuindo com esta variável –

salário – é a disponibilidade de mais horas para a realização de trabalhos extras (horas extras),

respeitando os aspectos legais estabelecidos no Estatuto do Servidor Público do Município de

Itajaí.

A organização, pensando nessa variável e unindo à responsabilidade social, pode

estar desenvolvendo cursos profissionalizantes ou de qualificação profissional, em convênio

com a Secretária de Educação Municipal, para atender aos familiares dos agentes da

autoridade de trânsito, assim estaria oferecendo a possibilidade dos familiares buscarem

melhores oportunidades de trabalho e, consequentemente, aumentar a renda do grupo familiar.

b) Benefícios

Para Schackow (2008, p. 39) “os benefícios podem ser entendidos como atitudes,

ações que atuam com o objetivo de estimular o ego do trabalhador, ao nível organizacional,

facilitando e colaborando para o aumento da motivação, produtividade e satisfação no

trabalho”.

Portanto foi possível constatar que o único benefício oferecido aos agentes da

autoridade de trânsito é um auxílio para formação de ensino superior, onde a Prefeitura de

Itajaí ressarci ao servidor 50% do valor mensalidade.

Como os servidores apresentaram insatisfação a este fator, sugere-se que a

organização realize um estudo para verificar a viabilidade de oferecer outros benefícios como:

plano de saúde, seguro de acidentes pessoais, clube para empregado, prêmios por trabalhos

realizados, festas de confraternização, etc.

Conforme o levantado por este pesquisador a Prefeitura de Itajaí, de modo geral,

oferece auxílio alimentação aos servidores, limitado um teto salarial e o salário dos agentes da

autoridade de trânsito excede a este teto.

Neste caso, sugere-se que a Coordenadoria Técnica de Trânsito negocie junto à

administração da prefeitura a possibilidade de se aumentar o valor de referência ou se

verifique a possibilidade de implantar este benefício especificamente aos servidores da

CODETRAN.

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c) Possibilidade de progresso profissional

De acordo com Lacombe (2005) possibilidade de progresso profissional são as

oportunidades que as pessoas têm para ocupar variadas posições dentro da organização ao

longo de sua vida profissional e que influenciam, positivamente ou negativamente, a

satisfação do funcionário.

Sendo assim, através da análise dos resultados percebeu-se que são necessárias

algumas ações que possibilitem a melhora do clima organizacional. Sugere-se à organização

que, primeiramente, realize um levantamento para identificar as potencialidades de cada

servidor e a visão dele sobre a organização e sobre o trabalho que desenvolve e, também,

identificar aquilo que ele gostaria de estar exercendo na organização para melhorar a sua

satisfação.

Com o término deste levantamento será possível elaborar um planejamento que

possibilite cada servidor desempenhar, ainda que em forma de rodízio, aquilo que lhe traz

satisfação e realização profissional.

Pode-se também realizar um planejamento de carreira e salário ou negociar junto a

administração da Prefeitura Municipal a adequação do plano de carreira e salários existente

para todos os servidores, pois observou-se na pesquisa que 80% dos servidores estariam

realizando suas atividades com maior satisfação se tivessem uma possibilidade de progresso

profissional dentro desta organização. Para a implantação ou adequação do plano de carreira e

salário, sugere-se que sejam analisadas as potencialidades e o grau de conhecimento dos

servidores, para isso se faz necessário a elaboração de um histórico de cada servidor.

c) Valorização dos funcionários

Como não existe nenhuma forma de reconhecimento e valorização dos funcionários

até o presente momento, sugere-se à organização que verifique a possibilidade de estar

implantando um programa neste sentido, porém devem-se observar as peculiaridades

existentes na administração pública para ofertar premiações ou qualquer outra forma de

incentivos.

Observou-se durante esta pesquisa que a organização utiliza uma urna onde os

servidores podem colocar suas idéias, sugestões ou reclamações, porém raramente algum

servidor utiliza esta urna, devido a falta de segurança (a urna não é fechada), a falta de um

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formulário padrão, assim gerando dúvida na hora de colocar a idéia no papel, a falta de

feedback dos gestores, entre outros motivos.

Portanto sugere-se à organização a implantação de um novo sistema de captação de

idéias, utilizando formulários padronizados e que possibilitem ao servidor se identificar ou

não; utilizar travas, fechaduras ou cadeado na urna; e, dar uma resposta ao servidor que fez a

sugestão informando se a idéia vai ser implantada ou não, neste caso informar o motivo pelo

qual a idéia ainda não será implantada e incentivar o servidor a desenvolver melhor a sua

idéia.

Para incentivar este processo seria importante a organização verificar a viabilidade

de estar premiando os servidores com maior numero de idéias utilizadas pela organização

durante um determinado período.

A organização também poderá estar implantando um programa de avaliação de

desempenho, que promoveria a realização de feedbacks formais constantes, contribuindo para

a valorização dos servidores.

d) Estabilidade no emprego

Verificou-se nesse trabalho que a maioria dos agentes da autoridade de trânsito

permanecem nessa organização, principalmente, pela estabilidade oferecida pelo serviço

público. Porém, a maior parte dos servidores demonstra que não gostariam de encerrar a vida

profissional nesta organização. Deste modo, observa-se que a insatisfação dos servidores

quanto à organização esta influenciando na permanência dos servidores nela. Portanto os

dados, informações e sugestões contidas neste trabalho serão de grande importância se

utilizadas para a melhoria do Clima Organizacional.

e) Treinamento/desenvolvimento

Quanto às variáveis treinamento e desenvolvimento, sugere-se a organização que

verifique a viabilidade de estar oferecendo periodicamente treinamentos de capacitação e

atualização dos agentes da autoridade de trânsito. Treinamentos como: legislação de trânsito

(atualização), primeiros socorros, técnicas de abordagem, práticas de direção de veículos de

emergências, entre outros. Cursos como esses estarão capacitando tecnicamente os agentes

para melhor exercer suas atividades diárias.

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Referente ao Desenvolvimento Profissional sugere-se que seja realizado um

convênio entre CODETRAN e Secretaria Municipal de Educação para oferecer cursos como:

cursos de idiomas, qualidade no atendimento, liderança corporativa, psicologia aplicada no

trânsito, gestão de conflitos, entre outros. Com a efetivação de alguns desses cursos,

consequentemente, haverá a mudança de hábitos e atitudes dos agentes. Além de estarem mais

capacitados para atender as situações encontradas rotineiramente no exercício de suas funções

profissionais.

f) Segurança no trabalho

Para que esta variável tenha uma melhor percepção dos servidores, sugiro à

organização que realize parcerias com instituições especializadas em prevenção de acidentes

em ambiente de trabalho. Estas irão desenvolver palestras, materiais didáticos, exercícios

físicos laborais, identificarão os equipamentos de proteção individuais e coletivos (EPI e

EPC), entre outras atribuições.

g) Outras sugestões

Além destas sugestões relacionadas às variáveis estudadas, este autor também sugere

à organização que estruture um setor de administração de recursos humanos para atuar

operacionalmente e estrategicamente na organização.

Segundo estudos realizados por Marras (2002) a administração de recursos humanos

operacional atende as necessidades primárias do trabalhador, como a segurança, a saúde, o

salário, etc. Já a administração de recursos humanos estratégica atua no campo motivacional,

ou seja, deve atender as necessidades endógenas, como de status, as sociais ou de

relacionamentos, de valorização e reconhecimento e de auto-realização dos servidores.

Com a criação desse novo setor a organização evidenciará a sua preocupação com o

seu capita humano e poderá mais facilmente realizar as ações aqui sugeridas para a melhoria

do Clima Organizacional e também buscar novas possibilidades que atendam as necessidades

porvindouras.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo de clima organizacional tem como objetivo mais do que derrubar barreiras

para aproximar os colaboradores e gestores, trata-se de uma visão do momento pelo qual a

organização esta passando e aponta os principais fatores a serem tratados pelos gestores para

um melhor ambiente de trabalho.

Sendo assim, o clima é a percepção coletiva que os servidores têm da organização,

através das experiências vividas, das políticas, dos sistemas e dos processos e valores.

Este estudo teve como objetivo geral avaliar o clima organizacional na CODETRAN,

com base em variáveis definidas pelos agentes da autoridade de trânsito. Durante este

processo foi possível, passo a passo, cumprir todos os objetivos estabelecidos no item 1.2.

Com base nos resultados obtidos na pesquisa, por meio de aplicação dos

questionários, pode-se perceber que 52% dos agentes da autoridade de trânsito estão

insatisfeitos com o clima organizacional na Coordenadoria Técnica de Trânsito do Município

de Itajaí, sendo que alguns aspectos que afetam a satisfação, direta ou indiretamente, precisam

ser melhorados.

Ao desenvolver esta pesquisa foram constatadas algumas limitações como a

dificuldade de se obter um retorno dos questionários, alguns servidores ficaram com receio de

responder por que achavam que, mesmo sendo uma avaliação anônima, os gestores poderiam

utilizar esta pesquisa para persegui-los e, assim, teria um resultado contrario do objetivo deste

estudo.

Porém após muitas explicações foi possível conscientizá-los de que este estudo

serviria para uma melhora do ambiente de trabalho e que os gestores estavam cientes do

verdadeiro objetivo deste estudo e se mostraram abertos a possíveis mudanças a serem

implementadas na organização.

Tanto a oportunidade proporcionada pela CODETRAN quanto a eficiente orientação

do conteúdo, contribuíram para a conclusão desta pesquisa. Para o acadêmico, além do

conhecimento adquirido com os assuntos abordados teoricamente, foi muito importante

aprender e desenvolver este trabalho de conclusão de estágio (TCE), pois foi uma excelente

oportunidade de relacionar teoria e prática.

Para a empresa o trabalho foi de suma importância visto que o mapeamento do clima

organizacional nunca havia sido realizado. Com o desenvolvimento desta pesquisa foram

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reconhecidos os fatores mais importantes, na visão dos agentes da autoridade de trânsito, que

afetam o relacionamento entre servidores e gestores, consequentemente, seu sistema

administrativo, e que se aperfeiçoados, podem trazer melhoras significantes nos resultados da

organização.

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APÊNDICES

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Apêndice 1 – Primeiro Questionário Aplicado

Caro Colega,

Este questionário é parte de um projeto acadêmico que visa propor estudos sobre esta organização.

Pedimos a sua contribuição para responder com responsabilidade e seriedade os dados abaixo, pois estes

contribuirão no diagnóstico e desenvolvimento de ações para que nossa organização tenha um ambiente

cada vez melhor para se trabalhar.

Desde já agradeço sua colaboração. Leia até o final!

Em sua opinião quais os fatores abaixo têm maior grau de influência na sua satisfação e motivação no

ambiente de trabalho? Entre os 34 fatores apresentados, enumere, por ordem de importância, os 10 (dez)

fatores que você considera mais importantes, sendo o mais importante o de número 01 e o de menor

importância o de número 10.

1. ( ) Trabalhos realizados pelos funcionários: adaptação aos trabalhos realizados, distribuição

dos trabalhos, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

2. ( ) Salário: o salário praticado, possibilidade de viver dignamente, possibilidade de aumentos

salariais

3. ( ) Benefícios: os benefícios concedidos pela organização (Ex: bolsa de estudos, alimentação,

plano de saúde, etc.)

4. ( ) Integração entre departamentos da empresa: cooperação e conflitos entre os diferentes

departamentos.

5. ( ) Liderança\estilo gerencial: qualidade das lideranças, capacidade técnica, humana e

administrativa dos lideres.

6. ( ) Comunicação: processo de divulgação dos fatos relevantes da empresa e forma de

comunicação utilizada pela organização.

7. ( ) Treinamento/desenvolvimento/carreira: oportunidade de qualificação, atualização e

desenvolvimento e crescimento na profissão.

8. ( ) Possibilidades de progresso profissional: promoção e crescimento na carreira,

aproveitamento das potencialidades dos funcionários.

9. ( ) Relacionamento interpessoal: relações entre os funcionários, entre funcionários e chefias,

existência e intensidade de conflitos.

10. ( ) Estabilidade no emprego: grau de segurança no emprego.

11. ( ) Processo decisório: qualidade e agilidade no processo decisório, tipo de processo:

participativa, centralizada ou descentralizadas.

12. ( ) Condições físicas de trabalho: qualidade e conforto das instalações, recursos disponíveis,

vestiários, etc.

13. ( ) Relacionamento da empresa com os funcionários e sindicatos: tratamento dos problemas

trabalhistas e sindicais.

14. ( ) Participação: dos funcionários no cotidiano e na gestão da organização

15. ( ) Pagamento dos salários: Incidência de erros na folha de pagamento, conhecimento sobre os

códigos de proventos e descontos lançados na folha de pagamento.

16. ( ) Segurança no trabalho: iniciativas de prevenção e controle sobre os riscos de acidentes e

doenças ocupacionais.

17. ( ) Objetivos organizacionais: comunicação dos objetivos organizacionais

18. ( ) Orientação da empresa para resultados: esforços para alcançar os resultados.

19. ( ) Disciplina: rigidez da disciplina praticada e justiça na aplicação das punições

20. ( ) Imagem da empresa: como a organização é percebida pela sociedade e fornecedores.

21. ( ) Estrutura organizacional: estrutura para alcançar os objetivos almejados.

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22. ( ) Ética e Responsabilidade Social: ética e responsabilidades sociais nas suas relações com

fornecedores e comunidade.

23. ( ) Qualidade e satisfação do cliente: compromisso da organização em relação à qualidade dos

serviços prestados

24. ( ) Reconhecimento: mecanismos de valorização e reconhecimento dos servidores

25. ( ) Vitalidade organizacional: ritmo de atividades desenvolvidas pela empresa, coisa andam

rápido ou devagar.

26. ( ) Direção e estratégias: satisfação dos funcionários quanto a direção da organização, quanto a

qualidade das estratégias e quanto a condução dos processos.

27. ( ) Valorização dos funcionários: o quanto a empresa valoriza, respeita, dá oportunidades e

investe nos seus servidores.

28. ( ) Envolvimento/comprometimento: o quanto os funcionários se sentem envolvidos e

comprometidos com os objetivos e com os resultados da organização.

29. ( ) Trabalho em equipe: equipes para solucionar problemas ou buscar oportunidades para

aprimorar os processos.

30. ( ) Modernidade: inovação/modernização de processos, serviços, tecnologia, modelo de gestão,

etc.

31. ( ) Orientação da empresa para o cliente: imagem externa da organização, percepção que os

clientes externos sobre a organização.

32. ( ) Planejamento e organização: planos e organização pelos gestores, clareza na divulgação de

planos e objetivos

Muito obrigado por dedicar seu tempo e contribuir com esta pesquisa acadêmica!

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UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí

CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Caro Colega,

Primeiramente gostaria de lhe agradecer pela sua participação no primeiro questionário aplicado. Para dar

continuidade neste trabalho acadêmico peço novamente que responda a este questionário com a máxima seriedade,

pois somente assim poderemos realmente melhorar o nosso ambiente de trabalho.

NÃO É NECESSARIO COLOCAR O NOME NA FOLHA!!!

Apêndice 2 – Segundo Questionário Aplicado

Qual o setor onde trabalha: Fiscalização ( ) GAP ( ) SAAT ( ) Monitoramento ( )

Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade: ______ Estado Civil: ______________

Possui filhos: Sim ( ) Não ( ) Quantos:________

Qual a renda total do se grupo familiar: Até R$ 2.500,00 ( )

Entre R$ 2.500,01 e R$ 4.000,00 ( ) mais de R$ 4.000,01 ( )

Quanto tempo trabalha nesta empresa: __________

Você possui outra atividade remunerada: Sim ( ) Não ( )

Você mora em: Casa ( ) Apartamento ( ) Outros: ___________________

Sua residência é: Própria ( ) Alugada ( ) Mora com os pais ( ) Emprestada ( )

Qual sua escolaridade: 2º grau ( ) Superior ( ) Pós-Graduação/Especialização ( )

Outros:____________

Qual a situação: Incompleto ( ) Completo ( ) Cursando ( )

Qual seu meio de Transporte: A pé ( ) Bicicleta ( ) Moto ( ) Carro ( ) Outros ( ) Qual:

___________

Agora leia e analise as afirmações abaixo marcando com X a alternativa que considerar mais

adequada.

A questão em que não tiver conhecimento da situação deixe sem assinalar.

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Afirmações

Não C

on

cord

o

Tota

lmen

te

Não c

on

cord

o

Parc

ialm

en

te

Con

cord

o

Parc

ialm

en

te

Con

cord

o

Tota

lmen

te

O meu salário é justo e adequado diante das funções que exerço. ( ) ( ) ( ) ( )

Minha remuneração está acima da realidade de mercado. ( ) ( ) ( ) ( )

Nesta organização eu estou contente com os benefícios oferecidos. ( ) ( ) ( ) ( )

Utilizo todos os benefícios que são disponibilizados. ( ) ( ) ( ) ( )

Minhas idéias são analisadas e executadas pela organização. ( ) ( ) ( ) ( )

Sinto-me reconhecido pelas atividades que executo nesta organização. ( ) ( ) ( ) ( )

A estabilidade no emprego é o principal motivo pelo qual estou nesta organização. ( ) ( ) ( ) ( )

Pretendo encerrar minha vida profissional nesta organização. ( ) ( ) ( ) ( )

Recebo os treinamentos necessários para desempenhar as minhas funções nesta

organização. ( ) ( ) ( ) ( )

A organização oferece cursos em áreas diferentes da área que executo as minhas

atividades. ( ) ( ) ( ) ( )

Ficaria mais satisfeito se houvesse um plano de carreira e salários nesta

organização. ( ) ( ) ( ) ( )

A organização aproveita todo o meu potencial na realização das minhas atividades. ( ) ( ) ( ) ( )

A organização está preocupada com qualidade dos serviços que presto a

comunidade. ( ) ( ) ( ) ( )

São realizadas pesquisas para verificar o nível de satisfação da sociedade, em

relação aos serviços prestados por esta organização. ( ) ( ) ( ) ( )

Adaptei-me facilmente à minha função. ( ) ( ) ( ) ( )

Consigo equilibrar a minha vida profissional e pessoal sem prejudicar nenhuma

delas. ( ) ( ) ( ) ( )

A organização está preocupada com a prevenção de acidentes no ambiente de

trabalho. ( ) ( ) ( ) ( )

São oferecidas palestras e atividades que visam conscientizar os servidores sobre as

doenças ocupacionais. ( ) ( ) ( ) ( )

As instalações físicas da organização oferecem conforto aos servidores. ( ) ( ) ( ) ( )

Os equipamentos disponibilizados são confortáveis e de qualidade. ( ) ( ) ( ) ( )

Muito obrigado pela sua participação!

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DECLARAÇÃO

A organização PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ, declara para os devidos

fins que o estagiário DIEGO DOS SANTOS, aluno do Curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas – Gestão, da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga

horária prevista para o período de 01/03/2009 a 30/06/2010, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou as nossas normas internas.

Itajaí, 30 de junho de 2010.

_____________________________

Carlos Ely de Castro

Secretário de Segurança Municipal

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Diego dos Santos

Estagiário

Peterdione Manerich

Supervisor de Campo

Orientador de estágio

Alexandre de Sá Oliveira M.Sc.

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração