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5 7 Sinditêxtil-SP anos inditêxtilSP Informativo do Sinditêxtil-SP • dezembro 2008 • ano III • nº 13 em notícia Pólo Têxtil aumenta fôlego Destaque U pág. 4 ma cerimônia realizada no dia 27 de novem- bro, na sede do Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecção dos municípios de Americana, Nova Odessa, Hortolândia, Santa Bárbara D`Oeste e Sumaré marcou uma nova fase para as empresas da região. Com a presença de diversas entidades pú- blicas e privadas, parceiras do Pólo Têxtil (Pólo Tec Tex), foram formalizados os mais recentes convê- nios para o biênio 2009 – 2010, o que totaliza mais de R$ 9,6 milhões em investimentos para ampliar a competitividade das empresas da região aumen- tando os seus negócios no Brasil e no exterior. O Sinditêxtil-SP está entre os principais apoiadores das atividades do Pólo que, mesmo antes da assinatura dos novos aportes financeiros, já era considerado o maior Arranjo Produtivo Local (APL) do setor têxtil no Brasil. “É grande a importância da assinatura dos no- vos convênios. O Pólo tem feito um trabalho exem- plar, capacitando os colaboradores das empresas da região, promovendo uma integração da cadeia, o que é fundamental para garantir a agilidade que hoje é o grande diferencial no mundo globalizado”, observa Rafael Cervone Netto, presidente do Sindi- têxtil-SP. “Através da capacitação, vem a agregação de valor para os produtos do Pólo. Uma região como Americana, por exemplo, que sempre foi tradicional em tecidos planos, artificiais e sintéticos apostou na agregação de valor e, hoje, produz produtos dife- renciados e inovadores. Inovação tecnológica tem sido um ponto que o Pólo Têxtil tem trabalhado à exaustão e mesmo nos período onde houve retra- ção do mercado, as empresas do Pólo aumentaram faturamento e as contratações. Tenho certeza que esse é um projeto vencedor”, afirma Cervone. A secretária de Desenvolvimento Econômico de Americana, Nilza Tavoloni, também destaca o sig- nificado da assinatura dos novos convênios. “É a constatação de que o Pólo vem, cada vez mais, con- quistando o espaço que ele merece e que ele tem capacidade para conquistar a favor dos interesses dos empresários e dos trabalhadores. É resultado de um trabalho de toda governança dos empresários e dos trabalhadores”, enfatiza ela, que também é vice-presidente do Pólo Tec Tex. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Pólo, Sergio Menin, a assinatura dos novos convê- nios reflete a credibilidade dos trabalhos realizados anteriormente no APL. “O nosso primeiro orçamento (convênio de 2006) foi de R$ 2 milhões e agora esta- mos com quase R$ 10 milhões. Certamente isso mos- tra que os nossos patrocinadores perceberam que um bom trabalho foi realizado, inclusive porque eles são os verdadeiros responsáveis por atividades de treina- mento e capacitação, entre outros”, comenta ele. Sergio Menin disse, ainda, que está na expec- tativa que o montante de recursos seja superado no próximo biênio. Assim, segundo ele, a presta- ção de serviços oferecidos pelo Pólo poderá atingir um número maior de empresas. “A nossa tarefa é de aglutinar cada vez mais o setor, fazer com que ele interaja cada vez mais, para que a sinergia seja maior, para que a gente obtenha sempre produtos mais competitivos e que, por fim, a gente aumente a demanda de empregos”, complementa. Segundo Tenho certeza que esse é um projeto vencedor Lideranças públicas e privadas renovam união

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57Sinditêxtil-SP

anos

inditêxtilSP

Informativo do Sinditêxtil-SP • dezembro 2008 • ano III • nº 13

em notícia

Pólo Têxtil aumenta fôlego

Destaque

U

pág. 4

ma cerimônia realizada no dia 27 de novem-bro, na sede do Pólo Tecnológico da Indústria

Têxtil e de Confecção dos municípios de Americana, Nova Odessa, Hortolândia, Santa Bárbara D`Oeste e Sumaré marcou uma nova fase para as empresas da região. Com a presença de diversas entidades pú-blicas e privadas, parceiras do Pólo Têxtil (Pólo Tec Tex), foram formalizados os mais recentes convê-nios para o biênio 2009 – 2010, o que totaliza mais de R$ 9,6 milhões em investimentos para ampliar a competitividade das empresas da região aumen-tando os seus negócios no Brasil e no exterior. O Sinditêxtil-SP está entre os principais apoiadores das atividades do Pólo que, mesmo antes da assinatura dos novos aportes financeiros, já era considerado o maior Arranjo Produtivo Local (APL) do setor têxtil no Brasil.

“É grande a importância da assinatura dos no-vos convênios. O Pólo tem feito um trabalho exem-plar, capacitando os colaboradores das empresas da região, promovendo uma integração da cadeia, o que é fundamental para garantir a agilidade que hoje é o grande diferencial no mundo globalizado”, observa Rafael Cervone Netto, presidente do Sindi-têxtil-SP. “Através da capacitação, vem a agregação de valor para os produtos do Pólo. Uma região como Americana, por exemplo, que sempre foi tradicional em tecidos planos, artificiais e sintéticos apostou na agregação de valor e, hoje, produz produtos dife-renciados e inovadores. Inovação tecnológica tem sido um ponto que o Pólo Têxtil tem trabalhado à exaustão e mesmo nos período onde houve retra-ção do mercado, as empresas do Pólo aumentaram

faturamento e as contratações. Tenho certeza que esse é um projeto vencedor”, afirma Cervone.

A secretária de Desenvolvimento Econômico de Americana, Nilza Tavoloni, também destaca o sig-nificado da assinatura dos novos convênios. “É a constatação de que o Pólo vem, cada vez mais, con-quistando o espaço que ele merece e que ele tem capacidade para conquistar a favor dos interesses dos empresários e dos trabalhadores. É resultado de um trabalho de toda governança dos empresários e dos trabalhadores”, enfatiza ela, que também é vice-presidente do Pólo Tec Tex.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Pólo, Sergio Menin, a assinatura dos novos convê-nios reflete a credibilidade dos trabalhos realizados anteriormente no APL. “O nosso primeiro orçamento (convênio de 2006) foi de R$ 2 milhões e agora esta-mos com quase R$ 10 milhões. Certamente isso mos-tra que os nossos patrocinadores perceberam que um bom trabalho foi realizado, inclusive porque eles são os verdadeiros responsáveis por atividades de treina-mento e capacitação, entre outros”, comenta ele.

Sergio Menin disse, ainda, que está na expec-tativa que o montante de recursos seja superado no próximo biênio. Assim, segundo ele, a presta-ção de serviços oferecidos pelo Pólo poderá atingir um número maior de empresas. “A nossa tarefa é de aglutinar cada vez mais o setor, fazer com que ele interaja cada vez mais, para que a sinergia seja maior, para que a gente obtenha sempre produtos mais competitivos e que, por fim, a gente aumente a demanda de empregos”, complementa. Segundo

Tenhocerteza

que esse é um

projeto vencedor

Lideranças públicas e privadas renovam união

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Para mais detalhes, acesse “Dados Econômicos”, no site www.sinditextilsp.org.br.

www. sinditextilsp.org.br

Sinditêxtil em notícia é uma publicação do Sindicato das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo • Supervisão: Ligia Santos • Jornalista Responsável: Roberto Lima (MTb 25.712) • Estagiário: Renato Galisteu • Rua Marquês de Itu, 968 - 01223-000 - SP/SP • Tel: (11) 3823-6100 • e-mail: [email protected] • Projeto gráfico e editoração: Arbore Comunicação Empresarial e Design • Fotos: Ricardo Keuchgerian • Tiragem: 2.000 exemplares

Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Sinditêxtil-SP, compromisso com o Meio Ambiente.

Editorial

Prezado companheiro,

s últimos dias do ano de 2008 se aproximam e, com eles, a certe-

za do dever cumprido no que tange à nossa luta incansável em defesa do se-tor têxtil paulista. Persistimos, durante todo o tempo, na busca da superação dos desafios impostos pelo cenário eco-nômico nacional e internacional.

Nesta edição, você vai conhecer os detalhes das nossas diversas ações em 2008. Diretamente com o governo es-tadual, por exemplo, mantivemos cons-tantes contatos e apresentamos diferen-tes propostas como a alíquota do ICMS nos têxteis e confeccionados dentro do processo industrial seja de 7%, para o varejo seja de 12% e para o consumi-dor 18%, visando dar competitividade à indústria de São Paulo. A medida está sendo negociada e temos a expectativa que o governo atenda nosso pleito, ten-

do em vista que o regime em vigor, de 12% para a índústria, termina no final deste ano.

Veja, também, mais informações sobre a parceria que o Sinditêxtil-SP fechou com a Universidade Mackenzie, no intuito de mapear o nosso setor. O convênio, que já está em andamento, vai desenvolver estudos nas questões do setor têxtil. A idéia é que a troca de in-formações traga, entre outros aspectos, mais inovação para nossas indústrias. Já no início do próximo ano deveremos ter alguns resultados apresentados pelos pesquisadores.

E ainda nesta edição, informações sobre a conclusão dos trabalhos de ela-boração do Guia de “Produção Mais Limpa”, o apoio do Sindicato a diversos eventos, como a feira Texbrasil Décor e

a Semana de Moda – Casa de C r i a d o -res. Trazemos uma reportagem especial sobre os novos convênios assinados pelo Pólo Têxtil (Pólo Tec Tex), que con-ta com a parceria do Sindicato desde a idealização do Projeto. Nos indicadores, o balanço janeiro/outubro das áreas de Economia e Comércio Exterior.

O mundo fala em crise, mas nós fa-lamos em oportunidades. E, em 2009, serão muitas. Em nome de toda a dire-toria do nosso Sindicato, os meus mais sinceros votos de um novo ano promis-sor para todos nós.

Boas Festas !

Rafael Cervone NettoPresidente do Sinditêxtil-SP

Perfil

FStenville Têxtil: tradição em beneficiamento

undada na cidade de Jundiaí, em 17 de junho de 1991, a Stenville Têxtil iniciou suas atividades como uma pe-

quena unidade de beneficiamento têxtil vocacionada para o tingimento e acabamento de tecidos de malha, abrangia ini-cialmente o mercado da cidade de São Paulo. Nos seis anos subseqüentes, expandiu seu trabalho para o interior do Es-tado, além de outras regiões do País. Em 1997, avançou na cadeia têxtil com a produção de tecidos de malha, bem como a confecção de artigos voltados para o segmento esportivo, moda jovem e moda básica, através de marcas consagradas do varejo brasileiro. Em 1998, implementou um ponto comer-cial na cidade de São Paulo.

A partir de 2000, a empresa passa a concentrar to-dos os seus esforços no beneficiamento têxtil. E já no ano seguinte, consegue uma marca histórica: multiplicou sua produção por dez – ciclo denominado de “dez vezes em dez anos”. Esta expansão levou à especialização da empresa no beneficiamento de tecidos de malha e os frutos foram resultados de apostas nos meios tecnológicos e nos recursos humanos especializados.

Em 2007, a Stenville retomou sua confecção, através

de um projeto ambicioso em parceria com uma das maiores empresas de cosméticos do Brasil. O pilar desta parceria foi o conceito de sustentabilidade. A busca da inovação orienta-da para resultados satisfatórios aos clientes, através de equi-pes empreendedoras - Unidades de Negócios (UN) - trouxe à Stenville mais agilidade e foco em suas áreas de atuação. São três as Unidades: moda corporativa, beneficiamento têxtil e vestuário militar. Hoje, o objetivo da Stenville é tornar-se líder em todas essas áreas.

O

Imagem da fábrica

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Meio Ambiente

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Sinditêxtil-SP e Cetesb desenvolvem Guia para Produção Mais Limpa

om lançamento previsto para março de 2009, o Guia de Pro-

dução Mais Limpa (P+L) para o setor têxtil deve ser finalizado entre os meses de janeiro e fevereiro. O material será resultado das atividades desenvolvidas por um grupo de trabalho criado pelo Sinditêxtil-SP, através da Câmara Am-biental Têxtil da Companhia de Tecno-logia de Saneamento Ambiental (CE-TESB). O Guia P+L tem como objetivo auxiliar as indústrias na fabricação de seus produtos, utilizando menos ener-gia elétrica e água no processo pro-

dutivo. “A prática de processos mais limpos gera menos poluentes durante a produção, o que resulta na redu-ção de custos”, res-salta o coordenador de Meio Ambiente do

C Sinditêxtil-SP, Eduardo San Martin. “O setor têxtil paulista é pioneiro na ado-ção de práticas de Produção Mais Lim-pa”, complementa ele.

Membros da CETESB e do setor produtivo participaram da elaboração do manual de orientação para práticas de Produção Mais Limpa, sob a coorde-nação do engenheiro Flávio de Miranda Ribeiro (Divisão de Tecnologias Limpas e Qualidade Laboratorial – CETESB). O grupo de trabalho se reuniu várias vezes durante o ano, sendo que a úl-tima reunião conjunta com a Câmara Ambiental aconteceu em novembro, na sede do Sindicato. Na ocasião, o guia técnico foi apresentado pelos en-genheiros Jorge Luiz Silva Rocco e Elza Y. Onishi Bastian e recebeu as últimas colaborações.

“Com a implementação das prá-ticas descritas no Guia, além de toda vantagem econômica e ambiental, as empresas ganham no cumprimento às leis de renovação do licenciamento vi-

gentes no País, que estabelecem que, a cada renovação da permissão, a in-dústria deve apre-sentar as me didas para a redução da desconformidade ambiental”, desta-ca San Martin.

Diversas ações da Câmara Am-biental têm o in-tuito de esclarecer o significado das ações das práticas de Produção Mais Limpa e, constantemente, são promo-vidos encontros e palestras técnicas, nas empresas, sobre os principais temas ambientais. Os últimos eventos realiza-dos nos pólos têxteis do interior de São Paulo focalizaram a importância desta ferramenta na redução de poluentes e nos ganhos econômicos gerados.

Centro de Gestão e Estudos Es-tratégicos (CGEE) desenvolveu

junto ao Sinditêxtil-SP, ABIT e ABDI, um planejamento estratégico de longo pra-zo para a cadeia têxtil e de confecção do País, cujo foco é o ano de 2023. O Sinditêxtil-SP, por meio do presidente Rafael Cervone Netto e do corpo técni-co do sindicato, participou das reuniões, workshops e demais ações que resulta-ram nesse plano estratégico. Faz parte desse planejamento, ações relacionadas ao desenvolvimento tecnológico e a inovação de produtos e processos, à ca-pacitação profissional e gerencial, além de medidas específicas relacionadas ao desenvolvimento de formas mais ra-cionais de utilização da infra-estrutura brasileira. Em linhas gerais, o estudo engloba seis grandes vetores:

TaleNTos – Quantas pessoas estão empregadas, a qualidade da mão-de-obra e formas de inserção desse profis-sional no mercado, bem como mecanis-mos para estimular a criatividade e reter pessoal capacitado;TeCNologia – Fazer com que as tec-nologias que são utilizadas no setor passem por processos inovativos e se-jam complementares à modernização dos equipamentos; iNvesTimeNTos – Investir em máqui-nas, especializar a mão-de-obra e estru-turas industriais, tornando as empresas aptas aos novos produtos, processos e mercados mais exigentes;meRCado – Detalhar o consumo in-terno e a distribuição geográfica, tanto dos mercados consumidores emergen-tes como dos consolidados. Propor

como o Estado de São Paulo e o Brasil podem ganhar uma parcela mais signi-ficativa desses mercados, a partir dessa estratégia de desenvolvimento;iNfRa-esTRuTuRa – Como tratar dos problemas de infra-estrutura, tais como a provável escassez de energia e ou-tras restrições severas nesse tema e, ao mesmo tempo, potencializar as virtudes da indústria paulista e brasileira;PolíTiCa e iNsTiTuCioNal – Desen-volvido junto à ABIT, trabalhar a desone-ração tributária e encontrar mecanismos que aumentem a competitividade do setor.

A segunda fase desse projeto, que deve resultar num plano de ações com prazos, investimentos e fontes de re-cursos, começará a ser desenvolvida no início de 2009.

Eduardo San Martin coordena última reunião conjunta

Gestão

CGEE: planejamento estratégico para o setor

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Destaque continuação da capa

Menin, as atividades realizadas pelo Pólo não são totalmente exclusivas aos associados. “O Pólo não fecha as portas para ninguém. Dentro das possibilidades, nós estendemos nosso trabalho a todos”, reforça o empresário. Nilza Tavoloni adi-ciona que “o Pólo é uma instituição transparente, movida por ética, com aplicação de recursos de forma objetiva e direta, e está comprovando essa postura na conquista da renovação dos seus convênios”.

Atividades

Governo, bancos e prefeituras, entre outros, estão na lista de parceiros que assinaram o novo convênio com o Pólo Tec Tex. Cada um dos envolvidos aplicaram recursos distintos e tem uma área de atuação específica, entre as atividades que o APL oferece às empresas da região (vide detalhes na Tabela 1). Desta vez, a maior parte dos recursos veio do SEBRAE, que já tinha participado da assinatura do convênio anterior. “Agora estamos aplicando recursos na ordem de R$ 6 milhões dire-cionados à cadeia da indústria têxtil e de confecção da região do Pólo”, informou Antônio Carlos Ribeiro, gerente Regional do SEBRAE/SP (regional Piracicaba). “O SEBRAE vem cumprir sua missão junto ao Pólo Têxtil trazendo a capacitação na ges-tão para os empresários. A nossa especialidade é justamente trazer toda parte de cursos e treinamentos para o micro e pequeno empresário, trazer acesso tecnológico, inovação e, depois, o acesso a mercados”, acrescenta Ribeiro.

Para marcar a estréia entre os parceiros do Pólo Têxtil, a Caixa Econômica Federal anunciou, durante a cerimônia, a liberação de recursos para as empresas do Pólo. “Cada uma das micro e pequenas empresas participantes do projeto tem R$ 50 mil à disposição, a partir da aprovação do crédito”, di-vulgou o gerente Regional da Superintendência da CEF (Cam-pinas), Luís Geraldo Paratelli. Segundo ele, os juros são de TR + 0,83% e todas as agências da Caixa na região já estão pre-paradas para informar sobre o empréstimo, sendo três delas em Americana, duas em Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré e uma nas cidades de Nova Odessa e Hortolândia.

Já Marcelo Virgílio, diretor do SENAI de Americana, disse que novos cursos serão oferecidos, gratuitamente, no próximo ano. São eles: operador de Tecelagem e técnico em Vestuário, em Manutenção de Sistemas Eletromecânicos e em Eletroe-letrônica. “É um grande orgulho ser parceiro do Pólo Têxtil”, declarou. O SESI também trouxe uma novidade exclusiva para as empresas associadas ao APL. “Os ensaios realizados no Ins-tituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) serão gratuitos”, infor-mou Danilo Silva, diretor do SESI de Americana.

Além disso, as empresas associadas ao Pólo Têxtil já po-dem se inscrever para participar, sem custos, de diversas ações, tais como: capacitação em Moda e Design, implantação de sistemas de qualidade, capacitação em comércio exterior, treinamento da mão-de-obra de fábrica, incubadora de coo-perativas de trabalho de costura, associativismo, capacitação em vendas no comércio (varejo e atacado), programa de al-fabetização de adultos, estudo geral prospectivo da indústria brasileira de produtos têxteis na região, no Brasil e no exterior e, ainda, cooperativas de trabalho de costura e artesanato, material de comunicação das empresas e projeto comprador, entre outras. Mais informações sobre todas as ações poderão ser obtidas com Lene, no Pólo Têxtil, através do e-mail [email protected] ou pelo telefone 19 3461 1477. O site do Pólo é www.polotectex.com.br.

PaRCeiRos PaRTiCiPaÇÃo

ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Programa de formação de cultura de inovação (cursos)

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Convênio Financeiro para o APL (empréstimos)

CONVÊNIOS PREFEITURAS

Americana, Nova Odessa e Hortolândia (contribuição financeira)

FIESP / CIESPConvênio de Cooperação Técnica, Tecnológica e Comercial (cursos)

GOVERNO ESTADO SP – IPT

Apoio Metrológico e Laboratorial, Programa do Agente de Inovação (testes)

SEBRAE - Nacional

Desenvolvimento da Competitividade e dos Negócios das Tinturarias e Lavanderias

SEBRAE - SP APL do Setor Têxtil e de Confecção de Americana e Região

SENAITreinamento da mão-de-obra de fábrica e Incubadoras (cursos)

SESITele-salas nas Incubadoras de Cooperativa de Costura (cursos)

Legado

Após a assinatura dos novos convênios, o Pólo Tec Tex prestou homenagem ao empresário de Americana e mem-bro do Conselho do Sinditêxtil-SP, Mário Zocca, por ter sido o idealizador e fundador do Pólo. A partir de agora, a principal sala de reuniões do APL passa a se chamar “Auditório Ma-rio Zocca”. Na ocasião, ele também foi nomeado presidente Emérito do Pólo Têxtil. “Não trabalho para ser homenageado. Trabalho e luto pelo setor têxtil”, afirmou emocionado.

Homenagem: auditório Mário Zocca

ABIT dá consultoria no Pólo

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“No início, em 2006, o nosso Projeto contava com ape-nas 13 empresas associadas contribuintes. Hoje, esse número passa de 150. Em 2008, mais de 3,4 mil funcionários dessas empresas estiveram envolvidos nos programas de treinamen-to e consultorias do nosso APL, além de ações de acesso ao mercado. No próximo ano, teremos 300 empresas participan-do das ações”, relata com orgulho o presidente Sergio Me-nin. No entanto, a conquista de novos associados é apenas um dos bons resultados que o Pólo Tec Tex apresenta ao com-pletar pouco mais de dois anos de existência. Confira, abaixo, algumas das principais realizações desse case de sucesso:

oBJeTivos ResulTados em 2008Comercial: 1. Aumentar as vendas das

empresas associadas• 8,5% para tecelagens• 23% para confecções• Aproximadamente R$ 25 milhões / ano

2. Treinar as empresas em comércio exterior

• 32

3. Formar consórcios de negócios

• 4

4. Participar de feiras no Brasil e no exterior

• 2 - no exterior• 2 - como visitante• 8 - no Brasil (4 como expositor e 4 como visitante)

5. Participar de projetos compradores

• 1

6. Desenvolver central de negócios no APL

• 1

7. Apoiar o desenvolvimento de centros de Comercialização de têxteis na região

• 1

8. Aumentar a rentabilidade dos negócios

• 3,18%• R$ 3,02 milhões

9. Desenvolver canais de vendas para as empresas

• 11

10.Desenvolver encontros de negócios

• 6

Competitividade:

1. Promover treinamento e consultoria em gestão de negócios

• 100 empresas• 2.140 funcionários treinados

2. Treinar mão-de-obra de fábrica

• 84 empresas• 1.120 funcionários treinados*

3. Diminuir os custos • 4,5% para tecelagens• 8,4% para confecções• AproximadamenteR$ 8 milhões / ano

4. Desenvolver o processo inovativo nas empresas

• 50 empresas*

5. Aumentar a quantidade de produtos lançados

• 26%

6. Aumentar produtividade industrial e administrativa

• 5,58% industrial• 7,17% administrativa

7. Capacitar gestão do meio ambiente

• 8 Empresas*

8. Desenvolver novos fornecedores na região

• 18

9. Desenvolver cooperativa de crédito

• 1

social:

1. Gerar empregos diretos • 284 empregos

2. Reter empregos com diminuição das demissões das empresas

• 243 empregos

3. Incluir costureiras no mercado, através de treinamento e contratação

• 485*

4. Desenvolver cooperativas de trabalho

• 4

Pólo Têxtil: dois anos, muitos resultados

*Em andamento

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DecoraçãoO Comitê de Tecidos para Decoração da ABIT/Sinditêxtil-SP realizou, no

Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a Texbrasil Décor - mos-

tra com os últimos lançamentos e as novas propostas em cores, estampas

e texturas em tecidos para decoração. O evento contou com a participação

de 20 grandes empresas do segmento, que juntas são responsáveis pela

produção de aproximadamente dois milhões de metros de tecidos por mês.

O evento ocorreu simultaneamente à ForMóbile, feira que apresentou as

principais tendências e inovações do mercado moveleiro. Já em outubro, os

expositores da Texbrasil Décor

realizaram a segunda edição do evento na cidade de Bento Gonçalves,

o segundo maior pólo moveleiro do País e que responde por 40% da

produção de móveis do Rio Grande do Sul. Dirigida a distribuidores de

tecidos, decoradores, designers e empresários do setor moveleiro do

Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, a mostra apresentou

as novas coleções 2009 em tecidos para cortinas, forrações,

revestimentos, tapeçaria, cama e mesa.

ConvênioO Sinditêxtil-SP firmou convênio com a Universidade Macken-

zie para o desenvolvimento de estudos com foco nas questões do setor têxtil. O convênio visa a geração e desenvolvimento de uma linha de pesquisa em inovação para as indústrias têxteis com vistas ao maior ganho de competitividade das empresas exportadoras, bem como as empresas de todo o setor. Com a parceria, estima-se que o número de pesquisas tecnológicas, produção científica, qua-lidade e, sobretudo, a possibilidade de aplicação delas nas empre-sas, cresça significativamente nos próximos anos, proporcionando maior grau de inovação para as indústrias do setor. Estas inova-ções serão aplicadas tanto em produtos quanto em processos. De imediato, esse convênio intensificou a troca de informações entre o Sinditêxtil-SP e pesquisadores do Mackenzie, criando uma rede de fácil acesso a informações da cadeia têxtil, para os projetos de graduação, mestrado e doutorado da universidade. Um evento acontece, ainda em dezembro, para a apresentação do que foi de-senvolvido pelos pesquisadores da universidade e, também, para a entrega de honrarias aos melhores trabalhos.

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Curtas

Bento Gonçalves - RS

São Paulo - SP

Nanotec Expo 2008 Com o apoio do Sinditêxtil-SP, a quarta edição

da Nanotec Expo foi realizada em novembro, no Centro de Eventos Imigrantes, São Paulo, e reuniu empresários, pesquisadores, representantes aca-dêmicos e governamentais, entidades de classe e mídia nacional, todos com as atenções voltadas à Feira e ao Congresso Internacional de Nanotecno-logia. No primeiro dia do evento, sob a coordena-ção de Sylvio Nápoli, gerente de infra-estrutura e capacitação tecnológica do Sindicato, as empresas Coteminas, Rhodia e Cedro Cachoeira apresenta-ram alguns de seus produtos desenvolvidos com a aplicação da nanotecnologia. A Universidade de Campinas (Unicamp) expôs um projeto que con-templava a aplicação de nanopartículas de prata para efeito bactericida. Atualmente, a nanotec-nologia movimenta no comércio internacional cerca de US$ 147 bilhões por ano, com aproxi-madamente 500 produtos já certificados, deven-do chegar a US$ US$ 3,1 trilhões em 2015 (de acordo com pesquisa publicada pela Lux Research, de Nova Iorque). Enquanto o governo americano investe bilhões de dólares por ano incentivando pesquisas nesta área, o Brasil investiu 150 milhões de reais em seis anos (de 2001 a 2007), cerca de 25 milhões anuais.

CONFAZ O presidente do Sinditêxtil-SP, Rafael Cervone Netto, foi convidado

a participar pela primeira vez de uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). Durante sua exposição, Cervone de-fendeu a indústria nacional pedindo que os estados encerrem com os incentivos que são dados aos produtos importados, como a redução do ICMS devido pelo importador. “Trata-se de uma atitude incongruente com o fortalecimento da nossa indústria e um desestímulo ao produ-tor brasileiro”, reforça. Em conseqüência disso, na última reunião do CONFAZ, em dezembro, diversos estados já se mostraram favoráveis no sentido de interromper tais incentivos.

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Mercado Global

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Sindicato representa o Brasil no ITMF 2008presidente do Sinditêxtil-SP, Ra-fael Cervone Netto, representou

a indústria têxtil e de confecção brasi-leira na reunião do International Textile Manufacturers Federation (ITMF) 2008, que aconteceu nas Ilhas Maurício, entre os dias 11 e 14 de outubro. O tema da conferência deste ano foi “Desafios para uma Indústria Têxtil mais Sustentável”.

“Nestas reuniões discutimos as estratégias do setor para os próximos doze meses, cinco e dez anos, em to-dos os elos da cadeia têxtil e de con-fecção. O tema deste ano teve uma importância ainda maior por atrair os grandes mercados compradores como os Estados Unidos, União Européia e os mercados árabes”, comentou Cervone.

Os discursos de abertura foram rea lizados pelo presidente da Mauritius

O Export Association (MEXA) Salim Ismail, Walter Simeoni, presidente do ITMF e pelo primeiro-ministro das Ilhas Mau-rício, Ahmed Rashid Beedeejaun, que expressavam preocupação com a cri-se financeira mundial. De acordo com Simeoni “há recursos suficientes no mundo para suprir a humanidade, mas não há recursos su-ficientes no mundo para satisfazer a ga-nância”. Destacou, tam bém, a urgên-cia de se obter uma isonomia competi-tiva entre os países com relação à pro-dução sustentável, com políticas go-vernamentais que respeitem leis traba-

lhistas semelhantes, produções susten-táveis e práticas leais de comércio.

O ITMF é a organização que reú-ne as principais associações têxteis de todo o mundo e anualmente faz confe-rências para discutir os novos rumos do setor têxtil e de confecção na economia mundial.

Solenidade de abertura do evento

ICMSOs benefícios do ICMS, propostos pelo Sinditêxtil-SP e

que são importantes para o setor, estão em fase avançada de discussão com o governo do Estado de São Paulo. Um histórico mostra que a redução da alíquota do ICMS proporcionou um aumento da arrecadação do Estado de São Paulo. Já os outros estados da Federação tomaram, nos últimos anos, posições agressivas, com redução da carga, e diminuí-ram, conseqüentemente, a competitividade das indústrias paulistas. O Sinditêxtil-SP propôs ao governo do Estado de São Paulo a adoção de uma nova postura para aplicar os mecanismos tributários. Foi proposta que a alíquota de ICMS nos têxteis e confeccionados, dentro do proces-so industrial seja de 7%, para o varejo de 12% e para o consumidor 18%. Com isso, o governo tende a aumentar sua arrecadação, devido aos negócios que serão efetuados dentro do mercado interno paulista, voltando a dar competitividade à indústria de São Paulo. Essa medida tem sido nego-ciada com a Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Há expecta-tiva que essa medida entre em vigor ainda esse ano, uma vez que o atual regime, no qual a alíquota efetiva para a indústria é de 12%, termina no dia 31 de dezembro de 2008.

CriadoresO Sinditêxtil-SP apoiou mais uma edição da Se-

mana de Moda – Casa de Criadores, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de dezembro, no Shopping Frei Caneca, na

capital, apresentando as coleções para o Inverno 2009. Dessa vez, o evento trouxe como novidade a primeira edição do Pro-

jeto Ponto Zero. Idealizado pelo Sindicato e pela ABIT, por meio do Texbrasil, Programa desenvolvido em

parceria com a Apex-Brasil e pelos even-tos Casa de Criadores e Mercado Mundo

Mix, com periodicidade anual, o concurso Ponto Zero é voltado aos alunos das princi-pais faculdades e cursos de moda da capi-tal paulista. Tem como objetivo estimular o desenvolvimento de novos talentos dando a eles a infra-estrutura adequada para a apresentação de suas coleções e introdu-ção no mercado com cursos de gestão e

participação em feiras. O vencedor do concurso passará a integrar o line-up

do evento por um ano e vai parti-cipar junto com outros estilistas

já consagrados do Mercado Mundo Mix Portugal, em

2009.Rober

Dognani

Page 8: inditêxtilSP em notíciasinditextilsp.org.br/jornal/sindi_13.pdf · em notícia Pólo Têxtil aumenta fôlego Destaque U pág. 4 ma cerimônia realizada no dia 27 de novem-bro, na

8

Indicadores • Economia

Indicadores • Comércio Exterior

Inflação acumulada IPC - FIPE USP - jul/94 a nov/08 (em %)336,25 309,48 324,52

200,14

Habitação Alimentação Transporte Despesas pessoais

Saúde Vestuário GeralEducação

Produção física industrial (em %)

Brasil até até variação nos

set/07 set/08 últimos 12 mesesIndústria de transformação 5,32 6,39 6,80Têxtil 2,93 0,43 1,89Vestuário e acessórios 3,62 5,96 6,79

são Paulo até até variação nos

set/07 set/08 últimos 12 mesesIndústria de transformação 5,16 8,70 8,82Têxtil 7,13 -0,19 -0,23Vestuário e acessórios 1,24 7,12 7,83

Fonte: IBGE / Elaboração: Departamento de Economia - Sinditextil SP

A produção da indústria têxtil nacional cresceu 0,43% mantendo-se praticamente estável em relação ao acumulado do mesmo período do ano anterior. Na mesma base de compara-ção, a indústria de transformação apresenta 6,39% de cresci-mento e o setor de Vestuário registra 5,96% de alta.

Fonte: FIPE - USP / Elaboração: Depto de Economia - Sinditêxtil / SP

jan/07

us$

mil

es

(21,4)(17,2) (13,2)

(4,8)

(22,5)

(16,2) (14,1)

58,6

63,0

80,4

60,7

63,4

71,3

61,0

78,7

60,0

75,5

73,4

75,1

76,1

48,043,3

38,8

45,948,949,0

35,9

42,6

out/08

41,7

54,6

Balança Comercial de Produtos Têxteis e ConfeccionadosEstado de São Paulo

43,550,2 48,8 44,8 49,0 48,6

53,8

65,971,3

(17,0)

(29,7)(22,7)

(36,7)

(30,1)

(32,5)

(28,1)

78,4

82,780,1

78,5

86,489,7

46,3

52,3

42,3

44,046,1

18,27

No período de janeiro a outubro de 2008, as exportações de produtos têxteis e confeccionados do estado de São Paulo apresentaram queda de 3,01% em termos de valor e de 18,12% em ter-mos de volume em relação ao mesmo período de 2007. Destacaram-se em termos de valor: Fios de seda (+5,9%), Fibra de Algodão (+15,4%) e Rou-pas de Cama, Mesa e Banho (+18,4%).

São Paulo foi o principal exportador do Brasil, representando 22,56% do total das exportações brasileiras no período de janeiro a outubro de 2008, registrando US$ 452,29 milhões.

Já as importações de produtos têxteis e con-feccionados de São Paulo, no mesmo período, apresentaram aumento de 21,19% em termos de valor e queda de 4,27% em termos de volume, comparadas ao mesmo período de 2007, atin-gindo US$ 795,99 milhões. Como resultado, São Paulo apresentou déficit de US$ 343,71 milhões em sua balança comercial.

Os valores nas importações paulistas foram: Tecidos de Filamentos Sintéticos (+50,8%), Vestu-ário (+42,5%), Roupas de Cama, Mesa e Banho (+139,6%) e Tecidos de algodão (+96,5%). En-tretanto, houve queda nas importações de Fila-mentos de Poliéster (-22,5%) e Fios Artificiais e Sintéticos (-35,1%).

Apesar do índice geral de preços ao consumidor registrar alta de 200,14%, o setor de Vestuário – final da Cadeia Têxtil e de Confecções, acumula desde o início do Real 18,27%. Dessa maneira, fica evidente que, embora com o aumento importante de alguns custos como, por exemplo, do transporte e de energia, o setor manteve sua histórica colaboração para manutenção do nível de inflação em patamares mais próximos aos dos principais parceiros desenvolvidos.

146,41

287,75

156,59

Já em São Paulo, o setor têxtil sofreu uma queda de -0,19% se comparado aos nove primeiros meses do ano passado, no qual registrou um crescimento de 7,13%. Já a indústria de trans-formação paulista manteve resultado positivo de 8,70% e o se-tor de Vestuário apresentou expressiva alta (7,12%).

evolução do emprego no setor Têxtil e de ConfecçãoPeríodo Brasil são Pauloset.07 10.406 2.940set.08 10.030 3.371variação setembro 07 x setembro 08 -3,61% 14,66%No ano (2007) Acumulado até set. 07 52.447 11.909No ano (2008) Acumulado até set. 08 54.910 14.459variação no ano 2007 x ano 2008 4,70% 21,41%Em 12 meses (2007) 47.084 10.935Em 12 meses (2008) 47.018 12.477variação em 12 meses 2007 x 2008 -0,14% 14,10%

Fonte: MTE / CAGED / Elaboração: Depto de Economia - Sinditêxtil / SP

Analisando o acumulado do ano até o mês de setembro de 2008, no que tange às contratações com carteira assinada no setor Têxtil e de Confecção, o Brasil registrou crescimento de 4,70%, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, o Estado de São Paulo apresentou elevação de 21,41%, com a geração de 2.550 postos adicionais em relação ao mesmo período anterior. Isto é, 11.909 empregos formais nos primeiros nove meses de 2007, frente a 14.459 de igual período imediatamente posterior.

Muito embora a geração de postos de trabalho formais tenha apresentado alta até o período em análise, há fortes indicativos de que esse bom desempenho não venha se repetir nos próximos meses, em especial por conta da brusca ruptura do nível de ati-vidade já encontrada em outros setores da indústria de transfor-mação e que pode, mais cedo ou mais tarde, alcançar a Indústria Têxtil e de Confecção do País e, em particular, a de São Paulo.

eXPoRTaÇÃo imPoRTaÇÃo saldo

Para mais detalhes, acesse “Dados Econômicos” no site www.sinditextilsp.org.br.

(42,4)

(36,2)(36,4)

(27,8)(29,9)

100

80

60

40

20

0

-20

-40

-60

Fonte: MDIC / ALICEWEB

(22,7)(25,8)

(43,6)