o caso dos exploradores de caverna (2)

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  • 7/28/2019 O Caso Dos Exploradores de Caverna (2)

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    O caso dos exploradores de caverna

    Suprema Corte Denewgarth, ano 4300

    Interessante debate sobre homicdio que se desenrola no caso dos exploradores de caverna,

    quando a sanidade se coloca a prova diante do risco iminente de morte dos cinco integrantes da

    equipe, observou-se aqui a viso exata de como o homem civilizado age quando no h mais

    nenhum recurso de sobrevivncia a no ser o sacrifcio de outrem, no caso o do Sr Roger Whetmore.

    Vemos que a princpio os rus foram condenados a forca por fora da lei em vigncia na

    comunidade (COMMONWEALTH), porm houve manifestaes contrrias promovendo uma petio

    que culminou em uma apelao pra um tribunal superior, sendo assim segue o ponto de vista dosmagistrados.

    V. Ex. Foster, J (ministro), tem um parecer que diz respeito jurisdio das leis, ele formula

    uma tese em que a partir do momento que a caverna se fechou perdendo o contato com o mundo da

    sociedade em que vivemos os exploradores tinham razo em determinar uma nova norma para ser

    inserida em sua nova realidade.

    Diz tambm que a partir do momento em que nossa norma positivada anulada assume-se

    uma postura jus naturalista, ou seja, no estamos no estado da sociedade civil e sim em um estado

    de natureza, tendo que se implantar um novo acordo de normas na sociedade, justificando assim o

    jogo dos dados para a escolha do sacrifcio, e por fim ele alega que se interpretarmos o estatuto de

    certa forma entende-se o fato como legtima defesa da vida, validando seu uso.

    V. Ex. Tattingj, juiz, frisa sua opinio contrria a do colega questionando se uma simples

    barreira de rocha d o direito de anular uma constituio feita pela sociedade e se a fome extrema

    justificaria tambm o assassinato, comenta se por um acaso o condenado pela barganha dos dados

    quisesse desistir do sistema (como foi o caso de Whetmore), no teria o direito, como no o teve.

    Ele narra a respeito do caso verdico em que uma pessoa foi presa por roubar um pedao de

    po e que no pode alegar que estava em um estado de lei natural de fome extrema, diz tambm

    que legtima defesa um ato instintivo de agresso contra a vida e no uma discusso entre pessoas

    em s conscincia no cabendo essa justificativa, por fim o juiz se recusa a dar uma posio no caso.

    V.Ex. Keenj, critica seu colega Foster por favorecer os rus e diz que ele representava uma

    poca autoritria em que os magistrados faziam o que queriam, por isso Foster dizia que o

    assassinato em questo foi necessrio e se enquadrava como legitima defesa da vida, contradizendo

    as normas vigentes. Diz tambm que no devemos argumentar em cima de erros dos legisladores ao

    publicar as leis para encobrir um crime, procurando brechas para argumentos infundados, portanto

    Keenj considera o caso como assassinato.

    V.Ex. Handyj, tem um ponto de vista simplista e se mostra um homem razovel e prtico,tendo uma tendncia poltica, respeita e tende a favorecer a opinio publica, causando uma boa

    impresso ao judicirio, critica o modo como so feitos os julgamentos que parecem batalhas

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    desgastantes e fadigantes que faz com que o caso ao final do julgamento se fragmente em mil

    argumentos opostos, por conta de estratgias de defesa e acusao.

    Por fim ele favorece a absolvio dos rus, pelo simples fato de agradar a opinio publica.

    O M. juiz Foster usa da lei para validar um ato hediondo com argumentos, persuasivos porem

    sem fundamento algum, J o M. Juiz Tattingj com argumentos fortes derruba com certeza a tese de

    Foster descrevendo o quanto esta longe de ser justo o ato, porm se recusa a dar sua posio, o M.

    juiz Keenj totalmente contrario a qualquer argumento que absolva os rus e tem a opinio que a lei

    deve prevalecer ao p da letra e por fim o M. juiz Handyj tem um argumento vazio e conivente co a

    opinio popular .

    Na opinio do grupo o magistrado M.juiz Keenj tem a postura correta, e aplica a lei como

    esta escrita, sem deixar-se levar pela opinio pblica ou por colegas vaidosos e tendenciosos.