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O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 11 - Nº 09 AGO/01 FUNDAMENTALISTA À MODA ANTIGA M. H. Reynolds Em todas as épocas, todos os servos realmente fiéis a Deus têm sido fundamentalistas. É verdade que os antigos desconheciam o termo “fundamentalista”. Mas todos os profetas verdadeiros, os apóstolos genuínos e os filhos obedientes a Deus, em todas as gerações, têm seguido os princípios fundamentalistas. Um fundamentalista acredita totalmente na Pa- lavra de Deus e procura obedecê-la sem se importar com o preço a ser pago. Todos o cristãos devem ser fundamentalistas. O fato de não serem mostra a triste condição espi- ritual da igreja. O laodiceanismo (nem quen- te nem frio) é a condição que prevalece jus- tamente quando o povo de Deus deve estar na linha de frente da batalha. Temos que admitir que não é fácil ser fundamentalista. Mas Deus não disse que seria. No entanto, os cristãos estão sob as ordens de uma pessoa—o próprio Deus! Suas ordens são para que declaremos “todo o conselho de Deus” (Atos 20.26- 32). Somos advertidos a não “acrescentar nem tirar” coisa alguma em relação à Pala- vra de Deus (Deuteronômio 4.2). Deus avi- sa: “ ...aquele em quem está a minha pala- vra, que fale a minha palavra, com verda- de” (Jeremias 23.28). A ordem não deixa ne- nhuma dúvida. A questão é se vamos ou não obedecer! O grande problema, naturalmente, é que quando transmitimos fiel e integralmente a mensagem de Deus, o mundo maligno e a igreja morna reagem com rapidez e violên- cia. De modo geral, quem não é cristão não tem interesse em ouvir a mensagem simples do evangelho. Os cristãos desobedientes não aceitam muito bem as palavras de ad- vertência e reprovação. Portanto, o fundamentalista está sozinho na tarefa de proclamar uma mensagem não muito agra- dável; a situação não é das melhores! É verdade que alguns cristãos que que- rem ser considerados fundamentalistas— pelo menos no que se relaciona às doutri- nas básicas—estão tentando fazer a men- sagem parecer mais atraente a um número maior de pessoas. Para isso, eles maquiam a mensagem de Deus, fazem cortes aqui e ali, aparam umas pontas, suplementam e revi- sam-na mil vezes. Depois, usam as mais mo- dernas tecnologias psicológicas para trans- miti-la. Os resultados imediatos ultrapassam todas as expectativas. As pessoas não conseguem resistir a nova versão da men- sagem, que foi embalada de modo tão atra- ente. De repente, em vez de serem a escória do mundo, esses cristãos começam a ser elogiados por governadores presidentes e reis, e explicam: “Esta nova abordagem real- mente funciona. Até mesmo os fundamentalistas `a moda antiga deveriam experimentá-la”. E quando um fundamentalista de verda- de aparece com uma mensagem do tipo “e assim diz o Senhor”, sem cortes, chamariz, acréscimos ou atalhos, ele é ridicularizado e maltratado. E como a carne não gosta de ser desprezada nem maltratada, muitos fundamentalistas não agüentam a pressão e optam por uma abordagem mais floreada e tranqüila. Humanamente falando, essa reação é compreensível. Quando você se esforçou ao máximo para transmitir a mensagem de Deus claramente e em amor, não é nada agradável ser acusado de não amar, de ser hipócrita, de estar julgando e criticando os outros. Também não é fácil ouvir as pergun- tas em tom acusatório: “Você acha que todo mundo está errado e só você é que está certo?” “Se você é tão perfeito, por que sua igreja é tão pequena?” “Será que você não percebe que se suas mensagens fossem um pouco mais “diet”, seu ministério estaria indo de vento em popa?” “Será que você nunca tem nada agradável para dizer às pessoas? Você vive criticando todo mun- do!” E as perguntas não param, e quase sempre vêm acompanhada de acusações do tipo: “Vocês fundamentalistas têm muita in- veja das igrejas que estão crescendo, en- quanto a de vocês continua do mesmo ta- manho!” Os mensageiros fiéis a Deus nunca fo- ram maioria. Os profetas do Antigo Testa- Continuação na página 6 CASAMENTO: DOIS CAMINHOS A SEGUIR Existe amor de verdade neste mundo. Apesar de um casamento em cada dois ter- minar em divórcio, milhões de pessoas es- tão determinadas a ter um matrimônio bem sucedido. Recentemente lembrei-me de duas coi- sas que podem acontecer a um casamento: sucesso e fracasso. Dei uma olhada na co- luna “Divórcios”, de meu jornal diário, e no- tei que 23 casais haviam se separado. To- dos nós ficamos tristes com as dificulda- des—domésticas e individuais—que resul- tam de um casamento desfeito. No entanto, também podemos sentir pena, já que pou- cas coisas na vida são mais dolorosas. É particularmente devastador quando alguém “engana” alguém (uma palavra delicada para “adultério”). A igreja precisa amar os casais que se separam, e mostrar que se preocupa com eles. No mesmo dia em que me entristeci com a coluna sobre divórcios, meu coração se alegrou com uma cena emocionante que presenciei no corredor de um hospital. Ao fazer minhas visitas, vi uma senhora idosa numa cadeira de rodas. Seu cabelo era branquinho, seus ombros encurvados, seu rosto coberto de rugas. O tempo havia dei- xado sua marca inexorável naquele corpo. Ao lado da velha senhora estava sentado um homem, tão idoso quanto ela, porém mais saudável, segurando-lhe a mão. O ca- sal não conversava, mas ternura, afinidade e imensa compaixão podiam ser prontamen- te notadas no jeito em que se olhavam. Sem dúvida nenhuma, o amor ainda existe. Vale a pena repetir o que já foi dito mui- tas vezes: o amor verdadeiro não é um sen- timento nem uma emoção, mas uma escolha. O amor planejado por Deus é muito mais que um calafrio na espinha ou um luar ilu- minando um par de adolescentes namoran- do. É mais que a paixão física que exige ser satisfeita. Todas estas coisas, apesar de se- rem boas, irão acabar um dia. Depois que as fotos amarelarem no álbum e o maravilhoso Continuação na página 7

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Page 1: O AMIGÃO do Pastor · É verdade que alguns cristãos que que-rem ser considerados fundamentalistas— pelo menos no que se relaciona às doutri-nas básicas—estão tentando fazer

O AMIGÃO do PastorUm Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 11 - Nº 09 AGO/01

FUNDAMENTALISTA ÀMODA ANTIGA

M. H. Reynolds

Em todas as épocas, todos os servosrealmente fiéis a Deus têm sidofundamentalistas. É verdade que os antigosdesconheciam o termo “fundamentalista”.Mas todos os profetas verdadeiros, osapóstolos genuínos e os filhos obedientesa Deus, em todas as gerações, têm seguidoos princípios fundamentalistas. Umfundamentalista acredita totalmente na Pa-lavra de Deus e procura obedecê-la sem seimportar com o preço a ser pago. Todos ocristãos devem ser fundamentalistas. O fatode não serem mostra a triste condição espi-ritual da igreja. O laodiceanismo (nem quen-te nem frio) é a condição que prevalece jus-tamente quando o povo de Deus deve estarna linha de frente da batalha.

Temos que admitir que não é fácil serfundamentalista. Mas Deus não disse queseria. No entanto, os cristãos estão sob asordens de uma pessoa—o próprio Deus!Suas ordens são para que declaremos“todo o conselho de Deus” (Atos 20.26-32). Somos advertidos a não “acrescentarnem tirar” coisa alguma em relação à Pala-vra de Deus (Deuteronômio 4.2). Deus avi-sa: “ ...aquele em quem está a minha pala-vra, que fale a minha palavra, com verda-de” (Jeremias 23.28). A ordem não deixa ne-nhuma dúvida. A questão é se vamos ounão obedecer!

O grande problema, naturalmente, é quequando transmitimos fiel e integralmente amensagem de Deus, o mundo maligno e aigreja morna reagem com rapidez e violên-cia. De modo geral, quem não é cristão nãotem interesse em ouvir a mensagem simplesdo evangelho. Os cristãos desobedientesnão aceitam muito bem as palavras de ad-vertência e reprovação. Portanto, ofundamentalista está sozinho na tarefa deproclamar uma mensagem não muito agra-dável; a situação não é das melhores!

É verdade que alguns cristãos que que-rem ser considerados fundamentalistas—pelo menos no que se relaciona às doutri-nas básicas—estão tentando fazer a men-

sagem parecer mais atraente a um númeromaior de pessoas. Para isso, eles maquiam amensagem de Deus, fazem cortes aqui e ali,aparam umas pontas, suplementam e revi-sam-na mil vezes. Depois, usam as mais mo-dernas tecnologias psicológicas para trans-miti-la. Os resultados imediatos ultrapassamtodas as expectativas. As pessoas nãoconseguem resistir a nova versão da men-sagem, que foi embalada de modo tão atra-ente. De repente, em vez de serem a escóriado mundo, esses cristãos começam a serelogiados por governadores presidentes ereis, e explicam: “Esta nova abordagem real-mente funciona. Até mesmo osfundamentalistas `a moda antiga deveriamexperimentá-la”.

E quando um fundamentalista de verda-de aparece com uma mensagem do tipo “eassim diz o Senhor”, sem cortes, chamariz,acréscimos ou atalhos, ele é ridicularizado emaltratado. E como a carne não gosta de serdesprezada nem maltratada, muitosfundamentalistas não agüentam a pressão eoptam por uma abordagem mais floreada etranqüila.

Humanamente falando, essa reação écompreensível. Quando você se esforçouao máximo para transmitir a mensagem deDeus claramente e em amor, não é nadaagradável ser acusado de não amar, de serhipócrita, de estar julgando e criticando osoutros. Também não é fácil ouvir as pergun-tas em tom acusatório: “Você acha que todomundo está errado e só você é que estácerto?” “Se você é tão perfeito, por que suaigreja é tão pequena?” “Será que você nãopercebe que se suas mensagens fossem umpouco mais “diet”, seu ministério estariaindo de vento em popa?” “Será que vocênunca tem nada agradável para dizer àspessoas? Você vive criticando todo mun-do!” E as perguntas não param, e quasesempre vêm acompanhada de acusações dotipo: “Vocês fundamentalistas têm muita in-veja das igrejas que estão crescendo, en-quanto a de vocês continua do mesmo ta-manho!”

Os mensageiros fiéis a Deus nunca fo-ram maioria. Os profetas do Antigo Testa-

Continuação na página 6

CASAMENTO: DOISCAMINHOS A SEGUIR

Existe amor de verdade neste mundo.Apesar de um casamento em cada dois ter-minar em divórcio, milhões de pessoas es-tão determinadas a ter um matrimônio bemsucedido.

Recentemente lembrei-me de duas coi-sas que podem acontecer a um casamento:sucesso e fracasso. Dei uma olhada na co-luna “Divórcios”, de meu jornal diário, e no-tei que 23 casais haviam se separado. To-dos nós ficamos tristes com as dificulda-des—domésticas e individuais—que resul-tam de um casamento desfeito. No entanto,também podemos sentir pena, já que pou-cas coisas na vida são mais dolorosas. Éparticularmente devastador quando alguém“engana” alguém (uma palavra delicadapara “adultério”). A igreja precisa amar oscasais que se separam, e mostrar que sepreocupa com eles.

No mesmo dia em que me entristeci coma coluna sobre divórcios, meu coração sealegrou com uma cena emocionante quepresenciei no corredor de um hospital. Aofazer minhas visitas, vi uma senhora idosanuma cadeira de rodas. Seu cabelo erabranquinho, seus ombros encurvados, seurosto coberto de rugas. O tempo havia dei-xado sua marca inexorável naquele corpo.Ao lado da velha senhora estava sentadoum homem, tão idoso quanto ela, porémmais saudável, segurando-lhe a mão. O ca-sal não conversava, mas ternura, afinidadee imensa compaixão podiam ser prontamen-te notadas no jeito em que se olhavam. Semdúvida nenhuma, o amor ainda existe.

Vale a pena repetir o que já foi dito mui-tas vezes: o amor verdadeiro não é um sen-timento nem uma emoção, mas uma escolha.O amor planejado por Deus é muito maisque um calafrio na espinha ou um luar ilu-minando um par de adolescentes namoran-do. É mais que a paixão física que exige sersatisfeita. Todas estas coisas, apesar de se-rem boas, irão acabar um dia. Depois que asfotos amarelarem no álbum e o maravilhoso

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O AMIGÃO do PastorPágina 2 AGO/01

Editorial

O AMIGÃO do PastorUm Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo

Batista, Fundamentalista

Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, PatríciaElaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertasvoluntárias. Escreva para o endereço abaixo para maiores informações. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamentona conta número 500400-9, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal ao Ministério Maranata deLiteratura Fundamentalista. Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone: (35) 3832-2704. Fax: (35)3832-2455. Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigos que solicitarempreviamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressandonecessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério do MINISTÉRIO MARANATA DE LITERATURA FUNDAMENTALISTA.

UM LAR SEMTELEVISÃO

Nossa televisão quebrou faz muitos me-ses e até agora não nos preocupamos emconsertá-la. Alguém pode achar que há lá-grimas, lamentação e ranger de dentes emcasa, pois isto aconteceria em muitos ou-tros lares. No entanto, não sentimos faltada telinha.. Não precisamos fazer um cursode readaptação para viver no mundo real,nem tão pouco sofremos com a abstinência.

Com a televisão quebrada, ficamos semalgumas coisas, mas não sinto nenhumafalta delas. Não sinto falta da dependênciaque ela cria. É verdade que nunca fui muitode assistir à TV, pois tem coisas muitosmais importantes para fazer. No entanto,quando se tem uma televisão, parece queela fica mais ligada do que desligada, mes-mo que ninguém a esteja assistindo. Nãosinto falta do tempo perdido à sua frente;tempo que pode ser mais bem aproveitadono estudo da Bíblia, em preparação de ser-mões e estudos; na leitura de bons livros ena leitura de histórias para meus filhos,quando se preparam para dormir. Não sintofalta das porcarias que são mostradas diari-amente na televisão. Mesmo que um pro-grama seja bom, e valha a pena ser visto,sempre aparecem chamadas de programasque você não quer que seus filhos vejam.Não sinto falta da violência excessiva, doapelo sexual, da vulgaridade, da grosseria eoutras coisas duvidosas que entram sempermissão, dentro da minha casa, por meioda televisão. Alguém pode retrucar: “Ora,se você não gosta de um programa, é sódesligar a TV!”. Hoje em dia, qualquer pes-soa com um mínimo de senso moral teriaque desligar o aparelho a toda hora. Assim,

é melhor deixá-la desligada de uma vez, efazer como fiz: nada de televisão, e pontofinal.

É possível que os fabricantes sejamobrigados a colocar nos aparelhos um chipde computador que detecte cenas de vio-lência, e desliguem a televisão. Se isto viera acontecer, sua TV ficará como a lá decasa—sempre desligada.

Com a TV estragada, meus filhos pas-sam mais tempo fazendo coisas de crian-ças; aproveitam muito mais a linda naturezacriada por Deus. Também ajudam mais emcasa, estudam mais suas lições de piano elêem mais.

Por favor, não tenham pena de nós. Tal-vez um dia a gente “passe a mão” na cader-neta de poupança e mande consertar oaparelho, e volte à rotina de antes. Masquem...talvez não façamos nada disso.Estamos gostando de ficar sem televisão.

(Dennis Gulledge - Broad StreetBanner - Pulpit Helps)

Eu sou o maior criminoso da história.Eu matei mais homens do que os mortosem todas as guerras do mundo.

Eu faço os homens se transformaremem brutos. Eu tenho feito milhões de laresinfelizes.

Eu transformo muitos jovens promisso-res em parasitas sem esperanças.

Eu destruo o fraco e enfraqueço os for-tes.

Eu faço do sábio um idiota e arrasocom o inocente.

Eu tenho arruinado milhões e espero ar-ruinar muito mais.

Eu sou o álcool.(H. W. Gibson)

Prezado leitor,

É uma bênção ser “fundamentalista”. Mui-tos crentes hoje em dia não querem ser asimreconhecidos porque isso traria sobre elesmuitos problemas. Mesmo no meio cristão,o crente que se caracteriza como um“fundamentalista” é estigmatizado como “se-paratista”, como quem não tem ou não crêno Espírito Santo, etc. Realmente o crentefundamentalista terá que enfrentar muitascríticas e oposições. Sem dúvida é bem maisfácil, é bem mais cômodo se r um crente “aber-to” para a modernidade e adapitado ao con-ceito de união entre as mais diferentes de-nominações, a fim de não criarmos divisõesentre nós os evangélicos e supostamentepromover a expansão do Reino de Deus ra-pidamente. Mas é esse tipo de conduta queo Senhor espera de nós? uma igreja não nãoseja motivo de controvérsia para o mundo epara os cristãos superficiais? O Senhor Je-sus Cristo e muitos servos Seus, como oapóstolo Paulo, os demais apóstolos foramfundamentalistas; eu quero ser como eles. Pr. Cleber Rodarte Neves.

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O AMIGÃO do PastorAGO/01 Página 3

“E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das pros-tituições e abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada do sanguedos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me comgrande admiração.” (Ap. 17:5,6)

MISTERIOSABABILÔNIA, A GRANDE

Pastor Mark Montgomery

“Na sua fronte achava-se escrito umnome, um mistério: BABILÔNIA, AGRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES,E DAS ABOMINAÇÕES.” Estas palavras,escritas por João, em Apocalipse 17.5 ,descrevem a mulher que simboliza osistema de uma igreja instalada peloAnticristo. O fato de que ela pertence aoAnticristo, é óbvio. Primeiro, o capítulo17,versículo 1, diz que ela é a grandemeretriz. As verdadeiras igrejas de Deussão conhecidas como a Noiva de Cristo.Babilônia é denominada meretriz por causade sua infidelidade a Cristo, o noivo,resultado de sua amizade e aliançapecaminosa com os reis e habitantes daterra. Assim, em virtude de ser chamada“meretriz”, é óbvio que a mulher é umsistema religioso falso. Segundo, adescrição da mulher, no versículo seis,deixa claro que o sistema é o do Anticristo.O texto diz que ela está “embriagada como sangue dos santos e com o sangue dosmártires”. Vê-se, então, que o falso sistemareligioso do Anticristo tem perseguido oscristãos através dos séculos. É este tipo desistema religioso que é chamado deBabilônia, a Grande.

O que significa o nome Babilônia, aGrande? Alguns dizem que se refere àcidade onde este maléfico sistema

eclesiástico foi erigido. No entanto, oversículo seis deixa claro que esta não é ainterpretaão correta. A cidade da Babilônia,às margens do rio Eufrates, nunca seembriagou com o sangue dos santos. Mui-to pelo contrário, Babilônia nada mais é queum monte de pedras e entulho. Ela foicompletamente destruída, e, em toda suahistória, não fez jus à definição do versículoseis. É interessante notar também que ainscrição na testa da mulher se refere a umMISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE.Isto mostra que o nome Babilônia não deveser interpretado literalmente, mas que é umnome secreto que significa outra coisa.Acredita-se, então, que o nome se refere aosistema eclesiástico de babilonismoencontrado em Gênesis, capítulo dez, queexiste, de uma forma ou de outra, até opresente momento e continuará existindoaté a volta de Cristo.

O sistema religioso conhecido comoBabilonismo recebeu o nome da cidade emque foi fundado: Babilônia, no planalto deSinar. O fundador desta cidade chamava-seNinrode, e é mencionado muito pouco naBíblia. Seu nome aparece somente emGênesis, capítulo10, versículos 8-10. Oversículo oito diz que Ninrode foi gerado“por Cuse, e era poderoso na terra”. Oversículo nove vai mais além, e explica queele era um valente caçador diante doSenhor. Numa primeira olhada, estadescrição parece muito inocente, mas seobservarmos mais de perto, descobriremosa verdadeira natureza desse homem. Antes

de mais nada, o nome Ninrode deriva doverbo hebraico “nimrode”, que significa“revoltemo-nos”. Isto, por si só, indica otipo de pessoa que Ninrode era. Ele édescrito como um “valente”. A frase vemda palavra hebraica “gilor”, que quer dizer“tirano”. Torna-se, então, evidente queNimrod não era apenas um homem valentenaquela época. Mais propriamente, ele eraum líder cuel. A frase “um valente caçadordiante do Senhor” tem uma conotaçãointeressante também. Primeiro, é bomquestionar por que a bravura de caçador deuma pessoa chamaria, de modo especial, aatenção especial do Senhor para ela. Afrase hebraica “liphne yahweh”, que podeser traduzida como “na avaliação deJeová”, traz a idéia do superlativo, mas “umsuperlativo com o significado de que atémesmo Jeová estava impressionado com adestreza e as realizações do caçador”. Ospredicados de Ninrode como caçadordevem ter sido bem maiores do que osevidenciados na vida de qualquer outro.Segundo a palavra traduzida como“diante”, em Gênesis 10.9, traz consigo umsignificado hostil, e provavelmente poderiaser traduzida por “contra”. Juntando tudoisso, torna-se claro que Nimrod não estavacaçando animais selvagens, mas homens.Depois de pegá-los, ele os escravizava etiranizava. E tudo era feito em oposiçãodireta ao Senhor. A Enciclopédia Judaicaresume a vida de Ninrode referindo-se a elecomo “aquele que fez todos se rebelaremcontra Deus”.

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A Bíblia informa que o reino de Ninrodeiniciou-se em Babel, ou em outras palavras,Babilônia. A maldade de Babilônia éevidenciada pela histótia da torre de Babel,relatada em Gênesis 11. Os habitantesdaquela cidade decidiram construir umaenorme torre — um desafio direto a Deus.Estavam desafiando Deus porque nãoqueriam ser espalhados pela terra, como oSenhor havia ordenado a Noé e seusdescendentes, em Gênesis 9.1. A fim deevitar isso, o povo quis construir uma torreque lhes trouxesse fama. Acharam que atorre os ajudaria a permanecer juntos eevitaria que fossem separados. Todaviaisso era desobediência a Deus, que osforçou a fazer Sua vontade quandoconfundiu a língua que falavam, obrigando-os a se dispersar e tentar se reagrupar deacordo com um idioma comum. Esteincidente, embora pequeno, mostraclaramente que tipo de pessoas seguiaramNinrode em sua rebelião contra Deus.

Depois da morte de Ninrode, suaesposa, a rainha Semíramis, deucontinuidade a seu culto pagão. Ela afirmouque seu marido havia se tornado no deusSol, e deveria ser adorado. Algum tempodepois, Semíramis engravidou de umarelação adúltera, e deu à luz um filhoilegítimo, a quem chamou de Tamuz. Éinteressante notar que Ezequiel 8.14 registrao incidente de mulheres lamentando-se porTamuz. O profeta fica sabendo que um diaverá maiores abominações do que essa, oque indica que até o lamento por Tamuz eramaldade e idolatria. Depois do nascimentode Tamuz, Semíramis declarou que ele era,na verdade, Ninrode reencarnado. Aindamais, também afirmou que seu filho foigerado de modo sobrenatural. Com certeza,Semíramis conhecia a promessa que Deusfizera sobre um Redentor. Satanás usou oconhecimento da rainha para induzi-la aarmar um plano sobre a redenção de Deus,levando-a a declarar que Tamuz seria osalvador do mundo. Contudo, emboraSemíramis afirmasse ter dado à luz a umsalvador, foi ela a adorada, não o filho. Arainha era cultuada como a mãe dosdeuses.

Idéias dos mais diversos tipospassaram da religião babilônica para asgerações seguintes. A doutrina dorelacionamento mãe-filho provavelmente éuma delas. Quando os babilônios foramespalhados pelo mundo, levaram consigo oensino de que Semíramis havia,milagrosamente, concebido e dado à luzNimrod reencarnado. Assim, no mundotodo, muito antes do nascimento de Cristo,os homens começaram a adorar a mãe

divina e o deus-filho. A mãe aparece em vá-rias formas e tem diferentes nomes, mas ésempre a mesma pessoa. Os chineses achamam de Shingmoo. Os alemães adoramHertha. Os escandinavos cultuam Sisa. NaÍndia, é conhecida como Indrani. Mas amulher era, na verdade, Semíramis, a rainhada Babilônia. Até mesmo Israel, ao cair naapostasia, adorou Asterote, conhecidaentre os judeus como a “rainha do Céu”, deacordo com Jeremias 44.17-19. O alcancedesta doutrina era muito grande na épocade Cristo.

O culto à Grande Mãe,… era muitopopular no Império Romano. Inscriçõesprovam que os dois (mãe e filho) receberamhonras divinas... não só na Itália, eespecialmente em Roma, mas também emsuas províncias, particularmente na África,Espanha, Portugal, França, Alemanha eBulgária.

Parece, então, que o mundo todo sabiado relacionamento mãe-filho e,provavelmente, adorava os dois.

Jesus nasceu nesta época. Aocompletar seu ministério, e enviar osapóstolos a plantar igrejas, a Palavra deDeus espalhou-se pela terra. No entanto,com o passar dos séculos, muitas dessasigrejas caíram na apostasia. O paganismo semisturou com o “cristianismo”.Constantino professou ter se tornadocristão e começou a impor o cristianismoaos pagãos; não pela conversão, massimplesmente aceitando-os como eram.Muitos dos que se uniram à “igreja”levaram junto suas crenças sobre a GrandeMãe. Esses pagãos haviam acreditadonaquelas coisas desde a infância, e nãoqueriam abandoná-las agora. A “igreja”,então, abriu uma brecha. Em vez de forçá-los a desistir da idéia babilônica sobre aGrande Mãe, decidiu (a fim de aumentar suamembresia) adotar a crença. Maria, a mãe deJesus, tornou-se a Grande Mãe dospagãos. Os dois lados ficaram satisfeitos.Os “cristãos” estavam felizes porque ospagãos estavam “adorando” o Deuscristão. Os pagãos estavam felizes porquecontinuavam adorando sua Grande Mãe.Assim, aos poucos, o culto a Maria seinfiltrou na “igreja” conhecida hoje comoIgreja Católica.

Há outras similaridades que mostramque a doutrina católica da mariolatria é umramo do babilonismo. Em sua forma divina,Ninrode, o deus Sol, é conhecido comoBaal. Semíramis, como divindade feminina,deve ser chamada de Baalti, que em inglêssignifica “Minha Senhora” e em latim,“Mea Domina”. Este nome torna-se“Madona”, usado, muitas vezes, em

referência a Maria. O mesmo raciocíniopode ser aplicado ao nome “Mediatrix”também usado para Maria. Já que a Bíbliaensina que há somente um mediador entreDeus e os homens, e este Um é JesusCristo (1 Timóteo 2.5), é óbvio, então, queMaria não recebeu este título de um modobíblico. Em vez disso, adquiriu-o de“Mylitta” (mediatrix), um dos nomes daMãe-deusa da Babilônia. “Rainha do Céu”é outro nome para Maria, originado das reli-giões pagãs babilônicas. É claro, assim, quea doutrina católica da mariologia nada maisé que o velho babilonismo vestido de umaterminologia cristã.

O babilonismo atravessou os séculospor meio de simbolismo também. Osbabilônicos eram muito simbólicos em tudoque faziam, e seus símbolos de adoraçãopodem ser encontrados ainda hoje. Umdeles é o rosário, que não é uma invençãopapal, mas existe desde os tempos maisantigos e pode ser encontrado em quasetodas as nações pagãs. O rosário foi usadocomo um objeto sagrado pelos mexicanos,e os livros sagrados dos hindus fazemreferência a ele. Na verdade, as imagens dadeusa Diana mostram-na com um rosário.Vemos, então, que este ritual católico temsua origem nas religiões pagãs origináriasda Babilônia.

Outro símbolo importante na religiãobabilônica era o obelisco ou a torre. Osobeliscos podiam ser encontrados por todoEgito e Babilônia. Muitos obeliscos foramtransportados para lugares consideradosimportantes, como a entrada da Catedral deSão Pedro, em Roma. Esses obeliscostinham dois propósitos na religiãobabilônica. Primeiro, eram associados àadoração ao deus Sol. Eles apontavam nadireção deste astro, homenageando-o comoo grande doador da vida. Essesmonumentos também representavam osexo; simbolizavam o falo que, junto com oSol, era considerado um símbolo da vida.Os obeliscos nada mais eram que umacombinação de sexo e adoração ao Sol.Quando Israel se desviou, o povoconstruiu obeliscos à entrada do templo,em total rebeldia contra Deus (Ezequiel 8.5).É muito interessante notar que um dessestipos de obeliscos encontra-se à entrada daCatedral de São Pedro. Curioso também quequando o obelisco estava sendoconstruído, o Papa declarou pena de morteaos trabalhadores se o monumento sequebrasse. É óbvio que os católicos dãomuito valor a este símbolo pagão. Temos

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O AMIGÃO do PastorAGO/01 Página 5

A Saúde do Pastor

DOR DE CABEÇA –CEFALÉIA.

Dr. Carlos Antônio de Melo Leite

Nove a cada dez mortais vãoexperimentar, ao menos uma vez, asensação torturante de uma dor de cabeça.Para a maioria das pessoas, a chamadacefaléia não passa de um incômodoocasional, aliviado com um simplesanalgésico e um freio no estressecotidiano. A questão é que adesinformação e a mania de se automedicarpodem agravar o problema. “E transformaros episódios de dor praticamente em crisesdiárias.

A maior parte das dores é causada porum erro na transmissão dos comandoscerebrais. O mecanismo que conduz essesimpulsos elétricos depende do delicadoequilíbrio de substâncias químicas, osneurotransmissores. “Em algumaspessoas, a herança genética predispõe afalhas primárias nesse processo”. “Masfatores ambientais ou até doenças tambémpodem desencadear crises”.

Pelo menos um terço das vítimas chegaa precisar de tratamento médico, tão inten-sas são as dores. O problema é tão comum,envolve tantos aspectos e incomoda a talponto, que já deu origem a um novo ramoda medicina – cefiliatria. Na prática, porém,a orientação do clínico ou do pediatra (sim,as crianças também sofrem de cefaléia)pode ajudar a reconhecer os fatores quedisparam a dor e a tratar corretamente.

Veja as respostas a algumas dúvidasfreqüentes sobre a dor de cabeça.

Há mesmo diferentes tipos de dor decabeça?

Até o momento, conhecemos cerca de150 tipos de cefaléia, alguns comdiagnóstico e tratamento muito fáceis eoutros que exigem mais tempo até sealcançar um bom resultado. Na prática, asdores de cabeça podem ser divididas emdois grupos: as primárias e as secundárias.As dores primárias – mais de 90% doscasos – resultam de falhas nofuncionamento cerebral, são benignas e

voltam de tempos em tempos. Já as secun-dárias representam sintomas de outras do-enças e precisam ser investigadas.

Qual é o tipo de dor de cabeça maiscomum?

Nada menos que 93% das pessoas quepassam por uma crise experimentam achamada cefaléia tensional episódica, a dorde cabeça comum. O problema é ocasionale resulta de uma falha primária no sistemaeletroquímico do cérebro, deixando tensosos músculos do crânio. A dor atinge toda acabeça por alguns minutos ou horas, comintensidade fraca a moderada, e melhoracom analgésicos. É o que ocorre quando seabusa do álcool, após uma forte emoção,pela falta ou o excesso de sono, e mesmosem motivo evidente. A enxaqueca vem emsegundo lugar.

Como se faz o diagnóstico da cefaléia?No caso das cefaléias primárias, o

diagnóstico é clínico. O médico analisa ascaracterísticas da dor, como sua localização,a intensidade e a freqüência das crises. Ahistória familiar, fatores que desencadeiamo incômodo e a forma como evolui tambémsão dados importantes. Nenhum examelaboratorial ou de imagens do cérebro podeconfirmar o diagnóstico, mas ajuda adescartar outras causas.

Como posso saber se a dor de cabeça não éo sintoma de algo mais grave?

Pessoas que convivem há anos com ador de cabeça, sem que suas característicasse alterem, não precisam alarmar-se. Mas omelhor é consultar o médico, se as doressurgiram recentemente ou após os 50 anos,se são cada vez mais intensas ou diferentesdo padrão habitual, caso se agravem aodeitar ou após um esforço físico. Sintomas,como febre, rigidez na nuca, convulsões,aumento da pressão arterial, mudanças nocomportamento, alterações permanentes navisão, perda da sensibilidade ou da forçaem um dos membros, dificuldades paraandar ou falar, também devem serinvestigados.

Quais são os sintomas da enxaqueca?A enxaqueca é uma das dores de cabe-

ças primárias mais comuns. Pelo menos 6%dos homens e até 18% das mulheres têmuma predisposição genética para as crises.O problema é causado por distúrbios natransmissão dos impulsos nervosos. É cer-to que a dor forte e latejante, a sensação depeso ou pressão em um dos lados do crâ-nio, atormenta o paciente. Mas também sãocomuns náuseas, vômitos, tonturas, intole-

rância a luz, barulhos, cheiros e movimen-tos. A crise pode durar de 4 a 72 horas.

É possível perceber o início de umaenxaqueca e evitar que se agrave?

Boa parte dos pacientes consegueidentificar o início da crise. Osmedicamentos são indicados justamentenessa fase, para evitar que a dor se agrave.Em alguns casos, os sintomas surgem entre12 e 24 horas antes da crise, como euforiaou fadiga, dificuldade para se concentrar acompulsão por doces, por exemplo. Aprópria dor se instala aos poucos e podeser precedida por alterações visuais –imagens duplas, embaçadas ou brilhantes -,tonturas, zumbidos e distúrbios da fala, quenão duram mais de um minuto.

O uso inadequado de analgésicos leva adores de cabeça crônicas?

A automedicação e o abuso deanalgésicos podem transformar doresocasionais num problema crônico. É que osistema nervoso central possui célulasespeciais para a produção de endorfinas,substâncias responsáveis pelo combate àdor e pela sensação de bem-estar. O usoinadequado do medicamento altera aquímica natural do organismo, inibindo aprodução das endorfinas. Resultado: crisesquase diárias de dor e dependência deanalgésicos cada vez mais potentes, emaltas doses. O ideal é consultar o médico.

Estresse pode desencadear a dor decabeça?

Os fatores emocionais, incluindo oestresse, podem atuar como gatilho para ascrises de enxaqueca ou cefaléia tensional.A causa do problema está mesmo nosdistúrbios do funcionamento cerebral. Masquem sofre de enxaqueca, por exemplo,também tem alterações no sistema límbico,uma estrutura localizada na parte maisprofunda do cérebro e responsável por lidarcom as emoções. Em algumas situações, aresposta desse sistema ao estressepsicológico acaba sendo a própria dor decabeça.

Problemas digestivos são uma causafreqüente de cefaléia?

Alguns alimentos podem disparar a dornos pacientes sensíveis – é o caso dechocolates, queijos “curados”, vinho tinto,embutidos e até frutas cítricas.Crianças também têm dores de cabeça? Oque os pais podem fazer?

Estudos mostram que um terço das cri-

Continuação na próxima página

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A SABEDORIA DE SALOMÃO

“Quem anda em integridadeanda seguro,… mas o que perverte os

seus caminhos seráconhecido.”

PROV. 10:9

anças na faixa dos 4 aos 14 anos já teve do-res de cabeça. O mais comum são ascefaléias tensionais, mas até 15% dospequenos pacientes sofrem de enxaqueca.Os pais podem ajudar no diagnóstico e notratamento, observando os fatores quedetonam as crises e os evitando. Aorientação médica é fundamental. Por issoprocure um médico clínico no caso dedores de cabeça para encontrar a causa doproblema e buscar o tratamento possível.Até breve.(Dr. Carlos é médico em Florestal, MG e

obreiro na I.B. daquela cidade)

mento e os apóstolos do Novo Testamentonunca precisaram fugir dos fãs, mas passa-ram por muita solidão. Ninguém elogiavasuas mensagens nem a eles próprios. Osmensageiros foram odiados e perseguidos.Em vez de as pessoas se revoltaram contraDeus, o compositor da mensagem, elas des-pejaram sua raiva em cima dos servos dili-gentes, transmissores das advertências deDeus. Sempre foi assim. Portanto, ninguémdeve ficar surpreso quando isso acontecehoje em dia.

Se você é um fundamentalista necessi-tado de um bom tônico espiritual e de umaboa dose de coragem, leia o profetaJeremias. Temos aqui um homem que nãoprocurava as luzes do palco nem estavaatrás de briga. Quando Deus o chamou,Jeremias respondeu que não passava deuma criança. Ele não poderia falar e, certa-mente, não era qualificado para entregar amensagem de Deus. Mas Deus não levouem conta as desculpas de Jeremias. O Se-nhor foi positivo: “Eis que porei as minhaspalavras em tua boca”, e avisou Jeremiaspara que não sentisse medo do povo aotransmitir a mensagem, e prometeu-lhe:“...eu sou contigo para te livrar” (Jeremias1:5-9).

Pobre Jeremias! Se ele não estivesse ca-minhando pela fé e não reconhecesse queestava sob o comando de Deus, não teriasobrevivido. Não demorou muito paraJeremias descobrir por que Deus avisouque não tivesse medo de confrontar opovo. As caras com as quais se deparounão só eram inimigas como possuíam umalíngua que mais parecia uma espadaafiadíssima, que cortava profundamente.Claro que Jeremias não era perfeito, comonão são perfeitos os fundamentalistas dehoje. Porém ele sabia que Deus o havia cha-

“fundamentalista” (da página 1)

mado. Tinha certeza que Deus lhe haviadado uma mensagem a ser transmitida. E foiexatamente isso que ele começou a fazer di-ante de todo mundo: reis, sacerdotes, pro-fetas e cidadãos comuns—qualquer umque estivesse ouvindo. Do ponto de vistahumano, Jeremias não foi um homem bemsucedido. Era óbvio que ele estava “porfora”. Tal qual no tempo de Isaías, as pes-soas hoje também querem ouvir coisasagradáveis. Quando Jeremias se recusou amudar a mensagem que Deus lhe haviadado, e cair nas graças do povo, conspira-ram contra sua vida.

Finalmente Jeremias chegou a um pontoem que não agüentou mais, e decidiu: “Nãome lembrarei dele e não falarei mais noseu nome” (Jeremias 20.9). O profeta deveter pensado que, se ficasse calado, estarialivre da pressão de exercer um ministérioindesejado e desprezado. Afinal, ninguémestava mesmo aceitando sua mensagem.Mas continuemos lendo o versículo nove:“ ...mas isso foi no meu coração como fogoardente, encerrado nos meus ossos; e es-tou fatigado de sofrer e não posso”. Comoum verdadeiro fundamentalista, Jeremiasnão pôde se calar. A pressão de Deus eramais forte que a dos homens!

Nenhum fundamentalista verdadeirogosta de ser maltratado e condenado porgente infiel ou cristãos carnais e ignoran-tes; no entanto, somos soldados que cum-prem ordens. Precisamos correr com paciên-cia a corrida posta à frente, mantendo nos-sos olhos na linha de chagada. Um dia, quepode ser hoje, a batalha terminará e encon-traremos nosso querido Senhor, face a face.Ouvi-lo dizer: “Muito bem, servo bom efiel” valerá todo o sofrimento terreno. Masaté aquele dia, devemos ficar firmes, apre-goar e regozijar! A batalha pode ficar vio-lenta, porém nossa vitória em Cristo já estágarantida.

(M. H. Reynolds Júnior - FoundationMagazine 1982)

MESMO LUGAR, MASCORAÇÃO RENOVADO

Um sobrinho de Abraão Lincoln nãoconseguiu cultivar um sítio no estado deIllinois, e então resolveu vender a proprie-dade e mudar-se para o estado de Missouri.

O sábio tio escreveu-lhe uma carta eperguntou: “O solo de Missouri é melhorque o de Illinois? Você pode plantar emMissouri o que não conseguiu em Illinois?O clima de Illinois é pior que o deMissouri?”. Abraão Lincoln esclareceu aocabeçudo sobrinho: “Você não precisa mu-dar de lugar se quiser ser um sitiante bemsucedido. Você precisa mudar é seu cora-ção”.

Muitas pessoas acham que se forempara a África, aí então sentirão amor pelasalmas perdidas, e se tornarão grandesmissionárias. Nada mais errado. Quem nãoama os perdidos de seu país nunca vai ga-nhar ninguém para Cristo, mesmo que vá lápara os confins do mundo.

(Sword of the Lord)

QUANDO FOI QUE VOCÊ:Visitou alguém que vive sozinho?Escreveu uma carta para alguém que lhe

veio à mente?Leu a Bíblia para alguém muito doente?Encorajou alguém com dificuldades no

viver cristão?Orou fervorosamente por alguém fraco

na fé?Tentou estudar a Bíblia com um não-

convertido?Disse a um adolescente que estava feliz

com seu esforço de viver para Cristo?Passou mais tempo ajoelhado, em ora-

ção, do que falando ao telefone?Falou a sua família o quanto a ama e

aprecia?Todo cristão pode fazer alguma coisa

para encorajar alguém!(Púlpit Helps)

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O AMIGÃO do PastorAGO/01 Página 7

RESPOSTA EXCEPCIO-NAL PARA SITUAÇÃO

DE EMERGÊNCIA

Em 1989 um terremoto que alcançou 8.2na escala Richter destruiu boa parte daArmênia e matou 30 mil pessoas em quatrominutos. Depois do primeiro tremor, um paicorreu para a escola do filho, e encontroutudo no chão.

Enquanto contemplava a ruína, o ho-mem se lembrou da promessa que havia fei-to ao menino: “Não importa o que aconteça,sempre estarei ao seu lado”. O pai cami-nhou para o lado do edifício onde ficava aclasse do filho e começou a cavar. Ele revi-rou os escombros por 37 horas, sem parar.Muita gente tentou fazê-lo desistir, mas aresposta era sempre a mesma: “Você querme ajudar?” Ninguém quis.

Trinta e oito horas depois de começar, opai gritou o nome do filho, e ouviu: “Estouaqui, pai”. Catorze crianças amedrontadas,sedentas e famintas emergiram doescombro.

O que mais me impressiona aqui é a in-crível determinação do pai. Não é incomumos pais fazerem coisas extraordinárias emcasos de emergência. Mas o homem daArmênia foi ao extremo. Ele cavou, cavou ecavou um pouco mais. Obviamente o amorpelo filho venceu todos os seus limites.

Em nosso trabalho missionário, somoschamados a fazer algumas tarefas extrema-mente difíceis. Algumas vezes, o trabalhoexige que usemos toda nossa força de von-tade. Precisamos ser iguais ao pai da tragé-dia acima: temos que arrancar as pessoasdos escombros para a vida! Cada pessoaque resgatamos do fogo do inferno é comoo menino do terremoto. Só que em vez deajudá-la a reconquistar a vida terrena, nós aajudamos a conquistar a vida eterna.

Portanto, hoje mesmo, ao sair de casa eganhar a rua, ou o lugar de trabalho, não seesqueça da razão de você estar cavando.Que muitas vidas sejam resgatadas!

(Brigada Today - Pulpit Helps)

MEU PAI CONHECEDEUS

Quando meu filho era pequeno, um dosamiguinhos com quem ele brincava anun-ciou: “Meu pai conhece o prefeito desta ci-dade!” Outro companheiro não deixou pormenos: “Grande coisa! Meu pai conhece ogovernador do estado!” Eu estava imagi-nando até onde iria aquela “exibição de co-nhecimentos” quando meu filho de quatroanos finalizou a conversa: “E daí? Meu paiconhece Deus!”

Afastei-me rapidamente do posto de es-cuta e com os olhos cheios de lágrimas orei,olhando para o céu: “Senhor, tomara quemeu filho possa sempre dizer: ‘Meu pai co-nhece Deus’”.

(The Lakeside Messenge)

O QUE OS FILHOSMERECEM?

“... mas criai-os na doutrina e admoesta-ção do Senhor”(Efésios 6:4).

1.Merecem ouvir os pais orar fervoro-samente e sempre.

2.Merecem ir aos cultos e à Escola Do-minical regularmente.

3.Merecem ver os pais se entregaremem sacrifício a Deus.

4.Merecem ouvir os pais testemunhan-do de Cristo.

5.Merecem acompanhar os pais nas vi-sitas aos enfermos e aos que sofrem.

6.Merecem aprender a Bíblia com ospais.

7.Merecem ouvir os pais elogiando aigreja e sua liderança.

8.Merecem ser encorajadas, pelos pais,a descobrir e seguir a verdade sempre.

9.Merecem ver os pais colocando Deusem primeiro lugar no aspecto financeiro.

10. Merecem conhecer o Cristo quehabita em seus pais.

(Reflexões de um Filho - Pulpit Helps)

vestido branco e o elegante terno ficaremfora de moda, o amor continuará a crescer eresplandecer.

Nesta semana, centenas de casais emtodo o país se unirão em matrimônio, e fa-rão promessas uns aos outros diante depastores e juízes de paz. Depois da cerimô-nia, terão dois caminhos a sua frente.

(John Thornbury - Pulpit Helps)

“casamento” (da página 1)

DE QUEM É ARESPONSABILIDADE?

É comum ouvirmos que os jovens estãose afastando cada vez mais da igreja.

Qual é o significado exato dessa afirma-ção? Minha impressão é que ela não é aconstatação de um fato, mas que tem a in-tenção de condenar a igreja por algum tipode erro cometido.

A verdade, no entanto, é que a igrejanão pode perder o que não tem. Deus con-fiou os filhos aos pais, não à igreja. “E vós,pais, não provoqueis a ira a vossos filhos,

mas criai-os na doutrina e admoestaçãodo Senhor” (Efésios 6:4).

A responsabilidade da igreja para comos jovens é a mesma que ela tem em relaçãoa qualquer um: pregar-lhes a Palavra. Não éa igreja que decide a hora do adolescentechegar em casa. Não são os diáconos queescolhem os programas de TV para as cri-anças. A igreja não escolhe os amigos denossos filhos nem a turma da qual farãoparte. Não é a igreja que lhes dá permissãopara fumar e beber, e dizer palavrões quedeixariam um estivador ruborizado.

Não é a igreja que deixa as moças sentarno colo dos namorados. Não é a igreja quefaz “vistas grossas” quando nossos filhosestragam ou destroem objetos de pessoassimpáticas o bastante para abrir a porta desuas casas para nossa família. Não são osprofessores que deixam os alunos ir à igrejasem Bíblias ou revistas da EBD. Quem éque deveria estar atento a tudo isso?

(Lewis G. Hale - Broad Street Banner)

O QUE ELERESPONDERIA?

Certo homem afirmou a um servo do Se-nhor: “Nada mais sou que um pobre e mise-rável pecador; não há esperança para mim.Estou cansado de tanto orar, prometer, ten-tar e jurar sem resultados”.

—Você acredita que Jesus morreu e res-suscitou por seus pecados?

— Claro que sim!— O que você faria se Jesus lhe apare-

cesse em carne e osso?— Eu correria para ele num instante.— E lhe diria o quê?— Confessaria que sou pecador e estou

perdido.— E você pediria para ele fazer o quê?— Que perdoasse meus pecados e que

me salvasse.— O que ele lhe responderia?O homem ficou quieto. O cristão insis-

tiu: “O que Jesus lhe responderia?” Depoisde alguns segundos, os olhos do homembrilharam, e um sorriso carregado de paz to-mou conta de seu rosto. Ele sussurrou: “Je-sus diria: ‘Eu farei isso”. O novo salvo afas-tou-se tranqüilo, carregado de uma alegriaindescritível, cheio da glória do Senhor.Desde então ele trabalha fielmente para oCristo que o salvou sem cobrar absoluta-mente nada.

(Sunday School Times - Sword)“O insulto coloca você abaixo de seu

inimigo; a vingança deixa você igual a ele; operdão eleva você acima dele.”

(Pulpit Helps)

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“Com licença, o senhor temhoras?”, um jovem perguntou.

O senhor idoso tirou o relógio dobolso do colete, olhou-o, e colocou-ode volta no bolso sem dizer as horaspara o jovem. “Senhor, eu perguntei seo senhor tinha horas.”

Mais uma vez o senhor repetiu oprocesso de olhar o relógio e colocá-lonovamente no bolso sem responder apergunta do jovem. “Por que você fezisso?” ele perguntou “É sempre assim”,o senhor explicou. “Se eu lhe dissesseas horas, você me perguntaria onde eumoro. Mais tarde você me visitaria,encontraria minha linda filha, e seapaixonaria por ela. Então você apediria em casamento e eu,provavelmente, não recusaria. E estoucerto de que não quero um genro quenão tenha condições de ter umrelógio!”

(Sword of the Lord)

outro exemplo de como o paganismobabilônico chegou aos dias de hoje.

O celibato sacerdotal é mais umadoutrina babilônica que chegou até aqui. Aprática começou com a rainha Semíramis, erapidamente se espalhou pelo mundopagão. Chegou finalmente a Roma com oculto à deusa babilônica Cibele e teve suacontinuidade na Igreja Católica. A tonsura— corte circular do cabelo, na parte decima da cabeça, na ordenação aosacerdócio — acompanhou o voto decelibato. A prática da tonsura começoucom a ordenação dos sacerdotes deBaclus, que é outro nome para o filhoilegítmo da rainha Semíramis. Até mesmoesta marca, que os padres recebem comoum rito de iniciação, teve sua origem nasreligiões pagãs da Babilônia.

A última área, sobre a qualdiscutiremos, é a doutrina católica dopurgatório. A primeira evidência real destadoutrina no catolicismo aconteceu quandoo papa Gregório, o Grande, afirmou existirum terceiro estado, diferente do Céu e doInferno. A idéia não foi oficialmenteadotada no dogma católico até o Concíliode Florença, em 1459. A partir de então, aIgreja Católica tem ensinado abertamente oconceito do purgatório como um lugar depurificação das almas. No entanto, estadoutrina entrou em vigor bem antes deGregório, o Grande. No século IV a.C.,Platão referiu-se a certos professorescontemporâneos que acreditavam nopurgatório. Os fundadores do Budismo, doEstoicismo e do Islamismo tambémacreditavam em um lugar de purificação,para onde as almas deviam ir antes deconseguir chegar ao Céu. Essas crençastêm suas raízes na Babilônia. A fonte maisprovável é o culto a Moloque. Diversasnações pagãs achavam que o fogo eranecessário para a limpeza dos pecados.Provavelmente porque eram nações queadoravam ao Sol, e seu poder na terra erarepresentado pelo fogo. Isto podia servisto na adoração a Moloque, quandocriancinhas eram transformadas emsacrifício humano e queimadas nos braçosdo ídolo. Em 2 Reis 23.10 e Levíticos 18.21,Deus faz uma menção especial a Moloqueao proibir que fosse adorado. Na verdade,Moloque é apenas outro nome paraNinrode. O nome Tamuz também esclareceisso. “Tam” significa “perfeito” e “Muz”,“pela queimadura”. Vemos, assim, que aidéia da purificação pelo fogo tem suasraízes no culto babilônico a Ninrode.

“Babilônia” (da página 5) Desde os dias de Ninrode até agora,sempre existiu um sistema religioso falso ematividade. Este sistema nasceu na religiãoda Babilônia. Nos dias atuais, a referidareligião é evidenciada na Igreja Católica. Adoutrina católica da mariologia tem suasraízes no relacionamento divino mãe-filhoda rainha Semíramis e Tamuz, seu filhoilegítimo. O rosário, como símbolo, começouna Babilônia. O obelisco é um símbolobabilônico do culto ao sexo e ao Sol. Osritos de iniciação dos padres são os mesmousados para os sacerdotes da Babilônia.Até mesmo a doutrina do purgatóriocoincide diretamente com a práticababilônica. Muitos outros exemplospoderiam ser citados, mas só esses poucosservem para mostrar que a Igreja Católicanão é uma religião “cristã”. Ela nada mais édo que uma cópia das religiões daBabilônia. É o sistema religioso simbolizadocomo um MISTÉRIO, BABILÔNIA, AGRANDE, em Apocalipse 17.5, e serádestruída quando Cristo, em sua glória,retornar à terra para estabelecer seu reino.

BIBLIOGRAFIA:Hislop, Alexandre. The Two Babylons

(As Duas Babilônias). Neptune - NJ:Loizeaux Brothers, 1916

Leupold, H.E. Exposition of Genesis(Exposição de Gênesis). Grand Rapids:Baker Book Houses, 1965

Smith, J.B. A Revelation of Jesus Christ(Uma Revelação de Jesus Cristo). Scottdale:Herald Press, 1961

Woodrow, Ralph. Babylon MisteryReligion (Religião Misteriosa da Babilônia).Riverside Ralph Woodrow EvangelisticAssociation, Inc.1966(Do site do Internet:http://www.csbc.org/)

ENSINAR É MELHOR DOQUE PERDER

“E foi também congregada toda aquelageração a seus pais, e outra geração apóseles se levantou, que não conhecia o SE-NHOR, nem tampouco a obra que fizera aIsrael. Então, fizeram os filhos de Israel oque parecia mal aos olhos do SENHOR; eserviram aos baalins” (Juízes 2.10-11).

Cometemos um erro terrível quando nãoensinamos nossos filhos sobre Deus nemcontamos-lhe tudo o que ele tem feito pornós. Uma geração de Israel cometeu esseerro, e a geração seguinte começou a adoraros ídolos. A vida cristã é aprendida, não éalgo contagiosos como o sarampo, porexemplo. As crianças se transformam naqui-lo que lhes ensinamos. Em outras palavras,

nossos filhos serão o que aprenderem. Erra-mos ao achar que eles conhecem Deus eseu plano redentor só porque são nossosfilhos. Esquecemos que nossas convicçõesforam sendo adquiridas ao longo do tempo,e formadas à medida que Deus foi nos ensi-nando. Assim que entram na escola, as cri-anças devem começar a ler a Bíblia. Deve-mos ler-lhes a Palavra assim que puderemsentar e ouvir. Quase sempre as criançastêm uma compreensão mais clara da Bíbliaque os adultos. Deus quer que todosaprendam com ele, e as crianças estão in-cluídas em sua vontade. Jesus disse: “Estáescrito nos profetas: E serão todos ensina-dos por Deus. Portanto, todo aquele quedo Pai ouviu e aprendeu vem a mim” (João6.45).

(The Glen Rock Light - Pulpit Helps)

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OS PERIGOS DOPREGADOR POPULAR

Por Dr. Austin L. Sorenson

“Ai de vós quando todos os homens de vósdisserem bem...” (Lucas 6:26)“Por seus frutos os conhecereis...” (Mat.7:16)

Abrahão Lincoln disse uma vez, “Seja láo que você for, seja bom naquilo.”

Há um outro ditado que diz, “Se Deus ochamou para ser um pregador, por quequerer ser um rei?”

Ser um ministro do Evangelho nestesdias, é a maior honra que pode serconferida a alguém. É mostrar uma diferençade vida em um tempo de dias difíceis. Serum representante de Deus em tal mundo, éuma importante e santa chamada,envolvendo uma sagrada responsabilidade.

Dr. George W. Truett pregou o sermãode funeral do famoso B. H. Carrol. Namensagem, ele exclamou: “O púlpito era seutrono, e ele o ocupou como um rei.”

Mas nem todo pregador está fazendodesta santa chamada uma verdade na vida.Pregar está se tornando uma coisa muitopesada. O púlpito hoje está sendo muitodenegrido e muito barateado por gostospessoais de pregadores. Contudo, não sepode esconder que Deus tem abençoadoalguns de seus escolhidos com muita

eloqüência, multidões têm sido ajudadaspor seus ministros. Por isso nós devemosdar graças e reconhecer.

O significado da palavra popular é“aceito, admitido, aprovado ou procurado.”Não há nada de errado com a popularidade.Quem não quer ser aceito ou bem recebido?A tragédia é quando alguns dospregadores populares alcançam essapopularidade devido a motivossecundários, sem santidade nenhuma, e amensagens fora das Escrituras. Notealguns dos riscos nos quais incorre opregador que deseja ser popular.

I – AGRADAR AS MULTIDÕES

“Porque virá o tempo em que nãosofrerão a sã doutrina; mas, tendocomichão nos ouvidos, amontoarão parasi doutores conforme as suas própriasconcupiscências.” II Tim. 4:3

Deus não está contente com a maioriados nossos pregadores, e é tão notável que“trovões de aclamação na terra sãocompletamente compatíveis com um grandesilêncio no céu.”

Um bispo proeminente e muito popularpregou brilhantemente perante umaaudiência grandiosa. Quando terminou, oauditório reagiu com altos aplausos, masum só ouvinte permaneceu sério, emsilêncio. O orgulhoso pregador lheperguntou: “Gostou do Sermão ?” Eleentão apontou para o alto enquanto dizia:“Você pode ter agradado a todos, menosUm.”

Lehmam Strauss nos dá esse aviso:“Nunca permita que seus ouvintes moldemvocê ou suas pregações. Muitas pessoastoleram apenas um pouquinho da verdadearranhando seus tímpanos. A tragédia équando eles têem dificuldades em descobrirpregadores falando o que eles queremouvir; ao invés de ouvir a Bíblia sendopregada, eles querem maciez de palavras,preferindo idéias absurdas, à sã doutrina.”

Jesus descreveu os fariseus destemodo: “Porque amavam mais a glória doshomens do que a glória de Deus.”Spurgeon não foi um homem gentil.Observe suas palavras dogmáticas: “Meulema é Cedo Nulli – eu não me submeto aninguém. Eu não levo em conta a amizadede nenhum homem; eu não peço a nenhumhomem para cuidar do meu ministério; euprego o que quero, quando quero, comoquero.”

Da mesma forma, Martinho Luteroadvertiu: “Maldito seja todo pregador pelasua própria glória e interesse em desejaragradar a uma pessoa ou outra.”

“Um cristianismo brando, fétido e des-dentado, prevalece em muitas de nossasigrejas hoje. Um escritor popular afirma: “Ameta da religião deve ser ajudar-nos a nossentirmos bem.” Mas não foi essa a mensa-gem dos profetas nem o ensinamento deCristo. Ezequiel declarou: “E a meu povoensinarão a distinguir entre o santo e o pro-fano, e o farão discernir entre o impuro e opuro.”

À esta geração de pregadores seriamelhor estudar os sermões de JonathanEdwards. Eu chamo atenção para uma desuas citações: “Este é um caso para todosvocês que estão distantes de Cristo. Omundo de miséria, o lago de enxofre, estáestendido amplamente por toda parte sobvocês. Existe uma cova terrível das chamasardentes da ira de Deus; É a ampla aberturada boca do inferno.”

O corrente estilo popular de pregar écaracterizado pela síndrome do “amor àtodos.” Este é um tempo de pregadoresdoces. Em 1489, Thomas Muntzerapropriadamente observou: “Ele, que nãodeseja aceitar o remédio amargo de Cristo,será devorado por sua própria doçura.”

Anos atrás na Holanda, numadeterminada denominação, cadáveres foramenterrados abaixo do prédio da igreja.Freqüentemente, o cheiro se tornava tãoforte, que os paroquianos traziam perfumepara a igreja. Em algumas igrejas, hoje, oculto em si mesmo nada mais é que umperfume santificado, particularmenteencontrado em sua nascente, no púlpito.

O uso da palavra “relevant” napregação torna-se ad nauseam. Serrelevant em muitos casos significa estarsimplesmente tentando ser mais popular, oufalar às pessoas o que elas querem ouvir.Esta relevância é evidente. “...sem ciênciamultiplicava as palavras” ( Jó 35:16).

Existe dinheiro na religião – muitodinheiro. Alguns ministros são melhorespromotores comerciais, que pregadores.Ray E. Garrett escreve: “o clero está sendoreconhecido mais e mais como homens denegócios, deixando em segundo plano, oculto espiritual. “Muitas daspersonalidades importantes da TV sãoavaliadas pelo seu rendimento. Elas sãomelhores pedintes que pregadores. “...e osseus profetas adivinham por dinheiro”(Miquéias 3:11). Alguns estão construindotremendas fogueiras para o julgamento deCristo.

Deus não chama seus ministros paradarem grandes shows. Leon Morrisdeclarou isso corretamente: “ Deus noschama para sermos servos, não artistas,apesar das multidões que devemos

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arrebatar.” W.F. Bryan pergunta: “Uma igre-ja inspirada e controlada pelo Espírito San-to pode ser dirigida como se fosse um ne-gócio?” As Escrituras dizem: “...não podeisservir a Deus e a Mamom.” (Lucas 16:13)

Quanto menor espiritualidade uma igre-ja tem, maior é o seu entretenimento comcoisas materiais. Você deve estar orgulhosodo seu senso de humor dado por Deus,mas não importa o quão hábil você é, entre-tenimento não é negócio para o pregador.A congregação precisa de exortação bíblicae encorajamento espiritual.

Quando Hugh Latimer foi chamado parapregar diante de Henrique VIII, ele começouseu sermão da seguinte forma: “Latiner, usatua arte para falar diante do nobre epoderoso rei, Henrique VIII, que é capaz,caso queira, de tirar a tua vida, sejacuidadoso no que falas. Mas Latiner,lembra-te também que tua arte de falar estádiante do Rei dos Reis e Senhor dosSenhores. Preste atenção para nãoaborrecê-lo.”

Arão, companheiro de Moisés, guiouIsrael na adoração ao bezerro de ouro. Elefalou às pessoas o que elas quiseram ouvir;mas em Deuteronômio 9:20 nós lemos estaspalavras: “também o Senhor se irou muitocontra Arão...” Ele tinha falhado no seuchamado e foi trazido para prestar contas.No dia da avaliação, para sua total aflição,muitos pregadores populares descobrirão oerro de seus métodos.Outro risco dos pregadores populares é :

II – BRINCAR COM CONVICÇÕES

Muitos pregadores populares de hojesão descritos com estas palavras de Isaías,“...Não profetizes para nós o que é reto;dizei-nos coisas aprazíveis, e tende paranós enganadoras lisonjas.” (Is. 30:10).

Jeremias estava preocupado com apregação da sua época: “Quanto aosprofetas. O meu coração está quebrantadodentro de mim...” (23:9)

Oséias 13:6 tem uma palavrainteressante: “Depois eles se fartaram emproporção do seu pasto...” Eles são oproduto das escolas que cursaram numcenário moderno.

Halford E. Luccock afirma que “amédia generosa não viraria uma xícara dechá.”

Thomas Carlyle, num discurso dadona Universidade de Edinburgo em 1886,perguntou: “Pode haver algo mais horrívelna existência do que um homem eloqüenteque não esteja falando a verdade?” A visãomais patética de um púlpito é um ministropregando sem poder.

O Dr. Len Broughton, uma vez, per-guntou a um ator conhecido nacionalmen-te: “Como é que você e outros artistas pa-recem ter o maior sucesso quando se fazemcompreender num ato de representação, en-quanto que nós, pregadores, falhamos tãofreqüentemente em fazer-nos compreenderem nossas pregações ?” Após um momentode reflexão, o ator respondeu: “ Bem, nósatores fazemos ficção como se fosse umfato real, e freqüentemente o ministro pregaum fato real como se fosse ficção!”

Se você não tem a Bíblia, o que vocêtem? Alguém observou: “Os antigosprincípios são convenientes para estemomento.”

Anos atrás quando um bombardeiroestava perdido num nevoeiro e colidiu naparte superior do Edifício Empire State, oprédio permaneceu intacto porque tinhauma fundação segura.

“Para sempre, ó Senhor, a tuapalavra permanece no céu.”(Sal. 119:89)

A grande Reforma Protestante sob adireção de Lutero, pode ser traçada nomomento em que ele descobriu uma velhaBíblia no mosteiro de Erfut. Erasmo, o paido humanismo, respondeu: “Nossa idéia deDeus também é humana.” Entretanto,Alexandre Mclaren escreveu: “Não foiErasmo, o culto, erudito e brilhanteintelecto deste tempo, que reformou aAlemanha, e sim, o austero e grosseiroMartinho Lutero, com uma convicção ecompaixão tão profundas quanto a vida.”Os dias de Erasmo estão sobre nósnovamente. Homens de convicção comoLutero, são raros.

Neste sentido, pregadores popularesem alguns lugares comprometem suasconvicções. Você não pode correr com osperus, se vai voar com as águias. Este é odia da construção da ponte – tudo nointeresse da unidade.

Um clérigo popular foi descrito daseguinte forma: “Ele iria fazer todo opossível para construir pontes, mesmo quetivesse de construí-las na areia movediça.

Lutero advertiu: “Maldita seja estaunidade que deve sua existência aosacrifício do princípio verdadeiro da Bíblia.”

G. Campbell Morgan, um conhecidoprofessor da Bíblia, exorta: “A menos que oevangelho de hoje seja ardente, dividindo,separando influência, lançando homens emcampos opostos, não é o evangelho dosapóstolos. É sempre um elementoperturbador, porque não firmacompromisso.”

Outros têm escrito: “A Palavra deDeus dará a você um coração ardente ouuma dor de cabeça.”

Não é “o caso do lobo estar à porta,mas do lobo estar agora do lado de dentro.”

“Um cadáver no cemitério pode serdespertado por uma música suave quenunca tinha sido composta ou por umtrovão barulhento que parece chacoalharos postes?”

Chester Tulga foi corrigido quandodeclarou: “A resposta de Deus para aapostasia de nossos dias e a unidadereligiosa a qualquer preço é um chamadopara o retorno à fé e à igreja Neo-testamen-tária”.

Em seu artigo “The Two Crosses (Asduas cruzes)” A.W. Tozer desafia-nos comestas palavras de sabedoria: “Nós quepregamos o evangelho não devemospensar em nós mesmos como agentes derelações públicas enviados para estabelecera boa vontade entre Cristo e o mundo. Nãodevemos imaginar a nós mesmoscomissionados para fazer Cristo aceitávelnos grandes negócios, na imprensa, nomundo dos esportes ou na educaçãomoderna.

Nós não somos diplomatas masprofetas, e nossa mensagem não é umcompromisso, mas um ultimato.”

Este é o tempo do “Cristianismocurativo”, mas um curativo sobre umcâncer nunca resolverá o problema. Ohomem no púlpito deve chegar ao centroda questão, o coração do homem que édepravado. Ele tem uma alma que precisaouvir o evangelho para ser salvo. Destaforma, a salvação do perdido deveria sersempre primordial na exposição damensagem.

Testemunhar as almas perdidas ache-gando-se a Cristo, é uma das grandes ale-grias do ministro. Spurgcon testificou: “Eupreferiria ter meios de salvar uma alma damorte do que ser um grande orador na terra.Seria melhor trazer a mulher mais pobre domundo aos pés de Jesus do que tornar-meArcebispo de Canterbury. Seria melhor co-lher um convertido do que explicar todos osmistérios. Ganhar uma alma que está se per-dendo é conquista mais gloriosa que sercoroado na arena da controvérsia teológicacomo doutor. Oh, que felicidade voar para océu e ter uma multidão de conversões antese atrás, e entretanto na Glória, ser capaz dedizer, ‘Eu estou aqui, Pai, e as crianças quevós me tens dado.’ ”

Um pregador sem convicções é nadamais que o vento. Isaías apropriadamente odescreveu: “Bem concebemos nós, etivemos dores de parto, mas isso não foisenão vento; livramento não trouxemos àterra, nem caíram os moradores do mun-do” (26:18). Sem convicções bíblicas, um

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ministro não é nada mais que uma cisternavazia – “ E os seus mais ilustres mandamos seus pequenos buscar água, vêem às ca-vas, e não acham água; voltam com osseus cântaros vazios...”( Jer. 14:3). Um co-ração vazio no púlpito cria um coração va-zio no banco da igreja.

Logo, os pregadores populares sãofreqüentemente culpados de:

III-PARALIZAR SEU CHAMADO

A palavra paralizar significa “tornar-se impotente ou ineficaz.” Muitos “homensdo clero” têm esquecido seus votos naordenação; assim, seu ministério podeproduzir aplausos de homens epopularidade, mas seus resultadosespirituais são deficientes e improdutivos.“Quando a unção do pregador se vai”,escreve Marin L. Fieldhouse, “ele não dá adevida importância a Deus, não se atualiza,admira homens em particular e tem somentemetade de uma mensagem.”

Recentemente, eu encontrei por acasoesse artigo, de fonte desconhecida: “Hápouco tempo atrás, em nosso culto deadoração, eu encontrei uma mãe com seubebê. O bebê dormiu ou permaneceuquieto, chupando sua chupeta durantetodo o culto. Mais tarde, uma senhoraidosa comentou, “Que bebê bonzinho! Sevocê atravessar seu ministériopassivamente, sem perturbar pessoas, semlevantar sua voz com sinais de injustiça,preconceito e propaganda, vocêprovavelmente receberá altos louvores: “Que pastor bonzinho!” Talvez eles atécolocarão seu nome no salão, mas o que osenhor dirá?

Ministrar a Palavra de Deus é o maisalto chamado do mundo. Há aqueles que seesquecem dessa distinção sagrada. Umministro é alguém que é soberanamentedesignado para dar a totalidade de seu serna proclamação do evangelho e naedificação espiritual do seu rebanho. Quermelhor chamado do que ser um mensageiropessoal de Deus !

Diz-se que o presidente AndrewJackson replicou a um pregador quetentava conseguir um cargo no governo:“Eu não tenho cargo dentro do meu poderque está à altura de um simples mensageirode Cristo !”

Herbert Lockyer afirmou: “O que anossa nação mais precisa é daquelesprofetas.”

Um pregador pode paralisar seu mi-nistério pela promoção de si próprio emvez da exaltação ao Senhor. Deus não élouvado se o homem no púlpito for um

exibicionista.“...ensinam-vos vaidades : falam da

visão do seu coração, não da boca doSenhor.” (Jer. 23:16). A restauração começano púlpito. É a unção sagrada queproduzirá resultados e exaltará o Salvador.

Certa vez, perguntaram à D. L. Moody:“Como nós podemos despertar?” Elerespondeu: “Construindo um grande fogono púlpito.”

Existe uma diferença entre o fogo doEspírito Santo e um ardor animal. O santoMc Cheyne escreveu: “Não são tanto osgrandes talentos que Deus abençoa, comoa grande semelhança em Cristo. Em muitosexemplos, o sucesso ministerial é seguidoquase que inteiramente de um zelo intenso,uma ardente paixão pelas almas e umentusiasmo ávido na causa de Deus; e nósacreditamos que em todo caso, no mais nãohavendo diferenças, homens prosperam noculto divino na mesma proporção em queseus corações divinos resplandecem emsanto amor!

O Deus que responde pelo fogo,deixe-o ser Deus; e o homem que tem alíngua de fogo, deixe-o ser um ministro deDeus.”

A eternidade depende de todapalavra falada atrás do púlpito sagrado.Spurgeon pregou a dez mil pessoas todasas semanas por mais de trinta e cinco anos;não obstante parecer um verdadeiro servode Deus, ele “vacilou...temendo quepoderia errar e interpretar mal a Palavra.”

As palavras freqüentemente citadasde Richard Baxter, precisam de repetição:“Eu prego como se não tivesse certeza depregar novamente; e como um homemagonizante para homens agonizantes...como poderias tu pregar do céu e infernocom um certo descuido, e de uma maneiraapática? Acreditas no que dizes? És sérioou caçoador? Não deverias tu lamentar portal pessoa? E não deveriam tuas lágrimasinterromper tuas palavras?

Dr. José Parker acreditava em falarcom uma divina urgência. Ele declarou: “Apregação verdadeira é um suor em sangue.”

“Nunca coloque uma esponja naponta de um martelo, se você esperamartelar um prego.” Jeremias explica:“Maldito daquele que fizer a obra desenhor fraudulenta, e maldito aquele quepreserva a sua espada do sangue.” (Jer.48:10)

Herbert Lockyer comentou: “Todatábua que Noé assentou, todo prego queNoé e seus filhos fixaram, anunciou aoshomens, “o julgamento está chegando”.

Ouça Vance Havner: Quantas pesso-as agradáveis, satisfeitas e adoráveis des-cansam sorridentemente nos bancos da

igreja – suas consciências entorpecidas,suas vontades paralizadas – satisfeitasconsigo mesmas, completamenteinconscientes do seu perigo, enquanto oPai das Luzes adverte-os: “estou a pontode vomitar-vos para fora da minha boca”.

O profeta Joel chama os ministrospara prestar contas: “Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes: gemei, ministros do altar;entrai e passai, vestidos de sacos, durantea noite, ministros do meu Deus, porque aoferta de manjares, e a libação, cortadasforam da casa do vosso Deus.”(1:13)

Ai de mim! Há multidões depregadores, mas poucos mensageiros.Talvez o maior risco do pregador popular é:

IV. PAGAR O PREÇO

Existem muitos que não desejampagar o preço para a pregação doevangelho. Definitivamente, existe umpreço a ser pago. O custo está em IITimóteo, “e também todos os que piamentequerem viver em Cristo Jesus padecerãoperseguição.”

O presidente Harry Truman certa vezcomentou: “se você não pode suportar ocalor, fique fora da cozinha.” Pregar não épara efeminados nem para delicados.

Ernest Milton Wadsworth observa:“Os ministros engajados na guerra santasão homens marcados. Como um rei antigoque lutou contra Israel deu aos seuscomandantes ordem para lutar nem compequeno ou grande, salvo somente com orei de Israel, então Satanás ordenou umataque concentrado sobre os ministros deDeus. O Senhor preveniu discípulos paraesperar provações e tentações e ordena atodos os ministros a serem fiéis a suas“ordens de marcha”.

Cristo declarou: “O mundo não vospode aborrecer, mas ele me aborrece amim, porquanto dele testifico que as suasobras são más.” ( João 7:7 )

O pregador que é verdadeiro para aPalavra de Deus, provavelmente não será opregador mais popular na cidade. Estemundo não é amigo da graça. Isso tem sidoafirmado: “Quando o evangelho torna-seagradável para o homem natural, ele deixade ser o evangelho que Paulo pregou. Averdade ou a falsidade das doutrinas daEscritura não podem ser o resultado dovoto popular”. E nós lemos em Filipenses1:29 : “Porque a vós vos foi concedido, emrelação a Cristo, não somente crer nele,como também padecer por ele.” Conside-remos o choroso profeta Jeremias lançadonum fosso, o corajoso João perdendo suacabeça; o heróico Estevão sendo apedreja-

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do para morrer; o venerável Paulo sendoapedrejado.

A perseguição é a porção de fé doarauto da mensagem bíblica. Como umvelho homem, o apóstolo João foisentenciado pelo imperador romano para a“...ilha chamada Patmos, por causa dapalavra de Deus, e pelo testemunho deJesus Cristo” ( Apoc. 1:9 ). E é esse tipo detratamento que todo proclamador daverdade de Deus receberá. “E tambémtodos os que piamente querem viver emCristo Jesus padecerão perseguição.”Esse é o princípio da Escritura Sagrada. Umantigo puritano comenta: “Ele coloca suamão dentro do vespeiro e portanto deveesperar ser picado; ele pisa na cabeça daserpente, e seria estranho se ela não sevoltasse para mordê-lo.” Cuidado com apregação popular e com o pregadorpopular. Nosso amado Senhor, que é ocabeça da igreja, explicou isso com clareza:“Ai de vós quando todos os homens de vósdisserem bem, porque assim faziam seuspais aos falsos profetas” (Lucas 6:26).Perseguição é inevitável.

Certa vez, um famoso político disse,“Quando eles desistirem de me maltratar, eusaberei que estou acabado.”

Outro disse, “Escolhendo fazer avontade de Deus, em oposição a vontadedo mundo, todo cristão, de certo modo,escolhe a perseguição.”

Charles G. Finney afirmou, “Se vocêtem muito do espírito de Deus, podeesperar muita oposição. Talvez os líderes naigreja se oporão a você.”

Os pregadores militantes precisam de“graça, firmeza e bom senso”, porquantoserão caluniados. O papa sarcasticamentechamou Martinho Lutero de “carniça” –morto e carne putrefata, carne imprópriapara ser comida.” Realmente umaobservação depreciativa para o grandeherói da Reforma. O próprio Luterotestificou: “Ser um ministro é nada mais quereceber palavras de ira e furor sobre si mes-mo.”

Paulo tinha muitos inimigos. Ele es-

creveu: “Alexandre, o latoeiro, causou-memuitos males... Tu guarda-te também dele;porque resistiu muito às nossas palavras”(II Tim. 4:14-15 ). Eu acredito que entrar naágua quente – conserva você limpo. Umpregador que se apoia em Deus, vai conse-guir mais lama que medalhas.

Um pregador fundamentalista podeser abandonado porque ele é altivo. Aságuias voam sozinhas; os pardais têmmuitos companheiros. Jeremias testificou,“...por causa da tua mão me assenteisolitário...” (15:17)

“Conte-me”, disse um dos inimigosde Lutero, “quando o mundo todo se virarcontra você – igreja, estado, príncipes,pessoas, – onde você estará então?”

“Sem dúvida, como agora,” gritouLutero, “nas mãos do Deus Todo-poderoso.”

“ Se pelo nome de Cristo soisvituperados, bem – aventurados sois,porque sobre vós repousa o Espírito daglória de Deus.” ( I Ped. 4:14 )

Um homem correto, com Deus ao seulado, está na maioria, embora estejasozinho. Não há porção guardada para al-guém que não está preparado para sofrerpor Cristo.

Existe uma recompensa distintiva paraaqueles que tem sido fiéis no púlpito. EmPilgrim’s Progress, o sr. Valiant-for-Truthafirma, “Minhas marcas e cicatrizes carregocomigo para ser meu testemunho para Ele,as quais serão minha recompensa.”Consequentemente, um pregador deve pre-gar com um olhar voltado para cima.

Vance Hauner conta de um velho pre-gador que trabalhou certa noite num ser-mão para a sua pequena congregação. Suaesposa indagou por que ele gastou tantotempo numa mensagem que daria a tãopoucos. A isto, o ministro replicou: “Vocêse esqueceu, minha querida, quão extensaserá a minha audiência!” O Dr. Havneracrescenta que “nada é sem importância seo céu for o espectador. Devemos jogar omelhor jogo se: considerando que estamoscercados, lembrarmos que estamos numa

tribuna de honra!”W.A. Hogue expressou tão belamen-

te:“ E quando todos os monumentos de

grandiosidade tiverem deteriorado, quandoa maior produção dos filósofos,legisladores, historiadores, poetas e ilustreshomens tiver sido destruída; quando a terrae os trabalhadores que estão naquele lugar,forem consumidos e os elementosderretidos com o calor, a influência da fé doseu pastor sobreviverá; os resultados doseu trabalho duro e lágrimas, seusconselhos e avisos, sua pregação e oração,seu estudo e visita ainda permanecerão; eaqueles que foram abençoados e salvosatravés de seu ministério, ressuscitarão e ochamarão de bendito.”

Já vem o dia em que aqueles quepossuem o grande chamado no mundoserão chamados para desfrutar do altochamado da vida – o chamado para subirmais alto. Até lá, sê confiante, sê cheio doespírito – trabalhando, assistindo eesperando, como representante de Deusnestes dias.

(Sword of the Lord)

O Francisco Fariseu visita muitasigrejas porque ele

gosta de se apresentar!