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21/12/13 Bl og NRFACIL » CRISE NA NR- 12 nrfacil.com.br/blog/?p=7642 1/6 Postagem Anterior: (NR-7 PCMSO ) LEV ANDO RISCO S DE CASA PARA O TRABALHO  Pró xim a Pos tagem: OPORTUNIDADES DE MERCAD O E PLANEJAME NTO EM SST CRISE NA NR-12  Já espalhou-se na Internet a notícia sobre a crise provocada pela NR-12 entre industriais e o Ministério do Trabalho. Esta crise já era previsível, a este post comentara sobre os problemas da NR-12, desenvolvendo críticas, principalmente em relação ao aparecimento de clones de outras NRs o que contribui  para o i nc ha ço dest a NR. Vej a no f i na l os com en tári os pu bl i cados n este B l og e m Setem bro de 20 09. Segundo a notícia, publicada no Estado de São Paulo, a Norma Regulamentadora nº 12, em processo de revisão e consulta pública até dezembro, elevou de 40 para 340 os itens obrigatór ios para fabri cantes e usuários de maquinár ios novos e usad os. LOBBY CONTRA A NR-12 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comanda o lobby para reverter as regras, em vigor desde 2010. Mas o governo resiste em modificar sua  propos ta e t em am pl i ado as p un ições ao s i nf rato res. Nest e an o, qu an do ex pi raram os pra zo s médios ex i g i dos, já h ou ve 9,3 m i l au tu ações p or descumprimento da norma e mais de 14,3 mil notificações assinadas pelos fiscais do trabalho. NEM NA EUROPA Os i ndustriais alegam que, se a medida fosse aplicada imediatamente para todos os maquinári os, haveria um “impacto inicial” de R$ 100 bilhões, sobretudo nos segmentos metalomecânico, plástico, construção civil e alimentício. “A regra trabalhista n ão atende a questões econômicas. Essas exigências nem a Al emanha, o mais avançado no mundo em máquinas, conseguiria cumprir”, diz o vice-preside nte da CNI, Alexandre Furlan. O prazo para apresentar  propos tas t erm i na sex ta-f ei ra. Abrangência As exigências da NR-12 vão desde construção, transporte, montagem e instalação das máquinas até ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte de cada equipam ento. São regras para instalações físi cas, s istem as de s egurança e questões estruturai s, como projetos, dispo sitivos elétricos, físicos, parada emergenci al, componentes e ergonomia. Os empresários querem mais cinco anos de prazo para cumprir a NR. Também querem evitar exigências tecnológicas sobre máquinas produzidas até 2010, além de condições de financiamento para adaptações, trocas e a diferenciação entre usuários e fabricantes. “Nosso parque era legal, nunca tivemos um acidente. Mas entramos na ilegalidade e temos que parar a fábrica”, diz Carlos Walter Martins, dono da maringaense ZM Bombas e vice-presidente da Federação Industrial do Paraná (Fiep). O ministério reconhece “dificuldades” para cumprir a regra, admite conceder prazos parciais para adequação e informa que as discussões devem só devem terminar no segundo semestre de 201 4. Mas insiste na necessidade d as regras. “O parque industrial não estava preparado porque não acompanhou. Dá para adaptar, tem custo, claro, mas não é impossível”, diz o coordenador-geral de Normatização e Programas do Ministério do Trabalho , Ri naldo Cos ta Lim a. “Resistimos a d ar prazo geral porque cria i nércia, não res olve.” Rigor As ex igênci as, s egundo os empresári os, são mais rigorosas do qu e as regras apli cadas n a Europa e nos Estados Unidos. E afetarão as exportações, já encareceram quinas no mercado doméstico e tendem a frear a demanda por novos equipamentos por aqui. “Os preços já subiram 30% por causa disso. E vamos ter problemas nas exportações”, diz o engenheiro Lourenço Righetti, consultor de tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq). As informações são do jornal O Estad o de S . Paulo.  VEJA ABAIXO OS COMENTÁRIOS DESTE BLOG À NR-12 EM 2009:

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NR-12 Máquinas e Equipamentos

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CRISE NA NR-12

 

Já espalhou-se na Internet a notícia sobre a crise provocada pela NR-12 entre industriais e o Ministério do Trabalho. Esta crise já era previsível, a este postcomentara sobre os problemas da NR-12, desenvolvendo críticas, principalmente em relação ao aparecimento de clones de outras NRs o que contribui para o inchaço desta NR. Veja no final os comentários publicados neste Blog em Setembro de 2009.

Segundo a notícia, publicada no Estado de São Paulo, a Norma Regulamentadora nº 12, em processo de revisão e consulta pública até dezembro, elevou de 40 para 340 os itens

obrigatórios para fabricantes e usuários de maquinários novos e usad os.

LOBBY CONTRA A NR-12

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comanda o lobby para reverter as regras, em vigor desde 2010. Mas o governo resiste em modificar sua proposta e tem ampliado as punições aos infratores. Neste ano, quando expiraram os prazos médios exigidos, já houve 9,3 mil autuações por descumprimento da norma e mais de 14,3 mil notificações assinadas pelos fiscais do trabalho.

NEM NA EUROPA

Os industriais alegam que, se a medida fosse aplicada imediatamente para todos os maquinários, haveria um “impacto inicial” de R$ 100 bilhões, sobretudonos segmentos metalomecânico, plástico, construção civil e alimentício. “A regra trabalhista não atende a questões econômicas. Essas exigências nem aAlemanha, o mais avançado no mundo em máquinas, conseguiria cumprir”, diz o vice-presidente da CNI, Alexandre Furlan. O prazo para apresentar  propostas termina sexta-feira.

Abrangência

As exigências da NR-12 vão desde construção, transporte, montagem e instalação das máquinas até ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte

de cada equipamento. São regras para instalações físicas, s istemas de s egurança e questões estruturais, como projetos, dispo sitivos elétricos, físicos, parada emergencial,

componentes e ergonomia.

Os empresários querem mais cinco anos de prazo para cumprir a NR. Também querem evitar exigências tecnológicas sobre máquinas produzidas até 2010, além de condições de

financiamento para adaptações, trocas e a diferenciação entre usuários e fabricantes.

“Nosso parque era legal, nunca tivemos um acidente. Mas entramos na ilegalidade e temos que parar a fábrica”, diz Carlos Walter Martins, dono da maringaense ZM Bombas e

vice-presidente da Federação Industrial do Paraná (Fiep).

O ministério reconhece “dificuldades” para cumprir a regra, admite conceder prazos parciais para adequação e informa que as discussões devem só devem terminar no segundo

semestre de 2014. Mas insiste na necessidade d as regras.

“O parque industrial não estava preparado porque não acompanhou. Dá para adaptar, tem custo, claro, mas não é impossível”, diz o coordenador-geral de Normatização e

Programas do Ministério do Trabalho , Rinaldo Cos ta Lima. “Resistimos a dar prazo geral porque cria inércia, não resolve.”

Rigor

As exigências, s egundo os empresários, s ão mais rigorosas do qu e as regras aplicadas n a Europa e nos Estados Unidos. E afetarão as exportações, já encareceram máquinas nomercado doméstico e tendem a frear a demanda por novos equipamentos por aqui. “Os preços já subiram 30% por causa disso. E vamos ter problemas nas exportações”, diz oengenheiro Lourenço Righetti, consultor de tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

VEJA ABAIXO OS COMENTÁRIOS DESTE BLOG À NR-12 EM 2009:

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CRÍTICAS AOS MESMOS PROBLEMAS: CLONES

Verifica-se alguns problemas na redação desta nova NR-12, o que já vinha ocorrendo com a edição de outras normas, ou seja, a redundancia, o extremodetalhismo, criando inevitavelmente “clones regulamentares” oriundos de outras normas. A nova NR-12 tem 54 páginas de arquivo PDF!. É aquelatentativa de querer prever tudo, a utopia da legislação perfeita, com detalhes infinitesimais, acabando por criar regulamentos que se superpõem ou repetemitens de outras NRs. (Obs.: esse fenômeno vem ocorrendo praticamente a cada edição de novas NRs).

OS CLONES

 Na seção da NR-12 destinada a “postos de trabalho”, por exemplo, observa-se evidente superposição com a NR-17, repetindo-se de forma diferente, osmesmos dispositivos daquela norma.

Compare os regulamentos abaixo, da nova NR-12 e da NR-17:

NOVA NR-12:

12.10.2.4 As mesas e demais locais para colocação de materiais e peças que estejam sendo trabalhadas, assim como o ponto de operação das máquinas eequipamentos, devem estar na altura e posição adequadas para cada trabalhador, garantindo boas condições de postura, visualização, movimentação eoperação, a fim de evitar fadiga ao operador.

NR-17

17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar aotrabalhador condições de boa postura, visualização e operação.

Observe-se essa outra situação, entre a nova NR-12 e a NR-17:

NOVA NR-12:

12.10.2.13 Os locais de trabalho devem ter sistema de iluminação adequada, instalada de forma permanente de maneira a possibilitar boavisibilidade dos detalhes do trabalho em máquinas e equipamentos.

12.10.2.14 Medidas especiais devem ser adotadas para evitar zonas de sombra ou de penumbra e efeito estroboscópico.

Existe alguma diferença em relação à NR-17, abaixo?

NR-17:

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.

17.5.3.2 A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incomodos, sombras e contrastesexcessivos.

Mais alguns exemplos:

NOVA NR-12

12.10.3.4 Devem ser aplicados princípios ergonômicos no projeto de máquinas e equipamentos

NR-17

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análiseergonômica do trabalho…

OUTROS CLONES

Além disso, se formos estudar com profundidade os dispositivos relativos à eletricidade da nova NR-12, vamos encontrar vários regulamentos muitosemelhantes aos dispositivos da NR-10 (Eletricidade).

Outros clones aparecem na nova NR-12, oriundos da NR-26 – (SINALIZAÇÃO) , além de outros repetindo questões sobre riscos ambientais da NR-9 (PPRA) e da NR-15 (INSALUBRIDADE) sobre ruido, calor, vibrações, etc.

Portanto, é necessário que a comunidade SST participe do debate e possa cada um dar a sua contribuição através da leitura cuidadosa da nova NR-12 no

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sentido de aperfeiçoá-la. Envie sugestões ao Blog, que repassaremos ao Ministério do Trabalho.

Aproveitando a oportunidade da publicação de uma nova NR, gostaríamos de fazer mais algumas considerações.

QUESTÕES EM ABERTO:

√ Como foi visto, as mesmas questões ergonômicas aparecem em duas NRs simultaneamente; seria possível deixar as questões ergonômicas de todas as NRs na NR-17?,

√ não seria mais coerente abrigar todas as questões de Eletricidade na NR-10?

√ ou, ainda, resolver todas as questões de CIPAS na NR-5? Por que resolve-se criar mais regulamentos do já regulamentado, em outras NRs, ou emnovas NRs, mesmo que com nomes diferentes (CIPATR, CIPAMIN, SIPAT, SIPATR)?.

A CONSTITUIÇÃO E A LEGISLAÇÃO

Ou seja, reproduz-se na legislação infraconstitucional (NRs) o mesmo que aconteceu com a Constituição de 1988 – excesso de regulamentos,superposição, fragmentação, repetição e redundancia, que acabam prejudicando seus objetivos. O resultado as vezes é “letra morta”, “lei que não pega”,“NR-2 que ninguem cumpre”, “NRRs que não funcionaram”, etc.

Alem de sobrecarregar os profissionais de segurança, podem criar embaraços tambem para a própria Auditoria Fiscal na orientação para o cumprimentodas normas.

As NRs estão se tornando desnecessariamente enciclopédicas, com redundancias e excessos burocráticos, como ficou evidente.

QUER VER MAIS CLONES DE NOVAS NRS? clique nas NRs abaixo: NR-31 - NR-20 - NR-34

 

Participe!Seus comentários poderão ser importantes para outros participantes interessados no mesmo tema. Todos os comentários serão bem-vindos, masreservamo-nos o direito de excluir eventuais mensagens com linguagem inadequada ou ofensiva, bem como conteúdo meramente comercial. 7 comentários

7 comentários

1. Rober nov 13th 2013

Ok, a NR 12 tem suas várias e várias falhas. Mas o que os representantes da CNI e Sistema S ficaram fazendo nos anos que a NR foi discutida nacomissão tripartite???Estão querendo incutir uma “culpa” ao governo, ao passo que as NRs tem seus GTTs!!!Ou foram atropelados durante as discussões? Se sim, manifestem-se.Para quê serve o Sistema S?

2. Alexandre Araújo nov 13th 2013

Primeiramente, entendo que as NR tem sido discutidas de forma ampla e direcionadas por um GTT.

As sobreposições não são bem vindas, mas, como já eram matéria de cumprimento em outras NR, não geraram novas obrigações.

Fato é que, infelizmente, precisamos de maquinários que protejam os operadores, e sabemos que no país ainda estamos começando um processo deautomatização e substituição das primeiras gerações de máquinas.Como isso é recente não temos máquinas pensadas para trabalharem com osdispositivos que permitam a segurança do trabalhador.

Foram estabelecidos prazos para adequação e, os últimos, estão vencendo. Se o mesmo prazo tivesse sido de 20 anos, a grande maioria doempresariado deixaria pro último ano e estaríamos discutindo estas mesmas questões.

Vamos pensar que a legislação foi pensada para “um mundo ideal”, e, isso significa que tentaram “por decreto”, resolver a situação. O problema éque a conta ficou para o empresariado.

Acontece que, proporcionalmente, o mesmo governo não “abriu mão” de impostos para financiar os empresários. ESTE SIM É O PROBLEMA!!!

Se houvesse, dentro da norma, algo como uma compensação por cada real gasto no investimento das proteções, tenho certeza que havia tido maisaderência e menos chiadeira.

Digo que nos últimos 5 anos tivemos uma evolução nas Normas Regulamentadoras nunca vista nos últimos 35 anos, os auditores fiscais tem tidomelhores condições de atuação, o empresariado têm sido mais consciente na aplicação de métodos e processos de proteção à segurança e à saúdedos empregados e da comunidade. Pena é que não tem-se correspondência no crescimento da FUNDACENTRO.