o bandeirante - n.197 - abril de 2009

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De TAUBATÉ a JUNDIAÍ Ano XVII - nº. 197 - ABRIL de 2009 Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP Redação: [email protected] - (11) 9182-4815 O Bandeirante O Bandeirante O Bandeirante O Bandeirante O Bandeirante Jornal Helio Begliomini Médico urologista Presidente da SOBRAMES-SP Posso dizer que médico sou e serei - Tu es medicus in aeternum - até o final dos meus diasJuscelino Kubitschek de Oliveira em seu livro “A Marcha do Amanhecer” (1962) em alusão ao versículo 4 o do Salmo 109: Tu es sacerdos in aeternum... – tu és sacerdote para sempre...” – e à genuína medicina-sacerdócio. O ano de 2008 foi muito especial para mim, pois muitos acontecimentos e emoções ele me reservou. Particularmente, me recordo da formatura em Medicina de meu segundo filho, o Bruno, no mês novembro. Já tinha tido o privilégio de participar com orgulho e muita alegria da formatura em Administração de Empresas do meu primeiro filho, o Enrico, há seis anos. Mas essa trazia algo de sui generis. Também pudera... ter prestado vestibular em cinco Estados diferentes... ter conseguido ingressar no curso médico somente após dois anos de tentativas, apesar de todo o empenho pessoal e apoio familiar .... ter iniciado seu aprendizado em Teresópolis – distante 500 quilômetros de seus familiares – durante 1,5 ano... ter vivido por mais 5 anos em Taubaté, concluindo sua formação... dava ingredientes especiais àquela comemoração. Confesso que a cada ano que passava, caladamente, vez por outra, derramava lágrimas de alegria por ele ter trilhado a mesma vocação que a minha, embora jamais tivesse forçado ou sequer direcionado nenhum de meus três filhos a escolher suas profissões. Minha emoção e meu pranto se acentuaram na reta final, exatamente no decurso de 2008, não havendo, proporcionalmente, tantas lágrimas de reserva por ocasião da solenidade de colação de grau, quanto aquelas que já haviam sido roladas pálpebras abaixo. Mas estava lá, juntamente com minha esposa e filhos; sua namorada e seus familiares; seus pais americanos oriundos de um intercâmbio que fizera na adolescência; seus avós paternos, diversos tios, primos e amigos. Era uma verdadeira caravana – muito alegre por sinal – que ali se encontrava para abraçá-lo e compartilhar dessa sua conquista. Compenetrado em meu canto e ao lado de entes queridos, acompanhava silenciosa e introspectivamente, passo a passo, a bela solenidade em desenvolvimento. Não queria perder nada. Apesar dos barulhos causados pelas manifestações de alegria que os formandos faziam, procurava curtir quietamente, comigo mesmo, toda aquela festa. E assim foi. Entre as manifestações do professor responsável pela cerimônia... do patrono e do paraninfo... dos dois oradores da turma... da leitura do juramento... das homenagens aos pais... aos pais falecidos... aos professores... aos funcionários... passava em minha mente o filme de minha vida e a ele interagia com profunda emoção. De repente me vi criança, aos seis anos, já com forte desejo de ser médico, vontade essa que me foi crescentemente alimentada na adolescência. Lembrei- me de 1972, sem dúvida alguma, o pior ano de minha vida, pois no afã de ganhar tempo, cursei, simultaneamente, o último ano do colegial, pela manhã, e o curso preparatório para a faculdade à noite, ocasião em que acumulei muitos desgastes físicos e psíquicos, felizmente recompensados pelo ingresso na querida e saudosa Faculdade de Medicina de Jundiaí. Recordei-me que até me estabelecer na “república” que vivi por cinco anos e meio, verdadeira escola de vida e de aprendizado, carinhosamente denominada “a moribunda”, alojei-me em pensão onde até os ratos cruzavam por debaixo da minha cama na calada da noite... e de ter morado provisoriamente em outra “república” onde o uso de maconha, infelizmente, se fazia presente. Relembrei-me, com muitas saudades, que vivi intensamente minha vida acadêmica – 24 horas por dia, 365 dias por ano – de ponta a ponta! Entre esse lusco- fusco jamais apagado de minha memória, recordava-me com satisfação do privilégio, da responsabilidade e do cansaço que tive de ser monitor das disciplinas de fisiologia por dois anos; de clínica médica por 1,5 ano e de urologia por 6 meses... de ter sido, enquanto terceiroanista, um dos dois fundadores da revista “Perspectivas Médicas”, periódico científico oficial da Faculdade de Medicina de Jundiaí, até hoje em circulação. Mas, também me relembrei dos inúmeros cursos extracurriculares que participei... das dezenas de estágios e plantões que graciosamente realizei apenas para aprendizado e, dentre eles, de modo particular, da saudosa Casa Amparo Maternal, na cidade de São Paulo – por 14 meses – após concorrido concurso. Lembrei-me, igualmente, e com alegria, das festas... dos jogos interclasses... dos torneios com as outras faculdades... das reuniões com a comissão de formatura... dos churrascos e chopadas de despedidas realizados mensalmente no último ano... da ansiedade em ingressar numa boa residência médica... da promessa que fiz nesse intento, enfim, de seis anos carinhosamente inolvidáveis em minha vida. Enquanto a colação se desenvolvia, experimentava períodos de presença naquela bela solenidade, em Taubaté, e de ausência com abstrações em tempos idos na inesquecível cidade de Jundiaí. Meu pensamento vagava levemente entre uma e outra e me sentia em verdadeiro estado de graça. Mal dava para conter e esconder minhas desavergonhadas lágrimas, que não eram poucas. Entre uma e outra chamada que o mestre de cerimônias fazia com excelente impostação de voz, para que os alunos se apresentassem para receber seu diploma, recordei-me, igualmente, dos ilustres professores que tive, particularmente daqueles que além de terem-me ensinado dados técnicos, transmitiram inolvidáveis lições de humanismo, de respeito à vida – da concepção à morte –, do carinho para com o enfermo, ele a maior razão da arte de curar. Subitamente, como que despertado de um belo sonho, na sequência da ordem alfabética, o nome do meu filho é anunciado e, assim como os demais, nós, seus pais, deveríamos subir ao palco para dar-lhe o diploma que tantos sacrifícios causaram a ele e a nós. Entre os poucos metros que separavam nossa cadeira do palco, novo e colorido filme passava celeremente em minha mente, tudo densamente condensado em segundos: sua concepção... gravidez... parto... infância... peraltices... homenagens que nos deu nos dias das mães... dos pais... estudos... bom desempenho nos esportes e, particularmente, no futebol... escolas por onde passou... malcriações que nos infligiu... alegrias que nos proporcionou... modificações em seu corpo durante a adolescência... intercâmbio de estudos nos Estados Unidos da América por quase um ano (ausência em nosso lar)... namoro... Enfim, aquele bebê e criança de outrora era, agora, um homem feito aos seus esplendorosos 26 anos! Ao ver aqueles doutorandos de Taubaté se apresentarem um após outro para receberem seu canudo – máxima de sua consagração enquanto aluno – com seus rostos lisos, sem rugas, feições alegres, cheios de vitalidade, de confiança e de sonhos... recordei-me com muita alegria e emoção também de minha colação de grau, onde todos estávamos rigidamente sérios e aplicados, diferentemente das algazarras dos tempos atuais. Lembro-me nitidamente que da mesma forma, num grande palco, contritamente agradecia a Deus por ter-me dado a oportunidade de realizar o maior sonho de minha vida – ser médico. A Ele, naquela ocasião – igualmente muito emocionado – pedia auxílio ao mesmo tempo em que jurava tudo fazer para honrar minha profissão, não estratificando e nem diferenciando pacientes pela cor, religião, nível intelectual, classe social e condição econômica... de levar com amor e ardor até quando Ele assim determinasse a alegria de ter sido médico, quer curando, quer mitigando, quer ouvindo, quer dividindo a dor... quer sendo apenas presença positiva quando a fragilidade da vida cede lugar à intransigência e a inexorabilidade da morte. E assim, entre as duas cidades, meu pensamento lepidamente viajava, não percebendo as mais de duas horas que a solenidade compreendeu. Mas aquele momento tinha igualmente um sutil toque de magia, pois entre a colação de grau da turma de Taubaté de meu filho e a da minha turma de Jundiaí, decorreriam exatos 30 anos! Nessa diástase de tempo, um repertório incomensurável de aprendizado transcorreu em minha vida, sem jamais me ter arrependido um segundo sequer da medicina e da vocação que Deus me havia concedido. Talvez não esteja presente daqui a 30 anos. Mas gostaria de desejar de coração aos formandos de Taubaté de 2008 e, de modo particular ao meu filho, Bruno, que se dedicassem igualmente com afinco, carinho, estudo e amor à nobilíssima profissão que ora estão abraçando. Que o enfermo não fosse visto como uma mera troca de favores, barganha, poder ou mercadoria, mas que através dele, vissem a própria imagem do Criador, condição essa privilegiada dos filhos de Hipócrates que, obviamente só se apresenta àqueles que se colocam humildemente abertos ao Transcendente. Entre Taubaté de 2008 e Jundiaí de 1978 passaram-se 30 anos! – um verdadeiro oceano de experiências na arte de curar: tristes e belas... responsáveis e informais... positivas e negativas... gigantescas e diminutas... prazerosas e desagradáveis... alegres e trágicas... duradouras e efêmeras... todas, indeléveis em minha vida, que, entre um momento e outro da colação de grau de meu filho, relembrava com inaudita emoção e incontido pranto o grande privilégio de tê-las tido.

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De TAUBATÉa JUNDIAÍ

Ano XVII - nº. 197 - ABRIL de 2009Publicação Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SPRedação: [email protected] - (11) 9182-4815

O BandeiranteO BandeiranteO BandeiranteO BandeiranteO BandeiranteJornal

Helio BegliominiMédico urologistaPresidente da SOBRAMES-SP

“Posso dizer que médico sou e serei - Tu es medicus in aeternum - até o final dos meus dias”Juscelino Kubitschek de Oliveira em seu livro “A Marcha do Amanhecer” (1962) em alusão ao versículo 4o do Salmo 109:

“Tu es sacerdos in aeternum... – tu és sacerdote para sempre...” – e à genuína medicina-sacerdócio.

O ano de 2008 foi muito especial para mim, poismuitos acontecimentos e emoções ele me reservou.Particularmente, me recordo da formatura em Medicinade meu segundo filho, o Bruno, no mês novembro.

Já tinha tido o privilégio de participar comorgulho e muita alegria da formatura em Administraçãode Empresas do meu primeiro filho, o Enrico, há seisanos. Mas essa trazia algo de sui generis. Também pudera...ter prestado vestibular em cinco Estados diferentes... terconseguido ingressar no curso médico somente após doisanos de tentativas, apesar de todo o empenho pessoal eapoio familiar.... ter iniciado seu aprendizado emTeresópolis – distante 500 quilômetros de seus familiares– durante 1,5 ano... ter vivido por mais 5 anos em Taubaté,concluindo sua formação... dava ingredientes especiaisàquela comemoração.

Confesso que a cada ano que passava,caladamente, vez por outra, derramava lágrimas dealegria por ele ter trilhado a mesma vocação que a minha,embora jamais tivesse forçado ou sequer direcionadonenhum de meus três filhos a escolher suas profissões.Minha emoção e meu pranto se acentuaram na reta final,exatamente no decurso de 2008, não havendo,proporcionalmente, tantas lágrimas de reserva porocasião da solenidade de colação de grau, quanto aquelasque já haviam sido roladas pálpebras abaixo.

Mas estava lá, juntamente com minha esposa efilhos; sua namorada e seus familiares; seus paisamericanos oriundos de um intercâmbio que fizera naadolescência; seus avós paternos, diversos tios, primos eamigos. Era uma verdadeira caravana – muito alegrepor sinal – que ali se encontrava para abraçá-lo ecompartilhar dessa sua conquista.

Compenetrado em meu canto e ao lado de entesqueridos, acompanhava silenciosa e introspectivamente,passo a passo, a bela solenidade em desenvolvimento. Nãoqueria perder nada. Apesar dos barulhos causados pelasmanifestações de alegria que os formandos faziam,procurava curtir quietamente, comigo mesmo, todaaquela festa.

E assim foi. Entre as manifestações do professorresponsável pela cerimônia... do patrono e do paraninfo...dos dois oradores da turma... da leitura do juramento...das homenagens aos pais... aos pais falecidos... aosprofessores... aos funcionários... passava em minha menteo filme de minha vida e a ele interagia com profundaemoção.

De repente me vi criança, aos seis anos, já comforte desejo de ser médico, vontade essa que me foicrescentemente alimentada na adolescência. Lembrei-me de 1972, sem dúvida alguma, o pior ano de minhavida, pois no afã de ganhar tempo, cursei,simultaneamente, o último ano do colegial, pela manhã,e o curso preparatório para a faculdade à noite, ocasiãoem que acumulei muitos desgastes físicos e psíquicos,felizmente recompensados pelo ingresso na querida esaudosa Faculdade de Medicina de Jundiaí. Recordei-meque até me estabelecer na “república” que vivi por cincoanos e meio, verdadeira escola de vida e de aprendizado,

carinhosamente denominada “a moribunda”, alojei-meem pensão onde até os ratos cruzavam por debaixo daminha cama na calada da noite... e de ter moradoprovisoriamente em outra “república” onde o uso demaconha, infelizmente, se fazia presente.

Relembrei-me, com muitas saudades, que viviintensamente minha vida acadêmica – 24 horas por dia,365 dias por ano – de ponta a ponta! Entre esse lusco-fusco jamais apagado de minha memória, recordava-mecom satisfação do privilégio, da responsabilidade e docansaço que tive de ser monitor das disciplinas defisiologia por dois anos; de clínica médica por 1,5 ano ede urologia por 6 meses... de ter sido, enquantoterceiroanista, um dos dois fundadores da revista“Perspectivas Médicas”, periódico científico oficial daFaculdade de Medicina de Jundiaí, até hoje em circulação.

Mas, também me relembrei dos inúmeros cursosextracurriculares que participei... das dezenas de estágiose plantões que graciosamente realizei apenas paraaprendizado e, dentre eles, de modo particular, da saudosaCasa Amparo Maternal, na cidade de São Paulo – por 14meses – após concorrido concurso. Lembrei-me,igualmente, e com alegria, das festas... dos jogosinterclasses... dos torneios com as outras faculdades... dasreuniões com a comissão de formatura... dos churrascose chopadas de despedidas realizados mensalmente noúltimo ano... da ansiedade em ingressar numa boaresidência médica... da promessa que fiz nesse intento,enfim, de seis anos carinhosamente inolvidáveis emminha vida.

Enquanto a colação se desenvolvia,experimentava períodos de presença naquela belasolenidade, em Taubaté, e de ausência com abstrações emtempos idos na inesquecível cidade de Jundiaí. Meupensamento vagava levemente entre uma e outra e mesentia em verdadeiro estado de graça. Mal dava paraconter e esconder minhas desavergonhadas lágrimas, quenão eram poucas.

Entre uma e outra chamada que o mestre decerimônias fazia com excelente impostação de voz, paraque os alunos se apresentassem para receber seu diploma,recordei-me, igualmente, dos ilustres professores quetive, particularmente daqueles que além de terem-meensinado dados técnicos, transmitiram inolvidáveislições de humanismo, de respeito à vida – da concepçãoà morte –, do carinho para com o enfermo, ele a maiorrazão da arte de curar.

Subitamente, como que despertado de um belosonho, na sequência da ordem alfabética, o nome do meufilho é anunciado e, assim como os demais, nós, seus pais,deveríamos subir ao palco para dar-lhe o diploma quetantos sacrifícios causaram a ele e a nós. Entre os poucosmetros que separavam nossa cadeira do palco, novo ecolorido filme passava celeremente em minha mente,tudo densamente condensado em segundos: suaconcepção... gravidez... parto... infância... peraltices...homenagens que nos deu nos dias das mães... dos pais...estudos... bom desempenho nos esportes e,particularmente, no futebol... escolas por onde passou...

malcriações que nos infligiu... alegrias que nosproporcionou... modificações em seu corpo durante aadolescência... intercâmbio de estudos nos EstadosUnidos da América por quase um ano (ausência em nossolar)... namoro... Enfim, aquele bebê e criança de outroraera, agora, um homem feito aos seus esplendorosos 26anos!

Ao ver aqueles doutorandos de Taubaté seapresentarem um após outro para receberem seu canudo– máxima de sua consagração enquanto aluno – comseus rostos lisos, sem rugas, feições alegres, cheios devitalidade, de confiança e de sonhos... recordei-me commuita alegria e emoção também de minha colação degrau, onde todos estávamos rigidamente sérios eaplicados, diferentemente das algazarras dos temposatuais. Lembro-me nitidamente que da mesma forma,num grande palco, contritamente agradecia a Deus porter-me dado a oportunidade de realizar o maior sonhode minha vida – ser médico. A Ele, naquela ocasião –igualmente muito emocionado – pedia auxílio aomesmo tempo em que jurava tudo fazer para honrarminha profissão, não estratificando e nem diferenciandopacientes pela cor, religião, nível intelectual, classe sociale condição econômica... de levar com amor e ardor atéquando Ele assim determinasse a alegria de ter sidomédico, quer curando, quer mitigando, quer ouvindo,quer dividindo a dor... quer sendo apenas presençapositiva quando a fragilidade da vida cede lugar àintransigência e a inexorabilidade da morte.

E assim, entre as duas cidades, meu pensamentolepidamente viajava, não percebendo as mais de duashoras que a solenidade compreendeu. Mas aquelemomento tinha igualmente um sutil toque de magia,pois entre a colação de grau da turma de Taubaté de meufilho e a da minha turma de Jundiaí, decorreriam exatos30 anos! Nessa diástase de tempo, um repertórioincomensurável de aprendizado transcorreu em minhavida, sem jamais me ter arrependido um segundo sequerda medicina e da vocação que Deus me havia concedido.

Talvez não esteja presente daqui a 30 anos. Masgostaria de desejar de coração aos formandos de Taubatéde 2008 e, de modo particular ao meu filho, Bruno, quese dedicassem igualmente com afinco, carinho, estudo eamor à nobilíssima profissão que ora estão abraçando.Que o enfermo não fosse visto como uma mera troca defavores, barganha, poder ou mercadoria, mas que atravésdele, vissem a própria imagem do Criador, condiçãoessa privilegiada dos filhos de Hipócrates que,obviamente só se apresenta àqueles que se colocamhumildemente abertos ao Transcendente.

Entre Taubaté de 2008 e Jundiaí de 1978passaram-se 30 anos! – um verdadeiro oceano deexperiências na arte de curar: tristes e belas... responsáveise informais... positivas e negativas... gigantescas ediminutas... prazerosas e desagradáveis... alegres etrágicas... duradouras e efêmeras... todas, indeléveis emminha vida, que, entre um momento e outro da colaçãode grau de meu filho, relembrava com inaudita emoçãoe incontido pranto o grande privilégio de tê-las tido.

Jornal O BandeiranteANO XVII - nº. 197 - Abril 2009

Publicação mensal da Sociedade Brasileira de MédicosEscritores - Regional do Estado de São PauloSOBRAMES-SP. Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP Telefax: (11)3062-9887 / 3062-3604 Editores: Flerts Nebó eMarcos Gimenes Salun. Redatores: Helio Begliomini,Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável:Marcos Gimenes Salun - (MTb 20.405 - SP). Revisão:Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP). Redaçãoe Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 -ap.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP -CEP04182-010 E-mail: [email protected].: (11) 9182-4815 / 2331-1351. Colaboradoresdesta edição: Roberto Antonio Aniche, Carlos JoséBenatti, Ligia Terezinha Pezzuto, Josyanne Rita deArruda Franco, Luiz Jorge Ferreira, Carlos AugustoFerreira Galvão, Arary da Cruz Tiriba e SoniaAndruskevicius de Castro.Tiragem desta edição:300 exemplares (papel) e mais de 1.000 exemplaresPDF enviados por e-mail.Diretoria - Gestão 2009/2010 - Presidente: HelioBegliomini. Vice-Presidente: Josyanne Rita deArruda Franco. Primeiro-Secretário: LigiaTerezinha Pezzuto. Segundo-Secretário: Mariado Céu Coutinho Louzã. Primeiro-Tesoureiro:Marcos Gimenes Salun. Segundo-Tesoureiro:Roberto Antonio Aniche. Conselho Fiscal Efetivos:Flerts Nebó, Carlos Augusto Ferreira Galvão, LuizJorge Ferreira. Conselho Fiscal Suplentes:Geovah Paulo da Cruz; Rodolpho Civile; Helmut AdolfMataré.Matérias assinadas são de responsabilidade

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REVISÃO

Minha velha PROFESSORA

Marcos Gimenes Salun - Editor

Até há bem pouco tempo teve grande repercussão e causoumuita polêmica a discussão sobre o possível desaparecimento dolivro convencional que daria lugar a seus modernos substitutoseletrônicos através do crescente avanço da divulgação literáriapela Internet. Aos poucos o assunto foi arrefecendo, à medidaque houve a constatação de que um meio não invalidaria o outro,já que tanto o livro convencional quanto o virtual têm seus espaços

garantidos, e que um até é forte aliado do outro.Mas eu acabei tocando neste assunto em razão de uma agradável descoberta

que fiz, navegando pelos incontáveis recantos da Internet em busca deinformações literárias.Talvez muitos se lembrem de um livro que marcou a vidade milhões de brasileiros. Ele tem mais de 60 anos e já alfabetizou mais de 45milhões de brasileiros. Nos anos 1980, deu uma rejuvenescida com algunsreforços de sua progenitora, a educadora brasileira Branca Alves de Lima (falecidaem 2001), como cartazes, cartazetes, carimbos, baralhos e livros de exercício. Eagora está ganhando uma plástica completa.

A 128ª. edição da cartilha Caminho Suave chega agora atualizada com oNovo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e com a inclusão de materialreferente às letras k, w e y. Indicada para alfabetizar ou para reforçar ecomplementar a alfabetização de crianças, jovens e adultos, a cartilha teve suaprimeira edição em 1948. De acordo com o Centro de Referência em EducaçãoMário Covas, calcula-se que até meados da década de 90, foram vendidos 40milhões de exemplares. O título vende anualmente cerca de 10 mil exemplares,embora não faça parte do catálogo do Ministério da Educação. Essa cartilha,que alfabetizou milhões de brasileiros, e a mim inclusive, ganhou fôlego paraensinar outros milhões.Minha velha professora ainda não perdeu sua vocaçãopara ensinar.

O BANDEIRANTE - Abril de 2009 3 3 3 3 3SUPLEMENTO LITERÁRIO

Fogos de ARTIFÍCIO

Roberto Antonio AnicheMédico ortopedistaSão Paulo - SP

Olhava insistentemente pelajanela. Era noite com garoa fina e umfrio fora de época entrava peloapartamento. Andava de um lado aoutro, sempre retornando ao mesmoângulo para vigiar a rua: pessoasapressadas carregando pacotes,crianças, sacolas...

Havia dois dias sem banho, umagarrafa de vodka vazia mostrava que oestoque de pecados havia terminado.Daí para diante somente poderiaesperar na esquina da rua, bem no fimdo seu mundinho, despertar um raiode sol.

Aí teria que correr, banhar-se,tornar-se perfumada com seu melhorvestido de noite, esperando a porta seabrir e a vida ser inundada por aquelaluz suave, o perfume no vento, a vozmacia entrando em seu coração. Elase tornaria romântica, sem perguntarporque demorou tanto a jogar a vidano lixo para iniciar outra plena depaz.

Acendeu outro cigarro, umdaquele pecados guardados aospacotes no armário com tantas coisasque não comia mas tinha que ter ali,esperando o tempo infindável

terminar. Lembrou-se do seu vestidode noite, que havia sido feito há tantosanos somente para ser desnudada,expondo a entrega gratuita e pacíficapara os seus sonhos.

Correu ao armário e diferente darapidez de procurar, tornou-senovamente quieta, sem saber por queo fizera com tanta esperança deencontrar nele o perfume há tantotempo esquecido. Voltou a olhar a ruapela mesma janela.

Via de longe o mar escuro semsaber aonde terminava o céumergulhando por trás do horizonte.Via os navios iluminados, muitodistantes da praia e imaginou estardentro de um deles, olhando a janelado apartamento e vendo uma moçatriste com os olhos secos, manchadose fundos, vigiando a rua.

Um bêbado cantando “Adeusano velho” a acordou de seuspensamentos. Um casal passouabraçado, beijando-se em passos iguaisaos do bêbado, gente carregandosacolas, garrafas, a caminho da praia.

Um vento frio com uma garoafina entrou pela janela. Esboçou umalágrima de solidão, mas para que se

não valia a pena. Esperança é algumacoisa que te ensinam para aumentar osofrimento de cada minuto sozinha.

Um carro buzina na ruacorrendo entre as pessoas que buscama água do mar. Ela olha em volta.Faltam apenas cinco minutos, fita agarrafa de vodka vazia, o cinzeirocheio, as unhas escuras de tantoscigarros queimados na espera não sabede quê.

Não aguenta de tristeza, seguraa raiva, o choro, o amor tenta setransformar em ódio, tenta encontrardesculpas, defeitos, tenta se mostrarperfeita, melhor, mesmo com o gostoamargo da ressaca de dois dias. Apenasquer morrer, deixar ali naqueleapartamento imundo com uma janelaaberta para uma noite cinza umcoração cheio de amarguras.

Os olhos estão vermelhos e dagarganta escapa um soluço. O telefonetoca uma, duas, três vezes. O coraçãoque queria parar agora fica espantado.Corre para atender.

Em segundos a voz do outro ladoda linha vem macia, aveludada,dizendo palavras que arrepiam seucorpo, dissolvem a lágrima e o soluço.O coração ameaça explodir de alegriaenquanto que um sorriso brota,derretendo seus dias de solidão.

Não consegue falar, apenas deixaaquela voz dominar seu corpo, suaalma, excitar seus sentimentos. Deixa-se ouvir coisas que só a paixão podecompreender. Pela janela, vê os naviosiluminarem os céus com fogos deartifício naquela passagem de ano, masnada, nada mesmo comparado aosfogos que acendiam o seu coração...

Texto vencedor daSuperpizza de fevereiro

“As pessoas não dão chance para outras fazerem algo porque as coisasfáceis que fazem vão parecer difíceis para as outras, isto é, para se valorizareme poderem esconder sua própria insegurança.”

“Aquilo que você quer criar já existe. Não invente a roda. Todo fracassoé uma tentativa de reinventar a roda.”

“Podemos mudar nossos conceitos sobre o que quer que seja e isto émuito saudável e uma grande evolução pessoal.”

“As pessoas que cometem injustiças vivem com o coração leve e asinjustiçadas sempre com o coração cheio de ódio.”

“Só existe uma situação em que é aceitável a mentira: quando for falarda qualidade dos outros... Pode exagerar, pois todo mundo vai gostar.”

Algumas REFLEXÕES

Carlos José BenattiMédico ginecologistaSão Paulo - SP

44444 O BANDEIRANTE - Abril de 2009 SUPLEMENTO LITERÁRIO

SAUDADELigia Terezinha PezzutoJornalistaSão Paulo - SP

Quem deraolhar o horizonte,perceber a chuvae sentir a brisarolar suave nasondas do teu docerespirar.

Sorver em golessem conta oencanto do teusorrir, a mostrarteu coração demil estrelas refletidasem brilhos de paz.

Num eterno viver,sonhos se apagamem certezas possíveisde conquistar e crer.

É o grito da vidaque pulsa no ser,destruindo barreiras,querendo nascer.

Nesse caminhar perene,onde caem as folhas ebrotam canções,bate mais forte eintensa a saudadeque me faz adormecerno sonho de te fazer contente.

Pensar que este é,agora, o meuinteiro presente.

Não envelheço, remoço!Porque são moços meus pensamentos.São guardiões da eternidadefluindo à noite com ecos da tarde,orvalho deixado na cinza paisagem,passado remoto no findo presente.São galhos e árvores do recomeço,barulho de água singrando rochedos,azul horizonte da grande viagem...Se brisa ou se vento sem freio ou cabresto!Por isso não morro, eu desapareço.Aquele que houve é remanescentena boca da noite, no brilho dos olhos,

RELATIVIDADEJosyanne Rita de Arruda FrancoMédica pediatraJundiaí - SP

no ouvido de mouco ouvindo a precena fala que disse do corpo ausente.Portanto não durmo...eu desfaleço,porque dormir atrasa o vivere só o cansaço me vencee só meu cansaço me pode vencer.Prefiro viver desperta,revigorada em horas rubras,sem qualquer pressa, nenhuma culpa,querendo a messe do florescer.No entanto não amo,eu enlouqueço...Porque amar nunca admitecompartilhar sentimento.Amar exige ser exclusivo,ser presa e garra do que é divinoe ser divino eu não mereço.Eu vivo o eterno e não conheçoo medo da vida, o medo da sorte!Criando versos eu sou mais fortee me concedo fazer sandices,buscar o intenso e o que resisteao abissal tempo final,vivendo alémda rascoeira superfície.

Museu da LÍNGUA PORTUGUESA

V JORNADA DA SOBRAMES NACIONAL - VI SOBRAMÍADA - CESão Paulo, de 17 a 19 de setembro de 2009 - GREEN PLACE FLAT

X Jornada Médico-Literária PaulistaX Jornada Médico-Literária PaulistaX Jornada Médico-Literária PaulistaX Jornada Médico-Literária PaulistaX Jornada Médico-Literária Paulista

CADERNO ESPECIAL do jornal “O Bandeirante” da SOBRAMES-SP para informações sobre a

Edição nº. 2 - abril de 2009

O Museu da LínguaPortuguesa é ponto de encontrodo visitante com a língua, aliteratura e a história, exibidas pormeio de recursos audiovisuais etecnologia de ponta. No lugar deparedes, vozes. No lugar de obras,espaços interativos. No coração deSão Paulo, na Estação da Luz, oMuseu proporciona uma viagemsensorial e subjetiva pela línguaportuguesa, a sexta língua maisfalada no mundo, guiada porpalavras, autores e estrelas doBrasil.

A obra é uma realização doGoverno do Estado de São Pauloe da Fundação Roberto Marinho,com parcerias de empresaspúblicas e privadas. Em todo oprojeto foram investidosR$ 37 milhões e as obras duraramum ano e cinco meses. No total,400 operários trabalharam narestauração e na adaptação dosquatro andares do prédio da luz,que se transformaram no atualmuseu.

Instalado no prédio acimada plataforma de trens da Estaçãoda Luz, no centro de São Paulo, omuseu conta com um vastoconteúdo sobre a história daLíngua Portuguesa, os idiomasque ajudaram a formá-la, asformas que a linguagem assume

no cotidiano e a criação da línguana literatura brasileira, entreoutros temas. Tudo isso emdiversas mídias para garantirinteratividade ao visitante.

Praça da Luz, s/n, Centro - São Paulo – SPInformações: Tel.: (11) 3326-0775E-mail: museu@museudalinguaportuguesa.org.brwww.museulinguaportuguesa.org.br

Informe-se mais sobre o museu

INSCREVA-SE hoje e

pague em parcelas

Inscrevendo-se até 30 de abril osparticipantes poderão parcelar suasdespesas em até 5 (cinco) vezes. Vejana última página deste cadernoespecial os preços e as condições depagamento. Os congressistas que sehospedarem no Green Place Flat, hotelsede da jornada, deverão fazer suainscrição até dia 01.07.2009 para que areserva esteja garantida. Salientamosque a quantidade de parcelas e ospreços das inscrições serão alteradosde acordo com os prazos constantesnas tabelas. Apresse sua inscrição!

CONCURSOS devem motivar escritores

Todos os textos inscritos para aX Jornada Médico-Literária Paulistaestarão automaticamente participandodos concursos literários de prosa everso, além de serem publicados nosAnais da Jornada.

Como o evento deste ano serárealizado em conjunto com aVI Sobramíada, tradicional certameliterário organizado pela regionalcearense, os escritores tambémconcorrerão aos prêmios já garantidospelo atual presidente cearense enacional, José Maria Chaves.

Os textos devem obedecer asregras mencionadas na página três destecaderno especial, com tema livre,devendo ser inscritos até o dia31.07.2009. Os membros do juri serãopessoas ligadas à cultura e à literaturapaulistas, e já estão sendo escolhidaspelos organizadores.

Saiba mais sobre o GREEN PLACE FLAT

Caderno Especial X Jornada Médico-Literária Paulista Nº. 2 - Abril 2009

X Jornada Médico-Literária Paulista - Edição nº. 2 - Abril de 2009Caderno Especial do jornal “O Bandeirante” para divulgação de notícias e regulamentos da X Jornada Médico-Literária Paulista. Publicação da SociedadeBrasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo - SOBRAMES-SP - Editor e Jornalista: Marcos Gimenes Salun - (MTb 20.405 - SP).Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP). Redação e Correspondência: Av. Prof. Sylla Mattos, 652 - ap.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SPCEP 04182-010 E-mail: [email protected]. Tels.: (11) 9182-4815 / 2331-1351.Comissão Organizadora da Jornada: Presidente: Manlio Mario Marco Napoli. Membros: Integrantes da Diretoria da Regional SP. Diretoria - Gestão2009/2010 - Presidente: Helio Begliomini. Vice-Presidente: Josyanne Rita de Arruda Franco. Primeiro-Secretário: Ligia Terezinha Pezzuto. Segundo-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Primeiro-Tesoureiro: Marcos Gimenes Salun. Segundo-Tesoureiro: Roberto Antonio Aniche. ConselhoFiscal Efetivos: Flerts Nebó, Carlos Augusto Ferreira Galvão, Luiz Jorge Ferreira. Conselho Fiscal Suplentes: Geovah Paulo da Cruz; Rodolpho Civile;Helmut Adolf Mataré.

O hotel fica na Rua Diogo de Faria,1.201- Vila Mariana. Está a 5 km doAeroporto de Congonhas, a 1 km doParque do Ibirapuera e da Bienal, a500 m da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, além da proximidade e fácilacesso a estações de Metrô e ShoppingCenters.

Possui 3 salas de convenções comcapacidade para até 150 pessoas. Temapartamentos confortáveis com arcondicionado, TV a cabo, conexão àInternet, cofres e frigobar. Tem serviçosde transfer gratuitos (sob consulta)para shoppings centers da região,aeroporto de Congonhas e Parque doIbirapuera, entre outros, em van com14 lugares.O hotel está capacitado paraatender hóspedes com necessidadesespeciais.

GREEN PLACE FLAT - Rua Diogo de Faria, 1.201 - Vila Mariana - CEP 04037-004 - São Paulo-SPTel: 55 (11) 5081-9150 - Fax: 55 (11) 5081-9160 - [email protected]

(daremos mais informações sobre o hotel em nossas próximas edições)

Apoio INSTITUCIONAL começa a surgir

A Comissão Organizadora da X Jornada Médico-Literária Paulista acaba dereceber manifestação oficial de mais duas instituições, confirmando apoioinstitucional ao evento : Academia Paulista de História e Associação MédicaBrasileira. O mesmo já havia acontecido com o MPN - Movimento Poético Nacional,através de correspondência recebida de seu presidente, poeta Walter Argento.

PROGRAMAÇÃOserá diversificada

Sem qualquer dúvida, a literaturaé o foco principal deste tradicionalevento promovido pela Sobramespaulista. No entanto, diante dadiversidade de opções culturais,gastronômicas, turísticas e de lazerexistentes na capital de São Paulo, aprogramação buscará integrar estesitens harmonicamente e na medida dadisponibilidade do exíguo tempo da

PRESTIGIE estainiciativa cultural

Se você tem interesse em patrocinar,apoiar ou incentivar a cultura atravésde sua empresa, entidade ou instituição,entre em contato com os organizadores.Embora recursos financeiros sejam muitobem-vindos, aceitaremos também seuapoio institucional, autorizando-nos aveicular o logotipo de sua empresa nomaterial promocional do evento. Informe-se pelo e-mail: [email protected] pelo telefone (11) 9182-4815.

Os congressistas que pretendem hospedar-se no Green Place Flat devemformalizar sua inscrição junto aos organizadores até o dia 1º. de julho de 2007para garantir vaga nas condições especiais do pacote da Jornada. Após essadata, a hospedagem ficará sujeita à existência de vagas e a reajustes de preços.

Recepção >

Fitness center >

^ Sala de convenções

realização do evento. Certamente seráum encontro que agradará a todos,paulistas e visitantes que prestigiarema X Jornada Médico-Literária Paulista.

A programação deste importanteevento ainda está sendo preparada commuito cuidado pela Comissão Organiza-dora. A grade básica prevê, além dassessões de apresentação dos temaslivres previamente inscritos, passeiosturísticos e culturais, lançamentos delivros e confraternizações gastro-nômicas.

Nas próximas edições deste infor-mativo, você terá maiores detalhes, àmedida que forem chegando asinscrições e que puderem ser definidostodos os detalhes dos itens que farãoparte da programação.

^ Museu Paulista, no Ipiranga

X Jornada Médico-Literária Paulista - 17 a 19.09.2009 - São Paulo - SP

Ficha de InscriçãoNome________________________________________________________________________________

Endereço (Rua/Av. etc.)__________________________________________________ nº.______________

compl.______________CEP______________Cidade ___________________________ Estado_________

Telefone: ( )______________ Celular: ( )______________ E-mail:_____________________________

Doc.Identidade:___________________ Exp.por:_______ Data: ___/___/___ CPF:___________________

Data Nascimento: ___/___/______ Profissão / Formação:_______________________________________

Membro da SOBRAMES-SP? SIM ( ) NÃO ( ) Membro de outra regional? Qual ________________

Dados do(s) acompanhante(s)

Nome________________________________________________________________________________

Parentesco__________________ Data Nascimento: ___/___/______ Doc.Identidade:_________________

Nome________________________________________________________________________________

Parentesco__________________ Data Nascimento: ___/___/______ Doc.Identidade:_________________

Atenção: preencha no verso as informações sobre os textos inscritos

1. QUANTIDADE DE TEXTOS - Cada participante da jornadapoderá inscrever no máximo 3 (três) trabalhos literários,nas modalidades de prosa e/ou poesia, podendo sertodos na mesma modalidade, a seu critério, ou em ambas.

2. CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS - (PROSA ou POESIA):deverá ser digitado no Microsoft Word, na fonte TimesNew Roman, corpo 12, espaçamento simples, e não podeultrapassar 80 linhas (pouco mais de uma página e meiaou o equivalente a 6.150 toques, incluindo espaços).Deverá ser entregue aos organizadores gravado emdisquete juntamente com uma cópia impressa do texto.Os trabalhos deverão ter um título e ser identificadoscom o nome do autor.Todos os trabalhos inscritos pertencentes a um mesmoautor deverão ser entregues num único disquete, desdeque junto a este seja entregue também uma cópiaimpressa de cada texto. O disquete deverá seridentificado com uma etiqueta que conterá o nome doautor e dos trabalhos inscritos.

3. PRAZO PARA ENVIO - Os trabalhos literários somenteserão programados para as sessões literárias, incluídosnos concursos e publicados nos Anais da Jornada, seforem remetidos IMPRETERIVELMENTE até o dia31.07.2009, prazo final das inscrições.

4. TEMAS - Os textos poderão versar sobre qualquer temae deverão ser escritos no idioma português.

5. ALERTA IMPORTANTE - Após a entrega do material paraa produção gráfica dos Anais e do programa da Jornada,não serão mais possíveis alterações ou correções dotexto. Recomendamos que, antes do envio, o próprioautor faça uma rigorosa revisão nos textos que estejainscrevendo.

6. PARA ONDE REMETER - Os disquetes e respectivas có-pias dos trabalhos devem ser remetidos:

a) para quem for se utilizar dos correios, hipóteseem que o autor deve considerar a data de postagemcompatível para que a remessa chegue até o dia31.07.2009 ao destino:

MARCOS GIMENES SALUN Av. Prof. Sylla Mattos, 652 – ap.12

Jardim Santa Cruz – São Paulo – SPCEP 04182-010

b) para quem for se utilizar de correio eletrônico,hipótese em que os trabalhos serão enviados comoarquivos anexos do e-mail e as cópias impressas serãoreproduzidas pelos organizadores, devem serutilizados um destes endereços:

[email protected] [email protected]

7. CONFIRMAÇÃO - A aceitação definitiva dos trabalhoscomo inscritos na X Jornada Médico-Literária Paulistasomente será confirmada após o cumprimento dessasformalidades para remessa dos trabalhos e da quitaçãoda Taxa de Inscrição correspondente.

Veja regras para inscreverseus TEXTOS LITERÁRIOS

Caderno Especial X Jornada Médico-Literária Paulista Nº. 2 - Abril 2009

Reserva deHOSPEDAGEM

Ap.INDIVIDUAL Ap.DUPLO NÃO reservarhospedagem

INSCRIÇÕES ATÉ 30.04.2009 (Inclui publicação dos textos)5 (cinco) parcelas pagas com cheques pré-datados com vencimentosem 30.04 / 31.05 / 30.06 / 31.07 e 31.08.2009.

INSCRIÇÕES ATÉ 31.05.2009 (Inclui publicação dos textos)4 (quatro) parcelas pagas com cheques pré-datados com vencimentosem 31/05 / 30.06 / 31.07 e 31.08.2009.

INSCRIÇÕES ATÉ 30.06.2009 (Inclui publicação dos textos)3 (três) parcelas pagas com cheques pré-datados com vencimentos em30.06 / 31.07 e 31.08.2009.

INSCRIÇÕES ATÉ 31.07.2009 (Inclui publicação dos textos)2 (duas) parcelas pagas com cheques pré-datados com vencimentos em31.07 e 31.08.2009.

INSCRIÇÕES de 30.08.2009 até o início da Jornada (NÃO INCLUI publi-cação dos textos): Pagamento à vista no ato da inscrição.

Havendo desistência do participante, os valores pagos serão restituídos após arealização do evento, deduzidos os valores de eventuais despesas que já tiveremsido pagas e não puderem ser ressarcidas.Todos os pagamentos devem ser feitos em CHEQUES NOMINAIS à SOBRAMES-SP

O valor da inscrição é composto pelos seguintes itens:

Congressistas COM hospedagem1. Hospedagem no Greenplace Flat em ap. standard com3 (três) diárias com café da manhã, mais todos os itensabaixo, relativos a congressistas sem hospedagem.Congressistas SEM hospedagem1.Jantar de abertura e jantar de encerramento do even-to (exceto consumo de bebidas).2. Coffe-break entre as sessões literárias.3. Inscrição nos concursos de prosa e verso.4. Publicação dos textos inscritos nos Anais da Jornada e1 exemplar deste.5. Um passeio turístico e/ou cultural com ingresso e trans-porte incluídos.6.Um exemplar do livro “VIII Antologia Paulista”.7.Pasta, certificados e demais materiais da Jornada.

Do valor da inscrição não serão permitidas exclusões dequaisquer itens, exceto do valor correspondente à hospedagem,

caso o participante não se hospede no Hotel sede da Jornada.

Tabela de PREÇOS e condições de pagamentoCaderno Especial X Jornada Médico-Literária Paulista Nº. 2 - Abril 2009

Casal 1.330,00 1.410,00 1.490,00(Ap.duplo standard)

Individual 910,00 950,00 1.000,00(Ap.single standard)

Após dia 01.07.2009, a hos-pedagem no Greenplace Flatficará sujeita à existência devagas e a eventual reajustede preços.

COM HOSPEDAGEM Até 31.05.09 Até 30.06.09 Após 01.07.09 OBSERVAÇÃO

Casal 790,00 870,00 940,00Individual 430,00 470,00 520,00Acadêmicos de Medicina (somente inscrição - demais itens do pacote por adesão) 50,00Inscrições no ato (somente inscrição - demais itens do pacote por adesão) 150,00

SEM hospedagem Até 31.05.09 Até 30.06.09 Até 31.07.09

4. A aceitação definitiva da inscrição pelaSOBRAMES-SP somente será feita mediante o cumprimentode todas as regras e orientações, especialmente no que dizrespeito ao pagamento das despesas correspondentes. Aoassinar esta ficha, o inscrito concorda com as condições deinscrição e realização do evento.

___/____/____ _________________________Data Assinatura

1. Preencha todos os dados solicitados nesta ficha(frente e verso), recorte-a e remeta-a por correio para:

X Jornada Médico-Literária PaulistaA/c.: Marcos Gimenes SalunAv. Prof. Sylla Mattos, 652 - ap.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP CEP 04182-010

2. Se já tiver seus textos preparados conforme asorientações da página anterior, coloque o disquete e as cópiasimpressas no mesmo envelope. IMPORTANTE: o prazo finalpara remessa de textos é 31.07.2009. A sua inscrição, noentanto, deve ser feita o mais rápido possível, paraaproveitar as condições de pagamento parcelado.

3. Identifique o valor de sua INSCRIÇÃO e envieos cheques pré-datados e nominais à SOBRAMES-SP juntocom esta ficha de inscrição, e de acordo com o número deparcelas permitidas. A ÚLTIMA PARCELA DEVE SER PAGA ATÉ30.08.2009.

Trabalhos Literários InscritosO preenchimento deste item é obrigatório, mesmo que os textos sejam remetidos posteriormente

1. Título_____________________________________________________________________________

Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

2. Título_____________________________________________________________________________

Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

3. Título_____________________________________________________________________________

Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

O BANDEIRANTE - Abril de 2009 55555SUPLEMENTO LITERÁRIO

Punho CERRADOLuiz Jorge FerreiraMédicoOsasco - SP

O vinho exige poesia e muita liturgiaAbrir uma garrafa é libertar a alegriaClaro que demais chega na orgiaBeber o vinho é o substrato eleganteDe uma noite, de um fato de outroraÀs vezes sem programar pode aparecer num instanteNum gole, num prazer, num tim-tim agoraBebê-lo é dormir gostoso até de manhãSonhando com o vinho de Cristo nas bodas de Canaã

Há muitos dias eu ando com estavela no bolso da calça, apagada.

No passado eu usara como umfarol para atravessar iluminando todaa casa mesmo quando brilhava lá forao sol. E naquele tempo eu estavaapaixonado pelo seu retrato, quedepois de tantos anos e de tantos panospara cima e para baixo, perdeu o brilhoe a polidez e se mantém mais ou menosopaco sob uma dúzia de teias dearanhas. Elas o protegem da luz e dosol e do meu olhar agora com umadúzia de graus para perto, para longee para próximo.

Inútil este olhar para olharqualquer ponto menor que meiametade de um elefante. Eu retirei evendi as telhas, primeiro comecei pelabeira do telhado, para deixar entrarmais luminosidade, que me permitisseadmirar com mais admiração seuretrato. Depois acendi todas aslâmpadas, abajures e retirei as portase as janelas para que entrassempirilampos, estrelas e uma bactériafosforescente que ilumina as entranhasdos intestinos dos peixes abissais. Mas

depois espalhei sal, em todo o corredorque já havia sido construído emdireção à Pirâmide Isis e rumo àconstelação de Andrômeda. Isto matoude hipertensão o nosso papagaio eduas pulgas que moravam no Sótão.

Dias depois empalhei GaivotasAlbinas, Garças translúcidas, Ursosbrancos e os espalhei pelas paredesda casa. Agora repletas de objetos queatraíam os polos Norte e Sul ecicatrizaram os meridianos em mim,fazendo-os enrugarem minhasdigitais.

Ossificaram meus ossos.Diluíram meus sentidos. Entupirammeus ouvidos e embaralharam minhaspalavras.

Por isso nem meus movimentosmais íntimos eu não conseguia realizá-los sem dores enormes nas polpas dosdedos e principalmente dospolegares, que atrofiados, não mexiammais com amplitude.

Vi-me sujeito a urinar em mimmesmo e a beber água, abaixado, comoos cães, sem poder levar nada à boca esem poder usar a boca para mastigar

nada. Comecei a beber ovos dePintassilgos com uma cânula demamoeiro.

Comecei a ter frio com mais frioe calor, com mais suor e assim aindasob o impacto da escuridão cada vezmais farta. Comprei latas e latas detinta, todas claras que espalhei acomeçar da sala, à procura de luz.Eram cores brancas, pouco brancas eamarelas com pouca nitidez e azuis semtino. De forma que depois de mesesestavam ensopadas de negro. Eucansado sentei-me entre esses fardos.

A imaginar o sol aberto ali entremeus joelhos a explodir tempestadesde luz. Mas ao sentar num movimentomais intempestivo apaguei a vela nobolso de trás da calça surrada e velha.

Então a luz verdadeiramentepartiu. Veio a escuridão e pouco apouco me habituei a ela. Comecei portateá-la tímido. Depois descobri amaciez de sua tez. A porosidade desua derme. E por vez derradeira,achei-a com ares de estrela e adotei,abandonada, um pouco de luz dentrode sua escuridão.

Agora já lhe dei cor, olhoslábios, forma, som, brilho, cílios,fome, sede, nome.

Apaixonadamente lhe chamo devida. Raivosamente lhe chamo deilusão. Ironicamente lhe apelido demorte. Isso pelo lado de fora. Pelolado de dentro, sou solitariamente, sórisos.

VINHOCarlos Augusto Ferreira GalvãoMédico psiquiatraSão Paulo - SP

Poesia de guardanapo

66666 O BANDEIRANTE - Abril de 2009 SUPLEMENTO LITERÁRIO

LADEIRA nossade cada dia

Arary da Cruz TiribaMédico infectologistaSão Paulo - SP

HÁ ANOS, TOPO nas caminhadas da madrugada commãezinha. Novinha ⎯ mais de 20, menos de trinta ⎯,linda moça, bem-arrumadinha. Nos primeiros anos, como filhinho ao colo, subindo penosamente, ladeiraíngreme (das incontáveis do Sumarezinho e da VilaPompéia). Sempre em sentido inverso, nosso encontro jáfoi aterrador. Para mãezinha. Repentinamente, ao dobrara esquina, visão imprevista, indesejável! Cansada daascensão exaustiva, ao topo, indefesa, o desconhecido eo cão enorme! De baixo para cima, maiores do que narealidade!... Imediatamente, pedia, eu, desculpas pelosusto causado à mãezinha, seguindo-se o atenuante: umbom-dia para vocês dois!

MAIS MADRUGADAS, mais encontroadas... Já não-geradoras do pânico da escuridão. Em tantos pontosdiferentes. E as mesmas palavras de saudação... Arriscoque poderia traçar seu roteiro e destino completo, suaatividade e a qualidade da sua vida. Mãe, solteira (ouseparada). Subsistência, salário parco, insuficiente paraaquisição do veículo, ainda que de 10 anos. Emprego,na creche ou em algum educandário de classe média,onde manteria seu bebê sob suas vistas ou, talvez, na lojade móveis e brinquedos infantis. Mais fácil do que aleitura da pitonisa é desenhar o perfil da moçatrabalhadora que desperta o seu guri à hora da alvoradae precisa vestir-se bem. De lá para cá, o bebêtransformou-se. Belo menino. Vai para cinco ou seisanos. Já não pesa ao colo, sobe devagarzinho, demansinho, bem-abrigado para o inverno. A mãe já nãoteme o encontro, aceita prazerosamente o cumprimentoe retribui com o sorriso tímido. Só não consigoadivinhar o nome da mãezinha e o do menino. Odesconhecido e o lobo tornaram-se familiares. Aocontrário dos anteriores, mãezinha aparenta segurançano encontramento da madrugada. “Um bom-dia paraambos!”

ORA, POR QUE estou inventando histórias? Porque detais flagrantes a fotografia é revelada e fixada. Nodarkroom da memória visual. E da afetiva. Que vontadeenorme! De estender a mão à mãezinha pela dedicaçãoincansável, plena. Pergunto-me, quanto ao seu porvir?Animador?!... Um dia criarei coragem, romperei abarreira: seu guri, se precisar de algo conte com um amigo, odono do lobo. E com o lobo, também! Ele que adora criança...

SABE, COLEGA?... Não deixo de confrontar acaminhada, de nós, médicos, com a da criatura daencruzilhada. Também subimos e descemos; e voamossem asas! Trapezistas que somos da saúde, de salto em

salto, de barra em barra, de suporte em suporte. Masnossas ladeiras são menos íngremes. Enquanto que, paratantos, a liberdade, se existe, é tão restrita! A pessoa ébonita ⎯ como mãezinha ⎯, veste-se bem e ao filhinho(obrigatoriedade, apresentação social...). Mas não estálivre da rampa... Ladeira nossa... de cada dia.

Lá vou euCom minhas tatuagens invisíveisReduzida a póPela filosofiaErguendo os braçosPara todos os assaltosApontando estrelasRabiscando o céuAbrindo o peitoRangendo os dentesEngolindo palavras.Lá vou euCometendo enganosRasgando páginasSeguindo a noiteE toda a manhãComo a cigarraBatendo asas de organdi bordado.

Lá vou EUSonia Andruskevicius de CastroMédica intensivistaSão Paulo - SP

O BANDEIRANTE - Abril de 2009 77777

MARQUE NA AGENDA

ABRIL DE 2009 - Reunião dediretoria no dia 9; 225ª PizzaLiterária no dia 16.

JUNHO DE 2009 - Reunião dediretoria no dia 4; 227ª. PizzaLiterária no dia 18.

Maio7

21

REUNIÃO DE DIRETORIAPizzaria Bonde PaulistaRua Oscar Freire, 1.59719h30 às 22h00

226ª PIZZA LITERÁRIAPizzaria Bonde PaulistaRua Oscar Freire, 1.597a partir de 19h30

Nesta hora importante, não deixe deconsultar a RUMO EDITORIAL.Publicações com qualidade impecável,dedicação, cuidado artesanal e preçojusto. Você não tem mais desculpaspara deixar seu talento na gaveta.

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Assiduidade eDesempenho

A participação dos associados nasatividades programadas pelaSobrames-SP poderá ser premiada.Já está em andamento a terceiraedição do “Prêmio Rodolpho Civilede Assiduidade”, que premiará osque tiverem maior participação nasPizzas Literárias, e do “Prêmio AldoMiletto”, que premiará aquele quetiver o Melhor Desempenho do ano.Para este último, contam-se pontospela publicação de livros,participação em congressos ejornadas, dentre outros.

Sobrames-SP na IMPRENSA

POSSE solene deLeda Rezende

Recentemente algumas publicações deram destaque à Sobrames-SP ou a seusmembros, numa importante divulgação de nossa sociedade.

Tiriba em SantosNa edição de 10 de março, o jornal ATribuna, de Santos, publicou o artigo“Cruzeiro marítimo: tormento ou tormenta”de autoria de nosso associado Arary da CruzTiriba .

Posse da diretoriaDuas publicações médicas deram destaque à “Renovaçãoda Diretoria da Sobrames-SP”: a edição nº. 1 - Ano 20 -

janeiro/fevereiro do Boletim de Informações Urológicas,publicação da Sociedade Brasileira de Urologia - SecçãoSão Paulo; e o “Boletim de Urologia”, ano 24, nº. 1, de

janeiro/fevereiro, editado pela sededa SBU no Rio de Janeiro.

Pizza Literária

Com o título “Médicos escritores lançam nova fornada dapizza literária”, a edição nº. 54 de janeiro/fevereiro da RevistaDr!, publicação do SIMESP, deu especial destaque àsatividades da Sobrames-SP e ao lançamento da últimacoletânea. Helio Begliomini concedeu entrevista à revista que,nas duas páginas da matéria, publicou também poesias denossos associados: Denise Máximo Lellis Garcia, José AlbertoVieira e Michel Herbert Alves Florêncio.

No dia 19 de de março, durante a realizaçãoda 224ª. Pizza Literária, a diretoria realizou aprimeira cerimônia de posse solene de novosassociados. Na oportunidade, a médicapediatra Leda Maria Rezende de Almeida (aocentro) prestou juramento e recebeu seudiploma de Membro Titular da SociedadeBrasileira de Médicos Escritores.

DISTINTIVO paraRoberto Aniche

Na mesma ocasião, foi entregue aRoberto Antonio Aniche, médico

ortopedista, o distintivo (pin) com oemblema da Sobrames-SP, honraria criada na

gestão de Walter Whitton Harris para serentregue a todos os membros que completam

o primeiro ano como membros ativos daregional paulista.

88888 O BANDEIRANTE - Abril de 2009

Desde a edição de janeiro, este jornalvem tratando do assunto. Não é novidadepara nenhum associado que, nos primeirosmeses do ano, a Sobrames-SP define eespera receber daqueles a ela vinculadoso valor da ANUIDADE, única fonte previsívelde receita da entidade.

Para 2009 o valor foi definido emR$ 180,00 (cento e oitenta reais), sendoconcedido um desconto para os quepagassem esse compromisso financeiro atéo último dia de março. Para os que assim ofizeram, a anuidade ficou em R$ 150,00(cento e cinquenta reais).

Apesar do apelo insistente e doatraente desconto concedido, e encerradoo prazo inicial, constata-se que apenas 44,dos pouco mais de 100 associados nominaisda regional paulista, pagaram o valorestipulado. Espera-se ainda que cerca deoutros 10 ou 15 associados, dentre aquelesque encontram-se ativos, venham quitar aanuidade de 2009, apesar de já teremperdido o desconto.

É oportuno destacar que são isentosda anuidade os associados que possuem ostítulos de emérito, benemérito ouhonorário. Ainda assim, alguns dosdispensados estatutariamente dopagamento o fazem como colaboração livree espontânea. Já os acadêmicos deMedicina pagam o equivalente a 50% dovalor estabelecido. No momento não hánenhum associado nesta condição.

Estas informações servem depreâmbulo para a continuidade destetexto.

SEM FINS LUCRATIVOSA Sobrames é uma sociedade sem fins

lucrativos, conforme sua constituiçãojurídica, e que deve arrecadar e dardestino aos recursos, única e tão somentepara manter seus objetivos estatutários,sem almejar qualquer vantagem ou lucro.Para os que se interessarem, o artigo 33do atual estatuto define quais são asatividades às quais destina-se a arre-cadação de recursos.

Contudo, e por ser dotada depersonalidade jurídica (possui CNPJ ecaracterísticas de empresa), a Sobrames-SP está sujeita a leis e regulamentosespecíficos das autoridades fazendárias doPaís e, portanto, precisa manter em diasuas obrigações tributárias, quais sejama de entregar declarações periódicas emanter uma escrita contábil e fiscalcompatível com suas atividades. Isso deveser feito através de profissionaisespecializados (contadores) que, por suavez, sujeitam-se a normas específicas deseus conselhos de classe para a cobrançade honorários e execução de seu trabalhoprofissional. Os médicos conhecem bemesses trâmites, pois também estão sujeitosàs normas e posturas de seus conselhos declasse e sindicatos.

Neste aspecto é bom que se ressalteque, desde a gestão do Dr. Walter Harris,a Sobrames-SP passou a contar com

Acaba o prazo para pagar a ANUIDADE 2009 com desconto

regularidade em sua escrita fiscal, atravésda contratação de um contador, sendo pagoa este os honorários específicos dacategoria naquela oportunidade. Desde2005, no entanto, esse trabalho passou aser feito por um escritório de contabilidadede um de nossos associados que, nos últimos3 anos, não recebeu ou cobrou nenhumcentavo pelo seu serviço profissional. Paraavaliar o custo deste trabalho, impres-cindível à existência da própria entidade,os associados interessados poderãoconsultar a tabela de preços da categoria(contabilidade) no respectivo sindicato.

Apenas para existir legalmente, aSobrames-SP precisaria dispor de muito maisdo que arrecada de seus associados. Noentanto, ela sobrevive, e ainda faz muitomais do que isso. Seria interessante lembrarum trecho do artigo de capa da edição 176,de julho de 2007 (Você acredita emmilagres?) escrito por Helio Begliomini, àepoca presidente da regional, reeleito paraa atual gestão: “Embora na Sobrames-SP nãohaja milagres, podemos testemunhar quenela têm ocorrido grandes prodígios, mês-a-mês, ano-a-ano, dificilmente repetíveisnas devidas proporções, noutras entidadesmais tradicionais, de maiores recursos e demaior influência...” Helio se referiajustamente a essa desproporção entrerealizações da Sobrames e dos recursos deque dispõe.

DO PRÓPRIO BOLSOAlém dessa questão burocrática a que

raramente alguém dá atenção, a Sobramesainda precisa se preocupar em darandamento a seus objetivos estatutários,promovendo eventos culturais e literários,viabilizando encontros e publicações,gerindo o seu “inlucrativo” negócio,mantendo de alguma forma seu desígnio.

Apenas para ilustração: uma ediçãodeste jornal tem custado à nossa regionalaproximadamente R$ 550,00 mensais,computados apenas os custos de impressãoe postagem e já considerados os créditosde “anúncios” nele veiculados. Contudo, eisso ninguém parece ter conhecimento, sefossem pagos os custos de produção,editoração, revisão, etc., segundo astabelas de piso das categorias profissionaisenvolvidas, tal trabalho não ficaria pormenos de R$ 3.000,00 mensais, o quetornaria a publicação inviável, pois emapenas dois meses gastar-se-ia toda aarrecadação de um ano todo da entidade,apenas com este jornal! Alguém, portanto,tem feito esse trabalho de forma gratuita.Para maiores referências, os associados quese interessarem também poderão consultaras tabelas de honorários profissionais dacategoria (jornalistas, revisores, etc..).

OUTROS CUSTOS A PAGARAos mais céticos e descrentes destas

lamuriosas e superficiais contas básicas,recomendamos apenas uma boa dose dereflexão e esperamos que colaborem.Enviem seus comentários e sugestões para

solucionar ou amenizar o problema para oe-mail [email protected], que porsinal também foi criado há quase 10 anos, eque é pago até hoje por um de nossosassociados em sua conta pessoal junto aoprovedor de Internet.

COLABORADORES EM 2009 Até o fechamento desta edição

haviam pago a anuidade os seguintesassociados:

Aída Lúcia P.D.S.BegliominiAlcione Alcântara GonçalvesAlitta Guimarães Costa Reis

Arary da Cruz TiribaArlete Mazinni Miranda GiovaniCarlos Augusto Ferreira Galvão

Carlos José BenattiEster Maria Bittencourt

Evandro Guimarães de SouzaEvanil Pires de Campos

Fernando BatigáliaFernando Corpa FernandesFlerts Nebó (HONORÁRIO)

Geovah Paulo da CruzGuaracy Lourenço da Costa

Helio BegliominiHélio José Destro

Helmut Adolf MataréJacyra da Costa Funfas

José Alberto VieiraJosé Leopoldo L.O.Sobrinho

Josef TockJosé Rodrigues Louzã

Josyanne Rita de A.FrancoLeda Maria Rezende de Almeida

Ligia Terezinha PezzutoLucila Camargo L.Oliveira

Luiz GiovaniLuiz Jorge Ferreira

Manlio M.M.Napoli (EMÉRITO)Marcos Gimenes Salun (HONORÁRIO)

Maria da Glória CivileMaria do Céu C.Louzã

Mario de Mello FaroMario Name

Nelson JacinthoRoberto Antonio Aniche

Roberto Caetano MiragliaRodolpho Civile

Sérgio Pelegrini MarunSérgio Perazzo

Sônia Regina Andruskevicius de CastroTatiana Belinky (HONORÁRIO)

Thereza Freire VieiraVera Lúcia Teixeira

Walter Whitton HarrisWilma Lúcia da Silva Moraes

Wladimir do Carmo Porto

QUER COLABORAR?Se você ainda não teve oportunidade

de pagar a anuidade 2009 e pretendecolaborar, envie um cheque nominal àSobrames-SP (R$ 180,00) para o endereçodo atual tesoureiro, Marcos Gimenes Salun- Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap. 12 - JardimSanta Cruz - SP - CEP 04182-010). ASOBRAMES-SP e sua nobre causa literáriaagradecem.