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"Novo Refis" - Aspectos Práticos - Avaliação das condições, benefícios e aplicabilidade do novo programa de refinanciamento fiscal Palestrante: Prof. Marcelo Alvares Vicente

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Page 1: "Novo Refis" - Aspectos Práticos - Avaliação das condições, benefícios e aplicabilidade do novo programa de refinanciamento fiscal Palestrante: Prof. Marcelo

"Novo Refis"

- Aspectos Práticos- Avaliação das condições, benefícios e aplicabilidadedo novo programa de refinanciamento fiscal

Palestrante: Prof. Marcelo Alvares Vicente

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LEGISLAÇÃO

Medida Provisória 449/2008

Lei 11.941/2009

Portaria Conjunta RFB-PGFN

6/2009

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REMISSÃO (PERDÃO)

Débitos que, em 31 de dezembro de

2007, estejam vencidos há 5 (cinco)

anos ou mais e cujo valor total

consolidado, nessa mesma data,

seja igual ou inferior a R$ 10.000,00.

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REMISSÃO

Os débitos são considerados por sujeito passivo e separadamente, conforme abaixo:

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PAGAMENTO A VISTA (QUITAÇÃO) OU PARCELAMENTO

Débitos

• Características– Débitos de qualquer natureza (RFB e PGFN) – Pessoa física ou jurídica– Constituídos ou não, ou seja, de

conhecimento ou não da RFB– Inscritos em Dívida Ativa da União ou não– Com processo de Execução Fiscal já ajuizada

ou não– Vencidos até 30 de novembro de 2008

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DÉBITOS ABRANGIDOS– NÃO PARCELADOS ANTERIORMENTE (considerados

isoladamente)

• Débitos administrados pela RFB (inclui débitos de INSS)– IPI

– Débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI sobre a aquisição de matéria prima, material de embalagem e produtos intermediários, com alíquota 0 (zero) ou não-tributados.

• Débitos de contribuições sociais – previstas nas alíneas a, b e c, do parágrafo único do art. 11 da

Lei 8.212/91:» a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga

ou creditada aos segurados a seu serviço;» b) as dos empregadores domésticos;» c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-

contribuição– instituídas à título de substituição – devidas a terceiros – outras entidades e fundos, administrados

pela RFB

• Demais débitos de tributos administrados pela RFB

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DÉBITOS ABRANGIDOS– NÃO PARCELADOS ANTERIORMENTE (considerados

isoladamente)• Débitos no âmbito da PGFN (inclui débitos com a RFB e de INSS)

– IPI

– Débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI sobre a aquisição de matéria prima, material de embalagem e produtos intermediários, com alíquota 0 (zero) ou não-tributados.

• Débitos de contribuições sociais – previstas nas alíneas a, b e c, do parágrafo único do art. 11 da Lei

8.212/91:

» a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço;

» b) as dos empregadores domésticos;

» c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição

– instituídas à título de substituição

– devidas a terceiros – outras entidades e fundos, administrados pela RFB

• Demais débitos de tributos no âmbito da PGFN

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DÉBITOS ABRANGIDOS– NÃO PARCELADOS ANTERIORMENTE (se incluem

no item “demais débitos...”)

• Débitos de

– COFINS das sociedades civis de prestação de serviços

profissionais, relativos ao exercício de profissão

legalmente regulamentada a que se referia o Decreto-

Lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, revogado

pela Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

– parcelados de acordo com a Lei nº 10.522, cuja

primeira solicitação de parcelamento tenha sido

efetuada a partir da publicação da Lei nº 11.941/2009.

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NÃO PODEM SER PARCELADOS

Débitos apurados na forma do Simples

Nacional - Lei Complementar nº 123, de

14 de dezembro de 2006.

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BENEFÍCIOS X QUANTIDADE DE PARCELAS

Reduções de multas e juros e anistia

(perdão) de multas e do “encargo

legal”

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SIMULAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DO NOVO REFIS

Exemplo: Tributo COFINS – Vencimento em 12/2005 Valor do principal = R$ 200.000,00

Forma de pagamento PRINCIPAL Multas de mora

e de ofício Multas isoladas Juros de mora Encargo legal TOTAL Diferença

Sem benefício (valor

consolidado) 200.000,00 40.000,00 100.000,00 122.020,00 46.202,00 508.222,00 -

A vista0% 100% 40% 45% 100% 36%

200.000,00 - 60.000,00 67.111,00 - 327.111,00 181.111,00

Em até 30 parcelas

0% 90% 35% 40% 100% 33%

200.000,00 4.000,00 65.000,00 73.212,00 - 342.212,00 166.010,00

Em até 60 parcelas

0% 80% 30% 35% 100% 30%

200.000,00 8.000,00 70.000,00 79.313,00 - 357.313,00 150.909,00

Em até 120 parcelas

0% 70% 25% 30% 100% 27%

200.000,00 12.000,00 75.000,00 85.414,00 - 372.414,00 135.808,00

Em até 180 parcelas

0% 60% 20% 25% 100% 24%

200.000,00 16.000,00 80.000,00 91.515,00 - 387.515,00 120.707,00

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PRESTAÇÕES

– A dívida consolidada será dividida pelo número de prestações que forem indicadas pelo sujeito passivo (em até 30, 60, 120 ou 180 parcelas).

– Valores mínimos de prestações (considerados isoladamente cada um dos parcelamentos)

IPI Pessoa jurídica Pessoa física

R$ 2.000,00 R$ 100,00

R$ 50,00(ainda que o parcelamento seja de responsabilidade de pessoa física)

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TAXA DE JUROS

O valor de cada prestação será acrescido de

juros correspondentes à variação mensal da

taxa Selic, a partir do mês subseqüente ao da

consolidação até o mês anterior ao do

pagamento e de 1% (um por cento) para o

mês do pagamento.

Divulgada mensalmente pelo BACEN –

disponível todo dia 1º. no site da RFB

Previsão original dos juros no Projeto de Lei

(TJLP ou 60% da Selic) foi vetada pelo

Presidente da República

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SIMULAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO VALOR DA PARCELA EM 12 MESES

- Selic: percentuais considerados a título de exemplo (ref. ao ano de 2008)

- Parcela inicial = R$ 2.500,00 (R$ 450.000,00 / 180)PARCELA N. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

MÊS DE PAGTO ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10SELIC

ago/09 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05%

set/09 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86%

out/09 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97% 0,97%nov/09 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84%dez/09 0,77% 0,77% 0,77% 0,77% 0,77% 0,77% 0,77% 0,77%jan/10 0,76% 0,76% 0,76% 0,76% 0,76% 0,76% 0,76%fev/10 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05% 1,05%

mar/10 0,86% 0,86% 0,86% 0,86% 0,86%abr/10 0,97% 0,97% 0,97% 0,97%mai/10 0,84% 0,84% 0,84%jun/10 0,77% 0,77%1% NO MÊS DE

PAGTO - 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 1,00%

JUROS ACUMULADOS - 2,05% 2,91% 3,88% 4,72% 5,49% 6,25% 7,30% 8,16% 9,13% 9,97% 10,74%

VALOR DA PARCELA R$

2.500,0

0

2.551,2

5

2.572,7

5

2.597,0

0

2.618,0

0

2.637,2

5

2.656,2

5

2.682,5

0

2.704,0

0

2.728,2

5

2.749,2

5

2.768,5

0

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QUITAÇÃO OU PARCELAMENTO DE SALDO REMANESCENTE DE PARCELAMENTO ANTERIORES

Serão computadas as prestações pagas e os

débitos que compõem os saldos remanescentes

dos parcelamentos serão restabelecidos à data

da solicitação do novo parcelamento, com os

acréscimos legais devidos na forma da

legislação aplicável à época da ocorrência

dos respectivos fatos geradores.

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BENEFÍCIOS - REDUÇÕES DE MULTAS E JUROS E ANISTIA (PERDÃO) DE MULTAS E DO “ENCARGO LEGAL”

no pagamento a vista

no parcelamento

Forma de pagamento

Multas de mora e de

ofício

Multas isoladas

Juros de mora

Encargo legal

A vista 100% 40% 45% 100%

Parcelamento anterior

Multas de mora e de

ofício

Multas isoladas

Juros de mora Encargo legal

REFIS 40% 40% 25% 100%PAES 70% 40% 30% 100%PAEX 80% 40% 35% 100%

ART. 38 100% 40% 40% 100%ART. 10 100% 40% 40% 100%

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VALORES DAS PARCELAS

Parcelamento anterior Valor da parcela

REFIS - ativo em 11/2008 85% da média das últimas 12 parcelas devidas antes entre 12/2007 e

11/2008

REFIS - exclusão ou rescisão entre 12/2007 e 11/2008

85% da média das parcelas devidas entre os meses de dezembro de 2007

a novembro de 2008

Demais parcelamentos – ativos em 11/2008

85% do valor da última parcela devida em 11/2008

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GARANTIAS EXIGIDAS

Os parcelamentos não dependem de

apresentação de garantia ou de arrolamento

de bens

Porém, serão mantidos aqueles já

formalizados (ref. a débitos transferidos de

outras modalidades de parcelamento ou de

execução fiscal)

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DÉBITOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA O sujeito passivo deverá desistir da

impugnação ou do recurso administrativos (cf. Anexo I da Portaria) ou da ação judicial proposta e renunciar ao direito (art. 269, V do CPC)

• Prazo: 30 (trinta) dias após a ciência do deferimento do requerimento de adesão ao parcelamento ou da data do pagamento à vista

• Aplica-se aos casos de ações em que o contribuinte pleiteia sua reinclusão em parcelamentos

• É admitida a desistência parcial

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DÉBITOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA

Depósitos

– Caso exista depósito vinculado à ação judicial, à impugnação ou

ao recurso administrativo, o sujeito passivo deverá requerer a

sua conversão em renda da União ou transformação em

pagamento definitivo

• No caso dos débitos que forem pagos à vista ou parcelados, a

dívida será consolidada com as reduções previstas e, após a

consolidação, o depósito será convertido em renda da União

ou transformado em pagamento definitivo, conforme o caso.

• Se o valor depositado exceder o valor total dos débitos a

serem pagos ou parcelados, o sujeito passivo poderá requerer

o levantamento do saldo remanescente.

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CONSOLIDAÇÃO

O que compõe? Somatória de:

• principal;

• multas;

• juros de mora;

• encargos previstos no Decreto-Lei nº 1.025/69

(DAU); e

• honorários devidos nas execuções fiscais dos

débitos previdenciários.

serão aplicados os percentuais de redução

previstos na lei

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RESCISÃO DO PARCELAMENTO falta de pagamento

• de 3 (três) prestações, consecutivas ou não, desde que

vencidas em prazo superior a 30 (trinta) dias; ou

• de, pelo menos, 1 (uma) prestação, estando pagas todas as

demais.

A prestação paga com até 30 (trinta) dias de atraso não

configura inadimplência

Consequências

• exigibilidade imediata da totalidade do débito confessado e

ainda não pago;

• cancelamento dos benefícios concedidos, inclusive sobre o

valor já pago ou liquidado mediante utilização de prejuízo

fiscal e base de cálculo negativa da CSLL; e

• automática execução da garantia prestada, quando existente

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PRINCIPAIS DISCUSSÕES

– Demora na regulamentação

– Demora no inicio da operação do sistema

– Exclusão do benefício às empresas do SIMPLES

pelo regulamento (a lei não exclui)

– Depósitos (interpretação lei x regulamento)

• Geral

• Débitos da PJ de responsabilidade da PF

– Utilização de prejuízo fiscal e base de cálculo

negativa na quitação de multa e juros

• nos casos de débitos de responsabilidade da PF

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FIM

Palestrante: Prof. Marcelo Alvares Vicente

[email protected]

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