novas tecnologias para eficiÊncia energÉtica em...

117
NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS Pedro Altoé Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Jorge Luiz do Nascimento Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da UFRJ Rio de Janeiro Agosto de 2015

Upload: vuhuong

Post on 29-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS

Pedro Altoé

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da UFRJ

Rio de Janeiro

Agosto de 2015

Page 2: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

ii

NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS

Pedro Altoé

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO

ELETRICISTA.

Examinada por:

________________________________________________

Professor Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.

(Orientador)

________________________________________________

Professor Vinícius Carvalho Cardoso, Dr. Sc.

________________________________________________

Engenheiro Davi Duque da Incarnação

.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

Agosto de 2015

Page 3: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

iii

Altoé, Pedro

Novas tecnologias para eficiência energética em

residências / Pedro Altoé. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola

Politécnica, 2015.

XIV, 117p.: il; 29,7cm.

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Elétrica, 2015.

Referências Bibliográficas: p. 91.

1. Cenário Energético. 2. Eficiência Energética:

fundamentos teóricos 3. Equipamentos mais representativos

com tecnologias para eficientização de Energia 4. Principais

desenvolvedores e investidores. 5. Impactos das novas

tecnologias sobre o consumo doméstico.

I. Nascimento, Jorge Luiz do. II. Universidade Federal do Rio

de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Elétrica.

III. Novas tecnologias para eficiência energética em

residências.

Page 4: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

iv

Agradecimentos

Agradeço primeiro e principalmente a Deus, pois sem ele nada disso seria

possível.

Aos meus pais, que sempre me propiciaram o melhor para mim e para minha

irmã, mesmo que isso significasse sacrifícios em suas vidas. Ao meu pai, Geraldo, por

sempre me mostrar que ser paciente e saber escolher as lutas é essencial para caminhar

para a vitória. À minha mãe, por sempre me mostrar que o caminho lógico nem sempre

é o certo e que o desconhecido pode gerar muitos frutos bons. A família criada por eles

é minha base moral, onde pude aprender todos os bons valores para uma vida digna.

A minha irmã que sempre me mostrou que foco e força de vontade te levam para

os lugares que você quer ir, é só permanecer no caminho.

À Alejandra Mabel, que sempre me apoiou e me acompanhou nos momentos

difíceis e me animou quando eu precisei. Por ser minha companheira e me alegrar todos

os dias.

Aos inúmeros amigos que me acompanharam e me guiaram nesse caminho torto

por o qual temos de passar, sempre animando e deixando os momentos mais felizes e

entretidos. Em especial aos muitos amigos que fiz durante toda a graduação que em

momentos de dificuldade sempre pude contar.

À toda família de Fabio Fernandes Figueira, por receber tão bem a mim,

Guilherme Arnizaut e Marcos Cortez Brito Leite Póvoa nas incontáveis noites de

estudo.

Aos professores da UFRJ, que sempre serão meus orientadores. Ao professor

orientador Jorge Luiz, que mostra diariamente que o magistério é mais que passar o

conteúdo de uma ementa, é ensinar a refletir sobre as nossas ações.

A Dannemann Siemsen Bigler & Ipanema Moreira por sempre me apoiar e me

dar liberdade quando necessitava lidar com assuntos acadêmicos, em especial a Ana

Carolina Dib Arinelli, Daniele Ferreira de Lucena, Marcelo Corrêa Ramos e Mariana

Gomes de Barros por me ajudarem no caminho profissional e pessoal sempre que

possível.

Page 5: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

v

Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica

como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS

Pedro Altoé

Agosto/2015

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Curso: Engenharia Elétrica

Esse projeto visa mostrar a importância de possuir equipamentos mais eficientes

nas residências, elencando os fatores que a influenciam e estudando as oportunidades

que cada equipamento apresenta para melhorar o uso da energia elétrica. Além do foco

na economia doméstica, o trabalho quer também chamar a atenção para a análise da

eficiência do sistema energético pelo lado do consumo. Após pesquisa sobre os

diferentes tipos de eletrodomésticos mais usualmente utilizados e suas linhas mais

eficientes para residências, essas tecnologias são aplicadas em uma residência para que

o impacto no seu consumo seja avaliado.

Palavras-chave: Eficiência energética, Eletrodomésticos, Consumo residencial.

Page 6: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

vi

Abstract of Undergraduate Project presented to Electrical Engineering Department as a

partial fulfillment of the requirements for the degree of Electrical Engineering.

New Technologies for Energy Efficiency in Residences

Pedro Altoé

August/2015

Advisor: Jorge Luiz do Nascimento

Course: Electrical Engineering

This project aims to demonstrate the importance of having more efficient

equipment in residences listing the factors that influence it and studying the

opportunities that each equipment presents to improve the use of electricity. Besides

focusing on the domestic economy, the work also wants to draw attention to the analysis

of the energy system efficiency on the consumption side. After research on the different

types of most commonly home appliances and their respective most effective lines to

residences, these technologies are applied in a residential so the impact on consumption

is evaluated.

Keywords: Energy efficiency, Home appliances, residential consumption.

Page 7: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

vii

Sumário Lista de Figuras................................................................................................................xii

Lista de Tabelas..............................................................................................................xiii

Lista de gráficos..............................................................................................................xiv

1 Introdução ................................................................................................................. 1

1.1 Objetivos ................................................................................................................... 1

1.2 Metodologia .............................................................................................................. 2

1.3 Organização ............................................................................................................... 2

2 Cenário Energético .................................................................................................... 3

2.1 Matriz de consumo .................................................................................................... 4

2.2 Análise da crise ......................................................................................................... 6

3 Eficiência Energética: fundamentos teóricos .......................................................... 16

3.1 Energia elétrica ........................................................................................................ 17

3.1.1 Tensão elétrica......................................................................................................... 18

3.1.2 Corrente elétrica ...................................................................................................... 18

3.1.3 Resistência elétrica .................................................................................................. 18

3.1.4 Potência ................................................................................................................... 18

3.1.5 Energia elétrica e seu custo ..................................................................................... 18

3.1.6 Avaliação da eficiência energética dos equipamentos elétricos .............................. 20

3.2 Iluminação ............................................................................................................... 20

3.2.1 Luz ........................................................................................................................... 21

3.2.2 Cor ........................................................................................................................... 21

3.2.3 Temperatura de cor correlata (TCC) ....................................................................... 22

3.2.4 Índice de Reprodução de Cores (IRC) .................................................................... 25

3.2.5 Fluxo luminoso ........................................................................................................ 25

3.2.6 Iluminância ou Iluminamento (E) ........................................................................... 25

3.2.7 Eficiência luminosa ................................................................................................. 26

3.2.8 Avaliação da eficiência dos equipamentos de iluminação ...................................... 26

3.3 Calor, Condicionamento ambiental e Refrigeradores ............................................. 27

3.3.1 Calor ........................................................................................................................ 27

3.3.2 Temperatura ............................................................................................................ 28

3.3.3 Pressão ..................................................................................................................... 28

3.3.4 Convecção ............................................................................................................... 28

3.3.5 Condução de calor ................................................................................................... 28

3.3.6 Conversão liquido – gás e gás – liquido .................................................................. 29

Page 8: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

viii

3.3.7 Capacidade de refrigeração ..................................................................................... 30

3.3.8 Eficiência termodinâmica ........................................................................................ 30

3.3.9 Eficiência de Refrigeração ...................................................................................... 30

3.3.10 Avaliação da eficiência dos equipamentos de condicionamento ambiental e

refrigeradores .............................................................................................................................. 31

3.4 Aquecimento de água .............................................................................................. 31

3.4.1 Radiação .................................................................................................................. 32

3.4.2 Termossifão ............................................................................................................. 32

3.4.3 Capacidade térmica ................................................................................................. 32

3.4.4 Avaliação da eficiência dos equipamentos de aquecimento de água ...................... 33

3.5 Televisores .............................................................................................................. 33

3.5.1 Cinescópio ............................................................................................................... 33

3.5.2 Formação da imagem no televisor LED .................................................................. 35

3.5.3 Avaliação da eficiência dos televisores ................................................................... 36

3.6 Trabalho e energia eletromecânica aplicada a máquinas de lavar roupa ................. 37

3.6.1 Força ........................................................................................................................ 37

3.6.2 Trabalho .................................................................................................................. 38

3.6.3 Conversão cinética em mecânica ............................................................................ 38

3.6.4 Conversão elétrica em mecânica ............................................................................. 38

3.6.5 Motores elétricos ..................................................................................................... 38

3.6.6 Perdas nos motores elétricos ................................................................................... 38

3.6.7 Rendimentos de motores elétricos .......................................................................... 39

3.6.8 Avaliação da eficiência das maquinas de lavar roupa ............................................ 39

4 Equipamentos mais representativos com tecnologias para eficientização de Energia40

4.1 Iluminação ............................................................................................................... 40

4.1.1 Lâmpadas incandescentes ....................................................................................... 41

4.1.2 Lâmpadas fluorescentes de descarga ....................................................................... 41

4.1.3 Comparação de custos Incandescentes x fluorescentes ao longo de um período fixo43

4.1.4 Eficiência das lâmpadas .......................................................................................... 44

4.1.5 Lâmpadas de estado sólido (LED) .......................................................................... 45

4.1.5.1 Comparação entre fluorescentes compactas e LEDs compactas ............................. 49

4.1.5.2 Comparação de custos LED x fluorescentes ao longo de um período fixo ............. 50

4.1.5.3 Tempo de retorno .................................................................................................... 52

4.1.6 Principais desenvolvedores e investidores de tecnologia LED ............................... 53

4.1.6.1 Comparação das Tecnologias LED das principais desenvolvedoras....................... 54

4.1.6.2 Panasonic Industrial Devices .................................................................................. 55

Page 9: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

ix

4.1.6.3 Kyocera LED........................................................................................................... 55

4.1.6.4 Philips LED ............................................................................................................. 56

4.2 Climatização ambiental ........................................................................................... 57

4.2.1 Condicionador do tipo janela .................................................................................. 58

4.2.2 Condicionador do tipo Split .................................................................................... 58

4.2.3 Condicionador do tipo Cassete ................................................................................ 59

4.2.4 Comparação de eficiência entre os modelos de condicionadores............................ 60

4.2.5 Tempo de retorno .................................................................................................... 63

4.2.6 Principais desenvolvedores e investidores de tecnologia de refrigeração SPLIT

inverter ...................................................................................................................................64

4.2.6.1 Comparação das Tecnologias refrigeração SPLIT inverter das principais

desenvolvedoras .......................................................................................................................... 65

4.2.6.2 Mitsubishi Eletric .................................................................................................... 66

4.2.6.3 Daikin Industries ..................................................................................................... 66

4.2.6.4 LG Eletronics .......................................................................................................... 67

4.3 Refrigeradores ......................................................................................................... 68

4.3.1 Tempo de retorno .................................................................................................... 71

4.4 Aquecimento de água .............................................................................................. 72

4.4.1 Consumo chuveiro elétrico ...................................................................................... 73

4.4.2 Aquecedores por acumulação (Boilers) .................................................................. 74

4.4.3 Aquecedores solares ................................................................................................ 75

4.4.4 Comparação chuveiro ou boiler elétrico com aquecedores solares ......................... 77

4.4.4.1 Chuveiro elétrico com aquecedor solar ................................................................... 78

4.4.4.2 Boiler elétrico com aquecedor solar ........................................................................ 78

4.4.5 Tempo de retorno .................................................................................................... 79

4.5 Televisores .............................................................................................................. 81

4.5.1 Tempo de retorno .................................................................................................... 82

4.5.2 Edge LED ................................................................................................................ 84

4.5.3 Full LED .................................................................................................................. 84

4.6 Maquinas de lavar roupa ......................................................................................... 85

4.6.1 Tempo de retorno .................................................................................................... 87

4.7 Equipamentos mais eficientes ................................................................................. 89

5 Impactos das novas tecnologias sobre o consumo doméstico. ................................ 90

6 Conclusão ................................................................................................................ 94

Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 98

Page 10: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

x

Page 11: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

xi

Lista de Figuras

Figura 3.3.6 – Ciclo frigorífico por compressão ............................................................ 27

Figura 3.4.2 – Aparelho de termossifão ......................................................................... 30

Figura 3.5.2.1 – Corte de um TRC. ................................................................................ 32

Figura 3.5.2.1 – Corte de um TRC de deflexão eletromagnética, usado em televisões e

monitores coloridos ........................................................................................................ 32

Figura 3.5.3 – Diagrama explodido de uma tela em um televisor atual de LED ........... 33

Figura 4.1.5.1 – exemplo do modelo de lâmpada LED compacta.................................. 45

Figura 4.1.5.2 – exemplo do modelo de lâmpada LED tubular...................................... 46

Figura 4.2.1 – Condicionador do tipo janela .................................................................. 51

Figura 4.2.2.1 – Evaporador do condicionador SPLIT .................................................. 52

Figura 4.2.2.1 – Condensador do condicionador SPLIT ................................................ 52

Figura 4.2.3 - Condicionador do tipo Cassete ................................................................ 53

Figura 4.3.1 – Dimensionamento de chuveiros elétricos por região .............................. 57

Figura 4.3.2 – Diagrama explicativo sobre aquecimento solar de chuveiros ................. 64

Figura 4.4.2 – Exemplo de tecnologia Edge LED .......................................................... 72

Figura 4.4.3 – Exemplo de tecnologia Full LED ........................................................... 73

Figura 1B – Levantamento de densidade de pedidos por países .................................. 108

Figura 2B – Levantamento de densidade de pedidos por países .................................. 114

Page 12: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

xii

Lista de Tabelas

Tabela 2.2 - Carga de Energia - Evolução Mensal ........................................................... 7

Tabela 4.1.3 – Comparação de custos entre lâmpadas ................................................... 41

Tabela 4.1.4.1 – Comparação eficiência lâmpada incandescente e fluorescente compacta

........................................................................................................................................ 42

Tabela 4.1.4.2 – Comparação eficiência lâmpada fluorescente compacta e fluorescente

tubular ............................................................................................................................. 43

Tabela 4.1.5.1 – Comparação eficiência lâmpada LED compacta e fluorescente

compacta ......................................................................................................................... 47

Tabela 4.1.5.2 – Comparação eficiência lâmpada LED tubular e fluorescente tubular..47

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de fluorescente para LED ......................... 48

Tabela 4.2.1 – Diferenças entre os aparelhos de ar-condicionado para refrigeração para

ambientes residenciais .................................................................................................... 51

Tabela 4.2.2 – Comparativo entre os aparelhos de ar-condicionado para refrigeração

para ambientes residenciais ............................................................................................ 53

Tabela 4.2.5.3 – Tempo de retorno na troca condicionadores de ar ............................... 56

Tabela 4.3.1 – Refrigeradores mais vendidos no Brasil no ano de 2014 separados por

categoria ......................................................................................................................... 58

Tabela 4.3.2 – Modelos de refrigeradores mais eficientes ............................................. 59

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de refrigeradores ....................................... 60

Tabela 4.3.1 – Dimensionamento do consumo mensal de um chuveiro elétrico ........... 62

Tabela 4.3.2 – Características técnicas dos boilers mais eficientes de acordo com o

INMETRO ...................................................................................................................... 63

Tabela 4.3.3 – Características técnicas do aquecedor solar mais eficiente de acordo com

o INMETRO ................................................................................................................... 65

Tabela 4.3.4.1 – Consumo total para a combinação aquecedor solar e chuveiro elétrico

........................................................................................................................................ 66

Tabela 4.3.4.2 - Consumo total para a combinação aquecedor solar e boiler elétrico ... 67

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na aquecedores de água .......................................... 68

Tabela 4.4.1 Televisores mais vendidos no Brasil no ano de 2014 separados por tamanho

da tela..............................................................................................................................70

Tabela 4.4.2 – Relação de potência por polegada...........................................................71

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de televisores............................................71

Tabela 4.5.1 – Maquinas de lavar roupa mais vendidos no Brasil no ano de 2012 de

acordo com sua categoria................................................................................................74

Tabela 4.5.2 – Modelos que apresentaram melhores índices..........................................75

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de lavadoras de roupa................................76

Tabela 5.3.1 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de LED

LNJ03004BDD1..............................................................................................................81

Tabela 5.3.2 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de

DL40S39/18/16G13ACF.................................................................................................82

Tabela 5.3.3 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de Fortimo LED

SLM 1100lm 840 L13 G4................................................................................................82

Page 13: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

xiii

Tabela 5.4.1–Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter MUY-

GE09NA/MSY-GE09NA................................................................................................83

Tabela 5.4.2 – Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter

RXG09HVJU/FTXG09HVJU.........................................................................................84

Tabela 5.4.3 – Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter

LSN090HYV/LSN090HYV............................................................................................85

Tabela 6.1 - Consumo de uma residência com aparelhos não eficientes........................87

Page 14: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

xiv

Lista de Gráficos

Gráfico 2.1 - Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte .............................................. 3

Gráfico 2.1 - Composição Setorial do Consumo de Eletricidade ..................................... 5

Gráfico 2.2.1 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2013 – SE/CO .................. 8

Gráfico 2.3.2 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2000 – SE/CO .................. 9

Gráfico 2.3.3 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2000 – SE/CO .................. 9

Gráfico 2.3.4 - Geração de Energia Hidráulica em comparação 2014 com 2013 – SE/CO

........................................................................................................................................ 10

Gráfico 2.2.5 - Geração de Energia Hidráulica em comparação 2014 com 2001 – SE/CO

........................................................................................................................................ 10

Gráfico 2.3.6 - Carga de demanda em comparação 2014 com 2000 – SE/CO .............. 11

Gráfico 2.2.7 - Carga de demanda em comparação 2014 com 2001 – SE/CO .............. 11

Gráfico 2.2.9 - Geração de energia Térmica convencional em comparação 2014 com

2001 – SE/CO ................................................................................................................. 12

Gráfico 2.2.10 - Geração de energia Térmica convencional em comparação 2014 com

2013 – SE/CO ................................................................................................................. 13

Gráfico 3.2.3 – Cores correspondentes aos comprimentos de onda ............................. 13

Gráfico 4.1 – Perfil de consumo de energia elétrica através dos eletrodomésticos........ 38

Gráfico 4.1.5.1 – Variação do preço da lâmpada de LED ao longo do tempo ............... 44

Gráfico 4.2 – Gráfico comparativo entre Ar condicionado tradicional e ar condicionado

com a tecnologia inverter ............................................................................................... 55

Gráfico 5.1 – Em porcentagem, os 10 maiores depositantes sobre a tecnologia LED em

residências ...................................................................................................................... 79

Gráfico 5.2 –10 maiores depositantes sobre a tecnologia SPLIT inverter .................... 80

Gráfico 1B – Quantidade de classificações para os primeiros 1500 documentos

relativos a linha de código “(Light AND emit* AND diode) OR (LED)” ................... 106

Gráfico 2B–Levantamento de densidade de pedidos por países .................................. 109

Gráfico 3B – Gráfico dos países originários dos pedidos junto com a quantidade e ano

de registro ..................................................................................................................... 110

Gráfico 4B – Em porcentagem, os 10 maiores depositantes sobre a tecnologia LED em

residências......................................................................................................................111

Gráfico 5B – Quantidade de classificações para os primeiros 1500 documentos

relacionados a classificação de grupo principal CIP F24F 01/00..................................113

Gráfico 6B – Levantamento de densidade de pedidos por países..................................115

Gráfico 7B – Países originários dos pedidos junto com a quantidade e ano de registro

........................................................................................................................................116

Gráfico 8B –10 maiores depositantes sobre a tecnologia SPLIT inverter.....................117

Page 15: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

1

1 Introdução

Este projeto de conclusão de curso apresenta o resultado final da pesquisa e

trabalho realizado pelo aluno durante seu ultimo período no curso de engenharia elétrica

na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente os grandes centros urbanos e

demais áreas do Brasil não possuem uma cultura de eficientização de energia elétrica

muito aprofundada. A energia elétrica vem sendo desperdiçada em todos os setores,

mas, no setor residencial, onde o controle é mais difícil, é que se torna importante o

incentivo ao uso de equipamentos mais eficientes. A indústria bem que faz a sua parte,

mas a divulgação dos resultados ainda não é feita com intensidade suficiente para

obtenção de resultados significativos relativos aos objetivos de conservação da energia.

Além disso, o crescimento demográfico nos centros urbanos faz com que uma situação

de uma concentração de carga se agrave cada vez mais, pelo fato de encontrar-se nesses

centros urbanos um maior índice de pessoas por metro quadrado. Tal concentração se

torna um problema adicional, como no ano de 2014, que foi muito complicado para o

sistema elétrico brasileiro, pois teve poucas chuvas, o que causou uma baixa nas

reservas de água dos reservatórios, reduzindo a geração de energia próxima dos centros,

fazendo com que a energia tivesse que vir de mais longe, o que ocasiona em mais

perdas e geralmente deixando a capacidade de transmissão atuando no limite, o que

muitas vezes prejudica o fornecimento de energia aos consumidores, caso ocorra algum

defeito no sistema. Além da geração é necessário olhar esse problema pelo consumo

excessivo de energia. O consumidor atual não se preocupa em comprar equipamentos

que consomem menos ou que tenham uma eficiência melhor, pois sabem que sempre

terão disponíveis energia suficiente para poder ligá-los.

Assim, esse trabalho apresenta uma orientação para o consumidor, como forma

de auxiliar na redução desse desperdício, através da escolha de equipamentos com

novas tecnologias, que são mais eficientes que os aparelhos mais usuais e que auxiliam

na eficientização e na economia doméstica, visando: reduzir o consumo, reduzir as

perdas e conservar a energia do sistema energético, face à crise de energia elétrica que

enfrenta o Brasil desde o ano de 2014.

1.1 Objetivos

O objetivo deste trabalho é identificar as novas tecnologias de equipamentos

mais representativos do consumo doméstico, que estejam no mercado, ou em fase de

Page 16: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

2

desenvolvimento, e que comprovadamente possam auxiliar os projetos e ações de

eficiência energética residenciais. Além disso, outro objetivo desse trabalho é mostrar a

importância de se controlar o consumo e as perdas do sistema energético pelo lado do

consumidor.

1.2 Metodologia

Este trabalho adotou a seguinte metodologia:

1. Estudo do cenário energético brasileiro no ano de 2014, avaliando a geração

hidráulica, térmica e nível de reservatório, bem como estudo sobre os gastos energéticos

dos diferentes setores de consumo.

3. Revisão sobre os fundamentos teóricos da eficiência energética.

4. Revisão bibliográfica sobre iluminação.

5. Revisão bibliográfica sobre as formas de consumo de energia, iluminação,

calor, refrigeração e trabalho.

6. Estudo e avaliação sobre as tecnologias residências e suas inovações

eficientes.

10. Identificação dos maiores desenvolvedores de tecnologia de iluminação e

refrigeração que tragam uma maior eficiência para o consumo de energia residencial.

Essa pesquisa resulta na apresentação dos equipamentos inovadores, com suas

especificações técnicas elétricas e energéticas.

11. Avaliação sobre o impacto das novas tecnologias eficientes sobre o consumo

doméstico.

1.3 Organização

Este projeto foi estruturado em 7 capítulos, além deste capítulo introdutório.

No capitulo 2, apresenta-se um estudo do cenário energético brasileiro no ano de

2014, em que são avaliados a geração hidráulica, térmica e os níveis de reservatório

juntamente com uma avaliação do consumo brasileiro de energia elétrica por setores.

No capitulo 3 apresenta-se uma revisão teórica da eficiência energética e

fundamentos básicos sobre as tecnologias que serão apresentadas.

Page 17: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

3

O capítulo 4 trata da busca por equipamentos mais eficientes para residências.

No capitulo 5 é avaliado qual os maiores desenvolvedores das tecnologias

eficientes e apresenta-se seus equipamentos de ultima geração.

O capitulo 6 trata do estudo que as novas tecnologias mais eficientes possuem

sobre o consumo doméstico.

Conclui-se o presente trabalho no Capítulo 7, com as considerações finais sobre

a importância do estudo e da aplicação da eficiência energética e pontos a serem

pesquisados em futuros projetos finais.

2 Cenário Energético

Para ter-se uma noção de como funciona o setor elétrico brasileiro e a real

necessidade de implantação de sistemas eficientes em residências, é fundamental a

análise desse sistema elétrico. Sua análise será apresentada através de dados que serão

organizados e comentados. Atualmente o Brasil possui um total de 516,2 TWh ou 11,34

Gtep (tonelada equivalente de petróleo) de oferta interna de Energia Elétrica.

A matriz elétrica brasileira é bastante dependente da água, pois é

predominantemente de energia renovável, cerca de 80% da oferta interna de eletricidade

no Brasil. Sua maior parte, cerca de 65% da oferta interna de energia, corresponde a

geração hidráulica. A outra parte, cerca de 14% é resultante da produção através de

Biomassa, Eólica e as importações de eletricidade, que são essencialmente de origem

renovável, como pode ser observado no Gráfico 2.1 [1].

Page 18: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

4

Gráfico 2.1 - Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte, ¹ inclui gás de coqueria, ² Inclui

importação de eletricidade e ³ Inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações [1].

2.1 Matriz de consumo

Para melhorar a compreensão do consumo energético brasileiro e buscar

melhorar sua eficientização, temos de dividir os consumidores de energia elétrica em

diferentes grupos:

Residencial – na qual se enquadram, também, os consumidores

residenciais de baixa renda cuja tarifa é estabelecida de acordo com

critérios específicos;

Industrial – na qual se enquadram as unidades consumidoras que

desenvolvem atividade industrial, inclusive o transporte de matéria prima,

insumo ou produto resultante do seu processamento;

Comercial, Serviços e Outras Atividades – na qual se enquadram os

serviços de transporte, comunicação e telecomunicação e outros afins;

Rural – na qual se enquadram as atividades de agropecuária, cooperativa

de eletrificação rural, indústria rural, coletividade rural e serviço público

de irrigação rural;

Page 19: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

5

Poder Público – na qual se enquadram as atividades dos Poderes

Públicos:

Federal, Estadual ou Distrital e Municipal;

Iluminação Pública – na qual se enquadra a iluminação de ruas, praças,

jardins, estradas e outros logradouros de domínio público de uso comum e

livre acesso, de responsabilidade de pessoa jurídica de direito público;e

Serviço Público – na qual se enquadram os serviços de água, esgoto e

saneamento.

Setor energético – que se refere ao fornecimento destinado ao consumo

de energia elétrica da própria empresa de distribuição.

O consumo equivalente em 10³ tep (tonelada de petróleo) dos grupos é

encontrado na Tabela 2.1, de acordo com o balanço energético Nacional de 2014 que

leva o ano base de 2013.

Tabela 2.1 - Composição Setorial do Consumo de Eletricidade [1].

Pode-se notar, no Gráfico 2.1, que os setores residenciais e comerciais,

juntamente com o industrial, somam grande parte do consumo brasileiro de energia.

Destaca-se, também, que o setor comercial e o setor residencial, quando somados,

chegam ao mesmo montante do setor industrial no ano de 2013.

Page 20: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

6

Gráfico 2.1 - Composição setorial do consumo de eletricidade [1].

O sistema elétrico brasileiro compreende diversas áreas que podem ser mais

eficientes, desde a sua geração, passando pela transmissão até chegar às residências.

Além disso, o sistema compreende ainda diversas partes pontuais, como as subestações,

que podem ser estudadas para encontrar-se um modo que as tornem mais eficientes. O

interesse deste trabalho é no setor residencial, pois é um setor de pouco controle de

perdas, com pouca organização e planejamento no combate ao desperdício. Seus

gestores são os consumidores diretos, em geral, com pouca qualificação e sem

habilitação, ficando o trabalho da eficientização dependente apenas das tecnologias

promissoras.

2.2 Análise da crise

O ano de 2014 foi marcado por um período de forte estiagem e as elevadas temperaturas

registradas nos meses de janeiro a abril que levaram a uma preocupação de possibilidade de

racionamento de energia elétrica. O problema não é somente uma consequência da escassez de

chuva. O crescimento populacional também acarreta a necessidade de uso racional da água,

principal combustível das usinas hidrelétricas. Como não houve acréscimo proporcional da

capacidade de armazenamento dos reservatórios nas hidrelétricas, a dificuldade energética

coloca em evidência a fragilidade do sistema de abastecimento de água e de energia.

Podemos observar pela Tabela 2.2 e pelo Gráfico 2.2.0 que um dos maiores parques

consumidores de energia elétrica é o SE/CO, como pode ser visto que para todo o mês do ano de

Page 21: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

7

2013, a carga no SE/CO é maior que nos outros setores do sistema. O setor SE/CO compreende

os grandes centros urbanos com uma densidade populacional maior e grandes parques

industriais. Pelo fato de corresponder a uma carga grande no território nacional, cerca de 60%

para o mês de janeiro do ano de 2014, ele também é um dos mais afetados quando a necessidade

de racionamento torna-se um pouco mais preocupante e pelo fato dos problemas de seca

ocorreram nessas regiões. Portanto essa região será analisada com um pouco mais de detalhes.

Tabela 2.2 - Carga de Energia - Evolução Mensal (Valores obtidos a partir da geração de energia

de todas as usinas programadas e despachadas centralizadamente pelo ONS, somada à de

usinas não monitoradas pelo ONS revisada em fevereiro/14, conforme informações dos

agentes.) [2].

Page 22: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

8

Gráfico 2.2.0 - Carga de Energia – Dez. 2014 (Valores obtidos da Tabela 2.2.) [2].

Podemos observar, no Gráfico 2.2.1 que a energia armazenadada região SE/CO,

a partir de março até dezembro de 2014, comparada com a energia armazenada no

mesmo período do ano de 2013 está bem abaixo. Trata-se energia armazenada como

nível de reservatórios das usinas hidroelétricas do Brasil.

“Energia Armazenada é a energia potencialmente disponível nos reservatórios

das hidrelétricas, cujo cálculo considera o volume de água armazenado e a capacidade

de geração da usina. Ela é calculada considerando que todos os reservatórios operam em

paralelo do ponto em que estão até o volume mínimo. Trata-se de uma aproximação, já

que a evolução dos valores dos volumes depende da hidrologia futura, prioridades de

enchimento e esvaziamento, além de curvas-guia superiores e inferiores.”

(ELETROBRÁS, Manual de Metodologia, 2009, pag. 20)

A operação em paralelo exige que se calcule um valor da água (MW-mês/m3/s)

para cada usina. Toda a água a montante de uma usina utiliza este valor médio.

SE/CO59%

S17%

NE16%

NE8%

Carga de Energia - Dez. 2014

Page 23: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

9

Gráfico 2.2.1 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2013 – SE/CO [2].

“Um período sem chuvas estagnou o ano de 2014, reduzindo o nível dos

reservatórios, o que acarretou no acionamento das usinas térmicas, cujo megawatt/hora

é bem mais caro que o das usinas hidroelétricas. O Operador do Sistema Elétrico (ONS)

acionou praticamente todo o parque gerador térmico disponível para poder gerar energia

para atender a demanda. Ainda sim, a ONS usou, gradativamente, os reservatórios

hidrelétricos para evitar um possível racionamento de energia.” (JOEL GOMES

MOREIRA FILHO, Crise energética brasileira, Diário do comércio, 2014.)

No ano de 2001, o Brasil sofreu também com a falta de chuvas, longos períodos

de estiagem e vinha com um plano de investimentos no setor hidrelétrico fraco, que

deixaram várias represas vazias, impossibilitando a geração de energia. Pode-se

observar nos Gráficos 2.2.2 e 2.2.3, que são gráficos comparando a energia armazenada

da região SE/CO do ano de 2014 com os anos da crise energética, 2000 e 2001. Os

níveis de armazenamento dos anos 2014 e 2000/2001, no Gráfico 2.2.2 e Gráfico 2.2.3,

estão muito próximos.

Page 24: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

10

Gráfico 2.2.2 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2000 – SE/CO [2].

Gráfico 2.2.3 - Energia Armazenada comparação 2014 com 2000 – SE/CO [2].

Pode-se observar também no Gráfico 2.2.4, que durante o verão de 2014 e 2013,

época na qual a demanda por energia é muito maior, a geração de energia hidráulica

aumentou, diminuindo também o nível dos reservatórios. Pode-se dizer que a demanda

aumentou, pois a classe média também aumentou nesse intervalo de tempo, aumentando

a aquisição de eletrodomésticos.

Page 25: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

11

Gráfico 2.2.4 - Geração de Energia Hidráulica em comparação 2014 com 2013 – SE/CO [2].

No Gráfico 2.2.5, observa-se que a geração de energia hidráulica de 2014 foi

bem superior a de 2001 para poder suprir o crescimento da carga de demanda,

basicamente devido a construções de novos parques geradores de energia hidráulica. Tal

planejamento se deve ao fato de que a carga foi aumentada pelo estímulo dado à

economia do país, através de recomendações governamentais de incentivo ao consumo

de bens, que tem como consequência o aumento no consumo de energia. A geração

aumenta pela projeção de aumento de carga realizada pela ONS.

Gráfico 2.2.5 - Geração de Energia Hidráulica em comparação 2014 com 2001 – SE/CO [2].

Page 26: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

12

Pode-se observar que a carga de demanda cresceu em comparação a 2000 e

2001, como observado nos Gráficos 2.2.5 e 2.2.6, principalmente nos meses de janeiro,

fevereiro e junho a dezembro, ocasionando uma maior demanda na geração de energia

para os centros urbanos, por exemplo, de 87.87% maior para o mês de outubro quando

se compara os anos de 2014 e 2001.

Define-se carga de demanda como a potência elétrica média solicitada por um

equipamento, barramento, subestação, agentes da operação, subsistema ou sistema

elétrico, durante um determinado intervalo de tempo. Diz-se, também, demanda.

Gráfico 2.2.6 - Carga de demanda em comparação 2014 com 2000 – SE/CO [2].

No Gráfico 2.2.7, pode-se observar que para o ano de 2013 houve um expressivo

aumento na carga de demanda, principalmente nos meses de janeiro, fevereiro, abril e

agosto, com os respectivos aumentos de 5,88%, 5,88%, 6,60% e 5,11%. Pode-se

observar também uma queda expressiva na carga de demanda, principalmente nos

meses de novembro e dezembro, com uma queda de 3,43% e 7,28% respectivamente.

Isso se deve ao fato de que em Julho de 2014 a agência nacional de energia elétrica

(ANEEL) reajustou a conta de luz de em média 19% mais cara, forçando o mercado a

consumir menos energia. Além disso, outubro foi o mês de eleições, por isso vemos um

crescimento de quase 5,11% na carga de demanda para esse mês no ano de 2014 em

comparação com 2013.

Page 27: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

13

Gráfico 2.2.7 - Carga de demanda em comparação 2014 com 2013 – SE/CO [2].

Observa-se no Gráfico 2.2.8 que para poder suprir a carga de demanda por

energia, foram implantadas e utilizadas muitas usinas termoelétricas. E comparando

com o ano de 2001 pode-se observar no Gráfico 2.2.8 que a energia produzida é

extremamente maior. Em média o aumento, comparando com 2001, o aumento na

utilização da energia térmica convencional foi de 575,00%.

Gráfico 2.2.8 - Geração de energia Térmica convencional em comparação 2014 com 2001 –

SE/CO [2].

Através do Gráfico 2.2.9, pode-se comparar com o mesmo período do ano

passado que a geração térmica cresceu razoavelmente. Com a falta de chuvas e com a

Page 28: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

14

demanda crescente, a geração das térmicas acompanhou o crescimento e aumentou em

média 46,4%para os meses de julho a dezembro.

Gráfico 2.2.9 - Geração de energia Térmica convencional em comparação 2014 com 2013 –

SE/CO [2].

Através dessa análise se pode observar que o setor SE/CO é o maior setor

consumidor de energia elétrica, por conta disso ele é o setor que mais sofre com a falta

de energia. Com a queda da energia armazenada de 2013 para 2014 chegando a

comparar-se com a crise de 2000/2001 e com o crescimento da carga de demanda, o

setor SE/CO entre outros setores tiveram que aplicar medidas para não sofrer com a

falta de energia como o aumento da geração de quase 575,00% (Comparando com

2001) do uso das térmicas o que encareceu a conta do brasileiro.

Isso se dá por conta do aumento da demanda. Confrontada com tal dificuldade o

governo optou por aumentar também a geração de energia o que além de aumentar a

preço da energia elétrica, no caso do aumento da geração das usinas térmicas, também

aumenta os gastos em outros setores. Por exemplo, com o aumento da geração, as redes

de distribuição tiveram que aprimorar o seu sistema para poder aguentar a energia que é

transmitida.

Caso o aumento da carga não fosse tão grande, e consequentemente o aumento

da geração, não se teria que investir tanto no setor, o risco de racionamento não estaria

perto e a conta de luz não teria aumentado. Por conta disso uma verba que foi gasta no

setor elétrico poderia também ser gasta em outros setores.

Page 29: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

15

Em vista do apresentado, observa-se que ao olhar a questão da produção

energética amarrada ao seu consumo (isto é: produzir mais quando a demanda crescer)

encontra-se uma relação de círculo vicioso dessa relação produção/consumo. Para tal

problema existem vários caminhos a serem seguidos: (a) buscar algum avanço

tecnológico que diminua a demanda por energia, (b) um avanço tecnológico que crie

energia barata e, em consequência disso não se teria a preocupação com a demanda, ou

(c) a redução do desperdício e a eficientização da energia produzida e distribuída. A

geração é levada ao crescimento apenas pela projeção do crescimento da demanda.

Estimula-se o crescimento da demanda, projeta-se e estabelecem-se metas de

crescimento da geração.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia

(Abesco), o Brasil, em 2013, tinha um potencial de economia de energia elétrica da

ordem de 46 TWh (quase 10% da demanda total) por ano. Este volume equivaleria à

metade da produção anual da hidrelétrica de Itaipu. Assim, faz-se necessário introduzir

alguns fundamentos teóricos antes de entrar no mérito da eficiência.

Page 30: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

16

3 Eficiência Energética: fundamentos teóricos

Implantar medidas de eficiência energética torna-se necessário e a implantação é

muito mais econômica que investir na geração de novas usinas. Um quilowatt

economizado significa um quilowatt deixado de ser produzido e, consequentemente,

verbas públicas e privadas economizadas para aumentar a capacidade de geração.

A eficiência energética relacionada aos equipamentos mais representativos do

consumo doméstico de energia elétrica, foco principal desse trabalho, é dada como a

atividade técnico-econômica que cuida do consumo ótimo da energia elétrica e

consequentemente dos níveis dos reservatórios das usinas Hidroelétricas. Deste modo, a

eficiência energética ligada ao consumo da energia elétrica visa o contingenciamento do

suprimento de água e energia como também diminuir as perdas e os custos operacionais

desde a geração até ao consumidor. Além de evitar o aumento excessivo das emissões

de poluentes.

Para encontrar os equipamentos que melhor podem oferecer uma maior

eficientização, faz-se necessário encontrar quem são os “vilões” do consumo

residencial. Estima-se que lâmpadas, condicionares de ar, refrigeradores, chuveiro

elétrico, televisores, e maquinas de lavar roupa foram responsáveis por 81% do

consumo de eletricidade nos domicílios brasileiros (Nota técnica DEA 10/14 Estudos da

eficiência energética, consumo de energia no Brasil, junho 2014 [9]). O Gráfico 3.1

mostra essa o perfil de consumo por eletrodoméstico das residências no ano de 2012.

Cada equipamento representa uma parte do consumo de uma residência que pelo

simples fato de ser substituído por um mais eficiente gera um consumo menor de

energia elétrica para aquela residência.

Page 31: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

17

Gráfico 3.1 – Perfil de consumo de energia elétrica através dos eletrodomésticos [9].

Assim, para melhor entender como se dá a eficiência desses equipamentos

domésticos, alguns conceitos devem ser introduzidos. Eles são apresentados aqui em

itens separados por tipo de aplicação energética analisada.

3.1 Energia elétrica

Energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho. Pode

ter várias formas: potencial, mecânica, química, eletromagnética, elétrica, calorífica, etc.

Essas várias formas de energia podem ser transformadas umas nas outras. A energia

elétrica ou eletricidade é como se designam os fenômenos em que estão envolvidas

cargas elétricas.

Portanto define-se energia elétrica como: a capacidade de uma corrente elétrica

realizar trabalho. Essa forma de energia pode ser obtida através da energia química ou

da energia mecânica. Através de turbinas e geradores que transformam essas formas de

energia em energia elétrica. No sistema internacional (SI), a energia elétrica é dada em

joule (J), porém, a unidade de medida mais utilizada é o quilowatt-hora (kWh).

Ela é obtida através da aplicação de uma diferença de potencial entre dois pontos

de um condutor, gerando uma corrente elétrica entre seus terminais. Hoje em dia a

energia elétrica é a principal fonte de energia do mundo.

Page 32: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

18

A principal função da energia elétrica é a transformação desse tipo de energia

em outros tipos, como, por exemplo, a energia mecânica e a energia térmica. [3]

3.1.1 Tensão elétrica

Tensão elétrica ou diferencial de potencial (ddp) é a diferença de potencial entre

dois pontos. A tensão elétrica também pode ser explicada como a quantidade de energia

gerada para movimentar uma carga elétrica. Vamos dar um exemplo de uma mangueira

com água, a qual no ponto entre a entrada de água e a saída exista uma diferença na

quantidade de água, essa diferença trata-se da ddp entre esses dois pontos. Sua Unidade

é o Volt [V] e é normalmente representado pelo símbolo [U]. Exemplos de geradores de

tensão: as usinas hidrelétricas, pilhas e baterias.

3.1.2 Corrente elétrica

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por um condutor quando

entre suas extremidades houver uma diferença de potencial (tensão). Sua unidade é o

Ampére [A].

3.1.3 Resistência elétrica

Define-se como resistência elétrica a facilidade ou dificuldade com que a

corrente elétrica atravessa um condutor é conhecida como resistência. Sua unidade é

representada por Ohm [Ω].

3.1.4 Potência

Potência elétrica pode ser definida também como o trabalho realizado pela

corrente elétrica em um determinado intervalo de tempo. Num sistema de corrente

contínua em que uma corrente (I) e uma tensão (U) se mantenham invariantes durante

um dado período, a potência transmitida é também constante e igual ao seu produto,

como demonstrado pela equação 3.1.4.

𝑃 = 𝐼 𝑥 𝑈 (3.1.4)

3.1.5 Energia elétrica e seu custo

A energia elétrica de um aparelho está diretamente ligado a sua potência (P) e ao

tempo (t) que ele ficou ligado. A unidade normalmente utilizada é o quilowatt-hora

[kWh]. A Equação 3.1.5.1 demonstra tal relação.

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 = 𝑃 𝑥 𝑡 (3.2.5.1)

Page 33: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

19

Sempre que se fala de consumo de energia elétrica, automaticamente se pensa

em conta de luz. A conta de luz está diretamente ligada ao consumo, ou seja, a energia

gasta no mês. Quanto maior o consumo, maior será a conta de luz. A conta de luz é

diferente para cada região administrada por uma dada concessionária . O cliente de uma

concessionária tem direito de escolher uma estrutura tarifária para sua residência. As

estruturas tarifárias são o conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de

energia elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de

fornecimento. As modalidades de fornecimento são:

Estrutura tarifária convencional - Pode ser aplicada para o fornecimento de

tensão inferior a 69 kV e demanda menor que 300 kW. Oferece tarifa única para

consumo de energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de

utilização do dia e dos períodos do ano. Ideal para clientes com dificuldades em

controlar o seu consumo e a demanda no horário de ponta.

Estrutura tarifária horária – As tarifas horárias são caracterizadas pela aplicação

de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência de

acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano. A estrutura tarifária

horária tem duas categorias: Verde e a Azul.

Verde – Opcional para o fornecimento de tensão inferior a 69 kV, é

composta por quatro valores, que variam de acordo com o horário do dia

(ponta ou fora de ponta), época do ano (seco ou úmido), além de valor

fixo para qualquer nível de demanda de potência contratada. É o modelo

ideal para clientes que controlam o consumo no horário de ponta.

Azul – É uma tarifa composta, obrigatória para fornecimento de energia

em tensão igual ou superior a 69 kV – e opcional para tensão abaixo

desse limite. Baseia-se no nível de consumo de energia e no nível da

demanda de potência e oferece diferentes tarifas. Para a demanda de

potência, há uma tarifa para o horário de ponta e outra para horário fora

de ponta. Para consumo de energia, estabelece tarifas distintas para o

horário de ponta e o horário fora de ponta; em período úmido e em

período seco.

Page 34: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

20

Para uma residência de uma família de classe média a tarifa normalmente usada

é estrutura tarifária convencional. O valor da conta de luz de uma residência em tais

condições é obtida pela multiplicação do consumo (kWh) pelo valor em real (R$/kWh)

do quilowatt- hora. A Equação 3.1.5.2 demonstra tal relação.

Valor conta de luz (R$) = Consumo (kWh) x Valor em real do quilowatt-hora (R$/kWh) (3.1.5.2)

O valor do quilowatt-hora no dia 12/09/2015 é de 0,61373 R$/kWh para a

concessionária Light. Portanto para exemplificar, uma residência que tenha o consumo de

100 kWh no mês deverá pagar no final desse mês um valor de 100 x 0,61373 = R$ 61,37.

3.1.6 Avaliação da eficiência energética dos equipamentos elétricos

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais

eficientes, alguns parâmetros devem ser avaliados de maneira a demonstrar suas

interações. Além disso, a análise da eficiência deve ser feita, mantendo-se os parâmetros

de qualidade dos equipamentos que demonstrem mais efetividade nos serviços para o

bem estar do consumidor. É necessário conhecer esses parâmetros.

Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para equipamentos elétricos gerais,

normalmente esses devem estar em uma mesma faixa de tensão em 110 ou 220. Como

exemplo, é mais difícil substituir um equipamento antigo menos eficiente por um novo

mais eficiente caso a tomada na qual ele fosse ser conectado tivesse que ser trocada ou a

tomada tivesse uma tensão diferente do equipamento que se quisesse trocar. Nesses

casos o consumidor opta por comprar outro equipamento que já esteja nas mesmas

especificações de entrada do anterior.

Além disso, a grandeza de saída do equipamento a ser comparado deve ser a

mesma que o equipamento menos eficiente. Por exemplo, em equipamentos que

produzem calor o equipamento mais eficiente deve poder gerar o mesmo calor que o

equipamento que é comparado.

Os valores estabelecidos para os distintos equipamentos avaliados nesse trabalho

serão discutidos em seus respectivos subcapítulos.

3.2 Iluminação

Para dar-se continuidade, alguns conceitos sobre a iluminação e todos os seus

fatores devem ser introduzidos.

Page 35: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

21

Antes de entrar-se nos fundamentos dos conceitos técnicos, temos que deixar

claro que luz em si é invisível, o que vemos é o objeto iluminado e é exatamente por

isso que a luz está diretamente relacionada à cor e à textura que este objeto possui. Cada

pessoa tem uma sensibilidade diferente da outra (para cores e quantidade de luz). Por

conta disso, a sensação psicológica transmitida será diferente para cada indivíduo.

3.2.1 Luz

A luz é uma onda eletromagnética, que além dos efeitos visuais (produção de

claridade e cores), emite radiações ultravioletas (UV), basicamente trata-se da energia

radiante que um observador é capaz de perceber sensorialmente pela visão,

compreendida em uma faixa de radiações das ondas eletromagnéticas situada entre 380

e 780 nm, como pode ser observado em seu espectro magnético na Figura 3.2.1.

Figura 3.2.1 – Espectro eletromagnético [4]

3.2.2 Cor

Cor é a impressão que a luz refletida ou absorvida pelos corpos produz nos

olhos. É possível dizer que os objetos não têm cor definida e sim que nós, a partir da

visualização dos mesmos, obtemos uma informação de nosso cérebro sobre determinada

cor.

A cor que percebemos é definida por fatores naturais ou físicos e está

relacionada à fonte de luz sobre o objeto e a reação do mesmo. Quando essa fonte, que

possuí todas as cores, atinge determinado objeto, ele reflete de volta as cores, porém

aquela que não é refletida de volta é a que nós conseguiremos visualizar, sendo possível

dizer que aquela é a cor do objeto. A cor branca representa as sete cores do espectro:

Page 36: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

22

vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. A cor preta é a inexistência de cor

ou ausência de luz [5].

3.2.3 Temperatura de cor correlata (TCC)

Toda lâmpada possui uma determinada temperatura de cor, ou seja, cada modelo

de lâmpada emite uma luz com determinada cor. Estas cores foram desenvolvidas de

acordo com as cores emitidas pelo sol (luz natural): a luz de tonalidade branca é vista ao

meio-dia, enquanto que as luzes de tonalidade amarelada e alaranjada são vistas ao

entardecer.

A temperatura de cor é medida através da unidade Kelvin, que pode variar de

2.000 a 6.100 Kelvin. Sendo:

Luz Amarela: "Luz Quente";

Temperatura de cor: menor ou igual a 3.000 Kelvin;

Luz Branca: "Luz Branca Natural";

Temperatura de cor: maior que 3.000 e menor que 6.000 Kelvin - (5.800

Kelvin é a temperatura de cor da luz obtida com sol ao meio-dia em céu

aberto);

Luz Azul-Violeta: "Luz Fria"; e

Temperatura de cor: igual ou superior a 6.000 Kelvin.

Diferentes comprimentos de onda geram diferentes reações ao mecanismo de

percepção sensorial visual do observador, cuja interpretação determina diferentes cores

[6]. A Tabela 3.2.3 indica a cor interpretada conforme o comprimento de onda.

Page 37: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

23

Tabela 3.2.3 – Cores correspondentes aos comprimentos de onda.

O Gráfico 3.2.3 a seguir ilustra muito bem as diferentes temperaturas de cores e

mostra os modelos de lâmpadas correspondentes. (Neste mesmo gráfico há o Índice de

Reprodução de Cores, que logo abaixo da gráfico será esclarecido).

Page 38: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

24

Gráfico 3.2.3 – Cores correspondentes aos diferentes tipos de lâmpadas.

Lâmpadas de 2.800 a 3.000 kelvin - apresentam tonalidade

branco-amarelada com sensação de aconchego;

Uso: ideal para residências, bares, restaurantes sofisticados - é adequada para

quaisquer lugares onde se deseja obter a sensação de conforto e tranquilidade;

Uso inadequado: como esta cor amarelada proporciona relaxamento e até mesmo

sono, não deve ser utilizada em locais que exijam um bom ritmo de trabalho, pois irão

reduzir o rendimento. Exemplos de locais que não devem utilizá-la: escritórios,

indústrias, oficinas, ateliers, restaurantes populares - ambientes que apresentam um

ritmo acelerado de trabalho/produção [6].

Lâmpadas entre 4.000 a 5.000 kelvin - apresentam tonalidade

branco-azulada com sensação de estímulo;

Uso: ideal para ambientes que apresentam um ritmo acelerado de

trabalho/produção, como: como escritórios, consultórios médicos, odontológicos,

indústrias, oficinas, ateliers, restaurantes populares, academias de ginástica e em

cozinhas residenciais e industriais;

Page 39: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

25

Uso inadequado: em quartos, salas de estar, salas de jantar, spas, hotéis, halls de

entrada - locais que necessitam de um ambiente de relaxamento [6].

3.2.4 Índice de Reprodução de Cores (IRC)

É a capacidade que a fonte luminosa apresenta de reproduzir com fidelidade as

cores dos objetos iluminados por ela. O índice poder ser de 0 (zero) a 100 (cem), sendo

que quanto menor o valor, pior será a reprodução das cores; e quanto maior o valor, a

cor mais se aproxima do real, isto é, como a cor é vista ao estar exposta à luz do Sol.

Alguns modelos de lâmpadas possuem os seguintes IRCs:

IRC - 85: a maioria das Fluorescentes compactas - nível bom de

Reprodução de Cor;

IRC - 90: Fluorescentes de última geração - nível ótimo de Reprodução

de Cor;

IRC - 100: Incandescentes (dicróicas, incandescentes comuns, PAR e

Halógenas bipino duplo) - nível excelente de Reprodução de Cor.

3.2.5 Fluxo luminoso

Define-se fluxo luminoso como a potência de radiação luminosa total emitida

por uma fonte de luz, i.e., a potência de energia luminosa percebida pelo olho humano.

Tem como unidade o lúmen (lm), que define a quantidade de energia radiante produzida

e emitida por uma fonte luminosa.

Há no mercado diversos modelos de lâmpadas, e cada modelo emite uma

determinada quantidade de energia. Por isso que cada modelo de lâmpada ilumina o

ambiente de uma forma. A eficiência das lâmpadas é obtida pela relação entre a

quantidade de Lúmens irradiados e a energia consumida. Logo, quanto mais Lúmens

por watt, maior será a eficiência da lâmpada. Exemplos de tipos de lâmpadas atualmente

utilizadas serão mais bem descritos no capítulo seguinte.

3.2.6 Iluminância ou Iluminamento (E)

É a relação entre o fluxo luminoso (ɸ) e a superfície (A) sobre a qual incide. Sua

unidade é o lux (lx), definido como a iluminância sobre uma superfície de 1m²

recebendo de uma fonte puntiforme, na direção normal, um fluxo luminoso de 1 lúmen

Page 40: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

26

uniformemente distribuído. Na prática, trata-se de um valor médio, pois o fluxo

luminoso não se distribui uniformemente. Iluminamento é a denominação dada pelo

Inmetro para essa grandeza que também é a grandeza a ser utilizada para se projetar

ambientes iluminados. A Equação 3.2.6 mostra a expressão utilizada para se obter essa

grandeza.

(3.2.6)

3.2.7 Eficiência luminosa

Define-se eficiência energética como a relação entre a quantidade de energia

final utilizada e a quantidade de um bem produzido ou serviço realizado, como pode-se

ver na Equação 3.2.7.1.

Eficiência Ernergética =Energia do produto

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 (3.2.7.1)

Por exemplo, uma lâmpada transforma a eletricidade em luz e calor, porém seu

objetivo é somente iluminar. Uma medida da sua eficiência é obtida dividindo a energia

da luz pela energia elétrica usada, conforme Equação 3.2.7.2.

𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 =Luz (lm)

Potência (W) (3.2.7.2)

Dessa maneira, relaciona-se a eficiência à quantidade de energia utilizada e não

à quantidade de energia teórica mínima necessária para realizar a mesma tarefa. O

conceito relacionado à energia teórica mínima é o potencial de eficiência. Assim, quanto

mais próximo do mínimo teórico for o consumo de energia, mais eficiente terá sido a

tarefa sob o ponto de vista da eficiência energética.

3.2.8 Avaliação da eficiência dos equipamentos de iluminação

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais

eficientes, alguns parâmetros de iluminação devem ser avaliados de maneira a

demonstrar suas interações.

Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para a iluminação essas grandezas são

mesmo nível de tensão, IRC de mesmo nível ou superior e uma luminária adequada.

Page 41: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

27

A grandeza de saída do equipamento a ser comparado deve ser a mesma que o

equipamento menos eficiente. Para a iluminação as grandezas de saída são o mesmo

fluxo luminoso e TCCs das lâmpadas parecidos.

Assim aquele equipamento que possui um potência menor, e as mesmas

grandezas mencionadas acima, será o mais eficiente.

Além disso, deve se levar em conta que os requisitos da instalação de iluminação

dependem principalmente do tipo de trabalho a ser executado no recinto em questão. O

ponto de partida para um projeto de iluminação é sempre o próprio espaço, seus

detalhes de construção, sua finalidade, o trabalho a ser iluminado e a tarefa visual

envolvida. O objetivo mais importante, projetando-se uma instalação de iluminação para

um ambiente residencial, é o provisionamento de boas condições visuais para cada

ambiente. Um objetivo adicional deverá ser a criação de um ambiente visual completo,

proporcionando uma influência positiva no desempenho e bem-estar dos ocupantes. Em

interiores de uso diário normal, a estética e o conforto visual da iluminação são fatores

predominantes, para os quais somente uma orientação geral poderá ser dada. Para tanto,

ao iluminar um ambiente tem-se levar em conta primeiro o IRC compatível para aquele

ambiente para a lâmpada a ser utilizada, bem como seu TCC, para se adaptar ao clima

emocional do local. O fluxo luminoso dessa lâmpada não pode ser muito forte para não

ofuscar e causar desconforto, mas também não pode ser muito fraco e causar uma má

iluminação.

3.3 Calor, Condicionamento ambiental e Refrigeradores

Alguns equipamentos utilizam-se dos conceitos de calor e suas variedades, para

tanto se deve introduzir seus conceitos e grandezas.

3.3.1 Calor

Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato,

podemos observar que a temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo

"mais frio" aumenta, até o momento em que ambos os corpos apresentem temperatura

igual. Esta reação é causada pela passagem de energia térmica do corpo "mais quente"

para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que chamamos calor.

Define-se calor por: a transferência de energia térmica entre corpos com

temperaturas diferentes.

Page 42: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

28

A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI

seja o joule (J). Uma caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a

temperatura de um grama de água pura, sob pressão normal, de 14,5°C para 15,5°C. [6]

3.3.2 Temperatura

A temperatura é, fundamentalmente, uma propriedade da matéria que mede o

nível energético de um corpo. Quanto maior a temperatura de um corpo, maior o nível

de energia deste corpo. Existem diferentes unidades para indicar a temperatura, sendo

graus Celsius (°C) a utilizada no sistema internacional de unidades [7].

3.3.3 Pressão

Pressão é a relação entre uma determinada força e sua área de distribuição.

O termo pressão é utilizado em diversas áreas da ciência como uma grandeza

escalar que mensura a ação de uma ou mais forças sobre um determinado espaço,

podendo este ser líquido, gasoso ou mesmo sólido. A pressão é uma propriedade

intrínseca a qualquer sistema, e pode ser favorável ou desfavorável para o homem: a

pressão que um gás ou vapor exerce sobre a pá de uma hélice, por exemplo, pode ser

convertida em trabalho.

3.3.4 Convecção

É a transferência de energia térmica dentro de um fluido, através de uma ação de

mistura, podendo ocorrer naturalmente por diferença de densidade ou pela ação de um

agente externo, como um ventilador. Nesse caso, o fluxo térmico é expresso pela

Equação 3.3.4, onde h é o coeficiente de película, expresso em Btu/h.ft².F ou

kcal/h.m².°C, A é área da seção por onde passam os fluidos e T1 e T2 é a temperatura

de cada fluido.

(3.3.4)

3.3.5 Condução de calor

É a transferência de energia entre as moléculas dentro de um corpo por contato

físico. A condução dentro de um fluido ocorre concomitantemente com a transferência

por convecção. A condução através de um corpo depende da sua área (A), de sua

espessura (x), a diferença de temperatura (T2-T1) e da resistência térmica oferecida pelo

Page 43: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

29

material do qual o corpo é feito (r), isto é, da sua condutibilidade térmica (k). Deve-se

contabilizar também o coeficiente de película (h) devido à transmissão por convecção.

3.3.6 Conversão liquido – gás e gás – liquido

Quando um líquido, por exemplo a água, é aquecido, a sua temperatura aumenta

até um certo ponto (ponto de ebulição). Depois desse ponto o liquido se transforma em

gás ocupando um maior volume em comparação de quando estava no estado liquido e

também adquire uma temperatura maior. Um líquido pode também virar vapor através

retirada de pressão do recipiente que esse líquido se encontra.

Quando o mesmo gás é resfriado, ele volta para o seu estado líquido perdendo

volume e temperatura. Da mesma forma se em um compartimento com gás a sua

pressão for aumentada, esse gás pode vir a torna-se líquido. Essas conversões

acontecem, por exemplo, em refrigeradores.

Na Figura 3.3.6 pode observar-se como essas conversões melhor acontecem nos

refrigeradores. Uma substância em circulação (normalmente o freon) entra em

um compressor sob a forma de vapor. O vapor é comprimido, sob forte pressão,

superaquecendo o freon. O vapor superaquecido desloca-se então para um condensador.

O condensador resfria o freon e depois condensa-o, transformando-o em líquido através

da remoção do calor adicional, a uma pressão e temperatura constantes. O líquido passa

então por uma válvula de expansão, onde a sua pressão cai abruptamente causando a

sua evaporação parcial ocasionando o seu resfriamento de, normalmente, menos de

metade do líquido. Daí, resulta uma mistura de líquido e vapor a uma temperatura e

pressão inferiores comparada com a pressão e temperatura do condensador. A mistura

líquido-vapor fria desloca-se então através da serpentina em um evaporador. No

evaporador, o freon líquido vapor frio, troca calor com o ar que está em contato com a

serpentina e evapora-se completamente, resfriando o ar que a atravessa. Esse ar

resfriado pela serpentina é o ar que vemos sair da geladeira, freezers, ar condicionados,

entre outros. O vapor resultante no final da serpentina volta então ao compressor para

novamente ser comprimido e começar um novo ciclo.

Page 44: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

30

Figura 3.3.6 – Ciclo frigorífico por compressão [8].

3.3.7 Capacidade de refrigeração

A capacidade de refrigeração é a unidade usada para definir o quanto um

equipamento é capaz de resfriar ou aquecer determinado ambiente. A sigla BTU/h

significa Unidade Térmica Britânica por hora e representa a quantidade de troca de

calor realizada pelo aparelho no intervalo de uma hora. A quantidade de 1 BTU é

definida como a quantidade de energia necessária para se elevar a temperatura de uma

massa de uma libra de água de 59,5º F a 60,5º F, sob pressão constante de 1 atmosfera.

3.3.8 Eficiência termodinâmica

A eficiência termodinâmica é uma medida simbolizada por ( ) e definida

matematicamente pela equação 3.3.8.

𝜂 =W

Q (3.3.8)

Sendo que W representa o valor absoluto do trabalho mecânico realizado e Q

representa a quantidade de calor fornecido ao ciclo pelo reservatório de alta

temperatura.

3.3.9 Eficiência de Refrigeração

Um dos tipos de cálculo de eficiência na refrigeração é o índice EER - Energy

Efficiency Rate (Razão de Eficiência Energética) medidos em Btu/h/W. Também é

utilizada para indicar a eficiência de uma máquina frigorífica. Relaciona a energia útil

Page 45: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

31

produzida com o trabalho de compressão despendido. A Equação 3.3.9 expressa essa

relação.

𝐸𝐸𝑅 =Energia útil

Trabalho de compressão (3.3.9)

3.3.10 Avaliação da eficiência dos equipamentos de condicionamento

ambiental e refrigeradores

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais

eficientes, alguns parâmetros dos equipamentos de condicionamento ambiental e

refrigeradores devem ser avaliados de maneira a demonstrar suas interações.

Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para ambos os equipamentos de

condicionamento ambiental e os refrigeradores essas grandezas são o mesmo nível de

tensão, o volume físico ocupado pelo equipamento e o volume a ser resfriado para cada

equipamento.

A grandeza de saída do equipamento a ser comparado deve ser a mesma que o

equipamento menos eficiente. Para equipamentos de condicionamento ambiental e

refrigeradores a grandeza de saída é a temperatura do espaço a ser resfriado.

Assim aquele equipamento que possui uma potência menor, e as mesmas

grandezas mencionadas acima, será o mais eficiente.

Alguns condicionadores de ar têm o seu volume físico bem diferente. No caso

dos condicionadores SPLIT seu volume físico é consideravelmente maior que o do tipo

janela, porém o ar condicionado SPLIT compensa no quesito decoração. Por ser

localizado no teto, o aparelho é menos visível e mais sutil ao ambiente. Além disso,

produz menos ruído por seu evaporador estar localizado do lado de fora do quarto a ser

refrigerado.

3.4 Aquecimento de água

Equipamentos de aquecimento de água utilizam-se de alguns conceitos

adicionais além daqueles apresentados no capítulo 3.3, para tanto se deve introduzir tais

conceitos e grandezas.

Page 46: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

32

3.4.1 Radiação

Neste mecanismo, há a transferência de energia radiante por ondas entre dois

corpos separados, não requerendo um meio contínuo. O fluxo térmico (, em kcal/h ou

Btu/h) é proporcional à área (A, em m² ou ft²), tipo de superfície (dado pela

emissividade do corpo e pela constante de Boltzman(ɛ.σ) , 5,669W/m² ou Btu/h.ft².K4)

e à diferença de temperatura absoluta entre as superfícies, como mostra a Equação 3.4.1.

(3.4.1)

3.4.2 Termossifão

Um termossifão é um aparelho mostrado na Figura 3.4.2 cujo funcionamento

explica-se com as correntes de convecção naturais dos fluidos, no que suas partes

quentes tendem a subir, pois tornam-se menos densas. Com isso, as partes frias, mais

densas, passam a ocupar tubulação do painel solar, de onde também sairão quando

estiverem suficientemente quentes (e menos densas). Este fenômeno é conhecido

como sistema de circulação natural, aplicado à produção de água quente

mediante captadores solares.

Figura 3.4.2 – Aparelho de termossifão.

3.4.3 Capacidade térmica

A capacidade térmica é a unidade usada para definir a quantidade de calor que

um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma unidade.

Então, pode-se expressar esta relação por: Sua unidade usual é cal/°C.

Incidência solar

Reservatório térmico

Coletores solares

Page 47: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

33

3.4.4 Avaliação da eficiência dos equipamentos de aquecimento de água

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais

eficientes, alguns parâmetros dos equipamentos de aquecimento de água devem ser

avaliados de maneira a demonstrar suas interações.

Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para os equipamentos de aquecimento

de água essas grandezas são a tensão dos equipamentos e as instalações, que para esse

equipamento especificamente não será considerado, pois a natureza física dos

equipamentos é bastante diferente., o volume físico ocupado pelo equipamento e o

volume a ser resfriado para cada equipamento.

A grandeza de saída do equipamento a ser comparado deve ser a mesma que o

equipamento menos eficiente. Para equipamentos de aquecimento de água a grandeza de

saída é o conforto térmico gerado pelos equipamentos, isto é, uma temperatura

adequada escolhida pelo usuário para um volume de água semelhante.

Assim aquele equipamento que possui um consumo total menor em um período

fixo comum, e as mesmas grandezas mencionadas acima, será o mais eficiente. Para

esse caso não se fixa a potência somente, pois os equipamentos não tem o mesmo tempo

de uso.

3.5 Televisores

Televisores utilizam-se da maioria dos conceitos dos capítulos 3.1 e 3.2, e de

alguns conceitos adicionais, para tanto se devem introduzir tais conceitos. Denomina-se

televisor o sistema que permite a visualização de imagens e som à distância em tempo

real. O televisor é o dispositivo que permite a reprodução dos conteúdos com imagem e

som que muitas vezes chamamos, erradamente, televisão.

3.5.1 Cinescópio

Os cinescópios são tubos de raios catódicos (TRC) destinados à reprodução de

imagens em aparelhos de TV. Estes tubos são fabricados em diversos tamanhos

conforme o tipo de aparelho de TV e operam sempre pelo mesmo princípio.

Através da Figura 3.5.1.1, consegue-se verificar o funcionamento de uma

televisão de tubo de raios catódicos. Para a emissão dos elétrons existe na parte

posterior do tubo denominada "canhão" um catodo o qual deve ser aquecido por um

filamento. Em seguida, uma grade de controle que permite controlar a quantidade de

Page 48: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

34

elétrons emitidos o que corresponde ao brilho ou luminosidade da imagem final. O

eletrodo seguinte tem por finalidade focalizar o feixe de elétrons emitidos pelo catodo

de modo a impedir seu espalhamento. O anodo de alta tensão tem por finalidade

acelerar os elétrons que são emitidos pelo catodo. A imagem é reproduzida quando o

feixe de elétrons incide num anteparo recoberto com material fosforescente. O impacto

dos elétrons libera energia na forma de luz visível.

Figura 3.5.1.1 – Corte de um TRC.

Para que a imagem se forme na sua totalidade, o feixe de elétrons deve "varrer"

toda a tela rapidamente. Isso é conseguido por sua deflexão através de placas colocadas

no próprio tubo e também pela ação de campos magnéticos externos produzidos por

bobinas colocadas no "pescoço" do tubo. Nestas placas e bobinas são aplicadas às

tensões e correntes responsáveis pela reprodução da imagem. Para o caso de um tubo de

TV em cores, o sistema é diferente apenas no que se refere aos feixes de elétrons que

são três, conforme mostra a Figura 3.5.1.2. Nesta observa-se um corte de um tubo para

TV em cores com o seu princípio de funcionamento, observando-se que todas as cores

possíveis são obtidas da combinação de três fundamentais [9].

Page 49: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

35

Figura 3.5.1.1 – Corte de um TRC de deflexão eletromagnética, usado em televisões e

monitores coloridos.

3.5.2 Formação da imagem no televisor LED

Nos televisores de hoje, o funcionamento é bastante simples, ou seja, ao invés de

usar uma fonte de luz, onde a luz é polarizada e após transformada nos pixels da

imagem, as TVs usam como fonte de luz uma placa com centenas de LEDs que vão

formar as imagens com cores, como revela a Figura 3.5.2.

Page 50: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

36

Figura 3.5.2 – Diagrama explodido de uma tela em um televisor atual de LED.

O televisor de LED é composto por uma tela de LCD que forma a cor, resolução

e contraste. Atrás da tela de LCD é formada uma tela com muitos LEDs que controlam

o brilho para assim melhorar cor, contraste e brilho do televisor.

3.5.3 Avaliação da eficiência dos televisores

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais

eficientes, alguns parâmetros dos televisores devem ser avaliados de maneira a

demonstrar suas interações.

Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para os televisores essas grandezas são

a tensão dos equipamentos, as instalações e o prazer visual gerado, isto é, o televisor

Page 51: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

37

comparado deve ter a mesma capacidade de gerar um contraste, brilho, definição de

cores, entre outras propriedades, que o televisor comparado..

A grandeza de saída do equipamento a ser comparado deve ser a mesma que o

equipamento menos eficiente. Para equipamentos os televisores a grandeza de saída é a

eficiência que esse televisor possui, quanto de energia elétrica ele gera para um certo

tamanho de tela.

Assim aquele equipamento que possuir uma potência menor para determinado

tamanho de tela, pois o maior gasto em uma televisão é a produção de luz que o

televisor emite, portanto quanto maior a tela de um televisor maior o seu consumo de

energia elétrica. Deve-se então escolher o televisor que possua a melhor relação de

tamanho de tela por consumo.

3.6 Trabalho e energia eletromecânica aplicada a máquinas de lavar

roupa

Além da iluminação e calor temos os equipamentos que realizam esforço

mecânico, aqueles que gastam energia elétrica para realizar um movimento, como por

exemplo, motores das lavadora de roupa. Para esses equipamentos outros conceitos

devem ser introduzidos.

3.6.1 Força

Chama-se força atuante sobre um corpo a qualquer agente capaz de modificar o

seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme.

Os diversos corpos que integram o nosso Universo não estão sempre em

repouso, ou sempre em movimento retilíneo e uniforme; mas sim que as suas

velocidades sofrem, ou podem sofrer, alterações, é conveniente pensar que as variações

de velocidade de um corpo qualquer são consequência da ação de algum ente.

Introduziu-se, portanto, no quadro dos elementos por meio dos quais estudamos os

fenômenos observáveis no nosso Universo, uma entidade considerada responsável por

variações de velocidades. Tal entidade foi denominada força. O peso de um corpo, por

exemplo, é uma força; quando queremos abrir ou fechar uma porta, aplicamos-lhe uma

força, etc. É extremamente importante observar que repouso e movimento são sempre

relativo a um bem determinado referencial. Consequentemente pode-se dizer que as

forças atuantes sobre um corpo dependem estreitamente do referencial que se considere.

Page 52: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

38

3.6.2 Trabalho

Trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou

seja, o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho

quando produz um deslocamento no corpo.

3.6.3 Conversão cinética em mecânica

A conversão da energia cinética em mecânica se dá através do uso de um fluido

(vapor ou outro) que produzirá, em seu processo de expansão, trabalho em máquinas

(turbinas ou motores) térmicas. O acionamento mecânico de um gerador elétrico

acoplado ao eixo da máquina permite a conversão de energia mecânica em elétrica. A

produção da energia cinética pode se dar através da energia térmica que por sua vez

pode se dar através da físico-química em mecânica como, por exemplo, na

transformação da energia química dos combustíveis, através do processo da combustão.

3.6.4 Conversão elétrica em mecânica

A conversão de energia elétrica em mecânica é dada através da utilização de um

motor elétrico. O motor recebe energia elétrica nas bobinas do seu enrolamento e a transforma

em mecânica, que aparece em forma de rotação do seu eixo.

Durante o funcionamento, o motor sofre um pequeno aquecimento que ocasiona alguma perda

de energia durante a transformação.

3.6.5 Motores elétricos

Um motor elétrico ou atuador elétrico é qualquer dispositivo que transforma energia

elétrica em mecânica. O motor elétrico é o mais usado de todos os tipos de motores, pois

combina as vantagens da energia elétrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e

simplicidade de comando, com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de

adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.

São exemplos de motores elétricos utilizados nas residências: bombas centrífugas,

ventiladores, exaustores, compressores de ar (refrigeração), misturadores (liquidificador,

batedeira, Mixers), centrífugas (maquinas de lavar roupas), moedores, fornos rotativos (micro-

ondas), entre outros.

3.6.6 Perdas nos motores elétricos

Os motores elétricos podem ter perdas são elas:

- perdas no ferro ou no núcleo: Calor gerado no núcleo magnético devido ás variações

no fluxo magnético do motor (rotor e estator);

Page 53: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

39

- perdas no cobre ou nos enrolamentos: Calor gerado nos enrolamentos pela circulação

da corrente em um condutor de resistência diferente de zero;

- perdas na ventilação: para dissipar o calor e evitar a elevação de temperatura,

normalmente os motores tem acoplado diretamente no eixo uma ventoinha para forçar a

circulação de ar em dissipadores na carcaça do motor. Esta energia gasta na ventilação é

considerada uma perda (potencia elétrica não convertida em potencia mecânica disponível para

tocar a carga útil); e

- perdas por fricção (atrito) nos rolamentos e mancais.

3.6.7 Rendimentos de motores elétricos

O rendimento de um motor pode ser obtido através da relação: Potência mecânica de

saída no eixo (P0) / Potência elétrica consumida por esse motor (Pi), como mostra a Equação

3.6.7.

𝜂 =𝑃0

P 𝑖 (3.6.10)

A característica do rendimento do motor pode variar de fabricante para fabricante, pode

variar com o tempo de uso do motor e a manutenção preventiva (manutenção preditiva como

aplicação de lubrificante e eliminação de ruídos estranhos asim que eles surgem, etc ).

3.6.8 Avaliação da eficiência das maquinas de lavar roupa

De forma a melhor evidenciar o aproveitamento dos equipamentos mais eficientes,

alguns parâmetros das maquinas de lavar roupa devem ser avaliados de maneira a demonstrar

suas interações. Grandezas de entrada devem ser fixadas. Para as maquinas de lavar roupa

grandezas são a tensão dos equipamentos, as instalações e o espaço físico da maquina.

A grandeza de saída do equipamento a ser comparado com as grandezas do

equipamento menos eficiente. Para equipamentos as maquinas de lavar roupa as grandezas de

saída são a quantidade de água utilizada, a eficiência da centrifugação da maquina (quanto a

maquina deixa a roupa mais seca ao final do ciclo) e a relação entre o consumo por cada ciclo e

a quantidade de volume de roupa que a maquina tem capacidade de lavar, ou seja, a maquina

que tem capacidade de consumir menos energia por ciclo para quilo de roupa lavada. Assim

aquele equipamento que possuir um consumo menor por ciclo para a quantidade de roupa a ser

lavada, um menor consumo de água durante a lavagem, que consiga centrifugar com um menor

consumo de energia e com uma maior eficiência de remoção de água deve ser o escolhido.

Após esse estudo sobre os fundamentos que compõem a eficiência energética, entra-se

no mérito dos equipamentos em si.

Page 54: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

40

4 Equipamentos mais representativos com tecnologias para

eficientização de Energia

Após essa introdução, apresenta-se nesse capítulo os equipamentos encontrados

para iluminação, condicionador de ar, refrigeradores, televisores e maquinas de lavar

roupa.

Cada equipamento representa uma parte do consumo de uma residência que

pelo simples fato de ser substituído por um mais eficiente gera um consumo menor de

energia elétrica para aquela residência. Deve-se levar em conta que o preço é

determinante na maioria dos casos de aquisição, mas que é possível escolher o mais

eficiente, sem aumentar muito o gasto inicial e a sua taxa de retorno. Esse fator custo

será comentado ao longo do capítulo. Portanto, para poder eficientizar a energia gasta

em energia elétrica no setor residencial brasileiros, precisa-se que esses equipamentos

sejam os mais eficientes possíveis. Para tanto, realizou-se uma pesquisa pelos

equipamentos mais eficientes.

4.1 Iluminação

Utilizam-se as lâmpadas para iluminação artificial de ambientes e atualmente

existem três categorias de lâmpadas sendo comercializadas:

- Lâmpadas incandescentes;

- Lâmpadas de descarga; e

- Lâmpadas de estado sólido.

Existem lâmpadas de descarga que não são usadas em residências, pois são

muito fortes e normalmente são aplicadas a refletores, mas que possuem uma eficiência

luminosa grande. Entre os gases utilizados estão: xênon, utilizados em faróis de carro,

enxofre, utilizados em refletores de alto fluxo luminoso, entre outros.

Existem também tecnologias de lâmpadas sendo pesquisadas, mas suas

aplicações se restringem majoritariamente ao ambiente acadêmico e ainda há pouca ou

quase nenhuma demanda comercial. Podem-se citar como exemplos o OLED (diodo

emissor de luz orgânico – organic light emitting diode) e o QLED (ou QDLED, diodo

emissor de luz que utiliza pontos quânticos – quantum dots light emitting diode) [11,

Page 55: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

41

12, 13]. Há também tipos de lâmpadas como xênon que possui uma eficiência boa,

porém seu uso delimita-se aos automóveis.

4.1.1 Lâmpadas incandescentes

Nesse tipo de lâmpadas a emissão de luz é obtida a partir do aquecimento pela

passagem de corrente elétrica até o filamento de tungstênio atingir a incandescência. O

filamento fica contido no interior de um bulbo de vidro, de modo que se possa evitar sua

oxidação. Para isto, realiza-se o vácuo no interior do bulbo, ou preenche-se com um gás

inerte, como nitrogênio ou argônio [14]. As lâmpadas de 150 watts para cima não

podem mais ser vendidas no Brasil desde julho de 2013. As lâmpadas de 75 a 100 Watts

foram proibidas de ser comercializadas em julho de 2014. Logo em seguida, desde o dia

01/07/2015 não se pode produzir, importar ou vender também lâmpadas na potência de

60W no Brasil. As lâmpadas de 25 e 40 Watts sairão de produção também agora em

2015 e serão totalmente proibidas de circulação até 2017, sendo somente admissíveis

lâmpadas incandescentes em alguns tipos de fornos e para decoração. Por conta dessa

proibição o mercado vem se ajustando e vem substituindo essas lâmpadas [15]. As que

vêm se consolidando para seu lugar são as fluorescentes compactas.

4.1.2 Lâmpadas fluorescentes de descarga

Nas lâmpadas de descarga, a emissão de luz é obtida através da excitação de

gases ou vapores metálicos, devido à tensão elétrica entre eletrodos especiais. A faixa

de comprimento da luz emitida pela lâmpada varia de acordo com a pressão interna da

lâmpada, a natureza do gás ou a presença de partículas no interior do tubo.

Entre as diferentes classes das lâmpadas de descarga (fluorescente, sódio,

mercúrio, mista e vapores metálicas), a lâmpada fluorescente, versão tubular ou

compacta, é a que tem seu uso rotineiro nos ambientes residenciais e similares (hotéis,

escolas, escritórios e pequenas lojas).

As lâmpadas fluorescentes são formadas por um tubo o qual na parede interna é

fixado um material fluorescente. Efetua-se uma descarga elétrica a baixa pressão, em

presença de vapor de mercúrio, produzindo-se uma radiação ultravioleta que, ao entrar

em contato com o material fluorescente na parede interna do tubo, transforma-se em luz

visível. Nas extremidades do tubo encontram-se eletrodos de tungstênio, que atuam

como catodos.

Page 56: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

42

Para o funcionamento dessas lâmpadas, instala-se em conjunto um reator e um

disparador (starter). O reator aumenta a tensão durante a ignição e limita a intensidade

de corrente durante o funcionamento da lâmpada. O disparador é uma espécie de mini

lâmpada de neônio, que provoca um pulso na tensão, iniciando a ignição na lâmpada.

Caso seja utilizado um reator de partida rápida, não se faz necessário o uso de

disparador. Os disparadores estão começando a sair de circulação. Ainda assim eles

ainda são encontrados em lojas de ferramentas em gerais. São baratos (em torno de R$

0,90) e são utilizados ainda em instalações que não possuem interesse em instalar ou

trocar as lâmpadas antigas por novas lâmpadas e luminárias.

Além disso, os antigos reatores eletromagnéticos grandes e pesados, que

funcionam em 60 hertz, vêm sendo substituídos pelos modelos eletrônicos, que

economizam energia e têm menor carga térmica. Os reatores eletrônicos trabalham em

35 kilohertz, o que evita a intermitência conhecida como cintilação e o efeito

estroboscópico, ambos responsáveis pelo cansaço visual. Os reatores de baixo

desempenho são os chamados "acendedores" e servem apenas para acender lâmpadas

em ambientes residenciais. Os de alto desempenho são equipados com filtros que

evitam interferências no sistema elétrico e são indicados para instalações comerciais,

hospitais, bancos, escolas etc. Há ainda os reatores eletrônicos dimerizáveis, que

permitem a dimerização de fluorescentes - possibilidade inimaginável há apenas dez

anos atrás. Seu uso permite a integração da luz natural com a artificial - quando

combinado a sensores, ele vai aumentando ou diminuindo a intensidade luminosa das

lâmpadas conforme a necessidade, de modo que a luz artificial seja usada apenas como

complemento à luz natural. Também possibilita a criação de diferentes cenários de luz.

As lâmpadas compactas são mais recentes no mercado, além da vida útil longa e

do baixo consumo apresentam outras vantagens: podem ser rosqueadas nos mesmos

bocais das lâmpadas incandescentes, não precisam de reator e starter e, por serem

compactas, se adaptam a uma variedade maior de luminárias. Sua temperatura de cor é

fria, com luz branca, mas também são ofertados modelos com temperatura de cor mais

quente. Durante algum tempo tinha a desvantagem do preço ser bem mais alto que o das

incandescentes, mas o investimento inicial maior era compensado pela vida útil longa e

pela economia de energia elétrica. Atualmente suas características de custo inicial,

instalação, consumo e vida útil vencem com larga margem sobre suas antigas

Page 57: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

43

concorrentes, mas começa a perder em relação à sua mais nova concorrente, a lâmpada

de LED que será também aqui apresentada.

4.1.3 Comparação de custos Incandescentes x fluorescentes ao longo de um

período fixo

Para que se possa ter uma avaliação de custo foi criada a Tabela 4.1.3. Nessa

tabela apresenta-se uma comparação entre as lâmpadas incandescentes, fluorescentes

compactas e fluorescentes tubulares. Tal comparação é feita com a finalidade de

verificar qual a lâmpada atual é que, a longo prazo, convém mais para o consumidor e

também para verificar os parâmetros de cada uma. Para essa primeira comparação geral

os parâmetros definidos e fixos para tal comparação foram o fluxo luminoso (1600 lm)

e o IRC (maior que 80).

Tipo de

lâmpada

Pot .

(W)

Fluxo

lumin

oso

(Lm)

Tempo

de vida

(Horas)

Compar

ação de

ciclo de

vida

Consum

o de

Energia

anual

(Kwh)

Consumo ao

final de 20000

horas

(kWh)/R$

Custo

da

lâmpad

a (R$)

Custo de

quantida

de de

lâmpada

s ao final

de 20000

horas

(R$)

Custo

total (R$)

Incandescent

e 100 1600 1000 0,05x 292 2000/1000 3,60 72 1122,00

Fluorescente

Compacta 23 1600 12000 0,66x 67,16 480/240 16,00 24 314,00

Fluorescente

Tubular 36 1600 20000 1x 105,12 720/360 9,50 9,5 419,50

Tabela 4.1.3 – Comparação de custos entre lâmpadas. *A luminária vem com o reator incluso

[16, 17, 18].

Nota-se que a lâmpada fluorescente tubular oferece um maior tempo de vida que

a lâmpada incandescente e a fluorescente compacta. Seu custo por unidade também é

menor. O custo de sua luminária é somente um pouco mais elevado do que o custo de

outras luminárias. Entretanto o custo de seu consumo ao longo de 20000 horas é maior

que o consumo de uma fluorescente compacta ao longo das mesmas 20000 horas. O

custo total apresentado para cada lâmpada na tabela é levado em conta que em um

tempo de vida útil de uma lâmpada fluorescente tubular, se gasta uma vida útil e meia

Page 58: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

44

de uma fluorescente compacta e vinte vezes a vida útil de uma lâmpada incandescente.

Ou seja, ao final da vida útil da fluorescente tubular, se compraria 1 lâmpada e meia de

fluorescente compacta e 20 incandescentes e esse custo foi levado em conta, só não

sendo considerado o custo da mão de obra da troca. Nota-se que o consumo ao final de

20000 horas da lâmpada incandescente são muito superiores aos das fluorescentes. A

lâmpada fluorescente compacta obteve o menor custo levando em conta um tempo de

vida útil de 20000 horas, seu custo unitário inicial e seu custo de instalação. Ela obteve

um custo 25,7% menor em comparação com a fluorescente tubular e um custo 70,76%

menor em comparação com as incandescentes.

4.1.4 Eficiência das lâmpadas

Observou-se que as lâmpadas fluorescentes possuem uma vantagem econômica

maior em comparação com as incandescentes. Então para que fosse constatada a relação

de eficiência delas e suas comparações, criou-se a Tabela 4.1.4.1 e a Tabela 4.1.4.2.

Essas tabelas foram separadas, pois a comparação correta a ser feita é para as lâmpadas

que possuem o mesmo TCC. Portanto, avaliaram-se as lâmpadas incandescentes com

TCC de 2700K com as fluorescentes compactas com TCC de 2700K e as fluorescentes

compactas de 6400K e as fluorescentes tubulares de 6400K.

A Tabela 4.1.4.1 avalia a comparação entre a eficiência das lâmpadas

incandescentes e fluorescentes compactas. Para realizar as comparações de eficiência

dos distintos tipos de lâmpadas, levaram-se em conta as temperaturas de cor de cada

lâmpada e o seu fluxo luminoso.

Na tabela 4.1.4.1 os valores de grandezas que foram fixados são uma

temperatura de cor de 2700K, um fluxo luminoso de 1600lm e IRC maior que 80.

Tabela 4.1.4.1 – Comparação eficiência lâmpada incandescente e fluorescente compacta [16,

17, 18].

Tipo Potência

(W)

Fluxo

luminoso

(lm)

Temperatura de

cor (K)

Eficiência

(lm/W)

Consumo

mensal (kWh)

Incandescente 100 1600 2700 16 18,00

Fluorescente

compacta 23 1600 2700 69,60 4,14

Page 59: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

45

Notadamente a fluorescente compacta é a mais eficiente. Ela obtém um consumo

77,00% menor no custo mensal em comparação a incandescente.

A Tabela 4.1.4.2 avalia a comparação entre a eficiência das lâmpadas

fluorescentes compactas e fluorescentes tubulares. Para realizar as comparações de

eficiência dos distintos tipos de lâmpadas, levaram-se em conta as temperaturas de cor

de cada lâmpada e o seu fluxo luminoso. Os valores de grandezas que foram fixados são

uma temperatura de cor de 6400K, um fluxo luminoso de 1600lm e IRC maior que 80.

Tabela 4.1.4.2 – Comparação eficiência lâmpada fluorescente compacta e fluorescente tubular

[16].

A fluorescente compacta também obteve melhores índices de eficiência com um

consumo 30,55% menor.

Notadamente as fluorescentes compactas roubaram o espaço das incandescentes

ao longo dos últimos 10 anos com sua longevidade maior e sua incrível redução de

consumo. As fluorescentes tubulares não chegaram a roubar o espaço das

incandescentes, pois a sua temperatura de cor é diferente, e para tanto é utilizada em

aplicações diferentes.

Mas o mercado não parou nas fluorescentes. Atualmente se fala muito das

lâmpadas de estado sólido. Esse tipo de lâmpada será mais bem estudado no próximo

item.

4.1.5 Lâmpadas de estado sólido (LED)

LEDs são aquelas pequenas fontes de luz encontradas nos aparelhos eletrônicos.

As lâmpadas de LEDs são formadas por LEDs agrupados e representam a nova

tecnologia da indústria para reduzir o consumo de energia com iluminação. Essas

lâmpadas ainda relativamente caras, têm uma durabilidade altíssima e baixíssimo

Tipo Potência

(W)

Fluxo

luminoso

(lm)

Temperatura de

cor (K)

Eficiência

(lm/W)

Consumo

mensal (kWh)

Fluorescente

compacta 25 1600 6400 64,00 4,50

Fluorescente

tubular 36 1600 6400 44,44 6,48

Page 60: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

46

consumo de energia. Seu uso atual é mais voltado para fins decorativos, substituindo as

halógenas, mas com a popularização dos preços, modelos para uso geral vem

aparecendo a preços mais acessíveis. A Gráfico 4.1.5.1 mostra a evolução e uma

estimativa para os preços dessas lâmpadas.

Gráfico 4.1.5.1 – Variação do preço da lâmpada de LED ao longo do tempo [19].

Notadamente o preço do LED vem caindo dando mais destaque para a

tecnologia no mercado e fazendo com que o mercado comece a considerar a

possibilidade de troca das lâmpadas.

A constituição do LED é dada por uma série de camadas de material

semicondutor e é capaz de converter energia elétrica diretamente em luz. Por apresentar

baixo consumo de energia elétrica e longa durabilidade, torna-se uma opção interessante

para melhor eficiência energética e também é interessante do ponto de vista ambiental.

O LED é um diodo semicondutor que quando é energizado emite luz visível –

por isso LED (Diodo Emissor de Luz). A luz não é monocromática (como em um laser),

mas consiste de uma banda espectral relativamente estreita e é produzida pelas

interações energéticas do elétron.

O semicondutor do LED quando polarizada diretamente, recombina lacunas e

elétrons. Essa recombinação exige que a energia possuída pelos elétrons seja liberada, o

que ocorre na forma de calor ou fótons de luz.

A luz emitida não é monocromática, mas a banda colorida é relativamente

estreita. A cor, portanto, dependente do material com que o LED é fabricado. O LED

que utiliza o arsenieto de gálio emite radiações infravermelhas. Misturando-se com

Page 61: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

47

fósforo, a emissão pode ser vermelha ou amarela, de acordo com a concentração.

Utilizando-se fosfeto de gálio com mistura de nitrogênio, a luz emitida pode ser verde

ou amarela. Hoje em dia, com o uso de outros materiais, consegue-se fabricar leds que

emitem luz azul, violeta e até ultravioleta. Existem também os leds brancos, mas esses

são geralmente leds emissores de cor azul, revestidos com uma camada de fósforo do

mesmo tipo usado nas lâmpadas fluorescentes, que absorve a luz azul e emite a luz

branca. Com o barateamento do preço, seu alto rendimento e sua grande durabilidade,

esses leds tornam-se ótimos substitutos para as lâmpadas fluorescentes, e devem

substituí-las a médio ou longo prazo [20].

Existem vários tipos de lâmpadas LED para residências. Os que têm o formato

das lâmpadas tubulares vêm para tentar se consolidar no lugar das tubulares

fluorescentes, e as lâmpadas com o encaixe de rosca que vem para tentar se consolidar

no lugar das fluorescentes compactas.

As lâmpadas compactas LEDs iluminam com qualidade e tonalidade agradáveis,

além de ser uma alternativa com menor consumo em relação às fluorescentes

compactas. Estas lâmpadas podem ser conectadas diretamente à rede elétrica. Elas não

emitem luz UV e infravermelho. Liga sem ruído ou cintilação. Alguns modelos podem

ser utilizados com dimmer. Possuem temperatura que pode variar de uma temperatura

quente (2700K) até uma temperatura mais fria (6400K) [21]. A Figura 4.1.5.1 mostra

um exemplo de lâmpada LED compacta.

Page 62: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

48

Figura 4.1.5.1 – exemplo do modelo de lâmpada LED compacta.

As lâmpadas de LED tubulares possuem a mesma forma e tipo de encaixe que as

lâmpadas fluorescentes tubulares e não precisam de reatores, porém as luminárias são

diferentes e tem de ser trocadas caso um usuário queira instalar as LEDs tubulares.

Como elas vem para substituir as fluorescentes tubulares, seu TCC é normalmente de

6400K. A Figura 4.1.5.2 mostra um exemplo de lâmpada de LED tubular.

Page 63: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

49

Figura 4.1.5.2 – exemplo do modelo de lâmpada LED tubular.

4.1.5.1 Comparação entre fluorescentes compactas e LEDs compactas

A Tabela 4.1.5.1 avalia a comparação entre a eficiência das lâmpadas

fluorescentes compactas e LEDs compactas. Para realizar as comparações de eficiência

dos distintos tipos de lâmpadas, levaram-se em conta as temperaturas de cor de cada

lâmpada e o seu fluxo luminoso. Os valores de grandezas que foram fixados são uma

temperatura de cor de 2700K, um fluxo luminoso de 1600 lm e IRC maior que 80.

Tabela 4.1.5.1 – Comparação eficiência lâmpada LED compacta e fluorescente compacta [18,

22].

Observa-se que a LED compacta obtém um consumo 30,44% menor no custo

mensal. Além disso, as LEDS compactas tem capacidade para tirar o espaço das

Tipo Potência

(W)

Fluxo

luminoso

(lm)

Temperatura de

cor (K)

Eficiência

(lm/W)

Consumo

mensal (kWh)

Fluorescente

compacta 23 1600 2700 69,60 4,14

LED compacta 16 1600 2700 100 2,88

Page 64: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

50

fluorescentes compactas, entretanto seu custo ainda é elevado. No próximo item avalia-

se o seu tempo de retorno.

A Tabela 4.1.5.2 avalia a comparação entre a eficiência das lâmpadas

fluorescentes tubulares e LEDs tubulares. Para realizar as comparações de eficiência dos

distintos tipos de lâmpadas, levaram-se em conta as temperaturas de cor de cada

lâmpada e o seu fluxo luminoso. Os valores de grandezas que foram fixados são uma

temperatura de cor de 6400K, um fluxo luminoso de 1600 lm e IRC maior que 80.

Tabela 4.1.5.2 – Comparação eficiência lâmpada LED tubular e fluorescente tubular [18, 23].

Observa-se que a LED tubular obtém um consumo 44,44% menor no custo

mensal. Além disso, as LEDS tubulares tem capacidade para tirar o espaço das

fluorescentes tubulares, entretanto seu custo ainda é elevado. No próximo item avalia-se

o seu tempo de retorno.

Notadamente as LEDs estão por roubar o espaço das fluorescentes assim como

as fluorescentes roubaram as das incandescentes. Mas o mercado ainda não conseguiu

diminuir muito os preços das lâmpadas de LEDs. Nos últimos anos os preços caíram,

porém o consumidor ainda é meio apreensivo quanto a investir em uma lâmpada um

mais cara. A comparação de preços para saber a viabilidade econômica será mais bem

estudada no próximo item.

4.1.5.2 Comparação de custos LED x fluorescentes ao longo de um período

fixo

Para obter-se uma avaliação completa dos LEDs comparando com as

fluorescentes foi montada a Tabela 4.1.5.2. Essa tabela avalia a comparação entre o

consumo entre os dois grupos envolvidos: compactas e tubulares. Os valores de

grandezas que foram um fluxo luminoso de 1600 lm e IRC maior que 80.

Tipo Potência

(W)

Fluxo

luminoso

(lm)

Temperatura de

cor (K)

Eficiência

(lm/W)

Consumo

mensal (kWh)

Fluorescente

tubular 36 1600 6400 44,44 6,48

LED tubular 20 1600 6400 80 3,6

Page 65: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

51

Tipo de

lâmpada

Pot .

(W)

Fluxo

lumino

so

(Lm)

Tempo

de vida

(Horas)

Compa

ração

de ciclo

de vida

Consu

mo de

Energia

anual

(Kwh)

Consumo

ao final de

50000 horas

(kWh)/R$

Custo

da

lâmp

ada

(R$)

Custo de

quantida

de de

lâmpadas

ao final

de 50000

horas

(R$)

Custo

total

(R$)

Fluorescen

te

Compacta

23 1600 12000 0,25x 67,16 1150/575,00 16,00 64 709,00

LED

compacta 16 1600 50000 1x 32,12 550/275,00 40 40 385,00

Fluorescen

te Tubular 36 1600 20000 0,4x 105,12 1800/900,00 9,50 23,75 993,75

LED

tubular 20 1600 30000 0,66x 57,60 1000/500,00 40 60 630,00

Tabela 4.1.3 – Comparação de custos entre lâmpadas. *A luminária vem com o reator incluso

[16, 18, 24].

Nota-se que a lâmpada LED compacta oferece um maior tempo de vida que

outras as lâmpadas. Seu custo por unidade também é maior que o custo das

fluorescentes. O custo das luminárias é igual para todas as lâmpadas. O custo do

consumo ao longo de 50000 horas é bem menor para as LEDs compactas, quase metade

do consumo das fluorescentes compactas e das LEDs tubulares e aproximadamente 3

vezes menos que as tubulares fluorescentes.

O custo total da tabela leva em conta que em um tempo de vida útil de uma

lâmpada LED compacta, se gasta 4 vezes a vida útil de uma fluorescente compacta,

duas vezes e duas vezes e meia a vida útil de uma fluorescente tubular e somente uma

vez e meia a vida útil de uma lâmpada LED tubular. Ou seja, ao final da vida útil da

LED compacta, se compraria 4 lâmpadas de fluorescente compacta, duas lâmpadas e

meia de fluorescentes tubular e uma vez e meia a LED tubular e esse custo foi levado

em conta. Nota-se que o consumo ao final de 50000 horas da lâmpada fluorescente

compacta é quase o mesmo que o da LED tubular, e o consumo da LED compacta é

muito inferior das outras. A lâmpada LED compacta obteve o menor custo levando em

conta um tempo de vida útil de 50000 horas, seu custo unitário inicial e seu custo de

Page 66: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

52

instalação. Ela obteve um custo 45,7% menor em comparação com a fluorescente

compacta, seu concorrente direto. A LED tubular obteve um custo 36,61% menor em

comparação com fluorescentes tubulares.

Em seguida, buscou-se a lâmpada de LED compacta que obtivesse o melhor

índice de eficiência nas Tabelas do INMETRO. A Lâmpada de LED compacta da

Empalux, modelo AL07362, possui o melhor índice de eficiência de 95,71. Trata-se de

uma lâmpada com pouco fluxo luminoso (670lm) e uma temperatura fria de 6400K,

porém possui um IRC maior que 80. Não foram encontradas especificações específicas

sobre uma tecnologia do modelo AL07362 da Empalux.

4.1.5.3 Tempo de retorno

Para saber se vale a pena a troca de uma fluorescente por LED tanto para tubular

quanto para compacta, criou-se a Tabela 4.1.5.3. A tabela possui os dados pertinentes

para fazer-se uma comparação de tempo de retorno entre as lâmpadas. A tabela foi

montada levando em consideração que uma lâmpada precisa ser trocada. Ela mostra

qual seria a diferença de preço de uma lâmpada fluorescente e uma lâmpada LED.

Também mostra o tempo de retorno que essa diferença leva para ser compensada pelo

menor consumo da lâmpada de LED.

Tipos de

lâmpada

Potência

(W)

Custo

unitário

(R$)

Diferença de

custo

unitário (R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença

entre

consumo

mensal

(kWh/R$)

Tempo de retorno

(Aproximado)

Fluorescente

Compacta 23 16,00

24,00

4,14/2,07

2,16/1,08 1 ano e 10 meses

LED compacta 11 40 1,98/0,99

Fluorescente

Tubular 36 9,50

30,5

6,48/3,24

2,88/1,44 1 ano e 9 meses

LED tubular 20 40 3,60/1,8

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de fluorescente para LED.

Observa-se que o retorno é relativamente curto se comparado a vida útil de uma

lâmpada de LED. Caso uma lâmpada de LED compacta fique acesa 6 horas por dia

levaria cerca de 23 anos para que ela chegasse ao final de sua vida útil. Isso equivale a

Page 67: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

53

uma economia de 300 reais ao longo desses 23 anos, já descontando o tempo de retorno.

Parece pouco mas isso é somente para uma lâmpada.

Observou-se também que por mais que o consumo da LED tubular seja maior

que o consumo da LED compacta, a diferença do consumo mensal é maior e

consequentemente o seu tempo de retorno é menor.

Além disso, os fabricantes tem papel essencial no desenvolvimento de novas

tecnologias. Muitas vezes eles patrocinam pesquisas ou até mesmo pesquisam eles

mesmos em seus centros de pesquisa novas formas e tecnologias. Dessa forma, para que

se encontre o que há de melhor sobre eficiência energética no mundo pesquisou-se os

principais fabricantes das tecnologias de iluminação e refrigeração.

Assim, a seguir, a título informativo, realizou-se uma pesquisa pelos principais

desenvolvedores e investidores de tecnologias de iluminação no âmbito da eficiência

desses equipamentos e para uso residencial.

Os gráficos a seguir foram encontrados através dos maiores depositantes de

pedidos de patente da tecnologia LED. Isto é, as empresas que mais investem nessas

tecnologias para sua eficiência e, portanto depositam mais pedidos de patentes nessas

áreas.

4.1.6 Principais desenvolvedores e investidores de tecnologia LED

A seguir apresenta-se os 10 maiores depositantes de patentes de tecnologia LED

para residências. O Gráfico 4.1.6 mostra esses investidores. Dessas 10 empresas,

buscaram-se os produtos no mercado que fossem os mais eficientes possíveis que será

apresentado nos itens seguintes.

Page 68: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

54

Gráfico 4.1.6 – Em porcentagem, os 10 maiores depositantes sobre a tecnologia LED em

residências.

Nota-se que os maiores depositantes desses pedidos são de origem japonesa

(Panasonic, Kyocera, CREE, TokyoElectron, etc..) e a holandesa Philips.

4.1.6.1 Comparação das Tecnologias LED das principais

desenvolvedoras

Para melhor analisar-se a eficiência dos principais desenvolvedores de LEDs

buscou-se seus produtos no mercado. A empresa CREE fabrica LEDs para aquários e,

portanto não será alvo dessa pesquisa. Assim, as 3 maiores depositantes de pedidos de

patentes para essa tecnologia são Panasonic, Kyocera e Philips.

Os LEDs estão começando a tomar conta do mercado. Os valores de eficiência

para a tecnologia que até então se usa normalmente em residências como lâmpadas

incandescentes e fluorescentes compactas são em média 12,8 e 63,3 lm/W

respectivamente. Nas tabelas no INMETRO a lâmpada de LED com maior eficiência

possui 100 lm/W. Procurou-se assim as lâmpadas que possuíssem eficiência melhor que

Page 69: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

55

100 lm/W para lâmpadas compactas e 80 lm/W para lâmpadas tubulares fabricadas

pelas Panasonic, Kyocera e Philips, que estivessem disponíveis no mercado nacional e

internacional.

4.1.6.2 Panasonic Industrial Devices

A empresa Panasonic é de origem japonesa e atualmente é conhecida por seus

eletrodomésticos, sobretudo seus televisores. Entretanto ela pesquisa e desenvolve

outros campos de tecnologia como LEDs e luminárias.

A seguir na Tabela 4.1.6.2 o quadro de especificações de umas das ultimas

inovações em tecnologia LED da Panasonic, o modelo TP-T8SMD384-20WRS que

trata de tubo de LED.

Potência (W) 20

Tensão (V) 110

Fluxo luminoso

(lm) 1897

Eficiência (lm/W) 94,85

Preço (R$) 123,00

Tabela 4.1.6.2 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de LED LNJ03004BDD1.

Nota-se que a eficiência da lâmpada Panasonic é cerca de 34,96% mais eficiente,

que a lâmpada LED tubular mais eficiente das tabelas do INMETRO.

4.1.6.3 Kyocera LED

Os modelos da Kyocera ainda estão em desenvolvimento e por isso só podem ser

encontrados em bibliografias japonesas, entretanto se conseguiu encontrar seu consumo

e seu fluxo luminoso.

A seguir na tabela 4.1.6.3 o quadro de especificações de umas das ultimas

inovações em tecnologia LED da Kyocera, o modelo LDL40S39/18/16G13ACF, que

trata de tubo de LED.

Page 70: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

56

Potência (W) 18

Tensão (V) Não informado

Fluxo luminoso

(lm)

1600

Eficiência (lm/W) 88,9

Preço (R$) 89,23

Tabela 4.1.6.3 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de

DL40S39/18/16G13ACF.

Nota-se que a eficiência da lâmpada Panasonic é cerca de 10,02% mais eficiente,

que a lâmpada LED tubular mais eficiente das tabelas do INMETRO.

4.1.6.4 Philips LED

A Philips possui uma gama de produtos de LEDs muito grande e, por isso houve

uma grande dificuldade de se encontrar a tecnologia LED mais desenvolvida. Por esse

motivo escolheu-se a tecnologia com maior Lm/W encontrado, o produto tem como

denominação “Philips Fortimo LED system SLM Gen4”, no qual nessa gama de

produtos foi encontrado o modelo “Fortimo LED SLM 1100lm 840 L13 G4”.

A seguir na tabela 4.1.6.4 o quadro de especificações do modelo Fortimo LED

SLM 1100lm 840 L13 G4, que é um modelo de lâmpada do tipo compacta.

Potência (W) 10

Tensão (V) Não informado

Fluxo luminoso

(lm)

1330

Eficiência (lm/W) 133

Preço (R$) 56,04

Tabela 4.1.6.4 – Tabela referente às especificações técnicas do modelo de Fortimo LED SLM

1100lm 840 L13 G4.

Nota-se que a eficiência da lâmpada Philips é cerca de 24,82% mais eficiente

que a lâmpada LED compacta mais eficiente das tabelas do INMETRO.

Pode-se perceber que as atuais tecnologias recém desenvolvidas pelas

fabricantes Panasonic, Kyocera e Philips possuem uma eficiência excepcionalmente

superior comparada as lâmpadas incandescentes, fluorescentes compactas e LEDs das

Page 71: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

57

tabelas do INMETRO. Principalmente o módulo LED de geração 4 da Philips com um

aproveitamento de 133 lm/W.

4.2 Climatização ambiental

Atualmente no ambiente de refrigeração há muitos tipos de tecnologia para

climatização ambiental.

Normalmente os sistemas de condicionamento de ar possuem quatro

componentes básicos: compressor, condensador, evaporador e motor ventilador. O

condicionador de ar tem como seu principal objetivo deixar ambientes em temperaturas

agradáveis criando uma sensação de conforto térmico (aquecendo ou refrigerando) ou

até mesmo em determinados ambientes em que o seu uso é indispensáveis como por

exemplo: CDP, Laboratórios, Hospitais, etc.

O principio de funcionamento dos condicionadores de ar, nada mais é do que a

troca de temperatura do ambiente, através da passagem do ar pela serpentina do

evaporador que por contato sofre queda ou aumento de temperatura, dependendo do

ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar.

Quando alcançado a temperatura desejada se faz uma leitura através de um

sensor localizado no evaporador que este por sua vez desliga o compressor, fazendo

com que o equipamento mantenha a temperatura, qualquer variação na temperatura

estipulada aciona-se novamente o compressor que é responsável pela circulação do gás

refrigerante dentro do sistema.

Buscou-se sobre diferentes tipos de aparelhos de refrigeração de ambientes para

residências. Entre eles temos dos tipos: Janela, SPLIT, e Cassete e suas diferenças são

melhor evidenciadas na Tabela 4.2.1.

Page 72: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

58

Tabela 4.2.1 – Diferenças entre os aparelhos de ar-condicionado para refrigeração para

ambientes residenciais.

4.2.1 Condicionador do tipo janela

São os produtos compactos de menor valor agregado e possuem o evaporador e

condensador no mesmo gabinete. Equipamento com algumas restrições para instalação

em determinados edifícios ou residências, como por exemplo alteração de fachada. A

Figura 4.2.1 mostra um exemplo desse tipo.

Figura 4.2.1 – Condicionador do tipo janela.

4.2.2 Condicionador do tipo Split

O ar condicionado split possui evaporador, (Figura 4.2.2.1) e condensador

(Figura 4.2.2.2) separados; e interligados através de tubulações de cobre que nos

permite uma grande distância entre as unidades e flexibilidade de instalação,

proporcionando menor nível de ruído, e uma melhor distribuição do ar devido a grande

Page 73: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

59

área de insufalamento do ar, tornando-se mais econômico. As Figuras 4.2.2.1 e 4.2.2.2

mostram um exemplo desse condicionador de ar.

Figura 4.2.2.1 – Evaporador do condicionador SPLIT

Figura 4.2.2.1 – Condensador do condicionador SPLIT

4.2.3 Condicionador do tipo Cassete

O Ar condicionado do tipo cassete é um ar condicionado do tipo SPLIT, porém

ele é embutido no teto ocupando menos espaço útil e harmoniza-se melhor com a

decoração de uma residência ou escritório. Possui um design discreto que não chama a

atenção. Os modelos cassete possuem capacidade de refrigeração que variam de 11000

BTU/h a 51000 BTU/h. São ideais para ambientes de médio a grande porte. A Figura

4.2.3 ilustra como são esses condicionadores.

Page 74: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

60

Figura 4.2.3 - Condicionador do tipo Cassete.

4.2.4 Comparação de eficiência entre os modelos de condicionadores

O condicionador de ar do tipo cassete é majoritariamente utilizado em ambientes

comerciais e, portanto será excluído da pesquisa. Para que se pudesse verificar qual

tecnologia oferece a melhor eficiência para as residências, foram consultadas

novamente as tabelas do INMETRO. Para que se pudesse mensurar, foi determinado

que normalmente em uma residência o aparelho de condicionamento de ar fica no

quarto. Para tal foi dimensionado que os aparelhos buscados fossem para tal finalidade.

Em consequência a capacidade de refrigeração foi fixada em 9000 Btus que seria uma

capacidade de refrigeração média recomendada para um quarto. A tabela 4.2.2

representa a comparação encontrada.

Page 75: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

61

Tipo de

tecnologia Marca Modelo

Potência

(W)

Capacidade

(Btus/h)

EER

(Btu/h/W)

Custo

por

unidade

(R$)

Consumo

mensal

(kWh/mês)/(R$)

*

Janela GREE GJ9-22LM/B 920 9.000 9,78 950,00 44,16/22,08

Split

normal SAMSUNG

AR09HPSUAWQNAZ

AQ09UWBUNXAZ 785 9.000 11,46 1050,00 37,68/18,84

Split

inverter FUJITSU

ASBG09LJCA

AOBG09LJC 650 9.000 13,14 1700,00 31,00/15,50

Tabela 4.2.2 – Comparativo entre os aparelhos de ar-condicionado para refrigeração para

ambientes residenciais. (*) Estimou-se o custo mensal com o ar condicionado ligado 8 horas

por dia, 6 dias ao mês. O número de 6 dias foi estimado levando em consideração que o

condicionador de ar será usado somente no verão e não em todos os dias. Estimou-se então

um uso de 15 dias por mês nos meses de novembro a março. 75 dias no ano. Fazendo a

mesma proporção para o mês, encontra-se aproximadamente 6 dias ao mês.

O mais eficiente entre eles é do tipo Split e nesse tipo de tecnologia existe o do

tipo rotação variável, mais conhecido como “inverter”. O modelo da marca FUJITSU

possui o melhor índice de eficiência, de acordo com o INMETRO. Comparando o

melhor índice do aparelho tipo janela com o melhor índice do SPLIT inverter, o SPLIT

inverter possui um consumo 29,34% menor que o aparelho do tipo janela. Por ser uma

tecnologia mais nova seu preço encontra-se 79,00% maior que o condicionador de ar do

tipo janela, porém possui um consumo mensal de cerca de 30% menor. O tempo de vida

útil dos condicionadores de ar não é informado pelos fabricantes e não está presente nas

tabelas do INMETRO e portanto não foi considerado para essa avaliação.

A tecnologia por trás do SPLIT inverter é melhor mostrada no Gráfico 4.2, em

que o compressor de um condicionador comum (janela ou SPLIT normal) liga para o

arranque do motor (trabalhando em sua capacidade máxima desde a partida) a fim de

resfriar o ar até que chegue à temperatura desejada e desliga logo após (o que consome

bastante energia ocasionando picos elétricos e deixando a temperatura do ambiente

instável).

O equipamento com Tecnologia Inverter não desliga ao atingir a temperatura,

porém, ele assume um comportamento similar a um modo de 'Stand-by' pois possui um

dispositivo interno que ajusta a frequência do motor de compressão e consequentemente

seu giro, ficando sempre em funcionamento mas trabalhando gradualmente de acordo

Page 76: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

62

com a temperatura do ambiente, diminuindo sua rotação e variando-a sempre que

necessário. Assim mantém a temperatura estável e evita picos elétricos e consumo

excessivo, proporciona sustentabilidade, economia, menor nível de ruído e proteção

elétrica.

Uma maneira de fácil comparação é comparar a energia elétrica ao consumo de

combustível de um automóvel. O consumo de combustível de um automóvel é maior no

centro de uma cidade do que em uma rodovia, pois o trânsito na cidade exige que se

façam muitas paradas e consequentemente, muitas arrancadas que é onde se utiliza mais

combustível para retirar o veículo da inércia.

Assim é um compressor de um equipamento de ar condicionado convencional:

Desliga sempre ao atingir a temperatura e necessita de uma força de arranque toda vez

que deve equilibrar novamente a temperatura. Aproveitando o exemplo, pode-se dizer

que também é mais rápido se chegar à velocidade desejada com um veículo em

movimento, ainda que em baixa velocidade, do que com um veículo inicialmente

parado. Isso se assemelha à rapidez com que o condicionador de ar inverter alcança a

temperatura desejada em comparação ao convencional [25].

Gráfico 4.2 – Gráfico comparativo entre Ar condicionado tradicional e ar condicionado com a

tecnologia inverter [25].

Page 77: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

63

4.2.5 Tempo de retorno

Para saber se vale a pena a troca de um aparelho do tipo janela por um SPLIT

norma ou para um SPLIT inverter, criou-se a Tabela 4.2.5. A tabela possui os dados

pertinentes para fazer-se uma comparação de tempo de retorno entre os

condicionadores. A tabela foi montada levando em consideração que é necessário trocar

um aparelho do tipo janela. Ela mostra qual seria a diferença de preço de um aparelho

SPLIT normal e um SPLIT inverter. Também mostra o tempo de retorno que essa

diferença leva para ser compensada pelo menor consumo do SPLIT inverter.

Tipo de

condicionadores

Potência

(W)

Custo

unitário

(R$)

Diferença de

custo

unitário (R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença

entre

consumo

mensal

(kWh/R$)

Tempo de retorno

(Aproximado)

Janela 920 950,00

100,00

44,16/22,08

6,48/3,24 2 anos e 7 meses

SPLIT normal 785 1050,00 37,68/18,84

Janela 920 950,00

750,00

44,16/22,08

13,16/6,58 9 anos e 6 meses

SPLIT inverter 650 1700,00 31,00/15,50

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca condicionadores de ar.

Observa-se que o retorno da comparação janela x SPLIT normal é relativamente

curto se comparado à vida útil de um ar condicionado (aproximadamente 7 a 10 anos

dependendo do uso correto do aparelho [26]). Também observado que o tempo de

retorno de um ar condicionado SPLIT inverter é longo. A vida útil do SPLIT inverter é

um pouco maior que 10 anos, uma vez que o motor não sofre o desgaste do liga/desliga

frequente [27]. Mesmo assim ainda não é atrativo para o consumidor adquirir um ar

condicionado SPLIT inverter.

No caso da troca de um aparelho janela por um SPLIT normal, a sua economia

ao longo dos 7 anos e 3 meses restantes de vida útil seria de R$ 287,80.

Por mais que o ar condicionado SPLIT do tipo inverter não tenha um tempo de

retorno curto, ele é o mais eficiente em conversão de energia para refrigeração de

ambientes residências e, por isso foi escolhido para um novo levantamento de

eficiência. No Capítulo 6 levantaram-se dados estatísticos sobre a proteção que essa

Page 78: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

64

tecnologia vem ganhando, para melhor compreender-se quais empresas investem mais

nessa tecnologia hoje em dia e assim encontrar o melhor índice de eficiência para a

refrigeração residencial com a tecnologia SPLIT inverter.

Além disso, como foi feito para iluminação, para que se encontre o que há de

melhor sobre eficiência energética no mundo pesquisou-se os principais fabricantes das

tecnologias de refrigeração.

Assim, a seguir, a título informativo, realizou-se uma pesquisa pelos principais

desenvolvedores e investidores de tecnologias de SPLIT inverter no âmbito da

eficiência desses equipamentos e para uso residencial.

Os gráficos a seguir foram encontrados através dos maiores depositantes de

pedidos de patente da tecnologia Split inverter. Isto é, as empresas que mais investem

nessas tecnologias para sua eficiência e, portanto depositam mais pedidos de patentes

nessas áreas.

4.2.6 Principais desenvolvedores e investidores de tecnologia de

refrigeração SPLIT inverter

A seguir apresenta-se os 10 maiores depositantes de patentes de tecnologia

SPLIT inverter para residências. O Gráfico 4.2.6 mostra esses investidores. Dessas 10

empresas buscou-se os produtos no mercado que fossem os mais eficientes possíveis

que serão mostrados nos itens seguintes.

Page 79: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

65

Gráfico 5.2 –10 maiores depositantes sobre a tecnologia SPLIT inverter.

Observa-se que a maior detentora de registros é a Mitsubishi Eletric, sendo

seguida de perto pela Daikin Industries. As duas são de origem japonesas. A LG

Eletronics vem logo em seguida como a representante sul coreana do grupo.

4.2.6.1 Comparação das Tecnologias refrigeração SPLIT inverter das

principais desenvolvedoras

Assim como no LED, para analisar-se a eficiência da tecnologia dos principais

desenvolvedores de tecnologia de Ar condicionado SPLIT do tipo inverter buscou-se os

produtos no mercado. Assim, as 3 maiores depositantes de pedidos de patentes para essa

tecnologia são Mitsubishi Eletric, Daikin Industries e LG Eletronics.

Nos itens anteriores conseguiu-se ver que os SPLITS inverter vem entrando no

mercado ainda tímidos com valores de produto ainda alto. Os valores de eficiência para

a tecnologia que até então para o SPLIT normal e janela são em média 11,46 e 9,78

Btus/h/W respectivamente. Nas tabelas no INMETRO o condicionador de ar com maior

Page 80: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

66

eficiência possui 13,14 Btus/h/W. Procurou-se assim os condicionadores de ar que

possuíssem eficiência melhor que 13,14 Btus/h/W para os fabricantes Mitsubishi

Eletric, Daikin Industries e LG Eletronics, que estivessem disponíveis no mercado

nacional e internacional.

4.2.6.2 Mitsubishi Eletric

A multinacional Mitsubishi de origem japonesa possui um ramo que se chama a

Mitsubishi Eletric. Essa produz e pesquisa entre muitos produtos, maquinas,

equipamentos elétricos e ar condicionados. O modelo escolhido é o ultimo top de linha

da Mitsubishi Eletric e é considerado como um dos mais eficientes energeticamente. O

modelo é um modelo SPLIT inverterda série M com modelo exterior de número MUY-

GE09NA e modelo interior MSY-GE09NA.

A seguir na Tabela 4.2.6.2 o quadro de especificações do modelo MUY-

GE09NA/MSY-GE09NA.

Modelo Exterior MUY-GE09NA

Modelo Interior MSY-GE09NA

Capacidade (Btu/h) 9000

EER (Btu/h/W) 13,63

Preço (R$) 4960,00

Tabela 4.2.6.2–Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter MUY-GE09NA/MSY-

GE09NA.

Nota-se que a eficiência condicionador de ar da Mitsubishi Eletric é cerca de

3,6% mais eficiente que o condicionador mais eficiente das tabelas do INMETRO. Um

resultado pouco satisfatório para uma das que mais investem na tecnologia.

4.2.6.3 Daikin Industries

Como já mencionado a Daikin Industries é uma empresa japonesa voltada para o

desenvolvimento de tecnologias de refrigeração. Um de seus últimosdesenvolvimentos

é o modelo SPLIT inverter da linha Quaternity com modelo exterior de número

RXG09HVJU e modelo interior de número FTXG09HVJU.

A seguir na Tabela 4.2.6.3 o quadro de especificações do modelo

RXG09HVJU/FTXG09HVJU.

Page 81: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

67

Modelo Exterior RXG09HVJU

Modelo Interior FTXG09HVJU

Capacidade (Btu/h) 9000

EER (Btu/h/W) 15,8

Preço (R$) 7750,00

Tabela 4.2.6.3 – Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter

RXG09HVJU/FTXG09HVJU.

Nota-se que a eficiência condicionador de ar da Daikin Industries é cerca de

16,84% mais eficiente que o condicionador mais eficiente das tabelas do INMETRO.

Um resultado bem mais satisfatório do que o modelo da Mitsubishi Eletric.

4.2.6.4 LG Eletronics

A LG Eletronics é uma empresa multinacional Sul Coreana que desenvolve

diferentes tipos de eletrônicos como televisores, celulares e aparelhos de ar

condicionado. Um de seus últimos desenvolvimentos para ar condicionado SPLI

inverter é o modelo SPLIT inverter da linha LG LSU com modelo exterior de número

LSU090HYV e modelo interior também de número LSN090HYV.

A seguir na Tabela 4.2.6.4 o quadro de especificações do modelo

LSN090HYV/LSN090HYV.

Modelo Exterior LSN090HYV

Modelo Interior LSN090HYV

Capacidade (Btu/h) 9000

EER (Btu/h/W) 16,4

Preço (R$) 6820,00

Tabela 4.2.6.4 – Especificações técnicas do modelo de SPLIT inverter LSN090HYV/LSN090HYV.

Nota-se que a eficiência condicionador de ar da LG Eletronics é cerca de

19,88% mais eficiente que o condicionador mais eficiente das tabelas do INMETRO.

Um resultado que demonstra é possível encontrar equipamentos bem mais eficientes

fora do Brasil. O custo do aparelho mostra o quão elevado o preço da eficiência pode

chegar. Se comparado aos condicionadores de ar do tipo janela e do tipo SPLIT normal,

a eficiência chega a ser 40,37% e 30,13 respectivamente.

Page 82: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

68

Pode-se observar que os aparelhos de refrigeração do tipo SPLIT inverter

comercializados fora do Brasil possuem uma eficiência maior do que os que são

comercializados dentro do país.

4.3 Refrigeradores

Nos últimos dez anos, o refrigerador tornou-se 70% mais eficiente do que era há

10 anos. Pelo fato de que o consumidor passa a ter mais informação e escolher de forma

mais consciente, a indústria atende a esta expectativa e acaba pesquisando e

desenvolvendo equipamentos mais eficientes [28].

Atualmente, existem dois tipos de tecnologia de refrigeradores que dominam o

mercado, os refrigeradores normais e os denominados “frost free”.

Frost free significa sem gelo, em português. O termo é um tipo de tecnologia

também conhecida como no-frost ou auto-defrost, que é um sistema de refrigeração

avançado, controlado eletronicamente e caracterizado pela sua capacidade de

refrigeração sem produção de gelo. Com o frost free, os odores diminuem, devido à

constante circulação de ar dentro do compartimento de frio e à presença de filtros, a

qualidade de frio aumenta, tornando-se um frio mais saudável, a circulação de ar

permite com que a temperatura seja atingida em todas as zonas do aparelho, assim deixa

de ser necessário descongelar periodicamente o aparelho, pois os alimentos não se

agarram no congelador e ficam mais visíveis e saudáveis, pois não são "queimados"

pelo gelo.

A maior desvantagem deste sistema é a diminuição do espaço útil dos aparelhos.

O fato de ter dutos a canalizarem o frio, resistências e um evaporador relativamente

grande dentro do compartimento de frio consome espaço. Além disso, o consumo de

energia é superior devido ao uso de resistências elétricas existentes no condensador

[29]. A Figura 4.3.1 mostra um comparativo de um freezer de um refrigerador frost free

(esquerdo) e de uma geladeira normal (direito).

Page 83: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

69

Figura 4.3.1 – Comparativo entre refrigerador frost free e refrigerador normal.

Para que pudesse ser melhor averiguado o quanto cada tipo de sistema de

refrigeradores possui de eficiência montou-se a Tabela 4.3.1 que mostra os valores de

consumo para refrigeradores mais vendidos no Brasil no ano de 2014. A tabela foi

dividida nos tipos de refrigeradores que existem: refrigerador normal (1 porta),

refrigerador Frost-free (1 porta), refrigerador normal (2 portas) e refrigerador Frost-free

(2 portas).

Devido aos diferentes tipos de volumes de cada aparelho e devido que se um

aparelho refrigera um volume maior, ele gasta mais decidiu-se que para melhor julgar se

um refrigerador é mais eficiente que outro, um novo índice foi estabelecido, o de

kWh/mês por litro. Esse índice mede quanto o refrigerador gasta mensalmente para cada

litro de volume útil que ele possui, visto que um refrigerador maior gasta normalmente

mais energia elétrica que um refrigerador menor.

Page 84: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

70

Categoria Marca Modelo Volume

interno (l)

Consumo

mensal

(kWh/mês)

Eficiência

(Kwh/mês/l)

Custo

unitário

(R$)

Normal (1

porta) Electrolux R250 240 24,1 0,1004 700,00

Frost-free

(1 porta) Brastemp BRM50NB 429 56 0,1305 2500,00

Normal (2

portas) Electrolux DC33A 251 40,9 0,1629 1140,00

Frost-free

(2 portas) Electrolux DFW35 277 48,4 0,1747 1400,00

Tabela 4.3.1 – Refrigeradores mais vendidos no Brasil no ano de 2014 separados por categoria

[30].

Esses índices antigos tem de ser comparados com índices novos. Para isso a

Tabela 4.3.2 foi criada com os melhores índices de eficiência do INMETRO. Ao todo o

Inmetro avaliou maio de 2015, 370 aparelhos. A categoria que obteve mais aparelhos

foi a categoria frost-free (2 portas).

Categoria Marca Modelo

Volume

interno

(l)

Consumo

mensal

(kWh/mês)

Eficiência

(Kwh/mês/l)

Custo

unitário

(R$)

Normal (1

porta) Electrolux RE 35 262 19,5 0,0744 790,00

Frost-free

(1 porta) Samsung RR82W 348 23,7 0,0681 2600,00

Normal (2

portas) Gorenje HZZS3061F 294 29,4 0,1000

Não

disponível

Frost-free

(2 portas) Liebherr CS 1660 438 36,6 0,0835 26000,00

Tabela 4.3.2 – Modelos de refrigeradores mais eficientes [16].

Page 85: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

71

Nota-se que o refrigerador da marca Electrolux possui o menor valor mensal de

kWh gasto. Porém, o refrigerador 1 porta da Samsung normal é o que possui o menor

gasto mensal de energia elétrica para cada litro de volume refrigerado. Os fabricantes e

as das tabelas do INMETRO não informam a vida útil dos aparelhos.

Para cada categoria, os valores de consumo de energia elétrica diminuíram

respectivamente 25,9%, 47,8%, 38,6% e 52,2%.

4.3.1 Tempo de retorno

Na tabela do INMETRO a categoria que possui mais aparelhos é a frost-free 2

portas. Como essa categoria possui mais aparelhos, ela foi a escolhida para avaliar-se o

tempo de retorno na aquisição.

Para tal finalidade, criou-se a Tabela 4.3.1.1. A tabela possui os dados

pertinentes para fazer-se uma comparação de tempo de retorno entre os refrigeradores

frost-free 2 portas. A tabela foi montada levando em consideração que é necessário

trocar um aparelho antigo e menos eficiente (Aparelho da tabela 4.3.1). Ela mostra qual

seria a diferença de preço do aparelho menos eficiente da categoria escolhida e um mais

eficiente da mesma categoria. Também mostra o tempo de retorno que essa diferença

leva para ser compensada pelo consumo do refrigerador eficiente.

Categoria Marca

Custo

unitário

(R$)

Diferença de

custo unitário

(R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença entre

consumo mensal

(kWh/R$)

Tempo de retorno

(Aproximado)

Normal (1

porta)

Electrolux 700,00

90,00

24,10/12,05

4,60/2,30 3 anos e 3 meses

Electrolux 790,00 19,50/9,75

Frost-free

(1 porta)

Brastemp 2500,00

100,00

56,00/28,00

32,30/16,15 6 meses

Samsung 2600,00 23,70/11,85

Normal (2

portas)

Electrolux 1140,00

xxx

40,90/20,45

11,50/5,75 xxx

Gorenje Não

disponível 29,40/14,70

Frost-free

(2 portas)

Electrolux 1400,00

24600

48,40/24,20

11,80/5,90 347 anos e 5

meses Liebherr 26000,00 36,60/18,30

Tabela 4.1.5.3 – Tempo de retorno na troca de refrigeradores.

Page 86: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

72

Observa-se que o menor retorno é para o refrigerador da categoria Frost-free 1

porta. Devido ao fato de o refrigerador da marca Goremje não possuir um preço

disponível acessível, fez com que não fosse possível calcular o tempo de retorno para a

categoria normal 2 portas. O valor de retorno para a categoria Frost-free duas portas é

muito elevado comparado às outras categorias, pois o modelo da marca Liebherr é um

modelo de refrigerador de luxo e, portanto possui um preço mais elevado.

A vida útil de um refrigerador é de aproximadamente 13 anos [31]. O

refrigerador que obteve o tempo de retorno mais rápido foi a categoria Frost-free 1

porta. Para essa categoria, a sua economia ao longo dos 12 anos e 6 meses restantes de

vida útil seria de R$ 2422,50.

Não foram encontrados especificações sobre uma tecnologia do modelo RE 35

da Samsung que seja específica para a redução de consumo e eficientização da

refrigeração.

4.4 Aquecimento de água

Presente em 72% dos lares brasileiros o chuveiro elétrico é o mais utilizado para

o aquecimento de água [32]. Dos mais de 361 modelos analisados em janeiro de 2015

pelo INMETRO, todos eles possuem uma eficiência maior que 95%, ou seja, 95% de

toda a energia elétrica gerada na forma de calor pelo chuveiro elétrico é transferida

diretamente para a água e não se perde para, por exemplo, o ar [16]. O chuveiro elétrico

sempre é levado como o vilão do consumo de energia elétrica das residências

brasileiras, no entanto não há maneira de eficientizar mais a sua tecnologia. O que

geralmente acontece é o seu mau dimensionamento.

Quem gosta de tomar banho com água bem quente precisa saber que chuveiros

mais potentes gastam mais energia elétrica. Por isso, na hora de comprar um chuveiro,

não basta escolher um modelo com etiqueta de eficiência energética “A” ou “B”, é

preciso considerar a região do país em que se vive. Por exemplo, quem mora em uma

área mais fria precisa de um chuveiro que esquente mais a água. Para isso, ele precisa

ter maior potência (consequentemente, terá a classificação, no mínimo, “C” quanto ao

consumo de energia).

Os dimensionamentos para os chuveiros elétricos para cada região são dados da

forma de que quanto mais frio a região é, maior terá que ser a sua potência e, portanto,

Page 87: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

73

maior será seu gasto de energia. Por exemplo, as regiões norte e nordeste talvez sequer

necessitem chuveiro elétrico, caso necessite será de uma potência baixa entre 2400 W a

3500 W. Nas regiões centro oeste e sudeste o chuveiro precisa de uma potência um

pouco maior entre 3500 W a 5700 W, entretanto algumas regiões de altitude mais

elevada e, portanto de temperaturas mais baixas precisariam de uma potência maior. Na

região sul a potência do chuveiro deve ser alta, entre 5700 W a 7900 W ou maior, uma

vez que as temperaturas são mais baixas.

4.4.1 Consumo chuveiro elétrico

Para que se pudesse avaliar a eficiência dos aquecedores de água é necessário

estudar o seu consumo. O consumo de um chuveiro elétrico é normalmente dado pelo

tempo de banho no qual ele fica ligado. Para que se pudesse estimar esse gasto mensal

foi montada a Tabela 4.4.1 que revela o consumo médio de um chuveiro elétrico em

residências. O consumo foi calculado de maneira que para uma casa com 4 pessoas,

cada uma tomando um banho de 15 minutos, dois banhos por dia, gera um total de duas

horas do aparelho ligado. O consumo foi calculado para cada chuveiro corresponde a

cada região do Brasil.

Modelo Pnom

(W)

Uso/dia cada

(Horas)

uso/mês

(dias)

Consumo

kWh/mês

Custo

unitário

(R$)

Lorenzetti - Bella

ducha 6800 2 30 408,00 40,00

La Valle -

Maxxima 5400 2 30 324,00 Não

disponível

Lorenzetti - Maxi

ducha 3200 2 30 192,00 40,00

Tabela 4.4.1 – Dimensionamento do consumo mensal de um chuveiro elétrico.

Temos que para cada dimensionamento de chuveiros elétricos há um consumo,

para tanto se um usuário prefere gastar menos na conta de energia com somente o

chuveiro elétrico, ele deve escolher um com uma potência menor. A consequência é o

chuveiro não conseguir esquentar em uma temperatura confortável para o usuário. Nota-

se que independente da potência do chuveiro, o custo dele é o mesmo para esses

modelos.

Page 88: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

74

Outra alternativa para o aquecimento de água residencial são os aquecedores

elétricos de acumulação (boilers).

4.4.2 Aquecedores por acumulação (Boilers)

Os aquecedores elétricos de acumulação são usualmente chamados de boilers.

Tem formato similar aos aquecedores a gás de acumulação: uma espécie de grande

cilindro metálico.

A água fica acumulada dentro deste cilindro e permanece aquecida por

resistências elétricas e por uma ou mais camadas de isolantes térmicos. As vantagens

desse sistema são sua eficácia na produção de água quente e a possibilidade de atender

diversos pontos da residência que precise de água quente. A desvantagem deste sistema

é o alto consumo de energia, posto que ele trabalha ininterruptamente para manter a

água aquecida e a disponibilidade de um local para armazenamento da água.

A fim de buscar o boiler elétrico mais eficiente para as residências, e para

calcular-se o seu consumo mensal, buscaram-se os diferentes modelos nas tabelas do

INMETRO. É estimado que o boiler fica ligado em média 6 horas por dia [34]. Então

foi criada a Tabela 4.4.2 que mostra os Boilers que obtiveram as melhores eficiências.

Marca Modelo Volume

(l)

Potência

(W)

Uso/dia

cada

(Horas)

uso/mês

(dias)

Consumo

(kWh/mês)

Eficiência

– EE (%)

Custo

unitário

(R$)

TRANSSEN AP 200

LT 200 2000

6 30 360,00 81,9 2400,00

TUMA AQ-200 200 2500 6 30

450,00 75,8 Não

disponível

OURO

FINO B-200 200 2000

6 30 360,00 76,7 750,00

Tabela 4.4.2 – Características técnicas dos boilers mais eficientes de acordo com o INMETRO

[16].

A conclusão que se tira dessa comparação é que para as regiões mais quentes do

Brasil como norte e nordeste vale mais a pena um chuveiro elétrico seja pelo preço, seja

pelo consumo. Para as regiões mais frias como sul e sudeste o Boiler vem como uma

Page 89: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

75

solução de consumo menor que o chuveiro elétrico, porém com preço muito elevado. A

coluna de eficiência foi estipulada pelo INMETRO e não foi encontrado como esse

índice é encontrado. Porém deve levar em conta o isolamento térmico do boiler e a sua

capacidade de manter a água quente por mais tempo [34]. Não foi encontrada a vida útil

nas tabelas do INMETRO nem através dos sites dos fabricantes. Para uma substituição

de um chuveiro elétrico de 6800 Watts por um boiler como, por exemplo, o da

Transsen, um usuário chega a economizar 11,77% no consumo mensal.

Então, para melhorar o desempenho na hora de aquecer a água não há como

eficientizar muito mais o consumo da energia elétrica através do chuveiro elétrico. O

que se pode fazer é a substituição do chuveiro pelo boiler nas áreas que mais convém

como, por exemplo, sul e sudeste. Dessa maneira se mantem o mesmo conforto térmico

e se consome menos. Além disso, há outro tipo de tecnologia que aquece a água e não

consome energia elétrica. Essa tecnologia é tratada no próximo item.

4.4.3 Aquecedores solares

De 2005 a 2012 houve uma diminuição de 4,2% da participação dos chuveiros

elétricos no consumo total de residências. Essa diminuição se deve em especial à

penetração do aquecimento solar. O uso de aquecedores solares não representa

exatamente o conceito de eficiência energética. Entretanto a contabilização de seu uso é

importante, pois representa um consumo evitado a partir de uma fonte renovável. Entre

2005 e 2012 o percentual de residências que contavam com aquecedores solares

aumentou de 1,3% para 4,7%. Tal aumento se deve principalmente do fato de os

aquecedores solares fazerem parte do programa “Minha Casa Minha Vida” do governo

federal brasileiro. Como consequência da adoção desta tecnologia no país, estima-se

que aproximadamente 1,081 GWh de consumo de energia elétrica no ano de 2012 foi

evitado, representando 0,9% da demanda elétrica do setor residencial naquele ano [10].

O sistema de Aquecimento de água por energia solar é composto de coletores

solares (placas) e reservatório térmico (Boiler com ou sem aquecimento elétrico)

conforme Figura 4.4.2.

As placas coletoras são responsáveis pela absorção da radiação solar. O calor do

sol, captado pelas placas do aquecedor solar, é transferido para a água que circula no

interior de suas tubulações de cobre.

Page 90: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

76

O reservatório térmico, também conhecido por Boiler, é um recipiente para

armazenamento da água aquecida. São cilindros de cobre, inox ou polipropileno,

isolados termicamente com poliuretano expandido sem CFC, que não agride a camada

de ozônio. Desta forma, a água é conservada aquecida para consumo posterior. A caixa

de água fria alimenta o reservatório térmico do aquecedor solar, mantendo-o sempre

cheio.

Em sistemas convencionais, a água circula entre os coletores e o reservatório

térmico através de um sistema natural chamado termossifão. Nesse sistema, a água dos

coletores fica mais quente e, portanto, menos densa que a água no reservatório. Assim a

água fria “empurra” a água quente gerando a circulação. Esses sistemas são chamados

da circulação natural ou termossifão [35].

Figura 4.4.2 – Diagrama explicativo sobre aquecimento solar de chuveiros [35].

Com o intuito de avaliar a eficiência dos aquecedores solares, foram consultadas

as tabelas do INMETRO. Os resultados são expressos na Tabela 4.4.3

Page 91: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

77

Marca Modelo

Área externa

do Coletor

(m²)

Produção média mensal de

energia Eficiência

energética

média

Custo

unitário

(R$) Por coletor

(kWh/mês)

Por m²

(kWh/mês/m²)

Aquatherm Aqua

prime 2.0 2,01 184,5 91,8 60,5

Não

disponível

Thermotini TH-PS 10-

22 -V 1,42 130,3 91,8 66,5 1420,00

Soltec STC-A517 1,71 157,0 91,8 55,5 1200,00

Tabela 4.4.3 – Características técnicas dos aquecedores solares mais eficientes de acordo com

o INMETRO [16].

Os aquecedores solares mais eficientes no mercado são os da fabricante

Thermotini, em especial a linha TH-PS 10-22 -V, possuindo uma eficiência energética

média de 66,5%. Uma observação importante seria que para esse modelo apenas para

efeito de comparação, 1 placa não conseguiria substituir um chuveiro elétrico, pois o

balanço energético não se iguala. Entretanto se dois ou mais coletores forem usados, o

balanço energético do modelo da Thermotini tem capacidade sim de substituir. O

modelo especificado na Tabela 4.4.3 vem com dois coletores e possui a opção para três

coletores. O modelo também inclui um boiler não elétrico de 400 l.

Outra observação importante é que os dias que não há sol os coletores não

conseguiriam esquentar tanto a água. Sendo assim o mais sugerido seria um sistema

híbrido compreendo um chuveiro elétrico e o aquecedor solar, sendo que o chuveiro

elétrico seria utilizado somente em dias que fossem necessários para o aquecimento da

água.

4.4.4 Comparação chuveiro ou boiler elétrico com aquecedores solares

O ideal é poder contar com a energia solar nos dias de maior incidência de raios

solares como no verão. No inverno como a incidência não é tão forte necessita-se de

outra fonte de aquecimento. Nesse caso entram em prática o chuveiro elétrico e o boiler

elétrico.

Page 92: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

78

4.4.4.1 Chuveiro elétrico com aquecedor solar

A Tabela 4.4.4.1 mostra o quanto consome cada sistema hibrido de chuveiros

com aquecedores solares. Para poder formular-se a tabela precisou-se estimar o número

de dias que o chuveiro elétrico seria necessário. Para tal finalidade, estimou-se o

número de 5 dias levando em consideração que o chuveiro elétrico será usado somente

no inverno e não em todos os dias. Estimou-se então um uso de 20 dias por mês nos

meses de junho a agosto (meses mais frios). No ano, o total de dias seria 60. Fazendo a

mesma proporção para o mês, encontra-se aproximadamente 5 dias ao mês.

Modelo Pnom

(W)

Uso/dia cada

(Horas)

uso/mês

(dias)

Consumo

kWh/mês

Custo unitário

(R$)

Lorenzetti -

Bella ducha 6800 2 5 68,00 40,00

La Valle -

Maxxima 5400 2 5 54,00 Não

disponível

Lorenzetti -

Maxi ducha 3200 2 5 32,00 40,00

Tabela 4.4.4.1 – Consumo total para o sistema hibrido, aquecedor solar e chuveiro elétrico.

Para todos os modelos, o consumo mensal caiu 83,33%, pelo fato de que o uso

foi diminuído igualmente. Deve considerar-se que a tabela 4.4.4.1 foi construída com

base em uma estimativa.

4.4.4.2 Boiler elétrico com aquecedor solar

Da mesma forma que o chuveiro elétrico, faz-se necessário ver o consumo a

eficiência que a combinação do boiler elétrico com aquecedor solar traria. Para tanto a

Tabela 4.4.4.2 foi formulada. Nessa tabela foi levado em consideração que se precisou

estimar o número de dias que o boiler elétrico seria ligado. Para tal finalidade, estimou-

se o número de 5 dias levando em consideração que o chuveiro elétrico será usado

somente no inverno e não em todos os dias. Assim um uso de 20 dias por mês nos

meses de junho a agosto (meses mais frios). No ano o total de dias seria 60. Fazendo a

mesma proporção para o mês, encontra-se aproximadamente 5 dias ao mês. O boiler

elétrico escolhido para o cálculo foi o modelo AP 200 LT da Transsen.

Page 93: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

79

Marca Modelo Volume

(l)

Potência

(W)

Uso/dia

cada

(Horas)

uso/mês

(dias)

Consumo

(kWh/mês)

Eficiência

– EE (%)

Custo

unitário

(R$)

TRANSSEN AP 200

LT 200 2000

6 5 60,00 81,9 2400,00

Tabela 4.4.4.2 - Consumo total para a combinação aquecedor solar e boiler elétrico.

Da mesma forma que o chuveiro elétrico, o consumo mensal caiu os mesmos

83,33%. Isso deve-se basicamente pois não se está diminuindo o consumo de um

aparelho, e sim a frequência com a qual ele é usada. Deve considerar-se que a tabela

4.4.4.1 foi construída com base em uma estimativa.

Coincidentemente os valores de queda de consumo tanto para a formação hibrida

de chuveiro elétrico com aquecedor solar como para a formação híbrida boiler elétrico

com aquecedor solar são de 83,33%. Deve-se concluir que os conjuntos híbridos solar

com boiler ou chuveiro elétrico são mais eficientes, pois diminuem o tempo de uso do

aparelho elétrico. Deve-se escolher entre um e outro pela preferência de um usuário. A

preferência pode ser pelo preço, conforto térmico, ou pela localidade do usuário. A

formação híbrida solar com boiler elétrico é somente vantajosa nas regiões sul e sudeste

do Brasil.

4.4.5 Tempo de retorno

Os sistemas híbridos são os que valem mais em conta quanto à confiabilidade do

sistema e conforto térmico. Para tal finalidade será avaliado o tempo de retorno caso

fosse um chuveiro elétrico fosse substituído por um sistema híbrido solar tanto o solar

com chuveiro elétrico como o boiler elétrico mais o solar. Assim criou-se a Tabela

4.4.5. A tabela possui os dados pertinentes para fazer-se uma comparação de tempo de

retorno entre sistemas híbridos. Ela mostra qual seria a diferença de preço para a troca

de um chuveiro elétrico para o sistema híbrido chuveiro mais o solar e a troca do

chuveiro elétrico pelo sistema híbrido boiler mais solar. Também mostra o tempo de

retorno que essa diferença leva para ser compensada pelos sistemas híbridos. Para os

chuveiros elétricos foram analisados todos os modelos. Para o boiler foi escolhido o

modelo da Transsen e para o aquecedor solar foi escolhido o modelo da Thermotini,

pois são os mais eficientes.

Page 94: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

80

Comparação Equipamento

Custo

unitário

(R$)

Diferença

de custo

unitário

(R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença

entre consumo

mensal

(kWh/R$)

Tempo de

retorno

(Aproximado)

Chuveiro com

híbrido (Solar

+ chuveiro)

Chuveiro

6,8kW 40,00

1380,00

408,00/204,00

340/170,00 8 meses Chuveiro

6,8kW +

Solar

1420,00 68,00/34,00

Chuveiro

5,4kW 40,00

1380,00

324,00/162,00

270/135,00 10 meses Chuveiro

5,4kW +

Solar

1420,00 54,00/27,00

Chuveiro

3,2kW 40,00

1380,00

192,00/96,00

160/80,00 1 ano e 5 meses Chuveiro

3,2kW +

Solar

1420,00 32,00/16,00

Chuveiro com

hibrido (Solar

+ boiler)

Chuveiro

6,8kW 40,00

3780,00

408,00/204,00

348/174,00 1 ano e 9 meses

Boiler + Solar 2400,00+

1420,00 60,00/30,00

Tabela 4.4.5.3 – Tempo de retorno na aquecedores de água.

Observa-se que quanto menor é a potência do chuveiro elétrico maior é o tempo

de retorno para o sistema híbrido chuveiro com aquecedor solar. Todos os tempos de

retorno são pequenos se for comparado à vida útil dos aquecedores solares, que é de

aproximadamente 15 anos com a manutenção correta [36]. O sistema híbrido boiler

elétrico em conjunto com aquecedores solares é indicado somente para as regiões em

que a potência do chuveiro elétrico seja em torno de 6,8 kW, ou seja, regiões mais frias.

Esse sistema é mais caro, porém seu retorno também relativamente rápido se comparado

que o sistema solar e o boiler elétrico tem a vida útil de aproximadamente 15 anos [36].

Para o sistema chuveiro elétrico de 6,8 kW e aquecedor solar, a economia de

energia ao longo dos 11 anos e 2 meses restantes de sua vida útil seria de R$ 29240,00.

Para o sistema boiler elétrico e aquecedor solar, a economia de energia ao longo dos 11

anos e 2 meses restantes de sua vida útil seria de R$ 27666,00.

Page 95: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

81

4.5 Televisores

O televisor é um item de peso no consumo de energia elétrica da casa. Em

muitas residências encontramos dois ou mais aparelhos e o tempo que permanecem

ligados diariamente é longo. Além disso, o tamanho das telas têm aumentado com o

passar dos anos. Até alguns anos atrás o normal era comprar uma TV de 21 polegadas.

Hoje o sonho de consumo da maioria das pessoas é o televisor 42” ou mais. Está certo

que as novas tecnologias são mais eficientes do ponto de vista energético, mas com o

aumento das telas o consumo mensal absoluto só aumenta.

Infelizmente, não é fácil comprar uma TV no Brasil pelo seu consumo. O

fabricante informa a potência do aparelho, mas falta uma padronização para comparar a

potência média entre aparelhos. O programa Procel mantido pela Eletrobrás e pelo

Inmetro faz uma classificação de televisores, mas que só mede a eficiência dos

aparelhos em modo stand-by. Quando se compra um televisor você encontra a etiqueta

Procel colada nele. O selo do Procel dos televisores é de pouca relevância porque a

atitude consciente é não usar o modo standby. A regra do programa para etiquetar uma

TV exige que o aparelho possa ser 100% desligado apertando um botão. Em outras

palavras: o próprio Procel considera importante desligar o aparelho em vez de deixa-lo

em modo stand-by.

Para que pudesse ser melhor averiguado o quanto cada tamanho de televisor

possui de eficiência montou-se a Tabela 4.5.1 que mostra os valores de consumo para

televisores mais vendidos no Brasil no ano de 2014. A tabela foi dividida por tamanho

de tela, uma vez que quanto maior a tela maior o seu consumo.

Para chegar a um ranking de televisores mais econômicos considerou-se que as

pessoas compram televisor pelo tamanho da tela. Devido aos diferentes tamanhos de

tela de cada aparelho, um novo índice foi estabelecido, o de kWh/mês por polegada.

Esse índice mede quanto o televisor gasta mensalmente para cada polegada de tamanho

de tela. Assim consegue-se averiguar qual o televisor mais eficiente. Assim, montou-se

a tabela 4.5.1 que mostra justamente os valores de consumo para televisores mais

vendidos no Brasil no ano de 2014 de acordo com o tamanho da tela.

Page 96: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

82

Tamanho

(polegada) Marca Tecnologia

Potência

(W)

Relação Potência

por tamanho

(W/polegada)

Consumo

mensal

(kWh/mês)

Preço

unitário

(R$)

27 Samsung LCD 65 2,40 3,9 590,00

32 Philco Edge LED 65 2,03 3,9 799,00

40/42 LG Edge LED 120 2,85 7,2 1399,00

46/47 Philco Edge LED 85 1,84 5,1 1450,00

55 LG Full LED 160 2,90 9,6 2800,00

Tabela 4.4.1 Televisores mais vendidos no Brasil no ano de 2014 separados por tamanho da

tela [37].

Esses índices antigos (2014) tem de ser comparados com índices novos (2015).

Para isso a Tabela 4.5.2 foi criada com os melhores índices de eficiência do INMETRO.

A Tabela 4.5.2 mostra os índices dos aparelhos encontrados.

Tamanho

(polegada) Marca Tecnologia

Potência

(W)

Relação Potência

por tamanho

(W/polegada)

Consumo

mensal

(kWh/mês)

Preço

unitário

(R$)

27 LG Edge LED 24 0,88 1,4 850,00

32 Semp

Toshiba Full LED 32 1,00 1,9 810,00

40/42 LG Edge LED 60 1,5 3,6 1630,00

46/47 AOC Full LED 60 1,28 3,6 1800,00

55 Philips Edge LED 108 1,96 6,5 3500,00

Tabela 4.5.2 – Relação de potência por polegada [16].

Comparando-se com os televisores mais vendidos de 2014 o consumo de energia

elétrica chegou a uma economia para, por exemplo, o televisor de 27’’ de 63,4% na

relação de potência por polegada.

4.5.1 Tempo de retorno

Para que se pudesse avaliar se valeria a pena substituir um televisor menos

eficiente por outro mais eficiente e também consequentemente o seu tempo de retorno,

montou-se a tabela 4.5.1.1. A tabela possui os dados pertinentes para fazer-se uma

Page 97: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

83

comparação de tempo de retorno entre televisores de distintos tamanhos. A tabela foi

montada levando em consideração que é necessário trocar um aparelho antigo e menos

eficiente (Aparelho da tabela 4.5.1). Ela mostra qual seria a diferença de preço dos

aparelhos menos eficientes de diferentes tamanhos de tela e dos aparelhos mais

eficientes do mesmo tamanho de tela. Também mostra o tempo de retorno que essa

diferença leva para ser compensada pelo consumo do televisor eficiente.

Tamanho de tela

(polegadas)/ ano Marca

Custo

unitário

(R$)

Diferença de

custo unitário

(R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença entre

consumo

mensal

(kWh/R$)

Tempo de

retorno

(Aproximado)

27 2014 Samsung 590,00

260,00 3,9/1,95

2,5/1,25 17 anos e 4

meses 2015 LG 850,00 1,4/0,70

32

2014 Philco 799,00

11,00

3,9/1,95

2/1,00 11 meses

2015 Semp

Toshiba 810,00 1,9/0,95

40/42

2014 LG 1399,00

231,00

7,2/3,6

3,6/1,80 10 anos e 8

meses 2015 LG 1630,00 3,6/1,8

46/47

2014 Philco 1450,00

350,00

5,1/2,55

1,5/0,75 38 anos e 10

meses 2015 AOC 1800,00 3,6/1,8

55

2014 LG 2800,00

700,00

9,6/4,8

3,1/1,55 37 anos e 7

meses 2015 Philips 3500,00 6,5/3,25

Tabela 4.5.5.3 – Tempo de retorno na troca de televisores.

Observa-se que o menor retorno é para quase todos os televisores o tempo de

retorno é superior a 10 anos. Somente a categoria de 32 polegadas conseguiu um tempo

de retorno pequeno, devido principalmente pelo fato de que a diferença de preço entre

os televisores foi muito pequena. Conclui-se que caso um televisor de uma residência

der defeito e tenha de ser trocada, nesse caso seria conveniente comprar uma mais

eficiente. Caso queira-se trocar o televisor somente pelo fato de que um é mais eficiente

que a outra e por conta disso consome menos não traria benefícios financeiros. O tempo

de retorno pode ser considerado grande também pelo fato de o intervalo de um ano no

qual os televisores foram distanciados é pequeno e por conta disso pouco se

desenvolveu em eficiência.

Page 98: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

84

Através da reorganização dos dados do Procel verificou-se, portanto que a

tecnologia LED é mais econômica que a LCD e outras. Como as duas principais

tecnologias encontradas da tabela 4.4.2 foram a Full LED e Edge LED, essas

tecnologias foram melhor detalhadas.

4.5.2 Edge LED

A tecnologia Edge LED se baseia em um painel guia leve e fino que possui

LEDs em sua volta, como pode ser observado na Figura 4.5.2. Os LEDs podem acender

e apagar individualmente e a luz emitida por eles é conduzida para o centro da televisão.

Os televisores de Edge LED são mais finos e mais leves que os de Full LED e oferecem

uma claridade melhorada [38].

Figura 4.5.2 – Exemplo de tecnologia Edge LED [39].

4.5.3 Full LED

A tecnologia Full LED se baseia quase na mesma tecnologia que a Edge LED, a

diferença é que em vez de somente as bordas do televisor possuir o LEDs, um painel inteiro de

LEDs é posto no televisor. Isso deixa o televisor mais grosso porém com uma definição de

contraste superior a tecnologia Edge LED, como é possível observar na Figura 4.5.3 [38].

Page 99: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

85

Figura 4.5.3 – Exemplo de tecnologia Full LED [39].

4.6 Maquinas de lavar roupa

Item indispensável, a lavadora de roupas está entre os eletrodomésticos mais

utilizados em casa. Nos últimos anos, o mercado vem inovando com modelos mais

compactos, design moderno e motores mais silenciosos. Entre as novidades, há modelos

dotados de sistemas de reutilização de água e sensores que detectam a quantidade

necessária para cada lavagem. Os produtos mais "sustentáveis", que consomem menos

água e energia, chamam a atenção do consumidor.

Por ser um bem durável, projetado para funcionar por até dez anos, a lavadora de

roupas tem um custo por vezes elevado. O preço e a infinidade de opções e recursos

agregados podem tornar complicado o momento de optar pelo melhor modelo. Por

conta disso, na hora de escolher a lavadora ideal, sugere-se que o consumidor considere

a quantidade e o tipo de roupa para lavar, a frequência de uso e as funcionalidades que

podem ajudá-lo a realizar esta tarefa. Por exemplo, se a intenção é lavar edredons, é

necessário pensar em modelos com capacidade a partir de 12 quilos.

As lavadoras podem ser "top load", aquelas com tampa/abertura superior e que

lavam por agitação, as mais utilizadas pelos brasileiros e também de custo menor ou as

"front load", com abertura frontal, que lavam por tombamento. Para o gerente

corporativo do Grupo Resolve Franchising, detentor da marca Doutor Eletro, Roberto

Lemos, as de tampa frontal agridem menos as roupas [40].

Page 100: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

86

Para que pudesse ser mais bem averiguado o quanto cada tipo de sistema de

lavadoras de roupa possui de eficiência montou-se a Tabela 4.6.1 que mostra os valores

de consumo para as lavadoras mais vendidos no Brasil no ano de 2012. A tabela foi

dividida em dois tipos de lavadoras de roupa que existem: abertura superior e abertura

frontal.

Para que se pudesse escolher as lavadoras mais eficientes levou-se em

consideração não somente o seu consumo de energia elétrica por ciclo, mas também seu

consumo por quantidade de roupa por ciclo (kWh/ciclo/kg). Além disso, a eficiência de

centrifugação, ou seja, qual a porcentagem de água remanescente na maquina ao final

do ciclo e também um índice que se chama litros/ciclo/kilo que significa o quanto de

água por lavagem que a maquina gasta para cada kilo de roupa lavada.

A tabela 4.6.1 mostra os valores de consumo para maquinas de lavar roupa mais

vendidos no Brasil no ano de 2012 de acordo com sua categoria.

Marca Modelo Tipo de

abertura

Quilos

de

roupa

por

ciclo

(kg)

Consumo

de energia

(kWh/ciclo)

Consumo de

energia por

ciclo por

quantidade de

roupa

(kWh/ciclo/kg)

Eficiência de

centrifugação

(% de água

remanescente)

Consumo de

água

(Litros/ciclo/kg)

Preço

unitário

(R$)

Electrolux 20141QBA206 Frontal 14,0 0,43 0,031 60 7,1 3323,10

Panasonic NA-

FS160P3XA Superior 16,0 0,47 0,029 54 9,9 1900,00

Tabela 4.6.1 – Maquinas de lavar roupa mais vendidos no Brasil no ano de 2012 de acordo com

sua categoria [41].

Esses índices antigos tem de ser comparados com índices novos. Para isso a

Tabela 4.6.2 foi criada com os melhores índices de eficiência do INMETRO. Ao todo o

INMETRO avaliou mais de 154 modelos diferentes, 2 tipos de modelos se destacaram.

Foi escolhido um modelo com abertura superior e um modelo com abertura frontal. De

todos os modelos avaliados pelo INMETRO, os modelos da tabela 4.6.2 foram os que

obtiveram os melhores índices.

Page 101: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

87

Marca Modelo Tipo de

abertura

Quilos de

roupa por

ciclo (kg)

Consumo

de energia

(kWh/ciclo)

Consumo de

energia por ciclo

por quantidade

de roupa

(kWh/ciclo/kg)

Eficiência de

centrifugação

(% de água

remanescente

)

Consumo de

água

(Litros/ciclo/k

g)

Preço

unitário

(R$)

Brastemp BNQ11D

CANA0 Frontal 11 0,21 0,019 50 8,1 4140,00

Consul CWI07A

BANA Superior 7 0,11 0,016 84 20,4 1400,00

Tabela 4.6.2 – Modelos que apresentaram melhores índices [39].

Notadamente o consumo de energia por ciclo por quilo diminuiu, cerca de

38,71% e 44,83% para os modelos de abertura frontal e superior respectivamente,

comparando-se os mais vendidos de 2012 e os mais eficientes de 2015. Nota-se que por

mais que o modelo da consul apresente o melhor índice de kWh/ciclo/kg, ele também é

um modelo que consome bastante água e é pouco eficiente na centrifugação. Não foi

encontrado o tempo de vida útil desses aparelhos para que pudesse ser feita uma

comparação.

4.6.1 Tempo de retorno

Para que se pudesse avaliar se valeria a pena substituir uma lavadora de roupas

menos eficiente por outra mais eficiente e também consequentemente o seu tempo de

retorno, montou-se a tabela 4.6.1.1. A tabela possui os dados pertinentes para fazer-se

uma comparação de tempo de retorno entre lavadoras de roupa com abertura superior e

abertura inferior. A tabela foi montada levando em consideração que é necessário trocar

um aparelho antigo e menos eficiente (Aparelho da tabela 4.6.1). Ela mostra qual seria a

diferença de preço dos aparelhos menos eficientes de cada tipo de abertura e dos

aparelhos mais eficientes do mesmo tipo de abertura. Também mostra o tempo de

retorno que essa diferença leva para ser compensada pelo consumo da lavadora

eficiente.

O cálculo do consumo mensal da maquina de lavar é dado pela forma de

kWh/ciclo, sendo cada ciclo uma “lavada de roupa”. Estimou-se que uma família de

quatro pessoas lava a roupa pelo menos 1 vez na semana e no mínimo faz-se dois ciclos,

um ciclo de roupa escura e um ciclo de roupa clara, totalizando 16 ciclos por mês. Além

disso, as lavadoras de mesmo tipo de abertura lavam uma quantidade de roupa diferente.

Page 102: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

88

Uma lavadora que lava uma quantidade maior custa mais caro. Para que isso fosse

contornado, criou-se um índice de quantidade de roupa (kg) por custo da lavadora (R$).

Assim pode-se estimar quanto custaria uma lavadora de roupa para uma quantidade de

roupa determinada. A quantidade de roupa determinada e fixa foi a quantidade da

lavadora menos eficiente. Tal decisão foi feita somente por conveniência. Assim,

converteu-se quanto seria o preço da lavadora mais eficiente se ela lavasse a mesma

quantidade de roupa que a menos eficiente.

Tipo de abertura Marca

Custo

unitário

(R$)

Quilos

de

roupa

por

ciclo

Conversão

do valor da

lavadora

mais

eficiente

(R$)

Diferença

de custo

unitário

(R$)

Consumo

mensal

(kWh/R$)

Diferença

entre

consumo

mensal

(kWh/R$)

Tempo de

retorno

(Aproximado)

Frontal

2012 Electrolux 3323,10 14,0 3323,10

1946,00

6,88/3,44

3,52/1,76 92 anos

2015 Brastemp 4140,00 11,0 5269,10 3,36/1,68

Superior

2012 Panasonic 1900,00 16,0 1900,00

1300,00

7,52/3,76

5,76/2,88 37 anos e 6

meses 2015 Consul 1400,00 7,0 3200,00 1,76/0,88

Tabela 4.6.5.3 – Tempo de retorno na troca de lavadoras de roupa.

Observa-se que o tempo de retorno para ambos os modelos é muito longo. Isso se dá

principalmente pelo fato de que a diferença de preço entre lavadoras é muito alto e a diferença

de custo mensal muito pequeno. Conclui-se que caso uma lavadora de uma residência der

defeito e tenha de ser trocada, nesse caso seria conveniente comprar uma mais eficiente. Caso

queira-se trocar a lavadora somente pelo fato de que um é mais eficiente que a outra e por conta

disso consome menos, tal troca não traria benefícios financeiros. O tempo de retorno é muito

grande também pelo fato de o intervalo de três anos, no qual os televisores foram distanciados, é

pequeno e por conta disso pouco se desenvolveu em eficiência.

Ainda assim ,o modelo CWI07ABANA da CONSUL obteve o melhor resultado em

eficiência. Tal modelo é focado na economia de energia. Esse modelo possui a tecnologia

chamada de “Inverter Direct Drive” que elimina as correias e as polias que são

convencionalmente utilizadas nos motores elétricos convencionais de maquinas de lavar roupas.

Tal tecnologia permite que sejam mais eficientes em relação ao gasto de energia elétrica e sua

durabilidade é maior, pois possuem menos peças e portanto menos avarias [42].

Já o modelo da marca Brastemp notadamente visa o melhor aproveitamento da água.

Esse modelo BNQ11DCANA0 possui um “eco reservatório” que é capaz de acumular até 15

Page 103: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

89

litros de água para ser utilizada em uma nova lavagem ou outro tipo de uso. Além disso, esse

modelo possui uma função para evitar e conter o desperdício de água através de uma pausa

antes de todas as etapas de drenagem, aguardando que se faça uso da água. O modelo possui

também um cesto sem furos que possui a função de propiciar uma dupla economia: até 40% de

água em comparação a uma lavadora tradicional de mesma capacidade, sem afetar o

desempenho de centrifugação, e redução do uso de sabão em 40% [43].

4.7 Equipamentos mais eficientes

Todos esses equipamentos demonstraram um significante aumento de eficiência. Nota-

se que os selos do PROCEL nem sempre indicam uma informação confiável. Por conta disso

outros índices de eficiência tiveram que ser criados como, por exemplo, para refrigeradores,

televisores e maquinas de lavar roupa. Assim, para ter-se uma visão mais geral a Tabela 4.7 foi

criada. Ela tem como objetivo mostrar em um só lugar as tecnologias, marcas, modelos, índices

de eficiência, % de energia economizada e tempo de retorno para cada tipo de eletrodoméstico.

Aparelho Tecnologia Marca Modelo Eficiência

%Energia

economiza

da

Tempo

de

retorno

Lâmpadas LED

compacta Empalux AL07362 95,71Lm/W 52,18

1 ano e 9

meses

Condicionado

r de ar

Split

Inverter FUJITSU

ASBG09LJCA

AOBG09LJC 13,14 BTU/h/W 40,20

9 anos e

6 meses

Geladeira xxx Samsung RR82W

0,0681

Kwh/mês/l 47,81 6 meses

Aquecedor de

água

Chuveiro

elétrico +

Coletor

Solar

La Valle +

Thermotini

Maxxima +

TH-PS 10-22 -

V

66,5 Eficiência

energética

média

83,33 10 meses

Televisor

(32’’) Edge LED

Semp

Toshiba 32L2400

1,00W/polegad

a 50,77 11 meses

Maquina de

lavar roupa xxx Consul

CWI07ABAN

A

0,016

kWh/ciclo/kg 45,82

37 anos

e 6

meses

Tabela 4.7 – Equipamentos mais eficientes.

Nota-se que a energia economizada encontra-se entre 40% a 80% da energia do

equipamento anterior usado na comparação. Com esses resultados analisou-se como

esses índices de energia economizada ajudariam no consumo residencial.

Page 104: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

90

5 Impactos das novas tecnologias sobre o consumo doméstico.

Após a apresentação na sequência dos capítulos anteriores, onde foram

analisados o cenário energético atual, com seus problemas na produção de energia, bem

como as principais novas tecnologias influentes na eficientização dos equipamentos

domésticos, além dos principais fabricantes inovadores, serão apresentadas neste

capítulo, algumas avaliações representativas das aplicações destas tecnologias e os

possíveis resultados para a redução do consumo energético e para a economia

doméstica.

Para uma melhor avaliação sobre o quanto uma residência pode ter seu consumo

reduzido e eficientizado, isto é, ter a mesma qualidade de seus eletrodomésticos com um

consumo menor, através somente da aquisição de equipamentos mais eficientes, criou-

se a tabela 5.1 com uma comparação de residência de classe média que tenha os

equipamentos listados nesse trabalho foi realizada.

De acordo com o site de assuntos estratégicos do governo (www.sae.gov.br) a

classe C compreende 56% da população brasileira. Sua renda mensal é de

aproximadamente R$ 2900,00 e está compreendida entre uma renda per capta de R$

338,01 a R$ 1.184 [43]. Essa classe adquiriu pelo menos a maioria desses equipamentos

em suas residências [44]. O consumo mensal em energia e em moeda é demonstrado na

tabela 6.1 através da listagem de todos os equipamentos mencionados nesse trabalho.

Para a formulação da tabela levou-se em consideração quanto cada aparelho leva

de vantagem sobre o seu concorrente direto, por exemplo, a lâmpada de LED compacta

sobre a fluorescente compacta, o ar condicionado de janela (mais comum) sobre o Split

inverter, o refrigerador frost free 1 porta sobre o refrigerador frost free 1 porta mais

eficiente, o chuveiro elétrico sozinho sobre o conjunto híbrido chuveiro/boiler elétrico

com aquecimento solar, a televisão de 32 polegadas menos eficiente sobre a televisão de

32 polegadas mais eficiente e por ultimo a maquina de lavar roupa com abertura

superior mais eficiente sobre a maquina de lavar com abertura superior menos eficiente.

O cálculo do consumo da maquina de lavar é dado pela forma de kWh/ciclo,

sendo cada ciclo uma “lavada de roupa”. O cálculo da % economizada foi realizado

com base no kWh/ciclo/kg uma vez que as maquinas de lavar roupa de mesmo modelo

possuíam uma capacidade de quantidade de roupa diferente.

Page 105: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

91

A mesma analogia foi feita para os refrigeradores, em que o cálculo da geladeira

de mesmo modelo (frost free 1 porta) foi feito de acordo com a relação kWh/mês/l pois

os refrigeradores possuíam volume de refrigeração diferente.

O valor do kWh foi consultado nas tabelas da empresa Light no dia 05/10/2015,

dado valor foi de R$ 0,4985 que foi aproximado para R$ 0,5000.

Para calcular-se o total de economia, realizou-se a média ponderada para cada

porcentagem que cada equipamento exerce na residência. Esses equipamentos

correspondem a 80% do consumo da energia elétrica de uma residência. Em 2013 o

consumo residencial foi 124,97 TWh, compreendendo 24,2% do consumo total de

eletricidade no Brasil. Os eletrodomésticos acima compreenderam: iluminação 18%

(22,50 TWh), condicionador de ar 8% (10,00 TWh), refrigerador 18% (22,50 TWh),

aquecimento de água 18% (22,50 TWh), televisor 14% (17,50 TWh) e maquina de lavar

roupa 6% (7,50 TWh).

Aparelho Pnom (W) Uso/dia cada

(Horas)

uso/mês

(dias)

Consumo mensal

(kWh/mês)

%Energia economizada

Lâmpadas 11 6 30 1,98 52,18

Condicionador

de ar 550 8 6 26,41 40,20

Geladeira -- 24 30 23,70 47,81

Aquecedor de

água 6800 2 5 68,00 83,33

Televisor

(32’’) 32 5 30 4,80 50,77

Maquina de

lavar roupa

kWh/ciclo Quantidade de

ciclos por dia 8 1,76 45,82

0,11 2

Total

(kWh/mês) 126,65

65,02

Total (R$) 63,32

Tabela 5.1 - Consumo de uma residência com aparelhos não eficientes.

Caso os equipamentos supracitados fossem aplicados, o consumo por setor seria

de: iluminação 9,56 TWh, condicionador de ar 5,98 TWh, refrigerador 11,74 TWh,

aquecimento de água 3,75 TWh, televisor 8,63 TWh e maquina de lavar roupa 4,06

TWh. O que no total se produz um consumo de 43,73 TWh que equivale a 34,98 % do

do consumo residencial de energia total de 2013 e uma economia de 65,02% anuais.

Page 106: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

92

No total se produz um consumo de 43,73 TWh anuais no setor residencial com a

economia na substituição dos equipamentos, o que equivale a 34,98 % do valor total do

consumo residencial de 2013.

Essa economia faz com que o total da percentagem que as residências

compreendem no consumo nacional caia de 24,2 % para 9,5%, em um total de

diminuição de quase 56,24 TWh da demanda nacional que equivalem a quase a metade

da produção anual da usina de Itaipu.

Notadamente a simples troca de aparelhos eletrodomésticos economiza na conta

de luz, o que traz vantagens para o consumidor de energia residencial e para o setor

elétrico. A desvantagem que vem acompanhada é o preço elevado dos equipamentos.

Pelo lado financeiro, nem sempre é viável a troca de um aparelho por um mais eficiente

visto que muitas vezes seu tempo de retorno é maior que a própria vida útil do aparelho.

Muitas vezes tem-se que esperar a nova e mais cara tecnologia se consolidar no

mercado até que o seu preço baixe o suficiente para que a troca dos aparelhos seja

economicamente viável. Para que esse custo seja reduzido muitas vezes é necessário

investimentos por parte de empresas privadas e de ajuda governamental.

Além disso, pode-se observar que na iluminação a tecnologia que mais se

destacou foi a tecnologia LED, que atualmente já se vê como a futura substituta das

lâmpadas fluorescentes, elas vem aos poucos diminuindo o seu custo de produção,

porém ainda sofre preconceito do consumidor residencial pelo seu custo relativamente

mais alto que as fluorescentes. Conseguindo romper essa barreira essa tecnologia

definitivamente apresenta vantagens como o tempo de vida muito superior a qualquer

outra tecnologia de iluminação.

Nos condicionadores de ar, a tecnologia de refrigeração SPLIT do tipo inverter

apresentou um desenvolvimento muito recente. Ela ainda é um tipo de tecnologia muito

nova e que com certeza com mais investimento nessa área ela conseguirá eficientizar

ainda mais a energia gasta para se climatizar o ar. Já se encontra muitos aparelhos com

um EER maior que tecnologias ainda utilizadas na maioria das residências, mas que

ainda possuem um custo muito grande comparativamente aos aparelhos SPLIT normais.

No tocante de tecnologia de refrigeradores, não foi identificado uma tecnologia

em especial que se destacasse. A oferta de modelos indica que o mercado caminha na

Page 107: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

93

direção de volumes de refrigeração e consumo de energia cada vez maiores. Os modelos

mais procurados e desenvolvidos não são os que consomem menos, mas sim os que dão

mais praticidade ao consumidor.

Para o aquecimento de água observou-se que o chamado “vilão” do consumo

residencial, o chuveiro elétrico, não possui uma maneira simples para se eficientizar seu

consumo de energia, pois sua eficiência é acima de 95%. O que pode ser realizado seria

buscar uma outra fonte de energia para poder aquecer a água, como a solar o que traz

vantagens muito significativas para o consumo residencial.

Os televisores acompanham de perto o desenvolvimento da iluminação. Assim

as duas tecnologias obtiveram o LED como o principal desenvolvimento em eficiência.

Assim fica a cargo do consumidor escolher dentro dessa tecnologia os diferentes

modelos que existe de acordo com o seu gosto e tamanho de tela.

O desenvolvimento das maquinas de lavar roupa demonstra que não só está

preocupado o consumidor com o consumo de energia, como também com o consumo de

água gasto por ciclo de lavagem. Desenvolve-se maquinas que possam ao mesmo

tempo, consumir menos energia elétrica, menos água (ou reutilizá-la) e que possam

agradar o consumidor através de uma remoção de umidade da roupa melhor sem que a

roupa sofra algum dano.

Nota-se que depois de toda essa avaliação, o desperdício de energia elétrica

continuará, caso a cultura de produção de energia amarrada ao consumo se perpetuar.

Há opções viáveis para que esse desperdício seja evitado, porém caminha ainda com

dificuldades até chegar às residências brasileiras.

Page 108: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

94

6 Conclusão

Para realizar-se o presente trabalho, revisou-se brevemente sobre o a situação do

sistema elétrico no ano de 2014 e efetuou-se uma busca pelas principais tecnologias

responsáveis pelo consumo residencial.

As dificuldades encontradas nesse trabalho foram encontrar as especificações

técnicas dos aparelhos, principalmente o tempo de vida útil dos equipamentos, que

muitas vezes não eram disponibilizados pelos próprios fabricantes nem pelo

INMETRO. Além disso, o próprio site do INMETRO é muito confuso e não se

consegue extrair informações dele sem se gastar muito tempo procurando. O canal de

contato com o consumidor também muito precário, pois demoram quase 1 mês para

responder 1 email e telefones nunca foram atendidos. Outra dificuldade encontrada foi

fazer uma análise com base nos dados que o INMETRO fornecia. Muitos índices de

eficiência não são bons para se comparar os equipamentos, para tal dificuldade novos

índices tiveram que ser criados.

Entretanto as facilidades encontradas nesse projeto também se referem

justamente as tabelas do INMETRO, que fornecem dados importantes sobre os modelos

e especificações técnicas principais de maneira concisa e de fácil acesso, abrangendo os

modelos registrados para a comercialização no ano de vigência.

Assim, observa-se que o panorama elétrico brasileiro de 2014, ano no qual

houve uma crise energética no setor, foi estudado através de comparações com os anos

de 200 e 2001 que também estavam em crise. Em seguida introduziram-se fundamentos

teóricos para poder analisar-se bem os equipamentos envolvidos no maior consumo de

energia das residências. Os equipamentos propriamente ditos foram analisados através

de sua eficiência, consumo e tempo de retorno. Por fim, analisou-se o impacto que esses

equipamentos mais eficientes e com baixo consumo possuem nas residências e de

quanto se pode economizar com a sua simples substituição.

As tecnologias encontradas pelo presente trabalho mostram que há muitos

gêneros e tipos diferentes de tecnologias para iluminação, condicionadores de ar,

refrigeradores, maquinas de lavar roupa e televisores que podem chegar a diminuir em

mais de 60% o consumo mensal de uma residência.

Page 109: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

95

Para a iluminação a economia chega a 52% do consumo, e um tempo de retorno

relativamente curto (1 ano e 9 meses) se comparado ao tempo de vida de 25 anos. A

tecnologia que ganhou mais destaque foi a LED compacta.

Nos condicionadores de ar, a tecnologia que mais ganhou em eficiência foi a

SPLIT inverter com uma economia de energia de 40%. Entretanto o seu tempo de

retorno (9 anos e 6 meses) ainda é muito elevado por conta do preço do equipamento.

Tal tempo de retorno chega a quase a própria vida útil do aparelho. Para esse caso a

tecnologia que vale a pena investimento é o SPLIT normal, pois possui um tempo de

retorno menor (2 anos e 7 meses) se comparado com a tecnologia de condicionador do

tipo janela.

Para as geladeiras, não foi encontrado uma tecnologia em especial que se

destacasse, mas o modelo que apresentou melhor índice de eficiência foi o modelo da

Samsung RR82W com quase 50% de economia de energia elétrica. O seu tempo de

retorno também foi satisfatório com somente 6 meses de retorno. Porém esse tempo é

devido principalmente à baixa diferença de preço entre os modelos comparados.

Nos aquecedores de água, o sistema que mais ganhou destaque é o sistema

híbrido, chuveiro elétrico + coletor solar. Sua economia de energia chega a ser de

83,33% com tempo de retorno bem baixo (10 meses) quando comparado a sua vida útil

de quase 10 anos.

Para os televisores as tecnologias que ganharam mais destaques foram as Edge

LED e Full LED, especialmente a Edge LED que conseguiu uma economia de energia

de 50% quando comparada com tecnologias de apenas 1 ano. O tempo de retorno

também foi satisfatório com apenas 11 meses. Tal tempo de retorno também se deve a

baixa diferença de preço entre os aparelhos comparados.

Nas maquinas de lavar roupa a tecnologia que se destacou mais foi a “Direct

Invert Driver” com uma economia no consumo de 45%. O tempo de retorno (37 anos e

6 meses) não foi favorável, pois a diferença de preço entre as lavadora comparadas foi

muito alto, fazendo com que a economia mensal de energia não seja suficiente para que

o retorno financeiro do investimento seja quitado dentro da vida útil (10 anos) do

equipamento.

Page 110: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

96

Além disso, notou-se que alguns índices de eficiência do PROCEL não

necessariamente indicam que o consumidor estará comprando um aparelho mais

eficiente que o outro que está na mesma prateleira, e sim um que é mais eficiente que os

aparelhos de 2001. Ainda assim pode-se encontrar equipamentos muito eficientes em

comparação com os que são usualmente utilizados, o que traz perspectivas boas para o

futuro. Para que alguns aparelhos tivessem sua eficiência melhor avaliada teve-se de

olhar-se suas fichas técnicas e comparar os seus valores através de outros índices

(criados pelo autor) diferentes daqueles mostrados pelo PROCEL.

Os desenvolvimentos das tecnologias demonstram que a eficiência está

caminhando no sentido certo. A cada ano novos tipos, modelos e vantagens chegam ao

acesso do consumidor para que ele possa escolher entre a praticidade, conforto,

modernidade e menor consumo. Pode-se notar também que em casos onde não há saída,

onde não se pode encontrar maneiras de eficientizar mais o consumo de energia elétrica

de certa tecnologia, novos rumos tem de ser tomados, novas fontes de energia para

aquele fim tem de ser procurados.

Vale ressaltar que nem sempre deve-se pensar em aumentar a geração de energia

para poder suprir a população. A simples educação básica dos usuários já ajudaria a

diminuir os gastos com energia e outros recursos naturais. Além disso, a tecnologia vem

para ajudar a diminuir esses gastos. Se os dois fossem combinados teríamos um cenário

diferente do atual.

Um resultado importante se dá na economia de energia resultante da simples

troca de equipamentos. Tal economia representa uma quantidade de energia elétrica

economizada equivalente à metade da produção anual da usina binacional de Itaipu.

A principio tentou-se buscar equipamentos que fossem os mais eficientes através

de seus respectivos registros de patentes e modelos de utilidade, porém como somente

20% dos pedidos de patentes registrados entram no comércio essa análise teve que ser

interrompida e um novo caminho teve de ser traçado.

Trabalhos futuros podem abordar melhor tópicos que não couberam na discussão

desse projeto, a saber, equipamentos de edifícios como bombas e elevadores. Outro

tópico importante que pode ser abordado nessa linha é se a conscientização do uso da

Page 111: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

97

energia como, por exemplo, o comportamento na hora de utilizar um certo aparelho

ajuda a diminuir o consumo eficientemente.

O presente trabalho mostrou a importância de se buscar novas tecnologias para

melhor ter um melhor proveito da energia elétrica, elevando sempre os rendimentos

residenciais, e como isso poder contribuir para que o setor elétrico atenda a demanda

energética sem necessariamente aumentar a geração de energia elétrica.

A economia gerada pela simples troca dos equipamentos faz com que o total da

percentagem que as residências compreendem no consumo nacional caia de 24,2 % para

9,5%, em um total de diminuição de quase 56,24 TWh da demanda nacional que

equivalem a quase a metade da produção anual da usina de Itaipu.

Notadamente a simples troca de aparelhos eletrodomésticos economiza na conta

de luz, o que traz vantagens para o consumidor de energia residencial e para o setor

elétrico. A desvantagem que vem acompanhada é o preço elevado dos equipamentos.

Pelo lado financeiro, nem sempre é viável a troca de um aparelho por um mais eficiente

visto que muitas vezes seu tempo de retorno é maior que a própria vida útil do aparelho.

Muitas vezes tem-se que esperar a nova e mais cara tecnologia se consolidar no

mercado até que o seu preço baixe o suficiente para que a troca dos aparelhos seja

economicamente viável. Para que esse custo seja reduzido muitas vezes é necessário

investimentos por parte de empresas privadas e de ajuda governamental.

Nota-se que depois de toda essa avaliação, o desperdício de energia elétrica

continuará, caso a cultura de produção de energia amarrada ao consumo se perpetuar.

Há opções viáveis para que esse desperdício seja evitado, porém caminha ainda com

dificuldades até chegar às residências brasileiras.

Page 112: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

98

Referências Bibliográficas

[1] EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE (1), Balanço Energético

Nacional, Brasília, DF, Brasil, 2014.

[2] OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS, Histórico de

operações. Disponível em:

<http://www.ons.org.br/home/.> Acesso em 20 Ago. 2015, 04:45:00.

[3] BRASIL ESCOLA, Energia elétrica. Disponível em:

<http://m.brasilescola.com/fisica/energia-eletrica.htm>. Acesso em 15 Ago. 2015,

18:10:00.

[4] OSRAM, Manual Luminotécnico Prático, Osasco, SP, Brasil, 2008. Disponível em:

<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf>. Acesso em 09 jul.

2015, 17:30:00.

[5] SIGNIFICADOS BR, Significado de cores. Disponível em:

< https://www.significadosbr.com.br/cores>. Acesso em 10 jul. 2015, 20:00.

[6] NISKIER, J., MACINTYRE, A. J., Instalações elétricas, 5ª Edição, Rio de Janeiro,

RJ, Brasil: LTC, 2011.

[7] PROCEL (1), Sistemas de Ar Condicionado e Refrigeração, Brasília, DF, Brasil,

2002. Disponível em:

<http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel

2.nsf%>. Acesso em 10 jul. 2015, 20:00.

[8] MARQUES, M. C. S., HADDAD, J., GUARDIA, E. C., et al., Eficiência

energética: teoria e prática, Itajubá, MG, Brasil: FUPAI, 2007.

[9] BRAGA, NEWTON, Cinescópio, Disponível em:

<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque/1717-cinescopio.html>.

Acesso em 16 abril. 2015, 12:15:00.

Page 113: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

99

[10] Empresa de Pesquisa Energética – EPE (2), Nota técnica DEA 10/14 Estudos da

eficiência energética, consumo de energia no Brasil, Brasília, DF, Brasil, 2014.

[11] ASSUNÇÃO, M. O., Efeitos térmicos em fotodiodos de pontos quânticos

semicondutores, Uberlândia, MG, Brasil: UFU, 2012. Disponível em:

<http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4437>. Acesso em 03 Jul.

2015, 23:43:00.

[12] TEIXEIRA, K. C., Estudo das propriedades eletroluminescentes de novos

complexos tetrakis beta-dicetonatos de európio utilizados em OLEDs, Rio de Janeiro,

RJ, Brasil: PUC-Rio, 2010. Disponível em:

<http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0721252_10_Indice.html>.

Acesso em 03 dez.2013, 23:56:00.

[13] GROVA, I. R., Síntese e Caracterização Estrutural e Eletro-óptica do Poli(9,9´-n-

di-hexil-2,7-fluorenodiilvinileno-alt-2,5-tiofeno), Curitiba, PR, Brasil: UFPR, 2007.

Disponível em:

<http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/dissertacao/130.pdf>. Acesso em 04 dez. 2013,

00:18:00.

[14] NISKIER, J., MACINTYRE, A. J., Instalações elétricas, 5ª Edição, Rio de Janeiro,

RJ, Brasil: LTC, 2011.

[15] UNICAMP, Laboratório de Engenharia Elétrica, Tipos de lâmpadas, Disponível

em:

<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/L%E2mpadas/Fontes_Lumin.pdf>. Acesso em

15 abril. 2015, 12:15:00.

[16] INMETRO, Tabelas de consumo/eficiência energética, Brasilia, DF, Brasil, 2015.

Disponível em:

<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/chuveiro.pdf>. Acesso em 17 Ago. 2015,

18:00:00.

[17] AOD BRAZIL , Catálogo LED x CFL x Lâmpadas incadescentes, Disponível em:

Page 114: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

100

<http://www.aodbrazil.com/aod/portugues/impresa/catalogos/LED_CFL_Lampadas-

Incandescentes.pdf>. Acesso em 15 Maio. 2015, 14:15:00.

[18] OSRAM , Tabelas de preços – Iluminação Geral e Luminárias, Disponível em:

<http://www.vercor.pt/uploads/cms/osram_tab_precos_ilumina_geral_luminarias_2010.

pdf>. Acesso em 16 Maio. 2015, 08:20:00.

[19] GUARINELLO, TEODORO QUEIROZ, Tecnologia de estado sólido:

estudo ambiental e econômico, Rio de Janeiro, RJ, Brasil: UFRJ, 2013.

[20] JAIME E. VILLATE, Eletricidade e Magnetismo. Disponível em:

<http://def.fe.up.pt/pt/Eletricidade,_Magnetismo_e_Circuitos>. Acesso em 16 Maio.

2015, 13:15:00.

[21] GOLDEN LÂMPADAS, Lâmpadas LED têm luz quente igual às incandescente.

Disponível em:

<http://www.golden.blog.br/lampadas-led-tem-luz-quente-igual-as-incandescentes/>.

Acesso em 16 Maio. 2015, 14:30:00.

[22] AMAZON, Feit Electric AG1600DM/827/LED LED Bulb, E26, 16W (100W Equiv.) -

Dimmable - 2700K - 1600 Lm. Disponível em:

<http://www.amazon.com/Feit-Electric-AG1600DM-827-LED/dp/B00L379GQI>.

Acesso em 16 Maio. 2015, 14:25:00.

[23] CENTRO ELETRÔNICO, Lâmpada LED T8 20W 230VAC 6400K 1600Lm 1.20mts.

Disponível em:

<http://www.centroelectronico.pt/Lampada-LED-T8-20W-230VAC-6400K-1600Lm-

120mts-P17014.aspx>. Acesso em 16 Maio. 2015, 15:25:00.

[24] AOD BRAZIL , Catálogo LED x CFL x Lâmpadas incadescentes, Disponível em:

<http://www.aodbrazil.com/aod/portugues/impresa/catalogos/LED_CFL_Lampadas-

Incandescentes.pdf>. Acesso em 15 Maio. 2015, 14:15:00.

[25] CLIMASTER, Tecnologia inverter. Disponível em:

Page 115: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

101

<http://www.climaster.com.br/blog-cat/tecnologia-inverter>. Acesso em 16 Maio. 2015,

09:15:00.

[26] INMETRO, Revisão de eficiência energética de eletrodomésticos. Disponível em:

<http://www.inmetro.gov.br/noticias/verNoticia.asp?seq_noticia=3350>. Acesso em 15

Maio. 2015, 15:15:00.

[27] WEBCONTINENTAL, Ar condicionado Slit Inverter – O que é?. Disponível em:

<http://blog.webcontinental.com.br/ar-condicionado-split-inverter/>. Acesso em 15

Maio. 2015, 15:45:00.

[28] EBC, Produtos mais eficientes. Disponível em:

<http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2014/10/produtos-mais-eficientes-geram-

economia-anual-de-ate-r-1200-em-apartamento>. Acesso em 15 Maio. 2015, 15:55:00.

[29] CONSERBRAS REFRIGERAÇÃO, Vantagens e desvantagens de refrigeradores

frost free. Disponível em:

<http://www.conserbrasrefrigeracao.com.br/vantagens-e-desvantagens-de-

refrigeradores-frost-free.php>. Acesso em 15 Maio. 2015, 16:25:00.

[30] DIA DO CONSUMIDOR, Os 5 refrigeradores mais vendidos. Disponível em:

<http://www.odiadoconsumidor.com.br/refrigerador/os-5-refrigerador-frost-free-mais-

vendidos>. Acesso em 15 Maio. 2015, 16:55:00.

[31] ALMEIDA, NICELLE, Estudo da vida útil dos eletrodomésticos. Disponível em:

<http://nicellealmeida.blogspot.com.br/2010/12/estudo-revela-vida-%C3%BAtil-

dos.html>. Acesso em 15 Maio. 2015, 17:20:00.

[32] PROCEL (2), Avaliação do mercado de eficiência energética do Brasil, Brasilia,

DF, Brasil, 2005.

[33] REVISTA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

(Idec), Chuveiro o vilão do banheiro, 2013. Disponível em:

Page 116: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

102

<http://www.idec.org.br/em-acao/revista/falsos-magros/materia/chuveiro-o-vilo-do-

banheiro>. Acesso em 17 Ago. 2015, 19:00:00.

[34] AQUASOL, Coletores solares Aquasol. Disponível em:

<http://www.aquasolaquecedores.com.br/produtos.html>. Acesso em 11 Ago. 2015,

20:00:00.

[35] CASA & CONSTRUÇÃO, Conforto separado. Disponível em:

<http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/Edicoes/71/imprime224171.asp>.

Acesso em 11 Ago. 2015, 20:30:00.

[36] CUPOM, Smart TV baratas mais vendidas: top 5 de 2014. Disponível em:

<http://cupom.com/revista/smart-tv-baratas-mais-vendidas-top-5-2014/>. Acesso em

11 Ago. 2015, 20:45:00.

[37] TECHRADAR, LED TV: what you need to know. Disponível em:

<http://www.techradar.com/news/television/home-cinema/led-tv-what-you-need-to-

know-900600>. Acesso em 11 Ago. 2015, 20:30:00.

[38] WIKIMEDIA COMMONS, File:LCD-Hintergrundbeleuchtung mit Edge-LEDs.JPG.

Disponível em:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:LCD-Hintergrundbeleuchtung_mit_Edge-

LEDs.JPG>. Acesso em 11 Ago. 2015, 20:35:00.

[39] UOL MULHER – CASA E DECORAÇÃO, Saiba como escolher a lavadora de

roupas ideal para sua casa. Disponível em:

<http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/noticias/redacao/2013/05/07/saiba-como-

escolher-a-lavadora-de-roupas-ideal-para-sua-casa.htm#fotoNav=12>. Acesso em 11

Ago. 2015, 20:45:00.

[40] CASA ABRIL, Top 10 modelos de maquinas de lavar roupa, secadoras e

tanquinhos. Disponível em:

<http://casa.abril.com.br/materia/lavadoras-secadoras#14>. Acesso em 11 Ago. 2015,

20:55:00.

Page 117: NOVAS TECNOLOGIAS PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10015348.pdf · v Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de

103

[41] LAVADOURAS LG, Tecnologia 6 Motion DD. Disponível em:

<http://www.lg.com/es/6motion>. Acesso em 11 Ago. 2015, 21:15:00.

[42] ELETROLUX, Produtos – Lavanderia – LEC12. Disponível em:

<http://www.electrolux.com.br/products/lavanderia/lavadoras/lec12>. Acesso em 11

Ago. 2015, 21:25:00.

[43] SAE, Assuntos estratégicos – Social e Renda – A classe média Brasileira.

Disponível em:

<http://www.sae.gov.br/wp-content/uploads/ebook_ClasseMedia1.pdf>. Acesso em 11

Ago. 2015, 21:35:00.

[44] EXAME, O novo salto do consumo se apoia na sofitiscação. Disponível em:

<http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1055/noticias/o-novo-salto-do-

consumo>. Acesso em 11 Ago. 2015, 21:45:00.

[45] SÓ FISICA, Calorimetria, Disponível em:

<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor.php>. Acesso em

16 mar. 2015, 15:10:00.