novembro 2014 - sum up

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Novembro 2014

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Newsletter do PEJ Portugal

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Page 1: Novembro 2014 - Sum Up

Novembro 2014

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SUM UPNovembro 2014

APPEJ – Associação Portuguesa do Parlamento Europeu dos Jovens/European Youth Parliament Portugal Rua da Concórdia 45, 4465-601, Leça do Balio, Porto, Portugal www.pejportugal.com · [email protected]

Novos corpos sociais, novos eventos, nova Sum Up.

A Newsletter do PEJ Portugal mudou,mas não se conforma com a sua nova forma. O seu conteúdo, é para ti, associado, contudo, pedimos-te que não fiques sentado.Sentimos que era a altura de inovar, agora, pedimos que nos ajudes a melhorar.

Tens alguma sugestão, artigo, desenho, foto, opinião? Partilha! Sem vergonha e sem cerimónia. Só exigimos que seja da tua autoria.Para que fique na memória, a vivência do dia-a-dia,Repudiando a apatia, votos de muita alegria!

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Caros sócios da APPEJ,

Com um novo biénio, novas oportunidades, novos horizon-tes - novos caminhos.

Como associação, todos nós sentimos simultaneamente um enorme legado ao qual dar continuidade e ao mesmo tempo uma grande margem para progressão e melhoramento.

Está na altura de tornar o PEJ Portugal num comité nacional de vanguarda a nível Europeu e num projecto educacional sem precedentes dentro no nosso país.

Através de um esforço consolidado entre a Direcção, o Con-selho Fiscal, a Mesa da Assembleia Geral e a nossa massa as-sociativa, temos todas as condições para prosperar e crescer, quer em número quer em influência e qualidade. Abraçando o EYP International e com a ajuda do Office, vamos abrir portas para a promoção de novos eventos de grandes dimensões e âmbitos alternativos, tentando abran- ger o maior número de alumni possível, nacional e interna-cionalmente, oferecendo experiências como Fóruns Interna-cionais e o Training for EYP Trainers (T4ET), já oficialmente confirmado no nosso país.

Queremos também ter uma massa associativa maior, mais dinâmica e mais interventiva, interessada em participar nos nossos eventos, em eventos no estrangeiro, na divulgação e

promoção do nosso projecto, e que nos dê a mão na organi-zação de eventos, partilhando o nosso brio e dedicação para com esta associação. Se, pela confiança que depositaram em nós, somos quem de-fine as linhas mestras do PEJ Portugal e toma as decisões que tentamos que sejam do interesse de todos, são vocês que as transformam em realidade e nos permitem sonhar mais alto, cientes de que temos quem nos apoie e eleve.

Os sócios da APPEJ são e sempre foram o seu núcleo. Espero que continuem a partilhar o amor que sentimos por este pro-jecto, a ajudar-nos a fazê-lo crescer e a dar alegria a todos os jovens que entram em contacto connosco. Se temos a sorte de estar aqui hoje, é porque alguém nos deu a mão e nos incentivou a continuar. É apenas justo que o tentemos fazer com o maior número de pessoas possível. Mais tarde, como hoje agradecemos a quem nos trouxe, vão sentir a gratidão dos demais que se juntaram, pois todos sabemos o quanto este projecto mudou a nossa vida.

Espero que no final destes dois anos todos olhemos para trás e vejamos o quão longe conseguimos chegar. Até lá, mãos ao trabalho!

Pela Direção da APPEJ, João Moreira

Caros Associados,

O meu nome é Lourenço Cruz, tenho 19 anos, vivo em Sintra e sou o Presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG). A MAG tem como objetivo moderar os debates que decorrem nas Assembleias Gerais (AGs), sejam estas Ordinárias ou Extraordinárias, promovendo a qualidade das discussões e o cumprimento das ordens de trabalho. Para além de moderar as AGs, a MAG tem ainda como objetivo o estabelecimen-to de um ambiente de cooperação entre Corpos Sociais para que o trabalho por estes desenvolvido seja o mais proveitoso possível para a APPEJ.

A título pessoal, almejo sanar o problema da pouca partic-ipação nas AGs por parte dos Associados. Este problema, até então recorrente, prende-se com o pouco interesse que estes eventos têm para os mesmos. A resolução deste prob-lema permitiria o melhor aproveitamento do tempo de de-bate, a consideração de opiniões mais variadas e a recolha

de maior número de sugestões. Para além deste importante objetivo, tenciono ainda dinamizar a interação entre a MAG e os restantes Corpos Sociais da APPEJ, procurando novas formas de fortalecer o contacto e a cooperação entre os re-sponsáveis por melhorar a Associação dia após dia. Por fim, procuro também aproximar a MAG dos restantes Associados da APPEJ.

Penso que esta aproximação tem potencial para ser extrema-mente benéfica para a Associação, uma vez que a MAG estar-ia mais consciente dos problemas existentes na Associação (uma vez que estaria em contacto próximo com os Asso-ciados) e conseguiria, consequentemente, promover a sua célere e eficaz resolução.

Pela Mesa de Assembleia Geral,Lourenço Cruz

INTRODUCTORY CLAUSEDIREÇÃO

MESA DE A.G.

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Caros associados,

Foi com um grande sentido de responsabilidade que, em Setembro, tomamos posse como Conselho Fiscal (CF) da Associação Portuguesa do Parlamento Europeu dos Jovens (APPEJ) para os próximos dois anos. Sentimo-nos gratos e honrados pela confiança depositada em nós e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o exercício das nos-sas funções seja o mais benéfico para a APPEJ e para a sua massa associativa.

Um Conselho Fiscal tem o dever de supervisionar fiscal-mente as atividades da Associação e garantir que tudo é feito como é suposto, quer seja previsto em Estatutos ou em Regulamento Interno. Vemos o Conselho Fiscal como um instrumento que uma associação deve ter para garantir que tudo é feito de forma justa, que os Estatutos são respeitados e que tudo funciona de forma sólida e responsável.

Estamos confiantes que os três Corpos Sociais atuais serão capazes de levar a APPEJ a novos horizontes, e queremos fazer parte dessa mudança e dessa evolução. A mensagem que queremos transmitir é uma mensagem de segurança e apoio. Qualquer associado pode entrar em contacto con-nosco em [email protected] para ver alguma dúvida esclarecida ou para pedir uma posição formal do CF, através de um parecer sobre uma determinada situação. Ire-mos honrar os nossos compromissos e garantir que a AP-PEJ e os seus associados estão seguros, crescendo assim de uma forma sustentável e continuar a (r)evolução dos últimos anos!

Pelo Conselho Fiscal,Tiago Pereira

CONSELHO FISCAL

EYP. PTSegmento dedicado a dar voz aos participantes de eventos PEJistas em solo português. Nes-ta edição, temos depoimentos dos Head-organisers, de um delegado e de uma professora acompanhante de Braga 2014 - 31ª SSN do PEJ Portugal.

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Well... Ah, bolas! É melhor mudar para Português!

Pronto! Como é que correu a minha ex-

DELEGATE

Caros PEJistas,

Nós somos o Henrique e a Rita, os Head-organisers da 31.ª Sessão de Seleção Nacional do PEJ Portugal, que teve lugar em Braga nos passados dias de 5 a 9 de Novembro.

Já passaram quase três semanas des-de o final desta Sessão, um evento que gostamos de chamar nosso, e que du-rante tanto tempo esteve sempre pre-sente nas nossas mentes. Está ainda presente nas nossas mentes o momen-to em que nos convidaram para ser-mos os Head-organisers desta Sessão - estávamos num café, na rua de Cedo-feita, e nenhum de nós estava pronto para a pergunta que viria a despoletar cinco meses de trabalho incessante. O próprio conceito era difícil de com-preender. Como é que se organiza um evento para 120 pessoas oriundas de toda a Europa? Não sabíamos a respos-ta na altura. E agora, umas semanas depois, continua a ser confuso perceber como é que os astros se alinharam para que tudo corresse bem. Muito desta Sessão aconteceu por acaso, foi como se tropeçássemos em venues maravilhosos, como foi o caso do GNRation e da TOCA, ou como se pessoas milagrosas nos caíssem do céu,

HEAD-ORGANISERS

Organisar um evento de 5 dias, para mais de 100 pessoas, é uma tarefa no mínimo compli-cada. Três semanas depois de Braga 2014, a Rita Ferreira e o Henrique Vieira Mendes re:la-tam os desafios e emoções da sua experiência.

como o caso da Sra. Elvira da Canti-na, ou como parcerias acontecessem durante o degustar de um bombom. Foram estes pequenos acasos que fiz-eram com que a Sessão fosse o que foi. Que tornaram este evento não só nos-so, como de todos aqueles que de algu-ma forma nele participaram.

Foi, aliás o evento mais “nosso” que ambos já vivemos. Ser Head-organiser, à medida que iniciávamos um mandato de Direção, foi ao mesmo tempo, um ato de inconsciência e a decisão mais acertada das nossas carreiras PEJistas. De uma folha em branco, idealizar e ex-ecutar uma Sessão do PEJ é das coisas mais stressantes, assustadores e com-plexas possíveis. No reverso da medal-ha, estão os momentos que nos dão en-ergia para mais umas horas. A simpatia da Media Team quando lhes pediamos para fazer pouco barulho, o Panagiotis a perguntar incessantemente se estáva-mos bem e precisávamos de ajuda, os

sorrisos e abraços reconfortantes do Chris, o apoio incansável da Direção, as soluções da Dra. Eva da Câmara a evi-tar o pânico.

Apesar de todas as incertezas, há algo do qual não temos dúvidas: este foi um evento que nenhum de nós irá esquec-er, repleto de aventuras, condutores com péssima orientação, noites mal dormidas, discussões e piadas, muito suor e muitas lágrimas, pessoas que nos marcaram e, acima de tudo, um "cheirinho a Braga" que esperamos que nunca desapareça.

A todos vocês que de uma forma ou outra contribuiram para que a 31.ª NSC of EYP Portugal acontecesse, um muito obrigado.

Dos sempre vossos,HenRita

Evgeny Sukhok, vulgo Geny, delegado de Braga 2014, re:vis-itou a Sessão com a saudade e emotividade próprias de quem viveu a sua primeira SSN.

periência na sessão nacional do PEJ? De diversas formas... Foi mesmo mui-to bom re:encontrar colegas meus que tinha conhecido na Concelhia, bem como officials e todas as pessoas que acabei por conhecer naquele trajecto de quatro dias.

Digo que a minha experiência correu de diversas formas porque o primeiro

dia foi diferente e divertido, apesar de ter sido bastante cansativo, devido à grande quantidade de actividades que foram feitas, mas esse dia não foi perfeito e da parte da noite tive vários problemas pessoais que me abalaram imenso. Conclusão? Noite muito mal dormida e no dia seguinte o meu hu-mor não era o melhor. Lembro-me de estar a andar, a dirigir-me para o Com-

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mittee Work, e a meu lado estar uma representante da APPEJ: tivemos uma pequena conversa sobre como foi a noi-te e pensando bem agora, percebo que fiz bem em seguir o conselho dela e me abstrair de todos os meus problemas.

Esse dia foi o ponto de viragem, porque a partir do almoço já tudo se recompunha com a minha situação, e acredito que fiz uma boa sexta-feira, com ideias que fortaleceram a nossa moção; que não era das mais fáceis, pois era sobre um tema político-social muito sensível, e era extremamente difícil arranjar qualquer solução ou proposta. No final foi tudo conseguido e o nosso chair, que foi uma pessoa ex-tremamente impecável durante e após a sessão, deu-nos os parabéns pela boa moção que tínhamos realizado. À noi-te, na “Toca”, tivemos a festa temática alusiva aos anos 90, e foi uma festa bas-tante engraçada, pois foi um momento de relaxamento e onde tiramos muitas fotos e fizemos muitas palhaçadas. É mesmo razão para dizer: “What hap-pens in Toca, stays in Toca”. De tanta coisa que aconteceu lá, até perdemos o nosso unicórnio de peluche, que era a mascote do Padrão.

Sábado, após dormir umas 4 ou 5 horas, estava bastante ansioso pela General

Assembly (GA), apesar de ser a minha terceira vez, sabia que desta vez era dif-erente. Mas devo dizer que a GA correu bem melhor do que estava à espera, e nesse primeiro dia fiz umas quantas intervenções de boa qualidade, prin-cipalmente na última onde apelava ao espírito europeu, que recebeu uns bons aplausos, e uns parabéns do presidente da sessão, ao sair do auditório. Já de-pois dos debates tinha chegado a parte do Euroconcert, e devo dizer que não gostei muito da nossa prestação, pois não correu exactamente como o pre-visto, e tivemos de improvisar um bo-cadinho. Mas pronto, o público gostou e até foi giro estar em palco novamente, pois adorei estar perante o público na sessão da escola; foi uma das melhores sensações que alguma vez tive.

Domingo foi um dia que ainda começou durante sábado, pois eu fiquei encar-regue de fazer o Defense Speech, e não o tinha feito durante a manhã do dia anterior, portanto só havia uma solução; que era, ir dormir mais tarde e fazer o trabalho. Vim fazê-lo para o lobby do hotel, pois era impossível estar no quarto com a quantidade de gargalhadas que por lá aconteciam. Acabei o meu trabalho às 4 da manhã, e foi nesse dia que realmente percebi o porquê de não se dormir no PEJ, mas

valeu a pena, pois ficou um discurso bonito. De manhã na GA, houve um problema, pois não era possível pas-sar o meu discurso do computador do meu chair para um tablet, e acabei por perder o primeiro debate todo por es-tar a passar o discurso para o papel. Foi um dia mais calmo com menos inter-venções minhas, também por causa da dificuldade de encontrar algo bom para dizer numa intervenção, pois todas as moções estavam bastante boas, apesar de os debates não terem sido os mais “vivos”.

A GA acabou; e eu senti um aperto no coração pois não queria que aquilo fosse a minha última participação como delegado, mas também porque senti que todas as gargalhadas que demos, todas as aventuras do “Barrako 310”, todas as conversas com os “Manos da Boa Nova”, todos os assuntos debati-dos, nunca mais iriam acontecer. Tudo isso passou; e nunca mais voltará. Isto foi a minha Sessão Nacional do PEJ, e isto é a minha história de como terei oportunidade de reviver isso tudo em Abril, na Turquia quando for represen-tar Portugal na 78ª Sessão Internacio-nal do Parlamento Europeu de Jovens.

Evgeny Sukhov

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A informação sobre candidatura à 31ª sessão de seleção do Parlamento Eu-ropeu dos Jovens chegou à escola num momento de grande azáfama, pelo que ponderei seriamente a participação neste evento.

No entanto, após reflexão sobre o Par-lamento Europeu dos Jovens, os seus objetivos e missão, rapidamente con-cluí que SIM! Este é o projeto ideal para os nossos alunos. Quantas vezes realçamos a importância da educação não formal, da criação de espaços/tem-pos para os alunos aprenderem fazen-do? Quantas vezes quisemos promover o “desenvolvimento cívico e cultural dos jovens Europeus, promovendo a interação e o diálogo interculturais e

TEACHER

PT. EYP

“It changes you” foi o que eu escrevi quando me pediram para, em poucas palavras, descrever o sentimento que o I Fórum Internacional em Cork, Ir-landa, deixou nos seus delegados. Foi a primeira coisa em que pensei... Não sei se foi pelas pessoas indescritivelmente fenomenais com quem o meu caminho se cruzou, não sei se foi pela GA mais aquecida que poderia imaginar, se pela deprivação de sono que me alterou as funções cerebrais ou se simplesmente foi pelas saudades de uma sessão do Parlamento Europeu de Jovens; mas a verdade é que, quando embarquei no avião com destino a Dublin, não era a mesma pessoa que quando regressei.

Como descrever aquela semana, que me parece ter durado, agora que recor-do, tanto umas horas como uns anos?

Carla Pinto, professora de Es-moriz, viveu a sua primeira ex-periência PEJista em Novembro. De Braga re:corda memórias e a garantia de uma mais-valia para os seus alunos.

envolvendo-os no pensamento político Europeu”?

Por outro lado, quantas vezes lamen-tamos a falta de interesse dos jovens pelos assuntos do “mundo real”, o seu alheamento face ao debate político e às decisões que vão sendo tomadas, in-cluindo aquelas que lhes dizem direta-mente respeito?

Face a todas estas questões e vendo o potencial que este projeto apresenta, dediquei-me a ele com entusiasmo e tentei entusiasmar os alunos da minha escola, convencida que “é através de iniciativas como estas que se con-tribuirá para uma Europa mais toler-ante, coesa e dinâmica.”

Em boa hora o fiz.

Conforme pude dizer na Cerimónia de Encerramento, aqueles quatro dias em Braga representaram para os nos-sos alunos tanto, ou mais, que mui-tas horas numa sala de aula. Todos

os valores de cidadania, de respeito e tolerância pelo outro, de participação democrática, as competências sociais e profissionais tais como o empreend-edorismo, a liderança e o trabalho em equipa que pretendemos que os nos-sos alunos adquiram, foram postos em prática, foram ativamente vivenviados.

Aos meus alunos, e a todos os alunos presentes nesta sessão de seleção do Parlamento Europeu de Jovens, um bem-haja pela participação entusiasta! São alunos como estes que nos fazem sentir realizados enquanto professores e educadores.

Por fim, uma palavra de agradecimento a todos os jovens organizadores deste evento que tornaram esta experiência possível. Obrigada pelo vosso entusi-asmo, dedicação, diria mesmo, paixão.

Obrigada por me fazerem sentir parte desta família!

Carla Pinto

O PT.EYP é um espaço de partilha de experiências vividas por PEJistas portugueses, lá fora. Nesta edição, a Laura Teixeira escreveu sobre o I Fórum Internacional de Cork, na Irlanda, no qual foi delegada.

O comboio emocional desde a espe-ra ansiosa por novidades do fórum, pela escolha dos comités até ao Team Building, Committe Work, General Assembly e Farewell Party? Bem, pos-so dizer que foi tudo e nada do que eu esperava. A começar pelas pessoas, que me conseguem sempre surpreender no EYP. Todos os jovens com quem contactei e fiz amizades me surpreen-deram de alguma maneira. A começar por alguns delegados que falavam mel-hor que quase todos os políticos que eu já ouvi, ou jovens que participavam em manifestações de perigos inimag-ináveis para defender as suas crenças, ou pessoas mais novas que eu que tin-ham uma consciência política e funda-mentos que me fizeram acreditar num futuro melhor ou, mais importante, pessoas divertidas, amigas, integrado-

ras – EYPers.

“Imagine all the people, living life in peace”. Não é assim tão díficil, depois de ter participado numa sessão como esta. Muda-nos mesmo. Deixamos sempre uma parte de nós e levamos sempre um bocadinho de quem conhec-emos, de quem organizou a sessão para nós, daqueles que escreveram connos-co a moção, daqueles que criticaram o nosso trabalho. E o que trago comigo para Portugal, depois desta semana in-descritível, são as memórias – que vou guardar para sempre – e a vontade de fazer sempre mais e melhor, por mim, pelos que amo, pelo EYP, por Portugal e pela Europa.

Laura Teixeira

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A COMISSÃO JUNCKER

Desde o passado dia 1 de Novembro de 2014 e até 2019 está em funções a Comissão Juncker, liderada por Jean-Claude Juncker, que preside mais 27 comissários (um de cada um dos estados que compõe a União Europeia, com exceção do Luxemburgo, estado do qual o presidente é proveniente).

Nas eleições parlamentares de 2014, Juncker fez campanha enquanto candidato pelo Partido Popular Europeu para a presidência da Comissão Europeia. O EPP ganhou uma plu-ralidade no parlamento e a 27 de Junho o Conselho Europeu nomeou-o para o cargo. Mais tarde, a 15 de Julho, o Parla-mento Europeu elegeu Juncker como o novo presidente da Comissão, tendo aprovado a Comissão na sua totalidade a 22 de Outubro e formalmente designado a mesma durante a reunião do Conselho Europeu que teve lugar a 23 e 24 de Outubro.

Jean-Claude propôs, pela primeira vez, uma comissão que agrupa certos membros sob áreas políticas específicas. Es-tes grupos são conhecidos como “Equipas de Projeto” e cada uma será dirigida por um dos Vice-Presidentes. Cada equipa é composta por participantes principais para além de mem-bros que se possam inserir na respetiva área de trabalho, se necessário. Mais ainda, foram definidas dez prioridades da Comissão, explicitadas pelo Presidente da mesma abaixo:

Um novo impulso para o emprego, crescimento e investimento

“A minha primeira prioridade enquanto Presidente da Comissão será fortalecer a competitividade da Europa e estimular o investimento com a finalidade de criação de

emprego. Pretendo apresentar nos primeiros três meses do meu mandato e no contexto do balanço da Europa 2020 um pacote de Emprego, Crescimento e Investimento no valor de 300 mil milhões de euros.”

Um mercado único digital interligado

“Acredito que temos de fazer muito melhor uso das grandes oportunidades que nos são oferecidas pelas tecnologias digi-tais, que não conhecem limites. Para tal, teremos de ter cor-agem de quebrar “silos” nacionais na regulação das teleco-municações, na legislação de direitos de autor e de proteção de informação, na gestão de ondas de rádio e na aplicação do direito de concorrência.

Uma União Energética Resistente com uma Política de Alterações Climáticas Inovadora

“Os atuais eventos geopolíticos recordaram-nos forçosa-mente que a Europa depende demasiado da importação de combustível e gás. Quero, por isso, reformar e reorganizar a política de energia da Europa para uma nova União En-ergética Europeia. Precisamos de conjugar esforços, combi-nar as nossas infraestruturas e unir o nosso poder de nego-ciação face a países terceiros. Temos de diversificar as nossas fontes energéticas e reduzir a alta dependência energética de muitos dos nossos Estados Membros.”

Um Mercado Interno mais profundo e justo com uma base industrial fortalecida

“O nosso mercado interno é melhor vantagem da Europa em tempo de crescente globalização. Por tal, quero que a Comissão se apoie na força do nosso Mercado Único e que explore ao máximo o seu potencial em todas as dimensões. Precisamos completar o mercado interno em termos de pro-dutos e servições e torná-lo numa rampa de lançamento para as nossas empresas e indústria, para que vinguem na economia mundial.”

Uma União Económica e Monetária mais profunda e justa

“Durante os próximos cinco anos, quero continuar a reforma da nossa União Económica e Monetária de forma a preser-var a estabilidade da nossa moeda única e a reforçar a con-vergência de políticas económicas, fiscais e de trabalho entre os Estados Membros que partilham da moeda única. Farei

EUROPA AGORAO Europa Agora é um segmento dedicado a abordar um tema atual da Europa. A Ana Isabel Gonçalves apresenta, em detalhe, a recém formada Comissão Juncker, a sua formação, os seus objetivos e o seu método de atuação. Um must-read para todos os PEJistas!

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isto com base nos Four Presidents Reports e no modelo da Comissão para uma União Económica e Monetária profun-da e genuína, tendo sempre em mente a dimensão social da Europa.”Um Acordo de Comércio Livre razoável e equilibrado com os Estado Unidos“Sob a minha presidência, a Comissão negociará um acordo de comércio razoável e equilibrado com os Estados Unidos da América, em espírito de benefícios mútuos e recíprocos e de transparência. É anacrónico que, no século XXI, Europeus e Americanos ainda imponham direitos aduaneiros nos seus produtos. Estes deveriam ser rapidamente e completamente abolidos. Acredito ainda que podemos avançar considerav-elmente no reconhecimento mútuo de padrões de produtos ou trabalhar de encontro a padrões transatlânticos.”

Uma Área de Justiça e Direitos Fundamentais base-ada em Confiança Recíproca

“A nossa União Europeia é mais do que um grande mercado comum. É também uma União de valores partilhados, que estão explicitados nos Tratados e na Carta dos Direitos Fun-damentais. Os cidadãos esperam que os seus governos prov-idenciem justiça, proteção e imparcialidade com completo respeito pelos direitos fundamentais e do Estado de direito. Isto também requere uma ação europeia conjunta, baseada nos nossos valores comuns.”

De encontro a uma Nova Política de Migração

“Os recentes e terríveis eventos no Mediterrâneo mostr-aram-nos que a Europa precisa de gerir melhor a migração, em todos os aspetos. Isto é antes de mais um imperativo humanitário. Estou convencido de que temos de colaborar estreitamente num espírito de solidariedade de forma a ga-rantir que situações como a que teve lugar em Lampedusa não voltam a surgir.”

Um Interveniente no plano mundial mais forte

“Precisamos de uma Europa mais forte no que concerne à política externa. A crise na Ucrânia e a preocupante situação no Médio Oriente mostram o quão importante é a Europa estar unida externamente. Ainda temos um longo caminho a percorrer.”

Uma União de Mudança Democrática

“A proposta e eleição do Presidente da Comissão Europeia à luz do resultado das eleições do Parlamento Europeu é certamente importante mas representa apenas um primeiro passo em tornar a União Europeia como um todo mais democrática. A Comissão Europeia irá sob a minha lider-

ança dedicar-se a preencher a parceria especial com o Parla-mento Europeu, como disposto no Acordo-Quadro de 2010, com uma nova vida. Quero ter um diálogo político convosco, não um que seja tecnocrático.”

Comissão Europeia 101

A Comissão é o órgão executivo da União criado pelo Trata-do CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). Tem por missão defender o interesse comum, colocando-o acima dos interesses dos seus Estados-Membros, sendo, por isso, a mais original das instituições europeias. Para tal, partici-pa no processo de tomada de decisão, nomeadamente apre-sentando propostas de legislação europeia, supervisionan-do a correta aplicação do direito da União Europeia (UE), executando e gerindo as políticas comuns e o orçamento da União.

A Comissão é composta por 28 membros, designados pelos respetivos governos nacionais, mas que não os representam. Cada Comissário é responsável por uma determinada área política e deverá desempenhar as suas funções com total isenção e independência face ao respetivo Estado-Mem-bro, durante a duração do seu mandato. O mandato dos comissários só pode ser terminado por vontade própria ou pelo Tribunal de Justiça da União Europeia.

A Comissão funciona em Bruxelas e delibera em Colégio, o que significa que as competências que lhe são atribuídas pelo direito da UE pertencem ao coletivo dos seus membros e devem exprimir-se sob a forma de propostas de diretivas, propostas de regulamentos, recomendações ou pareceres – resultantes de uma deliberação colegial adotada em reunião da Comissão formalmente convocada e na qual as deliber-ações são tomadas por maioria dos membros que a com-põem.

Ana Isabel Gonçalves

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Durante este mês de Novembro, decorreram pela segunda vez este ano as eleições para membros do Governing Body (GB).

Mas afinal de contas, perguntam alguns de vocês, o que é o Governing Body, para que serve e como funciona? É isto que iremos tentar clarificar de seguida.

A nível internacional, o Parlamento Europeu dos Jovens é regido por uma Direção internacional. O Governing Body é esta mesma Direção, que é eleita anualmente pelos membros dos diferentes Comités Nacionais e pelos participantes nos eventos do PEJ que se enquadrem na definição de alumni1. O GB é principalmente responsável pelos Recursos Humanos, por assegurar o valor educacional do PEJ e por estabelecer uma estratégia para a organização como um todo.

O Governing Body tem seis lugares eleitos. Em acréscimo a estes, toma parte no GB também um membro da Fundação Schwarzkopf (FS). A Diretora Executiva é nomeada pela FS, em consulta com o GB, que tem poder de veto quanto à no-meação da Diretora Executiva. Esta apoia o trabalho do GB e é parte integral do seu processo decisivo.

Assim sendo, os membros do GB propõem, discutem e de-cidem regras e diretrizes para assuntos específicos. Como tal, garantem que tantas vozes da comunidade do PEJ quanto possível serão ouvidas. O GB tem de aprovar toda e qualquer alteração nos assuntos constitucionais do EYP e pode esta-belecer grupos de trabalho para encontrar as capacidades necessárias ao auxílio nas suas tarefas. O Governing Body reúne um mínimo de 4 vezes por ano. À data das eleições deste mês faziam parte do GB as seguintes pessoas: Magnus Hall (SE – Professor), Schima Labitsch (AT), Zahra Runderkamp (NL), Mark Brakel (NL), Anar Kucera (CZ), Jari Marjelund (FI) e André Schmitz-Schwarz-kopf (DE – Fundação Schwarzkopf). Os quatro candidatos aos três lugares disponíveis a partir do início do próximo ano deixados pela Schima, pelo Anar e pelo Mark foram a Sophie Hall (CH), o Hans Maes (BE), a Anya Suprunenko (UA) e o Alexei Leon (MD/RO).

1. Participantes (ex.: professores acompanhantes, membros das equipas de chairpersons, membros da equipa de media, organisers e membros do Júri) de Sessões Nacionais, Regionais e Internacionais nos últimos dois anos (até à data das eleições em causa), delegados de Sessões Internacionais e mem-bros do Governing Body durante esse período de tempo.2. O Board of National Committees é composto por representantes do BNC, que agem enquanto representantes plenipotenciários, acreditados por um Comité Nacional reconhecido, com o direito de estarem presentes em todas as atividades relacionadas com o BNC e de falar e votar em nome do Comité Nacional que representam

EYP INTERNATIONALSempre que for relevante, a Sum Up terá um segmento dedicado às novidades do PEJ a nível internacional. Em mês de eleições para o Governing Body, não poderiamos deixar de analis-ar o processo democrático do nosso projeto. Governing-what, you say? Não se preocupem, pois analisámos a estrutura organizacional do EYP International, deixan-do-vos as últimas novidades provenientes da reunião de Board of National Committees.

Agora que compreendem um pouco melhor a nossa orga-nização a nível internacional, deixamos-vos com algumas novidades provenientes da última reunião do Board of Na-tional Committees2, que teve lugar no início do passado mês de Outubro:

• A necessidade de reforçar a neutralidade política do PEJ enquanto organização foi amplamente discutida. Um dos passos para ajudar a esta mesma neutralidade, assim como a uma certa uniformização da imagem e comunicação da Or-ganização, passará pela criação de uma Estratégia de Comu-nicação e Manual relativo à mesma, a serem disponibiliza-dos aos Comités Nacionais ainda este ano.

• O Grupo de Trabalho relativo ao Sistema de Recomendações continua a trabalhar numa proposta, que se prevê pronta para discussão e aprovação pelo BNC no próximo mês de Maio de 2015. Esta proposta, após completa aprovação, ser-virá para substituir o atual sistema de recomendações em vigor.

• As taxas de participação de delegados para as Sessões In-ternacionais passarão a ser calculadas com base no PIB de cada país de forma a tentar criar um sistema mais justo. As taxas que passarão a existir serão de 50, 100, 150 e 200 eu-ros, sendo que Portugal mantém a taxa de 150 euros/dele-gado.

Page 11: Novembro 2014 - Sum Up

QUANDO: 19- 22 de MarçoDEADLINE CANDIDATURA: quar-ta-feira, 10 de Dezembro

“The Call for Vice-Presidents, Chair-persons and Editor(s) of the 17th Na-tional Selection Conference Zlín, taking place between 19 and 22 March 2015, is officially open. Officials are expected to arrive one day earlier (on Wednes-day 18 March) to take part in Officials’ Teambuilding and trainings.

This four-day session will consist of one day of Teambuilding, two days of Committee Work and one day of GA, accompanied by other extra activities.

The city of Zlín is well-known for its connection to Tomáš Baťa, the founder of the Bata company, a worldwide suc-cessful shoemaking manufacturer. The

PACK & GO

QUANDO: 16-27 de AbrilDEADLINE CANDIDATURA: Segun-da-feira, 8 de Dezembro

“ The 78th International Session of the EYP will be held in Izmir, Turkey be-tween 17th - 26 April 2015, focusing on democracy, civilisation and their roots. The event will be presided by Ogulcan Torun (TR). The overall team will also present a co-hesive and suitable balance of national-ity, gender and levels of experience. Ap-plicants should be aware that failure to be selected is no reflection on their tal-ent or ability to be part of an IS chairs’ team. The selection panel will consider first the individuals who have applied

Todos os meses, iremos apresentar-vos os eventos pejistas com candidaturas abertas para Officials. Viajando sozinho ou acompanhado, uma Sessão ou Fórum lá fora pode ser uma experiência tão ou mais marcante quanto ser delegado pela primeira vez. Tentem a vossa sorte. Pode custar ouvir um não, mas acreditem que, a longo prazo, vai custar mais não ter tentado. Just apply, pack & go!

session motto “Step by step towards fu-ture” is therefore closely related to the town’s interesting history.

We are looking for 2 Vice-Presidents, 14 Chairpersons and 1–2 Editors to join our team. The deadline for appli-cations is Wednesday 10 December 2014 23:59:59 CET. The Call for Jour-nalists will then follow in two shakes of a lamb’s tail.There is no participation fee for Offi-cials, however, EYP Czech Republic shall not cover any travel expenses.

The Selection Panel will consist of Mr Hugo Dürr (SE), the session President; Ms Kristýna Stejskalová (CZ), the Head Organiser; and Ms Dorota Šuráňová (CZ), Board Member of EYP Czech Re-public.”

17th National Selection Conference Zlín – EYP CZ

for the position and thereby thoroughly go over all the applications, following the guidelines given by the GB. The deadline for submitting your application via the platform on the event`s page (http://alumni.eypej.org/events/78th-international-session-of-the-eyp-in-izmir-turkey) and sending in your complete session history by email to [email protected] is Monday, De-cember 8th at 12.00 CET (noon).

Call on the platform: http://alumni.eypej.org/archives/50218

Issuu: http://issuu.com/eypinterna-tional/docs/call_chairs_izmir/”

78th Internacional Session – Izmir 2015

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