o amarense - edição especial nº1

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ediçãoespecial Março . 2014 . Director: Manuel Alfredo Oliveira / Sub-Director: Pedro Costa [email protected] . Edição Especial . Ano: I . Nº1 Organização:

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''Amares em festa! Sarrabulho & Carnaval'' (Março de 2014)

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ediçãoespecial Março . 2014 . Director: Manuel Alfredo Oliveira / Sub-Director: Pedro Costa [email protected] . Edição Especial . Ano: I . Nº1

Organização:

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2Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnavalJornal

AMARES2014

Manuel MoreiraPresidente da Câmara Municipal de Amares

O Concelho de Amares apresenta-se nos próximos dias 1, 2, 3 e 4 de Março com uma oferta apetecível para viver a folia característica da época do Entrudo. O XII Festival das Papas de Sar-rabulho tornou-se já uma imagem de referência do Minho e é preparado de for-ma a oferecer o melhor de um património gastronó-mico forte que nos caracte-riza. Assim, entre os sabores únicos das papas de sarra-

bulho, os visitantes encon-trarão em Amares outros produtos característicos da identidade deste concelho, tal como o vinho verde, o artesanato, os doces e a la-ranja da terra que se afirma e surpreende com a sua ge-nuinidade. A par dos sabo-res, Amares garante ainda o calor do bem receber e um património histórico, cultural e paisagístico que certamente contribuirão para uma experiência mais

completa dos sentidos.No Domingo, a música, a

cor e a alegria prometem in-vadir as ruas no tradicional desfile de Carnaval que este ano se ergue em homena-gem a um filho da terra, An-tónio Variações. O talento das suas músicas torna-se mote para aguçar a crítica social e a sátira.

São, portanto, muitos os motivos para nos visitar. Te-remos todo o gosto em que faça parte desta festa.

Amares em festa!

Licores GinjaVinhos de AmaresVifumeiro100 Queijos

EXPOSITORESPão-de-Ló de OvarFão DocesDespensa d’AvóCasa das Natas

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3Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnaval Jornal

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4Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnavalJornal

Organizado conjuntamen-te pela Associação Comercial de Braga e Câmara Muni-cipal de Amares, o Festival das Papas de Sarrabulho é uma marca de referência no calendário anual de eventos gastronómicos que se reali-zam em Portugal.

Trata-se de um projecto consolidado, que muito dig-nifica e prestigia os que anu-almente se envolvem na sua realização, com particular destaque para as entidades promotoras, colegas empre-sários da restauração e de-mais entidades envolvidas. Este evento tem dado um importante contributo para o desenvolvimento sustenta-do da oferta turística e cultu-

ral de Amares. Os produtos da terra e o

turismo são sectores fun-damentais para o desen-volvimento harmonioso e sustentado deste concelho, sendo os que mais poderão contribuir para o relança-mento da economia local e do emprego. Amares possui potencialidades e recursos endógenos ímpares, sendo o sector da restauração di-nâmico e uma forte alavanca para o desenvolvimento da nossa oferta turística e cul-tural.

Temos conhecimento do forte empenho do actual executivo municipal em di-namizar a economia local e o turismo e, enquanto empre-

sários e instituições locais, congratulamo-nos com as iniciativas e trabalho já de-senvolvido pela autarquia.

A aposta na revitalização deste evento emblemático de Amares é um sinal claro da importância que o Mu-nicípio dá a actividades que ajudam a promover a econo-mia local e a sua oferta turís-tica, atraindo novos públicos e investimentos para este território. Enquanto empre-sários e associação que nos representa, estamos empe-nhados em manter uma co-operação estreita com este Município, no sentido de contribuir para a promoção e dinamização da sua oferta comercial, turística e cultural.

Para a 12.ª edição do Festi-val das Papas de Sarrabulho mantém-se o modelo de 4 dias, com a participação de 8 restaurantes da nossa região. Vai ser aumentada a área de-dicada à praça da alimenta-ção, mantendo-se uma área de exposição dedicada ex-clusivamente aos restauran-tes, expositores de produtos alimentares e patrocinadores do evento.

A área global de exposição do festival será reforçada com a instalação de uma tenda exterior para exposito-res de artesanato e produtos da terra, bem como com es-paços disponíveis para asso-ciações e cooperativas locais.

Há também um reforço

das acções promocionais do evento, destacando-se a realização de uma campa-nha colectiva que envolverá os restaurantes de Amares com oferta associada a esta especialidade gastronómica. Esta campanha mobilizará 14 restaurantes do concelho de Amares - durante os fins--de-semana de Março e Abril - sendo sobretudo orientada para o turismo de fim-de--semana.

Este emblemático festival de sabores consolidou-se como um evento de refe-rência no Minho e no nosso País, dada a qualidade dos restaurantes aderentes e o seu empenho em promover as especialidades típicas da

região, sobretudo as papas de sarrabulho, os rojões e outros petiscos regionais, tão apreciados nesta época do ano.

Com este evento, contribu-ímos para a salvaguarda de uma valiosa herança cultural deixada pelos nossos ante-passados, valorizando um prato típico minhoto, com forte aproveitamento de produtos de origem local.

Estamos empenhados em tudo fazer para que esta edi-ção do Festival das Papas de Sarrabulho seja a melhor de sempre.

«Produtos da terra e turismo são sectores fundamentais para desenvolvimento sustentado do concelho»Presidente da ACB quer que edição de 2014 seja a melhor de sempre

Domingos Macedo BarbosaPresidente da Associação Comercial de Braga

Amares possui potencialidades e recursos endógenos ímpares, sendo o sector da restauração dinâmico e uma forte alavanca para o desenvolvimento da nossa oferta turística e cultural.

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5Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnaval Jornal

Jorge TinocoVice-presidente da Câmara Municipal de Amares

Amares em Festa com Pa-pas de Sarrabulho e Carna-val. Uma conjugação per-feita?

Tudo o que possa contri-buir e confluir para divulgar Amares pela positiva con-substancia, em maior ou menor grau, uma excelente conjugação. Ora, estes dois eventos são isso mesmo: ambos se vêm afirmando e confirmando como um mar-co no concelho, tratando--se de iniciativas que são verdadeiros pólos de atrac-tividade trazendo milhares e milhares de pessoas, quer ao recinto do festival das papas, quer aos pontos de passagem do corso carna-valesco, quer a tantos ou-tros motivos de interesse e pérolas da nossa paisagem e património que acabam entretanto visitados ou revisitados. Uma múltipla razão para nos sentirmos, sem dúvida, em júbilo, em pujança e em festa – o que é estimulante e gratificante

para os organizadores des-tes momentos especiais de valorização das tradições, da cultura, da gastromia e da hospitalidade de um povo que muito merece.

Em comparação com as edições anteriores, o que se altera?

Nesta edição, teremos uma praça da alimetação maior, ao mesmo tempo mais em-belezada com tarjas de teci-do no tecto, por forma a ser um espaço menos frio, me-nos férreo e mais aconche-gante. Haverá ainda provas de vinhos orientadas pelos próprios produtores no stand do município, o que é inédito. Ao mesmo tem-po também conseguimos uma normalização ou ho-mogeneização nos preços dos vinhos, aliando a isto o facto de os vinhos do conce-lho serem obrigatoriamente mais baratos que os de fora, de modo a incentivar a com-pra dos vinhos de Amares. Também os produtos locais

e o artesanato terão um es-paço condigno integrando uma tenda adjacente ao pavilhão da zona da alimen-tação. Além de que criámos um pequeno regulamento para uma melhor disciplina-rização no que toca ao arte-sanato presente, valorizan-do o genuíno de Amares e evitando peças que, mesmo podendo ser de Amares, não se enquadrem num concei-to ou definição propriamen-te dita de artesanato.

Vinho Verde Loureiro e Laranja são dois produtos de referência de Amares. O Município quer agarrá-los e dar-lhes projecção… De que forma?

O município quer agarrar e projectar esses produtos através de um plano estra-tégico bem elaborado e que possa, na sequência e na consumação disso, con-solidar-se. Isso requer um diagóstico sério e abrangen-te, envolvendo produtores, técnicos, especialistas em

diferentes áreas e o próprio mundo académico. Particu-lares, empresas, universida-des, agentes de desenvolvi-mento, espaços que possam ser aproveitados para de-bate, estudo, degustação, exposição ou venda: todo um conjunto de portas, par-cerias, saberes, experiências e sinergias terão de entrar e contribuir para que haja cre-dibilidade e sustentabilida-de, se faça caminho e exista sucesso. O município, mais que fazer, tem de proporcio-nar, fomentar e facilitar toda esta interligação e todo este dialogismo que vença a ten-tação e o logro de qualquer vivência de costas voltadas e horizontes fechados. Só assim a projecção poderá acontecer e as oportunida-des poderão ser agrarradas, com vantagens para todos. Esta é a forma: ir mais lon-ge através deste modo de sermos mais colaborantes e mais perto ou mais pró-ximos uns dos outros, ricos

na multidisciplinaridade, na complementaridade e na partilha.

Este certame é para man-ter nos mesmos moldes, ou estão a pensar em algo mais para o futuro?

Com certeza que o certa-me é para manter, sempre que possível melhoran-do. Sabendo, porém, que as mudanças que possam acontecer terão de ser logi-camente ponderadas para não descaracterizarmos um evento que é de referência, que assim se impôs e assim tem atraído multidões e promovido Amares. O que não invalida que perspecti-var mudanças bem avalia-das e até substanciais não seja importante, pois a vida é feita disso e nada pode ser dado como definitivo e es-tanque – até porque haverá no futuro mais tempo para auscultar novas possibilida-des além das que já suce-dem este ano e se assumem claramente como melhorias.

Para além deste evento, 2014 ficará ainda marcado por outras grandes inicia-tivas, como as festas conce-lhias. Mas há mais?

As festas concelhias serão outro momento que assu-mirá um novo fôlego, tanto que as anteriores edições do Santo António em Amares ficaram demasiado nivela-das por baixo, em nada ten-do sido prestigiantes para o concelho. Mas, para além das festas e de outros even-tos, Amares tem em 2014 um acontecimento incon-tornável, que é a comemo-ração dos seus 500 anos de foral. Haverá, neste contex-to, entre Abril e Outubro, um leque de magníficas inicitia-vas que atempadamente divulgaremos e que tenho a certeza de que encherão de orgulho todos os ama-renses, pretendendo-se pre-cisamente que a sociedade nelas se reveja e se envolva.

«Papas de Sarrabulho e Carnaval fazem uma conjugação perfeita»Entre outras novidades esta edição conta com uma praça da alimentação maior e de provas de vinhos orientadas pelos produtores

ficha técnicaDirector: Manuel Alfredo Oliveira (CP 4746). Sub-Director: Pedro Peixoto Costa. Redacção: António Valdemar (CP 3055), Bento Duarte (TP 1837), Carlos Machado Silva (CP 3022), Eduarda Silva (TP 1603), Luís Filipe Pereira (CP 8851), Luís Fernandes, Octávio Pedrosa (CP 9554) e Pedro Antunes Pereira (CP 9420). Editor Gráfico: Paulina Lira. Publicidade: Anabela Silva, Ângela Fernandes, António Marques, Edgar Faria e Paula Carvalho. Colabo-radores: Ana Lúcia Peixoto, Ana Maria Fernandes, André Janela (grafismo), Carlos Pedro, Jacinto Correia, José Cunha, José Manuel Cerqueira, José Pinheiro Lopes, Luís Salvador, Manuel Brito, Pedro Costa e Rafael Andrade. Edição: Ideiacinco Multimédia, Lda., Rua dos Bombeiros nº256, 1º andar, Fracção J, 4730 - 752 Vila Verde Tlf.: 253165001/912306547 E-mail: [email protected] Site: www.oamarense.com Propriedade: Ideiacinco Multi-média, Lda. Registo na ERC nº 126069 Impressão: Diário do Minho Tiragem: 2.000 exemplares.

Jornal

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6Março, 2014

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Churrasqueira de Caldelas

Em pleno coração do Minho, na vila ter-mal de Caldelas, encontra-se uma unida-de hoteleira de topo. Com uma história secular, a Churrasqueira de Caldelas é uma unidade de referência assente num projecto turístico de excelência da família Antunes. O ambiente é intimista, o atendi-mento é feito de requinte e com a classe de quem sabe e gosta daquilo que faz.

Rodeada de uma paisagem deslum-brante, plena de arribas de água cristalina, a Churrasqueira de Caldelas é o local ideal para celebrar o amor. É, por isso, o sítio ideal para visitar com a sua ‘cara-metade’ e aventurar-se numa viagem pelos sabo-res da gastronomia minhota. De que está à espera ligue para o 253 361236 ou reser-ve pelo [email protected].

Restaurante Carias Rua da Igreja, nº5 - Goães4720-492 AMARES

Tlf. 253 377 948

Tapada do Fernando Largo D. Gualdim Pais, 4720 BragaTlm: 925 415 568 / Tlf: 253 995 081

A casa rústica minhota onde está instalado tem excelentes condições para receber os seus clientes. Dispõem de um espaço para exposição e venda de Artesanato, Bordados e Pro-dutos Regionais, como mel, azeite, chás e compotas va-riadas (de laranja de Ama-res). Das especialidades destacam-se o Bacalhau com Broa; Filetes com arroz de Gambas; Arroz de Pato e Perna de Porco com puré de maçã e castanha.

Situado em pleno centro amarense, este é um dos mais carismáticos restau-rantes do concelho. Com dois andares e quatro zonas distintas, esta é, sem dúvi-da, uma excelente escolha para quem gosta de sabo-rear as melhores iguarias minhotas. Depois de deli-ciosas entradas, os clientes vão poder degustar um Ba-calhau com Broa, Arroz de Tamboril, Medalhões com batata Grega ou o mais tra-dicional Cozido à Portugue-sa. Tudo isto aliado a um serviço de excelência que o vai fazer querer voltar.

Av. Afonso Manuel - Caldelas, 4720-249 AmaresTlf: 253 361 236

www.churrasqueiradecaldelas.com

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7Março, 2014

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Casa Gil

A Rival - O Rei do Leitão

Restaurante Torres

Famoso pelos seus leitões, o Restaurante ‘A Rival’ é o sítio ideal para saborear um prato requintado junto de toda a família. O espaço é dotado de animação infan-til e um amplo espaço para os mais novos, o que per-mite um serão sossegado enquanto saboreia o que de melhor Amares tem para oferecer. A especialidade da casa, como facilmente se percebe, são os leitões assados, mas os visitantes podem experimentar out-ras iguarias igualmente de-liciosas como as Papas de Sarrabulho.

O restaurante Torres apos-ta na qualidade, na diversi-dade, na frescura dos maris-cos, peixes, na selecção de carnes barrosã e cabritinho do monte. Dispõe de pratos com especialidades da épo-ca como a lampreia e sável ou a caça. Em todos os res-taurantes Torres existam ex-cepcionais cartas de vinhos verdes e maduros, onde sur-gem diversas reservas espe-ciais e colheitas particulares.

Tlf. 253 361 619www.restaurantetorres.pt

Fernando Torres - Tlm: 914 711 278

Nas lides da gastronomia típica do Minho desde 1996, é a continuidade de uma ta-berna tradicional minhota, preservando todos os sabo-res e saberes transmitidos entre as várias gerações. De ambiente acolhedor e ale-gre, ocupa um lugar de refe-rência no panorama da res-tauração bracarense, onde os factores primordiais são a qualidade e a confecção dos alimentos, aliados à experi-ência e dinamismo na arte de bem servir.

Baptizados . Comunhões . CasamentosGrupos . Cocktails . Jantares temáticos

Almoços/jantares de empresasCatering para exterior

Rua do Alegrete, n.º 29, Cabreiros, 4705-369 BragaTlf/tlm: 253 911 250 / 917 078 595

www.cateringcasagil.com | facebook.com/casagil.eventos

Rua Marques Rego 2, 4720-349 Ferreiros AmaresT./F.: (+351) 253 993 247

[email protected]

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8Março, 2014

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Casa das Natas Encostas D’Amares

Rua Artur Garibaldi 37, Nogueira, BRAGA | Tel. 253 610 429

S. Vicente, BRAGA (junto à Central de Camionagem) | Tel. 253 681 353

Restaurante Milho Rei

Restaurante Vale do Homem Beco Vale do Homem, nº1 - Bico, 4720-171 – AmaresT: 253 324 731

Praça do Comércio n. 67 4720-337 Ferreiros, Amares INFORMAÇÕES E RESERVAS

253 993 328 / 938 211 672 / 962 596 294

Não há muitas dúvidas. Os adeptos da cozinha tradicional e regional portuguesa têm que passar pelo Milho Rei, em Amares. Há 41 anos que o Restaurante Milho Rei faz as delícias dos seus clientes apostando nas melhores receitas da cozinha tradicional portuguesa. Da emen-ta, o destaque vai para o Cabrito Assado, Posta de Boi com molho mi-randês, Bacalhau à Milho Rei ou Polvo à Lagareiro.

Se é daqueles que pen-sa que um sítio qualquer deve mostrar logo às pessoas ao que se vai, então o Restaurante Vale do Homem é para si. Olhar de fora para o local é ter a resposta que se procura. Típico, aco-lhedor, com uma emen-ta certa para quem faz do Minho região de vi-sita ou de férias. Prove cabrito, vitela ou rojões. O vinho da casa faz mila-gres e as sobremesas, só de olhar deixdam ‘água na boca´.

Travessa de Pousadelas, nº 77 | 4720-618 Amarestel 933 372 611 | fax 253 995 190 | [email protected]

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9Março, 2014

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10Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnavalJornal

carnaval 2014

António Variaçõesé tema central do Carnaval de Amares

António Joaquim Rodri-gues Ribeiro, mais conheci-do por António Variações, nasceu a 3 de Dezembro de 1944, no lugar de Pilar, em Fiscal, Amares. O cantor viria a falecer com 39 anos a 13 de Junho de 1984, em Lisboa.

Apesar da sua curta carreira discográfica, as suas músicas ainda influenciam o panora-ma musical nacional da actu-alidade.

Desde muito novo, Antó-nio Variações dividia o seu tempo entre os estudos e os campos onde ajudava os seus pais. Aos 12 anos partiu para Lisboa onde trabalhou como aprendiz de escritó-

rio, barbeiro, balconista e caixeiro. Depois de cumprir o serviço militar, em Angola, o cantor decidiu conhecer a Europa. Em 1975 chegou a Londres e poucos meses depois decidiu mudar-se novamente, desta vez para a Holanda.

Voltou à capital portuguesa onde acabaria por abrir uma barbearia na baixa e foi, tam-bém nessa altura, que come-çou a sua carreira artística. O grupo Variações começou a despertar a atenção de mui-tos, com um estilo musical que combinava géneros bas-tante distintos como rock, pop, blues e fado.

No ano de 1978 via o seu sucesso ser reconhecido, quando assinou um contrato com a editora Valentim de Carvalho. O primeiro disco de originais, ‘Anjo da Guarda’, imortalizou músicas como ‘É p’rAmanhã’ e ‘ O corpo é que paga’.

Aos 39 anos lançou o seu segundo álbum, ‘Dar e Re-ceber’. O último concerto do cantor foi a 17 de Maio, de 1984, na Queima das Fitas de Coimbra, onde já era visível a sua débil saúde.

No dia seguinte, António Variações deu entrada no Hospital Pulido Valente com um grave problema brônqui-

co-asmático. Foi já depois de estar hos-

pitalizado que a ‘Canção do Engate’ deu os seus primei-ros paços nas rádios portu-guesas. O amarense morreu a 13 de Junho, vítima de uma broncopneumonia, na clínica da Cruz Vermelha de Lisboa, para onde tinha sido transferido.

Foi provavelmente o pri-meiro caso conhecido de SIDA em Portugal, o que tor-nou a sua morte tão contro-versa quanto o seu trabalho.

O funeral foi realizado na Basílica da Estrela e entre a multidão que decidiu pres-tar a última homenagem ao

cantor encontravam-se Amá-lia, Maria da Fé, Lena D’Água e elementos dos Heróis do Mar. Os restos mortais de An-tónio Variações foram depois transferidos para o cemitério de Amares, onde encontrou a sua última morada.

Foram apenas seis anos de-dicados à música mas que o tornaram um dos maiores músicos nacionais que ainda influenciam várias gerações nos dias de hoje.

Em 2004, sete músicos por-tugueses formaram a banda ‘Humanos’ e gravaram um álbum de homenagem com 12 músicas originais do can-tor que nunca tinham sido

editadas. Este ano celebra-se os 70

anos do nascimento do mú-sico e 30 do seu falecimento, e ainda assim, passados to-dos estes anos, as suas músi-cas continuam a passar com grande frequência nas rádios portuguesas despertando a saudade do povo português pelo músico amarense.

“Tenho pena de morrer, mas não medo. Tudo o que acaba me deprime. Mais pelo fim do que pelo acto em si.” - Palavras de António Varia-ções à imprensa, poucas se-manas antes de morrer.

Continuam os preparativos para o Carnaval 2014 em Amares, que este ano tem como tema principal António Variações. Nesta edição é esperada a participação de 10 carros que vão desfilar ao som das músicas do famoso cantor e compositor amarense e onde os visitantes podem esperar, para além da já habitual sátira política, a crítica aos conflitos conjugais, consumos exacerbados, entre muitos outros.

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11Março, 2014

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Martinho AntunesPresidente do CDRC Amarense

O Carnaval de Amares é já um dos pontos altos do calendário de eventos de Amares e da Região?

Em Amares temos consci-ência que sim. Sabemos que o Carnaval se constitui como um dos pontos de maior atracção do concelho. Não encontramos nenhum even-to que junte tanta gente em Amares num tão curto perío-do de tempo. Comparando o enraizamento do Carnaval com os Santos Populares, mostra a relevância do even-to que promovemos.

Acreditamos termo-nos tornado uma referência na região mesmo que não seja fácil quantificar esta convic-ção. No entanto, o Carnaval em Amares tem vindo a evo-luir e deu um salto qualitati-

vo muito grande nos últimos anos. Enquanto organiza-dores nem sempre temos a exacta noção da quantidade de gente que nos visita, no entanto, é possível constatar um interesse crescente por parte das pessoas no traba-lho que desenvolvemos. Por outro lado, quando com-paramos os artigos sobre os corsos carnavalescos da região nos diferentes meios de comunicação, é possível verificar que a massa popu-lacional que assiste ao nosso evento é consideravelmente maior.

Os preparativos começam muito cedo? Envolve mui-tos voluntários?

Os preparativos têm ten-dência a começar cedo embora não haja nenhum

formalismo ou norma. Gene-ricamente temos o seguinte calendário entre Agosto/Se-tembro – fase das ideias, Ou-tubro/Novembro – reuniões de preparação e definição de carros e grupos e de Dezem-bro até ao dia do evento.

Quanto aos voluntários o grupo é pequeno e compos-to essencialmente por jovens voluntários (cerca de 20).

Em 2014, que podem es-perar de novo os foliões e/ou visitantes?

Temos vindo a pensar em iniciativas com vista a uma maior integração da popu-lação e visitantes no desfile carnavalesco. Infelizmente, não temos sido bem-sucedi-dos, com a notável excepção de pequenos grupos que procuram surpreender com

fantasias originais, ou asso-ciações que nos procuram para colaborar na organiza-ção. A maioria da população dá o espectáculo por garan-tido. Nesse sentido, as nossas expectativas por porte dos espectadores em geral são relativamente baixas. Por ou-tro lado, há um desafio que todos os anos gostamos de lançar e que se prende com as críticas que transporta-mos nos carros alegóricos. Neste aspecto julgamos que os visitantes têm revelado uma abertura enorme para brincar com temas que por vezes podem ser um pouco mais sensíveis (por exemplo, a religião).

Poderão esperar um desfile em que cada carro será dedi-cado a uma música do Antó-

nio Variações e os grupos de mascarados irão satirizar/cri-ticar, através de temas da ac-tualidade que se enquadrem nas letras das canções.

Quais são as expectativas para o futuro?

Há demasiadas variáveis que não controlamos para criar cenários expectáveis para o futuro. A principal va-riável é sem dúvida o aspec-to financeiro. O crescimento deste evento e a quantidade de visitantes que traz ao con-celho não se coaduna com o financiamento a que temos acesso. Somos provavelmen-te um dos Carnavais mais barato do país, onde conse-guimos atrair mais de 15 mil espectadores com apenas 8 mil euros (a 0,50€ /pessoa está baratinho). Neste mo-

mento estamos um pouco limitados neste aspecto e se expectativas houver para o crescimento, terá de ser nou-tros moldes de financiamen-to. Uma segunda variável tem a ver com os próprios voluntários que trabalham connosco. Muitos são estu-dantes, outros já trabalham, e embora invariavelmente todos dêem um contributo enorme, fica muito compli-cado organizar um evento com base em colaboração espontânea.

Não obstante, temos uma nova geração de voluntários dedicados que mostra um interesse grande em manter esta tradição viva e em faze--la crescer.

carnaval 2014

Poderão esperar um desfile em que cada carro será dedicado a uma música do António Variações.

«Carnaval representa um dos maiores pontos de atracção do concelho»Carros alegóricos são realizados por cerca de 20 jovens voluntários

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12Março, 2014

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CARROS ALEGÓRICOS

1 2

5 6

carnaval 2014

1 . Muda de Vida

2 . O corpo é que paga

3 . Estou além

4 . Canção de engate

Carro António Variações

Relativo a excessos como obesidade, drogas e álcool

Relativo ao consumismo exacerbado

Relativo a violência doméstica no namoro e no casamento

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13Março, 2014

amares em festa! sarrabulho & carnaval Jornal

7

9

8

5 . É Pr’Amanhã

6 . Quero é viver

7 . Erva daninha

8 . Todos temos Amália na voz

9 . Maria Albertina

3

Relativo à escola e estudantes

Relativo aos cortes das reformaspelo Estado

Relativo à resistência do povo, representado pelo Zé Povinho

Relativo aos grandes valores portugueses como os descobrimentos

Rapariga da terra representada por uma laranja

carnaval 2014

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14Março, 2014

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As Termas de Caldelas são um excelente local para re-laxar e fugir à rotina do dia-a-dia, no meio de uma pai-sagem natural. As Termas são ideias para o tratamento de problemas quer a nível do aparelho digestivo, pele ou reumatismos. O complexo termal tem ainda programas de Spa Termal e de Prevenção de Saúde para ajudar no bem-estar, anti-stress, rejuvenescimento e emagrecimen-to. A água é o elemento diferenciador das Termas, já que a sua riqueza deve-se essencialmente à sua circulação a grande profundidade no subsolo e de forma lenta, o que ajuda a absorver elementos das rochas tornando a com-posição físico-química particular.

Termas de Caldelas

O Mosteiro de Santa Maria de Bouro foi fundado no sé-culo XII e pertencia à ordem de Cister. Esta ordem monás-tica católica estabeleceu-se no nosso país em 1144. Este monumento é principalmente caracterizado por vários traços arquitectónicos românicos, maneiristas, religiosos, barroco, rococó, neoclássico e contemporâneo. A maior obra encontra-se na sacristia do Mosteiro completamen-te forrada a azulejos do século XVIII que retractam a vida de S. Bernardo. Parte do Monumento foi posteriormente transformado numa pousada que é hoje em dia conside-rada com uma unidade hoteleira de referência. O Mos-teiro foi classificado como Imóvel de Interesse Público e situa-se na freguesia de Bouro Santa Maria.

Mosteiro e Pousada de Santa Maria de Bouro

O Santuário de Nossa Senhora da Abadia foi construído entre os séculos XVII e XVIII e localiza-se na freguesia de Bouro Santa Maria. O monumento com um estilo arqui-tectónico barroco e rococó é constituído por capelas de via-sacra, igreja, cruzeiro, fontes e edifícios de apoio aos peregrinos. O Santuário tem ainda incorporado um mu-seu com todo o tipo de arte sacra, estatuária, alfaias, do-cumentação, manifestações religiosas, entre outras. Para quem aprecia o ar puro existem percursos de caminhada na área envolvente.

Santuário de Nossa Senhora da Abadia

O Mosteiro de Rendufe foi construído no século XII e está situado numa zona rural na freguesia de Rendufe. Reconstruído no século XVIII, é uma referência nacional para os amantes dos estilos rococó e barroco. Está classi-ficada como Imóvel de Interesse Público desde 1943.

Parte do Mosteiro pertence a particulares que produ-zem no local vinho verde da região. O Mosteiro tinha sido alvo de intervenções profundas e grande parte do monu-mento já está disponível para visitas.

Mosteiro de Rendufe

Geira é uma via romana com quase dois mil anos que ligava a Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (As-torga, em Espanha). Este caminho facilitou o acesso às regiões mais montanhosas na época dos romanos. O per-curso pode ser percorrido na freguesia de Amares até ao concelho de Terras de Bouro.

GeiraA Ponte do Porto foi construída em meados do século

XIV na freguesia de Prozelo, sob o rio Cávado, e faz liga-ção de Amares à Póvoa de Lanhoso e a Braga. Foi classi-ficada como Monumento Nacional devido à sua beleza arquitectónica. É um dos locais mais procurados pelos fo-tógrafos devido às cores e à luz que nas diferentes horas do dia surgem da Ponte.

Ponte do Porto

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15Março, 2014

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A Ponte de Rodas foi construída na Idade Média na fre-guesia de Caldelas e faz ligação entre a mesma e o conce-lho de Vila Verde. Edificada sob o rio Homem foi classifica-da como Monumento Nacional.

Ponte de RodasA Casa da Tapada foi construída no século XVI a mando

do poeta Francisco Sá de Miranda que lá residiu nos últi-mos anos de vida. Imóvel de Interesse Público, encontra--se na freguesia de Fiscal, numa zona rural usada para a produção do vinho verde e espumante ‘Casa da Tapada’.

Casa da Tapada A Capela de Nossa Senhora da Paz começou a ser cons-truída no início do século XX, mas a obra acabou por ficar inacabada e abandonada até que nos finais da década de 50 um grupo de amarenses liderados por Aristides Marques Vilela decidiram pôr mãos à obra. A Capela foi inaugurada a 10 de Julho de 1960. Este edifício encontra--se situado no monte da Santinha na vila de Amares, com uma excelente vista sobre o vale do Cávado.

Capela de Nossa Senhora da Paz

A Igreja foi construída em 1705 e baptizada como Ca-pela do Bom Pastor. Em 1936 foi restaurada e ampliada, passando nessa altura a chamar-se Igreja Matriz. O largo envolvente é dos mais procurados para passeios ou sim-ples momentos de relaxamento.

Igreja Matrizde Amares

O Pelourinho de Amares data do século XVII e encontra--se situado na freguesia de Amares. O monumento é feito em granito com uma coluna cilíndrica, sem base, sobre um plinto hexagonal, colocado em dois degraus circula-res. Foi considerado monumento nacional a 16 de Outu-bro de 1910.

Pelourinhode AmaresO Solar das Bouças foi construído no século XVIII e des-

de os anos 80 que se dedica à produção e engarrafamen-to de vinho. Uma área de 34 hectares de vinhas e pinhais e uma vista soberba para o rio Cávado convida os aman-tes da natureza e quem gosta de vinho verde a visitar. As-sociado à excelência dos vinhos verdes, tornou-se num ponto incontornável da ‘Rota dos Vinhos Verdes’.

Solar das Bouças

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16Março, 2014

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Falar de Amares é falar de tradição, de uma gastronomia forte e enraizada, de um con-celho que apresenta produtos exclusivos na sua qualidade. Neste contexto, em 2003, Amares apresentou a primei-ra edição daquela que veio a revelar-se a sua maior marca, interna e externamente, o Festival de Papas de Sarrabu-lho que tem vindo a cativar, anualmente, cerca de 15 par-ticipantes, entre amarenses e visitantes, para a degustação deste legendário prato.

2014 assinala, já, a 12ª edição deste festival, a realizar entre os dias 1 e 4 de março, no pa-vilhão gimnodesportivo da EB 2/3 de Amares, entre as 12 ho-ras e as 23 horas de cada dia, à exceção da terça-feira, dia de

Carnaval, em que o festival en-cerra pelas 20 horas.

O recinto será composto por oito restaurantes, estrategica-mente escolhidos para con-fecionarem e apresentarem ao público as melhores papas de sarrabulho do Minho, bem como por diversas barraqui-nhas de produtos regionais, nomeadamente, artesanato, vinhos, queijos, doçaria, fu-meiro e licores.

A organização do festival gastronómico é, desde a sua origem, fruto de uma coope-ração entre a Associação Co-mercial de Braga e a Câmara Municipal de Amares. Duas entidades que visam, este ano e tal como nos anos transatos, dinamizar o setor socioeco-nómico do concelho, assim

como o seu património gas-tronómico, turístico e cultural, pomovendo os produtos re-gionais, nomeadamente, ar-tesanato, vinho verde, doçaria e a, tão caraterística, laranja e, desenvolvendo, deste modo, o interesse pela região e a maior afluência à mesma.

Desde 2003 que o Festival das Papas de Sarrabulho tem vindo a afirmar-se como uma imagem de referência do Minho, sendo já um ponto de preferência para o fim de semana de Carnaval. Prova irrefutável deste sucesso é o crescente número de visitan-tes que se tem verificado, ano após ano, assim como o con-secutivo crescimento do vo-lume de negócios, registado pelos empresários aderentes.

É, precisamente, graças a es-tes empresários – restaurantes aderentes – e ao seu empenho e qualidade que a propensão do festival tem sido, consecu-tivamente, ascendente.

A par do dinamismo e visibi-lidade que esta iniciativa de-senvolve, não podemos deixar de sublinhar o sentimento de preservação e valorização de um prato típico da região do Minho, feito à base de san-gue e carnes de porco, bem como pão ou farinha de mi-lho. As papas – confecionadas apenas no Inverno, por altura da matança do porco – são servidas como sopa, acompa-nhadas por rojões à moda do Minho e regadas com vinho verde tinto.

A décima segunda edição do

Festival irá apresentar alguma inovação no que confere à estética do evento, ao alarga-mento da praça de limentação e embelezamento da mesma, mas não fugirá à regra no que toca à apresentação das pa-pas e demais especialidades em loiça especialmente cria-da para o evento. A dinâmica da participação consiste na aquisição de um kit de provas – composto por prato, duas malga, talheres e guardanapo -, que serão devolvidos após o participante ter escolhido o seu ou os seus stands de prova e ter degustado os produtos.

Toda a logística é pensada ao pormenor de forma a que esteja disponível a todos um espaço acolhedor e propício a salutares convívios em família

e entre amigos, sendo todos os cuidados e regras de mani-pulação de alimentos, limpe-za, higiene e segurança escru-pulosamente observados.

Parcerias e Apoios • BP – Gasnor• Intermaché de Amares• Café Christina, do Grupo Nestlé.• Palmeira Frio – Equipamen-tos de Frio, Lda., que assegura os equipamentos para a logística do Festival• Gasair – Apoio na certifica-ção da montagem do Gás• Entidade Regional Porto e Norte• CAMPE – Centro Médico de Braga.

Amares promove12ª edição doFestival das Papas de Sarrabulho