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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | NOVEMBRO - 2016 | ANO LXIII • N o 11 | Jubileus no Ano da Misericórdia

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Jubileus noAno da Misericórdia

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XxSumário

Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

MensageM Do Ministro Provincial “Memória e Celebração” .................................................................................................................................615

ForMação PerManente “Agora e na hora de nossa morte, amém!” .....................................................................................618

ForMação e estuDos Conselho de Formação e Estudos se reúne na Sede Provincial .....................................620 Rodeio: O último Novinter do ano ........................................................................................................621 Ituporanga: Grêmio Literário tem novos associados ..............................................................622 Rondinha: Gingacana Bíblica na Ferraria ..........................................................................................623

sav Experiência missionária na Bahia ............................................................................................................624 Estágio vocacional em Ituporanga .......................................................................................................629

FraterniDaDes Penha inaugura Recanto São Francisco ............................................................................................630 Encontro do Regional do Espírito Santo ...........................................................................................632 Festa do Rosário em Vila Velha ..................................................................................................................634 Encontro do Regional São Paulo no Pari ..........................................................................................635 Pari: Comunidade celebra Nossa Senhora Aparecida ............................................................636 Formação missionária no Pari ...................................................................................................................637 Fraternidade Santo Antônio de Roma acolhe Frei Estêvão ...............................................638 Especial - Em honra a São Francisco de Assis............................................................................639 Lacerdópolis: Iº Encontro de ex-seminaristas Franciscanos do Sul do país ...........654 Jubileus no Ano da Misericórdia .............................................................................................................655 Capela do Bingen: beleza, recolhimento, tradição e união................................................658 Missões Franciscanas na Rocinha ...........................................................................................................660 Pároco da Paróquia da Rocinha toma posse .................................................................................661 Fraternidade de Angelina acolhe encontro do Regional ...................................................662 Retiro anual dos frades estudantes de Teologia .........................................................................663 Mostra “Franciscos”, Rostos do Santo de Assis ...............................................................................663

cFMB Assembleia ampliada da CFMB em Rondinha .............................................................................664

DeFinitÓrio Provincial Reunião em São Paulo ....................................................................................................................................671

evangeliZação Missões Franciscanas da Juventude ....................................................................................................675 Encontro Provincial da Frente das Missões .....................................................................................676 Frente de Evangelização da Comunicação se reúne na USF ...........................................677

cFFB Curso de Franciscanismo em Rondinha na 6 edição .............................................................678 Misericórdia é tema no encontro da CFFB-SP .............................................................................683

FaleciMento Frei John Vaughn .................................................................................................................................................686

agenDa ............................................................................................................................................................688

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 615

Mensagem

Caros confrades e demais irmãos e irmãs,

Que o Senhor lhes dê a Paz e todo o Bem!

“Os irmãos cuidem que, antes de tudo, devem desejar o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar” (Rnb 10,9). Com este pensamento do nosso Pai Seráfico, lhes apresentamos mais um número das Comunicações da nossa Província. Como nas demais edições, também nesta se evidenciam dois olhares, sempre na perspectiva da ação do Espírito do Senhor e seu san-to modo de operar na nossa vocação

e missão evangelizadora: um olhar re-trospectivo e outro propositivo.

1. Olhar retrospectivo: Foram vários os eventos celebrados na nossa Fraternidade Pro-vincial que merecem uma leitura ou releitura:

Em primeiro lugar manifesto mi-nha alegria e satisfação pelo empenho das nossas Fraternidades ao preparar para bem celebrar a festa do nosso Se-ráfico Pai São Francisco mediante as trezenas, novenas e tríduos, a celebra-ções do Transitus e, finalmente, o dia da Solenidade. Um pouco do conjun-

to das festividades aqui vem descrito e ilustrado, onde professamos com Tomás de Celano: “São Francisco é um espelho da santidade do Senhor e uma imagem da sua perfeição” (2Cel 26).

Em segundo lugar apresentamos uma síntese da Assembleia ampliada da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB). A nossa Província, atra-vés da Fraternidade Franciscana São Boaventura, de Rondinha, foi a anfitriã da vez. Além dos Ministros e Custódios, reuniram-se os confrades que prestam os diversos Serviços na CFMB: o Servi-ço da Formação e os Estudos (SERFE) e o Serviço da Evangelização e Missão

Assembleia ampliada da Conferência dos Frades Menores do Brasil em Rondinha

memória e celeBração

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616 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Mensagem

(SIFEM). Os detalhes da Assembleia aqui estão relatados, desde o primeiro dia, onde todos se reuniram para uma jornada formativa com o Arcebispo de São Luís do Maranhão, Dom José Be-lisário da Silva, OFM. A releitura das crônicas desta Assembleia, bem como a leitura da ata sintetizada por Frei Marco Aurélio da Cruz (OFM-GO), são muito convenientes, exatamente para compre-ender-nos cada vez mais na interpro-vincialidade, seja em nível de Conferên-cia, como de Ordem, e assim evitarmos o risco da autorreferencialidade.

Deus, como também São Francisco e Santa Clara de Assis, nos interpelam a compreendermos o Deus da Miseri-córdia à luz da fé e assim, franciscana-mente, ‘fazer misericórdia’ nos nossos relacionamentos fraternos.

Em quarto lugar, na nossa Frente de Evangelização na Educação, come-moramos duas datas significativas: A Universidade São Francisco (USF) está celebrando o “Ano Franciscano” para comemorar os 40 anos de presença franciscana no Ensino Superior. Hoje

assumimos diante de tantos profissio-nais e seus familiares, bem como de es-tudantes (alunos) e familiares. Temor e tremor tem a ver com reverência e responsabilidade. Por outro lado, tudo isso assusta! Mas onde há “amor, não existe lugar para o temor”.

2. Nosso olhar propositivo também está presente nesta edição das Comunicações:

A primeira proposição está relacio-nada à capa e ao convite para a celebra-

ção dos Jubileus da Província no Ano Santo da Misericórdia. Vamos celebrar estes Jubileus nos dias 02 e 03 de de-zembro, em Rondinha. Na ocasião es-tarão reunidos o Definitório Provincial e os Coordenadores dos nossos Regio-nais. Celebrar os Jubileus é agradecer e reafirmar em nós mesmos a fé profes-sada por Santa Clara de Assis: “Entre tantos benefícios que diariamente re-cebemos do Pai da Misericórdia está a nossa vocação”. Desde já, bem-vindos, confrades jubilandos!

Em terceiro lugar, novamente no Convento São Boaventura, em Ron-dinha, aconteceu mais uma edição do Curso de Espiritualidade Fran-ciscana, com boa participação de lei-gos, religiosas e religiosos da Famí-lia Franciscana. Neste Ano Santo da Misericórdia, procurando caminhar com a Igreja, o tema do Curso esteve centrado na Misericórdia assim como ela nos é apresentada na Bula Miseri-cordiae Vultus e trabalhada na ótica da Mariologia e da Espiritualidade Fran-ciscana. Mais do que nunca, a Mãe de

contamos com mais de 11.000 alunos e mais de 1.200 profissionais qualifi-cados. Por outro lado, o Colégio Bom Jesus, com o lema “Tradição feita Fu-turo”, está comemorando 120 anos de presença franciscana neste universo educacional. Hoje são 34 Unidades presentes nos estados do PR, SC, SP e RS. Conta com mais de 4.300 pro-fissionais e 25 mil alunos, incluindo a FAE. No dia 12 de outubro, diante de 2000 profissionais, afirmei que me colocava diante de Deus com “temor e tremor”, dada a responsabilidade que

120 anos: Jantar no Bom Jesus reúne cerca de 2 mil funcionários

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 617

Mensagem

A segunda proposição tem re-lação com o nosso programa para a Formação Permanente, aprovado no último Capítulo Provincial, isto é, de “continuar a oferecer pelas Comuni-cações mensais da Província artigo de Formação Permanente, abordan-do temas da atualidade”. Nesse senti-do, apresentamos mais uma reflexão que pode orientar-nos e enriquecer--nos espiritualmente, seja na leitura pessoal como nos Capítulos da Fra-ternidade, acerca da temática que procuramos desenvolver ao longo deste Ano Santo da Misericórdia.

A terceira proposição provém da partilha das “Notícias do Definitório Provincial” e da Assembleia da CFMB. Existem proposições e planejamen-tos da nossa agenda provincial para 2017 em nível de Província, CFMB e Ordem. Peço atenção para evitarmos atropelos no agendamento de outras reuniões e comemorações.

A quarta proposição está relacio-

nada aos desafios que estão emer-gindo das assembleias da Formação e das cinco Frentes de Evangelização que foram acontecendo ao longo do segundo semestre. A última foi a As-sembleia da Frente das Paróquias e Santuários e Centros de Acolhimen-to, em Rondinha. Meu imperativo é o do empenho na busca e na con-cretização das proposições do nos-so Plano de Evangelização em cada uma das Frentes, levando em consi-deração nossos Princípios, os apelos da Realidade, da Igreja e da Ordem e as nossas Prioridades do Sexênio. Convido a cada irmão a ter um co-ração magnânimo, generoso e fra-terno para sermos merecedores da “autoridade que herdamos no povo de Deus com a minoridade, a fra-ternidade, a brandura, a humildade e a pobreza”, como nos recordava o Papa Francisco.

E para concluir, quero prestar mi-nha homenagem ao nosso ex-Minis-tro Geral, Frei John Vaughn, falecido

no último dia 10 de outubro. Nesta homenagem recolho apenas uma frase da homilia que ele proferiu por ocasião da inauguração do Eremitério Frei Egídio, no dia 15 de fevereiro de 1991: “A misericórdia do Pai que nos concede a graça de seguirmos o seu Filho pobre e humilde, nos conceda também a graça de testemunhá-lo pobre e humildemente”. Que ele e to-dos os nossos irmãos falecidos neste ano, Frei Antônio Moser (09/03), Frei Antônio Rosolén (09/04), Frei An-tônio Lopes Rodrigues (10/05), Frei Vitalino Turcato (19/05), Frei Benja-mim F. Ansolin (18/07), Frei Wilson Steiner (18/08) e Frei Alécio Broering (23/08), e com eles todos os demais confrades, familiares e benfeitores falecidos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz!

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde!

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFMMinistro Provincial

Ter

saud

ade Hoje, a saudade vive em mim e estou contente,

Saudade só se tem de quem viveu o amor;Finados lembra o irmão que amou e está presente,Que não morreu, viveu a fé no Redentor.

Pra mim Finados sempre traz muita alegria,Lembrança grata dos que aqui fizeram o bem,É bom lembrar e ter saudade neste dia,Eles, sim, é que intercedem por nós - amém!...

A gente tem saudade só de coisas de ouro,Coisas ruins só trazem para nós tristeza,Bendita, então, seja a saudade o meu tesouro!

Eis a esperança que em nós vive e é linda flor, E que quem tem fé, vive em Cristo, jamais morre,Isso nos disse Ele, um dia, Nosso Senhor.

Frei Walter Hugo de Almeida

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618 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Formação Permanente

dentre as obras corporais de misericórdia, está o ato de enterrar os mortos, costu-me milenar que, para al-

guns estudiosos da sociedade e do comportamento humano, seria um indício do elemento transcendente como marca da identidade humana desde muito cedo. Sinal de respeito, bem-querer, civilidade, empatia e fé. A sociedade que perde a reverência por aqueles que já partiram começa a mostrar seus sinais de decadência.

Misericórdia é uma opção, uma atitude, uma missão a ser abraçada por aquele que decide se-guir Jesus e espelhar-se no Mestre, misericordioso até o fim. Também o cristão é chamado a sê-lo. A cer-teza da ressurreição e do triunfo da vida em Deus sobre todas as contradições da finitude humana e da morte – contraditória por ex-celência – reforça o compromisso e o respeito que a pastoral cristã deve testemunhar neste momento

crucial na vida das famílias e das comunidades.

Dado que neste mês celebramos a Festa do Fiéis Defuntos – o Dia de Finados – ofereço, nesta breve e singela reflexão, muito mais prática do que teórica e teológica, algumas pistas pastorais para a lida com as situações de partida, despedida, luto e esperança. São apontamentos de possíveis condutas aconselháveis ao pastor e às pastorais diante do dra-ma da morte.

“aGora e na Hora de nossa morTe, amÉm!”

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 619

Formação Permanente

1) Partir do princípio de que, se a pessoa veio pedir a presença da igreja, é porque há o desejo sincero e a necessidade real de tal presençaMuitos são os que vêm bater às

nossas casas, na portaria ou na sa-cristia, pedindo a presença de um “frei” no funeral de seu familiar ou amigo. Na minha modesta avalia-ção, a regra nesta hora é procurar atender da melhor maneira possível, não deixando que a pessoa saia de nossa presença sem uma resposta ou um encaminhamento seguro. Não é hora de acionarmos os mecanismos da denominada “alfândega pastoral”, derramando uma série de pergun-tas sobre a pessoa, numa espécie de interrogatório que pode inclusive deixá-la constrangida (“O falecido frequentava a Igreja? Pagava o dízi-mo? Pertencia a esta paróquia?, etc.). Nada disso vai fazer tanta diferença quanto à postura de acolhimento e disponibilidade manifestada por nós, este sim um testemunho difícil de ser esquecido por quem o presencia numa hora tão marcante.

2) exercitar a arte da empatiaNão podemos nos deixar levar

pelo cansaço da rotina. O que para nós seria mais uma celebração de exéquias é, para aqueles que lá es-tão, uma despedida única daquele ou daquela a quem tanto amavam. Este dado é fundamental e impor-tante para que coloquemos o nosso coração em sintonia com a dor da-queles que sofrem.

3) Formar leigos que também possam agir com qualidade e unção nestas ocasiõesVivemos em contextos pasto-

rais muito diversos, que vão desde as pequeninas cidades onde todos se conhecem às grandes megalópo-

les onde o anonimato se faz regra. Em cada um dos casos existem as especificidades para se conduzir a pastoral da esperança. Quem deve estar presente (o ministro ordena-do, o religioso, a equipe de leigos)?, Que tipo de celebração se deve rea-lizar?, É preciso haver uma escala de plantões? e outras são questões que devem ser analisadas caso a caso. O importante é manter a sensibilidade treinada para oferecer em qualquer contexto, a presença de uma Igreja que seja mãe e companheira, porta-dora de uma mensagem de força e esperança numa ocasião tão espe-cial.

4) Ter especial atenção às celebrações que sucedem o enterroMerecem um olhar especial as

Missas de 7º dia, 1 mês e 1 ano de fa-lecimento. Nós sabemos que Deus, na infinita Misericórdia de seu Co-ração, acolhe com carinho a oração por todos os seus filhos e filhos que já participam da eternidade, inde-pendente se os nomes deles tenham sido ditos ou não na celebração. No entanto, as famílias esperam com muita expectativa que haja sim a menção explícita do nome do fale-cido nas celebrações de aniversário de morte, especialmente 7º dia, 01 mês e 01 ano. Inclusive convidam amigos e outras pessoas que só fre-quentam a igreja em dias desta na-tureza. Se o nome não é dito é como se faltasse algo fundamental. Em al-gumas de nossas paróquias, percebo o singelo costume de, nas celebra-ções de 7º dia, convidar um repre-sentante da família para receber um abraço do presidente da celebração e um pequeno cartão como lem-brança daquele ato de fé e esperança na vida eterna. Creio que este gesto faça um grande bem às famílias que o recebem.

5) se oportuno e possível, acompanhar a família enlutadaNeste trabalho seria bastante

útil a participação de uma equipe de leigos bem preparados e dispos-tos a prestar este serviço de escuta, acompanhamento e auxílio à família que está em processo de elaboração do luto.

6) Trabalhar a perspectiva franciscana da morteNossa espiritualidade tem um

modo muito original e positivo de encarar a partida deste mundo. São Francisco, inclusive, diz que a mor-te a ser temida não é aquela a quem ele denomina de “primeira morte” ou “irmã morte”, a morte corporal, mas a chamada “segunda morte”, aquela que mata no coração do ser humano a certeza de ser um filho amado de Deus, a generosidade do coração, a capacidade de servir, o desprendimento em relação ao di-nheiro e aos bens materiais. Já em vida corremos o risco de cair nes-ta “segunda morte” e, fechados em nosso egoísmo, experimentarmos, no suspiro final, a secura de uma existência vazia e voltada apenas para si.

Certamente esta lista pode crescer muito mais. Quem sabe não podemos pensar em alguns encontros ou momentos de for-mação permanente que nos façam crescer neste aspecto da missão? Fica a provocação, já para o ano que vem. É na soma de experiên-cias e na partilha do conhecimento que vamos nos aprimorando neste exercício pastoral que nos ajuda a nos tornarmos mais humanos, solidários, humildes, perseveran-tes, cristãos e, consequentemente, franciscanos.

Frei Gustavo Medella

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620 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Formação e Estudos

conselHo de Formação e esTudos se reÚne na sede Provincial

o Conselho de Formação e Es-tudos reuniu-se, no dia 6 de outubro, na Sede Provincial, tendo como objetivo avaliar o

itinerário formativo da Província. Integram este Conselho, confor-

me os Estatutos Peculiares do Secre-tariado para a Formação e os Estudos: Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial e Moderador da Formação Permanente; Frei João Francisco da Silva, Secretário para a Formação e os Estudos; Frei Leonardo Aureliano, vice-secretário; Frei Diego Melo, ani-mador do SAV; Frei Rodrigo da Silva Santos, coordenador da Formação Inicial; Frei César Kulkamp, secretá-rio para a Evangelização.

Dentre as inúmeras competências do Conselho, destacamos: deliberar sobre assuntos de Formação e Es-tudos da Província, constituindo-se como órgão de planejamento, acom-panhamento e avaliação no que tange à Formação; acompanhar a implan-tação do Plano de Evangelização nas Etapas Formativas; avaliar e orientar as atividades das etapas formativas e seus segmentos, etc. Por isso, a boa articulação entre os membros deste Conselho favorece a funcionalidade

e dinamismo, e é facilitadora no aten-dimento das expectativas e demandas próprias da Formação na Província.

A reunião do Conselho de Forma-ção e Estudos é sempre uma oportu-nidade de partilha das instâncias de animação da Formação Inicial e Con-tinuada da Província, onde se bus-ca valorizar e incentivar o itinerário formativo contemplado no Plano de Evangelização.

Cada uma das etapas da Forma-ção apresentou os passos dados a partir das considerações do Plano de Evangelização. A Animação Vocacio-nal falou da preocupação com o baixo número de vocações, sobretudo para o Ensino Médio, ressaltando que esta é uma das prioridades do sexênio. Es-pera-se motivação e empenho maior dos animadores vocacionais locais. A Formação Inicial apresentou alguns desafios inerentes a esta etapa que fo-ram amadurecidos durante a reflexão. Já a Formação Permanente elencou as inúmeras atividades efetivadas ao lon-go deste ano, a saber: Retiros Provin-ciais, Retiro Under Ten, Encontro de Guardiães, Encontro com os Coorde-nadores Regionais etc. Todas essas ati-vidades, além das respostas aos desa-

fios permanentes, estão pautadas nas resoluções do Plano de Evangelização, com o objetivo de envidar esforços na animação da vida fraterna, com desta-que para o “Projeto Fraterno de Vida e Missão”, que revela nossa identidade nas realidades onde somos presença e testemunho.

O Conselho avaliou ainda o anda-mento das nossas Casas de Formação, uma vez que a partir do Congresso Capitular delineou-se uma nova con-figuração no quadro de formadores. Neste sentido, ressaltou-se o bom en-trosamento entre frades e formandos. Destacou-se ainda a harmonia e o es-pírito de entreajuda presente no cor-po de formadores, que se encontram ao menos duas vezes por ano para reflexões compartilhadas da revisão dos meios pedagógicos com enfoque na Evangelização.

Após este tempo de trabalho e convívio, concluímos o encontro to-dos mais enriquecidos e com o forte desejo de trabalhar em nossa Provín-cia, inspirados na simplicidade e hu-mildade de Nosso Seráfico Pai Fran-cisco de Assis.

Frei João Francisco da Silva

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 621

Formação e Estudos

de 19 a 23 de setembro, a Fra-ternidade Franciscana São Francisco de Assis, em Ro-deio (SC), teve a graça de

acolher o terceiro e o último Novin-ter deste ano. Estavam presentes os seguintes grupos: Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, com seis no-viços; as Irmãs Pequenas Missioná-rias de Maria Imaculada, com uma noviça; os Irmãos Maristas, com três noviços; as Irmãs da Divina Providên-cia, com quatro noviças e, nós, Ordem dos Frades Menores e anfitriões, com dezessete noviços. Estavam também presentes os formadores (as) de cada Ordem e Congregação; e sem esque-cer o assessor do encontro, Pe. Arodo Kohler, vigário da paróquia de São Ju-das Tadeu, em Jaraguá do Sul.

No primeiro dia, às 06h30, o Mes-tre Frei Samuel de Lima presidiu a Ce-lebração Eucarística e, jubilosamente, desejou boas vindas a todos noviços, exortando-os a uma participação ativa e fraterna, aproveitando bem a oportunidade com que o Senhor nos agraciou.

Tendo como tema “o estudo da Bíblia”, Pe. Arodo primeiramente narrou a formação do povo de Israel, que se deu por volta dos anos 1300 a 1200 aC. Antes, a região era chamada de Canaã, porém, com a aglomeração dos povos “nativo, abraâmico, mosai-co e sinaítico”, provenientes de lugares diferentes mas de situações bastante semelhantes, deu-se origem a Israel. Nas montanhas faziam reuniões (As-sembleia de Siquém), colocavam em comum as diversas experiências de Deus, criavam uma identidade reli-giosa que os impulsionava a guerrea-rem e a conquistarem as grandes pla-nícies de Canaã. Portanto, esta região será, a partir de então, a “Terra Pro-metida”, que mais tarde foi denomina-da Terra de Israel, que significa “Deus

rodeio: o ÚlTimo novinTer do ano

lutará”. Fizemos também alguns estu-dos sobre o Pentateuco, a missão dos profetas e, por fim, os Evangelhos do Novo Testamento.

Interpretar a Sagrada Escritura sem olhar a realidade da vida é o mes-mo que manter o sal fora da comida, a semente fora da terra, a luz debaixo da mesa; é como galho sem tronco, olhos sem cabeça, rio sem leito. Pois ela não é o primeiro livro que Deus escreveu para nós. O primeiro livro é a nature-za, criada pela palavra de Deus; são os fatos, os acontecimentos, a história, tudo que existe e acontece na vida do povo; é a realidade que nos envolve. Através dela, Deus nos transmite a Sua mensagem de amor e de justiça. Santo Agostinho afirma que “a Bíblia, o segundo livro de Deus, foi escrito para nos ajudar a decifrar o mundo, para nos devolver o olhar da fé e da contemplação e para transformar toda realidade numa grande revela-ção divina”. É deste modo que, a partir dos textos bíblicos, fizemos uma aná-lise da realidade atual, averiguando as situações hodiernas dos “povos sem terras” que lutam pelos seus direitos; e ainda algumas injustiças feitas aos deserdados e aos pobres.

Todavia, vários e bons momentos marcaram este último Novinter, tais como: encenações dos textos bíblicos, teatros que nos ajudaram a compre-ender melhor as temáticas. Tivemos também músicas, animações, sem esquecer o recreio que se realizou na noite da quinta-feira, onde cada gru-po apresentou uma coreografia das décadas de 60, 70 e 80. Foi um show!

Na sexta-feira fizemos uma pe-quena caminhada até o horto da Irmã Eva, residência das Irmãs Catequistas Franciscanas. Aproveitando aquele ótimo lugar, tivemos algumas horas de silêncio, de interiorização da pa-lavra. E depois tivemos o almoço e o encerramento.

Contudo, três encontros passaram - parece mentira -, mas deixaram be-las marcas em nossas vidas. Foram en-contros ricos de emoções, permeados de muita alegria, de companheirismo, de amizade, de partilha, de amor fra-terno e de rica presença divina. Votos de que Jesus conte conosco em seu projeto de vida e salvação. Agradece-mos a Deus por tudo e a toda equipe formadora e assessores. Paz e Bem!

Frei Daniel Kahuvi

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622 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Formação e Estudos

no dia 9 de setembro ocorreu no Salão Nobre do Seminário São Francisco a agremiação de cinco jovens, sendo 4 do

primeiro ano e 1 do terceiro ano.Após sete meses de preparação,

esses alunos têm a difícil missão de guardar e defender a norma culta da Língua Portuguesa, e é o Grêmio Lite-rário que os ajudara nessa tarefa.

Na Sessão ouve a presença do professor de Retórica Frei Marcos Estevam de Melo, dos frades que per-tencem à Paróquia Santo Estêvão, de Ituporanga.

Frei Marcos fez então suas pon-derações sobre a turma : se ela estava apta para exercer tal função. Positiva-mente deu suas saudações de força e coragem.

No rito de agremiação, os futuros agremiados foram interrogados pelo presidente da Academia e, em segui-da, prestaram o juramento oficial.

Após o juramento, aconteceu o discurso do diretor da Academia, Frei Alberto Eckel Júnior, do paraninfo da turma, Odirlei Luiz, e do neoagremia-do Vinicius José. A sessão terminou com apresentações culturais.

Equipe de comunicação Fotos: Luiz Henrique Martinelli

celebração vocacional em atalanta

Na manhã do segundo domingo do mês de setembro (11/09/16) foi realizada Celebração Vocacional na comunidade São José, no Centro de Atalanta. A Celebração contou com a presença de Frei Robson Scudela e Irmã Bernadete (que são os respon-sáveis pela Animação Vocacional) e toda a Comunidade.

iTuPoranGa

GrÊmio liTerÁrio Tem novos associados

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 623

Formação e Estudos

a Paróquia Bom Jesus da Ferra-ria foi ‘invadida’ pelos frades da Fraternidade São Boa-ventura, de Rondinha. Loca-

lizada na periferia de Campo largo, anualmente a pastoral da catequese promove a Gincana Bíblica, contando com a participação de todos os cate-quizandos e catequistas de todas as comunidades da Paróquia. O evento, além de explorar os conhecimentos sobre a Bíblia, teve como objetivo congregar a comunidade distribuída em seis comunidades. Neste ano, o tema da Gincana foi sobre o cuidado para com a Casa Comum, muito bem enfatizado pelo nosso Papa Francisco, e por esta razão todas as dinâmicas gi-ravam em torno do relato do livro do Gênesis acerca da criação do mundo.

Os frades estudantes deram sua contribuição na execução da Ginca-na, coordenando as brincadeiras e convivendo no espírito de alegria e partilha de vida. Ao todo, nove frades estiveram envolvidos, entre eles: Da-vid Belineli, Erick de Araújo Lázaro, Felipe Carretta e Natanael José Bar-bosa, que semanalmente já exercem suas atividades na pastoral da Paró-quia. Excepcionalmente, fizeram-se presentes também os frades Augusto Luiz Gabriel, Bruno Araújo, Gabriel Dellandrea, Leandro Ferreira e Vitor Amâncio.

Entre as brincadeiras do caça ao tesouro, da separação correta do lixo

reciclável, dos desenhos, das músicas e da famosa ‘torta-na-cara’, o que trans-pareceu na tarde do sábado (25/09) foi a alegria franciscana, amplamente difundida em cada sorriso e em cada olhar das pequeninas crianças.

dos frades que participaram. Depois, em clima de muito suspense, entre-gou em mãos um troféu para a equipe vencedora da Gincana Bíblica.

Frei Vitor da Silva Amâncio

Gincana BíBlica na Ferraria

No final do evento, o Pároco Marcio La-coski agradeceu o em-penho das catequistas de toda a paróquia. Demonstrou-se muito feliz pela presença de todas as comunidades, e também agradeceu a presença e o carinho

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eXPeriÊncia missionÁria na BaHia

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com o passar do tempo e com os inúmeros apelos de nossa sociedade consumista e que cria em nós tantas necessi-

dades e exigências, penso que muito facilmente podemos cair no perigo de nos esquecermos ou negligen-ciarmos valores tão importantes para a nossa espiritualidade fran-ciscana, tais como a simplicidade, a missionariedade, o contato reveren-te com a natureza, a solidariedade, a partilha, a capacidade de celebrar e alegrar-se com o pouco, a proximi-dade com o povo etc. Podemos, nas palavras do Papa Francisco, cair no ‘mundanismo espiritual’ e nos afas-tarmos de nossa própria vocação.

Assim, encaro a oportunidade de realizar a experiência missionária na Diocese de Barra como uma forma de retorno ao essencial, uma opor-tunidade de reencontrar a liberdade evangélica e a pureza da vocação fran-ciscana, valores esses que são trans-

mitidos por aquele povo e por aquela realidade.

Esse foi o meu terceiro ano de experiência missionária naquela re-alidade, onde ficamos de 4 a 15 de setembro. No entanto, dessa vez a alegria foi maior, pois tive a oportu-nidade de compartilhar com alguns irmãos e irmãs a riqueza e grandio-sidade que tal experiência proporcio-na. Comigo foram também um casal de jovens de Águas Mornas – SC, Marcelo e Simone Weber, que foram enviados em nome da Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz; Irmãs Isabel e Roseane, das Franciscanas de Ingolstadt; nosso vocacionado Carlos Oliveira, de Sorocaba – SP; e Irmã Cleusa, das Franciscanas Seráficas, de Pindamonhangaba.

Unidos aos missionários leigos da Quase Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Cocal – Bahia, e coor-denados por Frei Moiseis Bezerra de Lima, realizamos visitas às famílias,

celebrações, encontros com jovens, casais e idosos. Mais do que ensinar, pudemos aprender um pouco do modo de vida daquele povo de fé, que mesmo diante das dificuldades en-frentadas diariamente mantem a sua fé firme e inabalável.

Assim, mais uma vez agradeço à Província pela oportunidade de vi-venciar essa experiência em terras baianas, ao querido confrade Dom Luiz Flavio Cappio, que sempre nos acolhe de uma maneira tão fraterna e cordial, bem como a Frei Moiseis, que nesse ano organizou detalhadamente todos os nossos dias nas comunida-des por onde passamos. Um agradeci-mento especial também a Frei Fidélio, que de uma maneira muito fraterna nos acolheu e guiou pelo santuário de Bom Jesus da Lapa, local de pere-grinação e grande devoção de todo o povo baiano.

Frei Diego Atalino de Melo

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TesTemunHosdiscernimenTo vocacional

As missões na Bahia foram muito importantes para o meu discernimento vocacional, pois lá eu tive a oportunidade de ver e conviver com outros frades, irmãs e moradores que me mostraram o significado de ser um missionário franciscano. Ser uma pessoa seme-lhante a São Francisco, ir sempre para os que estão esquecidos, levar a esperança para quem a perdeu, ir em socorro dos enfermos, sem se importar com o chão que iremos andar. Sempre com o coração aber-to para a palavra de Deus, que nos

ensina a construir a nossa vocação tal qual a casa construída sobre a rocha (Mt 7,24-28).

Carlos Giovani Oliveira, 20 anos

sonHo missionÁrioNo dia 04 de setembro embarca-

mos rumo a um dos acontecimen-tos mais marcantes de nossas vidas: ser Missionários de Deus no Sertão da Bahia! Deixar de lado todo nos-so ego, todo nosso eu, ir de coração aberto sem esperar nada em troca e fazer tudo que Deus nos pede! Re-

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puxando todas as rezas junto à co-munidade.

Um povo simples e batalhador que somente nesses últimos anos vem recebendo por meio de poços artesianos um dos bens mais precio-sos: a água!

Aprendemos demais com tudo que passamos, que vimos e que sentimos! Fomos abençoados em conhecer tantas pessoas queridas, por ter vivido cada um desses dias de missão, por ter vivenciado cada momento com as famílias e, acima de tudo, pela graça infinita de vol-tarmos renovados e mais felizes!

Não há palavras para expres-sar nossa gratidão a todos que nos

almente, uma experiência linda e maravilhosa.

Passamos o período de uma sema-na vivendo e aprendendo intensamen-te sobre a realidade de uma comunida-de tão simples e, ao mesmo tempo, tão fiel aos ensinamentos cristãos.

Realizamos visitas às casas das famílias e víamos a numerosa parti-cipação das crianças e jovens nas ce-lebrações de todas as noites, muitos dos quais estão à frente de muitas pastorais e coordenações dentro da comunidade. Um exemplo que nos comoveu muito foi ver um adoles-cente chamado Pedro, de apenas 11 anos, ser o responsável pelo Terço dos Homens, entoando cânticos e

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ajudaram e nos encorajaram a fazer este sonho missionário se tornar uma realidade em nossas vidas... Nosso muito obrigado a todos!

Simone Weber e Marcelo Dirksen

volTaremos!A experiência vivida no sertão da

Bahia foi esplêndida. O período da missão foi “regado” de muito cari-nho, atenção, alegria e acolhimento. Diariamente realizávamos bênçãos nas casas, preces especiais para os doentes e as celebrações eram inten-samente marcadas pela grande parti-cipação da comunidade. Além disso, as crianças nos cativaram de maneira especial. Como ‘anjos’ dos missioná-rios, elas não deixaram em nenhum momento sequer de participar com sua alegria e espontaneidade.

A paisagem do local é maravi-lhosa! Existem contrastes propostos pela própria Mãe Natureza: o seco e o verde, a terra e a areia, o calor e o frio. As casas típicas da região, de tijolos construídos pelas próprias pessoas, e outras, é claro, que são construídas com os tijolos feitos em grandes olarias. Existem os “antigos” carros de bois, que são usados pelos agricultores para seus serviços. Ou-tra característica própria da região são as cisternas que garantem a água para o consumo, limpeza e cultivo de pequenas hortas e pomares, de onde se pode saborear deliciosos frutos.

Enfim, foram dias de bênçãos e celebrações marcantes. Tudo isso com um tempero todo especial da “culiná-ria” nordestina do Brasil. O que não faltou foi disposição, entusiasmo e de-sejo de um dia voltarmos. Com tanta atenção recebida e tanto aprendizado, com certeza, voltaremos!

Irmã Isabel SimeoniFranciscana de Ingolstadt

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de Concórdia e 1 jovem de Santo Amaro da Imperatriz, ambos atuantes no gru-po de jovens de suas cidades e também participantes ativos das Missões e Ca-minhadas Franciscanas da Juventude.

Nesse final de semana, puderam conviver, conversar, conhecer mais sobre a vida do seminário e sobre a formação na Província, de modo que demonstram um grande encan-tamento e paixão pelo modo de vida dos frades, seminaristas e aspirantes. Enfim, voltaram bastante animados e

decididos a ingressar no próximo ano.De nossa parte, a missão continua:

rezar pelas vocações, visitar as escolas, grupos de catequese, grupos de jovens, acolher bem os vocacionados, reali-zando bem as nossas atividades pas-torais e dando um bom testemunho. Que possamos continuar sendo fiéis no pouco que o Senhor nos deu, pois certamente Ele há de nos confiar mais.

Franklin Matheus da CostaAspirante

esTÁGio vocacional em iTuPoranGa

o Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga (SC), acolheu no final de semana de 24 a 25 de setembro, o Estágio

Vocacional da Província.Como de costume, foram limpos

e arrumados os quartos, de modo que os vocacionados e frades da Anima-ção Provincial das Vocações pudes-sem se sentir bem acolhidos. A cada dia que passava, nossa expectativa aumentava, pois tínhamos ainda em mente o grande número de jovens que fez o encontro vocacional em ju-lho, de modo que acreditávamos que teríamos, novamente, um grande gru-po de estagiários.

No entanto, o Senhor nos confiou 6 jovens. Embora a espera fosse para receber um grupo maior, não desani-mamos nem ficamos frustrados, pois, muito mais do que quantidade, nossa preocupação deve ser com a qualida-de daqueles que vêm nos procurar.

E assim, desse pequeno grupo, tí-nhamos 4 provindos de Ituporanga, fruto do trabalho e empenho da Ani-mação Vocacional local, que realizou inúmeras visitas às escolas, grupos de catequese e grupos de jovens; 1 jovem

Quebram-se as algemas dos preconceitos e se unem todos à corrente do amor

Quebram-se as algemas das escravidões e se libertam tantas vidas sofridas

Quebram-se as algemas das indiferenças e se juntam as consciências de igualdade

Quebram-se as algemas do negro-excluído e todos convivem de forma pacífica

Quebram-se as algemas de diversas religiões e todos rezam, unidos numa só irmandade filial

Quebram-se as algemas das diferentes raças e dão-se as mãos num grande círculo fraterno

Quebram-se as algemas dos mudos silêncios e cantam, unidos, ao som do imponente tambor

Quebram-se, enfim, todas as cadeias e todos os homens: negros, brancos e outros tantos

eis o sonho de deus – cantando juntos uma canção universal

Frei carlos nunes corrêa

20/11 – dia da consciÊncia neGra

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Fraternidades

a Fraternidade do Convento da Penha inaugurou no alto do Morro da Penha, onde está o Campinho, que é o estacio-

namento antes de chegar à igreja, um jardim chamado Recanto São Fran-cisco. Além desse espaço, o Convento oferece agora aos romeiros e romeiras da Penha um novo mirante. “Por vezes, subimos à montanha para o encontro com Deus com a visão obscurecida. Vemos poucas coisas, além de nossas dores e preocupações. No entanto, quando estamos nesta Penha Sagrada, nossa visão se alarga. Um universo de possibilidades se descortina diante de nós, e então podemos contemplar a força de Deus que nos atrai, nos con-forta e nos consola. Se grande é a nossa dor, muito maior é o cuidado que Deus nos dispensa”, diz o guardião Frei Pau-lo Roberto Pereira, que deu a bênção ao novo espaço às 9h30 do dia de São Francisco, 4 de outubro.

Para o guardião, jardim é sinal da

completude da obra de Deus. “Jardim é lugar ideal das criaturas louvarem o Criador. Jardim é lugar de descanso. Jardim é lugar de encontro da genero-sidade do Criador e da fragilidade das criaturas.

As plantas e flores de diversida-de estampada, a harmonia de espé-cies e de cores nos remete à beleza,

à grandeza e ao necessário cuidado. Este lugar, a partir de agora chamado Recanto São Francisco, nos recorda o profundo amor do Santo de Assis pelas criaturas todas. Francisco per-cebia, seja no vermezinho que rasteja sobre a terra, seja na mais brilhante estrela, a prodigalidade de Deus que concede a todo ser criado a possibi-

PenHa inauGura recanTo são Francisco

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Fraternidades

lidade de viver e amar, de viver, de amar e, pelo amor atento e cuidado-so, louvá-lo e bendizê-lo”, acrescentou Frei Paulo, agradecendo as doações e contribuições através da Associação dos Amigos do Convento que torna-ram possível este espaço.

No mesmo dia, um pouco antes na Missa das 8 horas, foi inaugurada a Exposição de Pássaros do Convento.

“Ao propor a elaboração de um guia que contivesse as espécies de pássaros que habitam ou transitam pela mata do Convento, os pesquisadores Juan e Ivone foram surpreendidos pela diversidade de espécies encontradas. Fato notável, sobretudo considerando sua proveniência, afinal são colombia-nos e a Colômbia é a lugar que aco-lhe a maior diversidade de pássaros

do planeta. O material que hoje nos é apresentado foi colhido no peque-no intervalo de 40 dias e, certamen-te, é incompleto. Tal incompletude, antes de ser uma dificuldade da aná-lise científica, é um sinal da impres-sionante diversidade que a mata do Convento abriga. Além das espécies que habitam o morro, outras tantas, de hábitos migratórios, por aqui tran-sitam no seu itinerário reprodutivo. O olhar parcial não diminui, ao contrá-rio, enaltece a grandeza e a beleza da natureza que tem o dom de nos sur-preender desde o momento em que nos dispomos a contemplá-la”, expli-cou Frei Paulo.

“Contemplar a grandeza e a bon-dade de Deus é o que move os romei-ros e romeiras da Penha. Assim, esta exposição que inauguramos se confi-gura em possibilidade alargada para o encontro com o Senhor. Tornar nosso olhar mais atento, perceptivo, recep-tivo, nos tornará pessoas mais gratas, mais cuidadosas. A percepção da di-versidade das espécies e das cores, nos fará pessoas aptas a acolher as dife-renças. O encontro com a beleza das criaturas,nos levará ao encontro do Criador de todas as coisas”, concluiu o guardião da Penha.

celeBração no dia da Padroeira do BrasilouTuBro rosa na PenHa

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Fraternidades

o terceiro Capítulo Regional se realizou no Convento da Pe-nha, no dia 26 de setembro, de 8h as 16h35, presentes to-

dos os Frades, menos Frei Djalmo e Frei Nazareno, que estavam em retiro em Agudos.

Foram apresentados os dois as-pirantes Roberto Rocha da Silva e Gabriel Antônio Barão da Costa, que estagiam desde julho na Fraternida-de do Santuário. Logo em seguida, foi recordado como alguns pontos da Ata foram cumpridos. Assim, Frei Florival comentou a Missão dos 291 jovens, mais umas 300 pessoas envolvidas nos diferentes serviços, nos dias 16 a 18 de setembro na Paróquia do Rosário. A Missão foi considerada positiva, bene-ficiadora, sobretudo, dos próprios jo-vens no aprendizado da confraterniza-ção e da responsabilidade comunitária. Frei Mário acentuou a formação fran-ciscana que receberam. Foram lembra-dos alguns atropelos, para serem cor-rigidos no futuro. Frei Mário disse que ainda haverá uma reunião de avaliação com os jovens de Colatina. Frei Gilson elogiou a presença dos vocacionáveis de Colatina e Vila Velha. Frei Florival falou dos custos da Missão, que reco-

lheu 7.842 reais e consumiu 7.087 re-ais. Frei Mário agradeceu a ajuda dos Confrades da Penha no financiamento do ônibus. Aproveitou-se o momento para falar da próxima Missão Jovem, em Curitiba, em âmbito provincial, e de como o Regional poderá participar, seja com Frades seja com jovens multi-plicadores das coisas do Evangelho. Foi lembrando o Encontro Nacional dos Jovens, promovido pela CFMB, que deverá acontecer na Ponta da Fruta, portanto em nosso Regional, em 2018, quando se esperam em torno de 800 jovens provindos de todos os Estados. Frei Clarêncio propôs que no primeiro encontro do próximo ano o Regional escolha uma Comissão para coordenar em nível local em harmonia com os coordenadores em nível nacional. Frei Mário comunicou que já decidiu par-ticipar do encontro de Curitiba. Frei Florival mostrou grande interesse, de-pendendo de encontrar um substituto no Santuário já que, naquela data Frei Djalmo estará de férias.

Comentamos a Caminhada pe-nitencial, celebrativa dos 800 anos do Perdão de Assis, no dia 4 de agosto, com a participação das três Fraternida-des e de ao menos três mil paroquia-

nos, apesar de naquela noite acontecer a abertura das Olimpíadas. Ainda não conseguimos um som a contento de todos. Talvez devamos envolver mais gente na equipe preparatória. Frei Pau-lo lembrou a necessidade de envolver mais os frequentadores do Convento. E é de opinião que precisamos montar um grupo que nos ajude nas decisões organizativas.

Frei Paulo Ferreira conduziu os comentários em torno do Serviço de Animação Vocacional. Frei Florival pede que se forme uma comissão re-gional para coordenar os trabalhos. Frei Clarêncio disse que a Comissão podia ser composta dos três coorde-nadores já marcados. Frei Gilson lem-brou que devemos dedicar mais tem-po aos que nos procuram. Frei Mário lembrou que devemos marcar mais presença em colégios e escolas. Frei Paulo Ferreira pediu mais palestras sobre o carisma franciscano. Frei Paulo Pereira lembrou que evangelização e vocação acontecem ao mesmo tempo, passando pelas mesmas dificuldades. E disse que a mensagem vocacional se deslocou da família para a escola, so-bretudo, para o âmbito da Faculdade. Frei Clarêncio pediu mais acento nas

reGional do esPíriTo sanTo

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Fraternidades

nossas missões ad extra, quando fala-mos de vocação franciscana.

Passamos então a falar da FAV do Santuário. Lembrou-se que os dois as-pirantes têm um programa de estudos e aprendizado. Os dois aspirantes se manifestaram muito positivamente e afirmaram que “se sentem em casa e bem” na Fraternidade do Santuário e que estão aprendendo muito. Frei Gilson pediu aos dois saírem quinze minutos, para que os Frades pudes-sem fazer uma avaliação deles. Frei Clarêncio expôs a opinião da Frater-nidade do Santuário, colhida no últi-mo Capítulo local e que será mandada aos responsáveis em relatório escrito por Frei Nazareno.

A esta altura a sessão foi suspen-sa para o almoço. E foi retomada às 14h00, quando Frei Paulo Pereira, na qualidade de definidor, elogiou o esforço das três Fraternidades em elaborar o Projeto de Vida e Missão, ocupando para isso várias sessões de Capítulo em diferentes dias. Cada Fra-ternidade expôs seu Projeto. De fato, houve grande esforço de todos em torno da elaboração e agora, enviado o Projeto ao Definitório, todos mos-traram grande interesse de tê-lo como programa de crescimento pessoal, na Fraternidade e na Comunidade.

Cada Fraternidade comentou a situação operosa nesse momento. Colatina continua dando assistência à paróquia da Sagrada Família no Cór-rego do Ouro, com suas 35 comuni-dades, momentaneamente sem padre, somando as duas paróquias 58 co-munidades a serem pastoreadas. Frei Mário disse que o povo da paróquia assistida está contente com o traba-lho dos Frades. Essa assistência deve cessar no início do ano. Frei Gilson lembrou que preparam a Assembleia Paroquial, que deve acontecer em no-vembro e que no Natal haverá uma exposição de presépios. Comunicou também que a Madre Agnes sepultara

o pai dela fazia quinze dias. E comu-nicou o acidente ocorrido com Dom Décio. Frei Gilson lembrou que nes-te ano a festa de Frei Galvão coincide com o Encontro Provincial das Paró-quias, Santuários e Centros de Aco-lhimento, em Rondinha. Propôs, en-tão que celebremos em Colatina São Frei Galvão na quinta-feira, dia 27, às 19h30. E todos anotaram a mudança.

Ficou também decidido que ce-lebraremos juntos o Trânsito de São Francisco, no Santuário, às 19h00 do dia 3, seguido de congraçamento interno para os Confrades. Dia 4 de outubro cada Fraternidade celebra-rá como lhe é possível a festa de São Francisco. O Santuário comunicou que haverá três Missas: às 7h00, ao meio-dia, e a concelebração às 19h00. Durante o dia todo haverá a bênção dos animais, distribuição simbólica de ração, possibilidade de adoção de animais e assistência de médicos ve-terinários. Na Missa das 19h00 será anunciada a abertura do ano cinquen-tenário da inauguração do Santuário. Ainda não foi elaborado o programa de celebrações ao longo de 2017. A Fraternidade comentou a troca do modo de fazer as ofertas na Missa: foram postos cofres em todas as colu-nas. E contou que estão sendo postos vidros esverdeados entre os arcos do corredor superior e também entre as colunas do corredor inferior que olha para o pátio interno da Casa. Comen-tou-se também a venda dos três car-ros e a aquisição de dois novos.

Falando da Fraternidade do Con-vento, Frei Pedro de Oliveira explicou o restauro do telhado e dos banheiros públicos, trabalho que deverá durar de dois a três meses. Frei Paulo Pereira lembrou que as obras deverão termi-nar antes das grandes férias, quando começam as muitas peregrinações. Segundo o guardião da Penha, no ano passado passaram pelo Convento 3.500.000 pessoas. Disse também que

estão trocando todas as placas indicati-vas. Frei Ari Praxedes lembrou alguns pequenos acréscimos ao Campinho e o projeto de iluminar todo o caminho do portão de entrada ao Campinho, usando o sistema de placas solares como produtoras de energia. Frei Pau-lo Pereira confirmou a inauguração do Recanto São Francisco, no dia 4 de outubro. E falou da exposição de foto-grafias, que também será aberta no dia 4 de outubro, de mais de 40 pássaros encontráveis nas matas que cercam o Convento. Lembrou os 80 anos de Frei Pedro Engel e os 60 anos de vida religiosa de Frei Claudius Guski. Frei Pedro de Oliveira ainda expôs a preo-cupação com os preços no bar-lancho-nete, que não podem concorrer com outros similares. E ainda comentou que está em fase de revisão a sociedade mantenedora do bar-lanchonete. Frei Paulo comunicou que estão chegando a um final feliz as tratativas para a ir-radiação diária da Missa das 15h00 e a transmissão televisiva de uma das mis-sas, com o espaço de dez minutos para noticiário religioso. O preço de ambas as transmissões é bem acessível: 25 mil por mês a televisionada e três mil por mês a irradiada. Frei Clarêncio elogiou a iniciativa do Convento, como uma forma de evangelização.

O último ponto do Capítulo foi nosso encontro festivo em dezembro. Depois da manifestação de todos e le-vantamento de várias possibilidades, ficou decidido que no dia 11 de dezem-bro, domingo, teremos recreio gordo no Convento, a partir das 20 horas; e no dia 12, segunda-feira, passeio a Guarapari para quem se inscrever previamente. Desse passeio ficaram responsáveis Frei Florival e Frei Gilson.

Antes de encerrar, Frei Paulo Pe-reira voltou a insistir que, no momen-to, na Província, não falta frade, mas falta frade com vigor.

Frei Clarêncio Neotti

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Fraternidades

a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário da Prainha, em Vila Velha, realizou um Trí-duo para a Festa da sua Pa-

droeira nos dias 16, 23 e 30 de setem-bro. No dia 7 de outubro, a Padroeira foi solenemente homenageada pelos paroquianos em Missa no Santuário do Divino Espírito Santo, presidida

pelo Arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, às 19h30.

Neste ano em que se comemora o Jubileu da Misericórdia, o tema esco-lhido foi: “Fazei tudo o que ele vos dis-ser”. A cada dia uma meditação tocou o coração e a sensibilidade do povo para a prática da misericórdia através do amor, da caridade e do serviço.

A Igreja na Prainha foi fundada em 1535. Foi a primeira Igreja cons-truída no Espírito Santo e é a mais an-tiga do Brasil ainda em pé.

O pároco Frei Djalmo Fuck, em nome da Paróquia e da Comunidade Nossa Senhora do Rosário agradeceu a colaboração de todas as pessoas que, com muita alegria e dedicação, ajuda-ram a realizar o evento, com doações e trabalhos.

Pedido pela Editora Santuário, Frei Cla-rêncio Neotti escreveu São Benedito: Homem de Deus e do Povo (128 p.). São duas novenas completas, percorrendo as grandes qualida-des do santo franciscano. Para cada dia Frei Clarêncio escreveu uma oração, em torno do tema do dia; e sobre as virtudes do santo meditadas em cada dia da novena, montou a ladainha.

Frei Clarêncio traduziu a longa Bula de canonização, até hoje não encontrável em Português e selecionou um trecho para cada dia do novenário. Com isso, o leitor tem uma

biografia ‘oficial’ do santo siciliano, tão falsa-mente floreada pelo folclore e pelo sincretismo. Frei Clarêncio teve o cuidado de explicar as pa-lavras ou os fatos mais difíceis da Bula.

Nenhuma editora brasileira, nenhuma Ir-mandade publicou até hoje uma biografia do santo negro, hoje considerado não apenas o padroeiro dos escravos passados, mas tam-bém o santo modelo de integração das raças e culturas. Tanto que a UNESCO criou e man-tém em Palermo a Cátedra São Benedito de integração dos povos que migram à procura de dignidade humana.

FesTa do rosÁrio em vila velHa

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 635

Fraternidades

no dia 26 de setembro foi rea-lizado na Fraternidade Santo Antônio do Pari o encontro do Regional de São Paulo. Frei

Germano Guesser, coordenador do Regional, apresentou o texto “Miseri-córdia como paradigma pastoral”, de Frei João Fernandes Reinert.

O momento foi apropriado para refletir sobre a importância de rom-per com a ideia cronológica de ape-nas mais um ano instituído pastoral-mente. Foi refletido que trata-se de

uma eclesiologia que instaura uma mudança de vida. A misericórdia não pode ser ritualismo, mas um princípio para nortear nossas vidas por meio do Evangelho.

Frei César Külkamp foi recebido no Regional, após ter sido eleito vigá-rio provincial e ser transferido para a Fraternidade São Francisco de Assis, da Vila Clementino. O encontro tam-bém contou com a participação dos aspirantes acolhidos no Convento São Francisco: Daniel Maciel , Marcelo

Tadeu S. Cardoso e Ramon Voloso da Silva.

O definidor do Regional, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, enfatizou a importância do Regio-nal como espaço de discussão acerca dos desafios provinciais. Foi citada com louvor a iniciativa de redimen-sionamento discutida pelo regional de Florianópolis. Os regionais, neste contexto, possuem papel fundamen-tal nas proposições concretas de nossa missão evangelizadora.

reGional são Paulo no Pari

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636 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Fraternidades

a igrejinha da comunidade lo-calizada na estreita rua Sacra-mento, no Pari, ficou pequena na última quarta-feira, 12 de

outubro, ao acolher os devotos de Nos-sa Senhora da Conceição Aparecida.

A programação especial para a festa iniciou cedo na comunidade. An-tes do alvorecer do dia, os voluntários já preparavam o espaço para acolher

com carinho os devotos. Frei Anacleto Luiz Gapski, vigário paroquial, presi-diu a primeira missa do dia em honra à Virgem. Faltou espaço nos corredores. Fato que se repetiu durante as missas seguintes.

A festa contou com a colaboração de muitos voluntários, que além de organizarem as celebrações litúrgicas, preparam a festa social. Foram vendi-

Pari

comunidade celeBra Padroeirados durante todo o dia churrasquinho, pastéis, bolos e doces, além de uma de-liciosa macarronada. Não por menos, no final do dia quase todas as barracas tinham esgotado suas iguarias.

No final do dia, o pároco Frei Ger-mano Guesser celebrou a última missa e conduziu a procissão da padroeira do Brasil pelas ruas da comunidade. O pároco recordou o tamanho da de-voção do povo brasileiro, que nesta época, sobretudo, descoloca-se por milhares de quilômetros rumo ao San-tuário de Aparecida. Ele enfatizou que essa tradição e carinho pela mãe de Jesus iniciou juntos com os primeiros cristãos. Maria, sempre esteve atenta às necessidades dos primeiros discípulos. Ela, na discrição e no silêncio, acompa-nhava os passos de Jesus e seus discípu-los. Não obstante, Jesus na cruz, apre-senta João como filho, e Maria como mãe do apóstolo. Essa relação afetuosa persiste em nosso discipulado – Maria continua a olhar, a cuidar e a interceder por cada um de nós.

Ao término da celebração, a vir-

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 637

Fraternidades

gem Maria foi coroada pelas crianças que também comemoravam seu dia. Frei Germano, pediu a intercessão da Virgem a cada uma delas. Enfatizou que é notório que as crianças desem-penham um papel importante na so-ciedade como sinal de esperança. Po-rém, a figura da criança suplica nossa atenção, e pede uma atitude responsá-vel e concreta.

Após o término da celebração, a imagem foi levada pelos fiéis em pro-cissão pelas ruas da comunidade. As crianças abriram caminho à procissão, como sinal de um futuro que advém cheio de esperança. Que Maria Apa-recida seja presença intercessora por cada um de nós neste trajeto!

no mês de outubro, a Igreja dedica uma atenção especial às missões. Motivados pelo apelo do Papa Francisco,

que pede um Igreja em saída, a co-munidade de Santo Antônio do Pari está se mobilizando para reavivar a Pastoral da Visitação, valorizando o encontro em nossas famílias, hospi-tais e asilos.

Neste último domingo, 9 de ou-tubro, cerca de 25 líderes de diversas pastorais e movimentos da Paróquia estiveram reunidos para uma tarde de formação missionária. Frei Die-go Melo, coordenador do Serviço de

Animação Vocacional dos Francisca-nos, dinamizou o encontro e falou de suas experiências missionárias.

O frade enfatizou a importância da cultura do encontro, que inicia com uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Antes de sairmos em missão, precisamos trazer à memória nosso encontro com Jesus Cristo. Uma vez que Deus toca nosso coração, somos impelidos a transmitir essa alegria a outros. Contudo, não podemos deixar que o medo e a insegurança congelem nosso caminhar, criando a falsa ideia de que a estabilidade é a meta do cris-tão. A Igreja caminha, e caminhar exi-

Formação missionÁria no Parige levantar um pé de cada vez. Neste caso, ao dar cada passo, é normal sen-tir a insegurança e o medo de cair.

Recordando a afirmação “a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam”, Frei Diego enfatizou a importância de pisarmos em outras realidades. Em uma Paróquia com mais de cem anos, como é a do Pari, é evidente que houve transformações em todos os aspectos sociais e eclesiais. Para tanto, precisa-mos pisar em “novas realidades”. Para tal, devemos empenharmo-nos em apurar nossa capacidade de escuta. “Precisamos de uma Igreja que tenha capacidade de ouvir o que as pessoas precisam, caso contrário, corremos o risco de oferecer aquilo de que não se precisa”, reforça o frade.

Após o encontro, foi celebrada a Missa de envio. Frei Diego abençoou os missionários que receberam um crachá como sinal do envio em nome de toda a Comunidade Paroquial San-to Antônio do Pari.

Frei Roger Strapazzon

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Fraternidades

a missa de São Francisco, presi-dida pelo Frei Francisco, reitor da Basílica Santo Antônio, em Roma, foi um momento de

acolhida e de agradecimentos ao novo guardião Frei Estêvão Ottenbreit, por seu sim generoso à Ordem dos Frades Menores, por deixar o Brasil e assumir o desafiador serviço de animar essa Fraternidade com mais de 140 fra-des, com seus diversos trabalhos. Frei Francisco recordou a importância do trabalho do guardião na fraternidade e

afirmou também que, nos tempos em que vivemos, é necessário um “supe-rior” que seja para a fraternidade teste-munho e sinal de santidade.

No dia 6 de outubro, na Basílica de Santo Antônio, com a presença do Ministro Geral, Frei Michael Perry, de seu secretário pessoal, Frei Reinaldo, do Definidor Geral Frei Ivan Sesar, os frades se encontraram para rezar as vésperas, e, logo após, se dirigiram ao refeitório dos professores para uma confraternização.

O Ministro Geral fez um agra-decimento especial aos dois antigos guardiães da fraternidade Santo An-tônio, onde residem os professores, Frei Nguyên Van Si Ambrogio, e da fraternidade Beato Gabriele M. Alle-

gra, onde residem os frades estudan-tes, Frei Eulálio Gomez, que a partir daquele momento assumiam uma nova missão.

Frei Michael agradeceu a Frei Es-têvão pela disposição e colaboração. Também manifestou a sua alegria em ver os frades mais próximos e empe-nhados na mesma missão em uma única fraternidade.

O clima na fraternidade interna-cional Santo Antônio é de recomeço, de esperança e de um profundo desejo de caminhar na mesma direção. Que pela intercessão de São Francisco e Santo Antônio possamos viver como irmãos, partilhando a mesma fé.

Frei Gilberto da Silva

FraTernidade sanTo anTônio de roma acolHe Frei esTÊvão

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Em Honra a

Todo ano, as festas e celebrações do Pai seráfico tomam conta da Província da imaculada conceição. em algumas, são Francisco é

o Padroeiro e as homanagens começam mais cedo com o Tríduo. Todas as Paróquias e Fraternidades dedicam um tempo para a bênção dos animais.

neste especial, alguns exemplos destas festividades.

são Francisco de Assis

ESpEcIAl

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| são Francisco de Assis |ESpEcIAl

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A Fraternidade da Sede Provincial e a comuni-dade da Paróquia São Francisco, na Vila Cle-

mentino (SP), prestaram a última homenagem ao Padroeiro na Mis-sa solene de encerramento, que foi presidida pelo Ministro Provin-cial, Frei Fidêncio Vanboemmel, e concelebrada pelo Vigário Pro-vincial, Frei César Külkamp, pelo Pároco, Frei Valdecir Schwamba-ch, pelo Vigário Paroquial, Frei Carlos Nunes Corrêa, e Frei Rai-mundo Oliveira Castro.

Como em todas as missas do dia, a Igreja lotou de fi-

éis, sendo uma grande maioria acompanhada de seus bichinhos de esti-

mação. Gatos, cachorros, passarinhos, todos partici-

param da celebração dedica-da ao Patrono da Ecologia e dos animais.

Em sua homilia, Frei Fidêncio destacou um versículo da Pri-meira Leitura: “Eis que durante a sua vida restaurou a Casa” (Eclo 50,1), e disse que este pensa-mento traduzia a vida do santo celebrado neste 4 de outubro, recordando o pedido do Cristo crucificado a Francisco de Assis. “Na busca constante do Evange-lho, no aprendizado contínuo que fazia a partir de Nosso Senhor Jesus Cristo, deu a sua contribui-ção. Restaurou a Igreja de Deus, não apenas a Igreja enquanto organismo institucional, mas res-taurou esta igreja que Jesus Cris-to sonhou”, afirmou.

Frei Fidêncio ressaltou que São Francisco, a partir da sua experiência, restaurou a Igreja de Deus e restaurou também a rela-ção do ser humano com a Cria-ção, recordando a Encíclica Lau-dato Sí do Papa Francisco sobre

o cuidado com a Casa Comum. “Nós também, como São Francis-co, queremos restaurar a Igreja de Deus, mas queremos restaurar também a casa comum de todos nós, de todos os valores da vida, de todos os princípios humanos, princípios cristãos”, pediu o fra-de.

O Ministro destacou duas ca-racterísticas importantes da vida de São Francisco, duas virtudes evangélicas: a pobreza e a humil-dade. “São Francisco restaurou a Igreja através de uma vida sim-ples, fazendo-se, dia após dia, semelhante ao Cristo. Asseme-lhar não significa apenas imitar os gestos, mas buscar no Evange-lho os valores do Reino que nós também devemos viver no nosso tempo, nossa história e no nosso mundo”, afirmou.

O frade concluiu sua homilia dizendo que viver estes valores é um grande desafio para os dias atuais, e convidou os presentes a buscarem, com São Francisco de Assis, este espírito de pobreza e humildade.

Ao final da celebração, Frei Valdecir, que conduziu sua pri-meira festa de São Francisco na comunidade, agradeceu toda equipe da paróquia, voluntários e funcionários, que colaboraram para o bom andamento desta fes-ta, e pediu uma salva de palmas, que foi acompanhada com mui-tos latidos. Frei Fidêncio também parabenizou a comunidade pelo empenho, e agradeceu o traba-

SEDE PROVINCIAL E PARÓQUIA

Frei Fidêncio pederestauração da Igreja de Deus

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A manhã chuvosa não afugentou o povo, que procurou os frades para abençoar seus animais e bichos de estimação. Como a mineira Marli Gon-çalves, que residi em Santo Amaro e trouxe a “Betsy” e “Lady” para tomar a bênção. “Sou muito devota de São Francisco”, disse, pedindo que os animais sejam mais respeitados.

Já Andrea Marson veio do bairro das Perdi-zes com “July”. “Não perco nenhuma festa de São Francisco. Acho importante criar essa cul-tura do respeito por toda a criação”. Os cães são maioria na festa, mas gatos, coelhos e pás-saros também não ficam para trás. Muitas pes-soas trazem fotos de animais e parentes para serem abençoados.

A Paróquia distribuiu ração abençoada, em pe-quenos pacotinhos, para cães, gatos, peixes e pás-saros. O povo também pode saborear o Bolo de São Francisco com as medalhinhas abençoadas.

Em frente à igreja, uma feirinha de adoção de animais ficou aberta durante todo o dia, com aten-dimento veterinário grátis.

Érika Augusto

| são Francisco de Assis | ESpEcIAl

lho do pároco, vigário e de todos os frades que au-xiliam na Paróquia.

Para o pároco, São Francisco tinha um “amor entranhado” por todas as criaturas. “E tinha um amor entranhado pelos seres humanos. Ele tinha consciência de que é um filho de Deus e, junto com ele, também toda a criação. A terra, a água, o ar, os animais, todos são filhos e filhos de Deus”, ex-plicou.

O pároco lembrou que São Francisco nos ensina que devemos amar todas as criaturas, mas também amar os seres humanos. “Assim como a gente gos-ta dos animaizinhos, somos a convidados a gostar dos seres humanos e fazer o bem a todas as criatu-ras”, disse.

“A sociedade de hoje, e vocês vão concordar co-migo, nos ensina a nos defender de outras pessoas. Claro, há tanta insegurança, tanta violência, tanta in-justiça, que nós praticamente precisamos construir muros, colocar grades para nos defender. E se não for assim, a gente fica com medo. Mas o sonho de São Francisco é que todos nós pudéssemos viver numa sociedade de paz, de bem. Uma sociedade de fraternidade”, acrescentou.

BÊNCÃO DOS ANIMAIS

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A festa em honra a São Francisco de Assis, no tradicional Largo de São Francisco, no centro de

São Paulo, começou muito antes do Dia do Padroeiro. Já no dia 24, a Missa Nordestina a São Francis-co das Chagas abriu os festejos,

que ganhou intensidade a partir do Tríduo, no dia 1º de outubro. Neste dia, a Primeira Ordem - Frades

Menores, Frades Menores Capuchinhos, Frades Me-

nores Conventuais e Terceira Ordem Regular - foi a convida-da para a Celebração Euca-

rística. No segundo dia, o Tríduo reuniu os Carmelitas, Dominicanos e Beneditinos e, no terceiro dia, a Ordem Terceira Secular e a Juven-tude Franciscana cuidaram da ani-mação litúrgica. Outros momentos muito simbólicos e significativos foram a bênção aos animais do Zo-ológico de São Paulo, no sábado, dia 1º, e o Trânsito de São Francis-co, na véspera do grande dia.

Enfim, o Dia de São Francisco. Enquanto os frades abençoavam as pessoas e seus animaizinhos de estimação, dentro da igreja fo-ram celebradas Missas ao longo de todo o dia. A primeira começou

bem cedo, às 7h30, quando ain-da caía uma garoa fina na cidade. E, mesmo com o tempo fechado, muitos devotos do Pobrezinho de Assis já lotavam o espaço.

O pároco, Frei Alvaci Mendes da Luz, presidiu a missa do meio--dia. Já no início da celebração disse estar muito feliz por ver tanta gente presente para recor-dar um pouco da vida de São Francisco. Durante a homilia, confessou que tinha preparado um discurso, mas preferiu im-provisar. “É sempre muito difícil falar de Francisco, porque ele foi muito simples. E tudo aquilo que

CONVENTO SÃO FRANCISCO - SP

O Francisco que chama

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é simples nem sempre é fácil de explicar”, brincou. Ao invés de ler o texto que tinha escrito, Frei Al-vaci decidiu voltar ao passado e relembrar o momento em que de-cidiu se tornar um frade francis-cano. “Confesso a vocês que sou um completo apaixonado por São Francisco. Ainda criança, com apenas 13 anos de idade, liguei para o seminário, um frei me aten-deu e eu lhe disse: ‘quero entrar para o seminário porque quero ser igual a São Francisco’”.

Agora, anos mais tarde, Frei Alvaci considera que não sabe se vai conseguir realizar este sonho um dia. “Acredito que não, porque Francisco só tem um, o de Assis”, completou o pároco do Santuário São Francisco, explicando por que o santo é seu maior modelo de vida: “Por trás de Francisco existe uma causa muito mais an-tiga, a causa de Jesus Cristo. É por ele que nós fazemos tudo e é por ele que estamos aqui hoje. É por ele que somos franciscanos e franciscanas, de hábito ou de co-ração”, ressaltou.

Ainda segundo Frei Alvaci, a forma como São Francisco conse-guiu viver o evangelho de Cristo é um modelo para todos, pois indica que é possível buscar a santidade a cada dia e estar mais próximo de Deus. Enfatizou, também, o fato de Francisco ter alcançado

um nível tão alto de santidade que nem precisamos chamá-lo de san-to. “Ele se encaixa em qualquer lugar, em qualquer discurso, qual-quer religião, qualquer espaço”, pontuou. “Francisco foi simples, o mais simples de todos. E por ter sido simples, se tornou grande. Por ser pequeno, ele está aqui, em nossos corações”, concluiu o pároco.

dia de muita festa e reflexão Às 15h foi a vez do Vigário

Episcopal da Região Sé e Bispo Auxiliar de São Paulo, Dom Edu-ardo Vieira dos Santos, celebrar o Pobrezinho de Assis com a co-munidade franciscana. Como a igreja ficou cheia o tempo todo, houve ainda uma missa às 16h30, que nem estava prevista na pro-gramação inicial, celebrada pelo Frei Diego Melo. Ao todo, foram sete missas, que começaram ce-dinho, e com a igreja lotada des-de o início.

Ao longo do dia a chuva deu uma trégua, a temperatura subiu e até o sol participou da festa. À tarde já estava tão quente que muitos carregavam o casaco nos braços. “Pedi para Santa Clara in-terceder pelo tempo e acho que ela acatou meu pedido”, brincou Frei Alvaci enquanto passeava pelo Largo São Francisco cum-primentando os fiéis.

o TrÂnsiToUm dos momentos mais sig-

nificativos para os franciscanos, mais do que a solenidade de São Francisco, é a noite de sua morte, celebrada com grande entusiasmo em todo o mundo. É tradicional cantar e encenar o “Transitus”, a passagem de São Francisco para junto do Pai.

Em São Paulo é costume que os frades, religiosos e religiosas, leigos e amigos, se reúnam para celebrar este momento. Neste ano, o local escolhido foi o San-tuário e Convento São Francisco, na região central. Nem a chuva, que caiu torrencialmente desde o final da tarde, espantou os fiéis. Às 18h estavam todos reunidos para o início da celebração.

Frei Mario Tagliari, guardião do convento local, deu as boas--vindas. Estavam presentes o ministro provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, o vigário provincial, Frei César Külkamp, os frades da Vila Clementino e do Pari, além dos frades do Convento São Francisco.

“Não queremos correr o risco de celebrar o final sem ligá-lo a uma vida toda de busca, de con-frontar-se e viver o Cristo, pobre e crucificado”, afirmou Frei Mário no início de sua reflexão.

Neste ano, além dos frades, os vocacionados, jovens da Jufra das Chagas e da Paróquia São Francisco, na Vila Clementino, fizeram parte da encenação dos últimos momentos da vida de São Francisco. Na música, ajudaram as irmãs Franciscanas de Ingols-tadt, Irmãs Franciscanas da Ter-ceira Ordem Seráfica. Leandro, ex-frade, prontamente aceitou o convite para ajudar na parte dos cantos e chamou outros músicos, vindos da Escola de Música da cidade de São Paulo, do Teatro São Pedro e um de Sorocaba.

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1º dia: Frades menores, Frades menores capuchinhos, Frades menores conventuais e Terceira ordem regular

2º dia: carmelitas, dominicanos e Beneditinos 3º dia: ordem Terceira secular e a Juventude Franciscana

“se a nossa sociedade se organizasse mais em torno da misericórdia, certamente viveríamos num mundo mais pacífico, onde o meio ambiente seria menos agredido.”

Frei GusTavo medella na BÊnção do ZoolóGico

TRíDUO DE SÃO FRANCISCO

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Sanfona, zabumba, triân-gulo, voz e violão… As-sim foi a Missa Nordesti-na celebrada no sábado

(24): embalada pelo ritmo e pela alegria do povo nordestino! Teve, inclusive, cantadores de repente – arte com origens lá na Paraíba e baseada no improviso poético. Foi neste clima de grande louvor a Deus, e em honra a São Fran-cisco das Chagas, que o Santu-ário e Convento São Francisco abriu oficialmente os festejos do Padroeiro.

Ao longo da missa, muitos fiéis se emocionaram com as ence-nações que remetiam à saída do nordeste para buscar oportunida-des em São Paulo. “Como cantar, meu Deus, em terra estranha, um canto novo pra ti?”, dizia o salmo. Já durante a homilia, o Frei Gusta-vo Medella agradeceu a presença da comunidade nordestina e fez questão de destacar quatro carac-terísticas desses migrantes que deixaram sua terra natal e vivem hoje nesta grande metrópole. “É um povo de muita fé, com pesso-as generosas, valentes e alegres. Pessoas que nos ensinam a parti-lhar, a suportar as adversidades e

ser evitadas se a humanidade fosse mais generosa, mais amo-rosa”, refletiu.

Como a missa foi em honra a São Francisco das Chagas, Frei Gustavo relacionou as feridas do Pobrezinho de Assis a essas e tantas outras feridas contempo-râneas. “As chagas de Francisco nos mostram que o sofrimento faz parte da vida, mas que temos de encará-lo, integrá-lo e lutarmos para que ele diminua. E, se pos-sível, com a graça de Deus, fazer com que todo sofrimento desapa-reça, principalmente aqueles pro-vocados pela ganância, o egoís-mo e a exploração”, ressaltou.

Ao final da celebração, a co-munidade nordestina que par-ticipou da liturgia entrou em procissão pelo corredor central reverenciando Nossa Senhora Mãe do Nordeste, imagem em que Maria é representada como uma mulher nor-destina carregando um pote d’água na cabeça e amparando o Menino Jesus, que caminha ao seu lado descalço, mas trazendo pão e água nas mãos, além de muita esperança nos olhos.

dar a volta por cima. Somos muito gratos a vocês!”, disse.

Ele lembrou que a saída em busca de um futuro melhor em uma terra desconhecida é mar-cada por uma grande parcela de esperança, mas sempre permea-da de dor e sofrimento. Comen-tou, também, da crise migratória que o mundo enfrenta atualmen-te, com muitas famílias tentando escapar dos conflitos da guerra. “São as lutas e as dores que o nosso povo enfrenta atualmente. Dores que, infelizmente, fazem parte da vida, mas que poderiam

Missa Nordestina abre festejos

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646 [coMUNIcAÇÕES] ESPECiaL

As festividades de São Francisco de Assis foram celebradas com a Confe-rência da Família Francis-

cana do Brasil (CFFB) do Regional Curitiba. O primeiro dia do tríduo (01/10) aconteceu na Capela São Francisco de Assis, dos Francisca-nos Conventuais – no Campo Com-prido, Curitiba - PR; o segundo dia

(02/10) foi na Paróquia Nossa Senhora da Luz, dos Fran-ciscanos Capuchinhos – Cidade Industrial, Curitiba

- PR; e o último dia (03/10), encerrou o tríduo com a cele-

bração do Trânsito de São Fran-cisco, na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, dos Franciscanos

Menores – no Centro da capital pa-ranaense. E o dia de São Francisco foi celebrado com solenidade e ale-gria no Convento São Boaventura, em Rondinha, Campo Largo - PR.

Ao celebrarmos o Trânsito de São Francisco, muito mais do que recordar os últimos momentos de sua vida, lembramos seu fraterno abraço à Irmã Morte, que conclui a sua singela passagem desta vida para a terra dos vivos. A Pa-róquia Bom Jesus ficou pequena para tantos religiosos franciscanos e fiéis que se reuniram num único coro para recordar e louvar a vida de seu Pai, santo e inspirador vo-cacional. A Santa Missa, presidida pelo Pároco, Frei Alexandre Magno,

Juntos com Francisco celebramos o Deus Humilde

RONDINHA

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contou com momentos fortes, den-tre os quais destacam-se dois: a Encenação da Morte de São Fran-cisco, organizada pelos frades de profissão temporária do Convento São Boaventura, que, na simplici-dade franciscana, exprimiram este momento da vida de seu fundador, que fora seu encontro face a face com o Altíssimo; e, por segundo, o canto do Transitus, uma antiga peça em Latim do salmo 141, e de uma antífona franciscana, que retra-ta a experiência dos últimos minutos de vida de Francisco. Após a missa, alimentados pela Mesa da Palavra e da Eucaristia, a convite do Páro-co, os presentes na celebração se dirigiram para o Salão Paroquial, para alimentar-se da mesa da par-tilha. Juntos confraternizaram e fes-tejaram o Santo da Alegria.

No dia 04, os frades do Con-vento São Boaventura iniciaram logo cedo as festividades de São Francisco de Assis, com a oração solene do Ofício das Laudes. As nove da manhã foi celebrada a Eu-caristia, juntamente com os confra-des da Fraternidade Bom Jesus da Aldeia, as Irmãs Franciscanas de São José, e os Párocos das Paró-quias vizinhas: Senhor Bom Jesus da Ferraria (Pe. Márcio) e Nossa Senhora Aparecida (Pe. Agnaldo) e amigos da fraternidade. Frei Jean, guardião da fraternidade, presidiu a celebração; em suas palavras, des-tacou: “A vida de São Francisco é um mistério, pois ao mesmo tempo em que parece que já falamos tudo sobre ele, ainda parece que não falamos nada. Podemos fazer um paralelo com as leituras da liturgia de hoje, onde Francisco segura o templo nos ombros, se asseme-lhando a Cristo nas chagas. Assim, os mistérios de Deus lhe foram re-velados, pois ele se fez menor”. Ao término da Missa, os franciscanos

visiTa dos alunos do colÉGio Bom Jesus aldeia no dia de são Francisco

Aproximadamente 50 alunos da Rede Educacional Bom Jesus marcaram pre-sença no Convento São Boaventura para um encontro com os freis. A data foi esco-lhida a dedo, e não poderia ser diferente, já que para estes jovens estudantes estão sendo ministrados encontros semanais de catequese pelos frades estudantes do convento. Foi um rico encontro de parti-lha de vida e de um maior conhecimento sobre a forma de vida franciscana. Por mais este motivo de bênçãos, louvamos a Deus.

Frei Augusto Luiz Gabriel

BÊnçãos dos animais no colÉGio Bom Jesus de araucÁria

A Fraternidade Franciscana São Bo-aventura de Campo Largo-PR marcou presença no colégio Bom Jesus de Arau-cária para abençoar os “animaizinhos” de estimação dos alunos desta unidade de ensino. Num espírito de muita alegria e ora-ção, pais, alunos e professores, junto dos frades franciscanos, agradeceram a Deus por todas as maravilhas operadas em favor dos familiares e amigos, e sobretudo aos companheiros de estimação, criaturas amadas da parte de Deus e confiadas aos homens para auxiliá-los em suas necessidades e também alegrá-los na “cami-nhada” da vida.

Frei Thiago Soares

mais uma vez se reuniram em torno da mesa da partilha e festejaram o Seráfico Irmão e Pai.

Frei Matheus José Borsoi

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648 [coMUNIcAÇÕES] ESPECiaL

No outono de Assis, as árvores entregam à terra suas folhas, e Francisco, o seu corpo. Aqui, a primavera do hemisfério Sul nos conduz a celebrar com toda a

criação a vida nova das flores: a ressurreição de nosso Irmão Menor Francisco.

E foi neste espírito, unida à Criação já canta-da pelo Pai Francisco, que a Família Franciscana de Ituporanga (OFS, Irmãs Franciscanas de São José, Frades, Seminaristas, Aspirantes e toda a comunidade) celebrou o Trânsito e a Solenidade

de São Francisco de Assis.Na segunda feira, 03 de outubro,

ocorreu a celebração do Trânsito, ence-nado pelos seminaristas e cantado pelo

Coral Santo Estêvão e pelos frades, na capela do Seminário. Frei Evandro presidiu a celebração e res-

gatou em sua partilha os valores franciscanos presentes nesta terra. Com seu modo frater-

ITUPORANGA

A Beleza de uma festa franciscana

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| são Francisco de Assis | ESpEcIAl

Francisco FraternoÉ filho de planossob um deus paternocrê em cosmos sem danos.

e com Paz e Bemalcança o Fratellodo Pai na unidadede criação, um elo

a irmã cotoviacanta ao Poverelloa ecologiaÉ o seu anelo

Francisco viveudo evangelho o essencial,ainda não nasceuum outro igual

Francisco choravanas ruas e praçase, ao crucificado leva todas as raças.

Francisco e claraem nosso coração,nos abrem caminhosa uma doação

Francisco de assis,Trovador sem - parinvoca os irmãoso amor a amar

a dor e o amorrevestem Francisco,assim o pobrezinhose torna outro cristo “

Frei Waldemar schweitzer

no, dedicou especial atenção aos valores de cada um dos membros da Fraternidade, enfatizando que é através desses valores que o mun-do redescobre hoje Francisco de Assis como modelo de seguimen-to de Jesus Cristo e encontro com toda a humanidade, que muitas e muitas vezes sofre.

Em seguida, a Família Francis-cana dirigiu-se ao refeitório do Se-minário para uma confraternização. Os frades do seminário acolheram a todos dizendo, em poucas pala-vras, o quanto era importante este momento, salientando que nosso carisma redescobriu a importância de sentar-se à mesa como lugar de encontro com a Fraternidade e com o Senhor, e acrescenta-ram: “Sirvam-se do que temos... é mais de vocês do que nosso!”

Na terça feira, a Fraternidade, a Paróquia e o Seminário, reuniram-

-se para celebrar a Festa. Depois do almoço festivo e de uma tarde de confraternização no Seminá-rio, os frades dirigiram-se à Igreja Matriz de Ituporanga para celebrar com toda a comunidade.

Inúmeros ex-seminaristas es-tiveram presentes na celebração. Isso nos recordou a grande missão que o seminário tem: formar jovens franciscanos para o mundo e para a Igreja. É bom ver o quanto a se-mente do nosso carisma dá seus frutos naqueles que se aproximam de nós.

Por fim, Frei Waldemar presen-teou esta celebração tão francisca-na com uma de suas poesias, con-duzindo-nos à beleza, beleza esta que, conforme já afirmado, salvará o mundo.

Equipe de comunicação Fotos: Luiz Henrique Martinelli

A Paróquia Porciúncula de Santana, em Niterói, celebrou São Francisco com o Tríduo e festa no dia 4, uma terça-feira, onde a devoção a Santo Antô-nio é muito forte. Mas os fiéis

prestaram homenagem e devoção aos dois santos franciscanos.

As bênçãos foram dadas na entrada da igreja, fora dos horários das missas.

NITERÓI Tríduo e Festa

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Logo cedo, no dia do San-to de Assis, a porta do Santuário do Valongo, em Santos, dava mostras de

que os devotos do franciscano não têm predileção por espé-cies. Apesar do grande número de cães, havia gatos, papagaios, peixes e até uma mistura inusita-da de pato com ganso. E muita gente estava lá por alguma graça alcançada. É o caso da técnica em edificações Denise Santiago, que trouxe Doce, o híbrido de pato com ganso. “Tenho cinco deles em casa e todos foram en-

venenados. Mas sobrevive-ram graças à intervenção do santo. Hoje estou aqui para agradecer”.

Perto do meio-dia, Frei Hipólito Martendal fez uma

breve oração, falando da im-portância das espécies no equilíbrio da Terra e benzeu os

bichos e os donos que estavam presentes.

“São Francisco foi um exem-plo único. Tinha grande afeição pelos animais e foi o primeiro a fazer um presépio utilizando ani-mais de verdade”.

A Festa de São Francisco co-meçou com uma novena de 25 a 3 na TV Santa Cecília e o Tríduo no Santuário. Também o Santuá-rio apresentou uma variada e rica exposição de imagens de São Francisco.

VALONGO

A festa dos animais

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ESPECiaL [coMUNIcAÇÕES] 651

| são Francisco de Assis | ESpEcIAl

A Paróquia de São Luís Gonza-ga, de Xaxim (SC), celebrou São Francisco de Assis du-rante todo o dia com a bên-

ção dos animais e com Missa Solene, às 19 horas, presidida pelo pároco Frei Alex Sandro Ciarnoscki e concelebrada pelos frades da Fraternidade. A igreja lotou para a celebração que também marcou o Encontrão das Lideranças das Comunidades da Paróquia.

Depois da Missa, o povo pôde parti-cipar de uma confraternização no Salão Paroquial.

Valnei Brunetto

Ao cair da tarde, do dia primeiro, o pároco Frei Vanderley Grassi apresen-tou a primeira exposição de imagens de São Francisco para a comunidade que se encontrava reunida no salão pa-roquial para o delicioso café colonial. Participaram muitos devotos de toda a Florianópolis. Na exposição era pos-sível apreciar mais de 50 imagens e al-guns objetos antigos que pertencem ao convento dos frades. Face ao interesse e curiosidade das pessoas, o pároco pretende repetir a exposição nos próxi-mos anos. Pretende dar oportunidade não somente para os paroquianos e de-votos, mas para um público maior que admira a figura de Francisco de Assis. Por isso, a ideia é expor no próximo ano um número maior de imagens e objetos franciscanos.

No terceiro e último dia do Tríduo celebramos o Trânsito de São Francis-co. Além da participação da juventu-

de que encenou o Trânsito, também tivemos a presença do Coral da Agro-nômica que ajudou a solenizar a cele-bração da Páscoa do nosso Pai Seráfi-co. Com a alvorada do dia 4 os frades começaram o dia, na rua, abençoan-do animais, o que repetiram, até o fi-nal da tarde. Pela manhã e tarde, os frades também estiveram em alguns colégios e no jardim da igreja aben-çoando os animais. Ainda celebraram três missas na paróquia. O ponto alto, porém, foi a celebração da Eucaristia ao anoitecer. Ao redor do altar está-vamos reunidos celebrando a solenidade do nosso que-rido São Francisco de As-sis. A celebração presidida pelo pároco Frei Vanderley foi concelebrada pelos frades Gentil e Eliseu, fazendo com que a igreja ficasse lotada de devotos e simpatizantes do Santo de Assis.

FLORIANÓPOLIS

XAXIM

Festa e Exposição

Festa e encontrão de lideranças

No dia 04 de outubro, os frades e o povo da pa-róquia Santo Antônio se reuniram para celebrar a

festa de São Francisco de Assis. As festividades tiveram início com o Tríduo no dia primeiro (sábado), na missa das 19 horas.

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| são Francisco de Assis |ESpEcIAl

652 [coMUNIcAÇÕES] ESPECiaL

Encerrando as festivida-des de São Francisco de Assis, o Seminário Fran-ciscano Frei Galvão cele-

brou no dia 4/10 uma Missa so-lene. Nela, recordamos o modelo de vida e santidade do “Pobre de Assis”. Perene exemplo que atravessa séculos suscitando vo-cações de homens e mulheres, os quais, trilhando seu caminho, buscam de modo mais perfeito o seguimento de Cristo pobre, hu-

milde e crucificado.Outro grande momen-

to foi no dia 3 de Outubro, com o Transitus de São

Francisco, sua comovente passagem da efêmera exis-

tência terrena para a eternida-de celestial.

A encenação realizada

pelos postulantes, recordou os últimos momentos de nosso Pai Seráfico, que viveu seu mais gri-tante paradoxo: aquele que can-

tou no mundo a beleza irradian-te de todas as criaturas, agora delas se despede retornando ao Criador.

Por ocasião da Festa de São Francisco de Assis, recebemos visita das nossas queridas Irmãs Clarissas. Entre momentos de oração e descontração, pudemos estreitar os laços que há séculos unem ambas as ordens no mes-mo ideal franciscano partilhado pelos nossos fundadores.

GUARATINGUETÁ

A solenidade no Postulantado

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ESPECiaL [coMUNIcAÇÕES] 653

| são Francisco de Assis | ESpEcIAl

A fraternidade Francisca-na São Francisco e boa parte da comunidade acadêmica do Instituto

Teológico se reuniram para cele-brar o Irmão de Assis. Na verda-de, a celebração começou bem antes, dia 03, com o Trânsito de São Francisco, belamente can-

O mês de outubro comemora-mos com muita alegria, pois o dedicamos ao nosso Pai

seráfico São Francisco. E nesse ano a festa no Conven-

to Patrocínio de São José de Lages, SC, o Conventinho, foi bem festiva e alegre. A presença de nossos as-pirantes, Francisco, Roberto e Davi, foi muito valiosa, pois juntamente com os jovens da Matriz e da Co-munidade Santo Antônio, celebra-ram o Transitus de São Francisco. Também com a colaboração do ca-sal Elisa e Luís Kreischer, os jovens prepararam uma linda encenação, que levou a assembleia às lágrimas, tomada pela emoção das cenas bem intensas. Foram momentos em que pudemos partilhar da Perfeita Alegria junto de nossa comunidade

CONVENTINHO

Mês intenso em Lages

à tarde. Tivemos um momento de comemoração com toda Famíla Franciscana local.

Acreditamos que no período em que nossos Aspirantes permanece-ram em nossa Fraternidade, pude-ram vivenciar diversas experiências pastorais, também com visitas no hospital, sobretudo no setor psiqui-átrico. Reafirmam que Cristo está

e do brilho e alegria que os jovens nos proporcionam. A encenação também foi apre-sentada em nossa Matriz, que se preparava para festejar sua Padroeira Nossa Senhora Aparecida.

Também no dia 4 de outu-bro seguiram as comemora-ções. Foram feitas bênçãos dos animais pela manhã e

junto dos que sofrem. A exemplo de Francisco, devemos estender nossa misericórdia àqueles que são mais marginalizados e excluídos. Para fechar a permanência, estive-ram num encontro com a Juventude e ali falaram de suas vocações, e semearam a paz e o bem.

Elisa lima

ITF e Sagrado: celebração e Trânsito tado pelos Canarinhos, na Igre-ja do Sagrado. Pela manhã do dia 04, foi a vez do ITF receber todos os confrades do Sagrado para cantar as laudes em nossa capela. O ponto alto, porém, foi a celebração da Eucaristia ao cair da tarde. Com o pão e o vinho consagrados, elevamos a Deus

nosso desejo de imitar, ao menos um pouco, os exemplos de Fran-cisco.

Frei Fábio César Gomes presi-diu a celebração que contou com a presença de cerca de 100 pes-soas, dentre as quais os conce-lebrantes: Frei Ludovico Garmus e Frei Elói Dionísio Piva. Na homi-lia, Frei Fábio atualizou de forma brilhante o Mistério Pascal vivido na experiência de fé do Poverello.

Na Paróquia do Sa-grado, missas, bênçãos dos animais, bênção do Bolo de São Francisco e muitos doces e salgados na barraca.

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Fraternidades

a cidade de Lacerdópolis-SC foi palco de um momento único e mais do que especial, no sába-do, dia 08 de outubro, ao aco-

lher o 1º Encontro de Ex-Seminaristas Franciscanos de várias cidades de San-ta Catarina e Sudoeste do Paraná.

Pouco a pouco, os participantes foram chegando e se reencontrando junto à Igreja Matriz de Lacerdópolis. A cada carro que estacionava no pátio da igreja era grande a expectativa pra saber quem poderia ser. E não era só

isso! Havia um clima de ansiedade para identificar, ou seja, reconhecer cada novo participante que ali chegava.

Às 10h30, uma Missa em honra a São Francisco de Assis foi celebrada em ação de graças pela vida e pelo dom do reencontro. Alguns não se encon-travam há 20 anos.

O presidente da celebração foi o pároco de Xaxim – Frei Alex Sandro Ciarnoski e concelebrada pelo pároco de Ituporanga – Frei Evandro Balestrin.

Após a celebração, todos os presen-

tes se dirigiram para uma sede cam-pestre, onde foi servido um suculento churrasco, com bebidas e acompanha-do de boas conversas, risadas e um cli-ma profundamente fraterno e familiar. Afinal, cada um pôde levar o que tem de melhor e mais precioso – esposa e filhos.

Teve ainda jogo de truco e um clás-sico futebol para reviver os belos e sau-dosos tempos de Seminário.

A próxima edição do encontro fi-cou agendada para outubro de 2017, na cidade de Xaxim – SC. Outros se-minaristas também estão convidados a se juntarem ao grupo, em outubro de 2017, em Xaxim.

Assim como o Cristo imprimiu em Francisco as suas marcas – Francisco de Assis deixou cicatrizes gravadas na vida de cada um de nós, ex-semina-ristas franciscanos. Marcas estas que fazem de nós profundos admiradores, entusiastas e eternos apaixonados pelo pobrezinho de Assis.

Valnei Brunetto

lacerdóPolis/sc sedia iº enconTro deeX-seminarisTas Franciscanos do sul do País

A Juventude Franciscana (Jufra) do Estado de São Paulo se reuniu nos dias 14, 15 e 16 de outubro no Educandário Santo Antônio, na cidade de Bebedou-ro, para realização do Congresso Ordinário Avaliativo 2016. Com o tema: “A minha Juventude é Francisca-na” e o lema: “Ide sem medo, para servir!”, cerca de 90 Jufristas do Estado, representantes da Ordem Francis-cana Secular e membros do Secretariado Nacional da Jufra do Brasil fizeram a maravilhosa experiência de fraternidade conosco e participaram de momentos importantes para a caminhada da Jufra de São Paulo.

Nesses dias refletiu-se sobre o tema, apresentaram--se os relatórios e partilhas. Frei Edvaldo Soares, assisten-te espiritual da Jufra das Chagas, participou do evento.

JuvenTude Franciscana se reÚne em BeBedouro

654 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 655

Fraternidades

a Fraternidade São Boaven-tura, de Rondinha, receberá nos dias 1º e 2 de dezem-bro os frades que celebram

seus jubileus neste ano. Neste Ano da Misericórdia, 30 frades celebram ação de graças pelos 25, 50, 60, 65 e 70, 71, 72, 74, 75 e 76 anos de Vida Religiosa ou Sacerdotal.

Segundo o Ministro Provin-cial Frei Fidêncio Vanboemmel, celebrar o jubileu é retomar toda a caminhada vocacional para atu-alizá-la no presente, em forma de ação de graças. Enfim, no dia do Jubileu, o irmão também renova o compromisso assumido há 25, 50, 60, 65 e 70 anos, declarando o segredo mais profundo que o ani-mou, tanto na vida religiosa como na vida sacerdotal: ‘Senhor, a mi-nha vida está nas tuas mãos’”, ex-plica Frei Fidêncio, manifestando aos confrades jubilandos, “a nossa gratidão e estima, e que o Senhor os abençoe!”

Para o Ministro, na celebração dos jubileus agradecemos o dom da vocação de cada um desses nossos irmãos. “Em primeiro lugar, subli-nhamos a vocação à vida religiosa franciscana. ‘O Senhor me conce-deu’ viver esta forma e Regra de vida, nos ensina São Francisco de Assis! E nesta mesma lógica, o Seráfico Pai ainda nos ensina que o irmão é uma dádiva divina dada à frater-nidade: ‘O Senhor me deu irmãos!’ Em segundo lugar, evidenciamos a

JuBileus no ano da misericórdia

e fiz misericórdia com eles (Test. 1-2)

vocação presbiteral dos confrades que celebram seu jubileu sacerdotal. Louvamos e agradecemos a Deus pela vida sacerdotal desses irmãos porque o Senhor ‘os honrou acima de todos, por causa desse mistério’, nos exorta São Francisco”, continua o Ministro Provincial.

“Para cada jubilando em par-ticular, a celebração jubilar é uma ocasião singular que possibilita ao

confrade fazer a releitura da sua vocação de frade menor ou a sua vocação de sacerdote do Altíssimo. Por que releitura? A releitura impli-ca numa parada. Parada para rever, discernir e retomar o ‘ponto de par-tida’ da sua consagração a Deus na vida religiosa ou sacerdotal”, com-pletou o Ministro.

Conheça os jubilandos de nossa Província:

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656 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Fraternidades

76 anos de vida reliGiosa

dom Paulo evarisTo arnsArcebispo Emérito de São Paulo, é natural de Forquilhinha, SC. Nasceu no dia 14 de setembro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 9 de dezembro de 1939. Fez a profissão solene no dia 10 de dezembro de 1943 e foi orde-nado bispo no dia 3 de julho de 1966. Tornou-se Cardeal em 5 de março de 1973.

75 anos de vida reliGiosa

Frei João BaTisTa a. camPosÉ natural de Bragança Paulista, São Paulo. Nasceu no dia 2 de setembro de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 26 de novem-bro de 1940. Fez a profissão solene no dia 8 de maio de 1949.

Frei olavo seiFerTÉ natural de Curitiba, Paraná. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingres-sou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

74 anos de vida reliGiosa

Frei cÁssio vieira de lima É natural de São João da Boa Vista (SP). Nasceu no dia 22 de agosto de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezem-bro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1945 e foi ordenado sacerdote no dia 16 de julho de 1949.

Frei nesTor KuHnÉ natural de Peritiba, Santa Catarina. Nasceu no dia 25 de outubro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de junho de 1946 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1948.

72 anos de vida reliGiosa

Frei ciríaco ToKarsKiÉ natural de Contenda, Paraná. Nasceu no dia 28 de julho de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1951.

Frei PolicarPo Berri É natural de Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 13 de julho de 1924 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 25 de julho de 1950.

65 anos de vida reliGiosa

Frei odorico decKer É natural de Biguaçu, em Santa Catarina. Nasceu no dia 27 de abril de 1929 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 17 de maio de 1950. Fez a profissão solene no dia 13 de junho de 1958.

60 anos de vida reliGiosa

Frei clÁudio GusKi É natural de Allenstein, Alemanha. Nasceu no dia 10 de novembro de 1933 e ingressou na Ordem no dia 21 de dezembro de 1955. Fez a pro-fissão solene no dia 22 de dezembro de 1959 e foi ordenado sacerdote no dia 15 de dezembro de 1961.

Frei arisTides luiZ PasQuali É natural de Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 20 de agosto de 1937 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 11 de de fevereiro de 1955. Fez a profissão solene no dia 4 de maio de 1963.

os conFrades e seus JuBileusFrei HenriQue ireno dell’olivoÉ natural de Lageado, Rio Grande do Sul. Nasceu no dia 23 de março de 1939 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 17 de maio de 1955. Fez a profissão solene no dia 4 de maio de 1963.

Frei JosÉ ZancHeT É natural de Três Arroios, Rio Grande do Sul. Vestiu o hábito franciscano no dia 21 de dezembro de 1955 e fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1959. Foi ordenado presbítero no dia 15 de dezembro de 1961.

Frei lÉo severino scHmidT É natural de Porto União, em Santa Catarina. Nasceu no dia 31 de maio de 1934 e ingressou na Ordem no dia 21 de dezembro de 1955. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1959 e foi ordenado sacerdote no dia 15 de dezembro de 1961.

50 anos de vida reliGiosa

Frei FidÉlio Gonçalves FerreiraÉ natural de Itaiúba, Bahia. Nasceu no dia 23 de março de 1941 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 18 de dezembro de 1966. Fez a profissão solene no dia 13 de dezembro de 1970.

dom luiZ Flavio caPPioÉ natural de Guaratinguetá, São Paulo. Nasceu no dia 4 de outubro de 1946 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1971 e bispo da Barra no dia 6 de julho de 1997.

656 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

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Fraternidades

Frei vicenTe BoHneÉ natural de Schwerin, Alemanha. Chegou ao Brasil em 15 de maio de 1965 e vestiu o hábito franciscano em 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado presbítero no dia 16 de abril de 1972.

Frei WalTer HuGo de almeida É natural de Diamantina, Minas Gerais. Nasceu no dia 14 de junho de 1936 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado sacerdote no dia 12 de dezembro de 1971.

25 anos de vida reliGiosa

Frei claudino GilZ É natural de Ituporanga, Santa Catarina. Nasceu no dia 6 de maio de 1970 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1990. Fez a profissão solene no dia 9 de setembro de 1995 e foi ordenado presbítero no dia 14 de fevereiro de 1998.

Frei luís aliBerTi É natural de Piracicaba, São Paulo. Nasceu no dia 21 de novembro de 1966 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1991. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1996 e foi ordenado sacerdote no dia 22 de julho de 2000.

Frei raimundo J. de oliveira casTro É natural de Batatais, São Paulo. Nasceu no dia 22 de janeiro de 1954 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1990. Fez a profissão solene no dia 9 de setembro de 1995 e foi ordenado sacerdote no dia 18 de julho de 1998.

71 anos de sacerdócio

dom Paulo evarisTo arnsArcebispo Emérito de São Paulo, é natural de Forquilhinha, SC. Nasceu no dia 14 de setembro de 1921 e ingres-sou na Ordem dos Frades Menores no dia 9 de dezembro de 1939. Fez a pro-fissão solene no dia 10 de dezembro de 1943 e foi ordenado bispo no dia 3 de julho de 1966. Tornou-se Cardeal em 5 de março de 1973.

70 anos de sacerdócio

Frei olavo seiFerTÉ natural de Curitiba, Paraná. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingres-sou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

65 anos de sacerdócio

Frei ciríaco ToKarsKiÉ natural de Contenda, Paraná. Nasceu no dia 28 de julho de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1951.

60 anos de sacerdócio

Frei celso Francisco de Faria

É natural de Florianópolis, Santa Catarina. Nasceu no dia 21 de fever-eiro de 1928 e ingressou na Ordem no dia 19 de dezembro de 1949. Fez a profissão solene no dia 20 de dezembro de 1953 e foi ordenado sacerdote no dia 2 de julho de 1956.

50 anos de sacerdócio

Frei Guido scoTTini Atendente do conventoÉ natural do Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 29 de setembro de 1935 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezem-bro de 1960. Fez a profissão solene no dia 02 de fevereiro de 1965 e foi ordenado sacerdote no dia 21 de dezembro de 1966.

Frei JosÉ alamiro andrade silvaÉ natural de Três Pontas, Minas Gerais. Vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1960 e fez a profissão solene no dia 2 de fevereiro de 1965. Foi ordenado presbítero no dia 21 de dezembro de 1966.

25 anos de sacerdócio

Frei anTônio everaldo P. marinHoÉ natural de Palmas, Paraná. Nasceu no dia 29 de maio de 1959 e ingres-sou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1988 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de janeiro de 1991.

Frei luiZ FlÁvio adami loureiroÉ natural de Vitória, Espírito Santo. Nasceu no dia 17 de janeiro de 1949 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1988 e foi ordenado sacerdote no dia 2 de fevereiro de 1991.

Frei nÉlson JosÉ HillesHeim É natural de Ituporanga, Santa Cata-rina. Nasceu no dia 8 de novembro de 1956 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1989 e foi orde-nado sacerdote no dia 5 de janeiro de 1991.

Frei valdir nunes riBeiroÉ natural de Adamantina, São Paulo. Nasceu no dia 24 de agosto de 1960 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1984. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1989 e foi ordenado sacerdote no dia 14 de dezembro de 1991.

NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 657

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658 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Fraternidades

no domingo, 28 de agosto, o jovem sacerdote Frei Le-onardo Aureliano Santos repetiu um ritual que os

frades franciscanos já fazem há 115 anos em Petrópolis: a celebração da Santa Missa na bela Capela de Nos-sa Senhora Auxiliadora, no bairro do Bingen. O domingo, de sol e céu azul cor de anil, e um clima com a cara da primavera, tornou mais belo

caPela do BinGen: BeleZa, recolHimenTo, Tradição e união

Sagrado, neste domingo às 10 horas, não deu para fazer essa experiência e a subida foi feita de carro.

O Bingen é um bairro onde pre-domina a cultura alemã e está loca-lizado na entrada da cidade, a 10 quilômetros do centro. Atualmente, compõe com outros pontos da cidade o pólo de compras e da moda. A história deste pequeno e

ainda o santuário no alto do Morro São Francisco, onde os fiéis que têm fôlego e ne-nhum problema cardíaco po-dem acompanhar as 14 esta-ções da Via Sacra. Bastam 20 minutos para chegar ao pon-to mais alto e apreciar melhor a região montanhosa da re-gião. Devido à celebração da Profissão Solene na Igreja do

belo santuário coincide com a presen-ça franciscana missionária dos frades alemães que vieram para restaurar a Província da Imaculada Conceição. O primeiro grupo de franciscanos a

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[coMUNIcAÇÕES] 659

Fraternidades

uma pequena capela. João Gustavo Statzner, casado com uma das filhos do casal Meyer, e avô de Frei Camilo da Silva, era um fiel frequentador da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, fazendo parte do coro de cantores formado por operários. A seu convite, esse coro de cantores um dia foi con-vidado para conhecer esta pequena capela. O grupo, acompanhado por Frei Estanislau, mal coube dentro da pequena construção. Mas a pequena ermida cativou os visitantes, que ime-diatamente se juntaram para evitar um processo de corrosão em estado avançado. Desde logo, os cantores ofereceram alguns milhares de tijolos, atendendo ao apelo de André Deister, a quem coube a ideia de reconstruir esse espaço sagrado.

Foi nessa época que o Convento do Sagrado adquiriu o morro, pagan-do por ele a importância de um conto

que veio conhecer a nova capela. Frei Humberto Zeller, um dos

primeiros capelães, teve o cuidado de construir uma estrada para que a su-bida fosse mais confortável de carro, principalmente para pessoas idosas.

Em 1919, a igreja do Sagrado Co-ração de Jesus passou por uma refor-ma e um dos altares laterais em esti-lo gótico foi doado para a capela no morro do Bingen, a fim de substituir o primeiro que apresentava as linhas do estilo colonial. Dois vitrais belíssimos também acompanharam essa doação e as simples estações da Via Sacra na ladeira da colina se tornaram sólidas capelinhas.

No ano de 1946, a Capela foi com-pletamente reformada e aumenta-da - ficou em pé somente a torre da construção anterior - e pôde celebrar solenemente, em 1951, o seu cinquen-tenário.

chefiou a empreitada. Frei Estanislau traçou as plantas e a obra se tornou uma realidade. Frei Jacob também cuidou de construir a Igreja viva do Bingen, ao fundar a Liga de Nossa Se-nhora Auxiliadora. Em 4 de agosto de

se instalar em Petrópo-lis tinha três frades: Frei Ciríaco Hielscher, Frei Zeno Wallbröhl e Frei Mariano (irmão leigo). A comunidade francis-cana do Sagrado foi fun-dada no dia 16 de janei-ro de 1896.

No ano de 1899, a família Meyer havia construído no morro

1901, às 15 horas, Frei Ciríaco benzeu o lindo estandarte da Liga de N. S. Auxiliadora.

O novo templo foi inaugurado e abençoa-do no dia 8 de outubro de 1901, pelo bispo dio-cesano Dom Francisco do Rêgo Maia. A Mis-sa precisou ser campal para acolher a multidão

de réis, e dando-lhe a deno-minação de São Francisco. O mestre de obras, Jorge Justen, comandou a constru-ção, tendo apoio de famílias como os Winter, Troyack, Justen Vogel e outras. No ano seguinte, a capelinha estava reconstruída e na se-gunda visita dos cantores, surgiu a iniciativa de fazer um templo maior ainda. Os frades do Sagrado concor-daram e, com o apoio das famílias, Frei Jacob Hoefer

Lugar silencioso, próprio para o recolhimento, é tam-bém uma comunidade aco-lhedora como se pôde ver na Celebração Eucarística deste domingo. A tradição comunitária continua como antigamente, e os fiéis agora se unem vendendo pastéis e salgados depois da Missa para angariar fundos visan-do a nova reforma no entor-no da igreja.

Moacir Beggo

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660 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Fraternidades

“com Francisco, por uma Igreja em saída”. Este foi o lema das Missões Fran-ciscanas que, entre os dias

14 e 16 de outubro de 2016, animou mais de 70 franciscanos e franciscanas do Regional Rio de Janeiro – Espírito Santo a superarem os medos e subi-rem o morro da Rocinha. Religiosos e religiosas de várias denominações franciscanas, leigos e leigas da Or-dem Franciscana Secular, jovens da Jufra (Juventude Franciscana), jovens religiosos e religiosas em formação, juntamente com os leigos e leigas da Paróquia Nossa Senhora da Boa Via-gem, tiveram a oportunidade de colo-car em prática, ao menos por alguns dias, este mandato do papa Francisco de “ser Igreja em saída”. A realização destas missões foi a forma como o Regional encontrou para celebrar seu Capítulo das Esteiras, evento que se realiza a cada três anos, celebrando o primeiro encontro de São Francis-co de Assis com todos os seus frades. Como não tinham onde dormir, dor-miam em esteiras. Na Rocinha, graças à generosidade dos paroquianos, os missionários foram muito bem aco-

modados no Hotel Boa Viagem, ao lado da paróquia. Uma apresentação sobre a história da comunidade e da paróquia da Rocinha ajudou a situ-ar os que estavam chegando. Alguns momentos de mística permitiram um aprofundamento sobre o modo fran-ciscano de evangelizar. Uma apresen-tação sobre a conjuntura política atual fez os missionários se questionarem sobre a importância da relação entre franciscanismo, fé e política. Foram dias de profunda convivência fran-ciscana, experiência missionária e evangelizadora. Os missionários fran-ciscanos, unidos aos missionários da paróquia, percorreram as ruas, vielas, becos e morros da Rocinha, visitando as famílias, levando uma palavra de conforto, de esperança, e anuncian-do a Boa Nova de Jesus. Alguns mo-mentos celebrativos fortes marcaram a missão, como a celebração do envio, a procissão e entronização da imagem de São Francisco das Chagas na Ca-pela de Nossa Senhora Aparecida, no Largo do Boiadeiro. Lá o Reitor do Santuário de São Francisco das Cha-gas do Canindé mandou uma bênção especial para a comunidade da Ro-

missÕes Franciscanas na rocinHa

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Fraternidades

cinha, que foi transmitida durante a celebração. A imensa maioria de habitantes da Rocinha é de nor-destinos ou descendentes, e destes, a maioria é de ce-arenses, muito devotos de São Francisco das Chagas. A missa de encerramento na praia de São Conrado, domingo à tarde, também foi um momento intenso de devoção e fé. Duas irmãs clarissas do Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, da Gávea, fizeram-se presentes, completando assim o carisma francisca-no. Os missionários encontraram-se com as crianças da catequese da matriz e das capelas, com os jovens do catecumenato, com os casais, além de animarem as várias missas do domingo na matriz e nas capelas. As experiências da missão foram partilhadas na tar-de de domingo, antes da missa de encerramento. Os relatos dos missionários, alguns deles muito emocio-nantes, deixaram transparecer a urgência de sermos, de fato, uma Igreja em saída. Vários missionários acentuaram a sede que o povo tem de externar seus sentimentos, a necessidade de serem ouvidos, mas sublinharam também a alegria e esperança da maio-ria daqueles que, mesmo vivendo em condições sub- humanas não deixam de acreditar na vida. Merece um destaque particular o empenho e dedicação dos membros da paróquia envolvidos com a missão. A calorosa acolhida, o cuidado e dedicação nos diver-sos serviços, a disponibilidade no acompanhamento dos missionários nas visitas às famílias, o carinho no preparo do ambiente, na alimentação, nas cele-brações, são a prova de que a Paróquia da Rocinha abraçou a missão de coração. Na avaliação final os missionários destacaram também a mudança da imagem que tinham da Rocinha. Perceberam que os problemas existem sim, e puderam se deparar con-cretamente com eles nos becos e vielas da comuni-dade. Mas perceberam que é um lugar onde também é possível ser feliz, onde é possível viver e celebrar a própria fé, onde, como em todos os lugares do mun-do, a vida viceja e brota cheia de vigor, de talento e de criatividade, mesmo em meio aos imensos desafios e obstáculos a ela impostos. Para a paróquia da Ro-cinha este fim de semana de missão foi apenas o iní-cio de um trabalho que deve estender-se por todos os dias do ano, aproveitando o entusiasmo e vigor despertados por este bonito movimento. Em todos ficou impressa a certeza de o vigor que brota do ca-risma de Francisco e Clara continua contagiando homens e mulheres no anúncio do Evangelho.

Frei Sandro Roberto da Costa

no dia 24 de setembro de 2016, a Comunidade da Pa-róquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha, reuniu-se para a celebração de posse de seu novo pá-roco, Frei Sandro Roberto da Costa. A celebração foi

presidida pelo Rev.mo. Sr. Cônego Robert Jósef Chrzaszcz, Vigário Episcopal do Vicariato Jacarepaguá, e concelebrada pelos Freis José Francisco de Cássia dos Santos, Definidor da Província, e Frei Germano Guesser, coordenador provincial da Frente de Evangelização das Paróquias, Santuários e Cen-tros de Acolhimento.

Além de grande participação do povo, estavam presentes também Frei Plínio Gande da Silva, da Fraternidade Nossa Senhora Aparecida, de Nilópolis, que já morou na Rocinha, e Frei Marcos Koneski, da Fraternidade de São João de Me-riti. Alguns momentos simbólicos, que fazem parte do rito de posse, marcaram a celebração, como a leitura da provisão do novo pároco e a renovação das promessas sacerdotais. O pároco também renovou a sua profissão de fé, e recebeu das mãos do Vigário Episcopal os símbolos que fazem parte de seu pastoreio à frente da comunidade: a estola, as chaves da igreja e do sacrário, sinal da centralidade da Eucaristia na vida da comunidade. Frei Germano Guesser proferiu a ho-milia, destacando as responsabilidades que fazem parte do ofício assumido pelo novo pároco. Padre Robert também conclamou os fiéis a apoiarem o novo pároco. O juramento de fidelidade foi feito no encerramento da celebração. Após a fala de vários membros da Paróquia, o novo pároco agrade-ceu a todos pelo carinho e presença. Após a celebração todos foram convidados a participar de uma animada noite de pi-zza, promovida pela pastoral do dízimo da paróquia.

Frei sandro Toma Posse na ParóQuia da rocinHa

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Fraternidades

o Regional do Leste Catarinen-se esteve reunido nos dias 26 e 27 de setembro na Fraterni-

dade Nossa Senhora da Conceição, em Angelina-SC. A fraternidade lo-cal acolheu a todos os confrades na alegria e na simplicidade da cortesia franciscana. Participaram conosco deste encontro os jovens aspirantes que realizam a experiência das FAVs em duas de nossas fraternidades: Em Forquilhinha, os aspirantes Samuel Schneider Pimentel e Sérgio Hide Honna, e em Santo Amaro da Impe-ratriz, os aspirantes Gabriel Nogueira Alves e Yves da Costa Bernardes Leite.

A pauta de nossa reunião continha os seguintes assuntos: leitura e reflexão

do texto do Ministro Provincial por ocasião da Solenidade de São Francis-co; a experiência dos aspirantes neste tempo formativo em nossas fraterni-dades; apresentação do Projeto de Vida e Missão da Fraternidade de Angelina e a partilha da convivência e da missão de nossas fraternidades.

Outros assuntos também somaram a nossa pauta. Foi discutida a dificul-dade de utilização do Plano de Saúde Caixa Seguradora na região de Floria-nópolis e de Criciúma. Nenhuma das fraternidades conseguiu utilizar este serviço. Foi então apresentada outra proposta de Plano de Saúde com um melhor atendimento nessas duas re-giões. O tema redimensionamento

novamente ganhou espaço em nossa reunião. Buscam-se diálogos com os Bispos Diocesanos para encontrarmos alguma proposta nesta questão. Tam-bém algumas notícias do Definitório foram compartilhadas pelo Definidor Frei João Mannes que, com tranquili-dade e transparência, foi respondendo às dúvidas e questionamentos dos ir-mãos.

Aproveitamos a oportunidade de estarmos no Santuário de Angeli-na para juntos rezarmos e fazermos nossa devoção a Nossa Senhora. Os aspirantes prepararam este momen-to devocional, tendo início na Igreja Matriz, seguido da peregrinação até a gruta. Diante da imagem de Nossa Senhora rezamos pelas nossas frater-nidades e por toda nossa Província.

Nosso próximo encontro do Re-gional acontecerá nos dias 12 e 13 de dezembro. A Fraternidade de Floria-nópolis organizará este Regional que será também recreativo. Se houver sol, tudo indica que teremos praia... Paz e bem a todos!

Frei Daniel Dellandrea

no dia 16 de outubro, organizado pelo grupo Geração Força Jovem, foi realizado o 5º Torneio Bíblico da Pa-róquia Santo Antônio de Sorocaba (SP), no Centro

de Pastoral, envolvendo cerca de 60 jovens crismandos. Por meio de brincadeiras e dinâmicas, também foram arreca-dados produtos de limpeza e de higiene para ajudar as co-munidades necessitadas.

O Torneio Bíblico tem como objetivo instruir os jo-vens para a Crisma de uma forma contagiante e jovial, promovendo o evangelho de Lucas e divulgando o Ano da Misericórdia através de recreações e muita música (parti-cipação da banda Moriá). A Paróquia Santo Antônio conta com o projeto CANÁ, a última etapa para o sacramento da

sorocaBa: Torneio BíBlico na ParóQuia sanTo anTônio

Crisma. Há cinco anos, o Grupo Geração vem promoven-do retiros e torneios, conquistando cada vez mais jovens a confirmar o amor de Cristo.

FraTernidade de anGelinaacolHe o enconTro do reGional

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Fraternidades

o tradicional Convento São Francisco, no Centro de São Paulo, que guarda tesouros

da arte religiosa barroca, abriu as portas para uma nova exposição de arte. Desta vez, é o ator e artis-ta plástico Thiago Mendonça que apresenta o seu projeto artístico em “Franciscos”. O ator, que ficou conhecido com o dramático per-sonagem na novela “Em Família”, retrata São Francisco e seus segui-dores com uma técnica bem curio-sa. As telas, que mais se parecem com mosaicos, são produzidas em papelão, material que seria descar-tável, mas que nas mãos do artista se transforma em arte.

Montada no interior do claustro do Convento, a mostra faz 12 repre-sentações de vários franciscanos e franciscanas que marcaram a vida da Igreja e leva o visitante a uma re-flexão sobre a proposta franciscana de fé e ação. No mesmo local onde tantas pessoas são ajudadas com as ações sociais promovidas pelos fran-ciscanos, e de alguma forma têm suas vidas transformadas, a expo-sição traça um paralelo entre o que viveu São Francisco, em sua prática de simplicidade, de ser menor e va-lorizar aqueles que são excluídos, e a própria concepção da obra. “Vejo as pessoas observarem os quadros e, quando elas descobrem que é pa-pelão, não acreditam. Isso é lindo! A fé faz isso também, ela transforma”, sintetiza o autor.

São Francisco, Santa Clara, Frei Damião e até o Papa Francisco são retratados, de uma forma colorida, e próxima do cotidiano brasileiro. Em uma das telas, São Francisco aparece com um cocar de índios, ressaltando

de 23 a 25 de setembro os frades estudantes de Teologia, em Pe-trópolis, realizaram o seu retiro

anual no convento Sagrado Coração de Jesus. Frei Walter Hugo de Al-meida foi o pregador para o tema proposto: “O sentido da vocação”. No primeiro dia, refletiu-se sobre o valor e a unicidade da vida: a relação consigo mesmo. A vocação primeira do ser humano é a vida. Cada ser humano foi criado único, porém cada um na sua individualidade é imagem e semelhança de Deus, ra-zão pela qual todos, “santos e peca-dores” são convidados a colaborar na obra da criação.

No segundo dia, o sentido da vocação batismal: relação com o ou-tro. Pelo batismo todos se tornam filhos do mesmo Pai. Sendo assim, o outro, mesmo que diferente, tem a sua importância na vida de cada um. Aliás, os melhores grupos são aqueles compostos por pessoas di-ferentes. O frade menor precisa das simpatias e das antipatias. Para po-der amar é preciso aprender a viver nas diferenças, concluiu Frei Walter.

No terceiro dia, a reflexão ficou em torno da vocação franciscana: re-lação com Deus através dos irmãos. Ser franciscano - disse Frei Walter - é abraçar a todos e a tudo incondi-cionalmente. Ninguém gosta de ser abraçado pela metade. Esse abraço incondicional passa pela vivência dos conselhos evangélicos que es-tão intimamente ligados entre si. Na Missa do encerramento foi feito um momento penitencial, onde Frei Walter deu a absolvição comunitá-ria. Através das suas falas poéticas e rimadas, linguagem bem articula-da, gargalhadas e empolgações, Frei Walter manifestava, na simplicida-de, a alegria de ser franciscano. Sua presença em nosso meio foi muito significativa. Foram dias de inten-sas reflexões e celebrações. Por isso aqui fica o agradecimento de todos os frades estudantes !

Frei Ermelindo Francisco Bambi

reTiro anual dos Frades esTudanTes de TeoloGia

“Franciscos”, rosTos do sanTo de assis

os primeiros povos de nossas terras e nossa brasilidade. Para Thiago, essa inculturação causa no visitante uma proximidade com as figuras re-tratadas. “Eu estou no Brasil, então fiquei pensando como seria se Fran-cisco tivesse passado por aqui, como seria sua atuação”, diz.

A exposição busca levar a men-sagem franciscana de tolerância, de paz e bem e a do próprio Francisco de ser um santo sem restrições, que conquista a todos sem julgamentos e que está de braços abertos. “Aqui frequentam e transitam tantas pes-soas por esse Convento, e isso é tão lindo, tão legal, pois você vê que é um lugar aberto, de todos”, finaliza o artista plástico.

Convento São FranciscoLargo São Francisco, 133Tel: (11) 2391-2400

Texto: Everton Calício Foto: Ana Lucia Armigliato

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a assembleia dos ministros e serviços da conferência dos Frades menores do Brasil aconteceu em rondinha, de 19 a 23 de setembro. a Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil sediou este encontro, que reuniu aproximadamente 70 frades. além da Província, estiveram presentes as instituições: Província

Franciscana de santo antônio do Brasil, de recife (Pe); Província Franciscana da santa cruz, de Belo Horizonte (mG); Província Franciscana de são Francisco de assis, de Porto alegre (rs); custódia Franciscana das sete alegrias de nossa senhora, de campo Grande (ms); Província do santíssimo nome de Jesus, de anápolis (Go); custódia são Benedito da amazônia, de santarém (Pa); Província Franciscana nossa senhora da assunção, de

Bacabal (ma); e custódia Franciscana do sagrado coração de Jesus, de são José do rio Preto (sP).

1º dia

a Assembleia Ampliada da CFMB (Conferência dos Frades Meno-res do Brasil), agendada para os

dias 20 a 23 de setembro, aconteceu, desta vez, na Fraternidade São Boa-ventura, em Campo Largo (PR). Ela acontece a cada três anos, como par-te de uma caminhada em comunhão das diversas entidades da Ordem dos Frades Menores, pensando direcio-namentos comuns e atividades que promovam a entreajuda e partilha de

experiências. Neste ano, participaram da assembleia, cerca de 70 frades.

O primeiro dia da assembleia (20/09) iniciou-se com a Celebração Eucarística presidida por Frei Fidên-cio Vanboemmel, ministro provincial da Província Franciscana da Imacula-da Conceição do Brasil. Ele acolheu a todos os frades, como ministro da província anfitriã do encontro, e, em sua homilia, explicou a todos o pro-fundo significado na arte da capela

daquela fraternidade. Sobre como o artista imprimiu a dimensão do Cân-tico do Irmão Sol, a beleza da criação; a caminhada de seguimento de Jesus Cristo que implica na cruz; e a forma de fazê-lo, seja pela intercessão de Ma-ria e a Eucaristia. Uma vez celebrado o sacramento, todos se voltariam para a saída, onde passariam por Santa Clara e o ostensório, indicando que o sacra-mento celebrado nos acompanhará, e São Francisco e o leproso, lembrando

CFMB

assemBleia amPliada da cFmB

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que o sacramento implica no teste-munho e vivência concreta daquilo em que se acredita.

Frei Fidêncio, partindo do evan-gelho proclamado no dia (Lc 8,19-21), lembrou que para pertencer à família de Deus é necessário ouvir e colocar em prática aquilo que ele anunciou, assim como o fez Maria, com o seu “Faça-se em mim segun-do a tua palavra”, permitindo que sua vida fosse transformada pela vontade de Deus. Esta é a vocação do frade menor, chamado a confiar sua vida a Deus e permitir-se ser instrumento de transformação se-gundo o projeto de Deus.

Como de costume, o primeiro dia foi dedicado ao estudo em conjunto. O palestrante convidado foi Dom Belisário da Silva, Arcebispo da Ar-quidiocese de São Luís do Maranhão, também franciscano da Província da Santa Cruz. O tema abordado por ele foi “Uma Igreja em saída: como formar para a missão”. Dom Belisário apoiou-se no documento “A Alegria do Evangelho” e em uma reflexão do Papa Francisco dirigida às Conferên-cias Episcopais da América Latina (CELAM) sobre as tentações ao ape-lo da missionariedade, para apresen-tar elementos do que se espera dos frades nesta nova etapa da evangeli-zação da Igreja.

Após o estudo promovido por Dom Belisário, os frades do Secre-

2º dia

tariado Interprovincial Franciscano de Evangelização e Missão (SIFEM) apresentaram um vídeo que resu-miu as atividades promovidas pelo JPIC no triênio. E, logo em seguida, Frei Pedro apresentou aos confrades o Projeto Amazônia, uma iniciati-va abraçada pela CFMB que inclui ações tanto em terras nacionais quanto em outros países que fazem parte da Amazônia Legal. A ideia era que os frades pudessem conhe-cer o projeto, as atividades lá desem-penhadas, os desafios enfrentados e, assim, se lembrassem de que esta é

uma região que grita pela presença da Ordem e que sempre novos mis-sionários são muito bem vindos e necessários.

Encerrado este tempo de reunião, os frades se reuniram para a oração da tarde e seguiram para o jantar recreio, momento de confraternização, de conhecer-se melhor e descansar para o próximo dia de atividades.

Frei Rodrigo da Silva Santos (texto)

Frei Augusto Luiz Gabriel (fotos e entrevistas)

os participantes iniciaram o dia com a Celebração Eucarística, que foi presidida por Frei Marco

Aurélio da Cruz, Ministro Provincial da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil. Os frades que traba-lham diretamente com o trabalho do Secretariado Interprovincial Francis-cano de Evangelização e Missão (SI-FEM) foram os concelebrantes.

Celebrando a festa de São Mateus, apóstolo e evangelista, Frei Marco Au-rélio enfatizou, em sua homilia, que “A ação de Jesus vai ao encontro daqueles que não encontram uma esperança fir-me de fé. Falando da ação evangeliza-dora de nossas entidades, sentido pelo qual a Conferência se reúne periodica-mente, frisou: “Se a nossa ação evange-lizadora perde a sua força é porque ela

vai perdendo justamente esta unidade evangélica que São Francisco resgatou... Em nossa fraternidade evangelizadora, nossa ação, nosso trabalho e nossa vida sejam voltados para onde se encontram os pobres, que são justamente os desti-natários de Deus”.

Este segundo dia foi voltado para o estudo e a rica partilha feita nos gru-pos e secretariados.

CFMB

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666 [coMUNIcAÇÕES]

CFMB

Os Ministros das 6 Províncias e os Custódios das 3 Custódias da Confe-rência da CFMB, após leitura da ata da última assembleia, ocorrida em Porto Alegre, debruçaram-se sobre várias questões.

Em primeiro lugar, aproveitando a presença de Frei Francisco Carvalho Neto, ecônomo da CFMB, foi feita a prestação de contas das atividades mantidas pela CFMB, especialmente a Missão em Roraima, a contribui-ção à Missão Franciscana da Ordem no Peru, os resultados da coleta para as missões da Amazônia e as demais despesas com viagens e manutenção dos diversos serviços interprovinciais mantidos pela CFMB.

Em segundo lugar, debruçaram-se sobre várias questões que constavam na pauta, entre as quais destacamos: a) A participação dos Serviços da Evan-gelização na Educação no SIFEM, o que já vem ocorrendo; b) Comuni-cação e interprovincialidade (unir forças para sermos mais eficientes na evangelização através dos meios de comunicação); c) Encaminhamentos de frades e leigos para o Curso Master em Evangelização - 2017; d) Possibili-dade de uma reunião interprovincial entre os Secretários das Entidades para troca de experiências e mútua ajuda fraterna; e) Preocupações e questionamentos acerca da possibili-dade de eventualmente o Congresso Continental para a Formação e os Es-tudos da Ordem acontecer ou em São Paulo ou no Rio de Janeiro em 2017; f) A manutenção da Missão Francis-cana em Roraima, bem como a leitura da carta do Ministro Geral que solici-ta frades missionários para diferentes frentes missionárias da Ordem em diferentes partes do mundo; g) Mi-

nistros de referência para os diversos Serviços: Frei Hilton, da Província Santa Cruz, para o Serviço interpro-vincial para a Formação e os Estudos (SERFE) e Frei Flaerdi, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, para o Serviço da Missão e Evangelização (SIFEM) da CFMB.

Também foi lido Decreto da Or-dem pelo qual o Definitório Geral aprovou o Estatuto Peculiar da Confe-rência dos Frades Menores do Brasil, após revisão e adequação aos Docu-mentos da Ordem.

Frei Fidêncio Vanboemmel

No Secretariado Interprovincial Franciscano de Missão e Evangeli-zação (SIFEM), cada membro pôde apresentar brevemente a caminha-da das entidades no tocante à evan-gelização. Destaque-se o Encontro Nacional de Jovens em 2015, que em muitos lugares fez surgir frater-nidade de JUFRA e outros grupos de jovens. Num segundo momento, o grupo se subdividiu, a saber: os secretários de evangelização e mis-são, os membros da JPIC e os da

Pastoral Educativa, cujos objetivos eram traçar metas para o triênio e indicar nomes para compôr a pró-xima equipe executiva do SIFEM. Foram eleitos: Frei César Külkamp, Frei Luis Alberto Mendez e Frei Gilmar Nascimento da Silva. No próximo ano, será indicado um fra-de da Pastoral Educativa. Por fim, pensou-se nas atividades do SIFEM para o próximo triênio.

Frei Oton Júnior

siFem

minisTros e cusTódios

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 667

Evangelização

O Serviço para Formação e Estudos (SERFE), em seu primeiro dia de assem-bleia, iniciou o dia com apresentação do relatório das atividades desenvolvi-das no triênio 2013-2016, que constam de: reunião do Conselho de Articu-lação e Dinamização da Conferência, Experiência Under Ten, para frades de até 10 anos de profissão solene (2014), Curso para Formadores, Guardiães e Animadores Vocacionais (2015), e por último, a Experiência Reviver o Dom

da Vocação (2016). Depois o ecônomo da executiva fez a prestação de contas das receitas e despesas do secretariado. A parte da manhã encerrou-se com a leitura e as alterações dos Estatutos do SERFE para conhecimento dos par-ticipantes. Na parte da tarde, foram encaminhadas as prévias para eleição da nova executiva, onde vários nomes foram indicados. Depois, os grupos se dividiram por serviços: moderadores, formadores, animadores vocacionais e

secretários com a tarefa de apresenta-rem propostas de trabalho para o novo triênio. No período da noite, prosse-guiu-se com o processo eletivo da nova Executiva, onde foram eleitos: Frei Ser-gio Moura (Província Santo Antônio), Frei Leonardo Aureliano e Frei Diego Melo (Província Imaculada Conceição do Brasil). Já o delegado da Conferên-cia ficou para ser eleito no dia seguinte.

Frei Gilberto Magno da Cruz

embora o terceiro dia (22/09) da Assembleia da Conferência dos Frades Menores do Brasil

(CFMB) coincidisse com o início da primavera, o clima paranaense ainda insistia em demonstrar que o inverno não queria dar espaço para a estação das flores. Assim, mesmo com o frio e a garoa, os frades iniciaram as suas atividades alimentando-se da Palavra e da Eucaristia, verdadeiro sentido da ação evangelizadora de todo frade menor.

Presidida por Frei Hilton Farias de Souza, Ministro Provincial da Pro-

víncia de Santa Cruz, a Eucaristia foi celebrada na intenção das vocações religiosas, pedindo não só pelos que se preparam para ingressar em nossa forma de vida, mas também pela per-severança dos que já abraçaram a vida franciscana.

Frei Gilberto Magno da Cruz, em sua homilia, ressaltou a importância de não se perder o verdadeiro encan-to, de estar voltando-se sempre para o primeiro amor, razão de ser de nossa vocação. Além disso, ressaltou que o Papa Francisco tem nos inspirado para não perdermos aquilo que nos

é próprio, lembrando que a nossa so-brevivência depende da nossa capaci-dade de sairmos de nossos comodis-mos e irmos em direção às periferias.

Após a celebração, os frades que pertencem ao SERFE (Serviço para a Formação e Estudos) reuniram--se para a última eleição que ainda restava, escolhendo a Frei Vicente Paulo, da Província de Santa Cruz, como o novo delegado do SERFE. Frei Vicente, que nesse último triênio já tinha sido membro da comissão executiva, agora continua sua ativi-dade representando os Secretários de

serFe

3º dia

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668 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

com preces de gratidão pelo bom êxito da Assembleia Am-pliada da Conferência dos

Frades Menores do Brasil (CFMB) e agraciados com o dom da vida e vocação, os frades reuniram-se na capela da Fraternidade Franciscana São Boaventura logo pela manhã, para iniciar o último dia de trabalhos com a celebração da Santa Missa. O presidente da celebração foi Frei Inácio Delazari, ministro provincial da Província Franciscana São Fran-cisco de Assis, de Porto Alegre (RS), tendo como concelebrantes Frei Cé-sar Külkamp, vigário provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e Frei Vicente Paulo, da Província de Santa Cruz, o novo delegado do SERFE (Serviço para a Formação e Estudos).

Em sua homilia, Frei Inácio des-tacou: “Nos reunimos aqui como ir-mãos e menores do Brasil em nosso tempo. Nós fizemos a experiência de cumprir juntos uma caminhada que nos identifica como frades menores. Viemos dos mais diversos lugares, das mais diversas atividades, e Deus nos

capacitou para trabalharmos e cami-nharmos juntos, refletindo a partir do mesmo enfoque e vivermos o Evange-lho a partir do mesmo espírito de São Francisco e isso, meus confrades, é uma coisa muito bonita”, afirmou.

No final da missa, o celebrante agradeceu com muito carinho à Pro-víncia da Imaculada pela calorosa acolhida.

Após a celebração, os frades reuni-ram-se para a realização de uma ava-liação em seus respectivos grupos. Em seguida, estando a assembleia toda reunida, Frei Inácio, representando os provinciais e custódios, expôs ao grupo uma rica agenda de atividades apresentando as propostas aprova-das e ousadas para o próximo triênio 2016-2019.

Finalizando a assembleia, Frei Inácio leu uma carta do Ministro Ge-ral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, para as Províncias e Custódias das nove entidades da CFMB. Em seguida, convidou a todos para a oração final e bênção de envio.

Frei Augusto Luiz Gabriel

Formação e Estudos de toda a CFMB.Em seguida, como é um costume

já consolidado que a entidade anfitriã do encontro apresente a sua cami-nhada formativa, Frei João Francisco da Silva, Secretário para a Formação e Estudos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, partilhou detalhadamente como se dá o processo formativo na institui-ção. Após a sua fala, houve momento oportuno para perguntas, questiona-mentos e esclarecimentos, tendo em vista que um dos aspectos dessa As-sembleia é exatamente a partilha entre as entidades.

Por fim, encerrando a manhã e com a nova comissão executiva do SERFE completamente composta, houve uma primeira reunião para agendamento dos próximos encon-tros e dos próximos passos a serem dados.

O período da tarde ficou reser-vado para a realização de um passeio fraterno, visitando os pontos turísti-cos de Curitiba. E ainda nesse clima, à noite realizou-se um recreio festivo!

Frei Diego Atalino Melo

encerramenTo

CFMB

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 669

1. Encontro dos Ecônomos. Aprova-do o encontro dos ecônomos/2017 para 22 a 25 de agosto, em Caldas Novas-GO.

2. Seminário com os Ecônomos das Entidades. Foi aprovado um Semi-nário para os Ecônomos de todas as Entidades para o ano de 2018. De-verá ser preparado pelos ecônomos no encontro de 2017.

3. Regimento Econômico para a CFMB. Foi proposto que Frei Francis-co Carvalho elabore uma proposta de Regimento Econômico para a CFMB.

4. Congresso Continental para For-mação e Estudos. Será de 3 a 10 de setembro de 2017, em São Pau-lo com previsão de 60 a 70 pessoas da América Latina, sem os Estados Unidos e Canadá. Por Província deverão participar o Secretário de Formação, o Moderador da For-mação Permanente e o Animador Vocacional. Das Custódias, 2 frades encarregados pela Formação

5. Participação do serviço da Edu-cação no SIFEM. A CFMB apro-vou que a Pastoral Educativa faça parte do SIFEM. Deverão elaborar o Regimento Interno para ser apro-vado pela CFMB, eleger um mem-bro para compor a Executiva do SIFEM e iniciar o seu trabalho de forma articulada como organismo da CFMB.

6. Estatutos da CFMB. O Definitó-rio Geral aprovou o Estatuto Pe-culiar que foi revisado. Com esta aprovação, o Presidente da CFMB, Frei Inácio promulgou os novos Es-tatutos Peculiares.

7. Arquivo da CFMB. A Cúria da Província da Imaculada guardará o arquivo da CFMB.

8. Projeto de articulação e comu-nicação em nível de CFMB. Foi aprovado o Projeto de Frei Gusta-vo Medela, Frei Marcos Carvalho e Frei Malone Rodrigues, de um en-contro ampliado de frades, referên-

cia para Comunicação, para pensar em possíveis propostas conjuntas. Acontecerá no primeiro semestre de 2017, com data e local a serem definidos.

9. Pedido do Ministro Geral para missionários. O Ministro Geral enviou pedido de missionários para as frentes missionárias da Ordem, mas a CFMB já tem 27 frades em missões, por isso não poderá aten-der ao pedido do Ministro.

10. Encontro de Secretários Provin-ciais da CFMB. Foi aprovado um encontro em nível de CFMB para os Secretários provinciais, tratan-do dos procedimentos, prontu-ários provinciais e junto à Cúria Geral. Deverá acontecer em Divi-nópolis, e ser articulado pelo Frei Saulo, da Província Santa Cruz, e Frei Walter, da Província da Ima-culada, com a data sendo comuni-cada posteriormente.

11. Ministro referencial para o SI-

encaminHamenTos

CFMB

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670 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

FEM. Frei Flaerdi foi nomeado para este serviço.

12. Atividades do SERFE para o tri-ênio:

A) CAD: 01 a 05 de maio/2017. Tema: Interprovincialidade. Local: Cam-po Grande-MS.

B) Under Ten Ano: 2017. Local: Amazônia. Data: época das cheias.

C) Curso de Formadores - Local: Petrópolis. Data: março e julho de 2018.

D) Assembleia do SERFE. Tema: A ser definido pela executiva em diálogo com os Provinciais. Data: Julho/2019. Local: Rio Grande do Sul.

E) Reavivar o Dom da Vocação. Data: Maio/2019. A Executiva, em diálogo com os Ministros, avalie e proponha uma equipe para asses-sorar e acompanhar a experiência.

F) Estatuto do SERFE. Foi aprovada a alteração que determina: em caso de um dos membros da Executiva deixar a mesma, a CFMB indique o seu substituto. Esta proposta foi aprovada para esta assembleia, até que seja feita uma revisão no Esta-tuto Peculiar do SERFE.

13. Atividades do SIFEM para o triênio:

2017:• Encontro de reitores de santuários e

párocos – Belo Horizonte de 06 a 10 de março de 2017 e continuar mais um ou dois dias para a especificida-de franciscana.

• Encontro Nacional de Comunicado-res franciscanos

• Encontro com frades da Pastoral Educativa (1º Semestre)

• Encontro ampliado da Pastoral Edu-cativa (2º Semestre), com leigos.

• Congresso do Serviço JPIC das três américas – Anápolis-GO

2018:• III Encontro Nacional da Juventude

– Vila Velha-ES (Santuário do Divi-

no Espírito Santo)• Congresso de Evangelização e Mis-

são para a América Latina e Caribe – Colômbia

• 25 anos da missão franciscana em Boa Vista-RR – Celebração e missão comemorativas

• II Congresso Nacional de Educado-res Franciscanos – Anápolis-GO

Todos os anos:

• 01/09 – Incentivar o dia de oração pelo cuidado da criação

• 27/10 – Incentivar celebrações e preparar subsídio para o Espírito de Assis

• Em torno de 05/09 – motivar a coleta da Amazônia

Em parceria com o SERFE:• Integrar a preparação da experiência

de missa com os frades under ten

Tarefas a serem continuadas:• Os estudos de Fé e Política• Os estudos do documento Laudato Sí

Indicações ousadas:

• Cada entidade brasileira envie um frade para a missão em Boa Vista

• Em vez de abrir novas frentes mis-sionárias, fortalecer, com o envio de frades, as missões Mundurucu e Tyrió.

Próximos encontros do SIFEM:2016: 15 e 16/11 - Planejamento da

Executiva - Fraternidade S. Francisco – Vila Clementino--SP

2017: Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora (Se não puder, na Província São Francisco)

2018: Em Boa Vista-RR – Junto com a celebração e missão comemo-rativas

2019: Com a Assembleia da CFMB, em Porto Alegre

14. Executiva do SERFE: Secretário de Formação e Estudos (Delegado): Frei Vicente Paula – Pro-víncia Santa Cruz

Moderador da Formação Permanen-te: Frei Sérgio Moura – Província San-to AntônioFormador: Frei Leonardo Aureliano – Província da Imaculada ConceiçãoServiço de Animação Vocacional: Frei Diego Atalino de Melo – Província Imaculada ConceiçãoSIFEM: Frei César Külkamp – Pro-víncia Imaculada Conceição

15. Executiva do SIFEM: Secretário para Evangelização e Mis-são (Delegado): Frei César Külkamp – Província ImaculadaModerador ou Secretário das Mis-sões: Frei Gilmar Nascimento da Silva – Província S. AntônioCoordenador do SJPIC: Frei Luís Al-berto Mendez – Província São Fran-ciscoPastoral Educativa: A Pastoral Educa-tiva não indicou ninguém, mas o fará no próximo encontro.

16. AGENDA 2017:Março:27 a 31 – Assembleia da CFMB em Recife/Ipojuca-PEMaio:01 a 05 – Reunião do CAD em Cam-po Grande-MSAgosto:22 a 25 – Encontro de Ecônomos da CFMB em Caldas Novas-GOSetembro:01 – Dia Mundial de Oração pelo cui-dado da criação01 a 09 – Encontro Continental JPIC em Anápolis-GO02 e 03 - Coleta Anual pela Evangeli-zação na Amazônia03 a 10 – Encontro Continental de Formação e Estudos em São Paulo04 – Dia da Amazônia18 a 22 – Assembleia da CFMB em São Luiz-MANovembro:15 e 16 – Reunião de Planejamento da Executiva do SIFEM em São Paulo (Vila Clementino)

CFMB

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 671

Na especial festa de São Lucas, escriba da mansidão e da misericórdia de Deus, e evangelista dos pobres, os Defini-dores iniciaram o primeiro dia de reunião com as Laudes, às 7h30, na igreja paroquial da Vila Clementino, junto à Sede Provincial, em São Paulo. Já na sala do Definitório, às 9h00, Frei Fidêncio abriu a reunião ordinária, dando as boas-vindas a todos. Frei César não se fez presente, devi-do ao capítulo da Custódia São Benedito da Amazônia, da qual foi visitador geral. O moderador das sessões do Defi-nitório foi Frei João Mannes, e grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.

1) Comunicações da Província 2017 – texto de forma-ção permanente

Os Definido-res pondera-ram sobre a temática geral para os textos da sessão de formação per-manente das Comunicações de 2017. E de-cidiram seguir as indicações presentes nas Linhas do De-finitório Geral para a anima-ção do ano de 2017: Frades e Menores rumo à justiça, à paz

e à integridade da Criação. Assim, atenção especial será dada a dois importantes apelos: um da Igreja, com a Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e outro da Fa-mília Franciscana, com a celebração do ano centenário da bula Ite vos, de Leão X (1517), também chamada de bulla unionis. O Definitório espera contar com a ajuda de alguns confrades e também das próprias Frentes de Evangelização na confecção dos textos. Frei James Gi-rardi, animador provincial do serviço JPIC, poderá es-

NOTÍCIAS DO DEFINITÓRIO PROVINCIALSão Paulo, 20 a 22 de outubro de 2016

crever o artigo de abertura do ano. Frei Sandro poderá colaborar com uma apresentação à bula Ite vos. Depois, revezando-se, espera-se que as Frentes possam abordar o assunto JPIC a partir do campo que lhes é próprio. Frei Fidêncio e Frei Gustavo verão juntos como viabili-zar isso tão logo seja possível. É interessante notar que a temática da Ordem para o ano que vem “se casa” com a Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema será: “Fra-ternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e o lema, “Cultivar e guardar a Criação”. Nos meses de maio e outubro, os textos poderão contemplar o Ano Mariano no Brasil.

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672 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

2) Projeto Fraterno de Vida e Missão - apreciação

29 fraternidades enviaram à Secretaria Provincial seu Projeto Fraterno. 15 ainda não o fizeram. Numa primeira abordagem e apreciação, os Definidores mostraram-se contentes com o itinerário de dis-cernimento e comprometimento levado a cabo pela grande maioria das fraternidades que já concluíram a confecção o Projeto. Houve, porém, exceções, o que causa preocupação, pois o Projeto retrata, em grande parte, o “rosto e as mãos” que a fraternidade pretende ter no triênio, levando em conta a quali-ficação de vida desejada. Dispondo-se para a ajuda fraterna, caso seja necessário, os Definidores pedem que as Fraternidades terminem o Projeto até o final de novembro.

3) Avaliação ao término dos estudos em Petrópolis

Seguindo o parecer do Conselho de Formação, o Definitório aprova a orientação de que todos os con-frades estudantes de Petrópolis, ao partirem para a 1ª transferência pós-estudos, recebam, por parte do coetus de formação, uma avaliação, para referência, tenham estes opção laical ou clerical, sejam estes en-caminhados para estágios ou para outras experiências de vida fraterna e de missão.

4) Regimento do Seminário São Francisco - aprovação

O Regimento do Seminário de Ituporanga foi atuali-zado, levando em conta a nova dinâmica da casa que recebe tanto os seminaristas que cursam o 9 º ano do Ensino Fundamental, os do Ensino Médio e aqueles que fazem o Aspirantado. Depois de apreciado pelo Conselho de Formação, os Definidores reunidos aprovaram o Regimento, com a indicação de peque-nos ajustes nos artigos 6 e 42.

5) Petrópolis – Guadalupe – “fechamento” da frater-nidade

Após discutir o parecer do coetus e o dos frades estu-dantes, e por diversos motivos, entre eles a diminui-ção significativa no número de frades estudantes e a falta de professo solene para compor a fraternidade local, o Definitório aprovou que no ano que vem se desconstitua a Fraternidade Nossa Senhora de Gua-dalupe, no Bairro Osvaldo Cruz, em Petrópolis. Além do Sagrado, continuam, assim, como casas de forma-ção, a Fraternidade de Campos Elíseos e a de Imbariê.

6) 1º encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense 2017 – discussão ampliada

O Definitório pede que se inclua na pauta da 1ª reu-nião do ano do Regional Baixada e Serra, a questão do redimensionamento da presença e missão dos frades em Petrópolis, nas várias áreas de trabalho e ação. Os Definidores – ao menos parte deles – se juntarão aos confrades do Regional para repensarem e proporem caminhos de reconfiguração da vida fraterna e da evangelização por eles desenvolvida: formação, paró-quias, instituto, editora, ação social, etc.

7) Estudos de especialização – indicação de nomes

Tendo em conta a premente necessidade de preparar formadores e professores, os Definidores apreciaram a indicação feita pelo Conselho de Formação de no-mes de confrades para estudos de pós-graduação. O fato é que há consenso sobre a urgência de se enca-minharem frades para estudos de especialização, porém o maior obstáculo está na falta de outros que assumam as funções hoje desempenhadas por alguns dos indicados. Encaminhamentos, no entanto, serão feitos necessariamente.

8) Ano Missionário - locais

A anterior reunião do Definitório havia aprovado os candidatos ao Ano Missionário, após o término do curso de Filosofia, em Rondinha. Nesta reunião, fo-ram definidos os lugares:

1) Frei Gabriel Dellandrea – Fraternidade São Fran-cisco, no Largo São Francisco, em São Paulo, a serviço do SAV provincial (seu mestre: Frei Die-go Atalino de Melo);

2) Frei Hugo Câmara dos Santos – missão em Ango-la (seu mestre: Frei Marco Antônio dos Santos);

3) Frei Marcos Schwengber – Fraternidade de San-to Amaro da Imperatriz (seu mestre: Frei Nilton Decker);

9) Frei Roger Strapazzon – continuação do Ano Mis-sionário

Frei Roger, que em 2016, juntamente com Frei Jo-semberg Aranha, assumiu o Ano Missionário junto à Fraternidade Santo Antônio do Pari, em São Paulo, escreveu carta ao Definitório, relatando, primeira-mente, parte da forte experiência que teve no trabalho do Sefras, em especial junto ao povo em situação de rua, ajudando no acolhimento nas noites dos últimos meses. “Recordo com facilidade as primeiras noites, onde o medo e ansiedade misturavam-se. Era fato que um mundo novo estava se abrindo para minha

Definitório Provincial

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 673

experiência vocacional. Parece que as palavras de Cristo: “Venha e veja” eram agora mais pessoais. E foram! A vivência cada vez mais frequente com estes nossos irmãos foi desmistificando um mundo dentro da minha cabeça. Muitas ideias e conceitos tive que deixar no lado de fora do salão São Francisco. Cada vez que entrava naquela “casa” de tantos irmãos, sabia que precisava deixar a realidade se mostrar como ela era. Afinal, era Cristo que tinha feito aquele convite. Ele queria mostrar um mundo novo para mim. Cris-to estava ali, para minha surpresa, não apenas sendo acolhido e cuidado: Ele estava, na verdade, me aco-lhendo”. Na carta Frei Roger também pediu para dar continuidade ao Ano Missionário em 2017, dispon-do-se à missão de Angola. E recebeu aprovação. Seu mestre será Frei Marco Antônio dos Santos.

10) Encontro com os coordenadores dos Regionais - preparação

No dia 30 de novembro, em meio à última reunião do Definitório Provincial no ano, haverá o encontro com os coordenadores dos Regionais da Província. Os De-finidores, por isso, se detiveram em levantar pontos para a pauta daquela reunião, que será oportunamen-te explicitada aos participantes na carta convocatória.

11) Frente das Missões - conselho

A Frente das Missões se reuniu no dia 11 de outubro, em Curitiba, para o primeiro encontro provincial deste ano, cuja notícia constará nestas Comunicações. A tô-nica foi o resgate do espírito missionário na Província. A partir das indicações do Plano de Evangelização, os participantes procuraram elaborar um plano de ação, que ainda está sendo apreciado pelos Definidores, tal-vez, em vista de alguns acertos. Na pauta constou ainda a questão dos voluntários, a necessidade da inserção cultural, a continuidade da itinerância da exposição de fotos sobre a FIMDA pelas casas da Província, o apoio aos frades em missão ad gentes, e a elaboração de um subsídio sobre as missões, entre outros.

O Definitório aprovou os frades indicados para com-porem um conselho da Frente das Missões. Trata-se de equipe de animação missionária, formada por um representante de cada Regional:

1) Espírito Santo - Frei Mário Stein;2) Serra e Baixada Fluminense - Frei João Canjen-

jenga; 3) Rio de Janeiro e Baixada Fluminense - Frei Plí-

nio Gande; 

4) Vale do Paraíba - Frei Jeâ Paulo; 5) São Paulo - Frei Alex Ferreira da Silva, Frei Al-

vaci Mendes (Pró-Vocações) e César Külkamp (Secretário da Evangelização);

6) Agudos - Frei Vanilton Leme;7) Curitiba - Frei Jean Ajluni;8) Pato Branco - Frei Angelo Vanazzi;9) Contestado - Frei Antônio Mazzucco;10) Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí - Frei

Robson Scudela;11) Leste Catarinense - Frei Ivo Müller (Terra Santa);12) Vale do Itajaí - Frei Jorge Lázaro;

12) Frente da Comunicação – Convento da Penha

Frei Gustavo comunicou que a Fraternidade do Con-vento da Penha, em Vila Velha, abraçou alguns pro-jetos ousados em termos de Comunicação, com ini-ciativas envolvendo rádio, TV e também estratégias em torno da divulgação e apresentação da Festa da Penha. O Santuário apresenta grande potencial e ape-lo junto ao povo. As iniciativas têm tudo para alcan-çar êxito. A transmissão da missa dominical das 9h00 pela TVE-Espírito Santo teve início do dia 9 de ou-tubro. As duas edições que foram ao ar tiveram exce-lente repercussão. Também há a transmissão ao vivo pelo Facebook. A preocupação maior no momento é conseguir patrocinadores para estas iniciativas, espe-cialmente a transmissão televisiva da missa. O espaço é cedido gratuitamente pela TVE. Mas há o custo da produtora que faz o serviço de captação e transmissão das imagens. Como TV pública, a TVE não pode exi-bir anúncios publicitários, mas permite o apoio cul-tural de parceiros que ajudem a financiar a iniciativa. Nestes dias, Frei Gustavo e Frei Paulo Pereira estão em tratativas com algumas empresas, em vista de par-ceria.

13) Experiência missionária na Amazônia - convite

Em carta de 10 de outubro, publicada nestas Comu-nicações, Frei Atílio convida para mais uma experiên-cia missionária na Amazônia, mais especificamente em Caballo Cocha, no Peru, de 9 de janeiro a 3 de fevereiro de 2017. Frei Atílio lembra que por quatro anos seguidos, no mês de janeiro, vem se realizando essa experiência missionária em diferentes lugares da Amazônia Peruana. O convite se estende aos irmãos da Ordem em suas diversas entidades da América Latina, às religiosas, leigos e leigas. Alguns frades da Província já participaram e fazem avaliação muito positiva. A carta de Frei Atílio traz motivações, obje-

Definitório Provincial

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674 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

tivos, datas a considerar e orientações práticas. A data limite para inscrições é 8 de dezembro. As vagas são 25. Interessados podem entrar em contato com Frei Walter, secretário.

14) Transferências

1) Frei Leonardo Pinto dos Santos – da Fraterni-dade Nossa Senhora da Conceição, de Paty do Alferes, para a Fraternidade Santo Antônio, no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, para servi-ços fraternos;

2) Frei Plínio Gande da Silva – da Fraternidade Nossa Senhora Aparecida, de Nilópolis, para a Fraternidade Santo Antônio – Antonianum -, de Roma, Itália, para trabalhar na cafeteria. A pedi-do do Ministro Geral;

3) Frei André Gurzysnski – da Fraternidade da Porciúncula, de Viana, para a Fraternidade São Damião, de Malange, Angola, a serviço da evan-gelização;

15) Nomeações

1) Frei Miguel da Cruz – vice-coordenador do Re-gional do Planalto Catarinense e do Alto Vale do Itajaí;

2) Frei Ricardo Backes – assistente espiritual da Fraternidade OFS São Francisco de Assis, de Tu-barão, SC;

3) Frei José Alamiro Andrade Silva – assistente es-piritual da Fraternidade OFS Santo Antônio, do Largo da Carioca, do Rio de Janeiro;

16) Frei Neuri F. Reinisch – curso em radiodifusão

Com parecer positivo da Frente de Comunicação e do Definitório Provincial, Frei Neuri F. Reinisch está fazendo, em Pato Branco, curso em gestão de Radio-difusão, na UNINTER, em Pato Branco, com duração de 9 meses.

17) Pari – Sefras – comissão

O Definitório aprovou que a sede administrati-va do Sefras se transfira do Pari para patrimônio (casa-sobrado) da Província, na Bela Vista, que até há pouco estava alugado para a Cáritas/São Paulo. A transferência aprovada motivou reflexão sobre perspectivas futuras para a presença e missão da Fraternidade do Pari. Levando em conta sobretudo a gritante mudança socioeconômica no bairro, que se transformou quase totalmente em área de co-mércio popular, e o consequente esvaziamento da comunidade eclesial, o Definitório constituiu uma

comissão para estudar a questão global do Pari, sob os aspectos fraternos, pastorais e econômicos. Ou seja, deverão ser considerados: a missão da fra-ternidade, o patrimônio, o contexto sociocultural e eclesial. Prevendo a parceria com a fraternidade local, a comissão ficou assim constituída: Frei Ger-mano Guesser (coordenador), Frei César Külkamp, Frei Volney Berkenbrock, Frei Mário Tagliari e Frei José Francisco de Cássia dos Santos. Na primeira reunião do Definitório do ano que vem, em feve-reiro, os Definidores esperam contar com os resul-tados do estudo, que serão levados para posterior discussão também na reunião anual dos guardiães e coordenadores, em abril.

Ainda no que se refere ao Sefras, Frei José Francisco apresentou aos Definidores o plano de ação da entida-de para o sexênio 2016-2021, explicitando o processo de construção.

18) Estatutos da Província – promulgação e publicação

Após apreciar as propostas de pequenos acertos aos Estatutos da Província, feitos a partir de indicações do Definitório Geral, que os havia aprovado em 13 de julho de 2016, os Definidores os promulgaram e de-terminaram a sua imediata publicação.

19) Demonstrações financeiras - análise

Os Definidores analisaram as demonstrações finan-ceiras da Província, apresentadas pelo Economato: aplicação financeira das contas centralizadas, fluxo de caixa da Sede Provincial, aplicação financeira nas Fra-ternidades, saldos bancários.

20) Assembleia da CFMB – encaminhamentos

Frei Fidêncio apresentou aos Definidores os enca-minhamentos a serem feitos a partir da Assembleia da CFMB, que aconteceu em Rondinha, de 19 a 23 de setembro deste ano. Nestas Comunicações consta notícia sobre o evento, com as iniciativas e atividades previstas, além de uma agenda.

21) Frei Jean Santos da Silva – mudança de entidade

Frei Jean, professo temporário do 1º ano de Rondi-nha, manifestou o interesse de mudar de entidade OFM, e fazer parte da Província Santo Antônio, com sede em Recife, PE. Frei Jean nasceu no Nordeste e tem lá a sua família. O coetus de Rondinha já enviou parecer ao Ministro Provincial da referida Província, Frei João Amílton dos Santos.

Definitório Provincial

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22) Pe. José Carlos da Silva – incardinação

Em decreto de 1º de agosto de 2016, Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, incardina o Pe. José Carlos da Silva naquela arquidiocese, após uma série de considerandos.

23) Marcos Rubens Ferreira - indulto

Em carta de 5 de outubro de 2016, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, concedeu a Marcos Rubens Ferreira o indulto para deixar a Ordem, com a dispensa dos votos e das demais obrigações derivadas da profissão religiosa.

24) Egressos

1) O noviço Frei Wagner da Silva Neves dei-xou o Noviciado no dia 14 de setembro;

2) Frei Raoni Freitas da Silva, professo temporá-rio do 2º ano de Filosofia, deixou a Ordem no

dia 9 de setembro;3) Frei Siro Armando José Luamba, professo tempo-

rário, estudante de Filosofia, de Luanda, FIMDA;4) Frei Gabriel Sapalo Chico, professo temporá-

rio, estudante de Filosofia, de Luanda, FIMDA;

25) Agenda 2017 (Veja na última página a nova atualização)

encerramento

Ao final da sessão da manhã do dia 20, às 10h30, encerrando a reunião do Definitório Provincial, Frei Fidêncio agradeceu aos Definidores o trabalho de-senvolvido com atenção e cuidado fraternos, e con-vidou-os à oração da Ave-Maria, pedindo à Mãe a intercessão e proteção para a Fraternidade Provin-cial.

Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário

Caros confrades, Paz e Bem!

estamos nos aproximando das Missões Franciscanas da Juventude, de 19 a 22 de janeiro de 2017, em Curitiba – PR. Já na

sua IV edição, tal evento tem se revelado um momento forte de divulgação do carisma fran-ciscano, promoção vocacional e também como forma de proporcionar uma experiência mis-sionária para os jovens de nossas paróquias.

Assim, para que isso aconteça, mais uma vez contamos com o empenho e apoio dos fra-des na divulgação e viabilização da participa-ção de nossos jovens.

data: 19 de janeiro: chegada até às 9h no Convento São Boaventura, em Rondinha, Campo Largo – PR.22 de janeiro: encerramento às 14h, na Paró-quia Bom Jesus, em Curitiba – PR.

Público-alvo:Para jovens de até 30 anos. Menores de 16 de-

Definitório Provincial

NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 675

missÕes Franciscanas da JuvenTude

verão apresentar autorização dos pais.

contribuição:R$ 40,00 por pessoa, com direito a alimentação, hospedagem e camiseta. A conta para depósito desse valor será informada no momento da inscrição.

inscrições:Somente de 1º a 20 de novembro, atra-vés do link https://goo.gl/iMVxRZ Após a inscrição, os jovens poderão baixar um aplicativo onde constará

todas as demais informações sobre as Missões. No mais, desde já agradecemos a to-dos os frades por continuarem apos-tando afetiva e efetivamente nesse trabalho com a juventude de nossa Província.

Fraternalmente,

Frei Diego Atalino de Melo Frei Edvaldo Batista Soares

Serviço de Animação Vocacional

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676 [coMUNIcAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

Evangelização

a Frente de Evangelização das Missões se reuniu no dia 30 de setembro em Curiti-ba para o primeiro encon-

tro provincial deste ano. Depois da oração, Frei Alexandre Magno Cor-deiro da Silva apresentou os nomes dos confrades que foram convida-dos para compor a equipe dos ani-madores desta frente na Província. Também explicou o critério que foi usado para convidar os frades, como o de chamar aqueles que já realiza-ram um trabalho na missão tanto ad gentes como ad intra, e também de convidar aqueles que fazem parte de outras frentes de evangelização, for-mando com isso um elo de unidade e corresponsabilidade na execução dos objetivos e prioridades das Frentes de Evangelização para o sexênio, vis-to que a missão faz parte da vocação do frade menor. Também se levou em conta o critério de contar com um frade de cada Regional para bus-car reforçar ainda mais nossos obje-

tivos: animar e fomentar o espírito missionário de todos os irmãos da Fraternidade Provincial, nos lugares onde vivem e nas atividades apos-tólicas que executam; acompanhar e sustentar os projetos missionários mantidos pela Província e participar de projetos missionários da Ordem.

Desta forma, participaram des-te encontro: Frei César Külkamp, Vigário Provincial; Frei Alexandre Magno, coordenador da Frente das Missões; Frei Jean Ajluni Oliveira, Frei Jorge Lázaro de Souza; Frei Jeâ Paulo Andrade, Frei João Batista Canjenjenga; Frei Robson Scudela e Frei Hugo Câmara dos Santos.

Depois de uma leitura acurada do texto da Frente das Missões do Plano de Evangelização da Província, que narra a sua história missionária (antiga e restaurada), surgiram algu-mas reflexões. Do Plano de Evan-gelização se refletiu também sobre o ponto “por que queremos estar na Frente das Missões” e, desta reunião

FrenTe das missÕes

enconTro Provincial Pede resGaTe do esPíriTo missionÁrio

saíram as ações que serão encaminhadas e avaliadas pelo Definitório Provincial.

Este encontro pediu que se continue a Mostra Fotográfica dos 25 anos da Missão de Angola pelas fra-ternidades da Província. Frei Alexandre Magno ficou responsável por receber e en-caminhar os frades que estão fazendo missão ad gentes, assim como a fraternidade Bom Jesus dos Perdões, onde Frei Alexandre é guardião e pároco, foi escolhida para hospedar os frades, tanto

casa de PiraTuBaA casa de Piratuba (regional Vale do Contestado) estará à disposi-ção, com exclusividade para os frades da Província, no período de 26 de dezembro de 2016 a 10 de janeiro de 2017. Agendar na Fra-ternidade de Concórdia.Grato!

Frei José Idair F. Augusto

os que vêm quanto os que partem em missão. Também se formou uma equipe de apoio aos frades em missão ad gentes, composta por: Frei César Külkamp (Secretário da Evangeliza-ção e Vigário Provincial), Frei Ale-xandre Magno (coordenador da Fren-te das Missões), Frei Alex Ferreira da Silva (Sefras), Sandy Mendonça (ad-vogada da Província), e Adávio Afon-so Ribeiro (a serviço da Província).

No final, os participantes defini-ram que as reuniões desta Frente se-rão semestrais a partir de 2017.

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 677

Evangelização

a Frente de Evangelização da Comunicação se reuniu na quinta-feira, 29 de setem-bro, no campus de Bragança

Paulista da Universidade São Fran-cisco (USF), que está em festa pelos 40 anos de fundação. Os partici-pantes deste encontro regional, que reúne os diferentes serviços desta Província Franciscana da Imacula-da Conceição, puderam conhecer as reformas no prédio da Universidade e atividades que estão sendo realiza-

rém, as pessoas que querem fazer mais reflexão crítica do processo tecnológi-co da midiatização. Assim, penso que estamos ainda aprendendo muito so-bre o que está havendo”, avalia o mestre em Comunicação.

Frei Medella lembrou que o Papa Francisco pede com insistência para se criar em ambientes de encontro. “Como podemos ser promotores des-sa boa comunicação?”, perguntou. Se-gundo o frade, um dos conceitos de evangelizar é provocar e despertar o que o outro tem de melhor. Segundo a coordenadora de Comunicação e Marketing do Bom Jesus, Marília Ro-gacheski, falta um amadurecimento na sociedade para acolher essa gran-de gama de informações produzida

FrenTe da comunicação se reÚne na usFem Comunicação Social pela Univer-sidade Católica de Louvain la Neuve, na Bélgica.

Segundo o filósofo, estamos atra-vessando um período da história da humanidade no qual a midiatização tem preponderância. “Temos a pos-sibilidade de formar uma sociedade quase que hipnotizada pela tecnologia, que faz uso dela somente pela novi-dade”, diz, lembrando que a questão da moda e do status também aparece muito nessas circunstâncias. “Há, po-

pelas mídias sociais e o conhecimen-to para lidar com a rapidez desses meios. Segundo o diretor presidente da CNSP-ASF, Frei Thiago Alexandre Hayakawa, é fazendo bom uso das no-vas ferramentas de comunicação que nasceu o Festival Cultura da Paz, uma atividade que faz parte das festividades dos 40 anos. “Trata-se de uma propos-ta que rompe com o modelo de sala de aula, propiciando uma gama diversifi-cada de atividades. Tudo acontece no hall de entrada do prédio central, onde

a programação é aberta para alunos e professores. Este espaço serviu de atra-tivo para a cultura do encontro”, expli-cou Frei Thiago, acrescentando que se trata de uma proposta a ser criada em outros campi por alunos e professores. “Ela não vem de cima”, adianta.

Em termos estruturais, o prédio central está em obras. No mês de agos-to, foram inaugurados o Salão Nobre Frei Agostinho Salvador Piccolo (in memoriam), o Anfiteatro Frei Fábio Panini (in memoriam), além das duas Sala Web de Aprendizagem. Outra grande obra é o Centro Tecnológico (CT), com área de 1500 m², para ofe-recer aos estudantes atividades práticas durante toda a graduação. No total se-rão sete laboratórios.

das para marcar esta data.O coordenador da Frente

de Evangelização, Frei Gus-tavo Medella, e todos os par-ticipantes dos serviços como o Pró-Vocações, Associação Bom Jesus (Curitiba), Servi-ço Franciscano de Solidarie-dade (Sefras), Sala Francis-cana, Sede Provincial e USF foram acolhidos pelo reitor Joel Alves de Sousa Júnior, que falou deste momento festivo da USF, da impor-tância da comunicação hoje e desse “compartilhamento” de informações que a Frente promo-ve. O encontro foi realizado em uma das recém-inauguradas salas Web de Aprendizagem.

Antes da partilha dos trabalhos, Frei Gustavo propôs a reflexão de uma entrevista do filósofo colombiano Luis Ignacio Sierra Gutiérrez, publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos, sobre a confluência entre o Evangelho e a comunicação. “As pessoas podem ficar fascinadas pelas tecnologias em si mesmas, e não aproveitar a riqueza que elas proporcionam para aprofundar e enriquecer a questão dos vínculos e relações interpessoais ou interculturais que podem vir de uma tecnologia ele-trônica”, alerta o doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos e mestre

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cia a natureza de Deus que é amor, misericórdia, compaixão e bondade. Segundo o frade, o Ano da Misericór-dia é para sentirmos intensamente em nós a alegria de termos sido reencon-trados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, à nossa procura. Enfim, o Ano da Misericórdia é para nos sentirmos tocados e transformados pela miseri-córdia do Senhor e para nos tornar-mos sinais e instrumentos da miseri-

córdia do Pai.Frei João também trouxe aos par-

ticipantes uma explicação a partir da raiz latina da palavra misericórdia, e concluiu que se pode entender literal-mente misericórdia como a ação de ir, de coração aberto e compadecido, ao encontro das pessoas em situação de sofrimento corporal e/ou espiritual; sentir no coração aquilo que a outra pessoa sente; acolher no coração (es-

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curso de Franciscanismo

1º dia

o rosTo da misericórdia em são Francisco e sanTa clara de assis

o tradicional Curso de Franciscanismo, oferecido pela Fraternidade Franciscana São Boaventura, de Campo Largo (PR), acolheu cerca de 100 par-ticipantes nesta 6ª edição. Ainda na segunda-feira

(09/10) dirigiram-se para o Convento irmãos e irmãs de vários lugares, várias congregações e estilos de vida dife-rentes, mas tocados por aquele espírito que vem de Assis.

A abertura oficial do Curso de Franciscanismo

se deu na noite do mesmo dia, onde o coordenador Frei João Mannes deu as boas vindas e apresentou um pouco a casa, a fraternidade e a programação do encontro.

Já na terça feira (11/10), o encontro teve início com a Celebração Eucarística, presidida por Frei Genildo Provin, da Fraternidade Franciscana São José do Pa-trocínio, de Coronel Freitas (SC).

Jesus crisTo: o rosTo da misericórdia do Pai

Frei João Mannes abriu as pales-tras tendo como foco o tema: “Jesus Cristo: o rosto da misericórdia do Pai”. Para tanto, tomou a Bula do Papa Francisco, Misericordiae Vultus, ao expor os motivos da proclamação do Ano Jubilar da Misericórdia. Desta-cou que, com esse Jubileu Extraordi-nário, pretende-se colocar em evidên-

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paço interior) a vida do outro. Não é possível falar de misericórdia sem falar de compaixão, porque é a ca-pacidade efetiva de entrar na pele de quem sofre, portanto, sofrer com ele (compaixão) e que mobiliza as ener-gias todas para a ação de atenção e de socorro.

O palestrante abordou o lema do Ano jubilar: “Misericordiosos como o Pai” e ressaltou que “Deus não rejeita a justiça, mas a engloba e a supera em um evento superior em que se expe-rimenta o amor, que está na base de uma verdadeira justiça” (MV, n. 21).

Por fim, Frei João esclareceu que a missão da Igreja, contemplando o Rosto misericordioso de Jesus Cris-to, é ser missionária da misericórdia. É determinante para a Igreja e para a

credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericór-dia. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai (cf. MV n 11).

Além disso, Frei João destacou que nos tornamos misericordiosos contemplando o rosto amoroso e mi-sericordioso de Jesus Cristo, isto é, centrando nossa existência em Jesus, que viveu totalmente descentrado de si. E terminou a sua explanação com a frase: “O nosso rosto é a primeira no-tícia que o outro tem de nós mesmos”.

maria, ícone da esPiriTualidade

Na parte da tarde, a professora Andreia Cristina Serrato, Doutora

em Teologia e professora na PUC-PR, tratou do tema: “Maria, ícone da es-piritualidade, práxis de misericórdia”. Discorrendo sobre a pessoa de Ma-ria, fez referência ao Papa Francisco, com a seguinte frase: “Se quiser saber quem é, pergunte aos teólogos: se você quiser saber como amá-la, é ne-cessário perguntar ao povo”. Frase que dispensa comentários!

Segundo a palestrante, Maria nos convida a viver a Misericórdia. E ain-da mais. “A presença silenciosa e mo-bilizadora de Maria nos impulsiona para uma presença inspiradora que nos faz sair de nós mesmos para en-trarmos em sintonia com a realidade e suas carências. Maria é o caminho e a ponte que nos levam a nos sensibili-zarmos com as feridas da humanida-de, apontadas por seu Filho. Tal atitu-de misericordiosa nos mobiliza a sair de nosso meio e buscar um horizonte mais amplo: deixar-nos afetar pelo que está marginalizado e que sofre, acolher em nossa vida histórias, pes-soas que estão na ‘periferia’ da socie-dade. Maria embarcou na história da humanidade para transformá-la para sempre, gestando em seu seio o amor. Assim, apresenta, representa, significa e encarna a mãe da misericórdia tra-zendo em seu bojo tantos outros ros-tos e histórias que se identificam com

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“o leProso Foi a ‘PorTa sanTa’ de Francisco”

O segundo dia do Curso iniciou--se com os louvores festivos à Nossa Senhora Aparecida, durante a Cele-bração da Eucaristia, presidida pelo Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Na homilia, Frei Fidên-cio falou sobre a Antífona à Virgem Maria, de São Francisco de Assis, des-tacando que Maria é a “filha e serva do Altíssimo, Mãe do Santíssimo Se-nhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo”.

Já no salão São Boaventura, Frei Fidêncio abordou o tema reservado para este dia (12/10): “A Misericórdia em São Francisco de Assis”. De início narrou, de modo livre, o testemunho de Bartolomeu de Pisa, que relata como Francisco de Assis, após uma visão mística de Jesus e sua Santíssima Mãe, foi pedir ao Papa e alcançou dele a Indulgência Plenária, destacando e comentando três momentos:

“Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igre-

ja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remis-são de todas as culpas”.

“Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.

“Irmãos meus, quero mandar--vos todos ao paraíso!”

Após contato com esse testemu-

nho e explanações, falou que “a Mi-sericórdia foi um tema que muito

preocupou a São Francisco. Talvez seja um dos temas centrais para a vi-vência da fraternidade. Pois, olhando seus Escritos, a palavra misericórdia e similares aparecem quase 50 vezes”. E, para constatar, apresentou alguns trechos dos Escritos nos quais apare-cem a expressão misericórdia, cha-mando a atenção, principalmente, para a Carta a um Ministro. À guisa de compreensão, nesta Carta, Fran-

a mãe do sim, da coragem, do silêncio que perseverou junto com seu Filho. Ela própria não desejou que sua figu-ra constituísse o centro da Igreja, nem exerceu algum tipo de magistério que tirasse a centralidade de Jesus. Ela foi o grão de trigo que morre, mas que depois de morto produz fruto”, des-tacou!

Finalizou sua participação no Curso de Franciscanismo dizendo que somos criados para amar, nada nos é pedido; a consequência dessa criação é amar. Maria entendeu muito bem isso, e quando nós entendemos isso, o serviço se torna amor, doação e entrega.

2º dia

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cisco escreve já muito desgostoso com os problemas da vida fraterna e que por isso quer viver num eremi-tério, que mais importante que viver num eremitério é viver em fraterni-dade, usando de misericórdia. “Esta carta é a carta magna da misericórdia para Francisco”, disse.

Partindo do lema do Ano Santo da Misericórdia: “Misericordiosos como o Pai (Lc 6, 36), o frade destacou que a misericórdia para Francisco é atribu-to de Deus. Primeiro Francisco pensa no Deus misericordioso e lhe faz atri-buições: “Tu és o Santo, Tu és o For-te...” (Louvores ao Deus Altíssimo). Uma atitude necessária em nossas re-

lações fraternas e interpessoais: Sem o exercício da misericórdia no dia a dia da vida fraterna, a vida se torna rígida, pesada e amarga.

Um modo cortês com a criação: Aqui vemos a importância de Fran-cisco diante da misericórdia. Ele con-vida tudo a louvar a misericórdia do Senhor.

Lançando mão do Testamento de São Francisco e das expressões “o Senhor concedeu a mim...” e “eu fiz misericórdia com eles”, Frei Fidêncio disse que “o leproso foi a ‘porta santa’ de Francisco”, ressaltando que a porta deve ser entrada para uma vida nova, transformada. “O passar por esta por-

ta fez com que Francisco se transfor-masse por inteiro. Isso delineou toda a sua vida em fraternidade, na Igreja...”.

Disse que ao passar por esta porta (leproso), Francisco saiu conscien-te, agora tinha um compromisso: as obras de misericórdia. Por isso, enfa-tizou: “As obras de misericórdia nos obrigam a viver num espírito de po-breza, nos livrando da autorreferen-cialidade... As obras de misericórdia, em nossas fraternidades, não podem ser ações facultativas”! E, aludindo ao tema da misericórdia como virtude, convidou: “Precisamos recuperar o profetismo da misericórdia e do dis-cernimento”!

O 3º dia de reflexões (13/10) co-meçou com a celebração da Santa Missa, presidida por Frei Luis Felipe Carneiro Marques, frade conventual. Na homilia, o Frei destacou a impor-tância da dimensão que identifica o amor de Deus Pai para com a reali-dade criada, sobretudo o gênero hu-mano, e advertiu para a postura con-servadora adotada pelo farisaísmo, posicionamento este que não concre-tiza a vivência do amor doação prega-do pelo Cristo e que afasta das boas obras do Reino aqueles que manifes-tam o desejo honesto de percorrer a estrada apontada pelo Senhor Jesus.

Frei Fábio Cesar Gomes, professor do ITF de Petrópolis (RJ), apresen-tou diferentes aspectos que figuram o amor do Pai Celestial a partir da experiência de Santa Clara acerca da misericórdia divina. A manifestação deste “Ato Divino” para com a “pobre-zinha de Assis”, revela a proximidade do Sumo Bem para com a criatura humana, isto é, a condescendência d´Aquele que por amor plasmou céus e terra, concomitantemente, expressa o divino auxílio derramado em pro-fusão sobre aqueles que mais sofrem.

Nesse sentido, a manifestação da graça divina responde senão à miseri-córdia do Senhor, socorro e fortaleza que fora sustento à “fiel seguidora de Francisco”, principalmente nos pro-longados momentos de enfermidade, que consumiram 24 anos de sua exis-tência. Com esta particular graça, a bem-aventurada Clara de Assis fora

nutrida pelo amor doação que pro-cede do Pai das consolações, e nesta via, não só crescia na experiência do gesto divino, mas também o manifes-tava aos pobres do seu tempo. Logo, o coração direcionado aos mais neces-sitados identificava a grande caridade de Deus operada em seu favor.

Segundo o frade, a percepção do

3º dia

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Alegria, partilha, gratidão e despedidas marcaram o último dia (14/10) do Curso de Franciscanismo, na Fraternidade Franciscana São Bo-aventura, em Rondinha (PR). Assim como nos dias anteriores, as ativida-des se iniciaram com a celebração da Santa Missa. O presidente da celebra-ção foi Frei Genildo Provin, da Fra-ternidade Franciscana São José do Patrocínio, de Coronel Freitas (SC).

Em sua homilia, frisou que nos últimos dias refletiu-se so-bre a misericórdia, “e eu acho que hoje é momento em que devemos olhar para o mundo em que vive-mos e percebermos o quanto está necessitando de misericórdia.” E acrescentou: “Após esse tempo de formações e reflexões, acredito que nós temos muita bagagem para oferecer aos outros”.

No Salão São Boaventura, Frei João Mannes propôs um momento de partilha entre os participantes. Para a Irmã Eliane Souza Amaral, “as temáticas trabalhadas são pul-santes e bem acertadas, tocaram as nossas realidades. Vejo que primei-ro se faz necessário vivermos a mi-sericórdia para que automaticamen-te consigamos ser misericórdia. Sou muito grata por esta oportunidade” destacou.

Irmã Carmen Pauletto afirmou

que foi muito positivo o encontro em nível de convivência e de ex-periência fraterna, mas mais ainda quando afirmou que o viver a mi-sericórdia “é um caminho pessoal de cada um de nós, pois à medida em que vamos experimentando a misericórdia, também seremos mi-sericórdia”, sublinhou.

Frei Fidêncio Vanboemmel, ci-tando a Carta Encíclica do Papa Francisco, Laudato Sí, salientou “que a humanidade precisa despertar para uma nova obra de misericórdia, e a nova obra de misericórdia é exata-mente o cuidado da Casa Comum. E eu acho que isso é muito forte, por isso o Papa usa a expressão: ‘Conver-são Ecológica’, pois nós precisamos, de certa forma, mudar de rumo e direção. Nesse documento existem muitos elementos, e nós, a partir de nossa espiritualidade franciscana, devemos nos perguntar: Como nos relacionamos com tudo o que nos cerca?”, indagou Frei Fidêncio.

Frei João agradeceu a presen-ça de todos e encerrou o Curso de Franciscanismo. Paz e Bem e até o próximo!

Equipe: Frei Augusto Luiz Gabriel, Frei Zilmar

A.M. de Oliveira, Frei Thiago da Silva Soares.

“Pai das misericórdias” como aquele que ampara a criatura em suas ne-cessidades, movia o coração da Bem--aventurada às situações limites da condição humana, de forma que, sob o olhar amoroso do Autor e dispensa-dor de todo o bem, nutria as suas ir-mãs com o dom recebido, através dos serviços fraternos e da doação total do próprio ser, caminho este que figura a perfeita conformação à vida do Ama-do – o Cristo Jesus.

Consciente dos favores que rece-bera do Altíssimo, Santa Clara co-munica a bondade de Deus a partir da experiência que fez da misericór-dia divina. Deste ponto abordado, a forma de vida assumida por ela e suas irmãs procura adentrar na di-nâmica do modo de ser da doação do Pai, isto é, ser misericordioso como o Sumo Bem é misericordio-so. No seu Testamento, Clara regis-tra toda a sua gratidão pelo bene-fício da vocação, que responde ao gesto amoroso de Deus Pai em seu favor. Logo, conforme exposto por Frei Fábio, a Santa de Assis conside-ra o dom da vocação como sendo a expressão máxima da gratuidade do próprio Deus, reconhecendo em ta-manha dádiva, a santa operação do Senhor.

Portanto, em Santa Clara, a te-mática da misericórdia compreende a bondade de Deus derramada em favor dos homens. Segundo a experi-ência registrada em legenda que narra alguns aspectos da sua vida, o Altís-simo é descrito como o Pai que se comove pela miséria dos seus filhos, é aquele que vem em socorro da fra-queza humana. Entretanto, no cami-nho assumido pela bem-aventurada de Assis, a misericórdia divina fora também assumida como forma de vida e resposta à gratuidade do Sumo Bem, gesto que também traduziu a vontade do Filho e que congregou ou-tras mulheres no santo serviço.

encerramenTo

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o dia frio na capital paulista, que mais parecia continuação do inverno do que a estação primaveril, não desanimou a

Família Franciscana do Regional de São Paulo, que se encontrou pela 35ª vez no ginásio de esportes do Colégio Franciscano Pio XII, no Morumbi, para celebrar o carisma franciscano. Cerca de 500 franciscanos e francisca-nas das três Ordens , de várias Con-gregações, masculinas e femininas, da Jufra, dos simpatizantes do ideal de São Francisco e Santa Clara, se emo-cionaram e refletiram sobre a Miseri-córdia durante todo o domingo, 25 de dezembro.

Desta vez, sob o tema da miseri-córdia deste Ano Jubilar, o Provin-cial Frei Carlos Silva, da Província da

Imaculada Conceição dos Frades Me-nores Capuchinhos, iniciou a reflexão durante a Celebração Eucarística que abriu o evento. Na procissão de entra-da, as fraternidades presentes trouxe-ram colchas de retalhos de um metro quadrado mostrando nelas as obras de misericórdia que estão presentes no dia a dia.

Frei Carlos ressaltou a alegria de reunir a Família Franciscana. “Entre nós, só falta a Segunda Ordem. Que-remos trazer presente as nossas Irmãs Clarissas com a nossa oração. Então, onde elas estão por esse Estado de São Paulo, nós queremos entrar em co-munhão com elas neste dia”, pediu o celebrante e palestrante do dia.

Frei Carlos também agradeceu às Irmãs de São Francisco da Providên-

cia de Deus pela acolhida no Colégio e à nova equipe do Regional da CFFB--SP, coordenada por Frei José Orlan-do Longarez, OFMCap, e Irmã Ivoni Lourdes Fritzen, IFCR.

Na homilia, que Frei Carlos di-vidiu com os concelebrantes, tratou--se do Evangelho (o rico e o pobre Lázaro), que reforçou o tema do en-contro. Segundo o Provincial dos Capuchinhos, observadores chamam a atenção de que está crescendo em nossa sociedade, em nosso mundo, a apatia, ou falta de sensibilidade diante do sofrimento alheio. “Cada vez mais somos indiferentes, insensíveis. Tem alguém morrendo do nosso lado, passando à nossa frente, e vivemos um momento de insensibilidade. Nós evitamos, de mil maneiras, o contato

misericórdia É Temano enconTro da cFFB-sP

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direto com aquele que sofre. Pouco a pouco nos tornamos cada vez mais incapazes de perceber a aflição daque-les que sofrem. A presença da criança pedindo esmola ou de um morador de rua em nosso caminho, nos inco-moda. O encontro com um doente terminal nos perturba. Não sabemos o que fazer, muitas vezes nem o que dizer. Só no centro de São Paulo são 18 mil moradores de rua. Nos senti-mos incapazes, muitas vezes. Então é melhor voltar o quanto antes para nossas ocupações, para não nos afe-tarmos com essa situação”, lamentou Frei Carlos.

Frei José Orlando confessou que estava emocionado ainda com o me-nino norte-americano que enviou uma carta para o presidente Barack Obama pedindo para buscar o ga-rotinho sírio que foi salvo da guerra e estava naquela ambulância, todo sujo de terra, com sangue escorrendo no seu rosto. Ele disse: ‘Você poderia buscá-lo e trazê-lo para a nossa casa... estaremos esperando por vocês com bandeiras, flores e balões. Daremos ao menino uma família e ele será nosso irmão’. É tão forte isso neste tempo

tantas outras pessoas nos ensinaram a amar, a sermos presentes e sermos misericordiosos.

Para Frei Mário Tagliari, guardião do Convento São Francisco, foi de-terminante para São Francisco o en-contro com o leproso. “De tal forma determinante que ele coloca isso no seu Testamento. ‘Como eu estava em pecado, era difícil ir até eles. Mas o Se-nhor mesmo me reconduziu e fez mi-sericórdia para com eles’. Eu li nesses dias alguém dizendo assim: ‘Quando a doença do outro, de tantas formas, se apresenta para nós e não nos como-ve, não muda nossa atitude, quem está doente não é ele, o doente, mas somos nós’. O Papa Francisco chama a aten-ção para o maior pecado do nosso tempo: a globalização da indiferença”, disse Frei Mário.

Frei José Hugo, OFMConv, disse que este Evangelho do rico e do pobre Lázaro é “quase que uma provocação” para nós neste dia, pelo simples fato de sermos franciscanos e francisca-nas. “Nós sabemos que Francisco se encantou por uma senhora, por uma dama, que ele a chamava de Dama Po-breza. É deste carisma que emanam a

fraternidade, a minoridade, o serviço. E sinto, particularmente, que toda vez que estamos distante desse carisma, Deus nos provoca, Deus nos cutuca. Ilustro com uma breve história: Eu moro em Santo André, no ABC Pau-lista. Ao lado da nossa casa existe uma praça que, infelizmente, está bastan-te degradada e, ali, mora um senhor chamado Dorival. O Frei Arnaldo e o Frei Tiago estão aqui comigo e sabem muito bem dessa história. Na noite do último Natal, no dia 24 de dezembro, ele tocou a nossa campainha. Nós tí-nhamos saído da Missa de Natal na igreja e estávamos preparando a Ceia dos Frades. Vendo-o pelo monitor, disse na minha correria: ‘Dorival, es-pere um pouquinho que a gente já vai levar um lanche para você’. Toda vez que ele toca a nossa campainha é por-que está precisando de algo. E ele me disse: ‘Frei, não precisa trazer nada. Venha aqui um pouquinho’. Disse: ‘Tá bom’. Nem imaginei o que ele queria. Abri a porta e ele trazia nas mãos uma sacola enorme, com frango, lasanha, maionese, e outras coisas que ele ga-nhou e disse: ‘Frei, é muito para mim. Leva para você e para os seus confra-

de insensibilidade com o sofrimento, que ne-nhum de nós pensa em escrever para o Oba-ma, para o Governador, para o Provincial, para a Madre Superiora, para trazer alguém para perto do coração da gente. É assim que a gente apren-de a ser misericordioso. Ficar perto dá para re-solver. Não dá para fazer milagre, mas o milagre da ternura fraterna, o milagre da presença franciscana dá para fa-zer”, disse, lembrando que Teresa de Calcutá, a santa, a Irmã Dulce e

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des”. A minha noite de Natal aconteceu ali. Nunca tinha visto algo desse tipo. É muito fácil nós, que temos recursos, e até bens em quantidade grande, ten-tarmos partilhar. Mas quando vemos que essa partilha vem de onde menos se espera, de onde menos se têm con-dições, aí a gente se espanta. Por isso, eu acredito que o nosso carisma não está morto. Como o Papa Francisco falou no Ano da Vida Consagrada, nós precisamos olhar com esperança o futuro, não apenas colher os louros do passado. Que nosso Encontro seja mais uma provocação para redesco-brirmos e vivermos com fidelidade e alegria o nosso carisma”, contou o fra-de conventual.

Irmã Ivoni, IFCR, e Sônia Cor-reia, OFS, também foram convida-das para o altar. Irmã Ivoni lembrou que hoje é também o dia da Bíblia. “A Palavra de Deus vem, fecunda, e ela não volta sem produzir frutos. Viver o carisma franciscano significa para nós viver a Palavra, a Palavra feita Carne”, assinalou.

Sônia deu um belo testemunho neste Ano da Misericórdia ao falar sobre o lema do encontro “E fiz mise-ricórdia com eles”. Há quase 20 anos, quando ela e seu marido resolveram adotar um menino soropositivo de 4 anos e surdo, foram chamados de “loucos”. Hoje, com 23 anos, João Vítor tem sua carga viral indetectá-

vel, cresceu no meio da Fraternidade Franciscana e tem a sua namorada. “Faço este depoimento para mostrar que a misericórdia de Deus foi muito maior do que tudo e que o amor per-manece entre a gente. Quero agrade-cer a Deus por nos ter dado esse amor. Mesmo ele sendo surdo, ele participa de todos os eventos franciscanos. Só tenho a agradecer a Deus misericor-dioso. Que Deus continue nos dando forças para ajudar aqueles que neces-sitam do nosso amor”, revelou.

“ninguém nasce pronto. É preciso dar o primeiro passo em direção da misericórdia”.

Frei carlos

O Provincial dos Frades Menores Capuchinhos, Frei Carlos, falou sobre o Perdão de Assis no contexto do Ano Jubilar e lembrou o documento dos Ministros Gerais para este evento no começo de agosto. Frei Carlos partiu de Assis, onde está a fonte de todo o carisma franciscano, para chegar ao novo tempo que o Francisco de Roma nos propõe.

Citando Frei Vitório Mazzuco, lembrou que a Porciúncula é um lugar fontal para os franciscanos e francis-canas. “Se Assis é a ‘capital do espírito’, a Porciúncula é o lugar necessário a toda humana criatura do nosso tem-po”, disse, lembrando que em Assis

emana o único fascínio: o retorno ao Evangelho.

Em Assis está a Porci-úncula, o berço da fraterni-dade. “Ali os acontecimen-tos são vivos e presentes. Ali viveu Francisco, Clara, ali morreu Francisco. Ali nasceu a Ordem, ali foi feito o primeiro Capítulo das Es-teiras. É ou não é um lugar fontal?”, perguntou, dan-do uma pausa para exibir um vídeo que fala do novo

Francisco, sob o título: “Para uma so-ciedade nova”.

No final, Frei Carlos disse que não adianta passar pelas Portas Santas e não ter uma atitude de conversão. “A minha vida tem que ser um sinal con-creto de que Deus está perto de nós. Pequeno gesto de amor, de ternura, de cuidado, que levam a crer que o Senhor está perto de nós. Só assim se abre a porta da Misericórdia”, lembrou.

Antes de terminar, Frei Carlos ainda mostrou um vídeo da Drea-mWorks, o “Primeiro Voo”, que en-cantou e emocionou os participantes.

“Ninguém nasce pronto. É preci-so dar o primeiro passo em direção da misericórdia. Dê o primeiro voo. A caridade tem que ser feita. Francis-co diz: ‘E fiz misericórdia entre eles’.”, completou.

Após a reflexão, houve um mo-mento de partilha e convívio. O En-contro também teve apresentações culturais e a nova coordenação regio-nal foi apresentada aos participantes, assim como as metas do triênio. Em seguida, os participantes se dividi-ram em grupos para estudar o tema. O Encontro terminou com uma pro-cissão no pátio do Colégio Francis-cano Pio XII.

Texto: Moacir Beggo Fotos: Paulo Henrique

(Província dos Capuchinhos de São Paulo)

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Falecimento

aos 88 anos, faleceu no dia 10 de outubro, o ex-Ministro Geral, o norte-americano Frei John Vaughn, que foi o 116°

Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores e esteve neste serviço na Cú-ria Geral, em Roma, de 1979 até 1991.

Depois desse período, regressou à sua Província na Califórnia, onde foi o responsável pela Formação de mui-tos frades como mestre de noviços da Província de Santa Bárbara. Nos últimos anos, já com a saúde bastan-te debilitada (principalmente depois do derrame sofrido em 1998 em San Miguel), ainda continuou sendo ins-piração e um confessor para muitos frades e pessoas. Aos 88 anos (nasceu em 1928), Frei John faleceu em Santa Bárbara, Califórnia, na manhã do dia 10 de outubro.

O Ministro Provincial da Imacu-lada Conceição, Frei Fidêncio Vanbo-emmel, lembrou que Frei John visitou esta Província em duas ocasiões. “Re-cordo-me muito bem da última visita em fevereiro de 1991. Na ocasião, reu-niu-se com formandos e formadores na nossa casa do Noviciado. E, no dia 15 de fevereiro, junto com Frei John, éramos mais de 140 frades subindo a montanha do Ipiranga, em Rodeio (SC), para a bênção de inauguração do nosso Eremitério Frei Egídio. Frei John muito se empenhou pela atua-lização das Constituições Gerais da nossa Ordem, elevou sua voz no cla-mor missionário em favor da África e, ao abençoar o nosso eremitério, evi-denciou a importância da dimensão contemplativa na nossa vida francis-cana”, disse o Provincial, recordando

três indicações de Frei John por oca-sião da inauguração do Eremitério Frei Egídio: a) Este eremitério é ponto de chegada para o encontro com o Cristo pobre, humilde e crucificado; mas é também ponto de partida para a missão; b) Eremitério é lugar e tem-po para uma busca intensificada para aprender a seguir Jesus e aprender a anunciar o Evangelho; c) Eremitério é repetir a experiência do deserto de Jesus Cristo, onde através da oração e do jejum, se é purificado de toda a tentação para poder ouvir com niti-dez a voz do Pai.

“verdadeiro irmão”Frei Estêvão Ottenbreit, que hoje

é o guardião da Fraternidade de Santo Antônio, de Roma, foi o Ministro Pro-vincial da Imaculada Conceição que

Frei JoHn vauGHn 03.06.1928 + 10.10.2016

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NOVEMBRO / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 687

Falecimento

teve oportunidade de co-nhecer Frei John, nos seus mandatos de 1985 a 1994.

“Tive o privilégio de receber e acompanhar o Frei John Vaughn por di-versas vezes. Sua eleição para Ministro Geral coin-cidiu com a formulação das ‘primeiras prioridades’ que a Ordem se propôs: Contemplação, Formação e Missão. Estes temas fo-ram aprofundados quando nos visitou”, recorda Frei Estêvão.

Segundo o frade, o ex--Ministro Geral era uma pessoa até um pouco tí-mida, mas mostrava-se como verdadeiro irmão que sabe escutar e res-peitar. “Creio que a ele devemos a insistência na dimensão contemplativa de nossa vida e no envio missionário (cf. “A Áfri-ca nos chama”)”, conta o guardião da Fraternidade de Roma, que, como Mi-nistro Provincial da Ima-

vincial e, em 1976, Provincial da Pro-víncia Franciscana de Santa Bárbara, na Califórnia.

Frei John sucedeu ao brasileiro Frei Constantino Koser, desta Pro-víncia da Imaculada Conceição. No encerramento do Capítulo que o elegeu, Frei John disse em discurso: “Dirigir-nos aos verdadeiros proble-mas do mundo e possuir o Espírito do Senhor são duas coisas que para nós devem ser uma só. Como Frades Me-nores não podemos correr o risco de fazer uma sem a outra, se procuramos ser os mensageiros da paz de Cristo no mundo, temos que fazê-lo como Frades Menores, em pobreza, pelo caminho real da Cruz, com a nossa confiança unicamente no Senhor Je-

sus. Da mesma forma, se nos esforçarmos em rezar ao Senhor com um coração puro, a nossa oração tem que ter uma ressonância em nossas vidas: temos que ser cumpridores da palavra e não apenas ouvintes nem repetidores”.

E, neste discurso, disse aos Capitulares que gos-taria de partilhar algumas esperanças depois do Capí-tulo Geral:1ª - Espero que continue-

mos a escutar os nossos confrades mais novos; isto não quer dizer que sempre concordemos com eles; mas eles têm direito à orientação fra-terna, à correção e ao encorajamento. E seja-mos pacientes com eles, como eles são conosco.

2ª - Espero que continue-mos a escutar a voz dos pobres, a quem o Se-nhor revelou o segredo do seu amor.

3ª - Espero que trabalhe-

Frei John caminha com Frei Eric Pilarcik, então secretário para a Causa de Frei Junípero, na Missão Santa Bárbara.

culada, não poupou esforços para ver a Missão de Angola se tornar uma re-alidade, mesmo em meio às enormes dificuldades, especialmente no perí-odo da guerra. “A sua carta ‘A África nos chama’ é a carta magna da nossa presença em Angola”, explica o frade.

Segundo Frei Estêvão, numa das visitas à Província da Imaculada, lan-çou, numa celebração inesquecível, a pedra fundamental do nosso Eremité-rio Beato Frei Egídio, em Rodeio (SC).

Frei John nasceu aos 3 de junho de 1928, em Santa Ana, na Califórnia, e ingressou no Noviciado aos 11 de julho de 1948. Professou solenemen-te aos 12 de julho de 1952; ordenou--se sacerdote aos 17 de dezembro de 1955. Em 1973 foi eleito Vigário Pro-

mos muito intimamente com os irmãos e irmãs da OFS; eles pre-cisam de nós, e nós deles.

4ª - Espero que procuremos continu-amente ser convertidos pela pa-lavra viva de Deus. Só podemos ser pregadores da penitência, da metanoia, se nós mesmos a prati-carmos.

5ª - Espero que continuemos sendo homens de esperança, otimis-tas, seguros da vitória de Cristo, cheios de alegria e da liberdade franciscanas, que provêm da po-breza e humildade.Que sua humilde e nobre alma

descanse em paz!

Moacir Beggo

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janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços14 Vestição dos Noviços19 a 22 Missão Franciscana da Juventude (Curitiba)

Fevereiro01 - Admissão ao Postulantado;14 a 16 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

março 06 Encontro do Regional do Espírito Santo (V. Velha –

Santuário)06 a 10 - SIFEM: Encontro de párocos e reitores de santuários

e centros de acolhimento (Belo Horizonte);13 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Guaratinguetá – Seminário)13 e 14 Encontro do Regional do Leste Catarinense27 Encontro do Regional de Agudos (Agudos)27 a 31 CFMB: Assembleia (Recife/Ipojuca);

aBril25 e 26 Reunião dos guardiães e coordenadores das

Fraternidades; 27 e 28 Reunião do Definitório Provincial;

maio01 a 05 Reunião do CAD (Campo Grande);03 Último dia para a Inscrição no Capítulo das Esteiras

da CFFB;

junHo20 a 22 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacados

novemBro03 a 04 Retiro para os frades do Ano Missionário

(Guaratinguetá)07 Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo

(Vila Itoupava)07 a 18 Tempo Forte do Definitório Geral08 Conselho do Secretariado da Evangelização (Vila

Clementino)08 e 09 Reunião do Conselho do Secratariado da

Evangelização (Vila Clementino)12 a 15 Estágio Vocacional (Guaratinguetá)15 a 18 Retiro no Eremitério – Frades de Ituporanga19 Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense –

recreativo (Paty do Alferes)21 Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São

Sebastião)28 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada

Fluminense28 Encontro do Regional de Agudos – recreativo

29 a 01 Reunião do Definitório Provincial (Rondinha)30 Reunião dos Coordenadores dos Regionais com o

Definitório (Rondinha)

deZemBro01 e 02 Jubileus dos confrades (Rondinha)05 Encontro do Regional de Pato Branco (Pato

Branco)05 Encontro do Regional de Curitiba-recreativo

(Caiobá)05 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança)06 Renovação do votos (Petrópolis)12 Encontro do Regional do Espírito Santo – recreativo12 e 13 Encontro do Regional do Leste Catarinense

(Florianópolis)12 e 13 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e

Alto Vale do Itajaí - recreativo12 e 13 Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)12 a 16 Tempo Forte do Definitório Geral

2017aGosTo

03 a 06 Capítulo das Esteiras da CFFB: por ocasião dos 800 anos do Perdão de Assis, 50 anos da Criação da Conferência da Família Franciscana do Brasil – CFFB;

14 a 18 Retiro e reunião do Definitório Provincial;22 a 25 CFMB: encontro de ecônomos (Caldas Novas –

GO);

seTemBro01 Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação;01 a 09 Encontro Continental JPIC (Anápolis);02 e 03 Coleta anual pela evangelização na Amazônia;03 a 10 Congresso Continental para a Formação e os

Estudos (São Paulo);04 - Dia da Amazônia;18 a 22 CFMB: assembleia (São Luís – MA);

ouTuBro09 a 13 Curso de Franciscanismo (Rondinha);17 a 19 Reunião do Definitório Provincial;

novemBro15 e 16 - SIFEM: reunião de planejamento da Executiva

(São Paulo – V. Clementino);28 a 30 Reunião do Definitório Provincial;01 e 02 Celebração dos Jubileus;

julHo 201812 a 15 Encontro Nacional de Juventude (Vila Velha).