nr 31
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NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 05/10/1988
CAPÍTULO I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, s/ distinção de qualquer natureza.
CAPÍTULO II - Dos Direitos Sociais - Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, p/ normas de Saúde –Higiene – Segurança.
NRR 2 – SERVIÇO ESPECIALIZADO EM PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO RURAL - SEPATR
NRR 3 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO RURAL - CIPATR
PORTARIA MTb 3.067 DE 12/04/1.988 – INSTITUI AS NORMAS REGULAMENTADORAS RURAIS - NRR
NRR 1 DISPOSIÇÕES GERAIS – DEFINE OS CAMPOS DE APLICAÇÃO E INCORPORA AS SEGUINTES NR URBANAS:
•NR 07 – EXAME MÉDICO•NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES•NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
NRR 4 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
NRR 5 – PRODUTOS QUÍMICOS
PORTARIA Nº 86, DE 03 DE MARÇO DE 2005 (ÚLTIMA ALTERAÇÃO EM 14/11/2011)
APROVA A NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA –
NR 31
CAMPOS ABRANGIDOS REGULAMENTAÇÃO NRR NR 31
1. Campos de Aplicação, Obrigações e Responsabilidades
X X
2. Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalho Rural - SESTR
X X
3. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR
X X
4. Controle da Saúde dos Trabalhadores X X 5. Medidas de Proteção Pessoal X X 6. Agrotóxicos X X 7. Insalubridade (Adicional) X 8. Periculosidade (Adicional) X 9. Comissões Permanentes de Segurança e Saúde
no Trabalho Rural X
10. Meio Ambiente e Resíduos X 11. Ergonomia X 12. Ferramentas Manuais X 13. Máquinas, Equipamentos e Implementos X 14. Secadores X 15. Silos X 16. Acessos e Vias de Circulação X 17. Transporte de Trabalhadores X 18. Transporte de Cargas X 19. Trabalho com Animais X 20. Fatores Climáticos e Topográficos X 21. Edificações Rurais X 22. Instalações Elétricas X 23. Áreas de Vivência X
NR 31 X NRR (1988)• NRR • Dispos. Gerais, SEPATR, CIPATR, EPIs e Prod. Quím.
44 itens passiveis notificação e autuações.
• NR-31• Disp. Gerais, CPRR, Gestão de saúde e seg., SESTR,
CIPATR, Agrotóxicos, Maq. e Equipamentos, Secadores, Silos, Acesso e vias de circulação, trabalho com animais, Transp. trabalhadores e cargas, Fatores climáticos, Edific. Rurais, Inst. Elétricas e Áreas de vivência (inst. sanitárias, local p/refeições, água, alojamentos e moradias)
398 itens de notificação e autuações.
COMO A NR 31 FOI CRIADA – HISTÓRICO
A norma regulamentadora específica para a área rural foi reivindicada através do Grito da Terra Brasil e priorizada no planejamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT à luz da discussão da Conferência da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre a Convenção 184 – Segurança e Saúde na Agricultura, que foi utilizada como elemento para a construção do texto da norma. Para elaboração da norma foi constituído o Grupo Técnico pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Após essa fase o texto foi submetido à consulta pública para receber sugestões da sociedade civil e entidades. A partir desse momento foi constituída a Comissão Permanente Nacional Rural – CPNR e o Grupo de Trabalho Tripartite – GTTR, constituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho – DSST, FUNDACENTRO), representação dos Empregadores e representação dos trabalhadores. A função principal da Comissão foi realizar a negociação da norma após a consulta pública.
Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho,
de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura e
atividades assemelhadas com a segurança e saúde e o meio ambiente do trabalho.
Se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
aqüicultura.
Também se aplica às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos
agrários.
OBJETIVO E CAMPOS DE APLICAÇÃO
A palavra "agricultura" vem do latim agricultūra, composta por ager (campo, território) e cultūra (cultivo), no sentido estrito de cultivo do solo.
AGRICULTURA
Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos ,ferramentas, ou apenas para contemplação estética.
A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo fazendeiro (português brasileiro) ou lavrador (português europeu) se aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a pecuária ou ambos.
PECUÁRIA
Pecus quer dizer "cabeça de gado". A palavra tem a mesma raiz latina de "pecúnia" (moeda, dinheiro). Na antiga Roma, os animais criados para abate também eram usados como reserva de valor.
Pecuária é a atividade que envolve a criação de gado, a domesticação e a reprodução de animais.
O termo gado envolve a criação de várias espécies (vaca, boi, cavalo, porco, galinha...).
Carne, ovos, leite são os principais produtos alimentares oriundos da atividade pecuária. Couro, lã e seda são exemplos de fibras usadas na indústria de vestimentas e calçados. O couro também é extensivamente usado na indústria de mobiliário e de automóveis.
SILVICULTURA
É a ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais com vistas a satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, é aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
Silvicultura também está relacionada à cultura madeireira .E o manejo de uma área de silvicultura exige a participação de técnicos de várias áreas.
Busca ainda auxiliar na recuperação das florestas através do plantio de mudas, preferencialmente de caráter regional, de forma a ampliar as possibilidades de manutenção dos biomas locais visando a recuperação de recursos hídricos e manutenção de biodiversidade, de forma a aumentar a eficiência do processo.
EXPLORAÇÃO FLORESTAL
Consiste no emprego de um conjunto de técnicas administrativas e operacionais necessárias para o corte, a extração e o transporte de madeira, visando seu aproveitamento industrial, bem como a transformação da árvore ou parte dela em produtos aproveitáveis pelo mercado consumidor.
Conjunto de trabalhos executados para a colheita da madeira, compreendendo o corte ou a derrubada, a extração, o desgalhamento, o descascamento, o carregamento e o conseqüente transporte.
AQUICULTURA
Aquicultura é a produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas para uso do homem.
A maricultura refere-se especificamente a aquicultura marinha, enquanto a piscicultura refere-se ao cultivo de peixes principalmente de água doce. Já a carcinicultura é a criação de camarões.
Atualmente, a aquicultura é responsável pela produção da metade do peixe consumido pela população mundial. De acordo com estudos, a produção de peixes através de aquicultura triplicou entre 1995 e 2007.
Considera-se como exploração industrial em estabelecimento agrário as atividades que compreendem o primeiro tratamento dos produtos agrários in natura sem transformá-los em sua natureza, tais como: a) o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização; b) o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos produtos in natura, referidas no item anterior. Entretanto, não será considerada indústria rural aquela que, operando a primeira transformação do produto agrário, altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria-prima.
EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL EM ESTABELECIMENTOS AGRÁRIOS
SIGLAS USUAIS EM NR 31
SIT – SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
A SIT é o órgão competente para executar, através das Delegacias Regionais do Trabalho - DRT, as atividades definidas na política nacional de segurança e saúde no trabalho, bem como as ações de fiscalização.
DSST – DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Compete à Secretaria de Inspeção do Trabalho SIT, através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, definir, coordenar, orientar e implementar a política nacional em segurança e saúde no trabalho rural para:
a) identificar os principais problemas de segurança e saúde do setor, estabelecendo as prioridades de ação, desenvolvendo os métodos efetivos de controle dos riscos e de melhoria das condições de trabalho;
b) avaliar periodicamente os resultados da ação;
c) prescrever medidas de prevenção dos riscos no setor observado os avanços tecnológicos, os conhecimentos em matéria de segurança e saúde e os preceitos aqui definidos;
d) avaliar permanentemente os impactos das atividades rurais no meio ambiente de trabalho;
e) elaborar recomendações técnicas para os empregadores, empregados e para trabalhadores autônomos;
f) definir máquinas e equipamentos cujos riscos de operação justifiquem estudos e procedimentos para alteração de suas características de fabricação ou de concepção;
g) criar um banco de dados com base nas informações disponíveis sobre acidentes, doenças e meio ambiente de trabalho, dentre outros.
CPNR – COMISSÃO PERMANENTE NACIONAL RURAL
A instância nacional encarregada das questões de segurança e saúde no trabalho rural, estabelecidas nesta Norma Regulamentadora será a Comissão Permanente Nacional Rural - CPNR, instituída pela Portaria SIT/MTE nº 18, de 30 de maio de 2001.
CPRR – COMISSÃO PERMANENTE REGIONAL RURAL
Fica criada a Comissão Permanente Regional Rural -CPRR, no âmbito de cada Delegacia Regional do Trabalho.
A CPRR terá a seguinte composição paritária mínima:
a)três representantes do governo;
b)três representantes dos trabalhadores;
c)três representantes dos empregadores
CIPATR – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
CANPATR – CAMPANHA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO RURAL
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
SESTR – SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL
SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
MAPA – MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Destacamos alguns itens da norma: Transportes de Trabalhadores - (Não existia anteriormente. Esta é a única norma que trata de forma mais completa sobre o transporte de trabalhadores).
Instalações de conforto e higiene – instalações móveis em frentes de trabalho (sanitários, alojamentos, refeitórios, cozinhas) – anteriormente aplicava-se a NR 24 nas ações de fiscalização no meio rural.
Máquinas e Equipamentos – ponto de atrito na negociação entre as 03 representações (Governo, trabalhadores e empregadores). Não houve consenso nas negociações e mereceu especial atenção nos prazos (prazos maiores para implementação) / No processo de transição as máquinas em uso deverão realizar adaptações nas máquinas de acordo com a norma. Em máquinas novas o fabricante deverá atender as especificações da norma. CIPATR -– elemento importante para a organização dos trabalhadores(as) rurais nos locais de trabalho. Inclusive com a realização de processos de capacitação para os trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais sobre a CIPATR. Destacamos também que a coordenação da CIPATR tem mandato alternado, 01 com os trabalhadores e 01 ano com os empregadores.
PRAZOS ESTABELECIDOS NA NORMA
Os prazos para obrigatoriedade de observância dos itens da NR-31 variam de 90 dias a 02 anos em razão da complexidade das obrigações e das repercussões na proteção do trabalhador(a).
CIPATR – a regra é terminar o mandato atual e depois implementar a mudança. Se a CIPATR estiver com o mandato em andamento, deve terminá-lo e depois se enquadrar na norma. O que não foi regulamentado ainda valerá as disposições anteriores.
A Norma começa a valer a partir do mês de junho/05 (90 dias), com a ressalva para a CIPATR. O restante tem prazos de 90 dias /180 dias / 02 anos.
DISPOSIÇÕES GERAIS – OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS – DAS RESPONSABILIDADES
EMPREGADOR RURALgarantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto para todos os trabalhadores,
realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com base nos resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e processos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde;
promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a preservar o nível de segurança e saúde dos trabalhadorescumprir e fazer cumprir as disposições legais em segurança e saúde no trabalho.
analisar, junto com a CIPATR, as causas dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho
assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores devam conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho;
adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e doenças do trabalho, inclusive remoção acidentado;
assegurar que se forneça aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro;
Garantir participação dos trabalhadores nos programas de controles de riscos (CIPATR).
informar os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteção implantadas, inclusive em relação a novas tecnologias adotadas pelo empregador; resultados de seus exames médicos e avaliações ambientais dos locais de trab.
Permitir que representante de trabalhadores acompanhe as fiscalizações em SST.
Adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de prioridade:
1. eliminação dos riscos;
2. controle de riscos na fonte;
3. redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou organizacionais e de práticas seguras inclusive através de capacitação;
4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma a complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco EPI
cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade com a Norma (inclusive EPI), sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustificada;
submeter-se aos exames médicos previstos.
colaborar com a empresa na adequada aplicação da NR-31.
TRABALHADOR RURAL
DIREITOS TRABALHADOR RURAL
ambientes de trabalho, seguros e saudáveis;
ser consultados, através de seus representantes na CIPATR, sobre as medidas de prevenção que serão adotadas;
escolher sua representação em matéria de segurançan e saúde do trabalho; informar SITUAÇÕES de risco grave e iminente para que sejam tomadas as medidas de correção adequadas, interrompendo o trabalho se necessário;
receber instruções em matéria de segurança e saúde e orientação para atuar no processo de implementação das medidas de prevenção
Os empregadores rurais ou equiparados devem implementar ações de segurança e saúde que visem a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho na unidade de produção rural,
As ações de segurança e saúde (custeadas pelo empregador) devem contemplar os seguintes aspectos:
a) melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho;b) promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores rurais;c) campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE NO TRABALHO RURAL
GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE NO TRABALHO RURAL
CONTROLE MÉDICO
O controle médico ocupacional dos trabalhadores é responsabilidade do empregador e sem ônus para os empregados.
Devem ser garantidos os exames admissionais, periódicos, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudança de função.
Material de primeiros socorros adequado às atividades (≥10 func – pessoa treinada)
Ter cesso órgãos de saúde para prevenção e profilaxia de doenças endêmicas e aplicação antitetânica;
As exigências quanto ao ASO – Atestado de Saúde Ocupacional e primeiros socorros são semelhantes as da NR-7.
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEG. E SAÚDE NO TRAB RURAL - SESTR
serviço destinado ao desenvolvimento de ações técnicas, integradas às práticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o ambiente de trabalho compatível com a promoção da segurança e saúde e a preservação da integridade física do trabalhador rural.
composto por profissionais especializados:- Eng. de Seg. do Trab.- Médico do Trab.- Enfermeiro do Trab.- Tec. de seg. do trab.- Auxiliar de enfermagem
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEG. E SAÚDE NO TRAB RURAL - ATRIBUIÇÕES
Assessorar tecnicamente empregado e trabalhador; Promover e desenv ativ. educativas seg e saúde; Identificar e avaliar os riscos em todas fases de
produção; Indicar medidas de eliminação, controle ou redução
dos riscos; Monitorar a eficácia das medidas adotadas
periodicamente; Analisar as causas dos agravos e indicar as medidas
corretivas e preventivas pertinentes Participar dos processos de concepção e alterações
dos postos de trabalho, escolha de equipamentos, tecnologias, métodos de produção e organização do trabalho, para promover a adaptação do trabalho ao homem;
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEG. E SAÚDE NO TRAB RURAL - SESTR
MODALIDADES DE SESTR: - Próprio – vínculo empregatício (CLT)- Externo – consultoria externa (credenciamento MTE)- Coletivo – constituído para um conjunto de
empregadores e/ou estabelecimentos, e necessariamente previsto em acordo ou convenção coletiva (mesmo estabelecimento; distem entre si – 100 Km; mesmo grupo – 100 Km; consórcio de empregadores e cooperativas de produção)
DIMENSIONAMENTO de 10 a 50 empregados- dispensado do SESTR desde
que empregador rural tenha formação sobre prevenção acidentes e doenças relacionadas ao trabalho contratar tec seg ou SESTR externo
> 50 empregados obrigatório SESTR próprio ou externo
O dimensionamento do SESTR Próprio obedecerá ao disposto no Quadro I desta Norma Regulamentadora.
O SESTR Externo e Coletivo deverão ter a seguinte composição mínima:
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRAB. RURAL - CIPATR
Obrigatório para estabelecimentos com 20 ou mais empregados por prazo indeterminado.
Representação paritária entre representantes de empregador e empregados.
Mandato de dois anos, permitida uma recondução, e coordenação rotativa anual.
Todos os membros devem ser submetidos a treinamento específico antes da posse (20 h).
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRAB. RURAL - ATRIBUIÇÕES
acompanhar a implementação das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
identificar as situações de riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, nas instalações ou áreas de atividades do estabelecimento rural;
divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
participar, com o SESTR, quando houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações nos ambientes e processos de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadoreS;
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRAB. RURAL - ATRIBUIÇÕES
interromper, informando ao SESTR, quando houver, ou ao empregador rural ou equiparado, o funcionamento de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
colaborar no desenvolvimento e implementação das ações da Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural;
participar, em conjunto com o SESTR, quando houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas encontrados;
requisitar à empresa cópia das CAT emitidas; divulgar e zelar pela observância da NR -31; propor atividades que visem despertar o interesse dos
trabalhadores pelos assuntos de prevenção de acidentes de trabalho, inclusive a semana interna de prevenção de acidentes no trabalho rural;
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRAB. RURAL - ATRIBUIÇÕES
propor ao empregador a realização de cursos e treinamentos que julgar necessários para os trabalhadores, visando a melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho;
elaborar o calendário anual de reuniões ordinárias; convocar, com conhecimento do empregador,
trabalhadores para prestar informações por ocasião dos estudos dos acidentes de trabalho.
encaminhar ao empregador, ao SESTR e às entidades de classe as recomendações aprovadas, bem como acompanhar as respectivas execuções;
constituir grupos de trabalho para o estudo das causas dos acidentes de trabalho rural;
A CIPATR será composta por representantes indicados pelo empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma paritária, de acordo com a seguinte proporção mínima:
AGROTÓXICOS, ADJUVANTES E PRODUTOS AFINS
trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas;
trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, mas circulam e desempenham suas atividade de trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham atividades de trabalho em áreas recém-tratadas. Proibido o uso de substâncias não autorizadas. Vedada a exposição direta de <menores de 18 e > 60 anos, mesmo protegidos e de mulheres grávidas. Proibido o acesso desprotegido em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo de reentrada (específico para cada produto).
Vedar a manipulação em desacordo com receita agronômica.É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização aérea.
deve fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos direta ou indiretamente
deve proporcionar capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente mediante programa, com carga horária mínima de 20 h, distribuídas em no máximo 8 h diárias, durante o expediente normal de trabalho
realizar novo programa quando comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao trabalhador.
O programa de capacitação deve ser desenvolvido a partir de materiais escritos ou audiovisuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados.
a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;
c) rotulagem e sinalização de segurança;
d) medidas higiênicas durante e após o trabalho;
e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
f) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.
CONTEÚDO MÍNIMO
EMPREGADOR RURAL
a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador;
b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário;
c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;
d) disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal;
e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;
f) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho;
g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação;
h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.
EMPREGADOR RURAL
EMPREGADOR RURAL
INFORMAR SOBRE O USO DE AGROTÓXICOS NO ESTABELECIMENTO:
a) área tratada: descrição das características gerais da área da localização, e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser utilizado;
b) nome comercial do produto utilizado;
c) classificação toxicológica;
d) data e hora da aplicação;
e) intervalo de reentrada;
f) intervalo de segurança/período de carência;
g) medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta;
h) medidas a serem adotadas em caso de intoxicação.
O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas tratadas, informando o período de reentrada.
O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação deve ser imediatamente afastado das atividades e transportado para atendimento médico, juntamente com as informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos quais tenha sido exposto.
Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus rótulos e bulas.
É vedada a reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, cuja destinação final deve atender à legislação vigente
EMPREGADOR RURAL
a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento;
b) inspecionados antes de cada aplicação;
c) utilizados para a finalidade indicada;
d) operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas.
A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só poderão ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas.
A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras coleções de água.
OS EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
ARMAZENAMENTO
É vedado a céu aberto ter paredes e cobertura resistentes; ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos produtos; possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de proteção que não permita o acesso de animais; ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo; estar situadas a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimentos, medicamentos ou outros materiais, e de fontes de água; possibilitar limpeza e descontaminação.
O armazenamento deve obedecer, as normas da legislação vigente, as especificações do fabricante constantes dos rótulos e bulas, e as seguintes recomendações básicas:
a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, com as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto;
b) os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilado, protegido contra centelhas e outras fontes de combustão.
produtos recipientes rotulados, resistentes e hermeticamente fechados.
vedado transportar em um mesmo compartimento que contenha alimentos, rações, forragens, utensílios de uso pessoal e doméstico.
vedado transportar simultaneamente trabalhadores e agrotóxicos, em veículos que não possuam compartimentos estanques projetados para tal fim.
veículos devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados para outros fins.
vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água.
vedado transportar simultaneamente trabalhadores e agrotóxicos em veículos que não possuam compartimentos estanques projetados para tal fim.
TRANSPORTE