novos alvos moleculares para detecÇÃo e … · costa, maria eduarda de souza menezes da. novos...

117
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA Maria Eduarda de Souza Menezes da Costa NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E GENOTIPAGEM DE TOXOPLASMA GONDII Natal/2016

Upload: others

Post on 30-Sep-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA

Maria Eduarda de Souza Menezes da Costa

NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E

GENOTIPAGEM DE TOXOPLASMA GONDII

Natal/2016

Page 2: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

MARIA EDUARDA DE SOUZA MENEZES DA COSTA

NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E

GENOTIPAGEM DE TOXOPLASMA GONDII

Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, para obtenção do Título de Mestre em Biologia Parasitária na área de Parasitologia.

Daniel Carlos Ferreira Lanza

Natal/2016

Page 3: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do Centro de Biociências

Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da.

Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda de Souza

Menezes da Costa. – Natal, RN, 2016.

116 f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Daniel Carlos Ferreira Lanza.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de

Pós Graduação em Biologia Parasitária.

1. Toxoplasma gondii. – Dissertação. 2. Marcador molecular. – Dissertação. 3. Virulência. – Dissertação. I.

Lanza, Daniel Carlos Ferreira. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 616.993.1

Page 4: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

Maria Eduarda de Souza Menezes da Costa

Novos Alvos Moleculares para Detecção e Genotipagem de Toxoplasma gondii

Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, para obtenção do Título de Mestre em Biologia Parasitária na área de Parasitologia.

Aprovada em 27 de Janeiro de 2016

Banca examinadora:

___________________________________________

Professora Doutora Paula Vivianne de Souza Queiroz Moreira

Departamento de Ciências Biomédicas – UERN

___________________________________________

Professor Doutor Paulo Marcos da Matta Guedes

Departamento de Microbiologia e Parasitologia – UFRN

___________________________________________

Professor Doutor Daniel Carlos Ferreira Lanza

Departamento de Bioquímica - UFRN

NATAL

2016

Page 5: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

"All mentors have a way of seeing more of our faults than we would like. It's the only way we grow."

–Padmé Amidala

Page 6: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

AGRADECIMENTOS

Gostaria de começar agradecendo aos meu pais, Franci e Eduardo, que desde sempre me ensinaram que educação é a chave para o futuro e que fizeram de tudo para eu seguir esse caminho.

À Thiago, meu namorado, que sempre me apoiou e incentivou em todos os momentos, desde o início da graduação até agora.

Aos meus amigos do laboratório, Fanny, Márcia, Allan, Jéssica Paiva, Jéssica Cândido, Emília e Gustavo, por se tornarem verdadeiros companheiros.

Ao Prof. Dr. Valter Andrade Neto, Thatiany, Cláudio e Joelma, pela colaboração com esse trabalho.

Ao meu orientador Prof. Dr. Daniel Lanza, por me aceitar como aluna no mestrado e me mostrar o verdadeiro significado do que é ser professor, sempre me incentivando a superar os meus limites.

Page 7: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

RESUMO

O Toxoplasma gondii é um parasito mundialmente distribuído, que pode causar desde

sintomas parecidos com a gripe até problemas neurológicos. As cepas do T. gondii

apresentam grande variabilidade genética na América do Sul, sendo fundamental a

análise de sequências para auxiliar no diagnóstico confiável e para classificação dos

diferentes genótipos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver dois métodos

moleculares, um para detecção e o outro para genotipagem do T. gondii,

possibilitando a identificação de todas as cepas conhecidas e a geração de dados que

possam ser correlacionados com a virulência. Inicialmente, foi utilizado o programa

MUSCLE para alinhamento de 685 sequencias nucleotídicas obtidas do GenBank, em

seguida os alinhamentos foram analisados no programa MEGA 6.0 para determinação

de sua variabilidade genética. O gene GRA7 foi selecionado como alvo para os

iniciadores, que foram desenhados em regiões conservadas do gene utilizando os

programas Geneious 9.0 e Primer BLAST. O protocolo de amplificação utilizando-se

os primers para o gene GRA7 foi então comparado a outros protocolos padronizados

para amplificação do gene B1 e do elemento repetitivo de 529 pb, que são os

marcadores mais utilizados para o diagnóstico do T. gondii. Para o desenvolvimento

do sistema para genotipagem foram selecionados os genes ROP5, ROP18 e GRA7,

que estão relacionados ao mecanismo de virulência melhor descrito em T. gondii. O

sistema para genotipagem desenvolvido se baseia na análise de polimorfismos

presentes em fragmentos sob seleção positiva desses genes, que permite identificar

cepas pertencentes as linhagens clonais e cepas atípicas. Utilizando-se essa nova

abordagem para a seleção de marcadores, será necessário investigar um número de

regiões do genoma consideravelmente menor que o utilizado pelo método utilizado

tradicionalmente, simplificando o processo. Concluindo, o desenho de primers em

regiões conservadas do gene GRA7 permitiu o desenvolvimento de um sistema de

detecção utilizando PCR com excelente especificidade e sensibilidade, principalmente

para detecção de cepas atípicas do T. gondii. Ainda, a genotipagem baseada na

detecção de polimorfismos em genes de virulência permitiu a diferenciação genotípica

das diferentes cepas de forma mais simples do que por meio da técnica de RFLP

utilizada atualmente.

Palavras-chave: Toxoplasma gondii. Marcador molecular. Virulência. Cepa atípica.

Page 8: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

ABSTRACT

Toxoplasma gondii is a parasite distributed worldwide, causing symptoms similar to

the flu to neurological problems. The strains of T. gondii exhibit great genetic variability

in South America, being essential the sequence analysis to assist in the reliable

diagnosis and classification of different genotypes. The objective of this study was to

develop two molecular methods, one for detection and the other for genotyping of T.

gondii, enabling the identification of all known strains and generating data that can be

correlated with virulence. Initially, we used the MUSCLE program for alignment of 685

nucleotide sequences obtained from GenBank, and then the alignments were analyzed

using the MEGA 6.0 program to determine their genetic variability. The GRA7 gene

was selected as a target for the primers, which were designed to conserved regions of

the gene using Geneious 9.0 and Primer-BLAST programs. The amplification protocol

using primers for GRA7 gene was then compared to other standardized protocols for

amplification of the B1 gene and the repetitive element of 529 bp, which are the most

commonly used markers for diagnosis of T. gondii. For the development of genotyping

system ROP5, ROP18 and GRA7 genes were selected, which are related to virulence

mechanism most described in T. gondii. The genotyping system developed is based

on the analysis of polymorphisms in fragments under positive selection of these genes,

which identifies strains belonging to clonal lineages and atypical strains. Using this new

approach for the selection markers, it will be necessary to investigate a number of

regions of the genome that considerably lower than the method used traditionally used,

simplifying the process. In conclusion, the primer design in conserved regions of the

gene GRA7 allowed the development of a detection system using PCR with positivity

and great sensitivity, especially for the detection of atypical strains of T. gondii. Further,

genotyping based on detecting polymorphisms in virulence genes allowed the

differentiation of different genotypic strains more simply than the RFLP technique

currently used.

Key words: Toxoplasma gondii. Molecular marker. Virulence. Atypical strain.

Page 9: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1. Soroprevalência global de T. gondii............................................................12

Figura 2. Ciclo biológico do T. gondii.........................................................................14

Figura 3. Ultraestrutura do taquizoítos de T. gondii...................................................16

Tabela 1. Genes envolvidos com mecanismos de virulência em T. gondii..................17

Figura 4. Modelo de inibição das proteínas IRG pelos efetores de virulência do T.

gondii..........................................................................................................................18

Figura 5. Exemplo de análise de PCR-RFLP de amostras de T. gondii usando 12

marcadores................................................................................................................19

Figura 6. Variabilidade genética dos genes de T. gondii selecionados.....................29

Figura 7. Análise estrutural in silico de GRA7............................................................20

Tabela 2. Lista dos primers usados para as amplificações por PCR.........................31

Tabela 3. Ciclos de PCR usados neste estudo..........................................................32

Figura 8. Teste de sensibilidade.................................................................................32

Figura 9. Teste de cobertura.......................................................................................34

Figura 10. Teste de especificidade do protocolo que utiliza os primers para B1..........34

Figura 11. Análises in silico de ROP5, ROP18 e GRA7.............................................36

Tabela 4. Primers usados na amplificação dos fragmentos de ROP5, ROP18 e

GRA7..........................................................................................................................37

Tabela 5. Sítios de substituições não-sinônimas dos fragmentos de ROP5, ROP18 e

GRA7..........................................................................................................................37

Page 10: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GRA Granulo denso

ROP Roptrias

SAG Antígeno de superfície

NCBI National Center for Biotechnology Information

Nt Nucleotídeo

MLEE Multilocus Enzyme Electrophoresis

PCR Polymerase Chain Reaction

PCR-RFLP Polymerase Chain Reaction-Restriction Fragment Length Polymorphism

MAT Modified Agglutination Test

ELISA Enzyme-linked Immunosorbent Assays

ISAGA Immunosorbent Agglutination Assay

IFAT Indirect Fluorescent Antibody Test

IHA Indirect Haemagglutination Assays

MLST Multilocus Sequence Typing

MVLST Multi-Virulence-Locus Sequence Typing

RE Elemento repetitivo de 529 pb

LAMP Loop-mediated Isothermal Amplification

DHPS Diidropteroato sintase

DHFR Diidrofolato redutase

BTUB Beta-tubulina

IVG Índice de Variabilidade Genética

Tm Temperatura de melting

Page 11: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 11

1.1. Toxoplasmose: Epidemiologia ............................................................................... 11

1.2. Classificação e ciclo biológico do Toxoplasma gondii ............................................ 13

1.3. Aspectos moleculares da toxoplasmose e Tratamento .......................................... 15

1.4. Diversidade genética do Toxoplasma gondii .......................................................... 19

1.5. Diagnóstico ............................................................................................................ 20

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 23

2.1. Objetivo geral ........................................................................................................ 23

2.2. Objetivos específicos ............................................................................................. 23

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 24

3.1. Comitê de Ética ..................................................................................................... 24

3.2. Delineamento experimental ................................................................................... 24

3.3. Parasitas e manutenção dos isolados in vivo ......................................................... 24

3.4. Seleção e análise de sequências e desenho de primers........................................ 25

3.5. Extração de DNA, Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e Eletroforese.......... 26

3.6. Análise das sequências de ROP5, ROP18 e GRA7 ............................................... 27

4 RESULTADOS ............................................................................................................. 28

4.1. Identificação de sequências conservadas no genoma do T. gondii ........................ 28

4.2. Desenho de primers e otimização dos protocolos para os nested-PCRs ............... 29

4.3. Comparação de sensibilidade entre os protocolos de B1, RE e GRA7 .................. 32

4.4. Comparação de cobertura entre os protocolos de B1, RE e GRA7 ........................ 33

4.5. Identificação de novos marcadores moleculares para genotipagem do T. gondii ... 35

4.6. Análise dos polimorfismos das regiões sob seleção positiva ................................. 36

5 DISCUSSÃO ................................................................................................................ 38

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 42

7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 43

APÊNDICE A – Números de acesso das sequências utilizadas nesse estudo .................... 60

APÊNDICE B – Números de sequências, sítios polimórficos e tamanho de sequência usados

para calcular o Índice de variabilidade genética (IGV) ......................................................... 63

APENDICE C – Tabela com primers descritos na literatura para B1 e RE ........................... 65

ANEXO A – Artigo em processo de revisão (Revista Acta Tropica) ..................................... 67

ANEXO B – Depósito de Pedido de Patente ........................................................................ 87

ANEXO C – Artigo em fase final de preparação ................................................................. 105

Page 12: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

11

1 INTRODUÇÃO

1.1. Toxoplasmose: Epidemiologia

A Toxoplasmose é uma zoonose causada pelo parasito Toxoplasma gondii que

causa grande impacto na saúde pública e na pecuária, pois pode causar abortos e

doenças congênitas em seres humanos, com sequelas neurológicas em seus

hospedeiros intermediários, e causar a morte de animais de criação como bovinos,

ovinos e caprinos (HILL; CHIRUKANDOTH; DUBEY, 2005; TENTER; HECKEROTH;

WEISS, 2000). Atualmente a toxoplasmose tem distribuição mundial (DUBEY;

BEATTIE, 1988; TENTER; HECKEROTH; WEISS, 2000) e em humanos, é estimado

que um terço da população esteja infectada com T. gondii (MONTOYA; LIESENFELD,

2004). A prevalência da toxoplasmose varia muito entre os países, (10 a 80 %),

podendo apresentar grande variação também dentro de um país ou entre diferentes

comunidades de uma mesma região (PAPPAS; ROUSSOS; FALAGAS, 2009). As

maiores prevalências são observadas nos países da América Latina, África e em

alguns países do Sudeste da Ásia, enquanto que países da América do Norte e Norte

da Europa apresentam as menores prevalências (Figura 1) (PAPPAS; ROUSSOS;

FALAGAS, 2009). Essas diferentes taxas de prevalência observadas no mundo estão

relacionadas a fatores que envolvem localização geográfica, hábitos alimentares,

ocupação, saneamento básico e higiene (JONES et al., 2001, 2009; SPALDING et al.,

2005).

Países que se localizam em grandes altitudes ou possuem climas áridos ou

com frequente congelamento e descongelamento tendem a ter uma menor taxa de

infecção pois o clima influencia diretamente na viabilidade de cistos e oocistos

presentes no ambiente (DUBEY; BEATTIE, 1988; DUBEY, 1974; WALTON; ARJONA;

BENCHOFF, 1966). Já o clima tropical da América Latina e da África subsaariana

favorece a alta prevalência de infecção por T. gondii (DUBEY; BEATTIE, 1988;

GARCIA BAHIA-OLIVEIRA et al., 2003; HAMMOND-ARYEE; ESSER; VANHELDEN,

2014; ROSSO et al., 2008), assim como o hábito de ingerir carnes cruas ou

malcozidas também está relacionado com prevalência alta em alguns países, como

França (JEANNEL et al., 1988; LAURENCE BARIL, THIERRY ANCELLE, 1999).

Page 13: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

12

Figura 1. Soroprevalência global de T. gondii. Vermelho escuro significa prevalência acima de 60%,

vermelho claro significa prevalência entre 40-60%, amarelo de 20-40%, azul de 10-20% e verde, menor

que 10%. Branco significa ausência de dados. Fonte: PAPPAS; ROUSSOS; FALAGAS, 2009

Existem poucos estudos que relatam os impactos econômicos causados pela

toxoplasmose no mundo. Os estudos disponíveis, demonstram que a toxoplasmose

causa perda econômica, tanto em relação à saúde pública quanto nos segmentos

econômicos que envolvem animais de criação, como a pecuária. Em um estudo

conduzido por onze anos nos Estados Unidos, a perda de produtividade gerada pelas

mortes por toxoplasmose foi estimada em US$ 814,500,000 (CUMMINGS et al.,

2014). Em 2010, estimou-se que os gastos gerados pela toxoplasmose nos EUA

foram em torno de 3 bilhões de dólares (SCHARFF, 2012). No Uruguai, em 1997, foi

estimada perda entre 1,4 a 4,7 milhões de dólares em decorrência da incidência de

toxoplasmose em criações de ovinos e caprinos para o abate (FREYRE et al., 1997).

No Brasil, estudos epidemiológicos mostram que a prevalência de T. gondii em

humanos varia de 20 a quase 100%, dependendo do grupo avaliado (BARBOSA;

HOLANDA; DE ANDRADE-NETO, 2009; COSTA et al., 2010; DE AMORIM GARCIA

et al., 2004; SANTOS et al., 2009). Entre crianças de 0 a 15 anos, a faixa etária que

apresenta maior prevalência de infecção é de 11 a 15 anos, sendo acima de 50%.

Page 14: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

13

(COSTA et al., 2010; FRANCISCO et al., 2006). No grupo de grávidas/mulheres em

idade fértil, a prevalência também é alta, variando de 45 a 92% (DUBEY et al., 2012).

E mesmo com essas altas taxas, o Brasil não possui nenhum programa nacional de

triagem para toxoplasmose em mulheres e crianças (DUBEY et al., 2012).

Em relação aos animais, o cenário se repete: estudos sorológicos mostram que

até 90% dos animais domésticos/animais de produção estão infectados, sendo a

carne de porco a principal fonte de infecção para humanos (DUBEY, 2009; DUBEY et

al., 2012). Transmissão por carne de cavalo foi relatada em um caso na França, por

ingestão de carne malcozida importada do Brasil (POMARES et al., 2011). Além de

contaminar a carne, o parasito ainda pode causar abortos em ovelhas e cabras,

gerando perda econômica (DUBEY; ADAMS, 1990). Não existem estimativas

econômicas do impacto de toxoplasmose no Brasil (DUBEY et al., 2012).

1.2. Classificação e ciclo biológico do Toxoplasma gondii

O T. gondii foi descrito em 1908 no roedor Ctenodactylus gundi por Nicolle e

Manceaux e em coelhos por Splendore, concomitantemente. Inicialmente foi

denominado de Leishmania gondii devido à similaridade com o gênero, mas um ano

depois teve seu nome mudado para T. gondii (NICOLLE; MANCEAUX, 1909).

Atualmente o T. gondii pertence ao Reino Protista, Sub-reino Protozoa, Filo

Apicomplexa, Classe Sporozoa, Subclasse Coccidia, Ordem Eucocciciida, Gênero

Toxoplasma e Espécie Toxoplasma gondii (TENTER; JOHNSON, 1997).

O T. gondii apresenta potencialmente a capacidade de infectar todas as

espécies de aves e mamíferos (ELMORE et al., 2010; MONTOYA; LIESENFELD,

2004), e apresenta ciclo de vida heteroxêno facultativo, sendo os hospedeiros

definitivos membros do táxon Felidae, nos quais ocorrem as fases sexuada e

assexuada do ciclo, e os hospedeiros intermediários, os demais animais

homeotérmicos, nos quais ocorre apenas a fase assexuada do ciclo (ASHBURN,

1992; JACKSON; HUTCHISON, 1989).

A ingestão de T. gondii por felinos resulta na infecção das células epiteliais do

intestino delgado, onde ocorre divisão por ezquizogonia e formação de gametas, que

irão dar origem a oocistos que vão ser liberados nas fezes (Número 1 da Figura 2)

(FRENKEL; DUBEY; MILLER, 1970; HUTCHISON et al., 1971; JACKSON;

Page 15: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

14

HUTCHISON, 1989). Os hospedeiros intermediários se infectam principalmente

através da ingestão de oocistos ou cistos teciduais, que se diferenciam em taquizoítos

e invadem diversos tipos celulares, multiplicando-se rapidamente dentro delas

(Número 2 da Figura 2). Essa etapa caracteriza a fase aguda da infecção, cuja

gravidade pode depender da cepa, susceptibilidade do hospedeiro e quantidade de

formas infectantes ingeridas. Na segunda etapa, os taquizoítos se diferenciam em

bradizoítos e formam os cistos teciduais, caracterizando a fase crônica da infecção

(Número 3 da Figura 2) (BLACKMAN; BANNISTER, 2001; HILL; DUBEY, 2002;

JACKSON; HUTCHISON, 1989).

Figura 2. Ciclo biológico do Toxoplasma gondii. Esquema mostrando as vias de infecção entre

hospedeiros e replicação dos estágios do parasito em seus respectivos hospedeiros. Número 1

representa a fase sexuada do ciclo; Número 2 representa a fase aguda da fase assexuada do ciclo;

Número 3 representa a fase crônica da fase assexuada do ciclo. Modificado de FERGUSON, 2002.

As formas infectantes de T. gondii são os oocistos, taquizoítos e cistos teciduais

sendo a principal forma de infecção por via oral, através da ingestão de oocistos

presentes em água ou alimentos, ou de cistos teciduais presentes em carnes

malcozidas. Também pode ocorrer passagem transplacentária de taquizoítos para o

Page 16: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

15

feto e, mais raramente, infecção por transplante de órgãos ou via transfusão

sanguínea (HILL; DUBEY, 2002). O fato do T. gondii possuir diferentes vias de

infecção e infectar permanentemente os hospedeiros com a formação de cistos

teciduais, o tornou um dos parasitos mais bem-sucedidos. Além disso, sua capacidade

de formar cistos teciduais e depois retornar ao estágio de proliferação (taquizoítos)

dispensa a necessidade de o parasito desenvolver a fase sexuada do ciclo, com isso,

o T. gondii pode se disseminar clonalmente entre os hospedeiros (SULLIVAN;

JEFFERS, 2012).

1.3. Aspectos moleculares da toxoplasmose e Tratamento

A maioria das infecções por T. gondii em pessoas saudáveis são

assintomáticas, mas em uma minoria, elas podem apresentar sintomas leves,

parecidos com os sintomas de gripe, ou retinocoroidite (“CDC - Toxoplasmosis -

Disease”, 2014; DUBEY; JONES, 2008; HOLLAND, 2003). Entretanto, o T. gondii

pode causar sintomas mais severos em pacientes imunossuprimidos ou em infecções

congênitas, causando principalmente problemas neurológicos (DUBEY; JONES,

2008).

Os principais sintomas ocorrem pela invasão do parasito em células do cérebro

e retina, mas o T. gondii tem capacidade de infectar qualquer célula nucleada

(DUBEY; BEATTIE, 1988). O processo de invasão se inicia pelo reconhecimento de

moléculas presente na superfície da célula hospedeira, como ácido siálico e

proteoglicanos sulfatados, que são moléculas comumente encontradas em

praticamente todas as células de mamíferos (CARRUTHERS et al., 2000;

MONTEIRO; SOARES; DE SOUZA, 1998). Essas moléculas são reconhecidas pelas

lectinas presentes na superfície do parasito, fornecendo uma ligação inicial (ORTEGA-

BARRIA; BOOTHROYD, 1999). Outras proteínas presentes na superfície do parasito

são necessárias para o início do processo de invasão, os antígenos de superfície

(SAGs), que oferecem adesão a membrana da célula hospedeira (GRIMWOOD;

SMITH, 1996; JACQUET et al., 2001). Em seguida ocorre secreção de proteínas das

roptrias (ROPs) e micronemas (MICs) (Figura 3). As micronemas são fundamentais

para a adesão (GARCIA-RÉGUET et al., 2000; SOLDATI; DUBREMETZ; LEBRUN,

Page 17: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

16

2001) e as roptrias são secretadas dentro do vacúolo parasitóforo em formação que

vão ter como destino final o lúmen do vacúolo ou a membrana do vacúolo

(BOOTHROYD; DUBREMETZ, 2008). O vacúolo parasitóforo é o local onde o T.

gondii se desenvolve após a invasão da célula e dentro do vacúolo, o parasito secreta

um conjunto de organelas, denominadas de grânulos densos (Figura 3), cujas

proteínas (GRAs) são responsáveis por modificações no vacúolo parasitóforo

(BLACK; BOOTHROYD, 2000; CARRUTHERS; SIBLEY, 1997). Essas modificações

permitem que o vacúolo não se funda com os lisossomos, permitindo a sobrevivência

do T. gondii no interior da célula (COPPENS et al., 2006). As GRAs também são

responsáveis pelo sequestro de lisossomos da célula hospedeira, ativação de vias

imunológicas e formação de uma rede membranosa dentro do vacúolo (COPPENS et

al., 2006; LECORDIER et al., 1995; ROSOWSKI et al., 2011).

Figura 3. Ultraestrutura do taquizoítos de T. gondii. O conóide define a extremidade apical do parasito.

Micronemas, roptrias e grânulos densos são as três principais organelas secretórias, encontradas

principalmente na extremidade apical. O apicoplasto é uma organela de quatro membranas contendo

um DNA circular de 35 kb. O T. gondii tem um único núcleo e uma única mitocôndria. Adaptado de

AJIOKA; FITZPATRICK; REITTER, 2001.

O T. gondii desenvolveu alguns meios de evadir o sistema imune do

hospedeiro. Existem algumas proteínas do parasito responsáveis por interagir com a

célula hospedeira e inibir seus mecanismos de resistência (Tabela 1). A resistência

em células humanas ainda não está bem compreendida, mas acredita-se que esteja

relacionada com a depleção dependente de IFN-γ de triptofano (PFEFFERKORN,

1984). Nos murinos, os mecanismos são bem estabelecidos, sendo o principal

Page 18: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

17

mecanismo, aquele mediado pela a GTPase relacionada a imunidade (IRG –

Immunity-Related GTPase), que promove o rompimento do vacúolo parasitóforo

(ZHAO et al., 2009). O T. gondii possui um complexo de virulência responsável por

inibir as proteínas IRG, complexo esse formado pelas proteínas ROP5, ROP18 e

GRA7 (Figura 4). A ROP5 inibe a oligomerização das IRG, o que facilita a fosforilação

dos resíduos de treonina presente nessas proteínas pela ROP18 (NIEDELMAN et al.,

2012). A GRA7 se une ao complexo para aumentar a eficiência da fosforilação da

ROP18 (HERMANNS et al., 2015).

Tabela 1. Genes envolvidos com mecanismos de virulência em T. gondii

Gene Complexo Mecanismo Referência

ROP5 ROP5/ROP18/GRA7 Interação com IRG Fleckenstein et al., 2012

ROP16 Desconhecido Fosforilação de STAT3/6 Ong et al., 2010; Yamamoto et al., 2009

ROP17 ROP5/ROP17 Fosforilação de Irgb6 Etheridge et al., 2014

ROP18 ROP5/ROP18/GRA7 Fosforilação de Irga6 e degradação de ATF6β

Fentress et al., 2010; Yamamoto et al., 2011

GRA7 ROP5/ROP18/GRA7 Interação com IRG e interação com complexo ROP5/ROP18

Alaganan et al., 2014; Hermanns et al., 2015

GRA15 Desconhecido Ativação de NF-кB Rosowski et al., 2011

GRA16 Desconhecido Ligação a HAUSP e PP2A Bougdour et al., 2013

GRA24 Desconhecido Ativação da kinase P38α MAP Braun et al., 2013

GRA25 Desconhecido Indução de CCL2/CXCL1 Shastri et al., 2014

MAF1 Desconhecido Associação a mitocôndria do hospedeiro

Pernas et al., 2014

Page 19: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

18

Figura 4. Modelo de inibição das proteínas IRG pelos efetores de virulência do T. gondii. (A)

Oligomerização das proteínas IRG que ocorre na membrana do vacúolo parasitóforo em cepas

avirulentas de T. gondii. (B) Alelos virulentos de ROP5 se ligam a IRG (Irga6), mantendo-a na forma

monomérica. A interação direta de GRA7 com ROP5 é requerida para a fosforilação específica em dois

resíduos de treonina (círculos vermelhos) e permanente inativação pela ROP18. Para ROP17 foi

mostrada fosforilação preferencial de Irgb6. VP, vacúolo parasitóforo. Adaptado de HERMANNS et al.,

2015

A diferença de virulência observada em camundongos entre as linhagens

clonais se dá pelas diferenças genéticas das cepas (HOWE; SIBLEY, 1995a). Mas

apesar da diferença de virulência das cepas, a toxoplasmose só é tratada em casos

de infecções agudas em gestantes para impedir a infecção do feto, em pacientes

imunossuprimidos e em pacientes imunocompetentes que possuam sintomas

moderados a severos (HALONEN; WEISS, 2013; MCLEOD et al., 2009).

O tratamento da toxoplasmose teve início com o relato de Sabin e Warren, em

1942 mostrando a eficiência de sulfonamidas contra toxoplasmose murina (SABIN;

WARREN, 1942). Após isso, outras drogas foram relatadas como opções de

tratamento para toxoplasmose humana, como pirimetramina, que pode ser usada

juntamente com as sulfonamidas (EYLES; COLEMAN, 1953), espiramicina, usada

profilaticamente durante a gravidez para reduzir a transmissão da mãe para o feto

(DESMONTS; COUVREUR, 1974), e clindamicina, usada em pacientes alérgicos a

sulfonamidas (ARAUJO; REMINGTON, 1974; MCMASTER et al., 1973).

Page 20: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

19

1.4. Diversidade genética do Toxoplasma gondii

Existem diferentes abordagens para se classificar geneticamente as cepas de

T. gondii, como o sequenciamento de íntrons (KHAN et al., 2007), análise de

microssatélites (AJZENBERG et al., 2002), eletroforese multilocus de enzimas

(multilocus enzyme electrophoresis - MLEE) (DARDÉ; BOUTEILLE; PESTRE-

ALEXANDRE, 1992) e a principal metodologia, PCR-RFLP, que atualmente se baseia

em até doze marcadores: SAG1, 5’+3’ SAG2, alt. SAG2, SAG3, BTUB, GRA6, c22-8,

c29-2L358, PK1 e Apico (Figura 5) (GAJRIA et al., 2008; HOWE et al., 1997; SU;

ZHANG; DUBEY, 2006). Estudos com isolados da Europa e América do Norte

classificaram as cepas de T. gondii em três linhagens clonais distintas: I, II e III,

determinadas de acordo com estudos moleculares de genotipagem (DARDÉ;

BOUTEILLE; PESTRE-ALEXANDRE, 1992; HOWE; SIBLEY, 1995b).

Figura 5. Exemplo de análise de PCR-RFLP de amostras de T. gondii usando 12 marcadores. Su et al.,

2010

Entretanto, quando amostras provenientes da América do Sul são analisadas,

a maioria se revela divergente das linhagens clonais, sendo denominadas de atípicas,

provavelmente devido a uma recombinação genética frequente entre essas

Page 21: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

20

populações (CARNEIRO et al., 2013; RAJENDRAN; SU; DUBEY, 2012). Um estudo

realizado com amostras de T. gondii de galinhas de diferentes áreas geográficas do

Brasil mostrou a diversidade genética existente entre essas cepas isoladas, 58

genótipos em 149 cepas, enquanto que mais da metade das amostras dos Estados

Unidos estavam agrupadas dentro do tipo II, sendo apenas 18 genótipos em 253

cepas (DUBEY; SU, 2009).

É observado nas linhagens clonais uma relação entre o genótipo e perfil de

virulência, onde as cepas da linhagem I são extremamente virulentas, as demais, II e

III, são consideradas avirulentas (HOWE; SIBLEY, 1995b; SIBLEY; BOOTHROYD,

1992). Como as cepas atípicas não são clonais, não é possível correlacionar um

genótipo com um perfil de virulência.

1.5. Diagnóstico

O desenvolvimento do primeiro teste diagnóstico para toxoplasmose em 1948

por Sabin e Feldman, o dye test, permitiu extensos estudos epidemiológicos sobre a

incidência da infecção e se tornou claro que o T. gondii era prevalente em muitos

países (DUBEY, 2008). Em seguida, outros testes sorológicos para dosagem de IgM

foram aplicados, como ELISA, IFAT, ISAGA e MAT (DESMONTS; NAOT;

REMINGTON, 1981; DUBEY; DESMONTS, 1987; NAOT; REMINGTON, 1980;

REMINGTON, 1969), e em 1989, Burg e colaboradores, utilizaram a PCR como

método molecular para detecção de T. gondii, tendo como alvo o gene B1 do parasito.

A partir daí, diversos alvos moleculares vem sendo usados para o diagnóstico de

toxoplasmose (CAZENAVE et al., 1990; HOMAN et al., 2000; SAVVA et al., 1990).

Atualmente, o diagnóstico de toxoplasmose pode ser feito através de

microscopia, bioensaios, testes sorológicos, amplificação específica de DNA (por

exemplo, reação em cadeia da polimerase) ou histologia (LIU et al., 2015;

REMINGTON et al., 2006).

A microscopia é um método pouco sensível, mas que pode ser usado para

detectar T. gondii em amostras de água, solo, fezes e tecidos (LIU et al., 2015). O

bioensaio é utilizado para detecção direta do parasito em casos de diagnóstico pré-

natal e em pacientes imunossuprimidos, através de inoculação intraperitoneal do

Page 22: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

21

material biológico em camundongos (BASTIEN, 2002; DESMONTS et al., 1952),

entretanto é uma técnica que demanda tempo, com risco de contaminação para o

manipulador e muito cara (YAI et al., 2003). O diagnóstico por histologia é feito através

da análise de seções de tecidos ou esfregaço de líquidos corporais, usando

principalmente a técnica da imunoperoxidase, que é sensível e específica por usar

anticorpos anti-T. gondii (CONLEY; JENKINS; REMINGTON, 1981; REMINGTON et

al., 2006)

Os testes sorológicos consistem na detecção de anticorpos específicos

produzidos pelo sistema imune contra o T. gondii. Existem diversas metodologias

disponíveis, como prova do corante (dye test), teste de aglutinação modificada

(modified agglutination test – MAT), ensaio de imunoabsorção enzimática (enzyme-

linked immunosorbent assays – ELISA), ensaio de aglutinação imunoabsorvente

(immunosorbent agglutination assay – ISAGA), teste de anticorpo fluorescente indireto

(indirect fluorescent antibody test – IFAT), ensaio de hemaglutinação indireta (indirect

haemagglutination assays – IHA), dentre outros (LIU et al., 2015). A diferenciação de

fase aguda e crônica é fundamental no diagnóstico de gestantes, pois na fase aguda

da doença pode ocorrer infecção do feto e a diferenciação pode ser feita através do

teste de avidez de IgG, já que os anticorpos IgG na fase aguda se ligam mais

fracamente ao antígeno que o IgG de fase crônica (DUBEY; BEATTIE, 1988;

HEDMAN et al., 1989).

Mais recentemente, os métodos moleculares vêm sendo utilizados para

complementar os métodos sorológicos tradicionais, já que esses possuem limitações

quando se tratam de pacientes imunocomprometidos ou em diagnóstico pré-natal (LIU

et al., 2015). A reação em cadeia da polimerase ou PCR (Polimerase Chain Reaction)

é uma amplificação enzimática in vitro de fragmentos específicos de DNA (SAIKI et

al., 1988). Nas últimas décadas, diferentes alvos foram escolhidos para detecção de

T. gondii. Em 1989, Burg et al., introduziram o gene B1 como um eficiente alvo para

PCR, já que era um gene com 35 repetições no genoma do parasito. Desde então, a

amplificação do gene B1 tem sido usada amplamente para detecção de T. gondii.

(HITT; FILICE, 1992; HOHLFELD et al., 1994; HO-YEN et al., 1992; LIN et al., 2000b;

MEGANATHAN et al., 2010). Entretanto, o B1 tem mostrado baixa especificidade, pois

pode amplificar DNA humano (KOMPALIC-CRISTO et al., 2004). Um novo alvo

consistindo de um fragmento de 529 pb repetido de 200 a 300 vezes no genoma (RE)

Page 23: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

22

foi descrito por Homan et al., em 2000. Vários trabalhos demonstraram que reações

de PCR usando RE como alvo eram pelo menos 10 vezes mais sensíveis que as

usando o gene B1 (CASSAING et al., 2006; FALLAHI et al., 2014; REISCHL et al.,

2003). Mas apesar do RE ser mais sensível que o B1, existe a possibilidade de

algumas cepas terem perdido total ou parte das unidades de repetição, o que

compromete a eficiência da reação (WAHAB et al., 2010). Outro gene multi-cópia

também é usado, o rRNA, seja o 18S rDNA ou ITS-1 (Internal Transcribed Spacer)

(JAUREGUI; HIGGINS, 2001).

Existem variações da técnica da PCR que visam aumentar a sensibilidade para

que a menor quantidade possível de DNA seja detectada, como nested-PCR e real-

time PCR (LIU et al., 2015). O nested-PCR são duas reações de PCR consecutivas,

onde o produto para primeira serve como molde para a segunda e o real-time PCR

quantifica cada cópia gerada em cada ciclo usando sondas ou corantes intercalantes

(LIU et al., 2015). Além de métodos baseados em PCR, a detecção de T. gondii pode

ser realizada com o auxílio de outros métodos moleculares, como a amplificação

isotérmica em loop (Loop-mediated Isothermal Amplification – LAMP). O LAMP usa

uma DNA polimerase, Bst polimerase, e um conjunto de quatro primers especialmente

desenhados para reconhecer seis distintas sequências no DNA alvo (NOTOMI et al.,

2000).

Em razão da deficiência do diagnóstico em pacientes imunossuprimidos e fetal,

dos problemas já descritos nos primers da literatura, da gravidade da infecção

congênita e alto risco de reativação da doença em indivíduos imunossuprimidos, a

toxoplasmose representa um importante problema de saúde pública e por isso é

necessário um diagnóstico preciso para um tratamento eficaz a fim de evitar

morbidade e mortalidade causadas pela doença. Além disso, a genotipagem de cepas

proporciona informações moleculares além de entendimento sobre epidemiologia,

padrão de transmissão e mecanismos da doença.

Page 24: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

23

2 OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Determinar novos alvos moleculares e desenvolver novos sistemas para detecção e

genotipagem de diferentes linhagens do T. gondii.

2.2. Objetivos específicos

Determinar os melhores alvos moleculares para detecção do T. gondii, por meio

da avaliação do índice de variabilidade de sequências de proteínas do T. gondii

disponíveis no GenBank;

Desenhar primers que sejam capazes de se anelar em regiões alvo

conservadas no genoma do T. gondii;

Padronizar um protocolo de PCR para detecção do T. gondii que apresente alta

sensibilidade, especificidade e que seja capaz de detectar o maior número de

variantes do parasita possível, incluindo um controle positivo;

Determinar novos alvos moleculares para genotipagem do T. gondii;

Desenhar primers que possibilitem a amplificação das regiões selecionadas

para genotipagem;

Desenvolver um novo método para genotipagem do T. gondii, que seja mais

simples que o método já existente, e que possibilite o armazenamento das

informações genéticas coletadas a cada análise.

Page 25: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

24

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Comitê de Ética

Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte e aprovado sob número 36085414.1.0000.5537 e

submetido à Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte e aprovado sob número 46/2013.

3.2. Delineamento experimental

3.3. Parasitas e manutenção dos isolados in vivo

A etapa de isolamento e manutenção dos parasitos foi desenvolvida no

Laboratório de Biologia da Malária e Toxoplasmose da Universidade Federal do Rio

Page 26: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

25

Grande do Norte. Os isolados de T. gondii utilizados foram: TgCkBrRN1 (Ck1),

TgCkBrRN2 (Ck2), TgCkBrRN3 (Ck3), obtidos de abatedouros de João Câmara – RN;

TgPgBrRN1 (Pg1), obtido de abatedouro em Natal – RN; e que foram caracterizados

como cepas atípicas (CLEMENTINO ANDRADE et al., 2013); RH e VEG, cepas

padrão representantes das linhagens I e III, respectivamente. Os isolados foram

mantidos através da inoculação de 150 cistos (para as cepas Ck1, Ck2, Ck3, Pg1,

VEG) ou 105 taquizoítos (para a cepa RH) intraperiotonealmente em camundongos

C57BL/6. Após três dias, os camundongos foram eutanasiados e os taquizoítos foram

recuperados do exsudato peritoneal. Em seguida, os parasitos foram cultivados em

células RAW 264.7 e observados diariamente em microscópio invertido.

3.4. Seleção e análise de sequências e desenho de primers.

Sequências nucleotídicas de alguns genes de T. gondii (Apêndice A) e do gene

que codifica a proteína actina de humanos e outros mamíferos (Bos taurus, Felis

catus, Capra hircus, Mus musculus) foram obtidas a partir do GenBank (BENSON et

al., 2005) e alinhadas com o auxílio da ferramenta MUSCLE (EDGAR, 2004) usando

as configurações padrão (gap open penalty -12, gap extension penalty -1). As

sequências alinhadas de T. gondii foram analisadas no programa MEGA 6.0

(TAMURA et al., 2013) para determinação do tamanho das sequências, o número de

sítios polimórficos e o número de sequências em cada alinhamento e por conseguinte,

determinação do IVG. Após a seleção da sequência alvo, seu respectivo alinhamento

foi utilizado como input para o desenho dos primers por meio dos softwares do

Geneious 9.0.4 (KEARSE et al., 2012) e primer-BLAST (YE et al., 2012), sendo este

último também utilizado para checar a especificidade dos primers, usando como

banco de dados os genomas de todos os organismos. Os softwares AutoDimer

(VALLONE; BUTLER, 2004) e RNAfold (GRUBER et al., 2008) foram usados para

checar a formação de dímeros e hairpins nos primers, respectivamente. Os critérios

de seleção dos primers foram: conteúdo G+C entre 40 e 60%, Tm próximas entre os

pares de primers, conter G ou C na extremidade 3’, não formarem dímeros e hairpins.

Análises adicionais foram realizadas na sequência alvo escolhida para detecção de T.

gondii, sendo essas realizadas pelos softwares Foldindex (PRILUSKY et al., 2005),

Page 27: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

26

PredictProtein (YACHDAV et al., 2014), ProtScale (GASTEIGER et al., 2005) e

NetPhosK 2.0 (BLOM; GAMMELTOFT; BRUNAK, 1999).

3.5. Extração de DNA, Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e Eletroforese

O DNA utilizado para os experimentos de sensibilidade e cobertura foi extraído

do lisado da cultura de células RAW 264.7 e de sangue de participante humano

soronegativo para toxoplasmose de acordo com as especificações do kit QIAamp DNA

mini kit (QUIAGEN Inc., USA). Após a purificação, o DNA foi quantificado usando o

SpectraMax 190 Microplate Reader (Molecular Devices, USA). As duas reações do

nested-PCR foram realizadas em volume final de 20µl contendo 0,25 µM de cada

primer; 1,5 mM MgCl2; 1X de Buffer; 0,01U de Taq polimerase (Ludwig) e 0,2mM de

cada dNTP.

Os ciclos térmicos foram padronizados utilizando gradientes de temperaturas

para as etapas de anelamento e extensão. Os ciclos utilizados para as amplificações

foram os seguintes:

(1) Para os primers GRA7FE/GRA7RE e GRA7FI/GRA7RI: Desnaturação

inicial a 94ºC por 2 minutos, seguidos de 30 ciclos de desnaturação a 94ºC por 40

segundos, anelamento a 59ºC por 40 segundos e extensão a 63ºC por 40 segundos,

e extensão final a 63ºC por 3 minutos.

(2) Para os primers Oligo1/Oligo4 e Oligo2/Oligo3: Desnaturação inicial a

94ºC por 2 minutos, seguidos de 30 ciclos de desnaturação a 94ºC por 40 segundos,

anelamento a 63ºC por 40 segundos, extensão 68ºC por 40 segundos, e extensão

final a 68ºC por 3 minutos.

(3) Para os primers NF1/NR1 e NF2/NR2, respectivamente: Desnaturação

inicial a 94ºC por 2 minutos, seguidos de 30 ciclos de desnaturação a 94ºC por 40

segundos, anelamento a 68ºC por 40 segundos, extensão 69ºC por 40 segundos, e

extensão final a 69ºC por 3 minutos. Na reação nested, o ciclo térmico correspondeu

a uma desnaturação inicial de 94ºC por 2 minutos, seguido de 30 ciclos de

desnaturação a 94ºC por 40 segundos, anelamento a 61ºC por 40 segundos, extensão

a 69ºC por 40 segundos, e extensão final a 69ºC por 3 minutos.

Page 28: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

27

(4) Para os primers ACTAF/ACTAR: Desnaturação inicial a 94ºC por 2

minutos, seguidos de 30 ciclos de desnaturação a 94ºC por 40 segundos, anelamento

a 53ºC por 40 segundos, extensão a 72ºC por 40 segundos, e extensão final a 72ºC

por 3 minutos.

Os géis de eletroforese foram feitos de agarose a 1,5%, corados com brometo

de etídio a 1%, sendo sempre aplicados 9 µl de amostra e 3 µl de azul 4x.

3.6. Análise das sequências de ROP5, ROP18 e GRA7

A partir dos alinhamentos das regiões codificantes dos genes ROP5, ROP18 e

GRA7, foi usado o DNAsp 5.10 (LIBRADO; ROZAS, 2009) para avaliar a razão de

substituições não sinônimas por substituições sinônimas (Pi(a)/Pi(s)). Para o gene

GRA7, o valor de window length e step size foi de 35. Para os genes ROP5 e ROP18,

os valores foram de 50. Com base na sequência de aminoácidos, algumas

características das proteínas ROP5, RPO18 e GRA7, como hidrofobicidade, presença

de domínios e regiões estruturadas foram preditas utilizando os softwares ProtScale

(GASTEIGER et al., 2005), ScanProsite (DE CASTRO et al., 2006) e Foldindex©

(PRILUSKY et al., 2005), respectivamente. O modelo de hidrofobicidade adotado para

configurar o ProtScale foi o de Kyte e Doolittle (KYTE; DOOLITTLE, 1982). O desenho

de primers para ROP5, ROP18 e GRA7 foi realizado mediante metodologia citada

acima no item 3.2.

Page 29: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

28

4 RESULTADOS

4.1. Identificação de sequências conservadas no genoma do T. gondii

Inicialmente, sequências parciais ou completas de genes relacionados a

mecanismo de infecção e persistência foram selecionados do GenBank. As

sequências de micronema, grânulo denso, roptrias e antígeno de superfície foram

priorizadas por serem específicas de parasitos do táxon apicomplexa. (AJIOKA et al.,

1998; BLACKMAN; BANNISTER, 2001). Genes associados a resistência a drogas,

como diidrofolato redutase (DHFR) e diidropteroato sintase (DHPS), gene relacionado

a componente estrutural, beta-tubulina (BTUB) e sequências já usadas como

marcadores para PCR, como B1 e elemento repetitivo de 529 pb (RE) foram

selecionados para compor o conjunto inicial de sequências. Os números de acesso

de todas as sequências usadas nesse estudo estão descritos no Apêndice A. Mais da

metade das sequências selecionadas tem anotações, embora a pesquisa não tenha

sido restrita a sequências curadas.

As sequências selecionadas foram manualmente processadas e as respectivas

regiões codificantes alinhadas. O índice de variabilidade genética (IVG) de cada

sequência codificante foi calculado pela divisão do número de sítios polimórficos pelo

número de sequencias do alinhamento e dividindo o resultado pelo tamanho da

sequência codificante. Os valores de IVG obtidos estão apresentados sob a forma

gráfica na Figura 5 e os valores absolutos estão apresentados no Apêndice B. O

menor IVG observado foi em ROP12 e ROP14, indicando que esses genes são os

mais conservados dentre os analisados. Como mostrado na Figura 6, genes como

BTUB e DHFR também mostraram alta conservação. Dentre os genes mais

conservados, foi escolhido o gene GRA7 como marcador.

Page 30: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

29

Figura 6. Variabilidade genética dos genes de T. gondii selecionados. Ranking dos genes selecionados

do menor para o maior IVG.

4.2. Desenho de primers e otimização dos protocolos para os nested-PCRs

Regiões conservadas dentro do gene GRA7 foram selecionadas do

alinhamento de 85 sequencias. O sistema desenvolvido compreende dois pares de

primers, o par externo amplifica um fragmento de 322 pb (do nt 139 ao 460 da

sequência codificante) e o par interno amplifica um fragmento de 222 pb (do nt 210 ao

431). Na Figura 7 está apresentado um esquema da proteína GRA7 com as regiões

conservadas e as regiões de anelamento dos primers destacadas.

Page 31: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

30

Figura 7. Análise estrutural in silico de GRA7. Representação da sequência nucleotídica de GRA7,

sendo as regiões em laranja a representação de regiões conservadas e as setas pretas, a

representação da localização dos primers. Gráfico do Foldindex mostrando as regiões estruturadas em

verde e as não-estruturadas em vermelho. Gráfico do ProtScale mostrando os aminoácidos

hidrofóbicos (acima de zero) e hidrofílicos (abaixo de zero). Gráfico do PredictProtein mostrando a

presença de α-hélice em vermelho, possíveis regiões transmembrana em roxo, regiões desestruturadas

em verde e regiões expostas a solvente em azul. Gráfico do NetPhosK mostrando possíveis sítios de

fosforilação de treonina (azul), tirosina (roxo) e serina (verde), sendo a linha vermelha a representação

do treshold.

Conforme observado na Figura 7, a proteína GRA7 apresenta uma região

desestruturada, em vermelho no Foldindex e em verde no PredictProtein; e duas

regiões estruturadas, em verde no Foldindex. Essas regiões estruturadas possuem α-

hélice (em vermelho no PredictProtein) e possuem aminoácidos hidrofóbicos (valores

acima de zero no gráfico do ProtScale). A região onde os primers se anelam (setas

pretas), compreendem regiões conservadas (região laranja) dentro do gene e análise

do NetPhosK mostrou que essas regiões apresentam sítios de fosforilação e o

Page 32: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

31

ProtScale mostrou a presença de aminoácidos hidrofílicos. As sequências e demais

características dos primers estão descritos na Tabela 2.

Tabela 2. Lista dos primers usados para as amplificações por PCR

As temperaturas ideais de anelamento e extensão para cada par de primers

(Tabela 3) foram definidos com base em um gradiente de nove temperaturas, variando

de 48,8 ºC a 70ºC. A padronização também foi realizada para determinar as melhores

condições de amplificação para os marcadores previamente descritos de B1 e RE

(Tabela 2) (BURG et al., 1989; KONG et al., 2012). A primeira etapa foi padronizada

para permitir o máximo de especificidade. Todas as reações foram padronizadas para

amplificar um único fragmento resultando em uma banda intensa de 322 pb, 420 pb e

198 pb usando os primers para GRA7, RE e B1, respectivamente. A segunda etapa

(também chamada de nested-PCR) foi padronizada de maneira a obter o máximo de

sensibilidade. A presença de aditivos pode eliminar fragmentos inespecíficos, mas

também diminuem a sensibilidade do ensaio e por isso não foram adicionados em

nenhuma das reações durante a padronização.

Primer Alvo Sequência (5’ – 3’) Tamanho do primer

Tm (ºC)

Referência

ACTAF

ACTAR

Actina TGGAAAAGATCTGGCACC

TCCTGTTTGCTGATCCAC

18 pb

18 pb

54,44

54,48 Este estudo

GRA7FE

GRA7RE

GRA7FI

GRA7RI

GRA7

CAAGCACCCGTTGACAGTCT

ACGATGCACCCATACCAACAG

CACCAGCATGGATAAGGCATC

GCGAGCTTCTTCAGCAAGTCT

20 pb

21 pb

21 pb

21 pb

60,53

60,68

59,12

60,94

Este estudo

Oligo 1

Oligo 4

Oligo 2

Oligo 3

B1

GGAACTGCATCCGTTCATGAG

TCTTTAAAGCGTTCGTGGTC

TGCATAGGTTGCAGTCACTG

GGCGACCAATCTGCGAATACACC

21 pb

20 pb

20 pb

23 pb

59,33

56,41

58,19

64,19

BURG et al.,

1989

NF1

NR1

NF2

NR2

RE

TGACTCGGGCCCAGCTGCGT

CTCCTCCCTTCGTCCAAGCCTCC

AGGGACAGAAGTCGAAGGGG

GCAGCCAAGCCGGAAACATC

20 pb

23 pb

20 pb

20 pb

68,87

66,31

60,91

62,55

KONG et al.,

2012

Page 33: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

32

Tabela 3. Ciclos de PCR usados neste estudo

a Os estágios de desnaturação, anelamento e extensão foram repetidos 30 vezes

4.3. Comparação de sensibilidade entre os protocolos de B1, RE e GRA7

A sensibilidade do protocolo de GRA7 foi comparada com os protocolos usados

para amplificar B1 e RE. Uma diluição seriada de 1:40 mostrou que os protocolos para

RE e GRA7 têm sensibilidade semelhante. A presença de DNA de T. gondii pôde ser

detectado até a diluição quatro no nested-PCR (Figura 8 A e B). Em relação ao

protocolo do B1, ele apresentou sensibilidade um pouco melhor, amplificando até a

diluição cinco (Figura 8C).

Figura 8. Teste de sensibilidade. Diluição seriada 1:40 (linhas 1 – 9) usando DNA total extraído de

células RAW 264.7 infectadas com T. gondii como molde para determinar a sensibilidade de (A) nested-

PCR usando primers para GRA7; (B) nested-PCR usando primers para RE; (C) nested-PCR usando

primers para B1. Dentro de cada chave, as figuras dos géis da parte de cima correspondem a primeira

etapa e as figuras de baixo, correspondem a segunda etapa. As setas indicam os amplicons esperados

de cada reação e seus correspondentes tamanhos estão mostrados a direita. M, peso molecular de

100 pb.

Etapa 1 e 2 – B1 Etapa 1 - RE Etapa 2 - RE Etapa 1 e 2 – GRA7 Actina Desnaturação inicial 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min

Desnaturação 94ºC – 40s 94ºC – 40 s 94ºC – 40s 94ºC – 40s 94ºC – 40s Anelamento 63ºC – 40s 68ºC – 40s 61ºC – 40s 59ºC – 40s 53ºC – 40 s

Extensão 68ºC – 40s 69ºC – 40s 69ºC – 40s 63ºC – 40s 72ºC – 40 s Extensão final 69ºC – 3 min 69ºC – 3 min 69ºC – 3 min 63ºC – 3 min 72ºC – 3 min

Page 34: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

33

4.4. Comparação de cobertura entre os protocolos de B1, RE e GRA7

A eficiência de cada protocolo em detectar cepas geneticamente diversas foi

avaliado usando DNA total de cepas RH, VEG, Ck1, Ck2, Ck3 e Pg1. Os quarto

últimos isolados foram obtidos de animais de fazenda no Brasil e foram previamente

caracterizadas como atípicas (CLEMENTINO ANDRADE et al., 2013). Na Figura 9A,

está claro que o protocolo para GRA7 resultou em bandas fortes quando comparado

com RE (Figura 9B) e B1 (Figura 9C). A eficiência dos primers para GRA7 é mais

evidente na identificação dos isolados atípicos Ck1, Ck3 e Pg1 (linhas 3, 5 e 6 na

Figura 9), que apresentaram bandas mais fracas no protocolo do B1 e RE. As cepas

possuíam concentração de DNA diferentes entre si, mas a mesma concentração de

DNA foi usada para cada nested-PCR. Foi observado amplificação no controle

negativo na segunda etapa do protocolo do B1, por isso, os primers da primeira e

segunda etapa foram testados separadamente e em reação nested-PCR. Quando

testados separadamente, os primers funcionaram normalmente, mas quando testados

em nested-PCR, amplificaram uma banda de ~97 pb quando usado DNA total extraído

de sangue ou água como molde (Figura 10A). Essa amplificação foi intermitente e a

possibilidade de contaminação não foi excluída, mas acredita-se que essa banda seja

proveniente de auto amplificação de primers.

O par de primers para detectar o gene da actina (Tabela 2) foi usado como

controle positivo da extração de DNA, detectando o DNA do hospedeiro na amostra

(Figura 9D).

Page 35: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

34

Figura 9. Teste de cobertura. (A) nested-PCR usando primers para GRA7; (B) nested-PCR usando

primers para RE; e (C) nested-PCR usando primers para B1, as reações foram testas com DNA total

de células de cultura RAW 264.7 infectadas com seis isolados de T. gondii (Linhas 2-7). (D) Actina foi

usada como controle positivo da extração de DNA e eficiência da reação. A linha 8 representa o controle

negativo de DNA extraído de sangue humano não-infectado. Os amplicons esperados estão indicados

pelas setas e seus correspondentes tamanhos estão à direita. M, marcador de peso molecular de 100

pb.

Figura 10. Teste de especificidade do protocolo que utiliza os primers para B1. (A) Primers testados

separadamente (externos e internos) e como nested-PCR. A, água; +, DNA de T. gondii; -, DNA

soronegativo (B) AutoDimer mostrando anelamento de primers para B1 na extremidade 3’.

Page 36: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

35

4.5. Identificação de novos marcadores moleculares para genotipagem do T. gondii

Inicialmente, foi identificado o maior número possível de proteínas que já

tenham função descrita que esteja relacionada às características de virulência do T.

gondii. Todos os genes identificados e os respectivos complexos de virulência

identificados estão listados na Tabela 1 da introdução desta dissertação.

Os genes ROP5, ROP18 e GRA7 foram selecionados de um conjunto de genes

que estão relacionados com virulência em T. gondii por serem os mais descritos na

literatura. No intuito de se identificar apenas as regiões mais informativas de cada

sequência, as sequências de nucleotídeos desses genes foram analisadas no DNAsp

5.10 e foi observada a presença de regiões dentro das proteínas que estão sob

seleção positiva (Figura 11).

A predição da estrutura secundária das proteínas ROP5, ROP18 e GRA7 foi

analisada com o auxílio dos softwares Foldindex e ProtScale, no intuito de se

caracterizar as regiões proteicas que estão sob seleção positiva. A análise com o

software Foldindex revelou que todas as proteínas mostraram regiões estruturadas

principalmente na extremidade C-terminal (Figura 11), e que essas regiões

estruturadas coincidem com as regiões sob seleção positiva. Além disso, pela análise

utilizando-se o software ProtScale é possível observar que as regiões sob seleção

positiva compreendem principalmente os picos hidrofóbicos, indicando que podem

estar "enterradas" na estrutura das proteínas. Uma análise de domínios feito pelo

ScanProsite revelou que tanto ROP5 e ROP18 apresentam domínios quinase,

entretanto, em ROP5 esse domínio não é ativo (Figura 11), e esses domínios também

coincidem com as regiões de seleção positiva e regiões estruturadas. Já GRA7 não

apresenta nenhum domínio conhecido.

Page 37: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

36

Figura 11. Análises in silico de ROP5, ROP18 e GRA7. (A) Gráficos gerados pelo DNAsp 5.10, que

avaliou a razão de substituições não sinônimas por substituições sinônimas (Pi(a)/Pi(s)). Os picos

acima de 1 representam seleção positiva. (B) Gráfico do Foldindex mostrando as áreas estruturadas

em verde e as não-estruturadas em vermelho. (C) Gráfico do ProtScale mostrando a hidrofobicidade

dos aminoácidos. Acima de 0, hidrofóbico; abaixo de 0, hidrofílico. (D) Figura do ScanProsite mostrando

os domínios encontrados.

4.6. Análise dos polimorfismos das regiões sob seleção positiva

As regiões sob seleção positiva foram escolhidas para serem analisadas pois

estão associadas a regiões estruturadas das proteínas que podem estar envolvidas

diretamente com seus mecanismos de ação e, consequentemente, a virulência. Com

isso, seria possível separar a linhagens clonais umas das outras e das cepas atípicas

e correlacionar com o fenótipo de virulência. Para cada gene, foi desenhado um par

de primers, que estão listados na Tabela 4, assim como as respectivas temperaturas

de melting (Tm) e os tamanhos dos amplicons, para serem aplicados na prática. Os

polimorfismos de cada fragmento foram mapeados para serem usados para

diferenciar cada cepa (Tabela 5). Usando as informações de cada fragmento, foi

possível determinar se determinada cepa pertence a alguma linhagem clonal ou é uma

cepa atípica. Além disso, a informação contida no fragmento de GRA7 foi suficiente

para diferenciar todas as seis cepas usadas como exemplo (Tabela 5).

Page 38: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

37

Tabela 4. Primers usados na amplificação dos fragmentos de ROP5, ROP18 e GRA7

Tabela 5. Sítios de substituições não-sinônimas dos fragmentos de ROP5, ROP18 e GRA7

Nome do Primer

Sequência 5’ – 3’ Tm (ºC) Tamanho

do amplicon

ROP5F CACGGCAACATTTACACACG 58,3 227 pb

ROP5R GCCTATCGAAGTTGAGGAACC 58,4

ROP18F TCAAGCTCAGGGAATTGTGC 58,5 365 pb

ROP18R GGAGCATCCGTTTCTGAGG 57,9

GRA7FI CACCAGCATGGATAAGGCATC 59,1 442 pb

GRA7R CTGCCGTGATCTGTTTTTGC 58,3

ROP5

ROP5A

Cepas 452 453 460 472 473 480 488 490 491 493 494 495 500 503

Tipo I S I F G S L S F P A P V E I Tipo II S I V R T R L D S I P V Q T Tipo III S I V G S L S F P A P V E I P89 S I V G S L S F P A P V E I CAST S I F G S L S F P A P V E I GUYKOE S I V G S R P F S T R L Q I

ROP18

Cepas 413 432 433 439 442 451 454 455 456 457 458 459 463 481 498 510 515

Tipo I A R I R G R Q A T G I T P R P S D Tipo II A R I P G R Q T T D I T T R P N E Tipo III P K T P G Q H S Y G V T A S S N E P89 P K T P G Q H S Y G V T A S S N E CAST A R I R G R Q A T G I T P R P S D GUYKOE A R I R G R Q A T G I I P R P S D

GRA7

Cepas 83 96 106 115 120 129 160 161 167 170 172 176 178 182 185 194 197 199 201 202

Tipo I P E R N H K L V E R D T G G L A L M L T Tipo II P E R N H K I L Q T E T G S L A L M L T Tipo III P E G H N K I L Q T D S G S I A L L I K P89 P E G H N K I L Q T D S G S I V L L I K CAST P E G H H M I M Q A D T G N L V L L I K GUYKOE P E R N H K I L Q A E T S N L A L M L T

Page 39: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

38

5 DISCUSSÃO

Nesse estudo, o gene GRA7 foi escolhido como um alvo promissor para

identificação do T. gondii, dentre os genes avaliados, pelos seguintes fatos: (i) o gene

GRA7 possui o maior número de sequencias disponíveis, fornecendo uma

representação significativa de vários isolados, incluindo sequencias de cepas clonais

e atípicas de vários países; (ii) GRA7 é específico de T. gondii e Hammondia

hammondi sem nenhum outro homólogo conhecido entre os apicomplexa. Em uma

análise no primer-BLAST por especificidade dos primers, foi encontrada uma

equivalência (primers GRA7FE e GRA7RE) com H. hammondi, que é um organismo

relacionado ao T. gondii (FRENKEL; DUBEY, 1975; WALZER et al., 2013).

Entretanto, apesar da equivalência, na extremidade 3’ de ambos os primers existe

uma disparidade dos nucleotídeos, o que pode diminuir a eficiência da amplificação

(HUANG; ARNHEIM; GOODMAN, 1992); (iii) Regiões conservadas estão distribuídas

por toda extensão do gene, fornecendo excelentes alvos para o desenho de primers.

As regiões conservadas onde os primers foram desenhados correspondem a

regiões não-estruturadas da proteína GRA7 que é rica em aminoácidos hidrofílicos e

que apresentam sítios de fosforilação. Formas fosforiladas de GRA7 já foram descritas

e essa fosforilação ocorre dentro da célula hospedeira e isso pode estar regulando a

associação da GRA7 a outras proteínas (DUNN et al., 2008). Como essa região é

conservada em todas as sequências analisadas, a fosforilação da GRA7 deve ser um

evento fundamental para o desenvolvimento do parasito dentro da célula.

Apesar de na literatura ser relatado que primers para o elemento repetitivo

podem ser até 10 vezes mais sensíveis que primers para B1, devido ao seu grande

número de repetições encontrados no genoma do T. gondii (CASSAING et al., 2006;

FALLAHI et al., 2014; REISCHL et al., 2003), os primers desenhados neste estudo

para o gene GRA7 mostraram a mesma sensibilidade que os usados para o elemento

repetitivo. Esse fato evidencia a eficiência desses primers, principalmente por não

haver relatos do gene GRA7 ser um gene com várias cópias no genoma do T. gondii,

como os citados acima (BURG et al., 1989; HOMAN et al., 2000). Como foram usadas

as mesmas concentrações de DNA de cada cepa para cada nested-PCR e mesmos

volumes de amostras aplicadas no gel, as bandas mais fortes vistas na primeira etapa

Page 40: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

39

do GRA7 reforçam a eficiência da amplificação com esses primers. Possivelmente, a

conservação das regiões onde eles foram desenhados permitiu um aumento na

sensibilidade da reação.

A amplificação do controle negativo no protocolo do B1 levantou a hipótese de

auto amplificação de primers, já que o resultado do AutoDimer mostrou anelamento

entre duas moléculas do primer forward com a extremidade 3’ livre, que poderia levar

à amplificação de um fragmento inespecífico. Outros problemas já foram relatados

para primers para B1, como baixa especificidade do primer para B1, descrito por Burg

et al., em que ele anela ao DNA humano (KOMPALIC-CRISTO et al., 2004). Os

primers para RE também podem apresentar problemas, pois foi relatado que, em

algumas cepas, as unidades de repetição do RE podem ter sido deletadas parcial ou

totalmente, comprometendo a detecção do T. gondii (WAHAB et al., 2010). Associado

a isso, muitos dos primers já descritos foram desenhados ou em sítios polimórficos ou

com base em uma única sequência (Apêndice D). Consequentemente, os primers

desenvolvidos anteriormente podem não ser efetivos na detecção de cepas

geneticamente diversas e é nesse ponto onde os primers para GRA7 se destacam,

na detecção de cepas atípicas, que são predominantemente isoladas na América do

Sul (CARNEIRO et al., 2013; RAJENDRAN; SU; DUBEY, 2012).

Com essa informação, o diagnóstico preciso é fundamental principalmente em

casos nos quais o diagnóstico sorológico não é recomendado: em pacientes

imunossuprimidos e na detecção de infecção do feto (LIU et al., 2015). Em pacientes

imunossuprimidos, os títulos de IgG não são capazes de diferenciar infecção aguda

de infecção latente (LUFT et al., 1984) e os testes sorológicos de sangue de cordão

umbilical tem baixa sensibilidade (FOULON et al., 1999). Nesse aspecto, o diagnóstico

por PCR seria a melhor alternativa, já que os métodos utilizados preferencialmente

nesses casos, biópsia e bioensaio, respectivamente, são métodos que demandam

tempo e custo, além de que o bioensaio envolve risco de contaminação para

manipulador e a biópsia é um método invasivo que pode acarretar em danos

neurológicos ao paciente (SCHOONDERMARK-VAN DE VEN et al., 1993; YAI et al.,

2003).

Já em relação à genotipagem, atualmente é feita através do PCR-RFLP, onde

ocorre amplificação de 12 fragmentos de genes do T. gondii, seguido de restrição

enzimática e visualização das bandas em gel de eletroforese (GAJRIA et al., 2008;

Page 41: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

40

SU; ZHANG; DUBEY, 2006). O PCR-RFLP envolve quatro etapas até o resultado

final: amplificação por PCR do alvo, gel de eletroforese para conferir a amplificação,

restrição enzimática do produto de PCR e mais um gel de eletroforese para correr o

produto da digestão (SU; ZHANG; DUBEY, 2006). Durante alguma dessas etapas

podem ocorrer erros, principalmente na etapa de restrição, onde se tem 12

marcadores para uma amostra e cada marcador é tratado com enzimas diferentes,

tampões diferentes, com tempo e temperatura de incubação específicas e diferentes

umas das outras. Já o método proposto neste estudo, consiste apenas em

amplificação por PCR do alvo, gel de eletroforese e sequenciamento do produto de

PCR, além de ser utilizado apenas três marcadores.

O PCR-RFLP, por usar enzimas de restrição, se baseia apenas nas mutações

que se encontram nos sítios de restrições das mesmas, ou seja, toda a informação

contida no restante do gene é ignorada. Como o método descrito aqui leva em

consideração fragmentos de genes de virulência que estão sob seleção positiva, o

número de mutações presente é considerável e, com o sequenciamento, é possível

levar em consideração a informação de todas essas mutações. Esse método é bem

semelhante ao MVLST (Multi-Virulence-Locus Sequence Typing), que também

sequencia genes de virulência e é usado principalmente para tipagem de bactérias

(SHARIAT et al., 2013; ZHANG et al., 2004), a diferença é que neste trabalho foram

escolhidas regiões sob seleção positiva e sabe-se que a utilização de genes que são

polimórficos em métodos de tipagem aumentam o poder de discriminação da tipagem

(SU et al., 2010; ZHANG et al., 2004). Acrescenta-se as essas vantagens o fato de se

obter grande densidade de informação em um fragmento relativamente pequeno da

sequência.

O conjunto de genes utilizados neste estudo pode ser modificado, genes que

possuem mais alelos podem substituir ou acrescentar os utilizados, a fim de aumentar

a capacidade de discriminação. Mas vale salientar que o gene GRA7 se mostrou

bastante polimórfico, sendo capaz de distinguir as cepas usadas, isso mostra sua

capacidade informativa e merece ser estudado mais a fundo, a fim de avaliar o quão

bem ele consegue distinguir as cepas de T. gondii. Assim como a abordagem do MLST

(Multilocus Sequence Typing), que possui uma ferramenta on line (disponível em

http://www.mlst.net/) que permite os usuários depositarem os alelos correspondentes

de cada gene e obterem o sequence type dos isolados, ferramenta semelhante está

Page 42: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

41

sendo desenvolvida para ser usada para a genotipagem de T. gondii e como um banco

de dados para ROP5, ROP18 e GRA7.

Page 43: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

42

6 CONCLUSÃO

Com esse estudo foi possível concluir que a detecção de T. gondii utilizando o

gene GRA7 como marcador molecular é tão sensível quanto aquela utilizando os

marcadores amplamente descritos na literatura, B1 e RE, e que é mais eficiente na

detecção de cepas atípicas.

A genotipagem por meio da análise de regiões sob seleção positiva em genes

envolvidos em mecanismos de virulência se mostrou uma alternativa promissora

para genotipagem, e foi eficiente para discriminar as cepas clonais I II e III com um

número menor de marcadores que o método tradicionalmente usado.

Page 44: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

43

7 REFERÊNCIAS

AJIOKA, J. W. et al. Gene discovery by EST sequencing in Toxoplasma gondii reveals

sequences restricted to the apicomplexa. Genome Research, v. 8, n. 1, p. 18–28,

1998.

AJIOKA, J. W.; FITZPATRICK, J. M.; REITTER, C. P. Toxoplasma gondii genomics:

shedding light on pathogenesis and chemotherapy. Expert Reviews in Molecular

Medicine, v. 3, n. January, p. 1–19, 2001.

AJZENBERG, D. et al. Microsatellite analysis of Toxoplasma gondii shows

considerable polymorphism structured into two main clonal groups. International

Journal for Parasitology, v. 32, n. 1, p. 27–38, 2002.

AJZENBERG, D. et al. Genetic diversity, clonality and sexuality in Toxoplasma gondii.

International Journal for Parasitology, v. 34, n. 10, p. 1185–1196, 2004.

ALAGANAN, A. et al. Toxoplasma GRA7 effector increases turnover of immunity-

related GTPases and contributes to acute virulence in the mouse. Proceedings of the

National Academy of Sciences of the United States of America, v. 111, n. 3, p.

1126–1131, 2014.

ARAUJO, F. G.; REMINGTON, J. S. Effect of clindamycin on acute and chronic

toxoplasmosis in mice. Antimicrobial Agents and Chemoterapy, v. 5, p. 647 – 651,

1974.

ASHBURN, D. History and general epidemiology. In: HO-YEN, D. O.; JOSS, A. W. L.

(Eds.). . Human toxoplasmosis. [s.l.] Oxford University Press, 1992. p. 1–25.

BARBOSA, I. R.; HOLANDA, C. M. DE C. X.; DE ANDRADE-NETO, V. F.

Toxoplasmosis screening and risk factors amongst pregnant females in Natal,

northeastern Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 103, n. 4, p. 377–382, 2009.

BASTIEN, P. Diagnosis Molecular of toxoplasmosis. Transactions of the Royal

Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 96, n. Supplement 1, p. S1/205–

S1/215, 2002.

BEHNKE, M. S. et al. The polymorphic pseudokinase ROP5 controls virulence in

Page 45: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

44

Toxoplasma gondii by regulating the active kinase ROP18. PLoS pathogens, v. 8, n.

11, p. e1002992, 2012.

BEHNKE, M. S. et al. Rhoptry Proteins ROP5 and ROP18 Are Major Murine Virulence

Factors in Genetically Divergent South American Strains of Toxoplasma gondii. PLOS

Genetics, v. 11, n. 8, p. e1005434, 2015.

BENSON, D. A. et al. GenBank. Nucleic Acids Research, v. 33, n. DATABASE ISS.,

p. 34–38, 2005.

BLACK, M. W.; BOOTHROYD, J. C. Life cycle of Toxoplasma gondii.

Microb.Molec.Biol.Rev:, v. 64, n. 3, p. 607–623, 2000.

BLACKMAN, M. J.; BANNISTER, L. H. Apical organelles of Apicomplexa: biology and

isolation by subcellular fractionation. Molecular and biochemical parasitology, v.

117, n. 1, p. 11–25, 2001.

BLOM, N.; GAMMELTOFT, S.; BRUNAK, S. Sequence and structure-based prediction

of eukaryotic protein phosphorylation sites. Journal of molecular biology, v. 294, n.

5, p. 1351–1362, 1999.

BOOTHROYD, J. C.; DUBREMETZ, J.-F. Kiss and spit: the dual roles of Toxoplasma

rhoptries. Nature Reviews Microbiology, v. 6, n. 1, p. 79–88, 2008.

BOUGDOUR, A. et al. Host cell subversion by Toxoplasma GRA16, an exported dense

granule protein that targets the host cell nucleus and alters gene expression. Cell Host

and Microbe, v. 13, p. 489–500, 2013.

BRAUN, L. et al. A Toxoplasma dense granule protein, GRA24, modulates the early

immune response to infection by promoting a direct and sustained host p38 MAPK

activation. The Journal of experimental medicine, v. 210, n. 10, p. 2071–86, 2013.

BURG, J. L. et al. Direct and sensitive detection of a pathogenic protozoan,

Toxoplasma gondii, by polymerase chain reaction. Journal of Clinical Microbiology,

v. 27, n. 8, p. 1787–1792, 1989.

CAÑÓN-FRANCO, W. et al. An overview of seventy years of research (1944 – 2014)

on toxoplasmosis in Colombia, South America. Parasites & Vectors, v. 7, n. 1, 2014.

CARNEIRO, A. C. A. V. et al. Genetic characterization of Toxoplasma gondii revealed

Page 46: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

45

highly diverse genotypes for isolates from newborns with congenital toxoplasmosis in

Southeastern Brazil. Journal of Clinical Microbiology, v. 51, n. 3, p. 901–907, 2013.

CARRUTHERS, V. . B. .; SIBLEY, D. . L. Sequential protein secretion from three

distinct organelles of Toxoplasma gondii accompanies invasion of human fibroblasts.

European Journal of Cell Biology, v. 73, p. 114 – 123, 1997.

CARRUTHERS, V. B. et al. Toxoplasma gondii uses sulfated proteoglycans for

substrate and host cell attachment. Infection and Immunity, v. 68, n. 7, p. 4005–4011,

2000.

CASSAING, S. et al. Comparison between Two Amplification Sets for Molecular

Diagnosis of Toxoplasmosis by Real-Time PCR Comparison between Two

Amplification Sets for Molecular Diagnosis of Toxoplasmosis by Real-Time PCR.

Journal of clinical microbiology, v. 44, n. 3, p. 720–724, 2006.

CAZENAVE, J. et al. De´tection de toxoplasmes par amplification d’ADN: un exemple

d’application des techniques de biologie mole´culaire au diagnostic parasitaire. Revue

Française des Laboratoires, v. 209, p. 118 – 126, 1990.

CDC - Toxoplasmosis - Disease. Disponível em:

<http://www.cdc.gov/parasites/toxoplasmosis/disease.html>. Acesso em: 14 dez.

2015.

CHATTERTON, J. M. W. et al. Changes in toxoplasma diagnosis. Journal of Medical

Microbiology, v. 60, n. 12, p. 1762–1766, 2011.

CLEMENTINO ANDRADE, M. M. et al. New gentotypes of Toxoplasma gondii

obtained from farm animals in Northeast Brazil. Research in Veterinary Science, v.

94, n. 3, p. 587–589, 2013.

CONLEY, F. K.; JENKINS, K. A.; REMINGTON, J. S. Toxoplasma gondii infection of

the central nervous system. Use of the peroxidase-antiperoxidase method to

demonstrate toxoplasma in formalin fixed, paraffin embedded tissue sections. Human

pathology, v. 12, n. 8, p. 690–8, 1981.

COPPENS, I. et al. Toxoplasma gondii Sequesters Lysosomes from Mammalian Hosts

in the Vacuolar Space. Cell, v. 125, n. 2, p. 261–274, 2006.

COSTA, J. M. et al. Real-Time PCR for Diagnosis and Follow-Up of Toxoplasma

Page 47: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

46

Reactivation after Allogeneic Stem Cell Transplantation Using Fluorescence

Resonance Energy Transfer Hybridization Probes. Journal of clinical microbiology,

v. 38, n. 8, p. 2929–2932, 2000.

COSTA, J. M.; BRETAGNE, S. Variation of B1 gene and AF146527 repeat element

copy numbers according to Toxoplasma gondii strains assessed using real-time

quantitative PCR. Journal of Clinical Microbiology, v. 50, n. 4, p. 1452–1454, 2012.

COSTA, M. A. DOS S. et al. Soroprevalência Da Toxoplasmose No Hospital

Universitário Materno Infantil de São Luís - MA, em 2008. Caderonos de Pesquisa,

v. 17, n. 3, p. 62–67, 2010.

CUMMINGS, P. L. et al. Trends, productivity losses, and associated medical conditions

among toxoplasmosis deaths in the United States, 2000-2010. The American journal

of tropical medicine and hygiene, v. 91, n. 5, p. 959–64, 2014.

DARDÉ, M. L.; BOUTEILLE, B.; PESTRE-ALEXANDRE, M. Isoenzyme analysis of 35

Toxoplasma gondii isolates and the biological and epidemiological implications. The

Journal of parasitology, v. 78, n. 5, p. 786–794, 1992.

DE AMORIM GARCIA, C. A. et al. Socioeconomic conditions as determining factors in

the prevalence of systemic and ocular toxoplasmosis in Northeastern Brazil.

Ophthalmic epidemiology, v. 11, n. 4, p. 301–317, 2004.

DE CASTRO, E. et al. ScanProsite: detection of PROSITE signature matches and

ProRule-associated functional and structural residues in proteins. Nucleic Acids

Research, v. 34, n. Web Server, p. W362–W365, 2006.

DELAIR, E. et al. Clinical manifestations of ocular toxoplasmosis. Ocular immunology

and inflammation, v. 19, n. 2, p. 91–102, 2011.

DESMONTS, G. et al. Prenatal Diagnosis of Congenital Toxoplasmosis. Lancet, v. 2,

n. 8427, p. 1264, 1952.

DESMONTS, G.; COUVREUR, J. Congenital toxoplasmosis. A prospective study of

378 pregnancies. The New England Journal of Medicine, v. 209, p. 1110 – 1116,

1974.

DESMONTS, G.; NAOT, Y.; REMINGTON, J. S. Immunoglobulin M immunosorbent

agglutination assay for diagnosis of infectious diseases. Diagnosis of acute congenital

Page 48: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

47

and acquired Toxoplasma infections. Journal of Clinical Microbiology, v. 14, p. 544

– 549, 1981.

DUBEY, J.; JONES, J. Toxoplasma gondii infection in humans and animals in the

United States. International Journal for Parasitology, v. 38, n. 11, p. 1257–1278,

2008.

DUBEY, J. P. Effect of freezing on the infectivity of Toxoplasma cysts to cats. Journal

of the American Veterinary Medical Association, v. 165, p. 534 – 536, 1974.

DUBEY, J. P. The History of Toxoplasma gondii - The First 100 Years. Journal of

Eukaryotic Microbiology, v. 55, n. 6, p. 467–475, 2008.

DUBEY, J. P. Toxoplasmosis in sheep-The last 20 years. Veterinary Parasitology, v.

163, n. 1-2, p. 1–14, 2009.

DUBEY, J. P. et al. Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil: high

prevalence, high burden of disease, and epidemiology. [s.l: s.n.]. v. 139

DUBEY, J. P. et al. A new atypical genotype mouse virulent strain of Toxoplasma

gondii isolated from the heart of a wild caught puma (Felis concolor) from Durango,

Mexico. Veterinary Parasitology, v. 197, n. 3-4, p. 674–677, 2013.

DUBEY, J. P.; ADAMS, D. S. Prevalence of Toxoplasma gondii antibodies in dairy

goats from 1982 to 1984. Journal of the American Veterinary Medical Association,

v. 2, n. 15, p. 295 – 296, 1990.

DUBEY, J. P.; BEATTIE, C. P. Toxoplasmosis of Animals and Man. Parasitology, v.

100, n. 3, p. 500–501, 1988.

DUBEY, J. P.; DESMONTS, G. Serological responses of equids fed Toxoplasma

gondii oocysts. Equine veterinary journal, v. 19, p. 337–339, 1987.

DUBEY, J. P.; SU, C. Population biology of Toxoplasma gondii: What’s out and where

did they come from. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. March, p. 190–

195, 2009.

DUNN, J. D. et al. The Toxoplasma gondii dense granule protein GRA7 is

phosphorylated upon invasion and forms an unexpected association with the rhoptry

proteins ROP2 and ROP4. Infection and Immunity, v. 76, n. 12, p. 5853–5861, 2008.

Page 49: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

48

EDGAR, R. C. MUSCLE: Multiple sequence alignment with high accuracy and high

throughput. Nucleic Acids Research, v. 32, n. 5, p. 1792–1797, 2004.

ELMORE, S. A. et al. Toxoplasma gondii: epidemiology, feline clinical aspects, and

prevention. Trends in Parasitology, v. 26, n. 4, p. 190–196, 2010.

ETHERIDGE, R. D. et al. The Toxoplasma pseudokinase ROP5 forms complexes with

ROP18 and ROP17 kinases that synergize to control acute virulence in mice. Cell

Host and Microbe, v. 15, n. 5, p. 537–550, 2014.

EYLES, D. E.; COLEMAN, N. Synergistic effect of sulfadiazine and daraprim against

experimental toxoplasmosis in the mouse. Antibiotics & Chemotherapy, v. 3, n. 5, p.

483 – 490, 1953.

FALLAHI, S. et al. Comparison of the RE and B1 gene for detection of Toxoplasma

gondii infection in children with cancer. Parasitology International, v. 63, n. 1, p. 37–

41, 2014.

FEKKAR, A. et al. Direct genotyping of toxoplasma gondii in ocular fluid samples from

20 patients with ocular toxoplasmosis: Predominance of type II in France. Journal of

Clinical Microbiology, v. 49, n. 4, p. 1513–1517, 2011.

FENTRESS, S. J. et al. Phosphorylation of immunity-related GTPases by a

Toxoplasma gondii-secreted kinase promotes macrophage survival and virulence. Cell

host & microbe, v. 8, n. 6, p. 484–495, 2010.

FERGUSON, D. J. et al. In vivo expression and distribution of dense granule protein 7

(GRA7) in the exoenteric (tachyzoite, bradyzoite) and enteric (coccidian) forms of

Toxoplasma gondii. Parasitology, v. 119, n. 3, p. 259–265, 1999.

FERGUSON, D. J. P. Toxoplasma gondii and sex: essential or optional extra? Trends

in parasitology, v. 18, n. 8, p. 355–359, 2002.

FLECKENSTEIN, M. C. et al. A toxoplasma gondii pseudokinase inhibits host irg

resistance proteins. PLoS Biology, v. 10, n. 7, p. 14, 2012.

FOULON, W. et al. Prenatal diagnosis of congenital toxoplasmosis: a multicenter

evaluation of different diagnostic parameters. American journal of obstetrics and

gynecology, v. 181, n. 4, p. 843–847, 1999.

Page 50: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

49

FRANCISCO, F. D. M. et al. Seroprevalence of toxoplasmosis in a low-income

community in the São Paulo municipality, SP, Brazil. Revista do Instituto de

Medicina Tropical de Sao Paulo, v. 48, n. 3, p. 167–170, 2006.

FRENKEL, J. K.; DUBEY, J. P. Hammondia hammondi: A new coccidium of cats

producing cysts in muscle of other mammals. Science, v. 189, n. 4198, p. 222–224,

1975.

FRENKEL, J. K.; DUBEY, J. P.; MILLER, N. L. Toxoplasma gondii in Cats: Fecal

Stages Identified as Coccidian Oocysts. Science, v. 167, p. 893–896, 1970.

FREYRE, A. et al. The incidence and economic significance of ovine toxoplasmosis in

Uruguay. Veterinary Parasitology, v. 73, p. 13 – 15, 1997.

GAJRIA, B. et al. ToxoDB: An integrated toxoplasma gondii database resource.

Nucleic Acids Research, v. 36, n. SUPPL. 1, p. 553–556, 2008.

GARCIA BAHIA-OLIVEIRA, L. M. et al. Highly endemic, waterborne toxoplasmosis in

North Rio de Janeiro State, Brazil. Emerging Infectious Diseases, v. 9, n. 1, p. 55–

62, 2003.

GARCIA-RÉGUET, N. et al. The microneme protein MIC3 of Toxoplasma gondii is a

secretory adhesin that binds to both the surface of the host cells and the surface of the

parasite. Cellular Microbiology, v. 2, n. 4, p. 353–364, 2000.

GASTEIGER, E. et al. Protein Identification and Analysis Tools on the ExPASy Server.

In: The Proteomics Protocols Handbook. [s.l: s.n.]. p. 571–607.

GRIGG, M. E.; BOOTHROYD, J. C. Rapid identification of virulent type I strains of the

protozoan pathogen toxoplasma gondii by PCR-restriction fragment length

polymorphism analysis at the B1 gene. Journal of Clinical Microbiology, v. 39, n. 1,

p. 398–400, 2001.

GRIMWOOD, J.; SMITH, J. E. Toxoplasma gondii: The role of parasite surface and

secreted proteins in host cell invasion. International Journal for Parasitology, v. 26,

n. 2, p. 169–173, 1996.

GRUBER, A. R. et al. The Vienna RNA Websuite. Nucleic Acids Research, v. 36, n.

Web Server, p. W70–W74, 2008.

Page 51: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

50

HALONEN, S. K.; WEISS, L. M. Toxoplasmosis. Handbook of Clinical Neurology, v.

114, p. 125–145, 2013.

HAMMOND-ARYEE, K.; ESSER, M.; VANHELDEN, P. Toxoplasma gondii

seroprevalence studies on humans and animals in Africa. S Afr Fam Pract, v. 56, n.

2, p. 119–124, 2014.

HEDMAN, K. et al. Recent Primary Toxoplasma Infection Indicated by a Low Avidity of

Specific IgG. Journal of Infectious Disease, v. 159, n. 4, p. 736–740, 1989.

HERMANNS, T. et al. The Toxoplasma gondii rhoptry protein ROP18 is an Irga6-

specific kinase and regulated by the dense granule protein GRA7. Cellular

Microbiology, p. n/a–n/a, 2015.

HILL, D.; DUBEY, J. P. Toxoplasma gondii: transmission, diagnosis and prevention.

Clinical Microbiology and Infection, v. 8, n. 10, p. 634–640, 2002.

HILL, D. E.; CHIRUKANDOTH, S.; DUBEY, J. P. Biology and epidemiology of

Toxoplasma gondii in man and animals. Animal Health Research Reviews, v. 6, n.

01, p. 41–61, 2005.

HITT, J. A; FILICE, G. A. Detection of Toxoplasma gondii parasitemia by gene

amplification, cell culture, and mouse inoculation. Journal of clinical microbiology,

v. 30, n. 12, p. 3181–4, 1992.

HOHLFELD, P. et al. Prenatal Diagnosis of Congenital Toxoplasmosis with a

Polymerase-chain-reaction test on Amniotic Fluid. The New England Journal of

Medicine, v. 330, p. 257–262, 1994.

HOLLAND, G. N. Ocular Toxoplasmosis: A Global Reassessment. Part I:

Epidemiology and Course of Disease. American Journal of Ophthalmology, v. 106,

n. 6, p. 973–988, 2003.

HOMAN, W. L. et al. Identification of a 200- to 300-fold repetitive 529 bp DNA fragment

in Toxoplasma gondii, and its use for diagnostic and quantitative PCR. International

Journal for Parasitology, v. 30, n. 1, p. 69–75, 2000.

HOWE, D. K. et al. Determination of genotypes of Toxoplasma gondii strains isolated

from patients with toxoplasmosis. Journal of clinical microbiology, v. 35, n. 6, p.

1411–1414, 1997.

Page 52: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

51

HOWE, D. K.; SIBLEY, L. D. Toxoplasma gondii Comprises Three Clonal Lineages :

Correlation of Parasite Genotype with Human Disease Function p30 Surface Antigen

p22 Surface Antigen Rhoptry protein Unknown cDNA Unknown Unknown cDNA. The

Journal of Infectious Diseases, v. 172, n. 6, p. 1561–1566, 1995a.

HOWE, D. K.; SIBLEY, L. D. Toxoplasma gondii Comprises Three Clonal Lineages :

Correlation of Parasite Genotype with Human Disease. The Journal of Infectious

Diseases, p. 1561–1566, 1995b.

HO-YEN, D. O. et al. Use of the polymerase chain reaction to detect Toxoplasma

gondii in human blood samples. Journal of Clinical Pathology, p. 910–913, 1992.

HUANG, M.; ARNHEIM, N.; GOODMAN, M. F. Extension of base mispairs by Taq DNA

polymerase : implications for single nucleotide discrimination in PCR. Nucleic Acids

Research, v. 20, n. 17, p. 4567–4573, 1992.

HUTCHISON, W. M. et al. The life cycle of the coccidian parasite, Toxoplasma gondii,

in the domestic cat. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 65, n. 3, p. 380–399, 1971.

JACKSON, M. H.; HUTCHISON, W. M. Advances in Parasitology Volume 28. [s.l.]

Elsevier, 1989. v. 28

JACQUET, A. et al. The surface antigen SAG3 mediates the attachment of

Toxoplasma gondii to cell-surface proteoglycans. Molecular and Biochemical

Parasitology, v. 116, p. 35–44, 2001.

JAUREGUI, L.; HIGGINS, J. Development of a real-time PCR assay for detection of

Toxoplasma gondii in pig and mouse tissues. Journal of Clinical …, v. 39, n. 6, p.

2065–2071, 2001.

JEANNEL, D. et al. Epidemiology of Toxoplasmosis among Pregnant Women in the

Paris Area. v. 17, n. 3, 1988.

JONES, J. L. et al. Toxoplasma gondii Infection in the United States : Seroprevalence

and Risk Factors. American juornal of Epidemiology, v. 154, n. 4, p. 357–365, 2001.

JONES, J. L. et al. Risk Factors for Toxoplasma gondii Infection in the United States.

Clinical Infectious Diseases, v. 49, n. 6, p. 878–884, 2009.

Page 53: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

52

KEARSE, M. et al. Geneious Basic: an integrated and extendable desktop software

platform for the organization and analysis of sequence data. Bioinformatics (Oxford,

England), v. 28, n. 12, p. 1647–9, 2012.

KHAN, A. et al. Recent transcontinental sweep of Toxoplasma gondii driven by a single

monomorphic chromosome. Proceedings of the National Academy of Sciences of

the United States of America, v. 104, n. 37, p. 14872–14877, 2007.

KHAN, A. et al. Selection at a single locus leads to widespread expansion of

toxoplasma gondii lineages that are virulent in mice. PLoS Genetics, v. 5, n. 3, p. 1–

14, 2009.

KHAN, A. et al. Genetic analyses of atypical Toxoplasma gondii strains reveal a fourth

clonal lineage in North America. International Journal for Parasitology, v. 41, n. 6,

p. 645–655, 2011.

KOMPALIC-CRISTO, A. et al. Lack of technical specificity in the molecular diagnosis

of toxoplasmosis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 98, n. 2, p. 92–95, 2004.

KONG, Q.-M. et al. Loop-mediated isothermal amplification (LAMP): Early detection of

Toxoplasma gondii infection in mice. Parasites & Vectors, v. 5, n. 1, 2012.

KYTE, J.; DOOLITTLE, R. F. A simple method for displaying the hydropathic character

of a protein. Journal of molecular biology, v. 157, n. 1, p. 105–132, 1982.

LASS, A. et al. The first detection of Toxoplasma gondii DNA in environmental fruits

and vegetables samples. European Journal of Clinical Microbiology and

Infectious Diseases, v. 31, n. 6, p. 1101–1108, 2012.

LAURENCE BARIL, THIERRY ANCELLE, V. Risk Factors for Toxoplasma Infection in

Pregnancy: A Case-Control Study in France. Scandinavian Journal of Infectious

Diseases, v. 31, n. 3, p. 305–309, 1999.

LECORDIER, L. et al. Characterization of a dense granule antigen of Toxoplasma

gondii (GRA6) associated to the network of the parasitophorous vacuole. Molecular

and Biochemical Parasitology, v. 6851, n. 70, p. 85–94, 1995.

LEHMANN, T. et al. Variation in the structure of Toxoplasma gondii and the roles of

selfing, drift, and epistatic selection in maintaining linkage disequilibria. Infection,

Page 54: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

53

Genetics and Evolution, v. 4, n. 2, p. 107–114, 2004.

LEWIS, J. M.; CLIFFORD, S.; NSUTEBU, E. Toxoplasmosis in immunosuppressed

patients. Rheumatology, v. 54, n. 11, p. 1939–1940, 2015.

LIBRADO, P.; ROZAS, J. DnaSP v5: A software for comprehensive analysis of DNA

polymorphism data. Bioinformatics, v. 25, n. 11, p. 1451–1452, 2009.

LIN, M. et al. Real-Time PCR for Quantitative Detection of Toxoplasma gondii. Journal

of Clinical Microbiology, v. 38, n. 11, p. 4121–4125, 2000a.

LIN, M. H. et al. Real-time PCR for quantitative detection of Toxoplasma gondii. J Clin

Microbiol, v. 38, n. 11, p. 4121–4125, 2000b.

LIU, Q. et al. Diagnosis of toxoplasmosis and typing of Toxoplasma gondii. Parasites

& Vectors, v. 8, n. 1, p. 292, 2015.

LUFT, B. J. et al. Toxoplasmic encephalitis in patients with acquired immune deficiency

syndrome. Jama, v. 252, n. 7, p. 913–7, 1984.

MCLEOD, R. et al. Why prevent, diagnose and treat congenital toxoplasmosis?

Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, n. 2, p. 320–44, 2009.

MCMASTER, P. R. B. et al. The effect of two chlorinated Lincomycin analogues against

acute toxoplasmosis in mice. The American journal of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 22, p. 14 – 17, 1973.

MEGANATHAN, P. et al. Detection of Toxoplasma gondii DNA by PCR following

microwave treatment of serum and whole blood. Southeast Asian Journal of

Tropical Medicine and Public Health, v. 41, n. 2, p. 265–273, 2010.

MELO, M. B. et al. UNC93B1 mediates host resistance to infection with toxoplasma

gondii. PLoS Pathogens, v. 6, n. 8, p. 83–84, 2010.

MINOT, S. et al. Admixture and recombination among Toxoplasma gondii lineages

explain global genome diversity. Proceedings of the National Academy of

Sciences, v. 109, n. 33, p. 13458–13463, 2012.

MONTEIRO, V. G.; SOARES, C. P.; DE SOUZA, W. Host cell surface sialic acid

residues are involved on the process of penetration of Toxoplasma gondii into

mammalian cells. FEMS Microbiol Lett, v. 164, n. 2, p. 323–327, 1998.

Page 55: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

54

MONTOYA, J. G.; LIESENFELD, O. Toxoplasmosis. Lancet, v. 363, n. 9425, p. 1965–

1976, 2004.

NAOT, Y.; REMINGTON, J. S. An enzyme-linked immunosorbent-assay for detection

of IgM antibodies to Toxoplasma gondii: use for diagnosis of acute acquired

toxoplasmosis. Journal of Infectious Disease, v. 142, p. 757 – 766, 1980.

NICOLLE, C. J. H.; MANCEAUX, L. H. Sur une infection à corps de Leishman (ou

organismes voisins) du gondi. Comptes Rendus de l’Académie des Sciences, v.

147, p. 763 – 766, 1908.

NICOLLE, C.; MANCEAUX, L. Sur un protozoaire nouveau du gondi. Comptes

rendus hebdomadaires des séances de l’Académie des Sciences, v. 148, p. 369–

372, 1909.

NIEDELMAN, W. et al. The Rhoptry Proteins ROP18 and ROP5 Mediate Toxoplasma

gondii Evasion of the Murine, But Not the Human, Interferon-Gamma Response. PLoS

Pathogens, v. 8, n. 6, p. e1002784, 2012.

NOTOMI, T. et al. Loop-mediated isothermal amplification of DNA. Nucleic acids

research, v. 28, n. 12, p. E63, 2000.

ONG, Y.-C.; REESE, M. L.; BOOTHROYD, J. C. Toxoplasma Rhoptry Protein 16

(ROP16) Subverts Host Function by Direct Tyrosine Phosphorylation of STAT6.

Journal of Biological Chemistry, v. 285, n. 37, p. 28731–28740, 2010.

ORTEGA-BARRIA, E.; BOOTHROYD, J. C. A Toxoplasma lectin-like activity specific

for sulfated polysaccharides is involved in host cell infection. The Journal of

biological chemistry, v. 274, n. 3, p. 1267–76, 1999.

PAPPAS, G.; ROUSSOS, N.; FALAGAS, M. E. Toxoplasmosis snapshots: Global

status of Toxoplasma gondii seroprevalence and implications for pregnancy and

congenital toxoplasmosis. International Journal for Parasitology, v. 39, n. 12, p.

1385–1394, 2009.

PELLOUX, H. et al. A multicentre prospective study for the polymerase chain reaction

detection of Toxoplasma gondii DNA in blood samples from 186 AIDS patients with

suspected toxoplasmic encephalitis. Bio-Toxo Study Group. AIDS (London,

England), v. 11, n. 15, p. 1888–1890, 1997.

Page 56: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

55

PENA, H. F. J. et al. Population structure and mouse-virulence of Toxoplasma gondii

in Brazil. International Journal for Parasitology, v. 38, n. 5, p. 561–569, 2008.

PERNAS, L. et al. Toxoplasma effector MAF1 mediates recruitment of host

mitochondria and impacts the host response. PLoS biology, v. 12, n. 4, p. e1001845,

2014.

PFEFFERKORN, E. R. Interferon gamma blocks the growth of Toxoplasma gondii in

human fibroblasts by inducing the host cells to degrade tryptophan. Proceedings of

the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 81, n. 3, p.

908–912, 1984.

POMARES, C. et al. Toxoplasmosis and Horse Meat, France. Emerging Infectious

Diseases, v. 17, n. 7, p. 1327 – 1328, 2011.

PRILUSKY, J. et al. FoldIndex(C): a simple tool to predict whether a given protein

sequence is intrinsically unfolded. Bioinformatics, v. 21, n. 16, p. 3435–3438, 2005.

RAJENDRAN, C.; SU, C.; DUBEY, J. P. Molecular genotyping of Toxoplasma gondii

from Central and South America revealed high diversity within and between

populations. Infection, Genetics and Evolution, v. 12, n. 2, p. 359–368, 2012.

REESE, M. L. et al. Polymorphic family of injected pseudokinases is paramount in

Toxoplasma virulence. Proceedings of the National Academy of Sciences of the

United States of America, v. 108, n. 23, p. 9625–9630, 2011.

REISCHL, U. et al. Comparison of two DNA targets for the diagnosis of Toxoplasmosis

by real-time PCR using fluorescence resonance energy transfer hybridization probes.

BMC infectious diseases, v. 3, n. 7, 2003.

REMINGTON, J. S. The present status of the IgM fluorescent antibody technique in

the diagnosis of congenital toxoplasmosis. Journal of Pediatrics, v. 75, p. 1116 –

1124, 1969.

REMINGTON, J. S. et al. Toxoplasmosis. In: Infectious Diseases of the Fetus and

Newborn Infant. [s.l.] Elsevier, 2006. p. 947–1091.

ROBERT-GANGNEUX, F.; DARDÉ, M. L. Epidemiology of and diagnostic strategies

for toxoplasmosis. Clinical Microbiology Reviews, v. 25, n. 2, p. 264–296, 2012.

Page 57: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

56

ROSOWSKI, E. E. et al. Strain-specific activation of the NF-kappaB pathway by

GRA15, a novel Toxoplasma gondii dense granule protein. The Journal of

experimental medicine, v. 208, n. 1, p. 195–212, 2011.

ROSSO, F. et al. Prevalence of infection with Toxoplasma gondii among pregnant

women in Cali, Colombia, South America. The American journal of tropical

medicine and hygiene, v. 78, n. 3, p. 504–508, 2008.

SABIN, A. B.; FELDMAN, H. A. Dyes as microchemical indicators of a new immunity

phenomenon affecting a protozoon parasite (Toxoplasma). Science, v. 108, p. 660 –

663, 1948.

SABIN, A. B.; WARREN, J. Therapeutic effectiveness of certain sulfonamide on

infection by an intracellular protozoon (Toxoplasma). Proceedings of the Society for

Experimental Biology and Medicine, v. 51, p. 19–23, 1942.

SAIKI, R. K. et al. Primer-directed enzymatic amplification of DNA with a thermostable

DNA polymerase. Science (New York, N.Y.), v. 239, n. 4839, p. 487–491, 1988.

SANTOS, T. R. et al. Prevalence of anti-Toxoplasma gondii antibodies in dairy cattle,

dogs, and humans from the Jauru micro-region, Mato Grosso state, Brazil. Veterinary

Parasitology, v. 161, n. 3-4, p. 324–326, 2009.

SAVVA, D. et al. Polymerase chain reaction for detection of Toxoplasma gondii.

Journal of Medical Microbiology, v. 32, n. 1, p. 25–31, 1990.

SCHARFF, R. L. Economic Burden from Health Losses Due to Foodborne Illness in

the United States. Journal of Food Protection, v. 75, n. 1, p. 123–131, 2012.

SCHOONDERMARK-VAN DE VEN, E. et al. Value of the polymerase chain reaction

for the detection of Toxoplasma gondii in cerebrospinal fluid from patients with AIDS.

Clin Infect Dis, v. 16, n. 5, p. 661–666, 1993.

SHARIAT, N. et al. CRISPR-MVLST subtyping of Salmonella enterica subsp. enterica

serovars Typhimurium and Heidelberg and application in identifying outbreak isolates.

BMC Microbiol, v. 13, n. 1, p. 254, 2013.

SHASTRI, A. J. et al. GRA25 is a novel virulence factor of Toxoplasma gondii and

influences the host immune response. Infection and immunity, v. 82, n. 6, p. 2595–

605, 2014.

Page 58: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

57

SIBLEY, L. D.; BOOTHROYD, J. C. Virulent strains of Toxoplasma gondii comprise a

single clonal lineage. Nature, v. 359, n. 6390, p. 82–85, 1992.

SILVA, L. A. et al. Overlapping Toxoplasma gondii genotypes circulating in domestic

animals and humans in Southeastern Brazil. PLoS ONE, v. 9, n. 2, p. 3–9, 2014.

SOLDATI, D.; DUBREMETZ, J. F.; LEBRUN, M. Microneme proteins: Structural and

functional requirements to promote adhesion and invasion by the apicomplexan

parasite Toxoplasma gondii. International Journal for Parasitology, v. 31, p. 1293–

1302, 2001.

SPALDING, S. M. et al. Serological screening and toxoplasmosis exposure factors

among pregnant women in South of Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de

Medicina Tropical, v. 38, n. 2, p. 173–177, 2005.

SPLENDORE, A. Un nuovo protozoa parassita dei conigli: incontrato nelle lesioni

anatomic he d’ua malttia che ricorda in molti punti il Kala-azar dell'uomo. Rev Soc Sci,

v. 3, p. 109 – 112, 1908.

STILLWAGGON, E. et al. Maternal serologic screening to prevent congenital

toxoplasmosis: A decision-analytic economic model. PLoS Neglected Tropical

Diseases, v. 5, n. 9, 2011.

SU, C. et al. Moving towards an integrated approach to molecular detection and

identification of Toxoplasma gondii. Parasitology, v. 137, n. 01, p. 1, 2010.

SU, C.; ZHANG, X.; DUBEY, J. P. Genotyping of Toxoplasma gondii by multilocus

PCR-RFLP markers: A high resolution and simple method for identification of

parasites. International Journal for Parasitology, v. 36, n. 7, p. 841–848, 2006.

SULLIVAN, W. J.; JEFFERS, V. Mechanisms of Toxoplasma gondii persistence and

latency. FEMS Microbiology Reviews, v. 36, n. 3, p. 717–733, 2012.

TAMURA, K. et al. MEGA6: Molecular evolutionary genetics analysis version 6.0.

Molecular Biology and Evolution, v. 30, n. 12, p. 2725–2729, 2013.

TENTER, A. M.; HECKEROTH, A. R.; WEISS, L. M. Toxoplasma gondii: From animals

to humans. International Journal for Parasitology, v. 30, n. 12-13, p. 1217–1258,

2000.

Page 59: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

58

TENTER, A. M.; JOHNSON, A. M. Advances in Parasitology Volume 39. [s.l.]

Elsevier, 1997. v. 39

VALLONE, P. M.; BUTLER, J. M. AutoDimer: A screening tool for primer-dimer and

hairpin structures. BioTechniques, v. 37, n. 2, p. 226–231, 2004.

WAHAB, T. et al. Comparison of the AF146527 and B1 repeated elements, two real-

time PCR targets used for detection of Toxoplasma gondii. Journal of Clinical

Microbiology, v. 48, n. 2, p. 591–592, 2010.

WALLON, M. et al. Long-term ocular prognosis in 327 children with congenital

toxoplasmosis. Pediatrics, v. 113, n. 6, p. 1567–1572, 2004.

WALTON, B.; ARJONA, I.; BENCHOFF, B. Relationship of Toxoplasma antibodies to

altitude. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 15, p. 459 –

495, 1966.

WALZER, K. A. et al. Hammondia hammondi, an avirulent relative of Toxoplasma

gondii, has functional orthologs of known T. gondii virulence genes. Proceedings of

the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 110, n. 18,

p. 7446–51, 2013.

WASTLING, J. M.; NICOLL, S.; BUXTON, D. Comparison of two gene amplification

methods for the detection of Toxoplasma gondii in experimentally infected sheep.

Journal of Medical Microbiology, v. 38, n. 5, p. 360–365, 1993.

YACHDAV, G. et al. PredictProtein-an open resource for online prediction of protein

structural and functional features. Nucleic acids research, v. 42, n. Web Server issue,

p. W337–43, 2014.

YAI, L. E. O. et al. Evaluation of experimental Toxoplasma gondii ( Nicolle and

Manceaux , 1909 ) infection in pigs by bioassay in mice and polymerase chain reaction

Avaliação da infecção experimental por Toxoplasma gondii ( Nicolle e Manceuax ,

1909 ) em suínos pelas provas. Brazilian Journal of Veterinary Research and

Animal Science, v. 40, p. 227–234, 2003.

YAMAMOTO, M. et al. A single polymorphic amino acid on Toxoplasma gondii kinase

ROP16 determines the direct and strain-specific activation of Stat3. Journal of

Experimental Medicine, v. 206, n. 12, p. 2747–2760, 2009.

Page 60: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

59

YAMAMOTO, M. et al. ATF6beta is a host cellular target of the Toxoplasma gondii

virulence factor ROP18. The Journal of experimental medicine, v. 208, n. 7, p.

1533–1546, 2011.

YE, J. et al. Primer-BLAST: A tool to design target-specific primers for polymerase

chain reaction. BMC Bioinformatics, v. 13, n. 134, 2012.

ZHANG, W. et al. Multi-Virulence-Locus Sequence Typing of Listeria monocytogenes.

Applied and environmental microbiology, v. 70, n. 2, p. 913–920, 2004.

ZHAO, Y. O. et al. Disruption of the Toxoplasma gondii Parasitophorous Vacuole by

IFNγ-Inducible Immunity-Related GTPases (IRG Proteins) Triggers Necrotic Cell

Death. PLoS Pathogens, v. 5, n. 2, 2009.

Page 61: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

60

APÊNDICE A – Números de acesso das sequências utilizadas

nesse estudo

Gene Número de

sequências

Número de acesso

B1 9 EU340873; EU340877; EU340875; KF413760; KF413761; EU340879;

EU340882; EF564276; EU341712

BTUB 17 JX045461; JX045462; JX045453; JX045454; JX045466; JX045452;

JX045446; JX045447; JX045459; JX045456; JX045457; M20025;

JX045469; JX045455; JX045467; JX045468; JX045460

DHFR 12 GQ397461; GQ397456; GQ397457; GQ397452; GQ395777; GQ397454;

GQ395776; GQ395774; GQ397455; GQ397453; GQ395773; GQ395775

DHPS 10 GQ415585; GQ415577; XM_002365108; GQ415579; GQ415578;

GQ415576; GQ415575; GQ415574; U61852; HM536197

GRA1 4 HM067753; M26007; AK318045; XM_002365660

GRA2 6 HM014012; AK318019; XM_002366354; M99392; L01753; J04018

GRA3 20 JX044177; JX044175; JX044176; XM_002366330; JX044172; JX044173;

JX044164; JX044166; JX044153; JX044154; JX044165; JX044157;

JX044158; EF552406; AF414079; JX044161; JX044159; JX044160;

JX044162; JX044163

GRA4 4 M76432; XM_002364283; AK317865; EU660037

GRA5 6 L06091; XM_002369230; AK318131; EU918733; EU918734; EU918735

GRA6 93 DQ187387; AY964058; AY964059; X96720; EF512264; L33814;

JX044237; JX044241; JX044238; JX044239; AB235431; AF239283;

JN649063; EF512247; EF512248; EF512232; EF512233; AB235433;

AF239287; AF239289; EF512242; EF512241; EF512230; EF512231;

AB235428; AF239286; AF239290; AF239288; AF239292; JN649066;

JN649064; EF512263; EF512249; EF512250; EF512225; EF512226;

AB235429; AF239291; EF512234; EF512258; AB235434; AB235432;

EF512240; XM_002371898; EU180619; EU180620; DQ512729;

AB471758; AF239284; AF239285; AJ635332; AJ635336; AB235430;

AB235426; JX044231; JX044232; JX044198; JX044199; JX044178;

JX044179; JX044226; JX044227; AB235435; JX044229; JX044230;

JX044212; JX044207; JX044208; JX044201; JX044202; JX044197;

EF512227; EF512228; JX044193; JX044194; JX044195; AJ635335;

AJ635333; FJ455444; GU325790; AJ635334; GU325791; JX044186;

JX044187; GU139480; GU139485; GU139483; GU139482; GU139484;

EF585706; EF585707; GU139481; KC928255

GRA7 85 JX045634; JX045635; JX045619; JX045620; JX045608; JX045609;

JX045595; JX045604; JX045605; JX045596; JX045598; JX045585;

JX045586; AK317819; XM_002367572; JX045589; JX045590; JX045578;

JX045579; DQ459452; DQ459456; EU157155; DQ459454; DQ459455;

U79158; EU157156; EU157143; EU157144; EU157171; EU157170;

EU157178; EU157149; EU157167; DQ459453; EU157166; JX045628;

JX045629; Y13863; JX045614; JX045615; EF626965; EF626966;

DQ459445; DQ459446; DQ465955; DQ459450; DQ459451; EU157179;

EF639859; DQ459443; EU157183; EU157141; EU157146; JX045613;

EU157151; EU157152; EU157162; EU157164; EU157153; EU157154;

DQ459448; DQ459449; EU157157; JX045597; EU157163; EU157172;

JX045583; JX045584; EU157142; EU157148; EU157175; EU157150;

EU157177; DQ473315; JX045600; JX045601; HM016952; JX045599;

JX045573; JX045574; DQ872520; HQ852155; HQ852156; HQ852158;

HQ852159

Page 62: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

61

GRA8 4 XM_002369485; AK318497; AF150729; DQ835668

GRA9 3 XM_002367354; AY371455; AJ223585

GRA10 2 XM_002365542; AY769952

GRA11 2 XM_002372050; DQ792507

GRA12 2 FJ011096; AK318503

GRA14 2 FJ015061; AK317905

GRA15 3 TGGT1_275470; TGME49_275470; TGVEG_275470

MIC3 9 AJ132530; DQ676961; DQ676960; DQ676959; XM_002369792;

AF509564; EU572718; JF330835; KF153103

MIC4 15 FJ785470; FJ785466; FJ785469; FJ785467; FJ785464; FJ785462;

FJ785468; FJ785463; FJ785465; AF143487; AK318267; XM_002369565;

FJ785461; FJ785460; FJ785459

MIC6 3 AF110270; XM_002370595; AK318343

MIC10 3 AF293654; XM_002367312; AK318393

MIC11 3 AF539702; AK318155; XM_002367684

MIC13 15 JN995561; JN995546; JN995544; JN995557; JN995556; JN995547;

JN995550; JN995551; JN995558; JN995553; JN995560; JN995554;

JN995549; JN995545; JN995559

ROP1 4 M71274; XM_002364175; AY661790; AF350261

ROP2 4 DQ923323; AK318335; XM_002371885; Z36906

ROP4 3 EU047558; AY662677; Z71787

ROP5 60 EF466101; HQ916453; XM_002371884; DQ116423; BK008047;

BK008045; HQ916458; BK008044; BK008043; JQ743764; BK008046;

HQ916457; JQ743777; BK008057; BK008053; HQ916454; JQ743771;

JQ743769; JQ743767; HQ916452; HQ916451; JQ743774; JQ743775;

JQ743772; JQ743776; BK008052; BK008056; JQ743746; JQ743744;

JQ743737; HQ916448; JQ743747; HQ916450; JQ743741; JQ743763;

JQ743743; JQ743739; JQ743762; JQ743757; JQ743758; JQ743761;

JQ743778; JQ743740; JQ743753; HQ916459; HQ916456; JQ743738;

JQ743742; BK008055; HQ916460; HQ916455; JQ743756; JQ743755;

JQ743754; JQ743783; JQ743782; JQ743780; JQ743781; JQ743779;

JQ743745

ROP6 2 AY792971; XM_002365039

ROP7 19 AM056071; JF831539; JF831543; JF831553; JF831537; JF831544;

JF831541; JF831552; JF831551; JF831548; JF831547; JF831542;

JF831540; JF831538; JF831536; FJ194943; JF831554; JF831549;

JF831550

ROP8 5 XM_002370855; HM003613; HM003615; HM003616; HM003614

ROP9 3 AK317939; XM_002366831; AJ401616

ROP10 3 EF447219; XM_002364687; DQ124368

ROP11 3 KC456639; XM_002366363; DQ077905

ROP12 2 XM_002367640; DQ096559

ROP13 15 JN051291; JN051288; JN051285; JN051283; JN051279; JN051282;

JN051280; JN051286; JN051289; XM_002364408; JN051281;

JN051287; JN051278; JN051290; JN051284

ROP14 2 XM_002364660; DQ096565

ROP15 4 EF447218; AK317928; XM_002371223; DQ096561

ROP16 16 GQ24909; GQ249083; GQ249088; GQ249090; GQ249082; DQ116422;

XM_002365332; GQ249081; GQ249092; GQ249087; GQ249089;

GQ249086; GQ249093; GQ249095; GQ249094; GQ249091

ROP17 5 AM075203; XM_002365031; KC997178; KC997176; KC997177

ROP18 24 GQ243216; GQ243210; JX045318; JX045319; GQ243211; GQ243207;

GQ243215; GQ243209; GQ243208; GQ243205; GQ243213; JX045345;

Page 63: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

62

AM075204; GQ243202; JX045344; GQ243204; JX045334; JX045335;

GQ243206; GQ243203; JX045346; JX045347; EF092842; JX045354

SAG1 40 AY187278; S63900; AK317969; GQ253080; GQ253083; GQ253074;

GQ253076; FJ455529; DQ872518; JX045363; DQ872517; JX045390;

JX045392; JX045391; JX045393; JX045355; JX045357; JX045397;

JX045398; JX045395; JX045396; JX045394; HM776940; GQ253086;

GQ253075; GQ253073; X14080; JX045356; JX045421; XM_002368164;

S73634; AY217784; AY661791; EF140712; AF110182; AY651825;

DQ077664; DQ077665; EU700308; JX013909

SAG2 55 AK317818; AF249697; M33572; AF249698; AF249696; AF357578;

AF357582; AF357580; AF357581; AF357577; AF357579; JX045474;

JX045473; JX045472; JX045470; JX045471; JX045492; JX045493;

JX045491; JX045490; JX045489; FJ207520; JX045494; FJ207519;

Y187279; EU650330; EU650329; EU258521; EU258523; EU258533;

EU258520; EU258531; EU258522; EU258528; EU258519; KJ524441;

AB667972; AB667973; AB667974; DQ000461; AY707925; AY707928;

AY941252; AY707930; AY707926; AY707927; KC928258; EU053941;

EU053943; EU053942; EU053944; EF585701; EF585702; EF585703;

AY707929

SAG3 47 L21720; XM_002371878; AK317978; AY187280; HQ291784; AF340227;

HM585285; AF340229; JF312642; AF340228; JX218225; GU249509;

GU139476; GU139477; JX218227; GU249510; JX218226; GU139472;

GU139466; GU139468; GU139479; GU139478; GU139464; GU139463;

EF585688; EF585689; GU139467; GU139475; GU139469; GU139473;

HM133638; GU139471; GU139465; KC928250; EF585685; EF585686;

GU139470; HM133637; EF585694; EF585683; EF585684; KC928251;

GU139474; GU139462; KC928254; KC928253; KC928252

SAG4 5 Z69373; XM_002371410; AF340224; AF340225; AF340226

SAG5A 4 AY190529; AY299532; AY299529; AY299530

SAG5C 5 AY299534; AY299539; AY299535; AY299536; AY299538

SAG5D 7 AY190530; AY299528; AY299523; AY299524; XM_002368526;

AY299527; AY190528

Page 64: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

63

APÊNDICE B – Números de sequências, sítios polimórficos e

tamanho de sequência usados para calcular o Índice de

variabilidade genética (IGV)

Genes Nº de

sequências

Nº de sítios

polimórficos

Tamanho da

sequência (nt)

IGV

ROP12 2 0 711 0

ROP14 2 0 3186 0

BTUB 17 6 1349 0.000262

DHFR 12 3 786 0.000318

MIC11 3 1 615 0.000542

ROP4 3 3 1737 0.000576

GRA7 85 37 708 0.000615

GRA9 3 2 957 0.000697

DHPS 10 7 976 0.000717

GRA2 6 3 558 0.000896

SAG3 47 50 1155 0.000921

ROP9 3 3 1062 0.000942

MIC4 15 25 1743 0.000956

GRA6 93 67 693 0.00104

SAG2 55 33 561 0.00107

MIC10 3 2 597 0.001117

SAG1 40 46 1008 0.001141

MIC6 3 4 1050 0.00127

ROP8 5 11 1728 0.001273

GRA12 2 4 1311 0.001526

MIC3 9 15 1080 0.001543

ROP11 3 8 1548 0.001723

ROP5 60 178 1653 0.001795

ROP7 19 66 1728 0.00201

GRA14 2 5 1227 0.002037

ROP6 2 7 1694 0.002066

MIC13 15 47 1407 0.002227

GRA3 20 30 663 0.002262

ROP13 15 44 1203 0.002438

GRA15 3 15 1908 0.002621

ROP16 16 94 2124 0.002766

GRA10 2 15 2687 0.002791

SAG5D 7 22 1089 0.002886

ROP15 4 11 924 0.002976

ROP10 3 16 1761 0.003029

ROP18 24 138 1671 0.003441

ROP17 5 34 1827 0.003722

GRA1 4 10 573 0.004363

Page 65: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

64

GRA5 6 10 363 0.004591

GRA4 4 24 1038 0.00578

GRA11 2 27 2259 0.005976

GRA8 4 20 807 0.006196

SAG4 5 16 516 0.006202

RE 16 53 534 0.006203

SAG5A 4 29 1089 0.006657

B1 9 32 502 0.007083

SAG5C 5 40 1104 0.007246

ROP1 4 55 1368 0.010051

ROP2 4 95 1698 0.013987

Page 66: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

65

APENDICE C – Tabela com primers descritos na literatura para B1 e

RE

Primers descritos para B1

Primer Sequência 5’ – 3’ Número de sequências disponíveis

Referência

Oligo 1*

Oligo 4*

Oligo 2*

Oligo 3*

GGAACTGCATCCGTTCATGAG

TCTTTAAAGCGTTCGTGGTC

TGCATAGGTTGCAGTCACTG

GGCGACCAATCTGCGAATACACC

1

1

1

1

Burg et al. 1989

SN

SN

CTGGCAAATACAGGTGAAATG

GTGTACTGCGAAAATGAATCC

21

16 Melo et al. 2010

SN

SN

AGAGACACCGGAATGCGATCT

TTCGTCCAAGCCTCCGACT

ND

ND Fekkar et al. 2011

TOXO-F

TOXO-R

TCCCCTCTGCTGGCGAAAAGT

AGCGTTCGTGGTCAACTATCGATTG

1

1 Lin et al. 2000

SN

SN

TCGAAGCTGAGATGCTCAAAGTC

AATCCACGTCTGGGAAGAACTC

1

1 Lass et al. 2012

Pml/S1

Pml/AS1

Pml/S2

Pml/AS2

TGTTCTGTCCTATCGCAACG

ACGGATGCAGTTCCTTTCTG

TCTTCCCAGACGTGGATTTC

CTCGACAATA CGCTGCTTGA

1

4

1

11

Grigg and Boothroyd 2001

23 mer

25 mer

GGAGGACTGGCAACCTGGTGTCG

TTGTTTCACCCGGACCGTTTAGCAG

1

1 Costa et al. 2000

JW63

JW62

GCACCTTTCGGACCTCAACAACCG

TTCTCGCCTCATTTCTGGGTCTAC

1

1

Pelloux et al. 1997

B22

B23

AACGGGCGAGTAGCACCTGAGGAGA

TGGGTCTACGTCGATGGCATGACAAC

1

1 Hohlfeld et al. 1994

B1-1

B1-2

TCTCTCAAGGAGGACTGGCA

GTTTCACCCGGACCGTTTAG

1

1

Costa and Bretagne 2012

B1F1

B1R1

B1F2

B1R2

CCGTTGGTTCCGCCTCCTTC

GCAAAACAGCGGCAGCGTCT

CCGCCTCCTTCGTCCGTCGT

GTGGGGGCGGACCTCTCTTG

3

17

9

22

Meganathan et al. 2010

Primers para RE

SN

SN

AGGCGAGGGTGAGGATGA

TCGTCTCGTCTGGATCGCAT

16

16 Cassaing et al. 2006

Page 67: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

66

TOX4

TOX5

CGCTGCAGGGAGGAAGACGAAAGTTG

CGCTGCAGACACAGTGCATCTGGATT

11

11 Homan et al. 2000

SN

SN

GAAAGCCATGAGGCACTCCA

TTCACCCGGACCGTTTAGC

ND

ND Fekkar et al. 2011

Toxo-9

Toxo-11

AGGAGAGATATCAGGACTGTAG

GCGTCGTCTCGTCTAGATCG

16

16 Reischl et al. 2003

NF1*

NR1*

NF2*

NR2*

TGACTCGGGCCCAGCTGCGT

CTCCTCCCTTCGTCCAAGCCTCC

AGGGACAGAAGTCGAAGGGG

GCAGCCAAGCCGGAAACATC

15

16

16

16

Kong et al. 2012

a As bases sublinhadas indicam sítios polimórficos no alinhamento * Primers usados neste estudo SN – Sem nome ND – Não disponível

Page 68: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

67

ANEXO A – Artigo em processo de revisão (Revista Acta Tropica)

An alternative nested-PCR assay for the detection of Toxoplasma gondii

strains based on GRA7 gene sequences.

Maria Eduarda S. M. Costa1,3; Claudio Bruno S. Oliveira2; Joelma Maria de A.

Andrade2; Thatiany A. Medeiros2; Valter F. Andrade Neto2,3 Ψ; Daniel C. F.

Lanza1,3Ψ*.

1 - Laboratório de Biologia Molecular Aplicada - LAPLIC, Departamento de

Bioquímica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

2 - Laboratório de Biologia da Malária e Toxoplasmose, Departamento de

Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Natal, RN, Brazil.

3 - Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

Ψ equal contributors

*Corresponding author:

Daniel Carlos Ferreira Lanza

Laboratório de Biologia Molecular Aplicada - LAPLIC

Departamento de Bioquímica

Centro de Biociências

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal, RN, Brazil. CEP: 59072-970

Phone: 55-84-3215-3416 Fax: 55-84-32153415

Email: [email protected]

Page 69: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

68

Abstract

Toxoplasma gondii is a widespread parasite able to infect virtually any nucleated cells

of warm-blooded hosts. In some cases, T. gondii detection using already developed

PCR primers can be inefficient in routine laboratory tests, especially to detect atypical

strains. Here we report a new nested-PCR protocol able to detect virtually all T. gondii

isolates. Analyzing 685 sequences available in GenBank, we determine that GRA7 is

one of the most conserved genes of T. gondii genome. Based on an alignment of 85

GRA7 sequences new primer sets that anneal in the highly conserved regions of this

gene were designed. The new GRA7 nested-PCR assay providing sensitivity and

specificity equal to or greater than the gold standard PCR assays for T. gondii

detection, that amplify the B1 sequence or the repetitive 529 bp element.

Keywords

Apicomplexa, rhoptry, dense granule protein 7, toxoplasmosis, B1 gene, 529bp region.

1 - Introduction

Toxoplasma gondii is an intracellular apicomplexan protozoon able to infect all

warm-blooded vertebrates, including wild and farm animals. Infections in humans can

evolve to a life-threatening disease in immunocompromised patients (Lewis et al.

2015). In pregnant women can occur infection of the fetus, potentially causing fetal

death or injuries including ocular lesions, hearing deficits and neurological

abnormalities (DELAIR et al., 2011; STILLWAGGON et al., 2011; WALLON et al.,

2004).

Early studies using isolates from Europe and North America classified T. gondii

strains into three lineages designated Types I, II, and III, according to genetic

characteristics and the level of virulence observed in a murine model (DARDÉ;

BOUTEILLE; PESTRE-ALEXANDRE, 1992; HOWE; SIBLEY, 1995a). Subsequent

studies have reported a wide genetic diversity of this parasite, especially in South

American countries. In many cases these new isolates cannot be classified as one of

the classical lineages, and is not possible to establish a correlation between genotype

and virulence (Rajendran et al. 2012; Carneiro et al. 2013; Cañón-Franco et al. 2014;

Silva et al. 2014).

Since the introduction of molecular methods to detect T. gondii has been noticed

that low-level infections cannot be detected by serological tests (CHATTERTON et al.,

Page 70: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

69

2011). In some cases in which a rapid and efficient diagnose are determinant to guide

the treatment (i.e congenital toxoplasmosis), the polymerase chain reaction (PCR) has

been introduced as the most promising alternative (BASTIEN, 2002; ROBERT-

GANGNEUX; DARDÉ, 2012). In the past few decades, different primer sets have been

developed to detect T. gondii. In 1989, Burg et al., introduced the B1 gene as an

efficient PCR target, since this sequence presents 35 repeats in T. gondii genome.

Since then, the B1 amplification has been used as a gold standard method for T. gondii

detection, although it has shown low specificity in some cases (KOMPALIC-CRISTO

et al., 2004). A new promising marker consisting of a 529 bp fragment (RE) repeated

200 to 300 fold in the genome of T. gondii was described by Homan et al., in 2000.

Several works have demonstrated that PCR reactions using the RE marker are at least

10 times more sensitive than using B1 (CASSAING et al., 2006; FALLAHI et al., 2014;

REISCHL et al., 2003). Even the 529bp repetitive element showing greater sensitivity,

the possibility of some strains have lost entire or part of the repetitive units was

reported, which can compromise the test efficiency (WAHAB et al., 2010).

Since the available primers may not be effective for the detection of some

variants of the parasite, the main objective of this work was to develop a new nested-

PCR assay able to detect the clonal and atypical strains of T. gondii. To reach this

objective, we analyze a set of 685 sequences of different T. gondii strains and elected

the GRA7 gene as the best target to primer design. The validation of the new GRA7

nested-PCR assay comparing it with the two most widely used protocols indicates that

our new method is a promising solution to detect a wide range of T. gondii strains.

2 - Materials and Methods

Each set of DNA sequences were retrieved from GenBank (BENSON et al.,

2005), aligned using Muscle algorithm (Edgar, 2004) with default parameters (gap

open penalty -12.0) and subsequent analyzed using MEGA software (TAMURA et al.,

2013) to determine the number of sequences in each alignment, the length of the

sequences, and the total number of polymorphisms of each coding region. Primers

were designed using primer-BLAST (YE et al., 2012) and checked using AutoDimer

(VALLONE; BUTLER, 2004). T. gondii isolates TgCkBrRN1 (Ck1), TgCkBrRN2 (Ck2),

TgCkBrRN3 (Ck3) and TgPgBrRN1 (Pg1) were recovered as previously described

(CLEMENTINO ANDRADE et al., 2013). The isolates were maintained inoculating 150

cysts (Ck1, Ck2, Ck3, Pg1, VEG) or 105 tachyzoites (RH) intraperitoneally into

Page 71: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

70

C57BL/6 mice (n=3). After three days, the mice were euthanized, and the tachyzoites

recovered from the peritoneal exudate were seeded in RAW 264.7 cells. The DNA

template were extracted using the QIAamp DNA mini kit (QUIAGEN Inc., USA), and

quantified using SpectraMax 190 Microplate Reader (Molecular Devices). The two

steps of nested-PCR assays were performed in 20µl reactions containing 1,5µL of

template DNA, 0,25µM of each primer, 1,5 mM MgCl2, 0,01U Taq DNA pol (Ludwig)

and 0,2mM of each dNTP. The first step PCRs were performed using the primer pairs

GRA7FE/GRA7RE, NF1/NR1 and Oligo1/Oligo4 and nested-PCRs using

GRA7FI/GRA7RI, NF2/NR2, and Oligo2/Oligo3 respectively. PCR products were

resolved in a 1,5% agarose gel stained with ethidium bromide. Each reaction was done

at least in three independent replicates. Primer sequences and thermocycling

parameters are detailed in Tables 1 and 2 respectively. The serial dilution of the DNA

template was prepared starting from a sample containing 196,5 ng/µl of total DNA from

a RAW 264.7 culture infected with RH strain. The coverage tests were performed using

DNA template extracted from RAW 264.7 cultures infected with RH, VEG, Ck1, Ck2,

Ck3 and Pg1 strains.

3 - Results and discussion

3.1 - Identification of conserved coding sequences in T. gondii genome

Initially, entire or partial nucleotide sequences of genes which have been linked

to T. gondii mechanisms of infection and cell persistence were selected from GenBank.

Genes related to microneme, dense granule, rhoptry and surface antigen, were

prioritized since they present known specificity to apicomplexan parasites (AJIOKA et

al., 1998; BLACKMAN; BANNISTER, 2001). Genes associated to drug resistance such

as dihydrofolate reductase (DHFR) and dihydropteroate synthase (DHPS), as well as

sequences already used as PCR markers such as beta-tubulin, B1 and the repetitive

element of 529 bp were also selected, to compose the initial database. The accession

numbers of the 685 sequences used in this study are referenced in Supplementary

figure 1. Selected sequences were manually processed and their respective coding

regions were aligned. The genetic variability index (GVI) was calculated by the division

of the number of polymorphisms by the number of sequences of each alignment, and

dividing this result by the size of the coding sequence. The GVI values were ranked in

Figure 1 and the absolute values are shown in Supplementary Figure 2. Among the

most conserved genes (Figure 1), we choose GRA7 gene as the best marker due to

Page 72: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

71

the following reasons: (i) GRA7 has the largest number of available sequences,

providing a significant representation of several isolates, including sequences of clonal

lineages and atypical strains from several countries; (ii) GRA7 gene occurs only in T.

gondii and in the protozoon Hammondia hammondi that not infect humans, without any

other known homologous in apicomplexa (FRENKEL; DUBEY, 1975; WALZER et al.,

2013); (iii) GRA7 protein is crucial to forming the parasitophorus vacuole, has been

implicated in sequestration of host endolysosomes and is expressed in all infectious

forms (tachyzoite, bradyzoite, merozoite and sporozoite), playing an important role in

establishing intracellular infections (COPPENS et al., 2006; FERGUSON et al., 1999);

(iv) Extremely conserved regions are spread in all extension of GRA7 sequence,

providing excellent sites to primer design.

3.2 - Primer design and optimization of nested-PCR assays

Conserved regions inside GRA7 gene, selected from an alignment of 85

sequences retrieved from GenBank, were used to design the "external"

(GRA7FE/GRA7RE) and "internal" (GRA7FI/GRA7RI) primer pairs (Table 1 and

Supplementary Figure 1). Actin primers were also designed to be used as positive

control, sequences of human and other mammals (e.g Bos taurus, Felis catus, Capra

hircus, Mus musculus) were aligned, and the primers were designed prioritizing

conserved regions in sequences of Mus musculus and Homo sapiens (data not show).

A specificity analysis using primer-BLAST appointed a potential annealing of the pair

GRA7FE/GRA7RE also in H. hammondi template. To prevent unspecific amplification,

these primers were designed with a nucleotide at 3' end that is not complementary to

H. hammondi sequence (HUANG; ARNHEIM; GOODMAN, 1992).

The ideal annealing and extension temperatures for GRA7 and previously

described B1 and RE primers (BURG et al., 1989; KONG et al., 2012) were defined

based in a gradient of nine temperatures, ranging of 48,8ºC to 70ºC (data not show).

The first step was standardized to amplify a unique specific fragment of 322bp, 420bp

and 198bp, using the primers for GRA7, RE and B1 respectively (gel pictures at the

top in each correspondent key of the figure 2 A, B and C). The second steps were

standardized to ensure the maximum sensitivity. The unspecific fragments (traces

above the expected size amplicons in each lane) observed in second step assays

(pictures below in each correspondent key of the figure 2 A, B and C) are common,

and could be caused by primers and/or unspecific amplicons from the first step. The

Page 73: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

72

presence of additives could eliminate these unspecific fragments but also cause a

decrease in sensitivity. We opted not to use additives once the specific amplicons of

222 bp, 164bp and 97 bp were clearly visible in all reactions.

3.3 - Sensitivity and coverage tests comparing B1, RE and GRA7 nested-PCR

assays

The sensitivity of the GRA7 nested-PCR assay was compared with the protocols

used to amplify B1 and RE. A serial dilution of 40-fold revealed that the protocols for

RE and GRA7 showed similar sensitivity, in both the presence of T. gondii could be

detected up to dilution five in the nested-PCR, corresponding to a dilution of 10,24 x107

of the DNA template (Figure 2A and B). These results were remarkable since there are

no reports of GRA7 as a multiple copy gene in T. gondii genome. Possibly, the wide

conservation of GRA7 allowed a significant increase in the sensitivity of the reaction.

Another curious point was made clear when the tests were performed with B1. At first,

B1 protocol apparently seemed to be extremely sensitive, amplifying a potential

specific fragment of ~97bp in all serial dilutions (Figure 2C). Curiously, B1 primers of

the first and second steps work apparently well when were tested in separate reactions.

However when tested in a nested reaction, the second set of primers generates

amplicons of ~97bp using total DNA extracted from human blood or water as templates

(Supplementary figure 3). This is a strong evidence of self-amplification of the primers,

generating amplicons of similar size of what is expected when the specific DNA

template are present. A careful analysis of the Figure 2C reveals that from the fourth

dilution the self-amplification of primers may have prevailed in the reactions.

The efficiency of each nested-PCR assay to identify genetically diverse isolates

was evaluated using total DNA templates containing RH, VEG, Ck1, Ck2, Ck3 and Pg1

DNA (Figure 3 A, B and C). The primer pair to detect the actin gene (Table 1) was used

as a positive control (Figure 3 D). In Figure 3A is clear that GRA7 protocol showed

stronger amplicons when compared with RE (Figure 3B) and B1 (Figure 3C), especially

in the first step. The efficiency of GRA7 primers is more evident for the identification of

the atypical isolates Ck1, Ck3 and Pg1 (lanes 3, 5 and 6 in Figure 3). The nonspecificity

of B1 primers was confirmed by an amplicon at ~97bp observed in the negative control,

in which total DNA extracted from uninfected human blood was used as template (lane

8). Once all protocols have been standardized to ideal conditions and the same amount

of DNA template was used for each assay, the efficiency of the GRA7 nested-PCR can

Page 74: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

73

also be attributed to the highly conserved regions in which the primers anneal, ensuring

an efficient amplification within the first cycles of PCR even when genetically distinct

isolates are present. The early PCR primers to T. gondii detection were designed using

a single of few sequences, and due to the presence of polymorphisms in the annealing

regions they are not effective to detect a wide range of isolates, increasing the number

of false negative results.

4 - Conclusions

We introduce the GRA7 gene as an excellent target for primer design to T.

gondii detection, due to its great conservation. The nested-PCR assay targeting

conserved regions in GRA7 gene showed sensitivity and specificity comparable to the

RE protocol and was more specific than the B1 nested-PCR assay. These findings

contribute to improve the diagnostic of Toxoplasmosis, especially in cases when the

correct and precise diagnosis is fundamental to early treatment in areas where the

genetic diversity of the parasite is great.

5 – References

Ajioka, J.W., Boothroyd, J.C., Brunk, B.P., Hehl, A., Hillier, L., Manger, I.D., Marra,

M., Overton, G.C., Roos, D.S., Wan, K.L., Waterston, R., Sibley, L.D., 1998.

Gene discovery by EST sequencing in Toxoplasma gondii reveals sequences

restricted to the apicomplexa. Genome Res. 8, 18–28. doi:10.1101/gr.8.1.18

Bastien, P., 2002. Diagnosis Molecular of toxoplasmosis. Trans. R. Soc. Trop. Med.

Hyg. 96, S1/205–S1/215.

Benson, D.A., Karsch-Mizrachi, I., Lipman, D.J., Ostell, J., Wheeler, D.L., 2005.

GenBank. Nucleic Acids Res. 33, 34–38. doi:10.1093/nar/gki063

Blackman, M.J., Bannister, L.H., 2001. Apical organelles of Apicomplexa: biology and

isolation by subcellular fractionation. Mol. Biochem. Parasitol. 117, 11–25.

doi:10.1016/S0166-6851(01)00328-0

Burg, J.L., Grover, C.M., Pouletty, P., Boothroyd, J.C., 1989. Direct and sensitive

detection of a pathogenic protozoan, Toxoplasma gondii, by polymerase chain

reaction. J. Clin. Microbiol. 27, 1787–1792.

Cañón-Franco, W., López-Orozco, N., Gómez-Marín, J., Dubey, J.P., 2014. An

overview of seventy years of research (1944 – 2014) on toxoplasmosis in

Colombia, South America. Parasit. Vectors 7. doi:10.1186/1756-3305-7-427

Page 75: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

74

Carneiro, A.C.A.V., Andrade, G.M., Costa, J.G.L., Pinheiro, B.V., Vasconcelos-

Santos, D.V., Ferreira, A.M., Su, C., Januário, J.N., Vitor, R.W.A., 2013. Genetic

characterization of Toxoplasma gondii revealed highly diverse genotypes for

isolates from newborns with congenital toxoplasmosis in Southeastern Brazil. J.

Clin. Microbiol. 51, 901–907. doi:10.1128/JCM.02502-12

Cassaing, S., Bessières, M.H., Berry, A., Berrebi, A., Fabre, R., Magnaval, J.F.,

Bessie, M.. H., 2006. Comparison between Two Amplification Sets for Molecular

Diagnosis of Toxoplasmosis by Real-Time PCR Comparison between Two

Amplification Sets for Molecular Diagnosis of Toxoplasmosis by Real-Time PCR.

J. Clin. Microbiol. 44, 720–724. doi:10.1128/JCM.44.3.720

Chatterton, J.M.W., McDonagh, S., Spence, N., Ho-Yen, D.O., 2011. Changes in

toxoplasma diagnosis. J. Med. Microbiol. 60, 1762–1766.

doi:10.1099/jmm.0.032813-0

Clementino Andrade, M.M., Pinheiro, B.., Cunha, M.M., Carneiro, A.C.A.V., Andrade

Neto, V.F., Vitor, R.W.A., 2013. New gentotypes of Toxoplasma gondii obtained

from farm animals in Northeast Brazil. Res. Vet. Sci. 94, 587–589.

doi:10.1016/j.rvsc.2013.01.006

Coppens, I., Dunn, J.D., Romano, J.D., Pypaert, M., Zhang, H., Boothroyd, J.C.,

Joiner, K. a., 2006. Toxoplasma gondii Sequesters Lysosomes from Mammalian

Hosts in the Vacuolar Space. Cell 125, 261–274. doi:10.1016/j.cell.2006.01.056

Dardé, M.L., Bouteille, B., Pestre-Alexandre, M., 1992. Isoenzyme analysis of 35

Toxoplasma gondii isolates and the biological and epidemiological implications.

J. Parasitol. 78, 786–794. doi:10.2307/3283305

Delair, E., Latkany, P., Noble, A.G., Rabiah, P., McLeod, R., Brézin, A., 2011. Clinical

manifestations of ocular toxoplasmosis. Ocul. Immunol. Inflamm. 19, 91–102.

doi:10.3109/09273948.2011.564068

Edgar, R.C., 2004. MUSCLE: Multiple sequence alignment with high accuracy and

high throughput. Nucleic Acids Res. 32, 1792–1797. doi:10.1093/nar/gkh340

Fallahi, S., Kazemi, B., Seyyed tabaei, S.J., Bandehpour, M., Lasjerdi, Z., Taghipour,

N., Zebardast, N., Nikmanesh, B., Omrani, V.F., Ebrahimzadeh, F., 2014.

Comparison of the RE and B1 gene for detection of Toxoplasma gondii infection

in children with cancer. Parasitol. Int. 63, 37–41.

doi:10.1016/j.parint.2013.08.005

Ferguson, D.J., Jacobs, D., Saman, E., Dubremetz, J.F., Wright, S.E., 1999. In vivo

expression and distribution of dense granule protein 7 (GRA7) in the exoenteric

(tachyzoite, bradyzoite) and enteric (coccidian) forms of Toxoplasma gondii.

Parasitology 119, 259–265. doi:10.1017/S0031182099004692

Frenkel, J.K., Dubey, J.P., 1975. Hammondia hammondi: A new coccidium of cats

Page 76: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

75

producing cysts in muscle of other mammals. Science (80-. ). 189, 222–224.

doi:10.1126/science.806116

Homan, W.L., Vercammen, M., De Braekeleer, J., Verschueren, H., 2000.

Identification of a 200- to 300-fold repetitive 529 bp DNA fragment in

Toxoplasma gondii, and its use for diagnostic and quantitative PCR. Int. J.

Parasitol. 30, 69–75. doi:10.1016/S0020-7519(99)00170-8

Howe, D.K., Sibley, L.D., 1995. Toxoplasma gondii Comprises Three Clonal

Lineages : Correlation of Parasite Genotype with Human Disease Function p30

Surface Antigen p22 Surface Antigen Rhoptry protein Unknown cDNA Unknown

Unknown cDNA. J. Infect. Dis. 172, 1561–1566.

Huang, M., Arnheim, N., Goodman, M.F., 1992. Extension of base mispairs by Taq

DNA polymerase : implications for single nucleotide discrimination in PCR.

Nucleic Acids Res. 20, 4567–4573.

Kompalic-Cristo, A., Nogueira, S.A., Guedes, A.L., Frota, C., González, L.F.,

Brandão, A., Amendoeira, M.R., Britto, C., Fernandes, O., 2004. Lack of

technical specificity in the molecular diagnosis of toxoplasmosis. Trans. R. Soc.

Trop. Med. Hyg. 98, 92–95. doi:10.1016/S0035-9203(03)00012-9

Kong, Q.-M., Lu, S.-H., Tong, Q.-B., Lou, D., Chen, R., Zheng, B., Kumagai, T., Wen,

L.-Y., Ohta, N., Zhou, X.-N., 2012. Loop-mediated isothermal amplification

(LAMP): Early detection of Toxoplasma gondii infection in mice. Parasit. Vectors

5. doi:10.1186/1756-3305-5-2

Lewis, J.M., Clifford, S., Nsutebu, E., 2015. Toxoplasmosis in immunosuppressed

patients. Rheumatology 54, 1939–1940. doi:10.1093/rheumatology/kev115

Rajendran, C., Su, C., Dubey, J.P., 2012. Molecular genotyping of Toxoplasma

gondii from Central and South America revealed high diversity within and

between populations. Infect. Genet. Evol. 12, 359–368.

doi:10.1016/j.meegid.2011.12.010

Reischl, U., Bretagne, S., Krüger, D., Ernault, P., Costa, J.-M., 2003. Comparison of

two DNA targets for the diagnosis of Toxoplasmosis by real-time PCR using

fluorescence resonance energy transfer hybridization probes. BMC Infect. Dis. 3.

doi:10.1186/1471-2334-3-7

Robert-Gangneux, F., Dardé, M.L., 2012. Epidemiology of and diagnostic strategies

for toxoplasmosis. Clin. Microbiol. Rev. 25, 264–296. doi:10.1128/CMR.05013-

11

Silva, L.A., Andrade, R.O., Carneiro, A.C.A. V, Vitor, R.W.A., 2014. Overlapping

Toxoplasma gondii genotypes circulating in domestic animals and humans in

Southeastern Brazil. PLoS One 9, 3–9. doi:10.1371/journal.pone.0090237

Page 77: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

76

Stillwaggon, E., Carrier, C.S., Sautter, M., McLeod, R., 2011. Maternal serologic

screening to prevent congenital toxoplasmosis: A decision-analytic economic

model. PLoS Negl. Trop. Dis. 5. doi:10.1371/journal.pntd.0001333

Tamura, K., Stecher, G., Peterson, D., Filipski, A., Kumar, S., 2013. MEGA6:

Molecular evolutionary genetics analysis version 6.0. Mol. Biol. Evol. 30, 2725–

2729. doi:10.1093/molbev/mst197

Vallone, P.M., Butler, J.M., 2004. AutoDimer: A screening tool for primer-dimer and

hairpin structures. Biotechniques 37, 226–231.

Wahab, T., Edvinsson, B., Palm, D., Lindh, J., 2010. Comparison of the AF146527

and B1 repeated elements, two real-time PCR targets used for detection of

Toxoplasma gondii. J. Clin. Microbiol. 48, 591–592. doi:10.1128/JCM.01113-09

Wallon, M., Kodjikian, L., Binquet, C., Garweg, J., Fleury, J., Quantin, C., Peyron, F.,

2004. Long-term ocular prognosis in 327 children with congenital toxoplasmosis.

Pediatrics 113, 1567–1572. doi:10.1542/peds.113.6.1567

Walzer, K.A., Adomako-Ankomah, Y., Dam, R.A., Herrmann, D.C., Schares, G.,

Dubey, J.P., Boyle, J.P., 2013. Hammondia hammondi, an avirulent relative of

Toxoplasma gondii, has functional orthologs of known T. gondii virulence genes.

Proc. Natl. Acad. Sci. U. S. A. 110, 7446–51. doi:10.1073/pnas.1304322110

Ye, J., Coulouris, G., Zaretskaya, I., Cutcutache, I., Rozen, S., Madden, T.L., 2012.

Primer-BLAST: A tool to design target-specific primers for polymerase chain

reaction. BMC Bioinformatics 13. doi:10.1186/1471-2105-13-134

Legends of figures

Figure 1 - Genetic variability of selected T. gondii genes. Selected genes were

ranked from smallest to largest genetic variability, in according to their respective

genetic variability index (GVI).

Figure 2 - Sensitivity test. A 40-fold serial dilution (Lanes 1-9) using total DNA

extracted from infected RAW 264.7 cells as template was performed to determine the

sensitivity of the (A) nested-PCR assay using GRA7 primers; (B) nested-PCR assay

using RE primers; and (C) nested-PCR assay using B1 primers. Within each key, gel

pictures above correspond to the first step and those below to the second step PCR.

Page 78: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

77

Black arrows indicate the expected amplicons of each reaction and its corresponding

sizes are shown at right. M, 100bp molecular-weight marker.

Figure 3 - Coverage test. The (A) nested-PCR assay using GRA7 primers; (B) nested-

PCR assay using RE primers; and (C) nested-PCR assay using B1 primers, were

tested using total DNA extracted from RAW 264.7 cultures infected with six T. gondii

isolates (Lanes 2-7). (D) Actin was used as a positive control, confirming the efficiency

of the DNA extraction. The control reactions at lane 8 were performed using total DNA

extracted from uninfected human blood as template. Expected amplicons are indicated

for black arrows and their correspondent sizes were shown at right. M, 100bp

molecular-weight marker. The same amount of DNA template was used in GRA7, RE

and B1 reactions, as described: VEG 173,7 ng; Ck1 150,9 ng; Ck2 109 ng; Ck3 79,6

ng; Pg1 66,5 ng and RH 294,8 ng.

Supplementary figure 1 - Sequences used in this study.

Supplementary figure 2 - Number of sequences, polymorphisms and sequence

lengths used to calculate the genetic variability index (GVI).

Supplementary figure 3 - Test of self-amplification of the B1 primers. The primers

were tested separately (“external” and “internal” primers) and as a nested-PCR. (W)

Reactions using water as template; (+) Total DNA extracted from RAW247.6 culture

infected with T. gondii; (-) Total DNA extracted from toxoplasmosis seronegative

human.

Page 79: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

78

Figure 1

Figure 2

Page 80: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

79

Figure 3

Page 81: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

80

Table 1. Primers designed in this study and primers used to amplify the B1 gene (B1) and the repetitive element of 529 bp (RE)

B1 primers

Primers designed in this study

Primer name

Sequence 5` - 3` Number of available

sequences Tm (ºC) Product size

Actin gene

ACTAF

ACTAR

TGGAAAAGATCTGGCACC

TCCTGTTTGCTGATCCAC

30

30

54,44

54,48 838 bp

GRA7 gene

GRA7FE

GRA7RE

GRA7FI

GRA7RI

CAAGCACCCGTTGACAGTCT

ACGATGCACCCATACCAACAG

CACCAGCATGGATAAGGCATC

GCGAGCTTCTTCAGCAAGTCT

81

85

81

85

60,53

60,68

59,12

60,94

322bp

222 bp

Primer name

Sequence 5’ – 3’ Principal reference

Oligo 1

Oligo 4

Oligo 2

Oligo 3

GGAACTGCATCCGTTCATGAG

TCTTTAAAGCGTTCGTGGTC

TGCATAGGTTGCAGTCACTG

GGCGACCAATCTGCGAATACACC

Burg et al. 1989

RE primers

Primer name

Sequence 5’ – 3’ Principal reference

NF1

NR1

NF2

NR2

TGACTCGGGCCCAGCTGCGT

CTCCTCCCTTCGTCCAAGCCTCC

AGGGACAGAAGTCGAAGGGG

GCAGCCAAGCCGGAAACATC

Kong et al. 2012

Page 82: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

81

Table 2. Thermal cycling parameters used in PCR assays.

* The stages of denaturation, annealing and extension were repeated 30 times

Step 1 and 2 – B1 Step 1 - RE Step 2 - RE Step 1 and 2 – GRA7

Actin

Initial denaturation

94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min 94ºC – 2 min

Denaturation* 94ºC – 40s 94ºC – 40 s 94ºC – 40s 94ºC – 40s 94ºC – 40s Annealing* 63ºC – 40s 68ºC – 40s 61ºC – 40s 59ºC – 40s 53ºC – 40 s Extension* 68ºC – 40s 69ºC – 40s 69ºC – 40s 63ºC – 40s 72ºC – 40 s

Final extension 69ºC – 3 min 69ºC – 3 min 69ºC – 3 min 63ºC – 3 min 72ºC – 3 min

Page 83: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

82

Supplementary figure 1 - Sequences used in this study.

Gene Number of sequences

Accession number

B1 9 EU340873; EU340877; EU340875; KF413760; KF413761; EU340879; EU340882; EF564276; EU341712

BTUB 17 JX045461; JX045462; JX045453; JX045454; JX045466; JX045452; JX045446; JX045447; JX045459; JX045456; JX045457; M20025; JX045469; JX045455; JX045467; JX045468; JX045460

DHFR 12 GQ397461; GQ397456; GQ397457; GQ397452; GQ395777; GQ397454; GQ395776; GQ395774; GQ397455; GQ397453; GQ395773; GQ395775

DHPS 10 GQ415585; GQ415577; XM_002365108; GQ415579; GQ415578; GQ415576; GQ415575; GQ415574; U61852; HM536197

GRA1 4 HM067753; M26007; AK318045; XM_002365660 GRA2 6 HM014012; AK318019; XM_002366354; M99392; L01753; J04018 GRA3 20 JX044177; JX044175; JX044176; XM_002366330; JX044172;

JX044173; JX044164; JX044166; JX044153; JX044154; JX044165; JX044157; JX044158; EF552406; AF414079; JX044161; JX044159; JX044160; JX044162; JX044163

GRA4 4 M76432; XM_002364283; AK317865; EU660037 GRA5 6 L06091; XM_002369230; AK318131; EU918733; EU918734;

EU918735 GRA6 93 DQ187387; AY964058; AY964059; X96720; EF512264; L33814;

JX044237; JX044241; JX044238; JX044239; AB235431; AF239283; JN649063; EF512247; EF512248; EF512232; EF512233; AB235433; AF239287; AF239289; EF512242; EF512241; EF512230; EF512231; AB235428; AF239286; AF239290; AF239288; AF239292; JN649066; JN649064; EF512263; EF512249; EF512250; EF512225; EF512226; AB235429; AF239291; EF512234; EF512258; AB235434; AB235432; EF512240; XM_002371898; EU180619; EU180620; DQ512729; AB471758; AF239284; AF239285; AJ635332; AJ635336; AB235430; AB235426; JX044231; JX044232; JX044198; JX044199; JX044178; JX044179; JX044226; JX044227; AB235435; JX044229; JX044230; JX044212; JX044207; JX044208; JX044201; JX044202; JX044197; EF512227; EF512228; JX044193; JX044194; JX044195; AJ635335; AJ635333; FJ455444; GU325790; AJ635334; GU325791; JX044186; JX044187; GU139480; GU139485; GU139483; GU139482; GU139484; EF585706; EF585707; GU139481; KC928255

GRA7 85 JX045634; JX045635; JX045619; JX045620; JX045608; JX045609; JX045595; JX045604; JX045605; JX045596; JX045598; JX045585; JX045586; AK317819; XM_002367572; JX045589; JX045590; JX045578; JX045579; DQ459452; DQ459456; EU157155; DQ459454; DQ459455; U79158; EU157156; EU157143; EU157144; EU157171; EU157170; EU157178; EU157149; EU157167; DQ459453; EU157166; JX045628; JX045629; Y13863; JX045614; JX045615; EF626965; EF626966; DQ459445; DQ459446; DQ465955; DQ459450; DQ459451; EU157179; EF639859; DQ459443; EU157183; EU157141; EU157146; JX045613; EU157151; EU157152; EU157162; EU157164; EU157153; EU157154; DQ459448; DQ459449; EU157157; JX045597; EU157163; EU157172; JX045583; JX045584; EU157142; EU157148; EU157175; EU157150; EU157177; DQ473315; JX045600; JX045601; HM016952; JX045599; JX045573; JX045574; DQ872520; HQ852155; HQ852156; HQ852158; HQ852159

Page 84: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

83

GRA8 4 XM_002369485; AK318497; AF150729; DQ835668 GRA9 3 XM_002367354; AY371455; AJ223585 GRA10 2 XM_002365542; AY769952 GRA11 2 XM_002372050; DQ792507 GRA12 2 FJ011096; AK318503 GRA14 2 FJ015061; AK317905 GRA15 3 TGGT1_275470; TGME49_275470; TGVEG_275470 MIC3 9 AJ132530; DQ676961; DQ676960; DQ676959; XM_002369792;

AF509564; EU572718; JF330835; KF153103 MIC4 15 FJ785470; FJ785466; FJ785469; FJ785467; FJ785464; FJ785462;

FJ785468; FJ785463; FJ785465; AF143487; AK318267; XM_002369565; FJ785461; FJ785460; FJ785459

MIC6 3 AF110270; XM_002370595; AK318343 MIC10 3 AF293654; XM_002367312; AK318393 MIC11 3 AF539702; AK318155; XM_002367684 MIC13 15 JN995561; JN995546; JN995544; JN995557; JN995556; JN995547;

JN995550; JN995551; JN995558; JN995553; JN995560; JN995554; JN995549; JN995545; JN995559

ROP1 4 M71274; XM_002364175; AY661790; AF350261 ROP2 4 DQ923323; AK318335; XM_002371885; Z36906 ROP4 3 EU047558; AY662677; Z71787 ROP5 60 EF466101; HQ916453; XM_002371884; DQ116423; BK008047;

BK008045; HQ916458; BK008044; BK008043; JQ743764; BK008046; HQ916457; JQ743777; BK008057; BK008053; HQ916454; JQ743771; JQ743769; JQ743767; HQ916452; HQ916451; JQ743774; JQ743775; JQ743772; JQ743776; BK008052; BK008056; JQ743746; JQ743744; JQ743737; HQ916448; JQ743747; HQ916450; JQ743741; JQ743763; JQ743743; JQ743739; JQ743762; JQ743757; JQ743758; JQ743761; JQ743778; JQ743740; JQ743753; HQ916459; HQ916456; JQ743738; JQ743742; BK008055; HQ916460; HQ916455; JQ743756; JQ743755; JQ743754; JQ743783; JQ743782; JQ743780; JQ743781; JQ743779; JQ743745

ROP6 2 AY792971; XM_002365039 ROP7 19 AM056071; JF831539; JF831543; JF831553; JF831537; JF831544;

JF831541; JF831552; JF831551; JF831548; JF831547; JF831542; JF831540; JF831538; JF831536; FJ194943; JF831554; JF831549; JF831550

ROP8 5 XM_002370855; HM003613; HM003615; HM003616; HM003614 ROP9 3 AK317939; XM_002366831; AJ401616 ROP10 3 EF447219; XM_002364687; DQ124368 ROP11 3 KC456639; XM_002366363; DQ077905 ROP12 2 XM_002367640; DQ096559 ROP13 15 JN051291; JN051288; JN051285; JN051283; JN051279; JN051282;

JN051280; JN051286; JN051289; XM_002364408; JN051281; JN051287; JN051278; JN051290; JN051284

ROP14 2 XM_002364660; DQ096565 ROP15 4 EF447218; AK317928; XM_002371223; DQ096561 ROP16 16 GQ24909; GQ249083; GQ249088; GQ249090; GQ249082;

DQ116422; XM_002365332; GQ249081; GQ249092; GQ249087; GQ249089; GQ249086; GQ249093; GQ249095; GQ249094; GQ249091

Page 85: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

84

ROP17 5 AM075203; XM_002365031; KC997178; KC997176; KC997177 ROP18 24 GQ243216; GQ243210; JX045318; JX045319; GQ243211;

GQ243207; GQ243215; GQ243209; GQ243208; GQ243205; GQ243213; JX045345; AM075204; GQ243202; JX045344; GQ243204; JX045334; JX045335; GQ243206; GQ243203; JX045346; JX045347; EF092842; JX045354

SAG1 40 AY187278; S63900; AK317969; GQ253080; GQ253083; GQ253074; GQ253076; FJ455529; DQ872518; JX045363; DQ872517; JX045390; JX045392; JX045391; JX045393; JX045355; JX045357; JX045397; JX045398; JX045395; JX045396; JX045394; HM776940; GQ253086; GQ253075; GQ253073; X14080; JX045356; JX045421; XM_002368164; S73634; AY217784; AY661791; EF140712; AF110182; AY651825; DQ077664; DQ077665; EU700308; JX013909

SAG2 55 AK317818; AF249697; M33572; AF249698; AF249696; AF357578; AF357582; AF357580; AF357581; AF357577; AF357579; JX045474; JX045473; JX045472; JX045470; JX045471; JX045492; JX045493; JX045491; JX045490; JX045489; FJ207520; JX045494; FJ207519; Y187279; EU650330; EU650329; EU258521; EU258523; EU258533; EU258520; EU258531; EU258522; EU258528; EU258519; KJ524441; AB667972; AB667973; AB667974; DQ000461; AY707925; AY707928; AY941252; AY707930; AY707926; AY707927; KC928258; EU053941; EU053943; EU053942; EU053944; EF585701; EF585702; EF585703; AY707929

SAG3 47 L21720; XM_002371878; AK317978; AY187280; HQ291784; AF340227; HM585285; AF340229; JF312642; AF340228; JX218225; GU249509; GU139476; GU139477; JX218227; GU249510; JX218226; GU139472; GU139466; GU139468; GU139479; GU139478; GU139464; GU139463; EF585688; EF585689; GU139467; GU139475; GU139469; GU139473; HM133638; GU139471; GU139465; KC928250; EF585685; EF585686; GU139470; HM133637; EF585694; EF585683; EF585684; KC928251; GU139474; GU139462; KC928254; KC928253; KC928252

SAG4 5 Z69373; XM_002371410; AF340224; AF340225; AF340226 SAG5A 4 AY190529; AY299532; AY299529; AY299530 SAG5C 5 AY299534; AY299539; AY299535; AY299536; AY299538 SAG5D 7 AY190530; AY299528; AY299523; AY299524; XM_002368526;

AY299527; AY190528

Page 86: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

85

Supplementary figure 2 - Sequences, polymorphisms and lengths used to calculate the genetic variability index (GVI).

Genes Nº of sequences

Nº of polymorphisms

Sequence length (nt)

IGV

ROP12 2 0 711 0

ROP14 2 0 3186 0

BTUB 17 6 1349 0.000262

DHFR 12 3 786 0.000318

MIC11 3 1 615 0.000542

ROP4 3 3 1737 0.000576

GRA7 85 37 708 0.000615

GRA9 3 2 957 0.000697

DHPS 10 7 976 0.000717

GRA2 6 3 558 0.000896

SAG3 47 50 1155 0.000921

ROP9 3 3 1062 0.000942

MIC4 15 25 1743 0.000956

GRA6 93 67 693 0.00104

SAG2 55 33 561 0.00107

MIC10 3 2 597 0.001117

SAG1 40 46 1008 0.001141

MIC6 3 4 1050 0.00127

ROP8 5 11 1728 0.001273

GRA12 2 4 1311 0.001526

MIC3 9 15 1080 0.001543

ROP11 3 8 1548 0.001723

ROP5 60 178 1653 0.001795

ROP7 19 66 1728 0.00201

GRA14 2 5 1227 0.002037

ROP6 2 7 1694 0.002066

MIC13 15 47 1407 0.002227

GRA3 20 30 663 0.002262

ROP13 15 44 1203 0.002438

GRA15 3 15 1908 0.002621

ROP16 16 94 2124 0.002766

GRA10 2 15 2687 0.002791

SAG5D 7 22 1089 0.002886

ROP15 4 11 924 0.002976

ROP10 3 16 1761 0.003029

ROP18 24 138 1671 0.003441

ROP17 5 34 1827 0.003722

GRA1 4 10 573 0.004363

GRA5 6 10 363 0.004591

GRA4 4 24 1038 0.00578

Page 87: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

86

Supplementary figure 3

GRA11 2 27 2259 0.005976

GRA8 4 20 807 0.006196

SAG4 5 16 516 0.006202

RE 16 53 534 0.006203

SAG5A 4 29 1089 0.006657

B1 9 32 502 0.007083

SAG5C 5 40 1104 0.007246

ROP1 4 55 1368 0.010051

ROP2 4 95 1698 0.013987

Page 88: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

87

ANEXO B – Depósito de Pedido de Patente

SEQUÊNCIAS DE ÁCIDOS NUCLEICOS E USO PARA DETECÇÃO DO

PROTOZOÁRIO TOXOPLASMA GONDII

Campo da invenção

O presente invento consiste em sequências de ácidos nucleicos sintéticas,

também designadas oligonucleotídeos ou primers ou iniciadores de DNA, e seu uso

para detecção do protozoário Toxoplasma gondii.

Mais especificamente, a presente invenção refere-se a um conjunto de

oligonucleotídeos, que se ligam em regiões específicas de um gene conservado do

genoma do parasita Toxoplasma gondii, permitindo detectar a presença deste parasita

em diferentes amostras, utilizando-se a técnica de reação em cadeia pela DNA

polimerase (PCR) ou técnicas correlatas como real time PCR, insulated isotermal PCR

ou hibridização por meio de sondas marcadas (southern blot ou northern blot).

Fundamentos da invenção

O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular mundialmente distribuído e

potencialmente capaz de infectar qualquer célula nucleada de animais de sangue

quente. A infecção pelo T. gondii afeta um terço da população mundial sendo

recorrente na maioria dos animais de fazenda, tais como boi, ovelha, cabra, porco e

galinha, e animais domésticos, tais como gato e cachorro. Em seres humanos a

infecção pelo T. gondii pode causar uma doença devastadora em indivíduos

imunocomprometidos, especialmente em pacientes com HIV/AIDS, e em neonatos

infectados durante a gestação, nos quais os sintomas podem evoluir para infecção

ocular, retinocoroidite, encefalite, e distúrbios psiquiátricos, tais como depressão,

ansiedade e esquizofrenia.

O método mais utilizado para o diagnóstico da toxoplasmose é a detecção de

anticorpos das classes IgG e/ou IgM contra Toxoplasma gondii no sangue do paciente.

A detecção desses anticorpos pode ser feita através de reações de

imunofluorescência indireta (IFI), fixação do complemento e inibição da

hemaglutinação e também por meio de técnicas imunoenzimáticas que proporcionam

Page 89: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

88

maior sensibilidade analítica em relação às demais. Atualmente, diversos kits para os

testes sorológicos estão disponíveis comercialmente; como exemplo disso tem-se:

Toxoplasma ELISA IgG Kit (Sigma-Aldrich), Biolisa toxoplasmose IgG e IgM (Bioclin),

Anti-Toxoplasma gondii IgG e IgM Human ELISA Kit (Abcam), dentre outros. De uma

forma geral os testes sorológicos apresentam algumas limitações, que são listadas a

seguir. Resultados falso-positivos podem ser observados quando são analisados

soros que apresentem anticorpos antinucleares ou fator reumatoide, e falso-negativos

ou fracamente positivos podem ocorrer pela presença de altos títulos de anticorpos

IgG de alta afinidade anti-toxoplasma, que competem com os anticorpos IgM na

fixação dos antígenos do parasita. Além disso alguns testes sorológicos comerciais

não conseguem detectar baixos níveis de infecção, levando a um aumento de

resultados falso-negativos, dificultando o diagnóstico e prejudicando o tratamento,

especialmente em pacientes grávidas (Chatterton et al., 2011).

Os métodos para detecção do T. gondii, utilizando a reação em cadeia da

polimerase (PCR), representam as alternativas mais promissoras, uma vez que por

meio dessa técnica é possível identificar partes do genoma do patógeno em uma

amostra infectada. Esses testes já são amplamente utilizados em estudos clínicos e

têm apresentado grande eficiência para identificação do parasita em casos de

toxoplasmose congênita.

Nas últimas décadas, diferentes conjuntos de oligonucleotídeos foram

desenvolvidos para detectar o T. gondii. O primeiro trabalho, publicado por Burg et al.

1989, apresentou o gene B1 como um alvo eficiente para PCR, uma vez que esse

marcador está repetido pelo menos 35 vezes no genoma do protozoário. Logo após,

em 1990, Savva et al. mostrou que o gene P30 (surface antigen 1 – SAG1) também

poderia ser um alvo molecular. Entretanto, SAG1 é um gene que possui apenas uma

cópia no genoma, e trabalhos posteriores mostraram que a sensibilidade do SAG1 é

aproximadamente 10 vezes menor, quando comparado ao B1 (Wastling, Nicoll e

Buston, 1993). Desde então, a identificação do gene B1 tem sido considerada um dos

padrões ouro para detecção de T. gondii, embora existam relatos de que os

oligonucleotídeos para o gene B1 não apresentam a especificidade necessária, uma

vez que pode ocorrer amplificação cruzada de DNA humano na reação de PCR.

Posteriormente, outro alvo promissor para detecção do Toxoplasma gondii por PCR

foi descrito por Homan et al., no ano 2000. Esse alvo consiste em um fragmento de

Page 90: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

89

529 pb repetido de 200 a 300 vezes no genoma do protozoário, que é chamado de

fragmento RE. Muitos trabalhos mostraram que reações de PCR usando o RE como

alvo são pelo menos 10 vezes mais sensíveis que as reações usando o B1 ( Cassaing

et al., 2006; Fallahi et al., 2014; Reischl et al., 2003). Mesmo o RE mostrando maior

sensibilidade, existe a possibilidade de algumas cepas terem perdido parte ou todas

as unidades repetitivas, o que pode comprometer a eficiência do teste (WAHAB et al.,

2010). Uma busca recente nos principais bancos de patentes mundiais revelou 17

pedidos de patente depositados nos últimos 10 anos, que descrevem sequências de

oligonucleotídeos que podem ser aplicadas para detecção do T. gondii utilizando-se

variações da técnica de PCR, tais como nested PCR, PCR quantitativo e PCR-LAMP.

Esses pedidos são designados pelos códigos: US2015086987 (A1),

CN104120195 (A), CN104117072 (A), CN103952471 (A), CN103789430 (A),

CN103725788 (A), CN103320501 (A), CN103122382 (A), CN102154496 (A),

CN101962674 (A), CN101845505 (A), CN101613751 (A), CN101250577 (A),

CN101245367 (A), US2007218474 (A1), US2007190545 (A1), JP2007282601 (A).

Alguns dos kits comerciais que se baseiam na técnica de PCR para identificação do

T. gondii são o Toxoplasma gondii PCR detection kit (Norgen Biotec Corp.),

genesig®Advanced Kit (genesig®), LSI VetMAX Toxoplasma gondii REal Time PCR

kit (ThermoFisher), Toxoplasma gondii PCR detection kit (SinaClon), LightMix® kit

Toxoplasma gondii (Roche) e VetPCR™ TOXO Detection Kit. Até o momento não

existem kits projetados para detectar de forma eficiente todas as diferentes variantes

do protozoário T. gondii.

O presente invento consiste em um novo conjunto de oligonucleotídeos e o seu

uso combinado em uma PCR, para detecção de T, gondii com alta sensibilidade e

especificidade. Os novos oligonucleotídeos apresentados aqui podem compor um kit

em conjunto com os demais reagentes para PCR, e este kit pode ser utilizado de forma

automatizada nas plataformas para PCR disponíveis comercialmente, facilitando o

trabalho do analista.

Sumario da invenção

A presente invenção consiste em um conjunto de sequências de ácidos

nucleicos sintéticas, também designadas oligonucleotídeos ou primers ou iniciadores

de DNA e seu uso para detecção de T. gondii utilizando-se a técnica de PCR ou suas

Page 91: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

90

variações como real time PCR, insulated isotermal PCR ou hibridização por meio de

sondas marcadas (southern blot ou northern blot).

A invenção em comento consiste em um conjunto de oligonucleotídeos

sintéticos, designados pelas sequências nucleotídicas SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2,

SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4, que podem ser utilizados em diferentes combinações

em uma reação de PCR para identificação do Toxoplasma gondii.

Outro desenvolvimento desta invenção refere-se ao método de detecção de T.

gondii por meio da técnica de PCR, utilizando um protocolo específico que

compreende as seguintes etapas: (1) Extração de DNA de Toxoplasma gondii, de

amostras clínicas obtidas a partir de humanos ou animais, ou de amostras do

ambiente (água, solo ou de alimentos de origem animal ou vegetal). (2) Amplificação

do fragmento de DNA do parasita uma ou mais de uma vez de forma aninhada,

utilizando-se uma ou mais combinações de oligonucleotídeos em cada reação; (3)

Amplificação de um controle positivo, que permite inferir que a reação ocorreu

adequadamente utilizando-se os oligonucleotídeos designados pelas sequências

SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6, os quais atuam na amplificação de parte do gene que

codifica a proteína actina, que também integram a presente invenção; (4) Detecção

do produto de amplificação por meio da técnica de eletroforese, por medição da

fluorescência ou por meio de qualquer procedimento que possibilite detectar o material

amplificado pela PCR.

Descrição das figuras

Figura 1 - Gel de agarose a 1,5% com as bandas resultantes da reação de PCR

utilizando como template DNA extraído de cultura de células Raw 264.7 para detecção

de T. gondii: M, marcador de tamanho; 1 – 4, bandas resultantes da primeira reação

de PCR utilizando os oligonucleotídeos correspondentes às SEQ ID NO 1 e SEQ ID

NO 2 (1, RH; 2, VEG; 3, Ck2; 4, Pg1); 5 – 8, bandas resultantes da segunda reação

de PCR utilizando as SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4 (5, RH; 6, VEG; 7, Ck2; 8, Pg1); 9

– 12, bandas resultante da PCR utilizando os oligonucleotídeos correspondentes às

SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6 (9, RH; 10, VEG; 11, Ck2; 12, Pg1).

Page 92: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

91

Figura 2 - Gel de agarose a 1,5% com as bandas resultantes da reação de PCR

utilizando como template DNA extraído de líquido amniótico para detecção de T.

gondii: M, marcador de tamanho; 1 – 3, bandas resultantes da primeira reação de PCR

utilizando os oligonucleotídeos correspondentes às SEQ ID NO 1 e SEQ ID NO 2 (1,

controle negativo; 2, amostra de paciente; 3, controle positivo); 4 – 6, bandas

resultantes da segunda reação de PCR utilizando os oligonucleotídeos

correspondentes às SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4 (4, controle negativo; 5, amostra de

paciente; 6, controle positivo); 7 – 9, bandas resultantes da PCR utilizando os

oligonucleotídeos correspondentes às SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6 2 (7, controle

negativo; 8, amostra de paciente; 9, controle positivo).

Descrição detalhada da presente invenção

Em sua aplicação preferencial, a presente invenção compreende um método

para detecção do protozoário T. gondii por meio da técnica de nested-PCR, uma

variação da técnica de PCR em que duas reações de amplificação são realizadas de

forma aninhada (onde a segunda utiliza como DNA template o produto de amplificação

da primeira) de forma a aumentar a sensibilidade e especificidade do teste. O método

compreende as seguintes etapas: (1) Extração de ácidos nucleicos de amostras

clínicas obtidas a partir de humanos ou animais (por exemplo, mas não se restringindo

a amostras de células, tecidos, amostras oriundas de autópsias, aspirados de

medula), incluindo fluidos corporais (por exemplo, mas não se restringindo a sangue,

soro, urina, fluido cerebrospinal, líquido amniótico, linfa, lágrima, saliva e fluidos

oriundos de lavagens), fezes e swabs do sistema orofaríngeo e do reto. Incluem-se

amostras de água, de solo e de alimentos de origem vegetal ou animal, além de outras

amostras oriundas do ambiente (por exemplo, mas não se restringindo a swabs de

paredes, pisos, ou qualquer tipo de superfície). Os ácidos nucléicos podem ser

extraídos utilizando-se os métodos tradicionais, (por exemplo, mas não se restringindo

a extração orgânica com fenol clorofórmio, seguida de precipitação com etanol ou

isopropanol; tecnologias baseadas em sílica recorrentes em kits comerciais,

separação magnética, troca iônica, salting out, gradiente de densidade em cloreto de

césio ou uso de resina Quelex 100); (2) Validação da qualidade do DNA extraído na

etapa 1 por meio de uma reação de PCR utilizando-se os oligonucleotídeos SEQ ID

NO 5 e SEQ ID NO 6 e os reagentes necessários para que a reação ocorra, os quais

Page 93: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

92

podem ser compostos por compor um mix (água, magnésio, deoxinucleotídeos

trifosfato, enzima DNA polimerase, sais, tampão adequado, aditivos), sendo esse um

dos controles positivos da reação; (3) Utilização do DNA ou RNA extraído na etapa 1

como template na primeira reação de PCR para detecção do T. gondii, em presença

dos oligonucleotídeos designados pelas sequencias SEQ ID NO 1 e SEQ ID NO 2

bem como os reagentes necessários para que a reação ocorra, os quais poderão

compor um mix (água, magnésio, deoxinucleotídeos trifosfato, enzima DNA

polimerase, sais, tampão adequado, aditivos) ; (3) Utilização do produto de

amplificação da etapa 3 na reação nested (reação aninhada) em presença dos

oligonucleotídeos designados pelas sequencias SEQ ID NO 3, SEQ ID NO 4 e de um

mix contendo os reagentes necessários para que a reação de PCR ocorra, conforme

já descrito na etapa 2. (4) Visualização do produto de amplificação da segunda reação

(reação nested) utilizando a técnica de eletroforese em gel de agarose ou de

acrilamida corado com brometo de etídio, com nitrato de prata ou com qualquer

molécula que seja capaz de interagir com os ácidos nucleicos e permita a sua

visualização de forma direta ou indireta. Alternativamente, o produto de amplificação

poderá ser detectado por eletroforese capilar ou por fluorescência em equipamentos

de real time PCR, desde que fluoróforos adequados sejam inseridos nos

oligonucleotídeos, em sondas ou nos produtos de amplificação.

Em uma segunda aplicação, os oligonucleotídeos correspondentes às

sequências SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2, SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4 são utilizados

em diferentes combinações em uma reação de PCR. As etapas do método são

semelhantes às que já foram descritas (1) Extração de ácidos nucleicos de amostras

clínicas obtidas a partir de humanos ou animais; (2) Validação da qualidade do DNA

extraído na etapa 1 por meio de uma reação de PCR utilizando-se os

oligonucleotídeos SEQ ID NO 5, SEQ ID NO 6 e os reagentes necessários para que

a reação ocorra; (3) Utilização do DNA ou RNA extraído na etapa 1 como template

na primeira reação de PCR para detecção do T. gondii, em presença dos

oligonucleotídeos designados pelas sequencias SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2, SEQ ID

NO 3 e SEQ ID NO 4, conforme combinações apresentadas no QUADRO 2 ou em

multiplex (reações em que mais de um par de oligonucleotídeos é utilizado

simultaneamente).

Page 94: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

93

QUADRO 2 - Possíveis combinações dos oligonucleotídeos e os tamanhos dos produtos de amplificação esperados em cada caso. (pb = pares de bases)

SEQ ID NO 1 SEQ ID NO 3

SEQ ID NO 2 322 pb 251 pb

SEQ ID NO 4 293 pb 222 pb

Os oligonucleotídeos designados pelas sequências SEQ ID NO 1, SEQ ID NO

2, SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4 interagem com regiões extremamente conservadas

(regiões que apresentam poucos ou nenhum polimorfismo) no gene que codifica à

Proteína 7 do Grânulo Denso (Dense Granule Protein 7 - GRA7). As sequências

conservadas foram determinadas a partir de um alinhamento utilizando-se 85

sequências da proteína GRA7 disponíveis no banco de dados público GenBank. Os

oligonucleotídeos designados pelas sequências SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2, SEQ ID

NO 3 e SEQ ID NO 4 permitem identificar diferentes variantes do T. gondii, pois

interagem em regiões do genoma que não variam de forma significativa, e aumentam

a eficiência da reação.

Também são objeto desta invenção os oligonucleotídeos designados pelas

sequências SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6 os quais foram desenhados a partir de um

alinhamento de sequências dos genes que codificam a proteína actina de diferentes

mamíferos. Estes oligonucleotídeos podem ser utilizados como controle positivo da

reação, uma vez que amplificam um fragmento de 838 pb do gene da actina. O

emprego deste controle é mais indicado quando o DNA extraído provém de amostras

de mamíferos (sangue, células e/ou líquidos corporais). A seguir, são apresentados

alguns exemplos de utilização da invenção, entretanto seu uso não está restrito a

estes exemplos.

Exemplo 1

O DNA foi extraído de cultura de células Raw 264.7 (linhagem de macrófago

de murinos) utilizando o QIAamp® DNA mini kit. A uma alíquota da suspensão de

células, foi adicionado proteinase K e tampão para lise das células e álcool 96%-100%.

Depois, o volume foi transferido para uma coluna contendo uma membrana e

centrifugado. O DNA que ficou retido na membrana da coluna foi lavado e centrifugado

com tampões para purificação e, por fim, com um tampão para remove-lo da

membrana.

Page 95: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

94

Para a reação de detecção do Toxoplasma gondii foram utilizados1,5 µl de

DNA, tampão da PCR 1X, 1,5 mM de MgCl2, 0,2 de dNTP (cada), 0,25 µM de cada

oligonucleotídeo (forward e reverse) e 0,01U de Taq polimerase. O volume foi

completado para 20 µl com água Mili-Q. As mesmas concentrações foram usadas

tanto na primeira, quanto na segunda reação do nested-PCR. Na primeira reação os

oligonucleotídeos usados correspondem às SEQ ID NO 1 e SEQ ID NO 2, e na

segunda reação os oligonucleotídeos foram as SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4. O padrão

de termociclagem foi o mesmo para as duas etapas: desnaturação inicial a 94oC por

2 minutos, seguido de 30 ciclos de desnaturação a 94oC por 40 segundos, anelamento

a 59oC por 40 segundos, extensão a 63oC por 40 segundos, e extensão final a 63oC

por 3 minutos. Após cada etapa de PCR foi feito um gel de agarose a 1,5% com

brometo de etídio.

A reação do controle positivo aconteceu com as mesmas condições de mix (1,5

µl de DNA, tampão da PCR 1X, 1,5 mM de MgCl2, 0,2 de cada dNTP, 0,25 µM de

cada oligonucleotídeo e 0,01U de Taq polimerase) usando as SEQ ID NO 5 e SEQ ID

NO 6 como oligonucleotídeos. O ciclo da PCR consistiu em uma etapa de

desnaturação inicial a 94oC por 2 minutos, 30 ciclos de desnaturação a 94oC por 40

segundos, anelamento a 53oC por 40 segundos, extensão a 72oC por 40 segundos, e

uma etapa de extensão final a 72oC por 3 minutos. Após a etapa de PCR, a verificação

do fragmento de DNA foi observada em gel de agarose a 1,5% com brometo de etídio.

Exemplo 2

O DNA foi extraído de líquido amniótico que foi centrifugado previamente, para

concentração de células, pois a celularidade deste material é baixa. A extração foi

feita utilizando o QIAamp® DNA mini kit. A uma alíquota do líquido amniótico, foi

adicionada proteinase K e tampão para lise das células e álcool 96%-100%. Depois,

o volume foi transferido para uma coluna contendo uma membrana e, em seguida foi

centrifugado. O DNA que ficou retido na membrana da coluna foi lavado e centrifugado

com tampões para purificação e por fim, com um tampão para removê-lo da

membrana.

Para a reação de detecção do T. gondii foram utilizados1,5 µl de DNA, tampão

da PCR 1X, 1,5 mM de MgCl2, 0,2 de dNTP (cada), 0,25 µM de cada oligonucleotídeo

Page 96: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

95

(forward e reverse) e 0,01U de Taq polimerase. O volume foi completado para 20 µl

com água Mili-Q. As mesmas concentrações foram usadas tanto na primeira, quanto

na segunda reação do nested-PCR. Na primeira reação os oligonucleotídeos usados

correspondem às SEQ ID NO 1 e SEQ ID NO 2, e na segunda reação os

oligonucletídeos utilizados foram as SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4. O padrão de

termociclagem foi o mesmo para as duas etapas: desnaturação inicial a 94oC por 2

minutos, seguido de 30 ciclos de desnaturação a 94oC por 40 segundos anelamento

a 59oC por 40 segundos, extensão a 63oC por 40 segundos, e extensão final a 63oC

por 3 minutos. Após cada etapa de PCR foi feito um gel de agarose a 1,5% com

brometo de etídio.

A reação do controle positivo aconteceu com as mesmas condições de mix (1,5

µl de DNA, tampão da PCR 1X, 1,5 mM de MgCl2, 0,2 de cada dNTP, 0,25 µM de

cada oligonucleotídeo e 0,01U de Taq polimerase) usando as SEQ ID NO 5 e SEQ ID

NO 6 como oligonucleotídeos. O ciclo da PCR consistiu em uma etapa de

desnaturação inicial a 94oC por 2 minutos, 30 ciclos de desnaturação a 94oC por 40

segundos, anelamento a 53oC por 40 segundos, extensão a 72oC por 40 segundos, e

uma etapa de extensão final a 72oC por 3 minutos. Após a etapa de PCR, a verificação

do fragmento de DNA foi observada em gel de agarose a 1,5% com brometo de etídio.

Os novos oligonucleotídeos e o método que são objeto da presente invenção

foram desenhados para se anelarem em regiões do genoma do T. gondii que não

apresentam polimorfismos, o que permite a detecção de diferentes variantes do

protozoário, suprindo, assim, as deficiências apresentadas pelas reações que

empregam os oligonucleotídeos descritos previamente. A utilização da presente

invenção oferece vantagens ao analista principalmente em regiões onde variantes

atípicas do protozoário T. gondii ocorrem, por permitir maior eficácia na detecção e

possibilidade de automatização em plataformas para PCR já oferecidas no mercado.

Page 97: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

96

REIVINDICAÇÕES

1. Método para detectar a presença do protozoário Toxoplasma gondii

caracterizado por compreender uma ou mais etapas em que um ou mais

oligonucleotídeos designados pelas sequências SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2,

SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4, entram em contato com amostra que se pretende

analisar, e a amplificação ou replicação de uma região do gene que codifica a

proteína 7 do grânulo denso (GRA7) ou a detecção da hibridização de um ou

mais oligonucleotídeos indica a presença do protozoário Toxoplasma gondii na

amostra.

2. Método para detectar a presença do protozoário Toxoplasma gondii

caracterizado por compreender uma ou mais etapas em que um ou mais

oligonucleotídeos que apresentem pelo menos 70% de identidade com uma

das sequências SEQ ID NO 1, SEQ ID NO 2, SEQ ID NO 3 e SEQ ID NO 4,

ou que sejam o seu reverso complementar, entram em contato com amostra

que se pretende analisar, e a amplificação ou replicação de uma região do gene

que codifica a proteína 7 do grânulo denso (GRA7) ou a detecção da

hibridização de um ou mais oligonucleotídeos indica a presença do protozoário

Toxoplasma gondii na amostra.

3. Método de acordo com as reivindicações 1 e 2 em que um ou mais

oligonucleotídeos designados pelas sequências SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6

entram em contato com amostra que se pretende analisar, e a amplificação ou

replicação de uma região do gene que codifica a proteína Actina ou a detecção

da hibridização de um ou mais oligonucleotídeos indica a presença de DNA ou

RNA na amostra.

4. Método de acordo com as reivindicações 1 e 2 em que um ou mais

oligonucleotídeos que apresentem pelo menos 70% de identidade com

sequências SEQ ID NO 5 e SEQ ID NO 6, ou que sejam o seu reverso

complementar, entram em contato com amostra que se pretende analisar, e a

amplificação ou replicação de uma região do gene que codifica a proteína

Actina ou a detecção da hibridização de um ou mais oligonucleotídeos indica a

presença de DNA ou RNA na amostra.

Page 98: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

97

5. Método de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por conter

oligonucleotídeos não marcados ou marcados com fluoróforos, biotina ou

enzimas.

6. Método de acordo com as reivindicações 1 a 4, em que a amostra a ser

analisada consiste em uma amostra biológica ou em uma amostra do ambiente.

7. Método de acordo com a reivindicação 6 em que a amostra a ser analisada

pode ser sangue, plasma, soro, líquido amniótico, líquido cerebrospinal, saliva,

fezes ou urina.

8. Método de acordo com a reivindicação 6 em que a amostra a ser analisada

pode ser alimentos de origem animal ou vegetal, água, ou swab de superfícies.

Page 99: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

98

FIGURAS

Figura 1

Figura 2

Page 100: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

99

RESUMO

O presente invento consiste em sequências de ácidos nucleicos sintéticas, também

designadas oligonucleotídeos ou primers ou iniciadores de DNA, e seu uso para

detecção do protozoário Toxoplasma gondii. Os oligonucleotídeos quem compõem a

presente invenção se ligam em regiões específicas do gene que codifica a proteína 7

do grânulo denso (GRA7) do genoma do parasita Toxoplasma gondii, permitindo

detectar a presença deste parasita em diferentes amostras biológicas ou do ambiente,

utilizando-se a técnica de reação em cadeia pela DNA polimerase (PCR) ou técnicas

correlatas como real time PCR, insulated isotermal PCR ou hibridização por meio de

sondas marcadas (southern blot ou northern blot).

Page 101: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

100

Page 102: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

101

Page 103: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

102

Page 104: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

103

Page 105: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

104

Page 106: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

105

ANEXO C – Artigo em fase final de preparação

Molecular typing of Toxoplasma gondii using regions under positive selection

of the genes ROP5, GRA7 and ROP18

Maria Eduarda S. M. Costa1,3; Daniel C. F. Lanza1,3*.

1 - Laboratório de Biologia Molecular Aplicada - LAPLIC, Departamento de

Bioquímica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

2 - Laboratório de Biologia da Malária e Toxoplasmose, Departamento de

Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal,

RN, Brazil.

3 - Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

*Corresponding author:

Daniel Carlos Ferreira Lanza

Laboratório de Biologia Molecular Aplicada - LAPLIC

Departamento de Bioquímica

Centro de Biociências

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal, RN, Brazil. CEP: 59072-970

Phone: 55-84-3215-3416 Fax: 55-84-32153415

Email: [email protected]

Page 107: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

106

Abstract

Recently, our group introduced a new nested-PCR protocol for the detection of T.

gondii with great sensitivity and specificity, based on the detection of the GRA7 gene.

In this work we propose a complement for this initial protocol, introducing a new

possibility for molecular typing of T. gondii strains. Our new test is based in the

identification of the polymorphic sites inside regions under positive selection in the

genes ROP5, ROP18 and GRA7. These genes encodes proteins that form the most

described complex interacting with the main mechanism of resistance in murine cell.

This new procedure is simpler than and as effective as the traditional RFLP method for

characterization of the three clonal lineages, and is quite promising for the

characterization of atypical strains of T. gondii.

Keywords

Apicomplexa, rhoptry, dense granule protein 7, toxoplasmosis, Toxoplasma

genotyping, Toxoplasma RFLP

For the clinical laboratory purposes, the greatest promise of the Toxoplasma

gondii genotyping is the possibility of predicting the potential virulence of different

strains, allowing better decisions about the treatment. Several molecular typing

approaches have been used to differentiate strains of T. gondii, such as polymerase

chain reaction-restriction fragment length polymorphism (PCR-RFLP) (HOWE;

SIBLEY, 1995b), sequencing of introns (KHAN et al., 2007), microsatellite analysis

(AJZENBERG et al., 2002) and multi-locus enzyme electrophoresis (MLEE) (DARDÉ;

BOUTEILLE; PESTRE-ALEXANDRE, 1992). Among these, the PCR-RFLP using the

markers SAG1, SAG2, SAG3, BTUB, GRA6, c22-8, c29-2, L358, PK1, Apico and CS3

have shown the best results, primarily for its effectively for identification of clonal and

atypical strains (PENA et al., 2008; SU; ZHANG; DUBEY, 2006). Based on these

markers and virulence characteristics in a murine model, T. gondii strains have been

classified into three clonal lineages, types I (high virulent), II (low virulent) and III (low

virulent) (HOWE; SIBLEY, 1995b). So far, it is not known a direct relationship between

the RFLP markers used for T. gondii genotyping and virulence characteristics in

humans. Even in the widespread murine model, the relationship between RFLP

markers and virulence patterns were characterized by means of simple association;

Page 108: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

107

molecular markers directly related to virulence have not yet been reported. This fact,

associated to the increment of atypical isolates described in recent years, has

hampered the precise identification of the new strains, creating a challenge in the

development of molecular markers that can be used to determine genotypic and

phenotypic characteristics of each strain, using an approach more simple and scalable

than the RFLP. (AJZENBERG et al., 2004; LEHMANN et al., 2004; PENA et al., 2008).

In this work we propose that the polymorphisms observed in some sites under

positive selection inside some T. gondii proteins that are involved in virulence are

sufficient informative to be used as markers for genotyping. Since the positive selection

are produced by variations in protein sequence, which confers higher fitness than the

average in the population (Suzuki & Gojobori, 1999), we hypothesized that the variable

regions of the proteins involved in T. gondii infection mechanisms can be used as

markers to infer virulence characteristics, and consequently to typing different strains.

The Table 1 summarizes the 10 proteins and their respective mechanisms involved in

T. gondii resistance and virulence. Taking into account the murine model, the best

characterized complex associated to virulence is constituted by ROP5 and ROP18

(BEHNKE et al., 2015; NIEDELMAN et al., 2012). Recently, was demonstrated that

GRA7 regulate this complex, interacting directly with ROP5 and promoting specific

phosphorylation of a threonine residue from ROP18, in its nucleotide-binding domain.

(FLECKENSTEIN et al., 2012; HERMANNS et al., 2015). The ROP5/ROP18/GRA7

complex are responsible for inhibit the interferon-gamma-inducible immunity-related

GTPases (IRGs) (BEHNKE et al., 2012; FLECKENSTEIN et al., 2012). Additionally,

there are other mechanisms involved T. gondii resistance in the host cell, as activation

of STAT3 and STAT6 by ROP16 (ONG; REESE; BOOTHROYD, 2010; YAMAMOTO

et al., 2009), activation of NF-кB pathway by GRA15 (ROSOWSKI et al., 2011),

regulation of cell cycle by GRA16 (BOUGDOUR et al., 2013), and the modulation of

the immune response by GRA24, GRA25 and MAF1(BRAUN et al., 2013; PERNAS et

al., 2014; SHASTRI et al., 2014) (Table 1).

We elected the ROP5/ROP18/GRA7 complex to validate our hypothesis.

Starting from three alignments referenced in Supplementary Table 1, and using the

software DNAsp (LIBRADO; ROZAS, 2009) we used the sliding window approach

(window length and step size of 35 for GRA7 and window length e step size of 50 for

ROP5 and ROP18) to determine the regions under positive selection inside ROP5,

ROP18 and GRA7 coding sequences. All regions found were also characterized

Page 109: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

108

structurally, comparing the entire protein sequences with each respective secondary

structure predictions, as showed in Figure 1. The analysis of nonsynonymous to

synonymous ratio rate (dN/dS) revealed at least nine regions under positive selection

(peaks with values higher than 1) in the ROP5, three in ROP18 and two in GRA7

polypeptidic sequences (Figure 1 and Supplementary Figure 1). Predictions using the

software Foldindex (Prilusky et al., 2005) revealed that, with the exception of the first

two peaks found in ROP5, all regions under positive selection correspond to structured

sites of each protein. Curiously, the ProtScale analysis (GASTEIGER et al., 2005)

appoints that the higher peaks are located at hydrophobic regions, indicating that the

selection is occurring at sites that are inside the protein structures. In agreement, five

peaks of ROP5 and the higher peak found in ROP18 are located in the protein kinase

domain. The predictions schematized in Figure 1 are in agreement with previously

works that demonstrated that the ROP5 pseudokinase active site is under positive

selection (Behnke et al., 2015; Reese, Zeiner, Saeij, Boothroyd, & Boyle, 2011) as well

the entire protein ROP18 (KHAN et al., 2009). The sliding window approach used here

enable to observe that the positive selection can be occurring at the ROP18 kinase

active site and in the C-terminal region of GRA7.

The regions comprising the amino acids 437 - 511, 401 - 521 , 71 - 217 from

proteins ROP5, ROP18 and GRA7 respectively (correspondent respectively to peaks

7 and 8; 2; 1 and 2 in Figure 1) were selected, and primers flanking these regions

were designed in other to allow the amplification of fragments of 227, 365 and 442 bp

(Table 2) . All polymorphic sites which could cause changes in the encoded amino

acid, were determined and mapped in each region and subsequently the specific

amino acids that occur in each polymorphic site from the clonal and atypical lineages

were identified. Surprisingly, analyzing an alignment of all sequences of the clonal

lineages I, II and III we observed that each lineage has a specific amino acid profile.

The same particular amino acid sequence is observed for each of the atypical strains

analyzed (P89, CAST and GUYKOE). These specific patterns are shown in Table 3

referenced by their corresponding polymorphic sites in each polypeptide sequence.

When taken together, these three sequences are sufficient to genotype all clonal

lineages already described. We called these new molecular marker as Positive

Selection of Signature (PSS).

The classification of atypical strains is complex, so far, not even the default

system RFLP showed sufficient efficiency for accurate classification in most cases. We

Page 110: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

109

believe that the analysis of the PSS markers will facilitate the classification of atypical

strains.

The possibility of genotype an organism with the genome of 80 Mb using the

information of only three sequences of 227 bp, 365 bp and 442 bp is a major

breakthrough, especially for the clinical routine. The system proposed in this work

should be validated in a larger number of samples, for this we are providing a so-called

software TOXOPLIC where the scientific community can their sub-ether sequences

and receive the results of genotyping (www.laplic.com.br). Positive selection has been

reported for genes SAG2, SAG4, ROP5, ROP18, ROP16, ROP17, GRA6, GRA7

(BEHNKE et al., 2015; KHAN et al., 2009; MINOT et al., 2012), but to date, they have

not been mapped regions under positive pressure in any of these polypeptide

sequences. We are convinced that the selection of new PSS markers will contribute

for the genotyping of T. gondii and other organisms with complex genomes.

Acknowledgements

We would like to thank Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES) for financial support. M.E.S.M Costa was supported by a

scholarship from CAPES.

References

Ajzenberg, D., Bañuls, a. L., Su, C., Dumètre, a., Demar, M., Carme, B., & Dardé, M. L. (2004). Genetic diversity, clonality and sexuality in Toxoplasma gondii. International Journal for Parasitology, 34(10), 1185–1196. http://doi.org/10.1016/j.ijpara.2004.06.007

Ajzenberg, D., Bañuls, A. L., Tibayrenc, M., & Dardé, M. L. (2002). Microsatellite analysis of Toxoplasma gondii shows considerable polymorphism structured into two main clonal groups. International Journal for Parasitology, 32(1), 27–38. http://doi.org/10.1016/S0020-7519(01)00301-0

Behnke, M. S., Fentress, S. J., Mashayekhi, M., Li, L. X., Taylor, G. A., & Sibley, L. D. (2012). The polymorphic pseudokinase ROP5 controls virulence in Toxoplasma gondii by regulating the active kinase ROP18. PLoS Pathogens, 8(11), e1002992. http://doi.org/10.1371/journal.ppat.1002992

Behnke, M. S., Khan, A., Lauron, E. J., Jimah, J. R., Wang, Q., Tolia, N. H., & Sibley, L. D. (2015). Rhoptry Proteins ROP5 and ROP18 Are Major Murine Virulence Factors in Genetically Divergent South American Strains of Toxoplasma gondii. PLOS Genetics, 11(8), e1005434. http://doi.org/10.1371/journal.pgen.1005434

Page 111: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

110

Bougdour, A., Durandau, E., Brenier-Pinchart, M. P., Ortet, P., Barakat, M., Kieffer, S., … Hakimi, M. A. (2013). Host cell subversion by Toxoplasma GRA16, an exported dense granule protein that targets the host cell nucleus and alters gene expression. Cell Host and Microbe, 13, 489–500. http://doi.org/10.1016/j.chom.2013.03.002

Braun, L., Brenier-Pinchart, M.-P., Yogavel, M., Curt-Varesano, A., Curt-Bertini, R.-L., Hussain, T., … Hakimi, M.-A. (2013). A Toxoplasma dense granule protein, GRA24, modulates the early immune response to infection by promoting a direct and sustained host p38 MAPK activation. The Journal of Experimental Medicine, 210(10), 2071–86. http://doi.org/10.1084/jem.20130103

Dardé, M. L., Bouteille, B., & Pestre-Alexandre, M. (1992). Isoenzyme analysis of 35 Toxoplasma gondii isolates and the biological and epidemiological implications. The Journal of Parasitology, 78(5), 786–794. http://doi.org/10.2307/3283305

Fleckenstein, M. C., Reese, M. L., Könen-Waisman, S., Boothroyd, J. C., Howard, J. C., & Steinfeldt, T. (2012). A toxoplasma gondii pseudokinase inhibits host irg resistance proteins. PLoS Biology, 10(7), 14. http://doi.org/10.1371/journal.pbio.1001358

Gasteiger, E., Hoogland, C., Gattiker, A., Duvaud, S., Wilkins, M. R., Appel, R. D., & Bairoch, A. (2005). Protein Identification and Analysis Tools on the ExPASy Server. In The Proteomics Protocols Handbook (pp. 571–607). http://doi.org/10.1385/1-59259-890-0:571

Hermanns, T., Müller, U. B., Könen-Waisman, S., Howard, J. C., & Steinfeldt, T. (2015). The Toxoplasma gondii rhoptry protein ROP18 is an Irga6-specific kinase and regulated by the dense granule protein GRA7. Cellular Microbiology, n/a–n/a. http://doi.org/10.1111/cmi.12499

Howe, D. K., & Sibley, L. D. (1995). Toxoplasma gondii Comprises Three Clonal Lineages : Correlation of Parasite Genotype with Human Disease. The Journal of Infectious Diseases, 1561–1566.

Khan, A., Fux, B., Su, C., Dubey, J. P., Darde, M. L., Ajioka, J. W., … Sibley, L. D. (2007). Recent transcontinental sweep of Toxoplasma gondii driven by a single monomorphic chromosome. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 104(37), 14872–14877. http://doi.org/10.1073/pnas.0702356104

Khan, A., Taylor, S., Ajioka, J. W., Rosenthal, B. M., & Sibley, L. D. (2009). Selection at a single locus leads to widespread expansion of toxoplasma gondii lineages that are virulent in mice. PLoS Genetics, 5(3), 1–14. http://doi.org/10.1371/journal.pgen.1000404

Lehmann, T., Graham, D. H., Dahl, E. R., Bahia-Oliveira, L. M. G., Gennari, S. M., & Dubey, J. P. (2004). Variation in the structure of Toxoplasma gondii and the roles of selfing, drift, and epistatic selection in maintaining linkage disequilibria. Infection, Genetics and Evolution, 4(2), 107–114. http://doi.org/10.1016/j.meegid.2004.01.007

Librado, P., & Rozas, J. (2009). DnaSP v5: A software for comprehensive analysis of DNA polymorphism data. Bioinformatics, 25(11), 1451–1452. http://doi.org/10.1093/bioinformatics/btp187

Page 112: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

111

Minot, S., Melo, M. B., Li, F., Lu, D., Niedelman, W., Levine, S. S., & Saeij, J. P. J. (2012). Admixture and recombination among Toxoplasma gondii lineages explain global genome diversity. Proceedings of the National Academy of Sciences, 109(33), 13458–13463. http://doi.org/10.1073/pnas.1117047109

Niedelman, W., Gold, D. A., Rosowski, E. E., Sprokholt, J. K., Lim, D., Farid Arenas, A., … Saeij, J. P. J. (2012). The Rhoptry Proteins ROP18 and ROP5 Mediate Toxoplasma gondii Evasion of the Murine, But Not the Human, Interferon-Gamma Response. PLoS Pathogens, 8(6), e1002784. http://doi.org/10.1371/journal.ppat.1002784

Ong, Y.-C., Reese, M. L., & Boothroyd, J. C. (2010). Toxoplasma Rhoptry Protein 16 (ROP16) Subverts Host Function by Direct Tyrosine Phosphorylation of STAT6. Journal of Biological Chemistry, 285(37), 28731–28740. http://doi.org/10.1074/jbc.M110.112359

Pena, H. F. J., Gennari, S. M., Dubey, J. P., & Su, C. (2008). Population structure and mouse-virulence of Toxoplasma gondii in Brazil. International Journal for Parasitology, 38(5), 561–569. http://doi.org/10.1016/j.ijpara.2007.09.004

Pernas, L., Adomako-Ankomah, Y., Shastri, A. J., Ewald, S. E., Treeck, M., Boyle, J. P., & Boothroyd, J. C. (2014). Toxoplasma effector MAF1 mediates recruitment of host mitochondria and impacts the host response. PLoS Biology, 12(4), e1001845. http://doi.org/10.1371/journal.pbio.1001845

Reese, M. L., Zeiner, G. M., Saeij, J. P. J., Boothroyd, J. C., & Boyle, J. P. (2011). Polymorphic family of injected pseudokinases is paramount in Toxoplasma virulence. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 108(23), 9625–9630. http://doi.org/10.1073/pnas.1015980108

Rosowski, E. E., Lu, D., Julien, L., Rodda, L., Gaiser, R. a, Jensen, K. D. C., & Saeij, J. P. J. (2011). Strain-specific activation of the NF-kappaB pathway by GRA15, a novel Toxoplasma gondii dense granule protein. The Journal of Experimental Medicine, 208(1), 195–212. http://doi.org/10.1084/jem.20100717

Shastri, A. J., Marino, N. D., Franco, M., Lodoen, M. B., & Boothroyd, J. C. (2014). GRA25 is a novel virulence factor of Toxoplasma gondii and influences the host immune response. Infection and Immunity, 82(6), 2595–605.

http://doi.org/10.1128/IAI.01339-13

Su, C., Zhang, X., & Dubey, J. P. (2006). Genotyping of Toxoplasma gondii by multilocus PCR-RFLP markers: A high resolution and simple method for identification of parasites. International Journal for Parasitology, 36(7), 841–848. http://doi.org/10.1016/j.ijpara.2006.03.003

Yamamoto, M., Standley, D. M., Takashima, S., Saiga, H., Okuyama, M., Kayama, H., … Takeda, K. (2009). A single polymorphic amino acid on Toxoplasma gondii kinase ROP16 determines the direct and strain-specific activation of Stat3. Journal of Experimental Medicine, 206(12), 2747–2760. http://doi.org/10.1084/jem.20091703

Page 113: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

112

Figure captions

Figure 1. In silico analysis of ROP5, ROP18 and GRA7. (A) Graphics generated by

DNAsp, evaluating the nonsynonymous/synonymous substitutions ratio (Pi(a)/Pi(s)).

Peaks above 1 represents positive selection. (B) Graphic of Foldindex showing

structured areas in green and unstructured in red. (C) Graphic of ProtScale showing

amino acids hydrophobicity. Above zero, hydrophobic; below zero, hydrophilic. (D)

Figure of ScanProsite showing the domains found.

Table 1. Genes related to virulence in T. gondii

Table 2. Designed primers for amplification of ROP5, ROP18 and GRA7

Table 3. Polymorphisms identified in amino acids sequences of ROP5, ROP18 and

GRA7

Supplementary figure 1. DNAsp output. Figure showing tables for ROP5, ROP18 and

GRA7 with values of Pi(a)/Pi(s) for each window. The peaks above 1 are highlighted

in the red squares.

Supplementary table 1. Number accession of the sequences used in this study

Page 114: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

113

Figure 1

Table 1

Gene Complex Mechanism Reference

ROP5 ROP5/ROP18/GRA7 IRG binding Fleckenstein et al., 2012

ROP16 Unknown STAT3/6 phosphorylation Ong et al., 2010; Yamamoto et al., 2009

ROP17 ROP5/ROP17 Irgb6 phosphorylation Etheridge et al., 2014

ROP18 ROP5/ROP18/GRA7 Irga6 phosphorylation and ATF6β degradation

Fentress et al., 2010; Yamamoto et al., 2011

GRA7 ROP5/ROP18/GRA7 IRG binding and ROP5/ROP18 complex binding

Alaganan et al., 2014; Hermanns et al., 2015

GRA15 Unknown Activation of NF-кB Rosowski et al., 2011

GRA16 Unknown HAUSP and PP2A binding Bougdour et al., 2013

GRA24 Unknown P38α MAP kinase activation Braun et al., 2013

GRA25 Unknown CCL2/CXCL1 induction Shastri et al., 2014

MAF1 Unknown Host mitochondrial association Pernas et al., 2014

Page 115: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

114

Table 2

Primer Name Sequence 5’ – 3’ Tm (ºC) Product

size

ROP5F CACGGCAACATTTACACACG 58,3 227 bp

ROP5R GCCTATCGAAGTTGAGGAACC 58,4 ROP18F TCAAGCTCAGGGAATTGTGC 58,5

365 bp ROP18R GGAGCATCCGTTTCTGAGG 57,9 GRA7FI CACCAGCATGGATAAGGCATC 59,1

442 bp GRA7R CTGCCGTGATCTGTTTTTGC 58,3

Table 3

ROP5

ROP5A

Strains 452 453 460 472 473 480 488 490 491 493 494 495 500 503

Type I S I F G S L S F P A P V E I

Type II S I V R T R L D S I P V Q T

Type III S I V G S L S F P A P V E I

P89 S I V G S L S F P A P V E I

CAST S I F G S L S F P A P V E I

GUYKOE S I V G S R P F S T R L Q I

ROP18

Strains 413 432 433 439 442 451 454 455 456 457 458 459 463 481 498 510 515

Type I A R I R G R Q A T G I T P R P S D

Type II A R I P G R Q T T D I T T R P N E

Type III P K T P G Q H S Y G V T A S S N E

P89 P K T P G Q H S Y G V T A S S N E

CAST A R I R G R Q A T G I T P R P S D

GUYKOE A R I R G R Q A T G I I P R P S D

GRA7

Strains 83 96 106 115 120 129 160 161 167 170 172 176 178 182 185 194 197 199 201 202

Type I P E R N H K L V E R D T G G L A L M L T

Type II P E R N H K I L Q T E T G S L A L M L T

Type III P E G H N K I L Q T D S G S I A L L I K

P89 P E G H N K I L Q T D S G S I V L L I K

CAST P E G H H M I M Q A D T G N L V L L I K

GUYKOE P E R N H K I L Q A E T S N L A L M L T

Page 116: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

115

Supplementary figure 1

Supplementary table 1

Gene Number of sequences

Accession number

ROP5 54 EF466101; HQ916453; XM_002371884; DQ116423; BK008047; BK008045; HQ916458; BK008044; BK008043; JQ743764; BK008046; HQ916457; JQ743777; BK008057; BK008053; HQ916454; JQ743771; JQ743769; JQ743767; HQ916452; HQ916451; JQ743774; JQ743775; JQ743772; JQ743776; BK008052; BK008056; JQ743746; JQ743744; JQ743737; HQ916448; JQ743747; HQ916450; JQ743741; JQ743743; JQ743739; JQ743762; JQ743757; JQ743758; JQ743761; JQ743740; JQ743753; HQ916459; HQ916456; JQ743738; JQ743742; BK008055; HQ916460; HQ916455; JQ743783; JQ743782; JQ743780; JQ743781; JQ743779

ROP18 20 GQ243216; GQ243210; JX045318; JX045319; GQ243211; GQ243207; GQ243215; GQ243209; GQ243208; GQ243205; GQ243213; JX045345; AM075204; GQ243202; JX045344; GQ243204; JX045334; JX045335; GQ243206; GQ243203

GRA7 85 JX045634; JX045635; JX045619; JX045620; JX045608; JX045609; JX045595; JX045604; JX045605; JX045596; JX045598; JX045585; JX045586; AK317819; XM_002367572; JX045589; JX045590; JX045578; JX045579; DQ459452; DQ459456; EU157155; DQ459454; DQ459455; U79158; EU157156; EU157143; EU157144; EU157171; EU157170;

Page 117: NOVOS ALVOS MOLECULARES PARA DETECÇÃO E … · Costa, Maria Eduarda de Souza Menezes da. Novos alvos moleculares para detecção e genotipagem de toxoplasma gondii / Maria Eduarda

116

EU157178; EU157149; EU157167; DQ459453; EU157166; JX045628; JX045629; Y13863; JX045614; JX045615; EF626965; EF626966; DQ459445; DQ459446; DQ465955; DQ459450; DQ459451; EU157179; EF639859; DQ459443; EU157183; EU157141; EU157146; JX045613; EU157151; EU157152; EU157162; EU157164; EU157153; EU157154; DQ459448; DQ459449; EU157157; JX045597; EU157163; EU157172; JX045583; JX045584; EU157142; EU157148; EU157175; EU157150; EU157177; DQ473315; JX045600; JX045601; HM016952; JX045599;