novas tecnologias da informação e comunicação - aula 04

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1 AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS AULA 04 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

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Novas Tecnologias da Informação e Comunicação - aula 04

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Page 1: Novas Tecnologias da Informação e Comunicação - aula 04

1AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

AULA 04TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA

COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

NOVAS TECNOLOGIASDA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

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2 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A MUDANÇA ORGANIZACIONAL ACOMPANHANDO A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

OTIMIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

Em nosso dia a dia de trabalho temos à nossa disposição um arsenal de recursos de T.I.C: portais de informações e comunicações (ex.: internet, extranet e intranet), hardwares e softwares diversos e em rede, inúmeras mídias convergentes, etc. Contudo, algumas perguntas se apresentam oportunas neste momento:

- tais recursos são utilizados de modo efetivo para a ocorrência da otimização das comunicações, de procedimentos gerenciais e de estratégias para a tomada de decisão?

- a tecnologia nas empresas provocou a eliminação de atividades, comportamentos de trabalho que geram duplicação de informações e de atividades de funcionários e gestores?

Jayr F. de Oliveira1 se debruça sobre e nos leva a perceber a necessidade de otimização da utilização das tecnologias de informação e comunicação nas organizações. Ele coloca isso por meio de exemplos cotidianos, como a supérflua impressão de relatórios cuja versão pode ser acessada, via intranet ou e-mail, no monitor de vídeo de do computador.

Para explicar tal atitude o autor levanta duas hipóteses: de acordo com a primeira, tal ação seria decorrente da cultura de comando e controle, resultante da era industrial; pela segunda, no entanto, seria do desconhecimento da capacidade de tais ferramentas, de onde se seguiu o aproveitamento mais básico destas.

Ele chega à conclusão de que as ferramentas das T.I.C (e-mail, intranet, extranet, internet, sistemas integrados [ERP, CRM], entre outras) não são utilizadas de forma adequada para a realização de análises das informações e uma subsequente tomada de decisões. Por essa razão, novos hábitos precisam ser assumidos pelas organizações em suas rotinas de trabalho. Apesar da existência de tal necessidade, Oliveira afirma que o escritório sem papel não está tão longe de ser concretizado.

O autor ainda destaca que o setor governamental seria mais um, além do empresarial, que se beneficiaria muito, ganhando em eficiência, se permitisse que as T.I.C. realizassem várias atividades administrativas, de fiscalização, arrecadação, entre outras. E finaliza sua exposição afirmando que,

No mundo em que vivemos, a tecnologia funciona como um fator que empurra os demais. Em outros tempos, exigiam-se soluções tecnológicas para resolver este ou aquele problema. Agora o processo é o inverso: a tecnologia oferece e o mundo aceita. Enquanto um avanço tecnológico espalha-se pelo mundo, os peritos nos laboratórios de pesquisa e na pesquisa e nas empresas continuam

1 OLIVEIRA, J. F. de. T.I.C: tecnologias da informação e da comunicação. São Paulo: Érica, 2003.

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3AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

melhorando as condições de hardware e software para tornar o trabalho — e por que não dizer o ócio e o lazer — cada vez mais rápido, fácil e cômodo. 2

Desse modo, com a força transformadora das T.I.C. e a necessidade de nos adaptarmos como recursos humanos em interface com as tecnologias a novos modos de como executar nosso trabalho ou, ainda, nossas interações em plano pessoal com as T.I.C. se faz mister transformamos informação em ação e, é claro, em conhecimento.

Assim, para acompanharmos e interagirmos nessa dinâmica, precisamos enquanto profissionais reinventarmo-nos constantemente, ou seja, desenvolver nossas capacidades, mediante as possibilidades de criar que são proporcionadas e exigidas, em um processo contínuo de aprendizado.

Dessa forma, acreditamos que a sinergia entre recursos humanos e tecnológicos será alcançada. E, como consequência, os resultados (produtividade, agilidade em análises e tomada de decisão no gerenciamento administrativo e de informações, competitividade, conhecimento do meio, parcerias, grau de qualidade, etc.) serão maximizados.

Lembremo-nos do texto Como ter o cliente na mão, reproduzido no tópico II3 (página 27) de nosso estudo, no qual a bem-sucedida experiência da Network1 com um sistema de CRM (Customer Relationship Management) é relatada. Pois bem, nele temos um exemplo de como a otimização da tecnologia trouxe bons resultados para a empresa, que elaborou estratégias para a implementação do sistema na empresa, no qual fluxos de dados e informações, culturas e estratégias de trabalho e perspectivas sobre o relacionamento com os clientes foram renovados. Recursos humanos e de T.I.C. foram readequados às metas, aos anseios de atuação da empresa.

A otimização das tecnologias de informação e comunicação nas empresas é um processo de mão dupla entre as interfaces tecnológicas e os recursos humanos.

2 Id., Ibid., p. 221.3 BOTTONI, F. Como ter o cliente na mão. Canal info, São Paulo, n. 1, p. 23-31, p. 23-24, dez. 2004. (Ver no tópico II, pág. 27)

Recursos/ferramentas de tecnologias da informação e comunicação

Recursos humanosda empresa

afinação, interação efetiva entre as partes para otimização da tecnologia

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4 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Vamos conhecer, lendo um fragmento de reportagem veiculada na revista Information Week — Brasil, de 20 de junho de 2005, a experiência da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) ao proceder a implementação de seu sistema de Recursos Humanos:

Recursos humanos de bandeja

Sistema de autoatendimento descentraliza operações na CST

De qualquer computador conectado à internet, os 4,2 mil colaboradores da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), localizada na região da Grande Vitória (ES), podem fazer solicitação de férias, registro de horas extras, consultas ao contracheque, entre outros pedidos ao departamento de recursos humanos (RH) da companhia. Por meio de um sistema de workflow, os gestores validam as solicitações e registros dos funcionários.

A cultura de auto-atendimento em RH existe desde a década de 80, mas a empresa implementou recentemente o sistema via web. “Antes, cada usuário tinha que realizar as operações a partir de seu próprio micro ou de quiosques localizados em áreas estratégicas da companhia”, lembra Enilson Miranda, analista de desenvolvimento e implantação de projetos da siderúrgica.

Basicamente, Miranda e um coordenador da folha de pagamento desenharam o novo sistema baseado no anterior, acrescentando algumas funcionalidades. “Por exemplo, agora o próprio gestor pode determinar a pessoa que o substitui na validação das solicitações, quando ele tem que se ausentar por viagem de trabalho ou férias. Ele seleciona a pessoa que vai ficar no seu lugar, suas atribuições e o período em que ela ficará como substituta”, explica Miranda. “Antes, a equipe de tecnologia da informação (TI) tinha que mudar uma série de itens dentro do sistema, o que tornava o processo mais demorado e trabalhoso.”

O Portal RH, fornecido pela LG Informática, permitiu que a empresa reduzisse em cerca de 15 mil reais por mês os gastos com impressão e distribuição de holerites. “Os funcionários checam seus pagamentos pela web e, se achar conveniente, imprime”, afirma o analista. A ferramenta possibilita consultas a contracheques a partir de 1983.

Miranda não revela quanto investiu na solução, mas diz que gastou “metade do que gastaria para compatibilizar os sistemas antigo e novo”.

(...)4

4 VIOTTO, J. Recursos humanos de bandeja. Information Week — Brasil, Rio de Janeiro, n. 140, p. 34-35, p. 34-35, 20 jun. 2005.

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5AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

A partir da leitura do artigo acima, pense se na empresa em que você trabalha ou, mais especificamente, no departamento em que você atua os recursos de T.I.C. são utilizados de modo efetivo. Se você chegar à constatação de que são, avalie de que forma as T.I.C. têm conseguido ampliar resultados na empresa em que trabalha. Se chegar à de que não, de que forma você acredita que os recursos de T.I.C. poderiam ampliar resultados?

Podemos citar como exemplo de otimização a que a CST utilizou para a implementação de seu antigo sistema de RH, atitude que propiciou aos seus funcionários o uso eficiente e ágil do sistema e à empresa redução de custos, agilidade e eficiência na administração de recursos humanos. Essas conquistas e resultados foram proporcionados pela mudança de condutas, que entraram em consonância com as possibilidades oferecidas pelo sistema.

A EMPRESA DO FUTURO

Jayr F. de Oliveira declara que a combinação de cultura em evolução e novas possibilidades tecnológicas permite que se afirme que, no âmbito empresarial, a organização do futuro perderá contato com o papel em curtíssimo prazo.

E como tal mudança se dará? Vejamos.

Oliveira explica que a organização do futuro funcionará com base “no feedback digital e na disponibilidade da informação certa no lugar certo” 5. Se rememorarmos, mesmo que sumariamente, os tópicos do nosso estudo e os assuntos neles envolvidos, perceberemos que tal ocorrência não é impossível. Os sinais digitais se encarregarão disso, pois são eles que permitem que as informações trafeguem com a velocidade e o rigor necessários e exigidos pelas organizações. Sobre esse aspecto, Oliveira é taxativo: “Não há exceções.”6 E lembremos: já estamos vivenciando a era digital!

Tal transformação implicará que a gestão empresarial seja feita por executivos (CEOs ― Chief Executive Officer ― Gestores de negócios organizacionais) que tenham ampliado suas capacidades para trabalhar com o conhecimento. Ou seja, há a necessidade da otimização das pessoas da área de gestão.

Podemos inferir que o conceito de “organização inteligente” (a empresa que tem

5 OLIVEIRA, op. cit., p. 221.6 Id.

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6 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

como meta o conhecimento e não meramente o capital) alicerça esse raciocínio. Tal conceito foi criado por Arie de Geus, consultor holandês e autor do best-seller A empresa viva, que, em matéria publicada pela revista Exame, de fevereiro de 2004, afirmou que durante os últimos 50 anos o mundo dos negócios “passou da idéia do capital para a do conhecimento”.

‘Essa transformação explica o interesse pela aprendizagem que existe nas empresas já faz alguns anos”7, continua De Geus. Ele relata que os gerentes reconhecem que se suas empresas não conseguirem acelerar o ritmo da aprendizagem haverá estagnação de seu principal recurso e seus concorrentes irão superá-las.

Seguindo sua exposição, De Geus explica que, em termos econômicos, espera-se que a rentabilidade seja a primeira meta de uma empresa. Contudo, a adoção desse critério pode gerar conflito com a longevidade e a expectativa de vida das organizações, pois os valores mudaram: passamos do valor do capital para o do conhecimento; como pontua o autor.

Desse modo, há a necessidade de que os CEOs de organizações inteligentes ampliem suas capacidades para serem “trabalhadores do conhecimento”8, aptos a administrar, processar e redistribuir, de modo eficaz, o fluxo de informações.

Não obstante, a capacidade dos CEOs não será o único fator envolvido nesse processo. Outro fator importante são as ferramentas, as interfaces tecnológicas necessárias ao trabalho de gestão desses profissionais. Ou seja, a importância da via de mão dupla entre os recursos de T.I.C. e os recursos humanos, que vem sendo abordada aqui. Afirma Oliveira: “Sem elas [as interfaces de T.I.C.] não poderão fazer muita coisa, mas com elas certamente conseguirão exercer sua influência.”9

Esse processo cultural transcorrerá de modo lento, porém viável, na medida em que a geração de dirigentes se aproximar da dos dirigidos; tal brecha precisará ser diminuída. E Oliveira adverte que “ainda assim, alguns casos não poderão esperar condições ideais, porque para eles o momento certo é vital.”10

As organizações financeiras serão as primeiras a adotar o escritório sem papel, e isso por trabalhar com informação pura, caminho que já está sendo trilhado por alguns bancos e organizações do setor.

Para a concretização do escritório sem papel será fundamental a otimização do fluxo de informações, ou seja,

...no ambiente digital, gerar as alças ou circuitos de feedback (feedback loops) necessários para otimizar os resultados. Pode-se conhecer a opinião dos clientes, consultar os funcionários e receber informações externas de forma muito mais eficaz que até hoje, e, inclusive, em tempo real. E o mais importante é que

7 GEUS, A de. Otimize as pessoas. Exame, São Paulo, n. 38, p. 40-41, p. 40, 04 fev. 2004.8 OLIVEIRA, op. cit., p. 221.9 Id.10 Id.

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os resultados podem ser relacionados uns com os outros, ao mesmo tempo que é possível observar tendências, simular ações e prever seus possíveis efeitos sobre a realidade, o que no momento só é feito algumas poucas vezes por ano – e isso sempre por meio de intermediários.11

Em segunda instância, faz-se necessário levarmos em consideração, segundo Oliveira, os efeitos do mercado digital sobre as empresas, como as alterações advindas na forma de operação da bolsa de valores com a operação em rede. O autor conclui sua exposição com a afirmação de que o crescente número de pessoas interagindo no mundo eletrônico se relaciona com as mudanças de cultura e de pensar, e lança a seguinte pergunta:

Quem compraria um automóvel sem falar durante horas com o vendedor da concessionária, com um técnico conhecido ou com usuários fiéis? Hoje, mais de um terço dos compradores de automóveis visita, para começar, os sites na internet. Para quê? Para aproveitar uma de suas principais vantagens: dispor da informação necessária, digitalizada e devidamente organizada para permitir a comparação de ofertas, qualidade, serviços pós-venda e especificações técnicas.12

Ora, na reportagem sobre o sistema de autoatendimento de RH da CST temos o exemplo de uma iniciativa de gestão inteligente, na qual o corpo de gestores e funcionários da empresa interage com o sistema de informação de modo a acessar, prover e administrar o fluxo de informações sem a utilização do papel (mídia esta que é utilizada apenas se o funcionário considerar conveniente), apenas em meio digital.

A “organização inteligente” tem como foco inicial o valor do conhecimento. Por essa razão, a gestão do conhecimento e o ritmo da aprendizagem são otimizados pelos recursos das T.I.C. (meio digital), pois eles apoiam a gestão de informações e empresarial (pessoas e negócios), ampliam as capacidades das pessoas que trabalham com e que geram o conhecimento. Contudo, tal fluxo só se concretiza pela mudança das posturas e

11 Id., Ibid., p. 222.12 Id.

"Organização inteligente"

Mudança de cultura em gestão. Executivos com habilidades ampliadas para a gestão de informações e conhecimento.

Gestão do conhecimento por meio digital

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8 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

das culturas dos gestores da informação e do conhecimento.

Acompanhemos a seguir um fragmento das reflexões de Arie de Geus apresentadas no artigo Otimize pessoas, publicado na revista Exame, de 04 de fevereiro de 2004.

(...)

Se tivéssemos sabido para onde olhar já nos anos 50, teríamos podido ver a mudança de valor do capital para o conhecimento. Era visível no surgimento das empresas e sociedades escassas em ativos, mas ricas em massa cinzenta: auditorias, consultorias, agências de publicidade e editoras. No transcurso de uma ou duas décadas, até mesmo estas foram eclipsadas pelo crescimento explosivo das empresas de software e de tecnologia da informação. Todas essas organizações ricas em massa cinzenta não podem ser dirigidas com o velho estilo orientado para a disponibilidade de ativos. Seus gestores tiveram de mudar suas prioridades, em vez de operar companhias que otimizem pessoas. As pessoas nessas empresas são as portadoras do conhecimento e, em conseqüência, a fonte de todas as suas vantagens competitivas.13

A partir do que dialogamos até aqui, que relação poderíamos traçar entre a otimização de pessoas e tecnologias, no que se refere à geração e trabalho com o conhecimento como principal meta de uma organização? Que representatividade possui o elemento humano nessa relação? Na estrutura empresarial, as T.I.C., coadjuvantes que são do processo de construção do conhecimento, desempenham função apenas operacional ou também estratégica para a atuação de determinada empresa? Lembremo-nos da comunicação integrada que as T.I.C. proporcionam, que dinamiza e aprofunda o relacionamento com os clientes (internos e externos), fornecedores, parceiros, enfim, com o meio no qual uma empresa está inserida.

13 GEUS, op. cit., p. 41.

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Quando compramos livros on-line estamos nos utilizando de um recurso de autosserviço de um sistema de T.I. voltado ao comércio eletrônico, que dispensa a utilização de papel.

Com a globalização das informações e o acesso a ferramentas tecnológicas pelas empresas, o ponto-chave para o gerenciamento passa a ser o aproveitamento desses dois aspectos.

Os recursos tecnológicos propiciaram a solução de problemas relativos ao tempo e dinheiro, que afligem pessoas físicas e jurídicas. E para extrair os benefícios de tais plataformas, aspecto observado por Jayr de Oliveira, não basta que as organizações tenham em seu quadro de funcionários jovens hábeis na manipulação da tecnologia; também é necessário que os mais experientes se entusiasmem pelas ferramentas de T.I.C. e as aceitem.

Se isso não ocorrer, o líder precisará promover uma mudança de posicionamentos, de cultura, pois a empresa está imersa nesse meio eletrônico e digital que é a internet. O autor ressalta que não se trata de impor o mundo on-line à toda a organização como uma atividade voluntária, mas de reconhecer os colaboradores que estão em condições tanto de contribuir para a reformulação dos processos em tais termos quanto de defender a ideia e agir como instrutores das pessoas mais leigas. Conforme Oliveira, esta não é a única decisão a ser tomada antes da imersão nas T.I.; faz-se necessário ainda definir o processo de tomada de decisões.

Ilse Maria Beuren, em Gerenciamento da informação14, declara que “para aproveitar ao máximo o potencial da tecnologia da informação (TI), que é outro recurso interno da empresa, ela deve ser desenvolvida de modo a facilitar a elaboração de estratégias competitivas.”15

Quando acessamos a página do nosso banco para verificar o saldo e nossas aplicações financeiras ou fazer transferências de valores estamos economizando o tempo e o dinheiro que seriam despendidos para o nosso deslocamento até o banco, espera de atendimento e conclusão das necessárias movimentações da conta ou obtenção de informações.

14 BEUREN, I. M. Gerenciamento da informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 2000.15 Id., Ibid., p. 49.

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10 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Leiamos trecho do artigo de Cláudio Szajman, veiculado na revista Information Week — Brasil, de 20 de janeiro de 2005:

O poder da economia do auto-serviço

A tecnologia, inexorável, já avança às camadas mais profundas do tecido social em um grande número de países. O chip, cada vez mais acessível e presente no cotidiano, é capaz de realizar operações simples, que antes demandavam a interação entre duas pessoas. Isso conduz cada vez mais o ser humano para novos posicionamentos, como o auto-atendimento.

Tal realidade foi introduzida pelo setor bancário, que retirou os correntistas das agências para os quiosques de auto-atendimento, com o objetivo de reduzir os custos e agilizar as transações, seja por equipamentos de ATM (Automated Teller Machines) ou por internet banking. Hoje, passado o impacto inicial, acionamos tranqüilamente nossa conta corrente e a movimentamos sem interface humana, inclusive nos mais diferentes horários.

(...)

Outro setor que adotou o mesmo conceito é o supermercadista. As lojas, sejam elas mercados, supermercados ou hipermercados, estão cada vez mais automatizadas. Há estudos e até algumas aplicações em uso, nas quais o chip está presente nos produtos, como etiquetas inteligentes para serem lidas nos caixas eletrônicos, facilitando toda a

Recursos de Tecnologiasda InformaçãoRecursos Humanos

Metas AlcançadasEmpresa

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11AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

cadeia de abastecimento.

O telefone celular, o crachá no trabalho, o tanque de gasolina do automóvel e residências também são objetos ou circunstâncias em que um chip estará presente para armazenar informações e realizar operações. E a tendência é de uma ampliação crescente para abranger praticamente todas as atividades realizadas por pessoas de vários níveis sociais e culturais, promovendo uma espécie de inclusão digital.16

Imagine que você tenha recebido a incumbência de realizar uma pesquisa sobre determinadas matérias-primas que fazem parte da fórmula de um produto cosmético em desenvolvimento. Por onde você começaria? Pela internet, claro! Encontraria as propriedades cosmeto-farmacológicas das matérias-primas, lista de fornecedores em todo país e/ou exterior, que produtos no mercado já utilizam alguns dos componentes, tendências da área cosmética, entre outros aspectos.

Você se imagina fazendo tal levantamento de outra forma? E que outra forma lhe ofereceria a mesma agilidade, quantidade de informações e a um custo baixo se comparado aos deslocamentos e consultas a especialistas que precisaria fazer?

O universo virtual em expansão. A vida digital se desenvolvendo em velocidade astronômica. Por conta disso, mudanças têm sido provocadas, nos modos de gestão empresarial, ensino e trabalho. Esses aspectos são apontados no tópico “As empresas serão feitas para durar ou terão prazos de validade?” da matéria A sociedade da informação: de onde viemos já sabemos — mas para onde vamos mesmo?17, publicada no suplemento Odisseia digital, que integrou as revistas VIP, Web e Superinteressante. Acompanhemos o tópico abaixo:

As empresas serão feitas para durar ou terão prazo de validade?

A Revolução Digital mudou o modo de cobrar impostos, de gerir negócios, de empregar recursos, de ensinar e de trabalhar. Criou profissões novas e aposentou outras, por absoluta obsolescência. Desordenou setores econômicos inteiros e redesenhou os arraigados parâmetros de produtividade das empresas. Ninguém, há meros 20 anos, imaginava que a sua empresa, forte e sólida, poderia ser vendida naquela mesma tarde.

Noções como autoridade, poder e subserviência vão sendo substituídas por autonomia, integração e autodesenvolvimento. Mas tem empresa que não é assim? Tem, de monte. Mas elas não controlarão o próprio destino. Há 4 mil anos, já havia povos vivendo na idade do bronze, enquanto outros seguiam satisfeitos com a pedra polida. Quem conquistou quem, nem é preciso consultar as enciclopédias para saber.

No ambiente moderno, os funcionários sabem os procedimentos e estratégias da

16 ZAJMAN, C. O poder da economia do auto-serviço. Information Week — Brasil, Rio de Janeiro, n. 132, p. 38-39, p. 38-39, 20 jan. 2005.17 ODISSEIA DIGITAL. A sociedade da informação: de onde viemos já sabemos — mas para onde vamos mesmo?. São Paulo, s/n., p. 57-65, [20—].

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12 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

empresa. Os temidos chefões dos anos 60 (aqueles que carimbavam confidencial em sua correspondência e administravam através da sonegação de informações) são hoje expostos ao ridículo. Eles ainda sobrevivem aqui e ali e defenderão até a morte seu direito medieval de gerenciar. Mas os novos administradores, mesmo que venham a ser vítimas temporárias de sistemas arcaicos, têm a obrigação de se preparar para o mundo que virá e não para o que está em extinção.

Portanto, as empresas podem — como sempre puderam — durar para sempre, desde que se renovem. O que mudou foi a velocidade da renovação.18

Notamos que a otimização de pessoas é apontada pelo texto como essencial para a revolução digital dentro das empresas, aspecto sobre o qual viemos dialogando em nosso estudo.

Em tópico apresentado logo depois do citado acima, é apresentada a questão sobre qual a influência da internet nessa movimentação de renovação de modos de agir. E a resposta apresentada é “toda”, pois esse fenômeno se baseia no uso intensivo e ilimitado da comunicação interativa entre pessoas e empresas.

A rede mundial de computadores vem gerando riqueza e novos empregos e promovendo o crescimento econômico: “Melhor ainda, a internet cria desenvolvimento acelerado com inflação baixa.”19 Expansão também percebida por Jayr de Oliveira, que declara como tarefa difícil de ser concluída o rastreamento de novas empresas que surgem diariamente. O autor relata que adquiriu o hábito de dedicar algum tempo anualmente para “pensar no enfoque estratégico do setor e das empresas no futuro.’’20

E avalia oportuno o compartilhamento com seus leitores de algumas conclusões a que chegou com sua observação:

1. Altos e baixos: haverá muitos na “curva da web, porque um dos bens mais esquivos na internet é a rentabilidade. Até certo ponto, os investidores é que deverão descobrir quais as empresas que ocupam posições potencialmente rentáveis e defensáveis. Nesse meio tempo, e sem prejuízo dessa atividade, os consumidores continuarão a ser beneficiados pela internet”21;

2. Como essa revolução prosseguirá: na próxima década (o autor fala a partir de 2003) “essa revolução continuará trabalhando para nos livrar do papel e das prisões geográficas. A melhor maneira de avançar no bom caminho é fazê-lo da forma mais simples, facilitando o acesso à internet para a grande maioria das pessoas, a fim de que todas possam e saibam como usá-la. Na verdade este é um dos fatores limitantes subjacentes a toda essa euforia. Ainda que consigamos superá-lo, serão as próprias pessoas que, ao aproveitar a

18 Id., Ibid., p. 62.19 Id.20 OLIVEIRA, op. cit., p. 225.21 Id.

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13AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

rede, irão torná-la mais poderosa”22;

3. Duas forças principais da internet: “são a eficiência do fluxo de informações valiosas e o potencial do comércio eletrônico”23;

4. Interconexão: “empresas, indivíduos e governo deverão incorporar os avanços tecnológicos a suas respectivas realidades se ainda não o fizeram. A eficiência máxima depende da capacidade de interconexão”24.

Após conhecermos as conclusões a que chegou Oliveira, percebemos que o nosso estudo foi pontuando tais aspectos e necessidades ao longo dos tópicos apresentados por nós.

O mundo plugado orquestra ritmos, necessidades, resultados, recursos e exigências para que a interação entre as interfaces tecnológicas e o ser humano se dê de forma equilibrada, para que realidades (social, individual, corporativa, governamental) sejam inovadas de modo a obter como resultado o bem-estar social, a cidadania do indivíduo.

Trouxemos trechos da matéria de Renato Cruz, do jornal O Estado de São Paulo, de 17 de abril de 2005, para ilustrar o ritmo e os rumos da expansão do universo digital. A escolha dessa matéria se deu por ela apresentar exemplos da interferência cotidiana e resultados que o mundo digital, e nele o fenômeno da convergência, está trazendo não só para o âmbito empresarial (como é o caso das empresas prestadoras de serviços de T.I.), mas também para o social.

Aos 10 anos, internet acelera o crescimento e invade telefone e TV

Com acesso residencial em declínio, o maior desafio é ampliar a inclusão de pessoas de baixa renda ao mundo digital

Para alguns, parece que foi ontem. Para outros, que foi sempre assim. A internet comercial brasileira faz 10 anos e começa a engolir outros meios, como o telefone e a televisão. O chamado protocolo de internet (IP, na sigla em inglês) passa a servir de base para praticamente todo o tipo de serviço de comunicação.

Operadoras como a Telefônica e a Brasil Telecom preparam ofertas de TV via internet, para ser assistida não no computador, mas no próprio aparelho de TV. O provedor de internet iG lança esta semana telefonia pela internet. A TVA já oferece o serviço e a Net prepara-se para fazê-lo.

(...)22 Id.23 Id.24 Id.

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14 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Para Francisco Pinto, presidente no Brasil da Riverstone Networks, fabricante de equipamentos, as grandes operadoras brasileiras devem fornecer TV via internet já no ano que vem.

Há 10 anos, a internet era uma rede que usava a infra-estrutura de outros serviços, como a telefonia, para existir. Atualmente, torna-se mais e mais a principal infra-estrutura de comunicação, engolindo outras redes e permitindo que prestadoras de diferentes setores ofereçam todos os serviços, competindo entre si.

(...)

Hoje, a internet brasileira enfrenta o desafio de crescer, atendendo à população de baixa renda. De acordo com o Ibope NetRatings, o acesso residencial diminuiu no último ano. Em março de 2004 eram 20,5 milhões de brasileiros com internet em casa. No mês passado, o número ficou em 17,9 milhões. O governo federal tem uma série de programas para ampliar o acesso, mas, até agora, a maioria não saiu do papel.

“As políticas públicas de tecnologia estão desarticuladas”, afirma o diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), Cid Torquato.

(...)

Conhecimento

Como perguntou certa vez o poeta americano T.S. Eliot: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?” Onde está o conhecimento que perdemos na informação?”. A inclusão digital — esta expressão de gosto duvidoso, que permite leitura de duplo sentido — não depende somente de máquinas para acessar a internet. Cada pessoa precisa estar preparada para fazer um bom uso do que está disponível na rede. E não se trata somente de conhecimento técnico”.

“Algumas pessoa são analfabetas digitais”, afirma Edson Luis dos Santos, de 22 anos, coordenador do Telecentro Jardim Copacabana, da Prefeitura de São Paulo, numa das regiões mais pobres da cidade. “Sabem mexer no computador, mas não conseguem achar as coisas na internet. Não conseguem baixar um livro, encontrar uma revista ou mandar um currículo. Não sabem que podem resolver coisas com o governo via internet, sem ter de ir a uma repartição.”(...)25

25 CRUZ, R. Aos 10 anos, internet acelera o crescimento e invade telefone e TV. O Estado de São Paulo. São Paulo, 17 de abril de 2005. Economia, p. B6.

Page 15: Novas Tecnologias da Informação e Comunicação - aula 04

15AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

“Na era digital, a moeda forte de troca é a informação, acessível e universal. Independente da natureza da informação, a tecnologia necessária para transportá-la, editá-la ou armazená-la será a mesma e estará disponível em todo o mundo.”

Encontramos novamente no suplemento Odisseia digital um tópico que nos ajudará a pensar no mundo plugado.

Quais serão as grandes empresas desse novo tempo?

Globalizadas e conglomeradas, as empresas de comunicação, informática e eletrônica é que ditarão a tônica dos novos tempos. E todas as outras — de qualquer setor — farão parte desse imenso quintal cibernético; caso contrário se isolarão do mundo dos negócios.

Esse fenômeno de simbiose dos setores de comunicação, eletrônica e informática é algo que já surpreende, mas os limites da convergência dessa interconexão ainda não podem ser previstos. Uma das barreiras é (e será, durante algum tempo) o arcabouço legal e institucional de controle dessas empresas. As fronteiras físicas e os limites geográficos tenderão a desaparecer, e essa é uma idéia que certamente causa arrepios a muitos governos.

Parece incrível, mas o que está acontecendo agora, longe do alcance das autoridades, é a montagem de um sistema muito maior que a Comunidade Européia, a Alca e o Mercosul juntos. De certa forma, um sistema pelo avesso, onde primeiro os usuários definem as próprias regras e depois os governos correm atrás para tentar enquadrá-las dentre de suas políticas legais, tributárias e territoriais, até perceber que seus parâmetros de controle não se ajustam à nova realidade.

O desenvolvimento se dará como a história da lesma que, de dia, sobe quatro metros numa parede e, de noite, escorrega três. O avanço e o retrocesso caminharão juntos durante um bom tempo, mas a grande diferença é que a lesma digital é turbinada. Os conglomerados de informação tecnológica e as empresas conectadas a eles acabarão finalmente prevalecendo e se tornarão a força propulsora da economia do século 21.26

26 ODISSEIA DIGITAL, op. cit., p.64.

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16 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Após termos acompanhados juntos o que nos apresenta este subitem, expresse suas opiniões sobre o “ritmo diferente” provocado pela revolução digital. Ou seja, procure pontuar algumas transformações provocadas pelo fenômeno da interconexão digital na comunicação empresarial, nas rotinas/posturas de trabalho das organizações e no perfil do profissional, seja um gestor ou colaborador de uma organização.

Novamente, recorremos à uma matéria do jornal O Estado de São Paulo, de 17 de abril de 2005, para ilustrar a expansão digital das empresas e os reflexos que ela trouxe para o mundo dos negócios. Segue abaixo reprodução de trechos da matéria de Renato Cruz, apresentada no caderno de “Economia” do jornal.

Todas as empresas tornaram-se pontocom

Depois da depressão e da euforia, a rede mundial foi abraçada pelos mais diversos setores econômicos

Além dos 10 anos da internet comercial no Brasil, existe outra data importante a ser lembrada: o estouro da bolha de tecnologia fez cinco anos este mês. Em 14 de abril de 2000, a bolsa eletrônica Nasdaq caiu 9,67%.

O mercado continuou para baixo e, até o fim daquele ano, 370 empresas americanas de internet, de capital aberto, perderam 75% do valor, o que representou mais de US$ 1 trilhão em capitalização que sumiram em um só ano.

Como muito do dinheiro que veio para as empresas de internet brasileiras era estrangeiro, o estouro também teve efeitos devastadores por aqui. Cinco anos depois, passadas a euforia e a depressão, os negócios da internet vivem um momento de normalidade, onde riscos e chances de sucesso são quase iguais às do mundo físico.

“Hoje, a empresa que não faz negócios pela internet deixa de ser competitiva”, afirma Eduardo Nader, presidente do Mercado Eletrônico, especializado no comércio eletrônico entre empresas.

O Mercado Eletrônico — que tem como sócio o Citibank, GP Investimento e Opportunity, além dos fundadores — foi criado antes da internet comercial no Brasil, em junho de 1994. Apesar das dificuldades enfrentadas no período de 2000 e 2001, a

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17AULA 04 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NOS CENÁRIOS ECONÔMICOS E ORGANIZACIONAIS

empresa conseguiu manter-se no mercado e, de acordo com Nader, ficar no azul desde o começo do ano passado.

O que era chamado e-business tornou-se somente business. Aleksander Mandic — pioneiro da internet brasileira e dono de uma empresa especializada em correio eletrônico que leva o seu sobrenome — concorda com esta visão: “Quando abre uma empresa, ninguém pergunta se vai ou não usar água ou eletricidade. O mesmo acontece com a internet. Se não tiver e-mail, não tem jogo.” Para Mandic, a internet é umas das invenções que tiveram mais impacto no mundo. “Dividiu claramente uma era”, afirma. “Quase como o nascimento de Cristo”.

(...)27

FECHAMENTO DO TÓPICO

O diálogo instituído neste tópico, que conclui nosso trajeto de estudo sobre a presença e a representatividade das T.I.C. no contexto organizacional, procurou discorrer sobre as transformações comportamentais, organizacionais e do perfil profissional dos colaboradores de uma empresa em todos os seus níveis hierárquicos, desde o chão da fábrica até a cúpula de gestores de uma empresa.

Tais transformações exigiram e continuam a exigir sinergia entre os vários recursos envolvidos no processo de gestão de dados, informações e conhecimento e no da comunicação integrada no âmbito organizacional e social.

Percebemos que o poder da inovação das T.I.C. contribui para o autodesenvolvimento das pessoas e instituições, novas formas de relacionamento empresarial e interpessoal, crescimento nos resultados, agilidade nas tomadas de decisões, enfim, para o planejamento e efetivação de missões (empresariais) e carreiras profissionais.

27 CRUZ, R. Todas as empresas tornaram-se pontocom. O Estado de São Paulo. São Paulo, 17 de abril de 2005. Economia, p. B6.

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18 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

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CRUZ, R. Aos 10 anos, internet acelera o crescimento e invade telefone e TV. O Estado de São Paulo. São Paulo, 17 de abril de 2005. Economia, p. B6.

_____. Todas as empresas tornaram-se pontocom. O Estado de São Paulo. São Paulo, 17 de abril de 2005. Economia, p. B6.

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