nı́vel de dano causado por cupins (insecta: isoptera) em ... · larissa danielle de carvalho...

31
Larissa Danielle de Carvalho Barros ıvel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a¸c´ ucar irrigada. Montes Claros Maio de 2014

Upload: others

Post on 12-Mar-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Larissa Danielle de Carvalho Barros

Nıvel de dano causado por cupins

(Insecta: Isoptera) em plantios de

cana-de-acucar irrigada.

Montes Claros

Maio de 2014

Page 2: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Larissa Danielle de Carvalho Barros

Nıvel de dano causado por cupins(Insecta: Isoptera) em plantios de

cana-de-acucar irrigada.

Dissertacao apresentada ao programa de

Pos-Graduacao Stricto Sensu em Ciencias

Biologicas da Universidade Estadual de

Montes Claros, como requisito necessario para

a conclusao do curso de Mestrado em Ciencias

Biologicas.

Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Reis Junior

Montes Claros

Maio de 2014

Page 3: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Larissa Danielle de Carvalho Barros

Nıvel de dano causado por cupins(Insecta: Isoptera) em plantios de

cana-de-acucar irrigada.

Dissertacao apresentada ao programa de

Pos-Graduacao Stricto Sensu em Ciencias

Biologicas da Universidade Estadual de

Montes Claros, como requisito necessario para

a conclusao do curso de Mestrado em Ciencias

Biologicas.

Data da aprovacao: de de 2014

Orientador:

Prof. Dr.Ronaldo Reis Junior (UNIMONTES)

Examinadores:

Prof. Dr. Marcılio Fagundes (UNIMONTES)

Prof. Dr. Ricardo Ribeiro de Castro

Montes Claros

Maio de 2014

Page 4: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

A minha famılia e amigos que me apoiaram a continuar nesta caminhada e a nunca desistir.

Dedico

Page 5: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Epıgrafe

"Estamos na situac~ao de uma crianca que entra em uma imensa biblioteca,

repleta de livros em muitas lınguas.

A crianca sabe que alguem deve ter escrito aqueles livros, mas n~ao sabe como.

N~ao compreende as lınguas em que foram escritos.

Tem uma palida suspeita de que a disposic~ao dos livros obedece a uma

ordem misteriosa, mas n~ao sabe qual ela e."

Albert Einstein

Page 6: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Agradecimentos

Agradeco a todos aqueles que de alguma maneira, direta ou indiretamente, contribuıram

para a realizacao deste trabalho. Ao meu orientador, Prof. Dr. Ronaldo Reis Junior pela

oportunidade, conhecimento e orientacao precisa, construıda atraves de varios anos de

convıvio academico. A todos os professores do PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM

CIENCIAS BIOLOGICAS que moldaram minha formacao academica e de pesquisa.

Agradeco ao PROGRAMA DE FORMACAO DE RECURSOS HUMANOS-PRFH225, pela

bolsa do mestrado e os recursos financeiros para o desenvolvimento do projeto de mestrado.

Page 7: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROSCENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE

Departamento de Biologia Geral

Nıvel de dano causado por cupins(Insecta: Isoptera) em plantios de

cana-de-acucar irrigada

Larissa D. C. BarrosRonaldo Reis Junior (Orientador)

Montes Claros, Maio 2014

Page 8: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Sumario

1 Resumo 2

2 Introducao 3

3 Metodologia 73.1 Area de Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73.2 Desenho Amostral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83.3 Analise Estatıstica dos Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4 Resultados 11

5 Discussao 13

6 Conclusoes 17

7 Bibliografia 18

1

Page 9: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

1 Resumo

A herbivoria e uma das mais importantes interacoes animal-planta exis-tentes. Eles podem consumir todos os tipos de tecidos vivos dos vegetais egerar danos que podem ocorrer em qualquer fase do ciclo de vida dos vegetais.No entanto os vegetais apresentam muitos tipos de defesas contra os insetosherbıvoros que vao desde defesas fısicas (pelos e tricomas) a defesas quımicas(compostos de acao toxica ou repelente). Alguns vegetais podem sobreviverao ataque de herbıvoros atraves de mecanismos de tolerancia. A toleranciae a capacidade de minimizar as perdas no fitness devido a herbivoria. Ela sedivide em tres tipos: (1) Compensacao insuficiente, (2) Compensacao com-pleta e (3) Sobrecompensacao. As interacoes entre plantas e seus herbıvorossao de grande importancia uma vez que, estes insetos invariavelmente setornam pragas em varias plantacoes agrıcolas inclusive na cana-de-acucar.Uma das principais pragas de canaviais sao os cupins subterraneos que po-dem ocasionar uma reducao de mais de 10 toneladas de cana por ano. Assimo presente trabalho teve como objetivo avaliar o nıvel de dano causado porcupins em plantios de cana-de-acucar irrigada testando a seguinte hipotese:o aumento da infestacao de cupins em canaviais causaria uma maior produ-tividade baseando-se na ideia de sobrecompensacao. Para isto foram sele-cionados 100 pontos em dois talhoes de cana-de-acucar dentro da empresaSada Bio-Energia e Agricultura. Estes pontos possuıam taxas de infestacoesdiferentes para que podessemos avaliar a influencia do aumento da infestacaono peso seco da cana e brix. Nossos resultados mostraram um aumento nopeso seco da cana conforme aumentava-se a taxa de infestacao. Isto pode serum indicativo de que as canas estariam sobrecompensando os danos sofridospelos cupins. Apesar destes insetos serem considerados pragas eles exercemfuncoes que modificam a fertilidade e porosidade dos solos em que habitam.Estes benefıcios podem ter colaborado tambem para o aumento do peso secoda cana. Em relacao ao brix nao houve alteracoes do seu teor no caldo aolongo do crescimento da infestacao. Os cupins podem nao estar afetando ataxa fotossintetica das canas e com isto a producao de sacarose nao se altera.Outro alternativa seria, a dos cupins nao causarem danos suficientes na canaao ponto dela deslocar recursos para a producao de compostos de defesas eafetar, assim, a producao do brix.

2

Page 10: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

2 Introducao

A herbivoria e uma das mais importantes interacoes planta-animal exis-

tente, em que o animal se alimenta de partes ou de todo o vegetal. Herbıvoros

sao responsaveis por gerar grandes impactos sobre as plantas que estao rela-

cionados ao crescimento, sobrevivencia e reproducao (Crawley, 1983; Coley e

Barone, 1996; Begon et al., 2007), influenciando assim as proximas geracoes

(Puentes e Agren, 2012).

Os insetos herbıvoros podem consumir quase todos os tipos de tecidos

vivos dos vegetais e gerar danos que podem ocorrer em qualquer fase do ciclo

de vida de uma planta (Rico-Gray et al., 2004). Uma planta pode interagir

com varias especies de herbıvoros que geram varios tipos de dano (Garcıa e

Ehrlen, 2009). Em consequencia, os efeitos da herbivoria na planta podem

depender de fatores como: a fase fenologica da planta em que o dano ocorre

(Ramula, 2008; Garcıa e Ehrlen, 2009; Buckley e Avila-Sakar, 2013); o tipo

e nıvel de intensidade da herbivoria (Verkaar, 1987; Garcıa e Ehrlen, 2009) e

a estrutura da planta consumida (Olejniczak, 2011; Puentes e Agren, 2012)

As plantas, no entanto, exibem muitos tipos de defesas contra o ataque de

insetos, como pelos e tricomas (defesas fısicas), compostos de acao toxica ou

repelente, etc (Silva et al., 2011). Enquanto eles, os herbıvoros, tem muitos

tipos de taticas para superar estes mecanismos de protecao (Silva-Filho et al.,

2002; Cornelissen et al., 1999). Alguns vegetais tambem podem sobreviver

ao ataque dos herbıvoros atraves de mecanismos denominados tolerancia,

3

Page 11: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

compensacao e sobrecompensacao.

A tolerancia e a capacidade de minimizar reducoes no fitness devido a

herbivoria (Strauss e Agrawal, 1999; Stowe et al., 2000; Turley et al., 2013).

Embora a tolerancia nao seja uma alternativa estrita da planta a herbivoria,

ela reflete o grau em que uma planta pode se regenerar e reproduzir apos

sofrer algum dano por herbıvoros (Strassus e Agrawal, 1999). A tolerancia

a herbivoria frequentemente muda o curso da historia de vida de um in-

divıduo vegetal, a medida que as alocacoes de recursos para as defesas ou

compensacao sao alteradas (Boege e Marquis, 2005).

A compensacao e um termo geralmente utilizado para se referir ao grau de

tolerancia a herbivoria apresentado pelas plantas. Tendo como referencia a

producao de sementes por planta (aptidao), Strauss e Agrawal (1999) definem

tres principais respostas compensatorias que a planta danificada pode apre-

sentar: (1) compensacao insuficiente: quando as plantas danificadas apresen-

tam menor aptidao do que os indivıduos sem dano; (2) compensacao com-

pleta: quando a planta danificada e a sem dano tem a mesma aptidao; e (3)

sobrecompensacao: quando as plantas danificadas alcancam maior aptidao

em comparacao com as plantas nao danificadas, existindo nesta ultima res-

posta, uma relacao mutuamente benefica entre as plantas e seus herbıvoros.

A sobrecompensacao e uma estrategia particular de compensacao que

ocorre quando as plantas danificadas alcancam maior aptidao (producao de

sementes) em comparacao as plantas nao danificadas. Esta funcao sobrecom-

pensatoria se associa principalmente a arquitetura da dominancia apical da

4

Page 12: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

planta, sendo que a ativacao dos meristemas latentes laterais e estimulada

como resposta a eliminacao do apice principal aumentando o sucesso repro-

dutivo destes indivıduos. Portanto, podemos dizer que existe uma relacao

mutuamente benefica entre as plantas e seus herbıvoros (Aarssen, 1995; Paige

e Whitham, 1987; Agrawal, 1998; Agrawal, 2000; Rautio et al., 2006; Olej-

niczak, 2011; Huhta et al., 2000).

As interacoes entre plantas e seus herbıvoros sao de grande importancia,

uma vez que os herbıvoros como consumidores primarios sao capazes de inter-

ferir no funcionamento e estrutura de um ecossistema. Muitos dos problemas

economicos advindos de disturbios em plantacoes agrıcolas nos ecossistemas

tropicais estao relacionados com a infestacao de herbıvoros (Farnworth e Gol-

ley, 1974). Varios estudos tem sido desenvolvidos no ambito de conter estes

insetos que invariavelmente se transformaram em pragas agrıcolas (Onody,

2009). Praga e todo inseto que ao atacar uma cultura agrıcola causa dano

economico. Deste modo, no Brasil varias plantacoes de hortalicas, eucalipto,

cana-de-acucar, dentre outros, vem sofrendo serias perdas advindas do ataque

de insetos herbıvoros.

Na cana-de-acucar os herbıvoros causam uma reducao de mais de 10

milhoes de toneladas de cana por ano e dependendo da intensidade exigem

a reforma do canavial, retirando todas as soqueiras (raızes deixadas no solo)

(Pereira, 2008; Planalsucar, 1982; Arrigoni, 1995; Alves e Almeida, 1995;

Novaretti e Fontes, 1998).

Dentre os insetos pragas do canavial destacam-se os cupins subterraneos

5

Page 13: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

(Isoptera) (Sohail et al., 2008; Dutra et al., 2010; Pereira, 2008; Novaretti e

Fontes, 1998). Eles atacam a cana durante todo seu ciclo, provocando falhas

no plantio, em touceiras e colmos, causando reducao do numero de perfilhos,

secamento e quebra dos colmos (Oliveira, 2011; Pivetta, 2006; Albuquerque,

2005). Com isto ha uma queda no crescimento e produtividade de acucar

(Albuquerque, 2005).

O Heterotermes tenus (Isoptera: Rhinotermitidae) foi a principal especie

de cupim que atacou praticamente todos os canaviais nos quais foram fei-

tos levantamentos. Ha tambem registros de especies dos generos Corniter-

mes, Syntermes, Nasutitermes e Neocapritermes (Pereira, 2008) causando

prejuızos variados na producao de acordo com a regiao de ocorrencia (Oli-

veira, 2011; Constantino, 2002). Os problemas acarretados pela presenca dos

termitas sao agravados pelo tipo de solo, clima e a irrigacao da cultura. Os

solos arenoso e/ou pobre e uma sazonalidade bem marcada fazem com que

haja uma grande migracao de indivıduos para as lavouras de cana (Miranda

et al., 2004 ; Oliveira, 2011) principalmente quando esta e irrigada (Oliveira,

2011).

Embora seus aspectos negativos sejam bastante conhecido os cupins sao

responsaveis por inumeros processos positivos tanto em ecossistemas naturais

como em agrıcolas (Black e Okwakol, 1997). Eles influenciam quimicamente

e fisicamente os processos do solo. Os tuneis termıticos contribuem para a

aeracao e a drenagem do solo, pois o movimento de partıculas entre os ho-

rizontes, carregadas pelos cupins, promove a descompactacao e manutencao

6

Page 14: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

da porosidade, alem de distribuir a materia organica. Dessa forma, os cupins

sao importantes agentes de manutencao da vitalidade do solo dos ambientes

naturais (Fontes, 1998; Fontes e Araujo, 1999). Alem de alteracoes nas pro-

priedade fısicas do solo, alguns cupins tambem interferem nas propriedades

quımicas do solo como, por exemplo, no processo de fixacao de nitrogenio.

Com isto a fertilidade do solo e maximizada pela incorporacao de nutrientes

como fosforo e nitrogenio, que acaba por aumentar a produtividade vegetal

(Black e Okwakol, 1997; Cadet et al.,2004).

Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o nıvel de dano causado

por cupins em lavouras de cana-de-acucar irrigada. Sendo considerados a

incidencia de indivıduos (infestacao) de cupins nas areas, peso seco da cana

e brix; testamos a hipotese de que o aumento da infestacao de cupins em

canaviais causaria uma maior produtividade do mesmo baseando-se na ideia

de sobrecompensacao.

3 Metodologia

3.1 Area de Estudo

As areas de coleta estao localizadas na empresa Sada Bio-Energia e Agri-

cultura dentro do projeto Jaıba no municıpio de Jaıba norte de Minas Gerais.

O clima predominante na regiao e o Aw (Segundo Koppen), caracterizado

pela existencia de uma estacao seca bem acentuada no inverno (Peel, 2007).

A temperatura media anual e de 24,4°C com precipitacao media de 871mm

7

Page 15: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

(Antunes, 1994), concentrada na estacao chuvosa (outubro a marco). A ve-

getacao predominante sao as florestas tropicais secas (FTS) crescendo em

solos ferteis e planos.

A Sada e uma empresa de producao de etanol e acucar mascavo atraves da

cana-de-acucar. Ela possui uma area plantada de 8800 hectares com talhoes

variando entre 120 a 50 hectares e irrigacao de 800 a 1000 mm anuais, fora

a precipitacao natural.

As mudas de cana-de-acucar sao plantadas com aproximadamente 40cm

de distancia uma da outra em fileiras com distancia entre si de 1,4m. Neste

momento e aplicado fipronil, um inseticida de amplo espectro para, princi-

palmente, o controle de cupins. Este inseticida e usado apenas uma vez no

primeiro ano de vida da cana e nao e reaplicado na hora da rebrota que

ocorre logo apos os cortes anuais da cana.

3.2 Desenho Amostral

Foram selecionados 100 pontos com no mınimo 100m de distancia entre si

em dois talhoes com idades de 3,5 e 4 anos. Em cada ponto foi tracado uma

linha reta formada por 10 touceiras (figura 1) e nestas foram mensuradas a

presenca e ausencia de cupins atraves de perfuracoes, de mais ou menos 15cm

de profundidade, feitas na base de cada touceira.

Quando encontravamos cupins em apenas uma touceira representaria 10%

de infestacao, em duas 20% e assim sucessivamente ate 100% de infestacao,

no total foram coletados de 5 a 10 pontos em cada nıvel de infestacao. Es-

8

Page 16: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Figura 1: Esquema dos pontos de coletas.

tes cupins foram armazenados em tubos etiquetados contendo alcool 80%

e levados ate o laboratorio de Ecologia Computacional e Comportamental

(LECC) na Unimontes para a identificacao ate o menor nıvel taxonomico

possıvel (figura 2).

Em cada ponto tambem coletamos 3 canas, duas nas extremidades da

linha e uma no centro. Em cada cana eram retirados 3 colmos um na base, um

no centro e um no apice, sendo um total de 9 colmos por ponto. Embalados

em sacos plasticos e etiquetados estes colmos foram levados para o laboratorio

de Biologia Computacional e Comportamental na Unimontes (figura 2). Em

laboratorio realizamos a analise do teor de brix com o equipamento Portable

Refractometer (refratomero de campo) e o peso seco de cada colmo (massa).

Como tınhamos o peso seco de nove colmos por ponto, fizemos uma media

destes pesos secos para obtermos um unico valor que foi usado nas analises

estatısticas.

9

Page 17: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Figura 2: Amostras dos colmos retirados de 3 diferentes canas e tubo deensaio contendo alguns indivıduos de cupins.

Para analisar a influencia dos cupins no peso seco e brix da cana foram

levados em consideracao: nıvel de infestacao de cupins afetando ou nao o

brix (teor de acucar no caldo) e o peso seco da cana.

3.3 Analise Estatıstica dos Dados

Dentro do software R[2.14](R Development Core team, 2011)montamos os

seguintes modelos de regressao com distribuicao de erro normal:

� Media do peso seco dos colmos como variavel resposta;

Nıvel de infestacao como variavel explicativa.

� Teor de acucar (brix) como variavel resposta;

Nıvel de infestacao como variavel explicativa.

10

Page 18: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

4 Resultados

Entre o nıvel de infestacao de cupins e o peso seco foram encontradas

relacoes significativas (P= 0.0015, F=10.74) (figura 3) indicando que a pre-

senca de cupins ate em nıveis mais altos como 70% e 80% afetam positiva-

mente o peso seco da cana, provocando um aumento de massa.

0 20 40 60 80 100

2030

4050

Porcentagem de infestação

Pes

o se

co m

édio

dos

col

mos

(g)

27.33048+0.16909*x

Figura 3: A influencia das porcentagens de infestacao de cupins no peso secoda cana-de-acucar (P=0.0015).

11

Page 19: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

O mesmo nao ocorreu com os valores de brix e as taxas de infestacao

(p=0.123, F=2.42)( Figura 4). Mostrando que os cupins nao exercem ne-

nhuma interferencia positiva ou negativa na qualidade do caldo da cana (brix).

0 20 40 60 80 100

05

1015

2025

Porcentagem de infestação

Brix

(%

)

18.1414+0.0,01347*x

Figura 4: Influencia das procentagens de infestacao de cupins no Brix(P=0.123).

12

Page 20: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

5 Discussao

Os cupins constituem um biossistema complexo envolvendo uma grande

diversidade de especies que possuem diferentes tipos de nidificacao e ali-

mentacao. Nos ecossistemas terrestres, estes insetos sao os maiores res-

ponsaveis pela decomposicao e mineralizacao do carbono, modificando a

estrutura e propriedades dos solos (Fontes, 1998; Fontes e Araujo, 1999).

Porem, nos ultimos anos estes insetos tem chamado atencao pelo seu poten-

cial como praga em diversas culturas, principalmente as de cana-de-acucar

(Batista-Perreira, 2004).

Apesar de seu status de praga (Campos et al., 1998) a incorreta iden-

tificacao daquelas especies efetivamente danosas pode levar a um controle

errado destes indivıduos e especies importantes para ciclagem de nutrientes

no solo podem ser afetadas. Ao avaliar-se a ocorrencia de cupins em cana-

viais de todo o paıs, os aspectos ecologicos bem como seu potencial como

praga sao discutıveis (Miranda et al., 2004).

Nossos resultados demonstram que cupins nao afetam a quantidade de

acucar presente no sulco (brix). Sendo os cupins insetos de solo eles nao

seriam capazes de causar danos nas celulas foliares da cana ou de reduzir o

fluxo de agua e nutrientes atraves dos vasos xilematicos da raiz como ocorre

com as cigarrinhas-das-raızes (Mahanarva fimbriolata, Hemiptera: Cercopi-

dae) (Fadini et al., 2004; Horsfield, 1978). O ataque da cigarrinha-das-raızes

tem como consequencia a reducao da taxa fotossintetica, consequentemente

13

Page 21: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

reduzindo o desenvolvimento da planta e acarretando perdas de produtivi-

dade dos colmos e sacarose (Mendonca et al., 1996).

Devido a alimentacao das cigarrinhas serem principalmente de seiva do xi-

lema, o que possivelmente resulta em deficiencia hıdrica e de nutrientes e con-

sequentemente, em disturbios metabolicos generalizados (Dinardo-Miranda

et al., 2004; Gallo et al., 2002; Fewkes et al., 1969). Alem disso, sob defi-

cit hıdrico, a taxa fotossintetica e reduzida drasticamente, comprometendo

o crescimento e desenvolvimento da planta. (Taiz e Zeiger, 2004). Com a

infestacao, as plantas secam e morrem (Gallo et al., 2002). Apesar dos cu-

pins nao serem insetos sugares o ataque dos mesmos poderia ocasionar uma

reducao da area das raızes e desencadear os mesmos processos citados acima,

mas este fato nao foi observado em nossos experimentos, mesmo nas maiores

taxas de infestacoes.

Os danos causados pelos cupins podem, tambem, nao serem capazes de

induzir a producao de substancias de defesas como ocorre em outras plan-

tas (Buchanan et al., 2000; Taiz e Zeiger, 2004). Desta forma nao ocorreria

um deslocamento de recurso para a sıntese de tais compostos ao ponto de

reduzir a producao de acucar mesmo em altas taxas de infestacao. Algumas

plantas deslocam energia e carbono para a producao de fenois para a defesa,

reduzindo a producao de sacarose e outros compostos responsaveis pelo cres-

cimento (Madaleno et. al., 2008). O que pode ser observado em plantacoes

de milho atacadas por Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Penta-

tomidae). Quando atacado por estes insetos o milho produz grande quanti-

14

Page 22: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

dade de compostos fenolicos em defesa a alta taxa de infestacao reduzindo a

qualidade do milho (Willians et al., 2005).

Uma outra possibilidade seria a habilidade que as plantas apresentam de

compensar pequenos danos sofridos de tal forma que as injurias causadas

pelos cupins nao alteraria a producao de acucar (Strauss e Agrawal, 1999).

No entanto, em culturas com altas taxas de infestacao de hemipteras este

fato nao e demonstrado. Nestas plantacoes estes insetos causam reducoes na

quantidade de acucar do caldo e no peso dos colmos (Madaleno et al., 2008).

Alguns autores reportam que em pequenos nıveis de infestacoes as plantas

sao capazes de sobrecompensar os danos sofridos mas quando as infestacoes

ocorrem em nıveis mais altos estes ganhos nao ocorrem (Dinardo - Miranda

et al., 2008 ).

O peso em massa seca da cana aumentou a medida em que as taxas de

infestacoes cresciam. Observamos que quanto maior a infestacao maior era o

ganho em massa. Este fato pode evidenciar uma grande habilidade da cana-

de-acucar sobrecompensar os danos sofridos pelos cupins (Strauss e Agrawal,

1999), aumentando, em uma pequena escala, o peso dos colmos e consequen-

temente um ganho final no aumento da produtividade em grande escala. Um

exemplo de planta que apresenta sobrecompensacao e a Ipomopsis aggregata

(Ericales: Ipomopsis). Indivıduos de I. aggregata que sofreram danos com a

herbivoria produzem ate tres vezes mais o numero de flores, sementes e fru-

tos do que indivıduos que nao foram atacados (Becklin e Kirkpatrick, 2006).

Com isto fica claro uma relacao positiva entre os herbıvoros e suas plantas

15

Page 23: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

hospedeiras.

Estes resultados opoem-se ao que ja foi descrito ate agora para a relacao

cupim/cana, no qual relata os cupins como principais pragas de canaviais.

Ocasionando danos que vao desde a morte dos indivıduos na fase juvenil ate

o secamento de todos os colmos na fase adulta (Sohail et al., 2008; Oliveira,

2011; Pivetta, 2006; Albuquerque, 2005).

Podemos tambem relacionar o grande aumento no peso dos colmos da

cana aos processos positivos que os cupins executam tanto em ecossistemas

agrıcolas quanto em naturais (Black e Okwakol, 1997). Os cupins possuem

grande habilidade em alterar os aspectos fısicos e quımicos do solo. Termi-

tas tem a capacidade de maximizar a incorporacao de fosforo e nitrogenio

no solo que sao essenciais para o crescimento dos vegetais. Com o aumento

destas substancias a produtividade vegetal tambem tende a aumentar (Black

e Okwakol, 1997; Cadet et al., 2004). Alem das alteracoes quımicas, o movi-

mento de partıculas entre os horizontes promovido pelos cupins no momento

da construcao de seus tuneis aumenta a porosidade do solo e disponibilizacao

dos nutrientes para horizontes mais superiores e assim sao mais facilmente

absorvido pelos vegetais.

16

Page 24: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

6 Conclusoes

A plantacao de cana-de-acucar irrigada estudada apresentou um grande

ganho em peso (massa seca) mesmo em altas taxas de infestacao de cupins

(60 %, 70 % e 80 %). Este fato demonstra uma grande capacidade da cana

sobrecompensar os danos sofridos pelos cupins. A habilidade dos cupins em

alterar as caracterısticas do solo como fertilidade e porosidade pode tambem

ter influenciado neste ganho de peso.

Em relacao ao brix nao houve nenhum ganho ou diminuicao do teor de

sacarose ao longo do aumento da taxa de infestacao. Isto porque estes danos

nao estariam alterando a taxa fotossintetica da cana ou induzindo a producao

de compostos de defesa ao ponto de afetar a producao de sacarose. Desta

forma nao ocorreria nenhuma alteracao no brix (teor de acucar) do caldo da

cana.

17

Page 25: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

7 Bibliografia

Agrawal, A. A. 1998. Induced responses to herbivory and increased plant

performance. Science, 1201-1202.

Agrawal, A. A. 2000. Overcompensation of plants in response to her-

bivory and the by-product benefits of mutualism. Trends in Plant Science.

309–313.

Ahmed, S.; Riaz, M. A. e Hussain, A. 2007. Assessment of the Dama-

ged and Population of Termites(Odontotermes e Unicolor) under Various

Methods of Insecticide Application. International Journal of a Griculture e

Biology. 1-4.

Alves, S. B. J. e Almeida, E. M. A. 1995. Novas alternativas para o

controle microbiano de cupins, p. 95-102. In L.R. Fontes e E. Berti Filho

(eds.), Alguns aspectos atuais da biologia e controle de cupins. Piracicaba,

FEALQ.

Albuquerque, A. C.; Pereira, K. C. A.; Cunha, F. M.; Veiga, A. F. S.

L. e Athayde, A. C. R. 2005. Patogenicidade de Metarhizium anisopliae

var. anisopliae e Metarhizium anisopliae var. acridum Sobre Nasutitermes

coxipoensis (Holmgren) (Isoptera: Termitidae). Neotropical Entomology.

585-591.

Arrigoni, E. B. 1995. Ocorrencia, danos e controle de cupins subterraneos

em cana-de-acucar, p. 30-31. In Reuniao Sul-Brasileira de Insetos de Solo.

5, Dourados. Ata e resumo. Dourados Embrapa, CPAO.

18

Page 26: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Batista-Pereira, L. G.; Santos, M. G.; Correa, A. G.; Fernandes, J. B.;

Arab, A.; Costa-Leonardo, A. M.; Dietrich, C. R.; Pereira, D. A. e Bu-

eno, O. C. 2004. Cuticular hydrocarbons of Heterotermes tenuis (Isoptera:

Rhinotermitidae): analyses and electrophysiological studies. Zeitschrift fur

Naturforschung. 135-139.

Becklin, K. M. e H. E. Kirkpatrick. 2006. Compensation through rosette

formation: the response of scarlet gilia (Ipomopsis aggregata: Polemonia-

ceae) to mammalian herbivory. Canadian Journal of Botany. 1298-1303.

Begon, M.; Townsend, C. R. e Harper, J. L. Ecologia: de indivıduos a

ecossistemas; Traducao Andriano Sanches Melo. (et al.). 4.ed. Porto Alegre:

Artmed, 2007.

Boege, K. e Marquis, R. J. 2005. Facing herbivory as you grow up: the

ontogeny of resistance in plants. Trends in Ecology e Evolution. 441-448.

Buchanan, B.; Gruissem, W. e Jones, R. 2000. Biochemistry and mole-

cular biology of plants. Rockville: American Society of Plant Physiologists.

1367-1370.

Buckley, N. E. e Avila-Sakar, G. 2013. Reproduction, growth, and de-

fense trade-offs vary with gender and reproductive allocation in Ilex glabra

(Aquifoliaceae). American journal of botany. 357-364.

Campos, M. B. S.; Alves, S. B. e Macedo, N. 1998.Selecao de iscas ce-

lulosicas para o cupim Heterotermes tenuis (Isoptera: Rhinotermitidae) em

cultura de cana-de-acucar. Scientia Agricola. 480-484.

Crawley, M. J. 1983. Herbivory: the dynamics of animal plant interacti-

19

Page 27: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

ons. Blackwell Scientific. 1-4.

Coley, P. D. e Barone, J. A., 1996. Herbivory and plant defenses in

tropical forests. Annual Review of Ecology and Systematics. 305–335.

Cornelissen, T. G. e Fernandes, G. W. 1999. Insetos Herbıvoros e Plantas:

de inimigos a parceiros? Ciencia Hoje. 1-5.

Dinardo-miranda, L. L.; Salvadori, J. R.; Avila, C. J. e Silva, M. T. B.

Cigarrinha-das-raızes em cana-de-acucar. In: (Ed.) Pragas de Solo no Brasil.

Passo Fundo: Embrapa, 2004.

Dutra, D. S.; Couto, A. A. V. DE O.; Bezerra, D. M.; Oliveira, M. A. P.

e Albuquerque, A. C. Diversidade termıtica em area de canavial da zona da

mata norte e sul estado de pernambuco. In: X Jornada De Ensino, PEsquisA

E Extensao, 10., 2010, UFRPE: Recife, Anais. Recife, 2010.

Farnworth, E. G. e Golley, F. B. (Ed.). Fragile ecosystems: evaluation of

research and applications in the neotropics. Berlin: Springer-Verlag, 1974.

Fewkes, D. W.; Williams, J. R.; Metcalfe, J. R.; Mungomery, R. W. e

Mathes, R. The biology of sugar cane froghoppers. In: (Ed.) Pests of sugar

cane. Amsterdam: Elsevier Publishing, 1969.

Fontes, L. R.; L. R. Fontes e E. B. Filho. Cupins nas pastagens do Brasil:

algumas indicacoes de controle. In (Ed.): Cupins: o desafio do conhecimento.

Piracicaba, FEALQ, 1998.

Fontes, L. R.; Araujo, R. L. e Mariconi, F. A. M. Os cupins. In: (Ed.),

Insetos e outros invasores de residencias. Piracicaba, FEALQ, 1999

Gallo, D.; Nakano, O.; Silveira Neto, S.; Carvalho, R. P. L.; Batista, G.

20

Page 28: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

C.; Berti filho, E.; Parra, J. R. P.; Zucchi, R. A.; Alves, S. B.; Vendramin,

J. D.; Marchini, L. C.; Lopes, J. R. S. e Omoto, C. Entomologia agrıcola.

Piracicaba: FEALQ, 2002.

Garcıa M. B.; Ehrlen, J.; Medel, R. e Aizen, M. A.; Zamora, R. Eva-

luacion de los efectos demograficos y evolutivos de las interacciones planta-

animal mediante modelos matriciales. In: (Ed.). Ecologıa y evolucion de

interacciones planta-animal: conceptos y aplicaciones. Editorial Universita-

ria, Santiago, Chile, 2009.

Horsfield, D. Evidence for xylem feeding by Philaenus spumarius L. (Ho-

moptera: Cercopidae). 1978. Entomology Experiments and Applications.

1-7.

Huhta, A.; Lennartsson, T.; Tuomi, J.; Rautio, P. e Laine, K. 2000. Tole-

rance of Gentianella campestris in relation to damage intensity: an interplay

between apical dominance and herbivory. Evolutionary Ecology. 373-392.

Krebs, C. J. Ecology: the experimental analysis of distribution and abun-

dance. 5ed. San Francisco, Benjamin Cummings, 2001.

Mendonca, A. F.; Barbosa, G. V. S.; Marques, E. J. e Mendonca, A. F.

As cigarrinhas da Cana- de-Acucar (Hemıptera:Cercopidae) no Brasil. In:

(Ed.) Pragas da Cana-de-Acucar. Insetos e Cia. Maceio, 1996.

Miranda, C. S.; Vasconcellos, A. A. e Bandeira, G. 2004. Termites in

sugar cane in Northeast Brazil ecological aspects and pest status. Neotrop.

Entomol. 1-7.

Novaretti, W. R. T.; Fontes, L. R. e Berti Filho, E. Cupins: Uma grave

21

Page 29: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

ameaca a cana-de-acucar no nordeste do Brasil. In: (Ed.) Cupins: O desafio

do conhecimento. Piracicaba, FEALQ, 1998.

Odum, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

Olejniczak, P. 2011. Overcompensation in response to simulated herbi-

vory in the perennial herb Sedum maximum. Plant Ecology. 1927–1935.

Oliveira, M. A. P. Composicao de comunidades termıticas em areas de

cana-de-acucar e em fragmentos de mata atlantica de pernambuco. 2011. 87

f. Tese (Doutorado em Entomologia Agrıcola) - Universidade Federal Rural

de Pernambuco, Recife, PE.

Onody, H. C. Estudos da fauna de Hymenoptera parasitoides associados

a hortas organicas de extratos vegetais no controle de Putella xylostella (Le-

pidopetera, Plutellidae). 127 f. Tese ( Doutorado em Ecologia e Recursos

Naturais) – Universidade Federal de Sao Carlos, Sao Carlos, Sao Paulo. 2009.

Paige, K. N., e Whitham, T. G. 1987. Overcompensation in response to

mammalian herbivory: the advantage of being eaten. American Naturalist,

407-416.

Pereira, L. G. Dossie Tecnico: Cana-de-acucar: principais insetos praga.

Fundacao Centro Tecnologico de Minas Gerais, 2008.

Pivetta, J. P. 2006. Cana-de-acucar, controle de cupins e cigarrinhas-das-

raızes. Corr. Agrıc. 1-5.

Planalsucar. 1982. Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-

acucar. Guia das principais pragas da cana-de-acucar no Brasil. Piracicaba,

Instituto do Acucar e do Alcool.

22

Page 30: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Puentes, A., e Agren, J. 2012. Additive and non-additive effects of simu-

lated leaf and inflorescence damage on survival, growth and reproduction of

the perennial herb Arabidopsis lyrata. Oecologia. 1033-1042.

Ramula, S. 2008. Population dynamics of a monocarpic thistle: simula-

ted effects of reproductive timing and grazing of flowering plants. Acta O

ecologica. 231–239.

Rautio, P.; Huhta, A. P.; Piippo, S.; Tuomi, J.; Juenger, T.; Saari, M. e

Aspi, J. 2006. Overcompensation and adaptive plasticity of apical dominance

in Erysimum strictum (Brassicaceae) in response to simulated browsing and

resource availability. Oikos. 179–191.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F. e EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal.

5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.

Rico-Gray, V.; Oliveira, P. S.; Parra-Tabla, V.; Cuautle, M.; Diaz-Castelazo,

C.; Martinez, M. L. e Psuty, N. P. 2004. Ant–plant interactions: their seaso-

nal variation and effects on plant fitness.. In: (Ed.) Coastal dunes: ecology

and conservation. Berlin Heidelberg, New York, USA.

Silva, J. O.; Espirito-Santo, M. M. e Melo, G. A. 2011. Herbivory on

Handroanthus ochraceus (Bignoniaceae) along a successional gradient in a

tropical dry forest. Arthropod-Plant Interactions. 1-6.

Silva-Filho, M. C. e Melo, M. O. 2002. Plant Physiol. Braz. J. 71-81.

Stowe, K. A.; Marquis, R. J.; Hochwender, C. G. e Simms, E. L. 2000.

The evolutionary ecology of tolerance to consumer damage. Annual Review

of Ecology, Evolution and Systematics. 565–595.

23

Page 31: Nı́vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em ... · Larissa Danielle de Carvalho Barros N vel de dano causado por cupins (Insecta: Isoptera) em plantios de cana-de-a˘cucar

Strauss, S. Y. e Agrawal, A. A. 1999. The ecology and evolution of plant

tolerance to herbivory. Trends in Ecology and Evolution. 179-185.

Taiz, L.; Zeiger, E. Fisiologia Vegetal. Artmed editora, 3ª ed., 2004.

Turley, N. E.; Godfrey, R. M. e Johnson M. T. J. 2013. Evolution of mixed

strategies of plant defense against herbivores. New Phytologist. 359-361.

Verkaar, H. J. 1987. Population dynamics: the influence of herbivory.

New Phytologist. 49-60.

24