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Nutrição : Faz sentido para você? Dra. Fernanda Kamp

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Nutrição: Faz sentido para você?

Dra. Fernanda Kamp

Dra. Fernanda Kamp

ALIMENTAR e NUTRIR, É A MESMA COISA?

ALIMENTOS e NUTRIENTES

NUTRIÇÃO x ALIMENTAÇÃO

“Toda a substância que o organismo obtém a partir do meio

externo, de constituição química variável que nos fornece

materiais indispensáveis após processo de digestão”

“Substâncias introduzidas no organismo dotadas de certas

características sensoriais, com certo apelo emocional, que

excitam o apetite e contém nutrientes”

“Mistura complexa de substâncias nutritivas e não-nutritivas,

as quais, além de necessárias ao organismo humano,

podem protegê-lo contra doenças crônicas e/ou promovê-

las”

ALIMENTOS: Função primária (capacidade de nutrir)

Função secundária (palatabilidade)

Função terciária (alimentos funcionais)

NUTRIENTES:

“Substâncias químicas de natureza orgânica ou inorgânica

que compõe os alimentos e que desempenham função de

nutrição (energética, estrutural e reguladora)”

Dra. Fernanda Kamp

CLASSIFICAÇÃO:

MACRONUTRIENTES

carboidratos, proteínas, lipídeos e água

micronutrientes

vitaminas e minerais

QUANTIDADE E NÃO

ESSENCIALIDADE!!!!

Dra. Fernanda Kamp

Para que servem os nutrientes?

Função energética

carboidrato, lipídeo, proteína

Função Estrutural carboidrato, lipídeo, proteína, água e minerais.

Função Reguladora:

Lipídeo, proteína, água, vitaminas e minerais.

ALIMENTAÇÃO:

“Dicionário Aurélio da língua portuguesa: “Ato de alimentar-

se”

Processo complexo busca pelo alimento, seleção e

ingestão

Fatores: psicológicos, patológicos, sociais, culturais,

econômicos, disponibilidade de alimentos, estação do ano...

Dra. Fernanda Kamp

Dra. Fernanda Kamp

Dicionário Aurélio da língua portuguesa: “Ato ou efeito de

nutrir-se”

FAO/OMS (1976): “Conjunto de processos por meio dos

quais o organismo vivo recolhe e transforma as substâncias

sólidas e líquidas exteriores de que precisa para a sua

manutenção, desenvolvimento orgânico normal e produção

de energia”

NUTRIÇÃO:

Ingestão do ALIMENTO até a utilização dos NUTRIENTES

pelas células

Modificações físico-químicas

DIGESTÃO

ABSORÇÃO

METABOLISMO

NUTRIÇÃO

Dra. Fernanda Kamp

ALIMENTAR ou NUTRIR, É A MESMA COISA?

ALIMENTAÇÃO (voluntário e consciente)

NUTRIÇÃO (fisiológico e involuntário)

Dra. Fernanda Kamp

O QUE É NUTRIÇÃO?

Dra. Fernanda Kamp

“O estudo da estrutura e função de componentes celulares

como proteínas, carboidratos, lipídeos, água, vitaminas e

minerais.”

BIOQUÍMICA:

CONCEITOS BÁSICOS

Valor nutritivo do alimento:

quantidade e qualidade de nutrientes

Valor energético do alimento:

quantidade de energia que os nutrientes

fornecem

Carboidrato e proteína = 4Kcal/ g

Lipídeo = 9Kcal/ g

Dra. Fernanda Kamp

Obtenção de energia (conservação, crescimento)

Obtenção de substâncias essenciais (regulação)

Homeostasia: “manutenção das condições do meio interno”

OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO:

Dra. Fernanda Kamp

ALIMENTAÇÃO x SAÚDE :

SAÚDE:

“Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social

e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”

A alimentação e a nutrição adequadas são fundamentais para

a manutenção da saúde !!!

Má nutrição manifestações clínicas de doenças

Ingestão de nutrientes fora das necessidades

Dra. Fernanda Kamp

DEFINIÇÃO: “Condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo

consumo e utilização de nutrientes”

ESTADO DE EQUILÍBRIO/ DESEQUILÍBRIO

APORTE CELULAR NECESSIDADE DE

NUTRIENTE

INGESTÃO

Fatores econômicos

Comportamento alimentar Fatores psicológicos

Doença Padrão cultural

ABSORÇÃO

Infecção, doença,

febre ou estresse

fisiológico

Estado Fisiológico Atividade física

Integridade TGI

Biodisponibilidade dietética

ESTADO NUTRICIONAL

Transporte

plasmático

Dra. Fernanda Kamp

Consumo alimentar Necessidades nutricionais

Estado Nutricional

Normalidade

Nutricional

Insuficiência de consumo

(Carências Nutricionais)

Desnutrição, Anemia

ferropriva,

Hipovitaminoses, etc

Excesso de consumo

(Distúrbios Nutricionais)

Obesidade, diabetes,

hipertensão, etc

Dra. Fernanda Kamp

Impacto sobre o estado

nutricional das populações

Dra. Fernanda Kamp

Tecnologia melhoria na qualidade de vida:

Maior eficiência na execução das tarefas informática

Ganho de tempo e de dinheiro

Atividades complexas e fisicamente desgastantes

do tempo e do desgaste físico

Avanços na agricultura e no processamento de alimentos

tornaram os alimentos mais disponíveis e

facilitaram o seu consumo

Melhoria no estado nutricional e

estresse psicológico

VIDA PÓS-MODERNA

(globalização avanços tecnológicos)

MODIFICAÇÕES DO PADRÃO DE VIDA

Padrões de trabalho

e lazer GE

Disponibilidade de

alimentos processados

SEDENTARISMO DIETA POBRE

Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Dra. Fernanda Kamp

Dra. Fernanda Kamp

Impacto da tecnologia sobre o EN

Transição Nutricional

Dra. Fernanda Kamp

Consumo alimentar Necessidades nutricionais

Estado Nutricional

Normalidade

Nutricional

Insuficiência de consumo

(Carências Nutricionais)

Desnutrição, Anemia

ferropriva,

Hipovitaminoses, etc

Excesso de consumo

(Distúrbios Nutricionais)

Obesidade, diabetes,

hipertensão, etc

DOENÇAS NÃO

TRANSMISSÍVEIS

DOENÇAS

INFECCIOSAS

Dra. Fernanda Kamp

Transição Epidemiológica

Doenças crônicas não transmissíveis

DCNT

• Obesidade

• Diabetes

• Doenças cardiovasculares

• Osteoporose

• Câncer...

Quais características a definem?

• Origem não infecciosa;

• Múltiplas causas;

• Muitos fatores de risco;

• Longos períodos de latência;

• Curso prolongado;

• Associação a deficiências e

incapacidades funcionais

Dra. Fernanda Kamp

DCNT: FATORES DE RISCO

• Gênero

• Idade

• Herança Genética

NÃO MODIFICÁVEIS

• ALIMENTAÇÃO

• Sedentarismo

• Tabagismo

• Consumo de álcool e outras drogas

“MODIFICÁVEIS”

COMPORTAMENTAIS

Dra. Fernanda Kamp

EVOLUÇÃO DO PADRÃO ALIMENTAR:

Dra. Fernanda Kamp

EVOLUÇÃO DO PADRÃO ALIMENTAR:

Dra. Fernanda Kamp

Dieta x DCNT

Proteção

Risco

Dra. Fernanda Kamp

OBESIDADE

DCV

Diabetes

DCNT

Dislipidemias

Dra. Fernanda Kamp

“Grau de armazenamento de gordura no organismo

associado a riscos para a saúde, devido à sua relação com

várias complicações metabólicas”

DEFINIÇÃO

Gasto Consumo

Dra. Fernanda Kamp

Índice de Massa corporal (IMC)

IMC = peso (kg)

altura (m)2

DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO IMC (Kg/ m2)

Eutrofia 18,5 – 24,9

Pré-obesidade 25 – 29,9

Obesidade grau I 30 – 34,9

Obesidade grau II 35 – 39,9

Obesidade grau III 40

Dra. Fernanda Kamp

ADIPÓCITOS:

do conteúdo lipídico (HIPERTROFIA)

TG exógeno e/ou endógeno gordura, CHO e ptn

nº de células (HIPERPLASIA)

Predominante em períodos de crescimento

AUMENTO DO TECIDO ADIPOSO:

Dra. Fernanda Kamp

GANHO DE PESO

PERDA DE PESO do tamanho dos adipócitos e

manutenção do no

PREVENÇÃO DO GANHO DE PESO

Dra. Fernanda Kamp

COMPLEXA e MULTIFATORIAL influência de fatores não

modificáveis e comportamentais

Doenças hormonais:

Causas raras de obesidade

Influência genética:

Diferentes mecanismos

Indivíduos com maior determinação genética para a

obesidade necessitarão de um maior controle da

qualidade da alimentação e do nível de atividade

física para evitarem o ganho de peso

Dra. Fernanda Kamp

1 – Aumento da ingestão alimentar (lipídeos, açúcares e

alimentos refinados e industrializados)

2 – Redução do gasto energético decorrente dos avanços

tecnológicos (automação de afazeres básicos, diminuição da

atividade física e de lazer) vida sedentária

BALANÇO ENERGÉTICO POSITIVO

FATORES AMBIENTAIS:

Principal causa!!!!

Dra. Fernanda Kamp

DURAÇÃO DO TRATAMENTO:

Obesidade é uma DCNT curso prolongado!

Dra. Fernanda Kamp

Características da sociedade pós-moderna:

Avanço tecnológico

Consumismo, descartabilidade, imediatismo,

individualismo, volatilidade, mudanças,

ausência de pontos de referências

duradouros, identidades passageiras etc.

Dra. Fernanda Kamp

PRÁTICAS COMPENSATÓRIAS:

Dra. Fernanda Kamp

PRÁTICAS COMPENSATÓRIAS:

Quais são os RISCOS?

Perda ponderal rápida e intensa (5 Kg/ semana)

Motivação e prosseguimento!

Peso corpóreo = ossos, músculos, órgãos, fluídos corporais

e tecido adiposo

Metabolismo energético:

GLICOSE energia

Deficiência alimentar reservas

Glicogênio (12hs) e TG (tecido adiposo)

Proteína muscular (estrutural)

Dra. Fernanda Kamp

Gasto energético: Energia para quê?

Dra. Fernanda Kamp

Dimensão e composição corporais;

Idade e gênero;

Estado hormonal;

Gestação e Lactação;

Fatores patológicos.

Necessidades Energéticas

TMB:

atletas

homens

Jovens

Dra. Fernanda Kamp

PRÁTICAS COMPENSATÓRIAS:

Quais são os RISCOS?

Perda ponderal massa magra

Principal determinante do gasto energético!!!

Gasto energético

Interrupção GANHO PONDERAL!

Dra. Fernanda Kamp

Perda de massa magra;

Fraqueza, cansaço, dor de cabeça, constipação;

Dislipidemias;

Sobrecarga renal;

Deficiência de micronutrientes ( risco de DCNT);

PRÁTICAS COMPENSATÓRIAS:

Quais são os RISCOS?

Dra. Fernanda Kamp

Qual é o segredo para a perda de peso saudável?

Mudanças de hábitos alimentares

(reeducação alimentar) e de

estilo de vida!!!

GET

MM

Dra. Fernanda Kamp

Adoção de modos de vidas saudáveis:

(Abordagens)

1- Inibir hábitos e práticas prejudiciais à saúde:

Fatores de risco para desenvolvimento de DCNT

2 – Estimular e incentivar práticas saudáveis:

Adoção de hábitos alimentares saudáveis e atividade física

regular;

Dra. Fernanda Kamp

Hábitos Alimentares

“Preferências alimentares que fazem parte da cultura

de um povo. São estabelecidos na infância e tornam-se

comuns no decorrer da vida”.

Dra. Fernanda Kamp

Até que ponto as nossas escolhas alimentares

podem trazer risco à nossa saúde?

Qual é a frequência?

HÁBITO

Dra. Fernanda Kamp

Escolhas:

inteligentes e duradouras!

ALIMENTAÇÃO (voluntário e consciente)

NUTRIÇÃO (fisiológico e involuntário)

Dra. Fernanda Kamp

Brasil- Ministério da Saúde,

2014

10 passos da alimentação adequada e

saudável

Ministério da Saúde (2014)

1- FAZER DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE

PROCESSADOS A BASE DA ALIMENTAÇÃO

2- UTILIZAR ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR EM

PEQUENAS QUANTIDADES AO TEMPERAR E COZINHAR

ALIMENTOS E CRIAR PREPARAÇÕES CULINÁRIAS

3- LIMITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS

4- EVITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS

ULTRAPROCESSADOS

SÓDIO AÇÚCAR ADITIVOS

FRUTA CEREAL

CARNE

PREFIRA

LIMITE

EVITE

5- COMER COM REGULARIDADE E ATENÇÃO, EM

AMBIENTES APROPRIADOS E, SEMPRE QUE POSSÍVEL

EM COMPANHIA

6- FAZER COMPRAS EM LOCAIS QUE OFERTEM

VARIEDADES DE ALIMENTOS IN NATURA OU

MINIMAMENTE PROCESSADOS

7- DESENVOLVER, EXERCITAR E PARTILHAR

HABILIDADES CULINÁRIAS

8- PLANEJAR O USO DO TEMPO PARA DAR À

ALIMENTAÇÃO O ESPAÇO QUE ELA MERECE

9- DAR PREFERÊNCIA, QUANDO FORA DE CASA, A

LOCAIS QUE SERVEM REFEIÇÕES FEITAS NA HORA

10- SER CRÍTICO QUANTO A INFORMAÇÕES,

ORIENTAÇÕES E MENSAGENS SOBRE ALIMENTAÇÃO

VEICULADAS EM PROPAGANDAS COMERCIAIS

PARA REFLETIR ...

O conceito de vida saudável é resultado de

diversos fatores que incluem cultura, religião, fatores

econômicos, sociais e até mesmo a sua percepção

frente a si mesmo e ao mundo.

A qualidade na alimentação tem influência direta

nesse conceito, portanto, assuma suas

responsabilidades para adquirir uma vida

melhor.

E agora?

Nutrição: Faz sentido para você?

A melhor maneira de colaborar para a

construção de uma vida mais saudável é

divulgar o que você aprendeu para todas as

pessoas que você conhece!

Obrigado! www.eupossoisso.com

Obrigada!

Fernanda Kamp

[email protected]

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRJ