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NÚMERO 33 /// JULHO 2012 FOLHA VIVA REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA AGENDA DE ACTIVIDADES 2012 Ambiente em Família

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Page 1: NÚMERO 33 /// JULHO 2012 - rostos.pt · de lixo do mundo, com cerca de 1.000 km de extensão. ... 7 Maravilhas, desde a eleição em 2010 das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, à

NÚMERO 33 /// JULHO 2012

FOLHA VIVAREVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTALDA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA

AGENDA DE ACTIVIDADES 2012Ambiente em Família

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EDITORIALDesde o dia 2 de junho estão a decorrer no Centro de Educação Ambiental (CEA) um leque de ações centra-das na temática do ambiente para toda a família. As inscrições estão a ser um sucesso e as vagas são pre-enchidas com grande facilidade, o que revela o interesse da população em participar nas atividades que dinami-zamos, mesmo naquelas que apresentam um valor de inscrição. Ainda estão disponíveis vagas nas sessões de Arte na Natureza, Desenho de Campo e Ilustração Científica, entre outras, que pode consultar na Agenda de Actividades “Ambiente e Família” composta por 33 atividades diferentes com mais de 50 realizações, a decorrerem durante todo o período de verão, finalizando a 9 de setembro.

O CEA dinamiza também neste período os Campos de Férias para jovens dos 6 aos 12 anos, dando continui-dade a um trabalho que consideramos ser um sucesso, proporcionando às crianças tempos livres com quali-dade, à descoberta da Mata da Machada e com novida-des que deliciam os mais pequenos. Estão abertas as inscrições para as próximas quinzenas, e pode optar por qualquer um dos períodos ainda disponíveis até ao final de agosto.

Comemorámos o 1º aniversário do Moinho do Jim, com atividades de sensibilização ambiental e na área da energia disponíveis para os visitantes, um projeto dinamizado em colaboração com a S.energia – Agên-cia Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

No passado 5 de junho assinalámos também o 7º aniversário do CEA, que viu neste último ano reco-nhecida a excelência do trabalho que a sua equipa presta às escolas e à população barreirense, através da distinção com o 1.º Prémio de Qualidade de Ser-viços Públicos.

Apoiámos ainda várias escolas do concelho nos seus projetos na área do ambiente, destacando o projeto de Arte e Ambiente “Vê lá onde pões os pés”, desenvolvido pelos alunos do Agrupamento de Escolas do Barreiro cuja coordenação é da responsabilidade da Professora Cátia Meco da Escola Básica Mendonça Furtado.

O verão é, para muitos, sinónimo de férias. Mas por-que o mundo não para, o trabalho na área do ambiente também não!

FICHA TÉCNICA

CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRORua Miguel Bombarda2834-005 Barreirowww.cm-barreiro.pt

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA

Tel.: 911 055 921

Coordenação de Edição e Redação:Divisão de Sustentabilidade Ambiental

Design e Paginação: Rostos da Cidade EDIÇÃO DIGITAL Data de Edição: julho de 2012

NUNO BANZAVereador do Ambiente da Câmara Municipal do BarreiroVice-presidente do Conselho de Administração da [email protected]

No dia 8 de junho comemorou-se o Dia Mundial dos Oceanos. A poluição tem causado drásticas reduções nas populações de muitas espécies de animais marinhos.Exemplo disso é a enorme camada flutuante de plástico, no oceano Pacífico, considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1.000 km de extensão. Acredita-se que haja cerca de 100 milhões de toneladas de plástico de todos os tipos, com uma profundidade de mais ou menos 10 metros.

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Visita ao Museu do FuzileiroO Bando dos 6

Os Exploradores

Águias Selvagens

OS CAMPOS DE FÉRIAS JÁ ESTÃO AÍ!Verão é sinónimo de férias para a pequenada. E férias ao ar livre são a melhor opção.

O Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coi-na (CEA) volta a promover os Cam-pos de Férias de verão, proporciona-ndo momento únicos e memoráveis a todas as crianças participantes.

Durante 5 quinzenas, os nossos amigos poderão explorar a Mata da Machada, com provas de orientação, aprender mais sobre resíduos e re-ciclagem, visitar o Museu do Fuzileiro e dar uns mergulhos refrescantes na piscina desta escola, construir o seu “castelo” numa árvore e defendê-lo, descobrir a flora e a fauna da Mata e viver a experiência única de pernoitar

na Escola de Fuzileiros Navais.

Os Campos de Férias decorrem de 25 de junho a 6 de julho, de 9 a 20 de julho, de 23 de julho a 3 de agosto, de 6 a 17 de agosto e de 20 a 31 de agosto. Cada período tem duração de duas semanas, funcionando com um máximo de 30 e um mínimo de 15 participantes.

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Click !!! Foto Reportagem

O meu espaço é o teuOrientação

Caricaturas

Na Escola de Fuzileiros NavaisQuebra-gelo

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O Eco-Moinho do Jim celebrou o seu primeiro aniversário no passado dia 30 de maio. O dia foi assinalado com atividades para a população que vi-sitou este espaço.

Desde a sua abertura já recebeu cerca de 20 instituições de ensino, dos concelhos do Barreiro, Moita e Montijo, promovendo atividades de sensibilização ambiental e energé-tica, com apresentações e pequenos workshops que permitem aos alunos que aqui vêm aprofundar os seus co-nhecimentos.

Este projeto conjunto da Câmara Mu-nicipal do Barreiro e da S.energia – Agência Regional de Energia para os Concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete pretende aproximar a po-pulação das questões energéticas e ambientais, procurando esclarecer dúvidas, disponibilizar estudos e pla-nos para consulta, e fornecer infor-mação variada de caráter ambiental.

O Centro de Educação Ambiental completou 7 anos de existência, no dia 5 de junho, o Dia Mundial do Ambiente. Esta data foi assinalada com a visita de duas escolas, que puderam fazer uma observação de aves e abordar a temática da Água, juntando-se a um total de mais de 2500 alunos que já visitaram o CEA, no presente ano letivo.

Se ainda não conhece o Eco-Moinho e o CEA, venha descobrir estes dois espaços, que apresentam um conjunto alargado de atividades de educação ambiental, disponíveis para as escolas e para a população barreirense.

ECO-MOINHO DO JIM E CEA DE PARABÉNS!

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Alunos assistem a apresentação sobre gestão de resíduos.

A reutilização de materiais é uma das atividades dinamizadas.

A Água é uma das diferentes temáticas abordadas no Programa de Educação Ambiental do CEA.

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As 7 Maravilhas continuam a promover os grandes valores da identidade nacional com a eleição das 7 Maravilhas - Praias de Portugal.Em 2012, os portugueses poderão eleger quais são as mais maravilhosas praias do nosso país, com um modelo de sele-ção e votação semelhante ao de edições anteriores.

A eleição das 7 Maravilhas - Praias de Portugal® centra-se em três eixos es-tratégicos: Ambiente, Turismo e Água. Este é um projeto que visa promover as praias nacionais, de forma a preservar a sua beleza e unicidade. A preocupação

ambiental faz já parte da missão das 7 Maravilhas, desde a eleição em 2010 das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, à qual a Mata Nacional da Machada e Sapal do Coina apresentou a sua candidatura. Um dos principais motivos para a escolha de Portugal como destino turístico são as nossas praias. Com o mar, as praias, as falésias, os rios e as albufeiras, dispomos de recursos ambientais de alto valor, que proporcionam riqueza económica, através das pescas, da exploração dos recursos hídricos e do turismo.

Também a prática desportiva nas nossas

águas é uma fonte de bem-estar das populações, sendo o nosso país reconhe-cido internacionalmente como destino de excelência para a prática de desportos como o surf, windsurf, kitesurf, etc.

As 21 praias finalistas estão divididas em 7 categorias: Praias de Rio, Praias de Albufeiras e Lagoas, Praias Urba-nas, Praias de Arribas, Praias de Du-nas, Praias Selvagens e Praias de Uso Desportivo.

A eleição decorre até 7 de setembro. Escolha a sua preferida em:www.7maravilhas.sapo.pt.

7 MARAVILHAS - PRAIAS DE PORTUGAL

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IBIKEBARREIRO PROMOVE

“PASSEIO DE VERÃO”

No dia 23 de junho, o movimento IBikeBarreiro voltou a juntar ciclistas em mais um evento, com o intuito de promover a utilização da bicicleta como veículo urbano.

O IBikeBarreiro acredita que a bicicleta, para além do lazer, boa forma e economia, é um veículo utilitário que permite viver a cidade, e deseja que o Barreiro se aproxime da bicicleta.O "Passeio de Verão" teve um percurso acessível de 15km, em que o objetivo foi passear em família e de forma descontraída.O passeio foi desde o centro da cidade até à Mata Nacional da Machada, passando pelas freguesias do Lavradio, Alto do

Seixalinho, Sto António da Charneca, Palhais e Santo André.Espera-se com esta visibilidade, que ciclistas e automobilistas adquiram o costume de interagir com as bicicletas em meio urbano. Enfrentar o trânsito e a via pública em grupo ajuda também a desmistificar dificuldades e medos, e perceber como se pode fazer parte do trânsito rodoviário pedalando.Com a sua proximidade ao meio, o ciclista experiencia os recantos do concelho como locais de vivência, e não apenas como locais de passagem.

Após um roteiro dentro da própria Mata, foi tempo de pro-curar uma sombra e mesas, para um descanso merecido e um piquenique abrigado do Sol de verão.Obrigado aos participantes, com a sua boa disposição e von-tade de pedalar, e obrigado à CMB e Eco-moinho do Jim, que voltou a emprestar bicicletas a quem não tinha veículo próprio.

Boas pedaladas.

Mais informações através de [email protected] ou em

http://ibikebarreiro.blogspot.com.

Praias como a Albufeira do Ermal, do Penedo Furado ou do Meco são algumas das candidatas.

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PROJETO ESCOLA6

II CICLO DE CONFERÊNCIAS «AMBIENTE COM ARTE»No dia 6 de junho decorreu na Esco-la Secundária de Santo André, pelo segundo ano consecutivo, o Ciclo de Conferências «Ambiente com Arte», organizada pelas Professoras Isabel Tostão e Rosário Santos, do Grupo de Artes Visuais daquela escola.Esta conferência voltou a reunir pro-fissionais e alunos em torno da te-mática do ambiente e de ambientes que a arte cria, possibilitando, entre outros aspetos, tomar consciência da situação atual do nosso ambiente e do papel importante que cada um de nós tem para a sua preservação. Noutro plano, permitiu o contacto com profissionais criativos que apresenta-ram o seu percurso profissional e as características do seu trabalho, assim como, se deu a conhecer o percurso e os produtos finais de trabalhos re-alizados em sala de aula.

Este ano tivemos alguns convidados que foram alunos da nossa escola e deste modo demos conta do seu percurso após concluírem o ensino secundário, nomeadamente a designer de equipamento e ilustradora Cristi-na Salvador e o pintor Rui Algarvio. Contámos também com a presença do escultor João Limpinho, do fotógra-fo Cláudio Ferreira e do Engenheiro Nuno Banza.Com este projeto, pretendeu-se sensi-bilizar para a comunicação pela Arte, desenvolver a criatividade e a origina-lidade, valorizar o papel dos profissio-nais das artes visuais (pintura, escul-tura, design, ilustração e fotografia), enquanto criativos e responsáveis pela melhoria das qualidades estética e funcional do meio envolvente, divulgar trabalhos de alunos e profissionais da área criativa, assim como, conhecer a formação e o percurso profissional daqueles, promover o desenho como forma de expressão e comunicação de ideias e, também, valorizar o pa-

trimónio natural e as atividades que podem ser realizadas para o preservar e proteger.

A conferência surge em articulação com outra atividade que decorreu no Agrupamento de Escolas do Barrei-ro, «Vê lá onde pões os pés», cuja coordenação do projeto é da respon-

sabilidade da Professora Cátia Meco da Escola Básica Mendonça Furtado e com a colaboração da Divisão de Sustentabilidade Ambiental da CMB, na pessoa do Engenheiro Nuno Banza. Este projeto resultou numa exposição no Mercado Municipal 1º de Maio do Barreiro que pode ser visitada até ao dia 9 de julho.

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REBENTOS8

O que faz...O jardineiro

É ele o responsá-vel pelos jardins, acompanhando o crescimento das flores e plantas, cuidando delas e protegendo-as das doenças.

O jardineiro tem de conhecer bem a terra, bem como os melhores frutos ou flores para cada tipo de solo ou época do ano. Por isso existem diferentes jardineiros, especializados em flores, frutas, árvores, etc.

As tarefas do jardineiro incluem plantar, semear, regar, cortar as ervas daninhas, podar as árvores, para que as plantas possam crescer fortes e saudáveis.

Vamos construir Agora que ficaste entusiasmado com o Campeonato Europeu de Futebol, que tal fazeres o teu próprio campeonato com os teus amigos? Reutiliza um pedaço de madeira e complementa-o com a ajuda de um adulto. Que ganhem os melhores!

1 Antes de começares a montagem do campo, lixa todas as peças com

uma lixa de papel, para evitar que alguma farpa se espete nos dedos, enquanto esti-veres a montar o campo.

3 Desenha o campo (conforme a figura).

5 Prega as ripas nas laterais do campo. Prega os pregos com

cuidado e verifica se a ponta não saiu do lado oposto.

2 Cobre a madeira com o feltro ou pinta-a de verde.

4 Os jogadores (pregos de cabeça redonda) devem ser distribuídos

conforme indicado na foto, ficando 11 de cada lado.

6 Está pronto, agora é só brincar!

Vais precisar de:

ü madeira retangular com 50X30 cm

ü feltro verde

ü duas ripas de madeira com 2 cm de largura e 50 cm de comprimento para as laterais

ü 4 ripas de madeira com 2 cm de largura e 13 cm de comprimento

ü pregos de cabeça redonda

ü berlindes ou moedas

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Sabias que...

O lugar mais profundo dos oceanos é a Fossa das Marianas, com quase 11.000 metros de profundi-dade! É tão profunda que a luz do Sol não a alcança e fica situada no Oceano Pacífico, a leste das Ilhas Marianas.

Vamos ler?SEMENTES À SOLTA Fernanda Botelho e Sara SimõesDinalivro

Uma história de colheitas, partilhas e receitas, com uma viagem ao mundo das plantas para aprender mais alguns conceitos úteis e ecológicos.

REBENTOS 9

Gelado de limãoAh…o verão…!!Com o Sol e o tempo quente, sabe bem um refresco.Aqui podes aprender a fazerum gelado de limão saboroso e saudável, que te vai deliciar nas horas de calor.

Vais precisar de:

ü 4 limões

ü 4 iogurtes naturais (ou de limão)

ü 1 lata de leite condensado

ü Colher de pau

ü Tigela para fazer a mistura

ü Abre-latas

ü Recipiente que possa ir ao congelador

1 Começa por pedir ajuda a um adulto para abrir a lata de

leite condensado. Deita o conteúdo na tigela e mexe bem.

3 Espreme os limões e junta o sumo à mistura do leite

condensado com os iogurtes, mexendo sem-pre muito bem.

2 Junta, um a um, os iogurtes.

4 Deita tudo num recipiente e leva ao congelador du-

rante, pelo menos, 4h.

Está pronto a comer! Bom apetite!

4 horas

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Nikolaj Kpernik, mais conhecido pelo nome latinizado de Copérnico, nasceu em Torun, na Polónia, em 1473. Entrou para o clero e estudou na Universidade de Cracóvia, e mais tarde, em Bologna, Itália. Regressou à Polónia em 1501 e tornou-se padre de Frombork, que ele mesmo descreveu como sendo "o canto mais longínquo da Terra". Ao longo da sua vida, defendeu o seu país nas lutas contra os cavaleiros teutónicos. Também desenvolveu atividades locais como mé-dico e administrador. No entanto, o seu interesse estava na Astronomia.

Desde cedo verificou que a teoria ge-ocêntrica de Ptolomeu, que colocava a Terra no centro do Universo, era com-plicada e pouco satisfatória. A maior parte do problema podia ser resolvida removendo a Terra da sua posição central e substituindo-a pelo Sol. Esta sua tese

está descrita no livro De Revolutionibus Orbium Coelestium, relativo ao movimento orbital dos principais corpos celestes conhecidos no seu tempo. A tese poderia estar praticamente completa em 1533, mas Copérnico não a publicou por saber que a Igreja o acusaria de heresia, pois tirar a Terra do centro do Universo ia contra a doutrina oficial.

No entanto, haviam argumentos contra o modelo de Copérnico, fundamental-mente relacionados com factos que se assumiam na época.O primeiro defendia que o Sol não poderia ser o centro do Universo pois não era um elemento atrator. Isto é, quando se atirava um objeto em direção ao Sol, o objeto não seguia na sua direção. Este facto, só viria a ser explicado comple-tamente por Isaac Newton.

O outro argumento baseava-se na ine-xistência de paralaxe estelar visível. A paralaxe pode ser explicada da seguinte forma: se esticarmos o braço segurando um lápis na vertical e olharmos alterna-damente para o lápis com o olho direito e o esquerdo, vamos verificar que o lápis parece mudar de posição em relação à parede do fundo. Quanto mais afastado o lápis estiver dos olhos, mais pequeno será o ângulo de paralaxe.Se a Terra girasse em torno do Sol e as estrelas fixas não estivessem à mesma distância do Sol, teria que observar-se paralaxe quando a Terra estava de um

lado e do outro do Sol (como cada um dos olhos está de um lado do nariz), o que não se verificava com os instrumentos da época (essencialmente os olhos). Hoje sabemos que os ângulos de paralaxe são demasiado pequenos.

Em 1543, já no fim da sua vida, Copérni-co concordou com a impressão da tese, desconhecendo-se se chegou a vê-la im-pressa. Muitas das ideias de Copérnico estavam erradas e a sua teoria final era quase tão complicada como a de Ptolo-meu, mas tinha dado o passo essencial para que os seus sucessores pudessem construir sobre o seu trabalho.

Mini-observatórioOuriço-cacheiro - Erinaceus europaeus

• O seu dorso está coberto por cerca de 6000 espinhos longos e aguçados, entre os 2 e 3 cm de comprimento• Quando se sente ameaçado, enrosca-se e esconde as suas patas e cabeça, formando uma bola e expondo os seus espinhos como uma barreira de defesa quase impenetrável• De hábitos noturnos, é o maior insetívoro da nossa fauna, alimentando-se essencialmente de minhocas, aranhas e lesmas. Alimenta-se ainda de ovos, pequenos vertebrados e peixe, tratando-se de um excelente nadador. • Hiberna entre novembro e março, quando tem menos alimento disponível. Antes disso, engorda bastante para poder sobreviver a este período.

Grandes Figuras

Copérnico

REBENTOS10

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O cuco-canoro é uma ave que pertence à ordem dos Cuculiformes. Pesa apro-ximadamente 100g e atinge um compri-mento de 32-34cm e uma envergadura que, na maior parte dos casos, ultrapassa os 55cm. A plumagem do macho e da fêmea são idênticas, apresentando a zona superior, a cabeça e o pescoço cinzentos e o ventre branco com barras pretas ou castanhas, que formam um padrão de riscas trans-versais. A cauda é bastante mais escura que a restante plumagem, com as extremidades das penas brancas. As fêmeas podem ostentar este padrão, mas com uma colo-ração ruiva. Esta é também uma caracte-rística marcante na sua silhueta, uma vez que é uma ave com uma cauda bastante comprida, que pode atingir quase metade do seu comprimento total. Apresentam ainda asas estreitas, compridas e pon-tiagudas.

A principal singularidade da família Cucu-lidae deve-se ao facto de estas aves pa-rasitarem outras, ou seja aproveitam-se de outras espécies para lhes incubarem os ovos e alimentarem as crias. Uma vez selecionado um ninho, a fêmea aguarda pela ausência dos “proprietários” para se aproximar deste, colocando lá apenas um ovo. Este é um comportamento que repe-te por vários ninhos. Ao espalhar os seus ovos por diferentes ninhos, está assegu-rada uma maior probabilidade de sucesso. Apenas na Europa, tem-se conhecimento

que os cucos parasitam mais de 100 espécies de aves di-ferentes, embora cada fêmea se especialize numa espécie em particular.

A vocalização do cuco é certamente a característica mais marcante, e que ori-ginou o seu nome comum e científico, constituindo na maior parte dos casos o sinal da presença da espécie. O canto do cuco é talvez o mais conhecido de todos os que se podem ouvir no nosso terri-tório e anuncia a chegada da primavera.

É uma espécie bastante ecléctica na se-leção do habitat, sendo sobretudo condi-cionada pela presença de hospedeiros, uma vez que as suas densidades popula-cionais parecem estar bastante relaciona-das com as densidades das espécies que parasitam. Em Portugal, ocorre sobretudo em zonas de montados, pomares, sebes, matas e caniçais.

A alimentação dos cucos é maioritaria-mente composta por insetos, e por la-gartas em particular. Normalmente, as suas presas são detetadas a partir de um ponto elevado, como por exemplo um poste ou uma árvore.

É uma ave que tem uma distribuição vas-ta, desde o norte de África até ao extremo oriental da Rússia, Sibéria, China e Índia, mas também no Vietname e Japão. Ao nível da Europa, regista uma distribuição

uniforme, uma vez que ocorre em cerca de 37 países distintos, apontando os cen-sos para um efetivo populacional estima-do em um milhão e meio de indivíduos.

Trata-se de uma espécie migradora, que se desloca para norte durante o verão e para sul no inverno. Ainda em migração, e imediatamente antes da partida e de-pois da chegada, pode ocasionalmente ser encontrada em bandos, contudo de pequenas dimensões. Independentemente de não construírem o seu próprio ninho, sempre que se re-gistam densidades mais elevadas, os ma-chos da espécie defendem afincadamente o seu território, mantendo-se nas suas imediações ao longo da estação.

Embora seja uma espécie que, à escala europeia, apresenta uma zona de dis-tribuição vasta e que se tem mantido de alguma forma estável ao longo do último século, especula-se que dada a destruição do seu habitat, a população tenha sofrido uma diminuição, em parti-cular durante a década de 70, nos países Escandinavos e no Reino Unido. Assim, não se encontra entre as espécies euro-peias de conservação prioritária, sendo o seu estatuto de conservação pouco preocupante.

OBSERVATÓRIO 11

CUCO-CANORO Cuculus canorus CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Cuculiformes

Família: Cuculidae

Género: Cuculus

Espécie: Cuculus canorus

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A exposição “Vê lá onde pões os pés”, foi inaugurada no dia 22 de junho e está patente até ao dia 9 de julho, no Mercado 1º de Maio. É uma mostra de composições plásticas bidimensionais, realizadas sobre suporte de chinelo de borracha, pelos alunos do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

O projeto “Vê lá onde pões os pés” nasceu de duas necessidades: o despertar da noção de “pegada ambiental” e o desenvolvimento da cultura artística nas crianças desde tenra idade.

Trata-se de um projeto que envolveu todas as escolas e todos os níveis de ensino do Agrupamento de Es-colas do Barreiro, e que se desen-volveu em parceria com a Divisão de Sustentabilidade Ambiental da Câmara Municipal do Barreiro, com a estrutura de gestão do Mercado 1º de Maio e com o Departamento de Artes da Escola Secundária de Santo André.

Na vertente ecológica, foram trata-das as questões relacionadas com a necessidade de reduzir a produção de resíduos, quer pela reutilização de materiais, como pela redução do consumo. As crianças em fase de crescimento trocam o calçado com frequência e os chinelos de borracha são um suporte privile-giado para a aplicação de imagens. A reutilização deste objeto em fim de vida surgiu então como uma ne-cessidade evidente.

Na vertente artística, foi realizado o estudo das técnicas utilizadas e das temáticas abordadas por vá-rios artistas plásticos e efetuada a experimentação, por parte dos

alunos, destas mesmas técnicas e temáticas. Os alunos realizaram a pesquisa e o trabalho de projeto em turma; desta dinâmica resultaram as várias explorações plásticas apli-cadas nos chinelos por reutilizar. Este trabalho de projeto permitiu a articulação entre os conteúdos de várias disciplinas e o trabalho de parceria entre turmas e níveis de ensino do agrupamento. Foi também conseguida a articulação com o ensino secundário, quer pela apresentação do projeto no Ciclo de Conferências “Ambiente com Arte, Pegada Ecológica”, na Escola Secundária de Santo André, como pela elaboração de desenho de exploração de pés, pelos alunos do 12º ano de Artes desta escola.

A mostra dos trabalhos realizados é o objetivo final da produção artís-tica, a obra de arte não completa o

seu ciclo se não for contemplada. Simultaneamente, a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos, é uma forma de reconhecimento do seu empenho.

A possibilidade de expor estes trabalhos no Mercado 1º de Maio conferiu nova valência ao projeto. A exposição neste local beneficiou com a visita dos utilizadores habi-tuais deste espaço, os clientes do mercado, mas veio também dinami-zar o espaço do mercado trazendo novos visitantes e muita cor.

As crianças aprenderam, através da pesquisa, reflexão, experimentação e partilha. Assim, o grande objetivo deste projeto foi atingido, porque APRENDERAM.

PROFESSORACÁTIA MECO

VÊ LÁ ONDE PÕES OS PÉS!

ChinelosTrabalho em aula

Inauguração da exposição

PROJETO ESCOLA12

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Duas décadas depois da ECO/92, que iniciou todo um conjunto de proces-sos, nomeadamente três convenções nas áreas do clima, desertificação e biodiversidade e estabeleceu uma agenda para a sustentabilidade às es-calas local e global (Agenda 21), o ce-nário não é animador. O aquecimento global não está a ser contido, as áreas desertificadas estão a aumentar e não se tem conseguido parar a destruição de muitos ecossistemas. Exigia-se mais da Conferência Rio+20 para con-trariar estas tendências e não deixa de ser lamentável que, 20 anos depois, a erradicação da pobreza continue a ser um dos grandes problemas da atuali-dade, evidenciando que não se fez o trabalho de tornar a sociedade mais justa e equitativa.

O objetivo principal da Rio+20 que decorreu entre 20 e 22 de junho no Rio de Janeiro, era definir o roteiro de áreas como a economia verde para os próximos anos, ou seja, como gerar empregos em áreas com baixo impac-te ambiental. São exemplos disso a reciclagem de materiais, a eficiência energética e a aposta nas energias renováveis, a biodiversidade e a pro-teção dos oceanos, a gestão das gran-des cidades. Por outro lado, havia que comprometer os países e assegurar os meios de implementação (incluindo questões de financiamento), em parti-cular os destinados aos países em de-senvolvimento. Em termos institucio-nais, a criação duma Agência Mundial das Nações Unidas para o Ambiente era uma das questões relevantes à escala internacional. Infelizmente, o que se conseguiu de mais concreto foi um plano a dez anos para termos padrões de consumo e produção mais sustentáveis; a criação de um fórum de alto nível para o desenvolvimento sustentável e orientações gerais nas diferentes áreas sectoriais. Falharam decisões fundamentais como a pro-

moção de uma maior equidade no uso dos recursos, a recusa à subsidiação dos combustíveis fósseis, uma posi-ção sobre os problemas do recurso à energia nuclear, ou a promoção de uma maior informação e formação da população para estimular a participa-ção sobre desenvolvimento sustentá-vel.

Da conferência saem orientações para as Nações Unidas e para os diversos países. Em Portugal, a Estratégia Na-cional de Desenvolvimento Sustentá-vel (ENDS 2015), atualmente em vigor, está na gaveta. Não se pretende mais documentos complicados e extensos mas sim uma revitalização da estra-tégia, simplificando-a, como forma de Portugal responder de forma inte-grada, inclusiva e prática aos desafios gerais que a Rio+20 propõe. É preci-so perceber como queremos o nosso país em 2020 e também 2050, e por isso olhar o futuro independentemen-te dos governos e traçar os grandes objetivos para uma melhor qualidade de vida dos portugueses através de

indicadores simples e claros.

Num outro lugar do Rio de Janeiro, no Aterro do Flamengo, reuniu-se a Cú-pula dos Povos. Milhares de pessoas discutiram como deveria ser a nossa sociedade respeitando a vontade e os valores ambientais e sociais das po-pulações e manifestaram-se ao longo das ruas do centro da cidade. Algumas ideias talvez possam parecer ingénu-as ou extremistas, mas sem dúvida que o espírito do encontro foi muito mais animador que o encontrado no RioCentro, o principal local da confe-rência Rio+20, onde a oportunidade de uma geração de governantes foi desperdiçada. Daqui a uns anos cer-tamente já poderemos fazer um ba-lanço das (poucas) decisões tomadas, mas é um facto que no dia a dia um desenvolvimento sustentável depen-de das nossas preocupações e ações em deixarmos uma “pegada” no nos-so planeta que seja tão leve quanto possível.

FRANCISCO FERREIRA, QUERCUS

PERFIL 13

RIO+20Apesar da desilusão, o futuro está nas nossas mãos

Manifestação nas ruas do Rio de Janeiro

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ECO-PÁGINA14

AGENDA ACTIVIDADES 2012

As atividades da Agenda Ambiente em Família con-tinuam a decorrer na Mata da Machada. Este ano o sucesso tem-se confirmado com muita procura e inscrições completas em muitas áreas. Não perca a oportunidade de participar nas ações que ainda estão a decorrer como: Arte na Natureza, Volteio a Cavalo, Ambiente e Vida Saudável, Desenho de Campo, Fotografia de Paisagem, Ilustração Cien-tifica, Eco-dicas, Atividades Radicais e ainda um Mercado de Produtos Biológicos (frescos e transfor-mados). Consulte a agenda e reúna a família para se divertir e aproveitar os seus tempos livres.Para mais informações, contacte a Linha Verde do Ambiente (gratuita) 800 205 681, ou consulte Aqui.

Do velho,

faça cabides novos

Já pensou na quantidade de coisas que pode utilizar para fazer cabides?

Dê uma nova vida ao que já não usa, junte-lhe um pouco de imaginação e surpreenda as suas visitas com cabides originais e únicos.

Inspire-se nos exemplos que lhe apresentamos e dê um novo ar à sua casa.

2012JUN-SET

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Destinos 15

Esta área fica situada entre a Costa da Ca-parica e a Lagoa de Albufeira, passando pela Fonte da Telha. São mais de 13 qui-lómetros de uma arriba em que “as belas formas de erosão que apresenta, as suas características geológicas e a extensão fazem-na exemplo ímpar no nosso país, impondo-se por isso a sua eficaz proteção."

A arriba fóssil constitui o elemento mais relevante da paisagem protegida, devido à excecionalidade dos seus aspetos geomor-fológicos e palenteológicos, estando sujeita a uma permanente erosão provocada por fatores naturais (chuva, vento) e antrópi-cos (pisoteio) que vão desagregando a sua morfologia, atribuindo-lhe formas curiosas.A arriba fóssil insere-se na unidade mor-foestrutural da Bacia Sedimentar do Tejo e Sado.

A referida unidade foi, no início do Terciário, uma vasta depressão tectónica, aberta às influências oceânicas, que progressivamente foi preenchida por estratos sedimentares sub-horizontais com enorme conteúdo fossilífero (gastrópodes, lamelibrânquios e peixes tropicais do Miocénico que indicam mares ou correntes quentes). Os sedimentos tiveram origem nas sucessivas e alternadas transgressões e regressões marinhas, com uma idade de cerca de 15 milhões de anos.

PaisagemA paisagem da PPAFCC apresenta-se como resultado de uma profunda humanização, apesar de ser também relativamente di-versificada.Atualmente apresenta diferentes estados de conservação, considerando o equilíbrio necessário entre as componentes ambientais

e as humanas.Foram, assim, definidas as seguintes uni-dades de paisagem na PPAFCC:

Terras da Costa - Definida pelo tipo de uso atual do solo, distinguindo-se da envolvente e com um papel preponderante no modo de vida da população. Localiza-se entre o aglomerado urbano da Costa da Caparica, e a Arriba Fóssil.

Arriba Fóssil e Orla Costeira - Caracteriza-se pela sequência de estreitas faixas distin-tas que formam uma unidade homogénea. Assente sobre areias de praia, dunas ou depósitos de vertente, encontra-se a linha de praia, a que se sucede o cordão dunar, uma área de planície que corresponde às dunas interiores e por fim, a Arriba.

Pinhal da Charneca - Distingue-se pelo co-berto vegetal predominante, uma mancha contínua de pinhal, sobre solos arenosos, levemente ondulados, localizada na platafor-ma superior da Arriba. Esta mancha arbórea tem vindo a ser delapidada pela implantação de moradias. Aqui destaca-se a presença de uma área de valor florístico e paisagístico excecional, uma zona de pinhal manso com sub-bosque com os vários estratos bem constituídos e que se designa por Mata dos Medos.

Fauna e FloraA fauna faz-se representar, entre outros, por perdizes, pegas-azuis, andorinhões-pretos, corujas, coelhos, raposas ou genetas. O tri-tão, a rã verde, o sapo-corredor ou a cobra--rateira também escolhem este ecossistema pelas excelentes condições que permitem alimento, repouso e reprodução.

A nível da flora, destacam os pinhais, ma-tagais, matos, charnecas, prados e as co-munidades dunares.

PAISAGEM PROTEGIDA DA ARRIBA FÓSSIL DA COSTA DE CAPARICAA Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica (PPAFCC), criada em 1984, ocupa uma área total de 1570 hectares ao longo de uma faixa de ar-ribas altas (atingindo os 70 m de altura), nomeadamente na zona dos Capuchos.

A visitar:

CONVENTO DA NOSSA SENHORA DA PIEDADE Mais conhecido por Convento dos Capuchos, pertenceu aos franciscanos da Província de Santa Maria da Arrábida.Perto, encontra uma peque-

na ermida com uma decoração de motivos marinhos, e um pequeno miradouro com uma magnífica paisagem sobre a Costa da Caparica, Cascais e Sintra.

ARTE XÁVEGA A pesca foi ao longo dos tempos a atividade económica dominante da região. A Arte Xávega con-siste num grupo de pescadores que, num barco a remos, lança as

redes, para cercar os cardumes, puxando-as para a praia, com a ajuda de bois, técnica que foi trazida para esta região por migrantes da zona de Aveiro. Os bois foram substituídos por tratores mas o momento continua imperdível.

Foto: Câmara Municipal de Almada

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Sugestões16

Para Ler WWW...

O Homem da Mala de EstocolmoJosé Correia da Cunha e a Génese da Política de Ambiente em Portugal (1969-1974) Helena GeraldesEsfera do Caos

Uma carta com mais de 40 anos fez nascer a história da nossa política ambiental. Saiba como um país colonialista quebrou o isolamento internacional, como um grupo de homens escreveu o primeiro relatório do estado do

Ambiente, e como o primeiro estadista ambiental português, José Correia da Cunha, previu o país que temos hoje, com quase meio século de distância: a conferência de Estocolmo, em 1972, e um país em mudança, a braços com o êxodo rural e a guerra, a instalação do pólo industrial de Sines, o surto de cimenteiras e as praias da Costa do Sol tão poluídas que mereceram ser classificadas de “assunto confidencial”.

www.biodiversity4all.org

O projeto www.biodiversity4all.org e está a criar uma base de dados online sobre a Bio-diversidade em Portugal, fundamentada na partici-pação ativa da sociedade civil e da comunidade científica, criando a possibilidade de todos contribuírem com registos de observações de plantas, animais e fungos. Fique a par e participe!

http://esassociacao.blogspot.pt

A ES Associação tem por objeto social promo-ver a sustentabilidade, o desenvolvimento humano e ambiental, a agricultura biológica e natural, a eco-nomia social e a participação cívica. Conheça o seu blog.

Para receber o seu Folha Viva, ligue grátis para a Linha Verde: 800 205 681Ou envie os seus dados (nome, morada e e-mail) para [email protected]

AGENDAJULHO, AGOSTO E SETEMBRO

CAMPOS DEFÉRIAS DE VERÃO

Local: Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina

Informações: 800 205 681 (Linha Verde Gratuita)

Férias ao ar livre, quem não gosta? O CEA, durante 5 quinzenas, recebe

crianças entre os 6 e os 12 anos, com jogos e atividades de caráter ambiental, que farão as delícias de todos os partici-pantes.

30 JUNHO A 5 AGOSTO DE 2012 CAMPO DE TRABALHO CIENTÍFICO (CTC) SOBRE CONTROLO DE PLANTAS INVASORASLocal: Serra da Lousã - Inscrições até 6 julhoInformações: www.ci.uc.pt/invasoras

ATÉ 10 DE JUNHO - INSCRIÇÕES1º CONCURSO DE DESENHO “RIOS E RABISCOS”Aberto a toda a população de qualquer geraçãoEntrega de Prémios dia 21 de julhoOrganização: Projeto Rios Informações: www.projectorios.org

29 DE JULHO A 4 DE AGOSTO XII CONGRESSO MUNDIAL DE SOCIOLOGIA RURALLocal: LisboaInformações: http://irsa2012.com/event/irsa-2012/

ATÉ 10 DE JUNHO - INSCRIÇÕES1º CONCURSO FOTOGRÁFICO “CAPTAR RIOS”Aberto a toda a população de qualquer geraçãoEntrega de Prémios dia 21 de julho Organização: Projeto Rios Informações: www.projectorios.org