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DESAFIOS CAPÍTULO GERAL 2015 PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | JULHO - 2015 | ANO LXII • N o 07 |

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DesafiosCaPÍTULo GeRaL 2015

Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil | JULHO - 2015 | ANO LXII • No 07 |

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www.franciscanos.org.br | [email protected]

Sumário

MensageM do Ministro Provincial Desafios e provocações do Capítulo Geral para nossa Província ..................................................................................247

sav Ordenação diaconal de Frei Jean Ajluni ............................................................................................................................................250 Encontro vocacional reúne 21 jovens no Sagrado ...................................................................................................................253

ForMação e estudos Conheça os aspirantes de Lages ............................................................................................................................................................254 Depoimento de uma vocacionada da USF ....................................................................................................................................254 Frei Anselmo celebra 91 anos de idade em Ituporanga ......................................................................................................255 Postulinter Internacional em Guaratinguetá .................................................................................................................................256 “Estrela D’Alva”, poema de Frei Walter ..................................................................................................................................................257 Frei Ludovico convida para jubileu de 50 anos de vida sacerdotal .............................................................................257 Convento São Boaventura realiza “Tarde com Maria” .............................................................................................................258 Encontro de religiosos (as) de profissão temporária em Curitiba .................................................................................258 Retiro em Rondinha: a Eucaristia, presente de amor ..............................................................................................................259 A natureza: ela é muda ou o ser humano não sabe ouvi-la ..............................................................................................260

esPecial santo antÔnio Valongo celebra 375 anos de fé e devoção ...................................................................................................................................262 Pari celebra o seu padroeiro .......................................................................................................................................................................268 A festa do Largo São Francisco é de Santo Antônio ................................................................................................................270 Vila Clementino: sol e devoção no dia de Santo Antônio ...................................................................................................271 Kibala: o presente de Santo Antônio ...................................................................................................................................................272 Bauru celebra com Padroeiro 60 anos de Paróquia .................................................................................................................274 Niterói: Trezena da Porciúncula festeja 50 anos da Paróquia ............................................................................................274 Tradição e fé no Largo da Carioca ..........................................................................................................................................................275 Sorocaba: 59ª festa de Santo Antônio ................................................................................................................................................276 Florianópolis: festa na Ilha ............................................................................................................................................................................277 Rondinha: Santo Antônio do povo de Deus .................................................................................................................................277

Fraternidades Matriz São Pedro de Pato Branco celebra 50 anos ...................................................................................................................278 PVF: Missão Franciscana em Registro ..................................................................................................................................................281 Encontro Regional do Alto Vale do Itajaí e Serra Catarinense ..........................................................................................282 Regional do Vale do Itajaí ..............................................................................................................................................................................282 Encontro do Regional Rio-Baixada ........................................................................................................................................................283 Sagrado: Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ....................................................................................................284 Ação solidária une Pato Branco e Xanxerê ......................................................................................................................................285

evangeliZação Sefras: 15 anos. Uma história de construção da atuação social franciscana. ........................................................286 Bom Jesus: Congresso Internacional Franciscano abre inscrições ...............................................................................288 JPIC: CRB propõe maior engajamento de religiosos ...............................................................................................................289 Notícias de Malange .........................................................................................................................................................................................290 Homenagem a Frei José Antônio ..........................................................................................................................................................291

deFinitÓrio Provincial Notícias do encontro realizado de 16 a 18 de junho ..............................................................................................................292

caPÍtulo Provincial Visita Canônica 2015 ........................................................................................................................................................................................296 Carta anunciando Frei Nestor Schwerz como Visitador Geral ........................................................................................297

FaleciMento Frei Nilton W. Steckert ......................................................................................................................................................................................298 Lançado o livro de Frei Lency um ano após a sua morte ....................................................................................................299

agenda .........................................................................................................................................................................................................300

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Mensagem

Caríssimos irmãos e irmãs,Que o Senhor vos dê a Paz e todo o Bem!

a mensagem deste mês par-tilho com você, caro leitor e leitora das nossas Comunica-

ções, algumas impressões e destaques do último Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores. Este maravilho-so acontecimento da nossa Ordem, com a pela presença de 127 frades dos cinco Continentes, foi celebrado em Assis entre os dias 10 de maio a 07 de junho de 2015.

Certamente todos vocês tiveram oportunidade de acompanhar a cele-bração do Capítulo Geral através dos comunicados diários apresentados nos Sites da Ordem (www.ofm.org) e da Província (www.franciscanos.org.br), ilustrados com fotografias e vídeos.

Alguns destaques significativos:

1. a aLeGRia Do enConTRo na UniveRsaLiDaDe Da oRDemO primeiro e grandioso momento

do Capítulo Geral se deu na alegria da chegada e do encontro de Frades pro-cedentes de mais de 60 países, todos trazendo consigo a rica história de cada cultura na diversidade de línguas e costumes, mas que imediatamente se identificaram como “irmãos dados pelo Senhor” na vivência da mesma Regra e Forma de vida. Irmãos Me-nores que chegaram à Porciúncula de São Francisco, como na primeira pri-mavera franciscana, com as mesmas inquietações: como atualizar a forma do Santo Evangelho (Regra) e trans-formá-la em Vida a ser vivida no nos-so tempo? (Tema do Capítulo).

A universalidade da Ordem tam-

bém se manifestou nos relatórios apresentados nos primeiros dias do Capítulo: do Ministro Geral e se-cretariados, do Economato Geral, dos Presidentes das 13 Conferências da Ordem e do Custódio da Terra Santa. A universalidade também esteve presente nos muitos vídeos apresentados ao longo do Capítulo que, sem sombra de dúvida, retra-tam a riqueza da universalidade das Entidades da Ordem (Províncias e

presenças e saudações de Frei Stefan Kozhu (Vigário Geral dos Capuchi-nhos), Frei Marco Tasca (Ministro Geral dos Conventuais), o irmão Tibor Kauser (Ministro Geral da OFS) e Irmã Klara Simunovich (Re-presentante da Conferência Inter-nacional dos Institutos da Terceira Ordem Regular). A linguagem co-mum foi: continuar a trabalhar jun-tos, unir esforços, promover a mú-tua colaboração entre os diferentes

Desafios e PRovoCações Do CaPÍTULo GeRaL PaRa nossa PRovÍnCia

ris e dinâmicas, com expressivo flo-rescimento vocacional. Contrastes que, por sua vez, também perpassam as fraternidades das entidades da Or-dem!

Outro ponto significativo da universalidade da Ordem aconte-ceu nos momentos de saudação e condivisão da nossa vocação e mis-são com toda a Família Franciscana: Frei Frei Mauro Jöhri, Ministro Ge-ral dos Capuchinhos, apresentou-nos uma meditação no dia da aber-tura do Capítulo. Depois, no dia 25 de maio, esta partilha se deu com as

ramos da frondosa árvore da nossa Família Franciscana.

2. eLeição Do novo GoveRno Da oRDem O Capítulo de Pentecostes foi um

Capítulo eletivo! Nesse sentido os frades capitulares reelegeram Fr. Mi-chael Anthony Perry e Fr. Julio Bu-nader para Ministro e Vigário Geral de toda a Ordem dos Frades Meno-res. E, na sequência, as Conferências e/ou união de algumas Conferências, apresentaram seus candidatos para Definidor Geral da Ordem dos Fra-

Custódias) e que, ao mesmo tempo, não escondem alguns contrastes existen-tes: entidades preo-cupadas em manter e apresentar belas e grandes estruturas, às vezes com pouca presença do ‘povo de Deus’, e entidades inseridas em meios populares (Igreja em saída); entidades que vivem a crucial experiência do ‘ou-tono’ vocacional e entidades primave-

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Mensagem

des Menores. E assim foram eleitos (por nacionalidade e Conferência/ou união de Conferências que repre-sentam): Fr. Valmir Ramos (Brasil, UCLAF), Fr. Ignacio Ceja (México, UCLAF), Fr. Antonio Scabio (Itália, UFME), Fr. Ivan Sesar (Bósnia-Her-zegovina, UFME), Fr. Lóránt Orosz (Hungria, UFME), Fr. Lino Grego-rio Redoblado  (Filipinas, FACO), Fr.  Nicodème Kibuzehose  (Quê-nia,Conferência Africana), Fr. Kevin Caoimhín Ó Laoide (Irlanda, Con-ferência Anglófona, ESC).

3. as CeLebRações nos sanTUáRios fRanCisCanosAo longo do Capítulo Geral fo-

ram vários os momentos celebrati-vos comunitários realizados em Nos-sa Senhora dos Anjos (Porciúncula), São Damião, nas basílicas de Santa Clara e São Francisco, bem como as visitas e celebrações nos Santuários de Greccio e Fonte Colombo, no Vale do Rieti, e Monte Alverne. Es-tas celebrações nos remeteram a um olhar de gratidão ao passado da nos-sa Ordem e que, ao mesmo tempo, continuam a ser fontes inspiradoras e provocativas para continuarmos a viver a utopia e a paixão de Francisco e Clara nos desafios e contrastes da humanidade do nosso tempo.

4. enConTRo Com o PaPa fRanCisCoNo dia 26 de maio, os frades capi-

tulares e os que estavam a serviço do Capítulo viajaram de Assis a Roma (Vaticano) para uma visita fraterna ao Papa Francisco que, gentilmen-te, acolheu-nos na Sala Clementina. Após as palavras de saudação do Ministro Geral, Frei Michael Perry, o Papa Francisco dirigiu suas pala-vras de pastor e pai a toda Ordem dos Frades Menores. O Papa centrou suas palavras nos dois eixos centrais

do carisma franciscano, tema do Ca-pítulo: a Minoridade e a Fraternida-de no hoje da história.

Disse o Papa: “A MINORIDADE convida a sermos e a sentirmo-nos pequenos diante de Deus, confian-do-nos totalmente à sua infinita mi-sericórdia” A minoridade convida-nos a “sairmos das nossas estruturas e testemunhar uma concreta aproxi-mação aos pobres, aos necessitados, aos marginalizados, em uma autênti-ca atitude de partilha e serviço”.

Da mesma forma, continuou o Papa Francisco, a “dimensão da FRA-TERNIDADE pertence de maneira essencial ao testemunho evangélico... A família religiosa de vocês é cha-mada a exprimir esta fraternidade concreta, mediante o resgate da con-fiança recíproca nas relações inter-pessoais, a fim de que o mundo veja e creia, reconhecendo que o amor de Cristo cura as feridas e unifica” (E o Papa fez questão de acentuar “o res-gate da confiança recíproca”!).

Ao final das suas admoestações, ao fazer menção do ‘hábito francis-cano’, disse: “Vocês conquistaram uma autoridade moral junto ao povo de Deus com a minoridade, com a fraternidade, com a brandura, com

a humildade, com a pobreza. Por fa-vor, conservem-na! Não a percam! O povo quer bem a vocês, ama vocês”. E a seguir, pacientemente, saudou a cada um dos frades presentes e en-viou-nos em missão com a oração do Angelus e a sua Bênção Apostólica.

5. as PRoPosTas Do CaPÍTULo GeRaL Seja no relatório do Ministro Ge-

ral como nos diferentes grupos de es-tudo e de trabalho, foi voz unânime entre os capitulares de não se elabo-rasse um elevado número de manda-tos/decisões que depois seriam peso e nem sempre possíveis de serem executados. A intenção maior foi a de indicar linhas diretivas que po-deriam nos orientar para vivermos no ‘tempo de hoje’ nossa vocação e missão de ‘Irmãos e Menores’. Assim sendo, as propostas do Capítulo Ge-ral passam pelas seguintes questões: a igualdade entre os irmãos (leigos e sacerdotes); o fortalecimento nas relações fraternas nas entidades; o projeto fraterno de vida e missão; a promoção da formação permanente e inicial; a questão da fidelidade e da perseverança dos irmãos; a formação missionária; os centros de estudo e a

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formação acadêmica; a dimensão da vida contemplativa; a vida de po-breza e o compromisso social com os pobres e com toda a criação; as ques-tões de administração e de economia transparente e solidária (Ratio Eco-nômica); as frentes missionárias da Ordem. Estas decisões capitulares deverão chegar a nós bem formula-das no segundo semestre, após o pe-ríodo de recesso (férias).

6. o DoCUmenTo finaL Do CaPÍTULoDa mesma forma deverá chegar

a todos nós a redação definitiva do documento final do Capítulo. Este documento deseja oferecer o con-junto das preocupações do Capítulo e, por isso, é um texto inspiracional e orientativo no sentido de oferecer a todos os irmãos da Ordem dos Fra-des Menores uma nova energia e um novo entusiasmo no caminho que nos é proposto. O título deste do-cumento final, Ir às periferias com a alegria do Evangelho - enquanto “Frades e Menores no nosso tempo” – também quer ser nossa resposta às proposições do Papa Francisco na Evangelii Gaudium, nas proposições para o Ano da Vida Consagrada,

Ano da Misericórdia e atentos à En-cíclica Laudato si’ que estava prestes a sair.

Este documento final, atento às preocupações da Ordem num mun-do de grandes mudanças e transfor-mações, deseja ser uma mensagem de esperança e de encorajamento. Por isso, o texto central do docu-mento nos remete à escuta da Pa-lavra de Deus, fazendo referência a quatro imagens bíblicas para ajudar-nos na reflexão e na compreensão das prospectivas do Capítulo Geral. As imagens bíblicas são: a) A tem-pestade acalmada (Mt 8,23-27); b) O tempo do exílio da Babilônia (Ez 16,8; Sl 51,19; Jer 31,33, Ez 37); c) O cego Bartimeu (Mc 10, 46,52); d) Abraão e Sara (Gen 21,5; Gn 17,17, Gen 18,3).

Estas referências bíblicas nos ques-tionam, enquanto ‘Frades e Menores no nosso tempo’, nos diferentes aspec-tos da nossa vida (vocação e missão): a nossa vivência concreta da fé num mundo secularizado; a qualidade da nossa vida de oração e vida fraterna; a atualidade da nossa evangelização mais atenta aos sinais dos tempos; a misericórdia que devemos ter para com todos os leprosos de hoje; o pro-

fetismo da fraternidade e da minori-dade para combater todas as formas de solidão e isolamento em todos os níveis (humano, relacional, econô-mico); a má administração dos bens temporais que são bens da fraternida-de e do povo de Deus (transparência em todos os níveis: pessoal, fraterni-dades, Entidades e Ordem); a alegria e a felicidade que devemos ter, prin-cipalmente quando estamos entre as pessoas mais pobres, fracas, enfermas e abandonadas em todas as periferias existenciais; as perspectivas e as es-peranças vocacionais que nascem da acolhida e da hospitalidade; etc.

Enfim, muitos foram os desafios que emergiram ao longo do Capítulo Geral. Também posso dizer que os desafios da Ordem são provocações que tocam a nossa Província. Inicia-mos nossa preparação para a Cele-bração do Capítulo Provincial. Que possamos, como no Capítulo Geral, deixar-nos conduzir pela esperan-ça e acreditar na potencialidade de cada confrade e empenhar-nos na PERMANENTE FORMAÇÃO (for-mação permanente e inicial) a fim de sermos ainda mais proféticos nas nossas ‘Frentes de Evangelização’: Missões, Paróquias/Santuários, So-lidariedade, Educação e Comunica-ção. Possa o apelo do Papa Francis-co, que aqui repito nesta conclusão, induzir-nos cada dia à conversão ao Evangelho, a exemplo de São Fran-cisco de Assis: “Vocês conquistaram uma autoridade moral junto ao povo de Deus com a minoridade, com a fraternidade, com a brandura, com a humildade, com a pobreza. Por favor, conservem-na! Não a percam! O povo quer bem a vocês, ama vocês”.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde,

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFMMinistro Provincial

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SAV

s sinos da Igreja Bom Jesus dos Perdões no centro de Curitiba soavam indican-

do que era a hora da missa, comu-mente celebrada às 5h15 da tarde. Todavia, no sábado, dia 6 de junho, além da Celebração Eucarística e da Trezena de Santo Antônio, Frei Jean Carlos Ajluni de Oliveira as-

sumia diante da comunidade local, dos confrades, familiares, amigos e do Bispo Arquidiocesano Dom José Antônio Peruzzo o compro-misso do ministério diaconal.

Frei Jean escolheu como lema de sua ordenação o versículo bíbli-co: “Se alguém me quer servir, si-ga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo” (Jo 12,26). Nesse sentido, o ordenando assu-

miu com muita alegria o trabalho de servir o altar do Senhor, tendo como base desse ministério os di-áconos das primeiras comunidades cristãs.

Durante o Rito da Ordenação Diaconal, o bispo Dom José per-guntou a Frei João Mannes, guar-dião do Convento São Boaventu-ra e confrade de Frei Jean, sobre a idoneidade do candidato para

o DiáCono fRei JeanFREI GABRIEL DELLANDREA

oRDenação DiaConaL

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ordenando, Dom José deixou bem claro que Frei Jean deve ter como prin-cipal inspiração de sua vida a Palavra de Deus, aquela que ele mesmo passará a proferir nas celebra-ções como uma das funções do diácono. Além disso, o bispo enfatizou que destas Santas Palavras o or-denando jamais deve se afastar, embora ve-nham as dificuldades na missão. Por isso, o pastor, segurando em

o ministério a ser oferecido a ele. Como resposta, Frei João disse que tendo sido consultado os seus pro-fessores e formadores, bem como as comunidades por onde o orde-nando atuou em atividades pasto-rais, o frade foi considerado idôneo para assumir o compromisso de ser um diácono na Igreja.

Sendo assim, em suas caloro-sas palavras de estímulo para o

Meu Tudo!”. Dessa forma, lembrou que o diácono e toda a comunidade não devem tirar Deus de suas es-colhas.

Como a comunidade local ce-lebra a novena de Santo Antônio, muito tradicional na cidade de Curitiba, na homilia também foi destacado que o falar do Santo de Pádua sempre foi eco de uma fé professada, cultivada e aprofun-dada, e por isso serve de exemplo para a comunidade e para o futuro diácono.

Depois do Rito da Ordenação, onde o ordenando fica de joelhos diante do bispo, é comum que o neodiácono seja recebido ao ofício pelo pastor com um abraço. Quem estava próximo da cena escutou que ao convidar Frei Jean a se le-vantar, o arcebispo disse “Força, Meninão!”, fazendo alusão à per-severança do frade no ministério recebido.

É notório destacar que se fez presente na celebração um padre ortodoxo, Samaan Nassri, que, se-gundo Frei Jean, está morando em Curitiba, pois a Igreja na qual ele

suas mãos a Palavra de Deus, dis-se: “Deixo-vos uma recomendação, que o seu falar brote de uma fé ínti-ma, de uma Graça de Deus”.

O arcebispo recordou que na es-piritualidade franciscana o segui-mento de Jesus se dá também nos momentos de intimidade com o Pai, lembrando a oração que Fran-cisco de Assis fazia em seus mo-mentos de meditação: “Meu Deus e

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era sacerdote na Síria foi alvo de ataques, tendo sido incendiada. Sendo assim, o próprio arcebispo se alegrou muito com a presença deste irmão, e reforçou que quem nos une é o mesmo Cristo, e é por causa disso que somos filhos de um mesmo Pai.

No final da celebração, o or-denando fez seus agradecimentos a Deus, à Igreja, à Ordem, à Pro-víncia, à sua família, aos confrades de sua fraternidade, aos amigos e convidados que se fizeram pre-sentes nesta ocasião. Além disso,

como que para fechar com “chave de ouro”, Frei Jean convidou seus confrades para o ajudarem a entoar o “Tota Pulchra”, oração que louva Maria, a mãe de Jesus. Esta canção é entoada nos conventos pedindo à Nossa Senhora pela perseverança dos religiosos. O neodiácono então dedicou esta oração pelo bom de-sempenho de sua missão.

Desejamos a Frei Jean que o seu diaconato seja a transparência da bondade do alto que Deus sempre quis revelar aos seus!

“Se alguém me quer servir, siga-

-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo” (Jo 12,26). Frei Jean começou a exercer o Mi-nistério do diaconato na Celebra-ção Eucarística deste 10º Domingo do Tempo Comum, no Convento São Boaventura.

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os dias 12 a 14 de junho aconteceu em Petrópolis, no Convento do Sagrado

Coração de Jesus, o encontro vo-cacional com jovens dos estados do Norte da Província: Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ao todo estiveram presentes sete jovens vocacionados advindos das frater-nidades do Rio e dez do Espírito Santo, mais particularmente das cidades que compõem a Grande Vitória. Alguns aspirantes que es-tão no período das FAV em São João do Meriti e Vila Velha tam-bém puderem participar.

Os dois dias foram de intenso

convívio, partilha de experiência de vida e conhecimento do carisma e espiritualidade franciscana com fortes momentos de oração e devo-ção. No sábado à tarde foi feita uma visita à fraternidade Nossa Senho-ra de Guadalupe no bairro Osvaldo Cruz. Eles puderam perceber nessa fraternidade inserida a beleza do ser franciscano, que não está no lu-gar, espaço físico, mas na intenção e experiência de quem aí vive. Frei Sandro falou sobre as muitas ativi-dades que são desenvolvidas na co-munidade e a presença franciscana ajuda não só o povo, mas também os frades. Apesar dos muitos de-graus, os vocacionados gostaram muito da acolhida simples e fra-

terna. Esse passeio terminou com um momento mariano no Trono de Fátima.

O encontro preparado pelo SAV foi muito bem avaliado pelos vocacionados que voltam para suas atividades com o vigor renovado e uma busca ainda mais clara sobre o seu chamado vocacional. À fra-ternidade do Sagrado, um agrade-cimento especial, pois mesmo em meio aos festejos de Santo Antô-nio e do Sagrado Coração de Jesus, possibilitou uma calorosa acolhida, num ambiente fraterno e familiar. Que os frades da Província possam se entusiasmar com a alegria do chamado desses jovens e ajudá-los no discernimento vocacional.

enConTRo voCaCionaL Reúne 21 Jovens no saGRaDo

FREI JEÂ PAULO DE ANDRADE

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Formação e Estudos

sta faltando um mês e já estamos sentindo como será quando eles não mais estarão conosco.

Pois existe uma grande amizade entre nós, uma convivência bastante fraterna.

Ajudam-nos na fraternidade, nos serviços de casa, nas visitas aos doen-tes físicos e mentais, acompanhando--nos nas comunidades do interior e da periferia de Lages.

A formação este ano está comigo, Frei Tarcísio, com Frei José Lino, com a Odete da OFS, com a irmã Madale-na, clarissa, e também o pároco Frei Vilmar. E ainda tem mais... Ficarão alguns dias em Ituporanga e Curitiba-nos que são nossas fraternidades do Regional. Por princípio, estamos dan-do formação todos os dias.

Desejamos aos nossos aspirantes paz e perseverança, e que a cada dia renovem, com cada vez mais confian-ça, o seu “sim.”

Stephanie Peres é aluna da USF--Swift e, após começar o seu discer-nimento vocacional, hoje concilia os primeiros passos na vida consa-grada com a formação acadêmica. Na USF participa das atividades da Pastoral no Grupo de Oração e nas Celebrações da Eucaristia.

Jundiaí, 20 de maio de 2015.

É com grande alegria e amor que dirijo a vocês, jovens, meu testemu-nho de que ser jovem e ser de Deus é,

simplesmente, a melhor escolha que podemos ter.

Há 2 anos e 1 mês eu me abri e dei meu sim a Deus, ao chamado, vocação que ele me convidava a seguir. Essa primeira parte não me atrapalhou em ser jovem, mas aju-dou ainda mais e há exatamente 20 dias estou vivendo a continuação desse sim.

Com toda certeza continuo sendo jovem do mesmo jeitinho que antes, mas com a vontade cada vez maior de viver o amor de Deus na minha opção de vida. Hoje resido no convento San-ta Teresa, em Jundiaí. Passo o meu

dia a dia com 4 irmãs e mais uma jovem que faz a caminhada comigo. Tenho minha vida de oração, realizo e participo de alguns trabalhos por elas desenvolvidos na áreas de educação de jovens e crianças e, no período no-turno, sou estudante do curso de En-genharia Ambiental, no 5° semestre.

Afirmo a cada um que sou mui-to feliz pela história que Deus está fazendo em minha vida e te convido também a experimentar esse amor de Deus, pois é possível e, mais que isso, é maravilhoso ser jovem e ser de Deus.

“Só Deus basta”, Santa Teresa.Abraço, Sthefanie.

DePoimenTo

os asPiRanTes De LaGes

Nossos aspirantes, Moisés e Renan, até machado e facão tiveram que manejar. O lobo, nosso guarda, faz a festa com eles. Muitas brincadeiras para remover um galho de nosso cipreste centenário, no quintal do convento.

FREI TARcísIO ThEIss

FREI ThIAGO hAYAKAWA

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Formação e Estudos

Fraternidade do Seminá-rio São Francisco de Assis se alegrou no domingo, dia

31 de maio, com o aniversário do sênior da casa, Frei Anselmo Júlio München, que celebrou seus 91 anos de idade. Como ele mesmo disse, são 91 anos de muitas pro-

vações, mas, pela força e graça de Deus, superadas.

Fizeram-se presentes, para cele-brar este grande dia, mais de 30 pa-rentes e amigos do frei, que vieram do Rio Grande do Sul e de proximi-dades catarinenses. Entre eles estava presente sua irmã, Dona Ilca Maria, que no sábado, dia 30, celebrou seus 89 anos de idade.

Foi uma grande festa entre os confrades do aniversariante, os se-minaristas e os convidados.

|Nos 91 anos de vida, Frei An-selmo dedicou 65 deles à Província Franciscana da Imaculada Concei-ção do Brasil e é por este grande es-forço que nós louvamos a Deus pela vocação do nosso querido e amado frade.

fRei anseLmo CeLebRa 91 anos De iDaDe Com a fRaTeRniDaDe e sUa famÍLia!

Matheus RodRigues da Luz

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Formação e Estudos

conteceu entre os dias 9 e 11 de junho, no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá

(SP), a segunda etapa do Postulin-ter 2015. Conduzido pela Ir. Júlia Irio, da Congregação das Capuchi-nhas Terciárias da Sagrada Família, o encontro teve a presença de 37 pessoas, em especial as postulantes e formadoras das Irmãs Mensagei-ras do Divino Mestre e Instituto Je-sus, Maria e José, que, pela primei-ra vez, participaram do encontro conosco.

Neste segundo encontro, Irmã Júlia nos motivou de forma clara, objetiva e dinâmica ao falar sobre as decisões que impulsionaram nossos santos fundadores a abandonarem tudo para abraçar um bem maior que é Jesus Cristo.

Na noite da quarta-feira, realiza-

mos uma festa junina com quadrilha e comidas típicas. Foi um momento também de intercâmbio cultural, já que estavam em nosso meio duas postulantes angolanas e uma peru-ana, que apresentaram músicas de suas regiões.

O Postulinter, que se encerrou com o almoço na quinta- feira, foi um encontro de partilha e profun-do aprendizado. E nós, postulantes, aguardaremos ansiosamente pelo próximo encontro no mês de agosto deste ano.

PosTULinTeR inTeRnaCionaLThIAGO sANTOs, POsTULANTE

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Formação e Estudos

esTReLa D’aLva Eu vi um dia a Estrela d’alva linda,Na borda azul do céu do meu ideal,Então eu cri que estava forte ainda,Para lutar, vencer - guerreiro, o mal.

Sempre e constante aquela Estrela vi,Em meio às curvas que me fez o mundo,E então as dores que eu provei, sofri,Trago-as na luz do meu sentir profundo.

É que essa Estrela brilha em minha vida,Nessa jornada linda assim florida,Plena de fé no peito meu de fogo!...

E vou além, feliz, na estrada norte...E quero assim viver até a morte,Sonhando a Estrela pra você também...

Frei Walter Hugo de Almeida

“Eu vim para servir”

“Fazei isto em memóriade mim”

Missa em ação de graças a Deus

pelos 50 anos de Vida Sacerdotal de

1965 – 2015

Dia 25 de julho, às 19h

Igreja São Luís Gonzaga

Centro

Dia 26 de julho, às 10h

Capela de Nossa Senhora da Salete

Vila Tigre

Xaxim, SC

Tel.: (49) 3353-1093

Província Franciscana da

Imaculada Conceição do Brasil

Frei Ludovico Garmus, OFM

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ara concluir este mês maria-no, depois de assistirmos a vários Minutos com Maria

(um minuto sobre cada título dado a Nossa Senhora) e de conhecermos um pouquinho da história que é de-vida a cada título, nos quais perce-bemos quão grandiosa é a Mãe de Deus e nossa, realizamos a “Tarde com Maria” no Convento São Bo-aventura. Esta bela celebração teve apenas duas horas, todavia foi vi-

vida com muito afinco por todos os frades e também, por leigos que participaram conosco.

A celebração deu-se início com o Ofício de Nossa Senhora e, em seguida, em procissão, cantando a Ladainha de Nossa Senhora, fomos ao refeitório do convento, onde foi servido chá e quitutes; tudo isso ao som de piano, flautas, violão e violino. Os frades fizeram várias apresentações ao mesmo tempo em que todos estavam à vontade, saboreando o que lhes era servido

e também conversando, em clima de fraternidade.

Assim sendo, para concluir este mês verdadeiramente com chave de ouro, não podia faltar a coroação de Nossa Senhora. E assim se proce-deu. Crianças que estiveram conosco foram convidadas a coroar a Mãe, à qual é dedicado o mês de maio. Modéstia à parte, foi uma tarde rica de convivência, oração, animação e devoção a nossa Mãe. A todos que puderam participar conosco, fica o nosso agradecimento.

Nos dias 23 e 24 de maio, reali-zou-se na casa de encontro e forma-ção das Irmãs do Verbo Encarna-do, em Curitiba (PR), o 1º Juninter - Encontro dos Religiosos(as) de Profissão Temporária, em Curiti-ba, promovido pela CRB. Trata-se de um encontro dos religiosos (as) em formação depois da etapa do noviciado.

Quem conduziu o encontro foi Padre Marcial Marçaneiro, SCJ,

que trouxe reflexões do Papa Fran-cisco, tendo destaque maior a Car-ta Apostólica “Alegrai-vos”, escrita pelo Papa por ocasião do Ano da Vida Consagrada.

Neste Juninter participaram 70 religiosos e religiosas de Pro-fissão Temporária das seguintes Congregações: Irmãos Maristas, Saletinos, Carmelitas Descal-ços, Frades Capuchinhos, Irmãs Catequistas Franciscanas, Irmãs de Jesus Misericordioso, Irmãs Salesianas do Dom Bosco, Irmãs

Beneditinas da Divina Providên-cia, Irmãs Passionistas, Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e nós, Frades Menores.

Durante os dois dias, abordou-se a vida religiosa pautada na alegria do Evangelho. Refletiu-se sobre a humanidade de Jesus. Assim, todos nós, religiosos e religiosas, somos motivados a viver uma vida consa-grada a partir do encontro com o Cristo, revelando um testemunho de vida aos irmãos, através do ser-viço à humanidade frágil.

enConTRo Dos ReLiGiosos (as) De PRofissão TemPoRáRia em CURiTiba (JUninTeR)

FREI DAvID BELINELLI

ConvenTo são boavenTURa ReaLiza “TaRDe Com maRia”FREI MARcOs schWENGBER

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Formação e Estudos

os dias 4 e 5 de junho, nós, da Fraternidade São Boa-ventura, estivemos reunidos

em retiro, assessorado pela Irmã Elisa, irmã franciscana de São José. O tema que nos foi proposto foi: A Eucaristia, presente de Amor. Euca-ristia, nosso alimento, que é presente deixado a nós por Jesus, que também se faz presente todos os dias no altar por nós.

Refletimos também sobre como

nós, religiosos, estamos em uma di-nâmica eucarística. Dinâmica essa formada pela contínua partilha de si. Foi-nos proposto logo de início pensar como cada um compreende Eucaristia em sua vida, pois essa forma de interpretação é a porta de acesso para se viver o mistério.

A Eucaristia também é um mo-vimento de encontro, entre nós e o Cristo. Encontro esse que nos leva a sair de nós mesmos e irmos ao en-contro do irmão. Foram também refletidas algumas das dimensões

que a Eucaristia possui como: rela-ção entre nós e o Cristo; a dimensão oblativa de entrega de seu corpo a nós; o caráter de transformação que ela nos dá, pois através da comunhão nos tornamos Cristo para os irmãos; mariana, pois a exemplo de Maria, somos chamados a ser sacrários de Jesus; eclesial, pois amar a Eucaristia é amar a Igreja onde ela nasceu; mis-sionária, pois sou chamado a levar, a ir, a revelar o rosto do Cristo aos que ainda não o conhecem.

Somos também chamados a ser pessoas eucarísticas. Tornarmo-nos inteiramente pessoas feito oração, feito eucaristia, feito corpo e san-gue de Cristo. A cada comunhão entramos nesse movimento. Somos convidados à entrega à comunidade para que haja de fato irmãos uns dos outros.

Às 16 horas, celebramos a Santa Missa. E como era a primeira sexta--feira do mês, celebramos a missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Que esse coração humilde e manso, nos dê força para sempre nos doar-mos uns aos outros em uma con-tínua construção da civilização do amor. Amém!

ReTiRo: a eUCaRisTia, PResenTe De amoRFREI JhONEs LUcAs MARTINs

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Formação e Estudos ITF

noite do último dia 10 de ju-nho, no ITF, foi especial. Con-tamos com a presença de Mo-

ema Miranda para a “noite cultural” então promovida. Ela discorreu sobre a crise hídrica no país da abundância. Para quem falta água? Com sugestivas palavras e imagens, apresentou a rea-lidade hídrica do Planeta e como ela é administrada, particularmente no Sudeste brasileiro.

A professora Moema – Antropó-loga, Diretora do IBASE (Instituto de Análises Sociais e Econômicas), membro da OFS e Professora do Instituto Teológico Franciscano –, abriu sua fala, apresentando dois pontos fundamentais: a) “A natureza é atormentada por uma sede imen-sa”; b) “o Divino e o humano se en-contram na mesma fonte”. A partir dessas afirmações, que despertam reflexão, ressaltou que a crise da água no Planeta começou num momento determinado. Muitas intervenções do ser humano conduzidas por sua ganância, através de construções de hidrelétricas, estradas asfálticas, des-matamento em função da valoriza-ção imobiliária, canalização de rios para construção de avenidas, entre inúmeras outras, dificultam sempre mais a respiração do Planeta.

Um exemplo é o da cidade de São Paulo, cuja população, de 1940 a 2000, se viu acrescida de aproxima-damente 10,4 milhões de habitantes, acarretando áreas de risco, enchentes e falta de saneamento. Essa cidade tem tido maior destaque na mídia nos últimos tempos, pela falta de água. A maior parte de sua área é coberta por construções e asfalto, não deixando, por conseguinte, que a água da chuva

a naTUReza: eLa É mUDa oU o seR HUmano não sabe oUvi-La?FREI JULIANO FAchINI FERNANDEs

se infiltre na terra e siga seu fluxo na-tural. E, ela é parte do todo, que igual-mente se ressente com mudanças cli-máticas. O ser humano é interpelado à administração dos bens da Terra, entre eles a água.

A palestrante enfatizou que o ser humano não está situado externa-mente à natureza, mas é parte inte-grante da mesma, sendo esta, no con-junto, um imenso dom. E destacou mais: “Muitos acham que a natureza não reclama e que ela não fala, que ela é muda”. E perguntou: “Podemos con-cordar com estas afirmações ou o ser humano não sabe ouvi-la?”

A Terra está dando seu grito, fa-zendo sua profecia através de enchen-tes, terremotos, furacões, ondas de calor e frio insuportáveis, geleiras der-retendo e o mar subindo. Ela grita, faz sua profecia, nos avisa que temos de mudar nosso comportamento, nosso estilo de vida ou não terá mais vida!

A importância que a natureza ti-

nha para São Francisco de Assis, que respeitava todas as criaturas e as trata-va como “irmãs” e “irmãos” foi trazi-da com ênfase, como inspiração para a aludida mudança de atitude em re-lação à Terra.

Com urgência, precisamos tomar consciência de que a Mãe-Terra está chegando (se já não chegou) ao pon-to de não mais comportar a agressão do ser humano. Ela é bela, mas é um bem limitado. Rezemos a São Fran-cisco de Assis, para que interceda jun-to a Deus, a fim de que mais pessoas tomem consciência de que necessi-tamos do Planeta saudável e que isto depende também e sobretudo delas.

O evento foi entremeado com vá-rios números musicais e simbólico--teológicos relacionados à questão ambiental, e à água, em particular, apresentados por dois grupos de estu-dantes do ITF (um deles, o de nossos confrades angolanos), liderados por Frei Vitório Mazzuco Filho.

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Especial

Acompanhe, neste Especial, os festejos de Santo Antônio nas Paróquias, Conventos

e Santuários da Província.

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Especial

Festa de Santo Antônio do Valongo, em Santos, foi mais longa neste ano: Ela

começou no dia 31 de maio e só terminou no dia 20 de junho. Mais do que celebrar o Padroeiro, Santos celebrou os 375 anos de fundação do Santuário do Valongo. Ou seja, o 15º ano jubilar.

A celebração jubilar teve como tema “375 anos de fé e devoção” e o lema “Eu vim para servir”, toma-do da Campanha da Fraternidade

deste ano. Frei André Becker, reitor do Santuário, abriu as celebrações no dia 31 de maio, destacando a importância histórica para a Igreja e para a cidade de Santos. No 7º dia da Trezena, 7 de junho, Frei André voltou ao tema para homenagear a todos que ajudaram e ajudam a manter viva essa tradição e devo-ção no Valongo. Para representar a comunidade do Valongo, que não poupa esforços e dedicação com os frades neste trabalho de evan-gelização, Frei André lembrou Dª Cotinha – Maria Pinto Martinho

– que dedicou grande parte de sua vida ao Santuário.

Na sua pregação, Frei André partiu de Santo Antônio, destacan-do aspectos de sua vida de santida-de, recordou um pouco a história do Valongo até chegar aos dias atu-ais. “Esse legado franciscano e an-toniano veio com os portugueses para o Brasil. No Valongo, a pre-sença franciscana começou quando Santos ainda era uma vila depen-dente de São Vicente. Nesses 375 anos, a Igreja viveu momentos de altos e baixos, de crescimento mas

375 anosDe fÉ e Devoção

vaLonGo

MOAcIR BEGGO

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Especial

também de decadência. E quando falo Igreja, não estou falando só do templo mas da comunidade que sobreviveu com fé e coragem”, dis-se, destacando também a secular presença da Ordem Franciscana Secular (OFS) e da Juventude Fran-ciscana (Jufra).

Frei André agradeceu a todas as pessoas que dedicaram e de-dicam sua vida a este Santuário e continuam a escrever essa histó-ria (veja box sobre o casal Vera e Osvaldo). Infelizmente, Frei An-dré não pôde participar dos últi-mos dias da Trezena, pois o agra-

Frei André, reitor do Santuário

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Especial

vamento do estado de saúde de sua mãe obrigou-o a viajar para Ituporanga (SC).

A Província Franciscana da Imaculada Conceição, responsável por essa presença de quase quatro séculos no litoral paulista, esteve representada pelo Vigário Provin-cial, Frei Estêvão Ottenbreit e pelo Definidor Frei Mário Tagliari, que participaram da Trezena. Além do governo provincial, o Santuário convidou as comunidades e sacer-dotes da Diocese para participarem deste momento festivo.

“É muito bonito ver que a pre-sença franciscana continua viva no Valongo”, observa Frei Estêvão, destacando a importância do San-tuário para a cidade. “É um marco por sua arquitetura sacro colonial e um espaço de devoção muito im-portante para a Igreja do Brasil, especialmente para a Província”, acrescentou. Hoje, o Santuário per-tence à Paróquia Nossa Senhora Assunção, que fica no Morro São Bento, e é atendida também por Frei Hipólito Martendal e Frei Ro-zântimo Costa.

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Especial

Frei Estêvão celebrou no nono dia da Trezena, quando pregou sobre “Santo Antônio e a alegria” e também celebrou e deu bênçãos durante todo o dia do Padroei-ro (13). “Santo Antônio, o Santo da Alegria, não é um santo que mostra os dentes como marione-te treinada para sorrir o tempo todo, mas tem uma alegria que brota do seu interior, que brota do seu amor a Deus. Porque, por mais que tudo desse errado na vida dele, por mais que tivesse que modificar a vida, uma coisa

é certa – e acho que isso é que faz com que ele seja tão próximo de nós -, ele nunca renunciou à alegria de sentir-se amado por Deus”, disse o Vigário Provincial durante a Trezena.

Além dos frades, foram convi-dados sacerdotes da Paróquia São João Batista (Peruíbe), Paróquia São Tiago Apóstolo, Paróquia Nos-sa Senhora do Rosário (Catedral), Igreja Nossa Senhora de Fátima, Paróquia Santa Margarida Maria e Catedral Divino Espírito Santo (Caraguatatuba).

“Olhando para essa imagem, observe o pobre que recebe o pão de Santo Antônio. Não tem as chagas nas mãos, mas o rosto parece de Cristo. Certamente, o escultor que assim o concebeu, quis dizer exatamente isso para nós. Se conseguirmos ver no pobre o rosto do próprio Cristo, e lhe dermos o pão, quem sabe estejamos no caminho do bem-aventurado Antônio”.

(Frei Mário Tagliari)

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Especial

A geografia da Ilha de São Vicen-te se confunde com a geografia das cidades que a ocupam: São Vicente e Santos. Embora São Vicente seja mais antiga – é a primeira Vila do Brasil -, Santos a superou em termos de população e atividade econômica.

É nessa pequena Vila de Santos, fundada por Brás Cubas em 1543, que mais tarde vai nascer um dos conventos mais antigos do Brasil em atividade: Santo Antônio do Valon-go.

Neste ano, esse marco da presen-ça franciscana celebra 375 anos. A sua bela e barroca igreja viu gerações e gerações de brasileiros que se fixa-

Um PoUCo De HisTóRia

ram na cidade por causa do maior porto da América do Sul.

A história do Convento se con-funde com a história do Valongo. Segundo Frei Basílio Röwer, no livro “Páginas de história franciscana no Brasil”, a escolha do Valongo, um nú-cleo da Vila de Santos habitado por famílias portuguesas, foi feita pelo Custódio Frei Manuel de Santa Ma-ria, que recebeu o pedido da Câmara e do povo de Santos na sua viagem ao Rio de Janeiro em 1638 (a Cus-tódia Franciscana tinha como sede Recife e foi fundada em 13 de março de 1584).

Os santistas não tiveram de espe-rar muito, pois em 1639 o governo custodial, reunido em assembleia, aceitou a fundação do Convento. Frei Manoel cuidou de logo obter as devidas licenças civis e religiosas e embarcou com os companheiros fundadores – quatro sacerdotes e três

irmãos leigos – para a Vila de Santos. No dia 25 de janeiro de 1640 funda-ram oficialmente o convento de San-to Antônio do Valongo.

“A casa construída pelos Irmãos Leigos já estava em condições de ser habitada depois de quatro meses e para ela mudaram-se os frades no dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio. O Custódio voltou para o Norte”, conta Frei Basílio. Provisoria-mente, a casa funcionou na capela de Nossa Senhora do Desterro, próxi-ma ao local onde seria construído o convento. Quando os frades desocu-param esta capela, ela foi doada aos beneditinos que tomaram posse em 1650 e ao lado construíram o Mos-teiro de São Bento, que hoje abriga o Museu de Arte Sacra de Santos.

O lançamento da pedra funda-mental foi feito em cerimônia no dia 1º de julho de 1641, tendo como pre-sidente Frei Manuel. No mesmo ano,

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Especial

aos 20 de outubro, fundou-se a Ordem Tercei-ra de São Francisco e sua capela foi erguida em 1689, com arco aberto para igreja conventual. No século XVIII o Convento de Santo Antônio do Valongo foi considerado “um dos maiores da Província”; seu frontão, um dos mais lindos da época.

Terra da Caridade e da Liberdade, Santos teve a primeira Santa Casa de Misericórdia da América. É berço de figuras de renome, como os irmãos Bartolomeu e Alexandre de Gusmão e os irmãos Andradas, dentre os quais se projetou José Bonifácio de Andrada e Silva, personagem maior da Proclamação da Independência.

uma linda família. “Eu cheguei um pouco antes, tanto que participei da segunda reunião da Jufra”, lembra Vera, que morava em São Vicente e ficou sabendo que havia o “grupo de jovens” por uma amiga de sua mãe. Já Osvaldo, morador em Campo Grande, foi convidado por um amigo que fa-zia o curso de Crisma. A princípio não quis frequentar o curso, mas quando soube que havia “umas menininhas bem bacanas”, empolgou-se e aca-bou ficando. “Comecei a frequentar e a gostar do ambiente. Era a época da ditadura militar, mas na Jufra havia um ambiente democrático, descontraído e com aquela euforia toda”, conta.

Paquera vai, paquera vem, depois de quatro anos, Vera e Osvaldo assumi-ram o namoro. Vera, contudo, lembra que antes de ser flechada pelo cupi-do, queria ser consagrada e participa-va de um grupo de oração chamado Seara, assistido por Frei Eurico. “Eu chegava a ‘matar’ aula para participar deste grupo, que era composto por três moças e dois rapazes. Meu pai pensava que eu estava na escola!”, re-corda. Já Osvaldo se engajou também nas atividades. Uma delas era acom-panhar Frei Cosme, que já não podia dirigir mais: “Na época, ele ia celebrar na Nossa Senhora de Fátima e eu lhe fazia companhia. Ele queria que eu fosse para o seminário e eu até che-guei a pensar nisso”, conta.

Mas os jovens cresceram, casaram, ti-veram filhos e continuaram no Valon-go. “Na época, não precisava fazer o Noviciado e passamos direto da Jufra para a Ordem Franciscana Secular”, diz Vera, que se emociona ao falar do fa-lecimento do pai. “Esta festa, contudo, está sendo um pouco difícil para mim. A presença do meu pai aqui é muito forte. Ele gostava muito de trabalhar na festa”, conta. Esse legado que rece-beu do pai, Vera passou para os filhos, Paulo e Ana, que cresceram no Valon-go. “Só lembro de não ter participado da Trezena uma única vez. Mesmo quando os dois eram pequenos eu não deixei de participar”, observa Vera.

Esse ambiente familiar propiciou que sua filha também conhecesse o na-morado durante uma Trezena. “Meus filhos cresceram aqui. A Ana também começou a namorar aqui”, revela Vera, que é assistente social e, na festa, co-ordena a cozinha da Quermesse. “Gos-to mais do trabalho e da convivência do que das reuniões na OFS”, confes-sa, mesmo tendo ouvido da terapeuta que precisa “desacelerar um pouco…”.

Osvaldo sempre participou da festa, a ponto de o chamarem de “vice-vigá-rio”. Enquanto Vera prepara os caldos e sopas, ele fica na barraca do churrasco grego. Terminada a festa, sua ativida-de continua na pastoral do Batismo. Já para Vera o trabalho continua no Núcleo da Pastoral da Criança.

o CasaL sÍmboLo Da fesTa Do vaLonGoO casal Vera Cristina Oli-veira e Osvaldo da Cruz é referência na Festa de Santo Antônio do Va-longo. Eles se juntam a uma centena de volun-tários que não medem esforços para manter viva essa tradição no Va-longo, especialmente da Ordem Franciscana Se-cular (OFS) e a Juventude Franciscana (Jufra). Os dois se conheceram há mais de 40 anos quando ingressaram na Jufra e, no Santuário, formaram

O Convento do Valongo, obra de Benedito Calixto

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Especial

PaRi

omo acontece todo ano, a Paró-quia de Santo Antônio do Pari amanheceu repleta de devotos.

O dia mal havia nascido quando os voluntários arrumavam suas barra-cas, para receber os milhares de fiéis que passam pela Praça Padre Bento, na região central de São Paulo, para agradecer, pedir, louvar e render gra-ças a Santo Antônio.

A primeira missa aconteceu às 6 horas da manhã, e foi presidida pelo pároco, Frei Adriano Freixo, que no dia anterior havia presidido o último dia da Trezena, no qual houve o casa-mento de dois casais de paroquianos.

Para esta 101ª edição da festa, fo-ram preparadas 150 tábuas de bolo, com mais de 1 metro de compri-mento cada. O tradicional bolo de Santo Antônio é uma das grandes

boemmel, Ministro Provincial da Província da Imaculada Conceição, e concelebrada pelo pároco, Frei Adria-no Freixo, pelo vigário paroquial, Frei Carlos Nunes, e por Frei José Francis-co, que reside na fraternidade do Pari e coordena o SEFRAS, Serviço Fran-ciscano de Solidariedade. Tiago Silva, que faz a experiência do aspirantado, uma preparação para a vida religiosa franciscana, foi o cerimoniário.

No início da celebração, Frei Adriano agradeceu a presença de Frei Fidêncio, que chegou do Capítulo Geral da Ordem Franciscana nesta semana. Frei Adriano explicou um pouco sobre o Capítulo Geral. Nesta

PaRi CeLebRa PaDRoeiRo

ÉRIKA AUGUsTO

atrações da festa do Pari, junto ao pão bento, que é distribuído gratui-tamente aos fiéis. A distribuição só é possível porque muitos devotos fazem sua doação à paróquia. Uma das primeiras doações chegou antes mesmo das 6 da manhã: eram mais de 2 mil pães.

As filas permaneceram imensas durante todo o dia. As duas barracas, do bolo e do pão, são as mais procura-das pelos devotos, que não se impor-tam em ficar em pé, debaixo de sol, para garantir a bênção e a proteção de Santo Antônio. Alice Ferreira, de 27 anos, conta que é a 4ª vez que par-ticipa da festa, e faz questão de voltar todo ano. Além do pão e do bolo, a jovem adquiriu também o lírio, outro símbolo do santo. Os lírios são prepa-rados ao longo de todo o ano, por se-nhoras da comunidade. Em cada lírio, uma frase de Santo Antônio.

Ao longo de todo o dia a igreja per-maneceu lotada. Foram celebradas 10 missas, para permitir que todos os de-votos pudessem participar da Eucaris-tia. A missa solene começou às 19h30, e foi presidida por Frei Fidêncio Van-

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Especial

edição, os frades capitulares foram re-cebidos pelo Papa Francisco em uma audiência privada. Frei Fidêncio disse que o Pontífice agradeceu os frades pelo trabalho realizado.

Em sua homilia, Frei Fidêncio destacou o espírito de oração de Santo Antônio. “Certamente quando chega-mos aqui, nos colocamos diante de Deus, mas o nosso olhar se dirigiu a Santo Antônio, o portador do Meni-no Deus, o portador do Evangelho”, afirmou.

Frei Fidêncio falou sobre o pedido de São Francisco ao frade Antônio, que ensinasse Teologia aos demais freis, desde que eles não perdessem

o espírito de oração. “Santo Antônio não foi somente o professor dos fra-des no início da ordem, Santo Antô-nio foi o santo das ruas, o santo das gentes, o santo que anunciava, que ia ao encontro das pessoas, mas ao mes-mo tempo o homem que sabia se re-colher para meditar a Palavra de Deus para jamais proferir palavras frias”, disse o frade.

“Precisamos rezar para adqui-rirmos prudência e sabedoria, rezar para sermos pessoas virtuosas. Como o nosso mundo carece de pessoas vir-tuosas. Santo Antônio nos diz que a virtude precisa ser buscada. Precisa-mos orar para sermos prudentes, para possuirmos a sabedoria. São as virtu-des que fazem as pessoas brilharem”, exortou Frei Fidêncio.

O Ministro Provincial concluiu sua homilia pedindo aos presentes que deixassem a graça de Deus agir em suas vidas, para que, assim, haja uma sociedade melhor e mais justa. “Se existe tanto mal no mundo, é por-que os homens não permitem que a graça de Deus floresça em seu cora-ção. Vamos pedir no dia de hoje para

sermos homens e mulheres cheios de graça, sempre a partir do dom de Deus, que deve crescer e existir em nós, para tornar nossa cidade mais bela, nossas famílias mais virtuosas e cada um de nós sermos pessoas mais santas para edificar a Igreja de Deus”, concluiu.

No momento de ação de graças, Frei Adriano fez os agradecimentos em nome da Comissão de festas, aos voluntários e colaboradores, que tra-balharam para que a festa pudesse ser realizada, além de agradecer ao trabalho da Subprefeitura da Mooca, que ajudou na liberação da praça para realização da 101ª edição da Festa de Santo Antônio do Pari.

Após a missa, os devotos seguiram em procissão pelas ruas do bairro, com a imagem de Santo Antônio no carro do Corpo de Bombeiros. Foram momentos de fé e devoção. Ao longo do trajeto, muitas famílias nas jane-las, com imagens de Santo Antônio, pedindo a proteção do santo padro-eiro do bairro. Na chegada à igreja, a imagem foi recebida por uma bonita queima de fogos.

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Especial

são PaULo

santuário é dedicado a São Francisco de Assis, mas é refe-rência para outro santo fran-

ciscano, Santo Antônio. O convento e santuário São Francisco de Assis, no centro de São Paulo, amanheceu em

o LaRGo são fRanCisCo É De sanTo anTÔnio

ÉRIKA AUGUsTO festa neste sábado, dia 13 de junho. Devotos de diversos bairros da cidade compareceram para prestigiar a festa de um dos santos mais queridos do mundo: Santo Antônio de Pádua.

As barracas estavam no Largo São Francisco e todas tinham filas de devotos. Além das barracas de

comidas, as mais disputadas eram a barraca do pão e do bolo de Santo Antônio. Mais de 26 tábuas de bolo foram confeitadas pelas senhoras da Pia União de Santo Antônio e ou-tros colaboradores. As missas acon-teceram ao longo de todo o dia, e as bênçãos eram dadas dentro e fora da igreja. Do lado de fora, a fila era interminável. Todos passavam para abençoar seus objetos pessoais e re-ceber a bênção de Deus, através das mãos dos frades, e com a intercessão de Santo Antônio.

Na Missa das 10h30, Frei Alécio destacou a atualidade do santo, que atacava os ricos e defendia os neces-sitados. O frade contou a história de um rico, contemporâneo de Santo Antônio. Em seu velório, o santo disse que o coração dos ricos não estava no corpo, mas nos cofres, por causa do apego às riquezas materiais. E quan-do foram verificar, o coração daquele rico que havia morrido estava de fato em seu cofre, e não dentro de seu cor-po. “Santo Antônio não envelhece, permanece moderno”, concluiu Frei Alécio.

A festa continuou por toda a tarde no convento São Francisco. Frei Luiz Henrique Aquino, guardião e pároco, estava feliz com o grande movimento de devotos. “Santo Antônio é pode-roso, não precisa nem de divulgação”, afirmou o frade, que se disse muito devoto do santo paduano.

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Especial

viLa CLemenTino

Paróquia São Francisco de Assis celebrou com alegria Santo Antônio. Os prepara-

tivos para a festividade começaram nos dias 10, 11, 12 de junho com o Tríduo preparatório. Já no dia 12, sexta-feira, pudemos viver uma pré-via do que seria o dia de Santo Antô-nio. Desde bem cedo os paroquianos voluntários auxiliavam nas barracas de bolo, pães de mel e artigos religio-sos, nas celebrações litúrgicas e na preparação de bolos no salão paro-quial. Também dezenas de pessoas

estiveram na igreja para receber a bênção dada de hora em hora e os pães de Santo Antônio distribuídos nas três missas celebradas no dia.

O dia 13 de junho foi de céu azul, sol e muita alegria para celebrar a fes-ta de Santo Antônio, santo tão popu-lar e querido pelos devotos e Família Franciscana. A primeira missa do dia ocorreu às 9h e foi presidida por Frei Euclydes Pezzamiglio, contando com a participação da comunidade paro-quial, devotos, crianças da catequese da Paróquia, seus pais e catequistas. Nas três missas que se seguiram no período da tarde, o número de par-

ticipantes e demonstrações de sinais de fé e devoção só aumentaram.

A Celebração Eucarística de 15h foi presidida pelo pároco, Frei Djal-mo Fuck, que, em sua homilia, des-tacou Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa sob o título de ‘“Restaurador da Paz”.

Durante este dia de festa, que se prolongou até a noite, centenas de pessoas passaram pela paróquia, com agradecimentos, pedidos e ora-ções, para buscar o pão de Santo An-tônio, receber a bênção dada pelos frades e provar o tradicional bolo, com as medalhinhas abençoadas.

soL e Devoção a sanTo anTÔniocRIsTY AZEvEDO

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Especial

festa de Santo Antônio, o padroeiro da nossa Fraterni-dade, teve um motivo a mais

para celebrar: a primeira oração e Missa solene na Capela. Mas para festejar este santo franciscano, come-çamos com o Tríduo.

No primeiro dia, 10 de junho, Frei André Gurzynski falou sobre o tema “Santo Antônio e o Evangelho”. O frade ressaltou que ainda hoje San-to Antônio nos interpela a voltarmos para o Evangelho escutando e aco-lhendo a Palavra de Deus em nossas vidas.

No dia 11 pela manhã tivemos retiro com o pregador e Mestre dos

postulantes, Frei Marco Antônio dos Santos, que recapitulou um pouco os primórdios da vida deste grande santo, sua espiritualidade e partilhou conosco parte de uma carta de São João Paulo II pelo 8º centenário de seu nascimento. E, nas vésperas, Frei Manuel Tchincocolo refletiu sobre “Santo Antônio e a missão”.

No dia 12, o último dia do Tríduo, fizemos uma limpeza geral na casa. Frei Ricardo Backes falou sobre o tema “Santo Antônio cheio de amor”.

Uma das maiores alegrias que tivemos nesse tempo foi, também, a limpeza e organização da nova ca-pela do Postulantado. Já no sábado

pela manhã fizemos a nossa primeira oração e, às 10 horas, tivemos nossa Missa solene com a presença de Pe. Abel, o nosso pároco, das Irmãs Vi-centinas, dos funcionários e de al-guns dos nossos benfeitores.

E, para completar este tempo de graça, um almoço festivo, onde pu-demos partilhar de nossas alegrias rendendo sempre graças a Deus pelo dom de nossa vida e vocação! Pela intercessão de Santo Antônio reza-mos pela vida de todos os irmãos e irmãs que fazem parte de nossa vida e história! Paz e Bem!

Bernardo João Cassinda e Hélder Josué Mateus Domingos, postulantes

KibaLa

o PResenTe De sanTo anTÔnio

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CRonoLoGia Da missão em anGoLa (viii)2008

abril• Adávio Afonso Ribeiro, o primeiro missioná-

rio leigo na Missão Franciscana em Angola.

Junho• Envio missionário de Frei Ivair Bueno de Carvalho.

Julho• Frei Augusto Koenig – Ministro Provincial, comemora o bom momento da Missão em Angola, após presidir a Assembléia Anual da Fundação.

agosto• A Ordem Franciscana reconhece a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. • Envio missionário de Frei André Gurzynski.

setembro• Contêiner leva doações a Luanda. • Frei Atílio Battistuz sofre acidente e volta ao Brasil.

2009

maio• Despedida e envio de Frei Sérgio Silas Damasceno.• Frei Evaristo Spengler celebra Jubileu de Prata em Angola.

2010

Janeiro• Três angolanos fazem Noviciado em Rodeio: Gaudêncio C. C. Numa, José Morais Cambolo e Manuel Tchincocolo Ramos.

Fevereiro• Envio Missionário marca encerramento de Assembleia: Frei Rob-

son Luiz Scudela e Frei Alex Ferreira da Silva.• No dia 23 de fevereiro de 2010, partiram de São Paulo para Angola,

os seguintes frades missionários: Frei Vitalino Piaia, Frei Carlos Alberto Guimarães, Frei Alex Ferreira da Silva, Frei Robson Luiz Scudela.

• Frei Saulo José Duarte, professo solene, membro da Província de Santa Cruz, MG, integra-se às atividades da FIMDA.

março• Nove jovens angolanos ingressam no Seminário Monte Alverne.

abril• Mensagem do Ministro Geral ao Capítulo da Fundação de Angola

– 20 anos. • Começa o 1º Capítulo da Fundação Imaculada Mãe de Deus de

Angola – 20 anos.

Junho• Frei Afonso K. Quessongo é ordenado Diácono.

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Especial

Em Niterói, a Paróquia Porciún-cula de Sant’Ana também festejou com Santo Antônio os 50 anos de

sua fundação. No dia 13, com o tema “Renovar o ardor evangélico”, o povo participou ativamente de toda pro-

gramação litúrgica e festiva. Na rua, quadrilha, forró e não faltou a feijoa-da carioca no dia de Santo Antônio.

fesTa Do PaDRoeiRo CeLebRa 60 anos Da PaRóQUiaA Paróquia Santo Antônio de

Bauru celebrou neste ano 60 anos de sua fundação. Na Trezena, os fiéis devotos puderam se preparar para a grande festa do Santo Padroeiro.

Na Paróquia de Santo Antônio

de Bauru, o bolo do santo faz mui-to sucesso com os solteiros que pre-tendem se casar. Frei Jorge Maoski explicou que cinco medallhinhas de ouro e 500 de chumbo são colocadas dentro do bolo. “Quem encontra é

sinal de sorte. Há algumas pessoas que comprovam a ‘simpatia’, que se casaram depois de terem encontrado a medalhinha no dia de Santo Antô-nio”, afirmou ao portal G-1 em longa matéria sobre a festa.

PoRCiúnCULa fesTeJa 50 anos Da PaRóQUia

baURU

niTeRói

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Especial

esde as 5 horas, os portãos que dão acesso ao Convento Santo Antô-nio, no Largo da carioca, estavam

abertos para acolher os devotos do grande santo.

Às 6 horas, Frei Sérgio de Souza cele-brou o primeiro horário de missa e Frei Robson de Castro Guimarães, às 7 horas.

A Celebração Eucarística das 8 horas foi presidida pelo Vigário Episcopal para o Vicariato Urbano Padre Wagner Toledo e concelebrada por Frei Gilmar José da Silva, Reitor da igreja do Convento que também exerce a função de Vigário Forâneo da Ar-quidiocese do Rio de Janeiro.

Frei Ivo Müller celebrou a Eucaristia às 9 horas. Durante todo o dia a Igreja ficou lotada em todas as 13 missas.Todos pude-ram agradecer e fazer seus pedidos a Santo Antônio.

Nas barracas de comidas típicas o mo-vimento foi intenso. Destaque para o Bolo de Santo Antônio. 102 grandes bolos fo-ram confeccionados e, a cada medalha en-contrada pelos fiéis, a gritaria e animação tomava conta da festa.

Os devotos tiveram oportunidade de adquirir imagens e medalhas do Padroeiro nas barracas de artigos religiosos.

Os frades estudantes de Teologia e vo-cacionados ajudaram na distribuição dos pães.

Grande também foi a procura para o sacramento da Reconciliação.

A última missa foi presidida pelo Reitor Frei Gilmar que agradeceu a ajuda dos vo-luntários e irmãos da OFS e Pia União de Santo Antônio. A Trezena de Santo Antô-nio começou no dia 31 de maio.

Rio De JaneiRo

TRaDição e fÉ no LaRGo Da CaRioCa

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radição há mais de 50 anos na cidade, a festa em honra ao franciscano Santo Antônio de

Pádua, no dia 13 de junho, que tem como tema “Nos passos de Santo Antônio, no caminho para a paz”, chegou à sua 59º edição. Até a última Missa do dia, celebrada às 19 horas, a expectativa era de que mais de 10 mil devotos passassem pela igreja matriz dedicada ao santo, situada no bairro Árvore Grande.

Realizada pela Paróquia de Santo Antônio, localizada nos altos da Ave-nida São Paulo, a data comemorativa contou com a celebração de Missas, distribuição de pães abençoados e a venda do famoso bolo de Santo An-tônio, que neste ano pesou aproxi-madamente três toneladas.

Como feito em todos os anos, pela fama popular de santo casamenteiro, 2.500 medalhinhas do padroeiro fo-ram colocadas no bolo, que era vendi-do a R$ 2,50 o pedaço. O pároco, Frei Gilberto Marcos Piscitelli, explica que o bolo é uma tradição brasileira pela atribuição de Santo Antônio como padroeiro dos casais. “Ele também ajudou pessoas com o dote para que pudessem se casar. As medalhas são uma crença que os fiéis possuem.” Ele frisa que essa tradição existe há mais de 100 anos no País, mas que não é uma verdade teológica. “Nada obriga que seja assim ou que aconteça. Quem encontra, acredita estar agraciado, e que em breve se casará”, acrescenta.

O pároco comenta que a Igreja

não se opõe às crenças e costumes dos devotos, como, por exemplo, virar a imagem de Santo Antônio. “O pedido que os fiéis fazem é cari-nhoso e amoroso. Virar o santo é em função de castigá-lo, bem como tirar dele o Menino Jesus, que ele carrega. A intenção é fazer com que o pedido seja atendido para que o Menino seja devolvido”, explica.

O bolo, que começou a ser pre-parado na quinta-feira (11), contou com a ajuda de 50 pessoas. O dinhei-ro arrecadado com a venda dos pe-daços será direcionado ao Centro de Pastoral da igreja.

Terezinha de Oliveira Silva, 73 anos, afirma ir à festa de Santo Antô-nio há mais de 30 anos. “Ele nos aju-da muito, além de ser padrinho da minha mãe, ajudou minha família a casar.” Ela comenta que a filha, que é deficiente visual, não namorava nem trabalhava porque era incomodada com o próprio corpo. “Acredite se quiser, quando ela achou a medalhi-nha dentro do bolo, sua vida mudou.

Passou em primeiro lugar no con-curso para escrevente e está noiva.”

Já a bióloga Thaís Manzato, 28 anos, conta que, mesmo fazendo parte de outra religião, vai em todos os anos à celebração, pois tem mui-ta devoção pelo padroeiro. “Não só pelo casamento, mas por tudo. Tudo o que eu preciso, alcanço.” Ela ressal-ta que há quatro anos ela compra o bolo de Santo Antônio e que sempre encontra a medalha.

A comemoração seguiu com cin-co Missas em honra de Santo An-tônio. A primeira foi às 7 horas e, depois, às 10 horas. A celebração do meio-dia, presidida pelo pároco Frei Gilberto, contou com a presença do Exército, que trouxe de forma solene a imagem de Santo Antônio em fun-ção da nomeação dele como Capitão e Protetor do Exército Brasileiro. De-pois, a festa seguiu com a Santa Mis-sa das 15, das 17 e foi finalizada com a das 19 horas.

Texto extraído do “Diário de Sorocaba”

soRoCaba

a 59ª fesTa De sanTo anTÔnio

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Especial

o dia 13 de junho, festa de Santo Antônio, nós, frades estudantes, jun-

tamente com nosso mestre, Frei Fábio Gomes, estivemos abençoando o povo pela in-tercessão do santo francisca-no no Convento e Paróquia Senhor Bom Jesus dos Per-dões no centro de Curitiba. Tradicional, a bênção é pro-curada pelo povo que, cheio de pedidos e agradecimentos a Deus, acorre às igrejas nes-

ob o toque dos sinos amanhe-cia o dia 13 de junho, anun-ciando a primeira missa em

honra ao glorioso padroeiro Santo Antônio, presidida às 7h30 pelo pá-roco, Frei Vanderley Grassi. De hora em hora foram se seguindo as bên-çãos votivas até a missa das 12h30, presidida pelo sênior da casa, Frei Eliseu Tambosi. Seguiram-se nova-mente as bênçãos votivas, e assim ia se passando a tarde sob a preocupa-

ção se choveria ou não à noite. Mes-mo diante de um céu instável, uma multidão de fiéis começou a chegar para a missa solene. Confiantes na intercessão do santo dos milagres e perante a incapacidade de abrigar tantos fiéis dentro da igreja, prepa-rou-se tudo para a missa campal, que transcorreu em um grande clima de fé e devoção. Padre Cláudio, vigário forâneo do centro-sul da ilha, presi-diu a esta missa solene e dirigiu pa-lavras cheias de sabedoria, que emo-cionaram a muitos devotos.

Sob o toque dos sinos saiu a pro-cissão, com velas acesas, tomando as ruas e enchendo os ares de cantos e orações. Quando o andor chegava junto à igreja, começaram a cair uns pingos grossos de chuva; o que foi visto por muitos presentes como um sinal do santo. Todos entraram na igreja e faltava espaço nos corredores para abrigar tamanha multidão de pé para a bênção final. Nas cestas, junto ao altar, havia cerca de 3.000 pães com frases de Santo Antônio, para serem bentos e distribuídos aos fiéis

fLoRianóPoLis

Devoção e fesTa na iLHa

RonDinHa: sanTo anTÔnio Do Povo De DeUs

FREI ANDRÉ LUIZ DA R. hENRIQUEs

FREI RAONI FREITAs DA sILvA te dia para agradecer a valio-sa ajuda deste grande santo.

Sabemos que a bênção não é nossa, ela parte de Deus mesmo, nós apenas a parti-lhamos, pois como disse nos-so Seráfico Pai Francisco: “...nada de vós retenhais para vós...”. Cumprindo este pedido confirmamos nossa vocação que é de estar junto e a servi-ço do povo de Deus. Somente aqueles que sabem restituir a Deus o que já é dele, enten-dem por que Santo Antônio é o santo do povo!

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Fraternidades

e 1948 a 1960, período em que a cidade de Pato Bran-co cresce, a pequena igre-

ja de madeira da praça se tor-na acanhada, o povo clama por um espaço maior, o bispo Dom

Carlos Eduardo Saboia Bandei-ra de Mello pede empenho dos frades e do povo a “se unirem e não pouparem esforços para er-guerem uma majestosa igreja na cidade”. Agora tocava aos frades pesquisar uma solução condi-zente.

De Como aCHaR Um PRoJeToEm 1950, esteve na paróquia

Frei Walfrido Stähle, da Custódia Franciscana do Mato Grosso, no-tório, na época, como projetista de belas igrejas no Brasil central. Walfrido, um irmão leigo, especia-lizou-se na área da arquitetura e

maTRiz são PeDRo De PaTo bRanCo: 50 anos De inaUGURação

FREI OLIvO MARAFON

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Fraternidades

engenharia, em escolas da Alema-nha. As boas concepções do fra-de ficaram para estudo do pároco e comissão de fabriqueiros. Mais tarde, em 1957, surgiu um novo projeto, da Marna Construtora, de Curitiba. Foi apresentado ao Pá-roco Frei Honorato Brüggmann, pelo arquiteto René Mathieu, um francês, de seus 30 anos, radica-do na capital do estado, sócio do engenheiro civil Felippe Arns. De linhas modernas, arrojadas, com arco em forma de harpa por sobre a cobertura, o projeto impactava. Foi bem acolhido pelos intelectu-ais da cidade, porém, com reserva, pelo povo simples e pela comissão da paróquia.

a bUsCa De Um ComPeTiDoREm 1959, Frei Gonçalo foi no-

meado pároco. Procurou, de ime-diato, uma alternativa ao projeto da Marna. Apresentou ao renoma-do arquiteto Benedito Calixto de

Jesus Netto a planta do terreno, junto à praça, para uma igreja, em estilo arquitetônico clássico, com área viável a um público de 1.200 pessoas sentadas. Benedito Calixto valorizava, em especial, o estilo neo-românico nos muitos e muitos templos, construídos Brasil afora, de Chapecó, passando por Itapetininga, à Basílica Nacional de Aparecida e tantas outras.

o moDeRno e o CLássiCo, no RinGUe

Com dois projetos em mãos, o moderno e o clássico, Frei Gonça-lo convocou a comunidade católica a se manifestar. Escreve o cronista: “A maioria dos homens presentes à reunião, com exceção de dois, pre-feriu o segundo projeto”, isto é, do Dr. Benedito Calixto, uma decisão que agradou sobremaneira ao Pá-roco e ao bispo de Palmas, Dom Carlos Eduardo, um cultor do tra-dicional na arte sacra.

Das esTaCas à inaUGURaçãoEm 29 de junho de 1960, Festa

de São Pedro, foi lançada a pedra fundamental. Quando chegou o final do ano, as bases, em vasta área de nascentes, já tinha exigi-do o implante de 240 estacas de concreto, de 6 a 11 metros de pro-fundidade. Em 29 de junho, de 1965, na 35ª Festa de São Pedro, com as bênçãos de Dom Carlos Eduardo, a nova matriz foi inau-gurada, listada como uma das maiores igrejas do Paraná, com 62 metros de comprimento e 34 de largura.

a aLma Da CiDaDeA Matriz São Pedro movimen-

ta o coração da cidade, não apenas espacialmente, mas muito mais no sentido espiritual, como expressão

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Fraternidades

da fé. O relógio da torre indica as horas, o templo orienta o povo de Deus, na celebração da Palavra e da Eucaristia, na mensagem do imenso mosaico do presbitério em sua temática bíblica do Lava--pés, nas imagens dos vitrais, nas harmonias que fluem do órgão de tubos.

o QUe JesUs fazia no aLTo Do monTe

O conjunto arquitetônico da matriz comporta espaços para a ca-

tequese e reuniões e a Capela São Francisco, que, a modo da matriz, permanece aberta o dia todo à vi-sitação, oração e meditação. Im-pressiona ao observador o número e a devoção das pessoas, de todas as classes, de perto e de longe. A ca-tequese, por sua vez, reúne, sema-nalmente, mais de 1.000 crianças, adolescentes e adultos, num pro-cesso que exige sempre maior par-ticipação das famílias na educação para a fé.

Da TRaDição oRaL à esCRiTaNeste ano de 2015, a 85ª Festa

de São Pedro, além da novena, dos festejos no salão paroquial, marcou o lançamento de duas obras. “Pre-sença Franciscana em Terras Brasi-leiras”, um volume de 540 páginas, da autoria de Neri Bocchese e Eli-zabeth Bodanese, com destaque ao trabalho dos franciscanos no Su-doeste do Paraná. “Rádio Celinau-ta, uma voz forte em meio à revolta dos colonos”, o segundo livro, uma pesquisa histórica de Betto Rossat-ti sobre a luta pela terra no Sudo-este do Paraná, fato por fato, noti-ciada nos microfones da emissora franciscana. São duas produções de leigos ativos nas frentes de ação dos frades, na Paróquia e na Fundação Cultura Celinauta.

obRiGaDo, senHoR!“Matriz São Pedro, 50 anos, am-

pla e acolhedora, integrada ao visu-al da cidade, expressão de uma fé de raiz profunda no coração das famí-lias católicas, que, em mutirão, ofe-receram-se, como pedras vivas na construção da Casa do Senhor”

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ntre os dias 17 e 24 de maio, parte da equipe do Pró-Voca-ções (PVF) esteve em Registro,

interior de São Paulo, animando as Missões Franciscanas. A Catedral São Francisco Xavier recebeu os mis-sionários, através do convite do Pe. Adelson Rosa de Souza. Oito comu-nidades foram visitadas nestes dias: 4 urbanas e 4 rurais.

A preparação dos missionários foi realizada no primeiro dia, com um retiro, que abordou o aspecto missionário dos leigos. Frei Diego Melo, que orientou o retiro, usou a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium para animá-los, desta-cando a alegria de ser missionário, de sair de si mesmo e se doar pelo Evangelho.

Além de Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Diego Melo e Frei Alexan-dre Rohling, frades que trabalham no PVF e no SAV (Serviço de Ani-mação Vocacional), estiveram pre-sentes Lucas Vieira, da equipe do PVF, Ir. Isabel Simeoni, religiosa das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt e

Ir. Cleusa, das Irmãs Franciscanas Seráficas, Edson e Tiago, aspirantes franciscanos.

A semana foi marcada pelo en-contro com a população local. Para grande alegria dos missionários, muitos moradores abriram a porta de suas casas para recebê-los, inclu-sive pessoas de outras denominações religiosas.

Para Edson Rocha, que mora atu-almente na Paróquia Santo Antônio do Pari, em São Paulo, as Missões Franciscanas foram marcantes. “A cada visita era como se a Palavra de Deus estivesse sendo reescrita. Que riqueza testemunharmos a grande fé de um povo simples e que abre as portas de suas casas com grande alegria para receber os missionários”, afirmou.

No sábado aconteceu uma ca-minhada. Os moradores saíram da matriz em direção ao bairro Raposa. As Missões Franciscanas tiveram seu encerramento do domingo, com a celebração de Pentecostes, momento propício para celebrar em comuni-dade esta grande atividade missio-nária.

José Eraldo Paiva, que mora em Registro e é benfeitor do PVF, escre-veu algumas palavras para agradecer pelas Missões Franciscanas.

“Em nome de nossa Paróquia, das comunidades da cidade e rurais, agradecemos a Deus a presença dos missionários franciscanos em nosso meio. Foi uma semana abençoada, terminando com a festa do Divino Espírito Santo que se fez presente nos corações de todos os paroquianos. Obrigado ao Pró-Vocações Francis-canas; a todos os missionários que aqui estiveram.

Tenham a certeza de que com a simplicidade, as palavras inspiradas, a amizade e o carinho que trouxeram até nós, reavivaram a fé daqueles que já a possuíam e tocaram os corações de todos, lembrando a presença de um Deus que é amor.

Ficamos muito felizes e os colo-caremos em nossas orações; rezem também por nós. Pedimos também a Deus, para que na sua imensa sa-bedoria e providência nos envie, sempre que esmorecermos, seus ins-trumentos de paz: os frades da Pro-víncia da Imaculada Conceição.”

Pvf-sav: missão fRanCisCana em ReGisTRoÉRIKA AUGUsTO

Fraternidades

281

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| Comunicações | Julho 2015 |282

Fraternidades

os dias 08 e 09 de junho, no Seminário São Francisco, de Ituporanga, o Regional que

compreende as fraternidades de Curitibanos, Ituporanga e Lages, se reuniu mais uma vez para seu encon-tro de partilha de realidades e refle-xões para sua formação permanente. Este foi o primeiro Regional sob a coordenação de Frei Vilmar Alves da Silva, que assumiu a função após a transferência de Frei Neuri Francisco Reinisch para Pato Branco.

No encontro, os frades puderam partilhar de suas experiências pasto-rais e fraternas, bem como da reali-dade da formação no seminário de Ituporanga. Os frades também apro-veitaram a ocasião para rezar pelo confrade Frei Nilton W. Steckert, que veio a falecer um dia após o encerra-mento do encontro.

A reflexão girou entorno da fren-

o dia 1º de junho os frades do Regional do Vale do Itajaí reunimo-nos em Balneário

de Camboriú. Chegamos à Residên-cia de Santa Inês praticamente no mesmo horário, isto é, entre 08h15 e 08h30. Como sempre, fomos muito bem acolhidos pelos bondosos con-frades da Residência de Santa Inês. Não puderam nos acompanhar os confrades Frei Abel, por motivo da idade avançada, e Frei Edgar Weist, por causa de uma consulta médi-ca. Lamentamos as ausências, mas compreendemos. Tomamos um café especial do Balneário Cambo-

riú, como sempre, preparado com todo o carinho pelos confrades. Às 9 horas reunimo-nos para o início das atividades. Frei Ladi, coorde-nador da fraternidade, deu-nos as boas vindas. Frei Roberto, coorde-nador do Regional, iniciou a reu-nião com a bela oração: “A Paz se fundamenta no amor de Deus por nós e pelas criaturas”. Após a leitura da ata da reunião anterior, Frei Ro-berto pediu um relatório de alguns acontecimentos nas nossas fraterni-dades e paróquias. Os confrades se encontram bem nas fraternidades, onde vivem e estão contentes. A pa-róquia de Rodeio está concentrada nas missões populares, pregadas

pelos padres capuchinhos. A paró-quia de Nossa Senhora Aparecida (Blumenau) e a paróquia de Gaspar (São Pedro Apóstolo) têm missões populares, realizadas pelos próprios paroquianos, de acordo com o pro-grama da Diocese de Blumenau. A paróquia de Santa Inês (Balneário Camboriú) prega o Evangelho aos pais dos catequizandos através dos próprios catequistas. Às 10h30 le-mos e comentamos o tema: “Ante-projeto da Província para a presen-ça nas paróquias e santuários”. Após lauto almoço, despedimo-nos dos confrades, na alegria por termos re-alizado mais um gostoso encontro fraterno.

ReGionaL Do vaLe Do iTaJaÍFREI JOsÉ BERTOLDI

enConTRo Do ReGionaL Do PLanaLTo CaTaRinense e aLTo vaLe Do iTaJaÍ

te de evangelização das Paróquias e Santuários. Os frades puderam discutir sobre os desafios e possibi-lidades percebidos nas atuações pas-torais. Pontuou-se que o caráter fran-ciscano ficará evidente quanto mais claro for que é uma fraternidade que assume o cuidado pastoral, sem tan-

to enfoque na figura do pároco, e que este consiga partilhar a responsabili-dade e decisões com seus confrades.

O encontro transcorreu de forma bem fraterna. Os frades celebraram a Eucaristia junto aos seminaristas e a noite foi marcada por um jantar recreio.

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Fraternidades

Regional Rio-Baixada se encontrou em 18 de maio, no Convento Santo Antô-

nio. Com a possibilidade de chegar na véspera, a ideia ainda não foi bem acolhida, mas na segunda--feira estávamos lá, refletindo so-bre nossa vida, rezando e revendo alguns confrades. O enfoque foi a revisão das cinco frentes de Evan-gelização, a que se tem dado bas-tante enfoque em nossa Província. Eco do encontro de Irmãos e da reunião de Párocos, Guardiães e

Coordenadores de Fraternidade, o enfoque foi que evangelizamos em fraternidade, não só a partir de quem está à frente. Foi lembrado ainda o pedido do Papa Francis-co por uma Igreja em saída, e que muita coisa é questão de carisma, pois hoje não temos bispos como Dom Paulo Arns, Dom Hélder, que se posicionavam e assumiam a res-ponsabilidade. Da mesma forma, temos muitos trabalhos bonitos e importantes, como missão, cui-dado dos doentes, o estar entre os pobres, que são mais difíceis para alguns frades, apesar de o carisma

de servir aos pobres ser essencial para o ser franciscano. Nessa situ-ação, não é o julgamento do outro que deve vir primeiro, mas de nós mesmos. Se o outro não faz, nos coloquemos à disposição antes de criticar. É preciso testemunho. Conversamos ainda sobre nossos frades enfermos e idosos, e qual a melhor forma de cuidar deles, lhes garantindo o melhor. No final, tudo acaba em festa, pois, ainda hoje, como os primeiros frades que “reu-niam-se com prazer e gostavam de estar juntos “(1Cel 39), nossa voca-ção se dá na Fraternidade!

enConTRo Do ReGionaL Rio-baiXaDaFREI cLAUZEMIR MAKXIMOvITZ

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Igreja Católica pede, através do de-creto Unitatis Redintegratio 1, que promovamos “a restauração da uni-

dade entre todos os cristãos” e no Brasil a Igreja tem em seu calendário a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Assim o Convento e Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, atendendo a essa orientação, abriu as portas para receber nos-sos irmãos de outras Igrejas Cristãs para nos unirmos em oração.

Entre os dias 20 e 24 de maio, nas depen-dências da paróquia, nos encontramos para refletir sobre a Palavra de Deus a partir do capítulo 4 do Evangelho de São João, e da re-alidade do ecumenismo em nosso país.

No primeiro dia de encontro, tivemos a oportunidade de ouvir Frei Volney Berken-brock abordando a realidade do Movimen-to Ecumênico no Brasil e sua história após o Concílio Vaticano II; apresentou-nos os principais pontos que levam às divisões das Igrejas Cristãs e a evolução da estrutura ecu-mênica no Brasil, iniciada com a Aliança Evangélica Brasileira. Ao término de sua pa-lestra e do dia de reflexão, Frei Volney convi-

dou os participantes a rezar o Pai Nosso Ecu-mênico na intenção de que um dia passemos de um Ecumenismo Institucional à Plurali-dade Eclesial.

No segundo dia de palestra, Frei César Külkamp refletiu sobre a observância de Cristo para com a diversidade do povo de Israel e dos que viviam para além das frontei-ras israelitas, usando como fonte, a passagem do Evangelho de São João 4,1-30, a mulher Samaritana. Ele destacou que precisamos atravessar a Samaria de nossa vida para que sejamos cristãos plenos e que levemos a Boa Nova do Evangelho de Cristo e, que é preciso achar poços de humanidade para que seja-mos saciados da sede de esperança e justiça.

O Pastor Helton Pothin, da Igreja Evangé-lica de Confissão Luterana no Brasil, no ter-ceiro dia, orientou a reflexão sobre o papel so-cial da mulher no tempo de Jesus, sobretudo da mulher samaritana. Destacou o preconcei-to sofrido pelos samaritanos naquela época.

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em Petrópolis encerrou-se com o culto ecumênico na Igreja do Sagrado Co-ração de Jesus, presidido por Dom Gregório Paixão, bispo diocesano e Pastor Helton Po-thin, da Igreja Luterana de Petrópolis.

saGRaDo: semana De oRação PeLa UniDaDe Dos CRisTãos

FREI JULIANO FAchINI FERNANDEs

Fraternidades

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erca de 80 voluntários, de Pato Branco e região, passaram o sábado todo em Xanxerê, para

ajudar na reconstrução da cidade.A Ação Solidária, organizada

pela Fundação Cultural Celinauta e pela Paróquia São Pedro, possibi-litou a voluntários oferecer um dia de serviço na reconstrução de casas na cidade atingida por um tornado com ventos superiores a 250 km/h. A Secretaria de Defesa Civil de San-ta Catarina afirmou que os prejuízos superaram os 100 milhões de reais. Cerca de duas mil pessoas ficaram desabrigadas e 1.500 imóveis resi-denciais, industriais e comerciais fo-

ação soLiDáRia Une PaTo bRanCo e XanXeRêram atingidos com destruição, total ou parcial.

Por conta da necessidade de mão de obra para a reconstrução em Xan-xerê, a Direção da Rádio Celinauta, Movimento FM e TV Sudoeste, con-vocou voluntários a doar um dia de trabalho pela reconstrução dos imó-veis atingidos. “A resposta à solicita-ção foi excelente”, afirmou Frei Neuri Reinisch, Diretor da Fundação. Cer-ca de 80 voluntários foram a Xanxe-rê e lá serviram o sábado inteiro, em várias frentes.

Telhados refeitos, muros e pa-redes reerguidos, toneladas de en-tulho removidos, tudo isto resultou

num gigantesco mutirão de solida-riedade. O pintor Claudemir Antô-nio passou o dia, de pincel na mão, devolvendo cor e proteção, interna e externa, a casas danificadas. “Estar na condição de poder ajudar é me-lhor do que na condição de precisar de ajuda” – reconheceu, ao final. Estava feliz em contribuir com sua especialidade com o povo irmão de Xanxerê.

A viagem dos voluntários ao des-tino contou com o suporte da Prefei-tura Municipal de Pato Branco, atra-vés da Brantur Turismo, e gentileza da Cattani Sul. A Direção da Fun-dação agradece a todos os integran-tes desta jornada de ação voluntária, anônima e despretensiosa.

“A experiência da gratuidade vivida em Xanxerê não tem preço. É crescimento para nossa equipe e para todos os voluntários, demons-tração de que Pato Branco é sensível ao drama de tantos irmãos que tudo perderam, por conta do tornado que varreu, parcialmente, o muni-cípio de Xanxerê, naquela tarde de 20 de abril de 2015” - concluiu Frei Neuri Reinisch, diretor da Fundação Cultural Celinauta.

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Fraternidades

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Evangelização

A Rede de Solidariedade Franciscana, dos frades fran-ciscanos (OFM) da Província

Franciscana da Imaculada Concei-ção do Brasil, conhecida como Se-fras, neste ano, completa 15 anos de estruturação. São 15 anos atendendo os mais variados públicos e ajudando na autonomia e cidadania de muita gente. Ao ano, são mais de 144 mil atendimentos. O principal objetivo que a instituição assume atualmen-te é o de não prestar atendimentos desconexos da realidade, e sim, por meio da política de assistência social, se colocar como propositiva para o debate social e a contribuição na transformação da sociedade.

Para o diretor-presidente do Se-fras, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, é importante ajudar indi-vidualmente as pessoas, mas, sobre-tudo, combater os problemas sociais como um todo. Para ele, é preciso

estar dentro dessa realidade, questio-nando-a e entendendo-a para assim chegar às soluções e modificá-la. Seja por projetos de lei, por campanhas de conscientização, pela ampliação dos serviços, nas redes de relaciona-mentos ou encaminhamentos assis-tenciais. De acordo com o frei, tudo isso necessita de articulação política social entre os envolvidos.

Desde os tempos de Francisco de Assis, os franciscanos carregam valores e práticas de solidariedade e fraternidade. Ao longo dos séculos, as províncias franciscanas se posi-cionam ao lado dos mais oprimidos e empobrecidos, sempre buscando ajudá-los. No Brasil, não foi diferen-te. “Os franciscanos já chegaram aqui junto com as primeiras embarcações portuguesas”, conta Frei José.

Após a promulgação da Consti-tuição de 1988, muitas organizações se questionaram sobre a maneira de atuar na assistência social. Além do debate mais amplo sobre a questão,

também houve mais financiamento e incentivo para a qualificação do tra-balho social. “Nesta perspectiva foi que os frades começaram a se rees-truturar. Até antes da criação do Se-fras, em 2000, tínhamos várias obras sociais que trabalhavam com públi-cos diversos, mas, esses trabalhos nunca foram pensados em torno de uma mesa e de forma conjunta,” re-lembrou Frei José.

“Então, foi feito o questionamen-to sobre o sentido do trabalho, da questão filosófica e do entendimento daquela sociedade que estava se orga-nizando e, enquanto parte dela, qual papel iríamos prestar. Isso começou a ser a pauta das reuniões dos frades. Foi a partir daí que se deu início à organização desses trabalhos sociais. Começaram a transformar os vários serviços de atendimento, que viviam isoladamente, em uma rede interna. Assim, foi criado o Sefras, atenden-do o povo da rua, pessoas que viviam com HIV, catadores, crianças...”.

sefRas: 15 anosUma HisTóRia De ConsTRUção Da aTUação soCiaL fRanCisCana

FABIANO vIANA E RAPhAEL sANZ

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Evangelização

Frei José explica que, a partir de então, em meados do ano 2000, o trabalho social dos frades, em con-junto com as diretrizes da política pública de assistência social, “come-çou a atuar numa rede de serviços, com atendimentos diversos, onde cada serviço tem uma função e todos trabalham interligados”. E, isso não significa que um serviço atende o ci-dadão desde a sua primeira necessi-dade até a última. Quer dizer que, ao acolher uma pessoa, realiza-se o le-vantamento das suas necessidades, e, em seguida, ela é encaminhada para outros serviço da rede socioassisten-cial do município.

Mesmo com esse avanço organi-zacional do atendimento, uma série de questões esperou até o final do triênio, em 2004, para serem refle-tidas. Diversos resquícios da antiga forma de organização permaneceram e precisavam ser eliminados. “Então, começou todo esse processo de en-tendimento e, ao mesmo tempo que estávamos voltados a conhecer as novas leis, as novas implementações e regulamentações, também come-çaram os desafios de pensar o que significava trabalhar no social. Então, fizemos uma ressignificação da nossa atuação, com os questionamentos: o que nós, frades, queremos com o tra-balho social? Que relevância tem uma organização franciscana dentro da es-fera social?”, lembrou Frei José.

Entre os anos de 2004 e 2006, Frei Mário Luiz Tagliari que estava à frente do Sefras e iniciou este debate. “Ele e a equipe desta época fizeram a reflexão e concluíram a proposta de trabalho que foi aprovada na as-sembleia dos frades ao final de 2006”, contou o Frei José.

“Eu chego ao Sefras quando ele está mais ou menos tendo a clareza para onde ele ia. Porque antes havia as orientações, os resultados e os estudos que vinham dessas indaga-ções, mas não se tinha ainda formu-lado o que seria esse plano de traba-lho”, afirma Frei José, que assumiu o Sefras em 2007.

Nas palavras do Frei, o Sefras estava totalmente mobilizado com a discussão de implantação do novo plano de trabalho, que havia sido aprovado na assembléia dos frades e precisava ser colocado em prática. “Então eu peguei uma situ-ação que estava em construção e a transição entre a discussão mais te-órica e coloquei tudo isso em prá-tica”, disse.

“Na verdade, eu cheguei e fui fiel àquilo que o plano anterior ti-nha construído como indicação. A implantação disso exigiu avaliações e adaptações. Antes, o Sefras traba-lhava numa perspectiva humanitária e voluntária, sem nenhuma perspec-tiva política e de estudo da realidade. Agora é um serviço social organi-

zado. E a cada ano, tem avaliações, qualificações e vamos aprimorando nosso serviço.”

Hoje, o Sefras trabalha com uma série de públicos: crianças, idosos, população em situação de rua, de cárcere, pessoas que vivem com HIV, imigrantes, catadores de recicláveis, entre outros.

A instituição tem uma proposta de construção coletiva com os tra-balhadores dos serviços e os aten-didos no que se refere aos debates pertinentes a cada um desses públi-cos. Há uma comprovada articula-ção entre os serviços. Por exemplo, o Centro de Referência e Acolhida para o Imigrante, o Crai, funciona no mesmo prédio do Centro de Aco-lhida, no centro de São Paulo, que oferece abrigo a quem não tem lugar para morar. São dois atendimentos diferentes, mas, muitos imigrantes que buscam o Crai para regulariza-ção documentária, também podem estar em situação de rua e, portanto, podem ser acolhidos via encaminha-mento do Creas.

Por outro lado, vemos o atendi-mento do Recifran, propositivo na promoção da autonomia dos seus participantes. O objetivo do serviço de reciclagem é fazer como que os atendidos, muitos em situação de extrema vulnerabilidade, possam “levantar e andar” com as próprias pernas quando saírem do serviço.

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Evangelização

para quem precisa de um emprego, então, é mais uma forma de ressocia-lização e reorganização na atuação da dinâmica de trabalho”, explica a coordenadora, Talita Tecedor. Após essa reorganização da vida, o parti-cipante deixa o projeto rumo a uma cooperativa, onde conseguirá gerar uma renda maior e seguir a vida fora da situação de rua.

“Uma cooperativa de triagem de pequeno porte está reciclando en-tre 50 e 100 toneladas de resíduos. Grandes cooperativas reciclam até mais de 200 toneladas”, conta Talita. Podemos concluir que quando um participante resgata o ritmo de tra-balho e vai para uma cooperativa, a produção dele tende a aumentar, bem como sua renda.

ReCifRan: ToneLaDas De ResÍDUos e Divisão De RenDa

Estão abertas as inscrições para o Congresso Internacional Franciscano, que será realizado

de 30 de novembro a 3 de dezem-bro, em Curitiba (PR). O Congresso sediará dois eventos simultâneos: o V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-Ame-ricanos e o I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – CFMB.

Realizado pela Província Fran-ciscana da Imaculada Conceição do Brasil, sob o tema “Educação Francis-cana: Esperança em uma Nova Hu-manidade”, o evento trará reflexões, debates e trocas de experiências sobre o papel dos cristãos comprometidos com a tarefa educacional, suas res-ponsabilidades e as melhores práticas para a formação de pessoas com vir-tudes e valores.

No período da manhã, a progra-mação será única para os dois eventos e, à tarde, serão distintas. O V Encon-tro Ibero-Americano terá uma pro-

bom JesUs: ConGResso inTeRnaCionaL fRanCisCano abRe insCRições

gramação exclusiva. Já os participan-tes do I Congresso Nacional podem escolher duas oficinas que ocorrem na tarde do dia 1º de dezembro.

As vagas são limitadas e as inscri-ções podem ser realizadas até o mês de novembro. Mais informações em www.congressofranciscano.com.br.

O Congresso Internacional Fran-ciscano tem o apoio da FAE Centro Universitário, da Universidade São Francisco e do Colégio Bom Jesus.

seRviçoCongresso Internacional Franciscano:- V Encontro de Centros de Estudos Franciscanos Superiores Ibero-AmericanosPúblico-alvo: Restrito para representantes das instituições de ensino superiores da Ordem dos Frades Menores (OFM).

I Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – CFMBPúblico-alvo: reitores, diretores, gestores, gerentes administrativos, assessores, coordenadores pedagógicos, administrativos e de pastoral, professores, religiosos franciscanos da educação formal e não formal, frades que estão no ensino superior e leigos engajados com o tema.

Tema: Educação Franciscana: Esperança em uma nova HumanidadeQuando: de 30/11 a 03/12/2015Local: Teatro Bom Jesus, na FAE Centro Universitário – Rua 24 de Maio, 135, Curitiba, PR – BrasilInformações e inscrições: www.congressofranciscano.com.br

O Recifran produz ao mês, aproximadamente, 25 toneladas de resíduos reci-

cláveis que geram em torno de 12 mil reais de renda rateada entre os

participantes. Esse valor é dividido pela quantidade de horas trabalha-das e pago para eles de acordo com a carga horária de cada um. “Acaba sendo um valor muito simbólico

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Evangelização

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Setenta e cinco religiosos, pro-venientes de 22 estados do Brasil, participaram do Encontro Nacional de Justiça, Paz e Integridade da Cria-ção, realizado no início deste mês, na Casa de Retiro da Assunção, em Brasília-DF. A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil foi representada por Frei Wilson Ba-tista Simão, animador provincial do JPIC, que fez parte da equipe de or-ganização do evento, realizado com os seguintes objetivos:

1. Fortalecer a missão profética da VRC, especialmente daquela que está nas fronteiras do mundo, onde as vidas são mais ameaçadas.

2. Articular iniciativas e realiza-ções da VRC do Brasil na perspec-tiva da Justiça, Paz e Cuidado da Criação, potencializando interações e parcerias, sobretudo, com talentos

humanos de diferentes gerações.3. Criar uma equipe de articula-

ção nacional, visando os dois objeti-vos acima.

Entre os dias 04 e 06 de junho, os participantes se alternaram entre momentos de oração, palestras, aná-lises de conjuntura e partilha. Des-tes trabalhos, nasceram as seguintes propostas concretas:

- Continuidade da equipe que or-ganizou e coordenou o encontro, for-talecendo o Setor da Missão da CRB/Nacional, constituída pelos seguin-tes membros: Irmã Jusciêda Maria Araújo Menezes, cssf; Irmã Francis-

ca Ivani Brito, Instituto Josefino; Frei Wilson Batista Simão, ofm; Frei José Fernandes Alves, op; Irmã Maria de Fátima Kapp, ssps.

- A CRB Nacional possa averi-guar a possibilidade da Dimensão da Justiça e Paz e Integridade da Criação ter uma representação na Equipe In-terdisciplinar da CRB Nacional.

- Organização, por parte dos re-gionais, de levantamento das ações concretas de irmãos e irmãs que tra-balham nas questões sociais.

- Fortalecimento das articulações entre os pares, que estão nas lutas por direitos e dignidades.

Com o objetivo de colaborar com a CNBB e também provocar a refle-xão em torno do tema da paz, a Fren-te de Evangelização da Comunicação da Província disponibiliza uma série de reportagens para rádio que abor-da o Ano da Paz. A produção foi re-alizada pelas equipes de jornalismo das Rádios Celinauta, de Pato Bran-co, PR, e Coroado, de Curitibanos, SC. O material está disponível gra-tuitamente pelo site da Rede Católica de Rádio (RCR): rcr.org.br/podcasts.

Segundo o Coordenador da Frente de Evangelização da Comu-nicação, Frei Gustavo Medella, o engajamento dos franciscanos neste trabalho pela paz é uma herança que vem do próprio fundador da Ordem dos Frades Menores. “Além de pre-

RePoRTaGens aboRDam Tema Da Paz

gar a paz por palavras e ações, São Francisco atuou como verdadeiro conciliador em diversas situações de conflito, promovendo a paz e a con-córdia. Sendo assim, a fidelidade ao carisma nos compromete a investir nossas melhores forças em todo e qualquer esforço que tenha como objetivo construir a verdadeira paz”, explica Frei Gustavo.

Os entrevistados são professo-res universitários, pesquisadores, estudiosos, religiosos, especialistas e autoridades nos diferentes assun-tos abordados. Confira os temas das reportagens: O Ano da Paz e seus objetivos; A Paz na Espiritualidade Franciscana; A Paz como busca es-piritual; A Paz interior; Paz e Justiça Social; Paz e criminalidade; Paz no trânsito; Paz e cuidado com a na-tureza; A Paz e os grandes conflitos mundiais;Paz e democracia; Paz e preconceito racial; Paz e diversida-de; A Paz e o diálogo em família; Educação pela paz; Paz e tolerância religiosa; Paz no ambiente de traba-lho; Paz e Direitos Humanos; A cor-rupção como ameaça à Paz; A Paz no contexto dos casamentos.

JPiCCRb PRoPõe maioR enGaJamenTo De ReLiGiosos

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Evangelização

A cidade de Malange tem cinco paróquias, uma das quais – a da Katepa – é atendida pe-los frades. Os padroei-ros Santos Mártires de Uganda são jovens leigos

(católicos e alguns evangélicos) que, liderados por Carlos Lwanga, foram martirizados em fins de 1886 e início de 1887. Esta data é celebrada no dia 03 de junho no calendário litúrgico.

Em Angola, não se fazem promo-ções externas, apenas a parte religiosa.

Neste ano, foram realizados 16 ca-samentos comunitários, e 16 noivos receberam o Batismo. A celebração

Desde que chegaram, os cães Fred e Atreu guardam a casa da paróquia e os roubos ou sumiços de materiais de qualquer tipo não mais aconteceram.

Além disso, são amigos e o pro-vérbio popular “melhor amigo do homem” é verídico. Porém, são ciu-mentos e “querem” a mesma partilha na quantidade de comida e na atenção afetiva. Entre eles, existe tanta rivali-dade que não conseguem conviver; quando um é solto, o outro é obrigado a ficar preso. Caso contrário, brigam e ferem-se até que sejam separados, mais à custa de baldes de água do que palavras ou surras. Tanto que, recente-mente, decidimos doar um deles para que guardasse a casa das Irmãs, em Cangandala, cidade vizinha.

Este fato fez-me recordar duas pas-sagens bíblicas onde Deus, também, se mostra amigo e ciumento.

No episódio da sarça ardente (Ex

Cães amiGos e CiUmenTos3,1-22) onde Moisés resiste em aceitar a missão de libertar o povo do Egito – jogou a última carta perguntando: “Quem és Tu?! Em nome de quem vou realizar esta façanha”?! E, na resposta, a Bíblia nos ensina um dos conteúdos mais significativos sobre Deus: “Eu Sou (= YHWH = Javé)”.

Seria o mesmo que dizer: “Vai Moisés... não tenhas medo porque “Eu Sou” presença em ti, amigo que cami-nha lado a lado, coração a coração!” “Eu Sou” presença libertadora junto aos oprimidos e injustiçados.

Deus, também, é ciumento! Ele fica desgostoso quando O trocamos por outro! Mesmo assim, se mostra cheio de amor.

Vejamos o que o livro do Êxodo diz sobre o segundo mandamento: “... Não te prostres diante de outros deu-ses, nem os sirvas porque Eu, Javé teu Deus, sou um Deus ciumento. Castigo

a culpa dos pais nos filhos até a tercei-ra e quarta geração, mas quando me amam e guardam meus mandamen-tos, Eu os trato com amor até mil gera-ções” (Ex 20,5; Dt 5,9).

É o amor infinito com que Deus nos ama. Como filhos, somos convi-dados a, sempre de novo, darmos os primeiros passos porque nunca che-garemos ao “amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 13,34).

FREI LUIZ IAKOvAcZ

noTÍCias De maLanGe

nio, o Seminário Monte Alverne fes-tejou o padroeiro da Escola. Além da celebração, as duas fraternidades e os seminaristas participaram de um jan-tar festivo, com refeitório enfeitado e

comida bem preparada. O destaque foi a variada e bem humorada apre-sentação cultural dos seminaristas.

Foi tudo muito bom, tanto na pa-róquia como no Seminário!

foi festiva, solene e prolon-gada (para nós brasileiros; para os angolanos, não). Seguiu-se uma confrater-nização entre os noivos e parentes próximos, coorde-nada pela Pastoral Familiar.

No dia de Santo Antô-

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| Comunicações | Julho 2015 | 291

Evangelização

Celebramos com bastante júbilo e gratidão o ani-versário do nos-so presidente da FIMDA, e mes-tre dos profes-

sos, Frei José Antonio dos Santos. Os preparativos aconteceram de manei-ra discreta a fim de tentarmos sur-preender um pouco nosso confrade. Queríamos servir aquele que nos serve. Tudo isso só foi possível com a ajuda e colaboração dos confrades solenes, Aloíso e Ivair. O aniversa-riante do dia (20/05), no seu jeito sereno, solícito e amigável acompa-nhava com espírito de mãe amoro-sa os acontecimentos da tarde e não sabendo que o “boda” (festa/balada)

ne. Na gratuidade, Frei Mvula disse: “Com simplicidade, mais perto quero estar de ti, porque tu és frade e ensinas a ser frade”.

Frei Kanga, o júnior entre os confrades, lembrou a partir do ani-versariante a paternidade de todos os vectores da formação, com maior ênfase a Frei José A. dos Santos - o ex-formador do celeiro de vocações e seu atual mestre - o seu sorriso sin-cero e verdadeiro espelhava gratidão.

“Tende os mesmos sentimentos em Cristo Jesus, amando-vos mutu-amente como convém a verdadeiros servos do Senhor”, foi o espírito que norteou a celebração dos 47 anos de Frei José.

estava reservado para domingo 24, viu a fraternidade São Francisco do Palanca estar lotada de frades, pois participaram também os confrades da Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, de Viana.

A boa música, os “quitutes da ter-ra” (gastronomia angolana) e alguns pratos do Brasil preencheram a parte não menos importante, mas essencial, pois para que se mantenha o corpo “primum manducare, deinde vivere”. Na alegria do convívio fraterno o fra-de estudante mais velho em idade e o mais novo teceram algumas falas que no fundo carregam os sentimentos, de todo um grupo de jovens que bus-cam o mesmo ideal e que Frei José co-nhece e acolheu a todos com ternura e vigor, no tempo da graça conhecido como aspirantado, em Malange, no seminário franciscano Monte Alver-

HomenaGem afRei JosÉ anTonio

FREI sIRO LWAMBA

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ão há medo, incerteza ou cansaço, quando o Espírito Santo nos vem”. Invocando

o Espírito, os Definidores iniciaram a manhã do dia 16 com a Celebração Eucarística. Nas intenções, a lembran-ça dos confrades falecidos desde o úl-timo Definitório, Frei Olivo Tondello e Frei Nilton Steckert, e também a or-denação presbiteral de Frei Sérgio Si-las Damasceno, no próximo dia 4 de julho. Frei Fidêncio destacou a leitura da bela segunda carta de São Paulo aos Coríntios, que praticamente descreve a nossa vocação franciscana: a comu-nhão fraterna e a “extraordinária ale-gria e pobreza que transbordam em tesouros de liberalidade”, e também nossa missão a partir da generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo, que, de rico que era, tornou-se pobre, para que nos tornemos ricos por sua pobreza. Desta vez, o próprio Frei Fidêncio foi o moderador das sessões do Definitó-rio, cujos assuntos tratados são os que seguem abaixo. 1) fRei nesToR sCHweRz -

visiTaDoR GeRaL PaRa a PRovÍnCia

Para substituir a Frei Valmir Ramos, eleito, no Capítulo Geral, Definidor da Ordem (para a América Latina), o Definitório Geral nomeou a Frei Nes-tor Inácio Schwerz para ser o Visita-dor Geral de nossa Província, em pre-paração para o Capítulo Provincial de

janeiro do próximo ano. Gaúcho da Província São Francisco, Frei Nestor fora Secretário Geral para a Evange-lização antes de ser Definidor Geral neste último sexênio. Agradecidos por Frei Nestor ter acei-to esse serviço fraterno aos nossos confrades, além de todo o bem que fez à Ordem toda, damos-lhe as boas-vindas, na esperança de que possa sentir-se bem acolhido entre nós.

2) CRonoGRama Da visiTa CanÔniCa 2015 – PRoJeTo fRaTeRno De viDa e missãoJá foi enviado aos confrades, por boletim on-line, e consta nestas Co-municações de julho, o novo crono-grama da visita canônica deste ano,

com as alterações que se fizeram necessárias. Algumas fraternidades já enviaram a Frei Fidêncio o Proje-to Fraterno de Vida e Missão refei-to. Outras ainda o deverão refazer, pois será utilizado na visita. Além do Projeto, é preciso ter em ordem outros livros: atas do Capítulo Lo-cal, Crônicas da Fraternidade, livro de Missas, termo de Visita Canôni-ca, livro das anotações contábeis. As fraternidades que já atualizaram e enviaram a Frei Fidêncio seu Proje-to Fraterno de Vida e Missão são:1. Colatina;2. Curitiba;3. Curitibanos;4. Lages;5. Luzerna;6. Pato Branco;7. Petrópolis – Guadalupe;8. Rondinha – Aldeia;9. Rondinha – S. Boaventura;

10. São Paulo – Vila Clementino;11. Sorocaba;12. Vila Velha – Santuário;

3) CaPÍTULo PRovinCiaL 2016 – CaPiTULaRes: ToDos os PRofessos soLenesNo mês de julho, Frei Nestor Schwerz, visitador geral e presi-dente do Capítulo, enviará convo-cação a todos os professos solenes da Província para a participação no Capítulo de 2016, seguindo o que reza o artigo 59 dos novos Estatu-

São Paulo, 16 a 18 de junho de 2015

Notícias DoDefiNitório ProviNcial

Definitório

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tos da Província. Na carta de con-vocação, constará uma ficha de ins-crição, a ser devolvida ao visitador. Se algum dos confrades professos solenes não for participar do Ca-pítulo, deverá justificar a ausência.

4) CaPÍTULo PRovinCiaL 2016: inDiCações PaRa minisTRo, viGáRio e DefiniDoResTambém em julho próximo, Frei Nestor, seguindo o que vem previs-to nos artigos 61 e 64 dos Estatutos da Província, abrirá o processo de eleições, com a indicação de nomes para o serviço de Ministro, Vigário e Definidor.

5) ReTiRos PRovinCiais – ConfRaDes insCRiTos

Rio de Janeiro – 22 a 26 de junho1. Aldeci de Arcízio Miranda2. Angelo Vanazzi3. Antônio Moser4. Carlos Alberto Branco Araújo5. Claudino Dalmago6. Felipe Gabriel Alves7. Gaudêncio Sens8. Jorge Paulo Schiavini9. José Alamiro10. Luís Aliberti11. Marcos Hollmann12. Nazareno J. Lüdtke13. Paulo Cesar Magalhães Borges14. Reinaldo Menezes15. Reinaldo Parisi Neves Neto16. Rozântimo Antunes Costa17. Samuel Ferreira de Lima18. Sérgio de Souza19. Tadeu Luiz Fernandes20. Valdevino Negherbon

Rondinha – 13 a 17 de julho1. Airton da Rosa Oliveira2. André Becker3. Anselmo München4. Benjamim Berticelli5. Cid Tadeu Passos6. Claudino Gilz

7. Diomedes Basi8. Estevam Gomes Pereira9. Gamaliel Devigili10. Gentil de Lima Branco11. Gregório Martins12. Guido M. Scheidt13. Jairo Ferrandin14. Jean Carlos A. Oliveira15. João Lopes da Silva16. João Maria dos Santos17. Joarez Foresti18. José Bertoldi19. José Henrique Rosa20. Lauro Formigoni21. Leonardo Pinto22. Leonir Ansolin23. Ludovico Garmus24. Mário Knapik25. Nelson Hillesheim26. Nelson Rabelo27. Paulijacson Pessoa de Moura28. Policarpo Berri29. Raimundo Castro30. Rodrigo da Silva Santos31. Sílvio Werlingue32. Tarcísio Theiss33. Valdir Laurentino

Agudos – 26 a 30 de outubro1. Aldolino Bankhardt2. Alex Cesar Rodrigues3. Antônio Otávio4. Arlindo Oliveira Campos5. Carlos Ignacia6. Guido Scottini7. Hipólito Martendal8. Ivo Müller9. João Francisco10. José Lino Lückmann11. José Martins Coelho12. José Ulisses de Moraes13. Lindolfo Jasper14. Osmar Dalazen15. Ronaldo Fiuza Lima16. Virgílio Pereira de Souza17. Vitalino Turcato18. Walter Hugo de Almeida

Obs.: Além do retiro do Definitó-rio, em agosto, outros grupos de

confrades estão se organizando para fazer retiros no Eremitério, em Rodeio, e também, na Casa Santa Clara, em Vila Velha.

6) Renovação De voTos – aPRovaçãoForam aprovados para renovar os votos os confrades: Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Douglas da Sil-va. Os dois são frades estudantes do 1º ano de Filosofia, em Rondinha.

7) PRofissão soLene – aPRovaçãoLidos os pareceres do coetus de formação e as observações dos confrades de Petrópolis e Campos Elíseos, foram aprovados para fa-zer a profissão solene na Ordem os confrades: Frei Gabriel Vargas Dias Alves, Frei Leandro Costa Santos e Frei Marx Rodrigues dos Reis. Frei Gabriel e Frei Marx cur-sam o 2º ano de Teologia e fazem parte da Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis; Frei Leandro cursa o 3º ano de Teologia e faz parte da Fraternidade de Campos Elíseos, em Duque de Caxias.

8) esTáGio missionáRio Pós-RonDinHaSão sete os confrades que concluem a etapa da Filosofia em Rondinha neste ano e farão o estágio missioná-rio em 2016. Algumas orientações do Conselho de Formação e Estu-dos: a) Que não se perca de vista o caráter missionário deste ano; b) Os novos Estatutos Peculiares devem trazer orientações para o estágio missionário; c) Que se peça das fra-ternidades que receberão frades em estágio um projeto que contemple atividades e acompanhamento; d) É preciso considerar a proximidade da profissão solene; e) Será preciso pensar o estágio missionário tam-bém para os confrades angolanos.Em função de obtenção de vistos

Definitório

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e de outros encaminhamentos, o Definitório Provincial propõe que 2 confrades façam o estágio mis-sionário em Angola-Malange; 2 na Fraternidade de Requena, na Amazônia; 2 no Sefras-São Paulo; 1 na Fraternidade do Santuário de Canindé, CE.

9) ConseLHo De foRmação e esTUDosOs Definidores apreciaram relató-rio de Frei César Külkamp sobre a reunião do Conselho de Formação e Estudos, que aconteceu em São Paulo nos dias 5 e 6 de maio. Al-guns dos assuntos abordados:

1. Encontro dos mestres e orienta-dores – 4 de maioOs formadores se reuniram antes da reunião do Conselho para concluir a parte da Formação Inicial das Diretri-zes. Na partilha das etapas da Formação Inicial, percebe-se a necessidade de cri-térios mais claros para o acolhimento, o acompanhamento e o discernimento dos candidatos. Também formadores e programas precisam se adaptar a uma nova realidade de jovens, de famílias, de procedências religiosas, de base es-colar, etc. Desta vez, foram vistas com mais atenção algumas situações da eta-pa do Postulantado.

2. Preparação ao Capítulo Provin-cial 2016O Conselho dedicou um espaço maior para a preparação do Capítulo Provincial, principalmente nas tare-fas de revisão do Plano de Evangeli-zação e do Estatuto Peculiar e, ainda, a reelaboração das Diretrizes para a Formação. O trabalho principal foi o de repensar a estrutura de funcio-namento e animação do Secretariado que, desde o Capítulo e Congresso Capitular de 2012, teve seus departa-mentos suprimidos. Primeiro, foram levantadas algumas necessidades ex-

perimentadas neste período e que de-mandam alguma estrutura. Quanto às Diretrizes, alguns encaminhamen-tos foram feitos para se chegar a um texto a ser trabalhado nas fraternida-des e na assembleia capitular.

3. Seminário São Francisco de Assis – encaminhamento das tarefas da FormaçãoNos dias 24 e 25 de abril, houve o con-selho de classe com os professores, no Seminário de Ituporanga. Frei César esteve presente. Em reunião com a equipe de formação, pôde-se perce-ber a boa integração no trabalho tanto com os aspirantes como com os semi-naristas. Os formadores são responsá-veis pelas duas etapas, apesar de haver definição de papéis para referência dos próprios formandos. Frei Gilberto da Silva parte para os estudos, em Roma, no mês de julho. Para substituí-lo na função de coordenador pedagógico da Escola de Ensino Médio e orien-tador dos seminaristas, indica-se o nome de Frei Alberto Eckel Júnior. Frei Rodrigo da Silva Santos continua sendo orientador dos Aspirantes e Frei Elias Dalla Rosa, vice-orienta-dor para as duas etapas. A equipe de formadores procurou trabalhar neste ano com a perspectiva de que os semi-naristas da 3ª série do Ensino Médio serão aspirantes no segundo semestre, juntamente com os que chegam das FAVs. Com isso, trabalhou-se com os seminaristas a definição vocacional, de modo que podem prosseguir os es-tudos somente os que desejam fazer o Postulantado no próximo ano. Isto fez com que, dos sete seminaristas, quatro decidissem deixar o seminário em ju-lho; os outros três se integrarão, por-tanto, ao Aspirantado.

10) masTeR em evanGeLização – inDiCação De nomesOs Definidores refletiram sobre o Master em Evangelização, ofereci-

do em Petrópolis, e veem a neces-sidade de indicação de frades para o curso, com a ajuda do Secreta-riado da Evangelização, mesmo tendo presente o período de mu-danças do Capítulo e Congresso Capitular de janeiro próximo.

11) sefRas – ReCURsos e RefoRmasJuntamente com Bryan Felipe, Frei José Francisco, na manhã do dia 16, informou sobre como o Sefras tem procurado vias de su-porte financeiro para os projetos sociais. Apresentou os projetos de reforma, os prazos e os recursos conseguidos junto a financiado-res: Missionszentrale, AIDA e Fundação Salvador Arena. Com o significativo montante obtido neste início de ano, serão feitas reformas em três projetos: Servi-ço de Atendimento e Proteção à População de Rua – “Chá do Pa-dre” (já levando em conta a reade-quação e reforma dos espaços do Convento São Francisco, em São Paulo, e a parceria com a Prefei-tura da cidade), Serviço Francis-cano de Convivência e Apoio ao Idoso – Casa de Clara, também em São Paulo, e o Centro Francis-cano de Acolhida à Criança e ao Adolescente, em Tanguá, RJ.

12) ComPLeXo Do LaRGo são fRanCisCo – aPRovação De ReaDeQUação e RefoRmasAtendendo ao que foi pedido no último Capítulo Provincial, e após os trabalhos da comissão especial-mente constituída para estudar o uso dos espaços do complexo do Convento São Francisco, em São Paulo, a missão da fraternidade e os serviços pastorais e sociais que ali se desenvolvem, os Definido-res aprovaram o projeto de refor-ma e readequação dos espaços,

Definitório

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que já fora apresentado na reu-nião do Definitório de abril deste ano. Em linhas gerais, sem entrar aqui nos pormenores, o 2º andar todo (no nível da igreja e atual re-feitório) será destinado a uso da paróquia e santuário, o 3º e o 4º andares ficarão liberados para en-contros (em vista de receita), o 5º e o 6º andares serão destinados ao uso da fraternidade local, e o local do antigo cinema (grande salão) continuará destinado ao serviço social. O projeto de reforma glo-bal (plantas) já foi encaminhado para a Prefeitura para a aprovação pelos órgãos competentes, inclu-sive em vista da continuação do uso da igreja como espaço públi-co, ameaçado no momento, pela falta de licenças que envolvem recursos de acessibilidade e segu-rança.

13) fimDa: ConsTRUção De moRaDia em LUanDa

Com uma primeira ajuda de ben-feitores alemães, já se iniciou a construção do módulo de resi-dência para os frades estudantes, junto à Fraternidade São Francis-co, sede da FIMDA, em Luanda. O Definitório conta com a mobi-lização dos confrades em vista de fundos para a construção, através de campanha, mais ou menos nos moldes daquela realizada para a construção da escola de Malange. O assunto já foi tratado na reunião dos guardiães, coordenadores e párocos, mas será retomado pelos Definidores nos Regionais e tam-bém através de boletim on-line.

14) TRansfeRênCias1) Frei Miguel da Cruz, que se en-

contra na Fraternidade da Sede Provincial e se recupera bem da ci-rurgia cardíaca a que foi submeti-do, foi transferido da Fraternidade

do Seminário Monte Alverne, de Malange, Angola, para Fraterni-dade São Francisco, do Largo São Francisco, em São Paulo, como atendente conventual.

2) Frei José Clemente Müller, em carta de 24 de abril, recebeu do Custódio da Terra Santa a transfe-rência para o Convento da Trans-figuração do Senhor, no Monte Tabor.

15) nomeações1) Frei Alberto Eckel Junior - co-

ordenador pedagógico da Escola de Ensino Médio do Seminário de Ituporanga e orientador dos semi-naristas, substituindo a Frei Gil-berto da Silva;

2) Frei Benjamim Ansolin – assis-tente espiritual da Fraternidade OFS Santa Clara, de Forquilhinha;

3) Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira – assistente espiritual do Regional PR da OFS;

16) fRei aDaiLTon JosÉ sanTiaGo – LiCença PaRa moRaR foRa Da fRaTeRniDaDeFrei Adailton deixou a Fraternida-de de Paty do Alferes e foi acolhi-do, para experiência, na Diocese de Bauru, e foi nomeado admi-nistrador paroquial da Paróquia

des de Vida Apostólica concedeu a Marcel Freire da Silva, Enéas Marcelo Prestes de Oliveira e Adilson Wilbert indulto pelo qual os três estão dispensados das obrigações derivadas da pro-fissão religiosa.

18) noTÍCias sobRe o CaPÍTULo GeRaL Da oRDemFrei Fidêncio deu informações aos Definidores sobre como foi o andamento do Capítulo Geral, re-centemente concluído. No site da Ordem e da Província, muito foi noticiado. Nestas Comunicações, na mensagem do Ministro, ele expõe algumas impressões sobre o Capítulo. Aguarda-se agora a publicação do documento final – com o título “Ir às periferias com a alegria do Evangelho” –, inspira-dor para a caminhada dos frades no próximo sexênio, e também os mandatos (propostas operacio-nais), a serem postas em prática em toda a Ordem.

19) visiTa aos ConfRaDes esTUDanTes De RomaNa ida e na volta do Capítulo Ge-ral, Frei Fidêncio e Frei Walter visitaram, com alegria, os con-frades da Província que estudam

Definitório

de Avaí. Recebeu do Ministro Pro-vincial licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano.

17) DisPensa Dos voTosNo dia 28 de maio, a Con-gregação para os Institutos de Vida Consagra-da e as Socieda-

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em Roma. Frei Ademir Peixer está terminando neste semestre a gra-duação em Música Sacra, junto ao Pontifício Instituto de Música Sacra. Frei Leonardo Aureliano está concluindo o Mestrado em Teologia Moral, no Afonsiano. Frei Renato Pezenti termina o pri-meiro ano do Mestrado em Exe-gese, no Instituto Bíblico, conside-rando que no ano passado fizera o propedêutico obrigatório para o estudo das línguas antigas bíbli-cas. Pudemos perceber o quanto eles são bem quistos na fraterni-dade do Antoniano. Frei Fidêncio aproveitou a oportunidade para conversar com cada um, não so-mente para saber como se sen-tem, mas também para tratar de perspectivas de futuro, levando em conta a disposição e formação que eles têm e também as necessi-dades da Província.

Definitório

JulHo11 a 13 Rio de Janeiro – S. Antônio14 e 15 Rio de Janeiro - Rocinha16 e 17 Niterói18 a 20 Nilópolis – Conceição e

Aparecida21 e 22 São João de Meriti23 e 24 Paty do Alferes26 a 28 Vila Velha - Penha29 e 30 Colatina31 e 01 Vila Velha - Santuário

aGosTo02 Pausa03 e 04 Bauru05 e 06 Agudos07 a 09 Sorocaba10 a 12 Amparo13 a 15 Bragança Paulista17 a 21 Definitório Provincial -

Guaratinguetá

20) enTiDaDes Da PRovÍnCia – DemonsTRações finanCeiRasFrei Raimundo Castro se fez pre-sente na sessão do Definitório da manhã do dia 17 para apresentar as demonstrações financeiras das entidades da Província, até 31 de dezembro de 2014: Associação Franciscana de Solidariedade, Editora Vozes, Fundação Frei Rogério, Fundação Celinauta, Casa Nossa Senhora da Paz, As-sociação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus.

21) aGenDa 2015 - aCRÉsCimosConfira na última página destas Comunicações.

22) aUToRizações De viaGem Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exte-rior: Frei Gilberto da Silva, Frei Ivo Müller, Frei Marcos Holl-

mann, Frei Mário Luiz Tagliari, Frei Salésio L. Hillesheim e Frei Genildo Provin.

enCeRRRamenToÀs 16h45 do dia 17 de junho, Frei Fi-dêncio, encerrando a última sessão do Definitório, lembrou a importância da comunicação entre os Definidores através do e-mail de grupo. Agrade-ceu o trabalho e empenho de todos e lembrou a fala do Papa Francisco aos Capitulares, na audiência no Vatica-no, segundo a qual, “a cor do nosso hábito tem grande peso e significado para as pessoas, que amam os filhos de São Francisco”. Frei Fidêncio res-saltou que, juntos, como fraternida-des, precisamos ser merecedores do nosso “hábito” franciscano, evange-lizando no espírito de São Francisco.

Frei Walter de Carvalho JúniorSecretário

17 a 22 Guaratinguetá – Postul. e Fazenda

22 e 23 São Sebastião25 a 28 Petrópolis – Sagrado e

Guadalupe29 e 30 Petrópolis – São Francisco31 e 02 D. de Caxias – Imbariê e

Campos Elíseos

seTemBro04 a 07 Rondinha – S. Boaventura08 e 09 Rondinha - Aldeia10 a 12 Curitiba14 a 28 FIMDA - Angola29 Pausa30 a 02 São Paulo – Vila Clementino

ouTuBro05 e 06 Coronel Freitas07 e 08 Xaxim09 e 10 Luzerna11 a 13 Concórdia

14 e 15 Mangueirinha16 e 17 Chopinzinho18 e 19 Pato Branco20 a 22 Definitório Provincial23 a 24 Santos26 e 27 Forquilhinha28 e 29 Florianópolis30 e 31 Santo Amaro da Imperatriz

novemBro01 e 02 Angelina03 a 05 Lages06 e 07 Curitibanos08 a 10 Ituporanga - Paróquia11 a 13 Ituporanga - Seminário14 a 16 Rodeio17 e 18 Blumenau19 e 20 Gaspar21 a 23 Balneário Camboriú24 a 26 São Paulo - Pari27 a 30 São Paulo – São Francisco

visiTa CanÔniCa 2015 – fRei nesToR i. sCHweRz

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Capítulo Provincial

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tuário do Valongo, onde Frei Nilton residiu de 2010 até quase o final de 2012, sentiram muito o falecimen-to do frade. Alguns ainda perguntavam na secretaria quando o frade voltaria para Santos.

“A passagem dele aqui foi marcante, especialmente pela sua dedicação e o jeito carinhoso com que atendia as pessoas, a ponto de fazerem filas e marcar horários. Era uma marca pessoal dele, pois ele fazia imposição das mãos e as pessoas davam testemunho que se sen-tiam muito bem. Como confrade, ele não era de muita conversa. Era bastante reservado, gostava muito de fa-zer suas leituras e estudos no quarto. Um defeito dele é que não se importava muito com sua saúde, o que sempre preocupava quem o acompanhava”, revelou Frei André Becker, reitor do Santuário do Valongo e que conviveu com ele durante a sua passagem por esta Fraternidade.

“Ele era assim mesmo, muito querido pelas pessoas. Para ele, o povo tinha preferência e não media esforços para atender bem seus paroquianos. Ele esquecia dele mesmo para atender as pessoas, essa é a verdade. Às vezes, a gente o via muito sobrecarregado, mas mesmo assim ele ia até o fim. Aqui, posso dizer com certeza,

fRei niLTon w. sTeCKeRT * 09/03/1951 + 10/06/2015

Falecimento

guês Adriano Lobão. “Eu conheci Frei Nilton logo que chegou aqui, quando um dia eu me confessei com ele e pedi-lhe um conselho. Foi então que percebi que ele ti-nha uma visão muito grande do ser humano. Eu o con-videi para almoçar em casa e, desde então, ele se tornou da família”, disse Adriano, revelando que o frade gostava de cozinhar, especialmente de preparar um bom peixe.

Adriano estava esperando ele tirar férias para voltar a Santos. “Sempre trocávamos mensagens com ele, mas depois que sua mãe faleceu, ficou mais difícil falar com ele”, disse, lamentando sua morte. “Ele era um pastor verdadeiro. Além disso, tinha um coração maior do que seu físico. Acho que precisamos de bons pastores como ele, que se doam, como o Papa Francisco disse ‘pastores com cheiro de ovelhas’”, acredita Adriano.

No facebook, foram muitas as mensagens de cari-nho ao frade:

“Hoje, o dia amanheceu mais triste com a notícia do falecimento de Frei Nilton Steckert. Nessas horas não sabemos o que pensar, o que falar. Obrigada, Frei Nilton Frei Steckert, pela sua amizade e suas bênçãos, descanse em paz! Paz e Bem! Saudades!”, escreveu Ida Gilbram.

rei Nilton W. Steckert faleceu no dia 10 de junho, às 4h10, no

Hospital Senhor Bom Jesus, de Ituporanga, onde estava internado deste o dia 7 de junho. As causas da morte apontadas pelo médico são: septicemia, choque séptico, enfisema pulmonar, bron-copneumonia e diabetes. O seu corpo foi velado na Igre-ja Matriz Santo Estêvão, em Ituporanga, e o sepultamen-to se deu depois da Missa de Exéquias, às 9 horas, do dia 11 de junho.

sanTisTas LamenTam o faLeCimenTo De fRei niLTon

Os paroquianos do San-

ele faz muita falta”, disse Val-delice dos Santos Silva.

Para Rosa Maria Ribei-ro da Silva, Frei Nilton dei-xou saudades desde que foi transferido do Valongo para Ituporanga (SC). “E agora para um lar definitivo no céu. Enquanto esteve aqui, foi sempre muito querido e procurado para atendimen-to de confissões e aconselha-mentos. Queria salvar não só vidas, mas almas. Deixará saudades, pois se doou pelo povo de Deus”.

Para Patrícia de Souza Soa-res, que trabalha na secretaria do Santuário, ele foi um frade “muito zeloso e humano”.

“Era um irmão e um grande amigo”, disse o portu-

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“Meu querido Frei Nilton Steckert, nunca vou me esquecer de você. Sua bon-dade e fraternidade ficarão marcadas em meu coração para sempre. Paz e Bem!”, escreveu Cleide Vannucci.

fRaDe menoRFrei Nilton vem de família luterana. O

pai faleceu com 22 anos. A mãe e os 4 fi-lhos tornaram-se então católicos. Já tinha mais de 20 anos quando iniciou os estu-dos em Agudos. Seu hobby preferido era pescar. No seu ministério sacerdotal, Frei Nilton tinha grande zelo pastoral e aten-dia com cuidado as pessoas. Conheci-o quando ainda seminarista. Por ter mais idade, o víamos como um irmão mais ve-lho.

Que o Senhor de misericórdia acolha entre seus eleitos o bondoso Frei Nilton.

R.I.P

Frei Walter de Carvalho Júnior

Falecimento

Um ano depois do falecimento de Frei Lency F. Smaniotto, no dia 4 de julho de 2014, foi lançado no Rio de Janeiro o seu livro “De Ec-clesia Lascatorum - a Igreja dos lascados”.

Ao falar das origens do livro, o frade contou que nas suas an-danças pelas “favelas do Brasil, pela América do Sul e Central, por Cuba, Venezuela” se propôs a escrever um livro e entregou o esboço para o “confrade Leo-nardo Boff”.

“Nas muitas vezes em que o encontrava, sempre me falava: ‘Cascudo, fique sempre com os pobres, os lascados, pois eles são os pre-

diletos de Cristo e de Francisco de Assis!”, revelou Frei Lency.

O livro saiu e tem o prefácio de Leonardo Boff: “Frei Lency já não está mais visível entre nós, embo-ra sempre presente. Ele está com seus lascados que o precederam na glória. Está, finalmente, jun-to com o Ressuscitado que não esconde suas chagas de lascado. Depois de tanta luta, não morreu: Deus o chamou para si”, escreveu Boff, recomendando: “Se alguém quiser conhecer a radicalidade de um franciscano que tomou a sério o Concílio Vaticano II, Medellín, Puebla, a opção radical pelos po-bres e lascados e a teologia da li-bertação, leia este livro”.

“a iGReJa Dos LasCaDos”, LivRo De fRei LenCy f. smanioTTo

DaDos Pessoais e foRmaçãoNascimento – 09.03.1951 (64 anos de idade)Natural de Forquilhinha, SC20.01.1981 – Admissão ao Noviciado, em Rodeio, SC20.01.1982 – Primeira Profissão, em Rodeio, SC. (33 anos de Vida Fran-

ciscana)02.08.1985 – Profissão Solene13.12.1986 – Ordenação Diaconal31.12.1987 – Ordenação Presbiteral (27 anos de sacerdócio)13.12.1987 – Guaratinguetá (Sevoa), estágio pastoral21.01.1989 – Canoinhas – vigário da casa e vigário paroquial06.12.1990 – Blumenau – vigário paroquial18.01.1992 – Angelina – guardião e pároco29.11.1997 – Concórdia – vigário paroquial; ecônomo da fraternidade

(2001); assistente da Fraternidade OFS (2002)07.11.2003 – Forquilhinha – coordenador da Fraternidade e pároco11.04.2005 – Secretário do Secretariado da Evangelização (até o Capítulo

de 2006)17.12.2009 – Petrópolis – Sagrado – atendente conventual e curso Master

de Evangelização08.07.2010 – Santos – vigário paroquial12.12.2012 – Ituporanga – vigário paroquial

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AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacadas

2016janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio)14 a 17 Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho)15 Vestição dos Noviços (Rodeio)18 a 26 Capítulo Provincial

aBriL25 a 29 Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)

juLho JMJ (Itália e Polônia)

julho

04 e 05 Ordenação e 1ª Missa de Frei Sérgio Silas (São Bernardo do Campo)

09 a 12 Encontro Nacional de Jovens da CFMB (Anápolis – GO)

13 e 14 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial

13 a 17 Retiro Provincial (Rondinha)28 a 01 Assembleia dos Frades Estudantes (Petrópolis)

Agosto

06 a 09 Assembleia Ordinária da FFB (São Paulo)17 a 21 Retiro e reunião do Definitório Provincial24 a 28 Encontro dos Ecônomos da CFMB, (São Luís, MA)31 Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São

Sebastião)31 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar)31 a 01 Encontro do Regional do Contestado (Curitibanos)31 a 01 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto

Vale do Itajaí (Curitibanos)

setembro

01 a 04 Assembleia da CFMB (Manaus, AM)04 e 05 Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense

(Petrópolis - São Francisco)04 a 09 Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e

OFMConv (Agudos)5 a 7 Retiro para lideranças Jovens de SC (Rodeio)07 e 08 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial14 Reunião dos Mestres da Formação14 Encontro do Regional de Pato Branco14 Encontro do Regional Rio-Baixada (São João de

Meriti)14 Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)14 e 15 Encontro do Regional do Leste Catarinense (S.

Amaro da Imperatriz)15 e 16 Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis)19 Profissão Solene (Petrópolis)21 Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura)21 Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba - S.

Antônio)26 e 27 Ordenação Presbiteral de Frei Douglas Machado

(São José – SC) 27 Celebração dos 25 anos da Missão de Angola28 Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila Velha)

outubro

20 a 22 Reunião do Definitório Provincial26 a 30 Curso de Franciscanismo (Rondinha)26 a 30 Retiro Provincial (Agudos)30 a 02 Estágio Vocacional (Guaratinguetá)

Novembro

05 a 08 Estágio Vocacional (Ituporanga)09 a 11 Encontro Provincial da Frente de Comunicação da

Evangelização (Rondinha (PR)10 Encontro do Regional do Vale do Paraíba - local a

definir12 e 13 Reunião do Conselho Gestor das Entidades da

Província (Rondinha)16 Encontro do Regional do Espírito Santo - recreativo -

local a definir18 e 19 Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo)20 Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense23 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista)23 Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo -

local a definir23 e 24 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Florianópolis)26 e 27 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial30 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50

anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru)30 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau)30 a 03 1º Congresso de Educadores Franciscanos (Curitiba)

Dezembro

07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá)07 a 08 Jubileus;14 a 15 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto

Vale do Itajaí (Piratuba)14 a 17 Reunião do Definitório Provincial