novas soluções apensar na reabilitação - exponor · do banco europeu de investimento, o...

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Este suplemento faz parte integrante do Diário Económico n.º 4738 e não pode ser vendido separadamente 16 de Outubro de 2009 PROJECTOS ESPECIAIS Novas soluções a pensar na reabilitação Conheça todas as soluções e produtos criados a pensar na reabilitação urbana na feira Concreta, que decorre de 20 a 24 de Outubro, na Exponor, Porto. CONCRETA’ 09 24.ª FEIRA INTERNACIONAL DE CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

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16 deOutubrode2009

PROJECTOSESPECIAIS

Novas soluçõesa pensarna reabilitaçãoConheçatodasassoluçõeseprodutoscriadosapensarnareabilitaçãourbananafeiraConcreta,quedecorrede20a24deOutubro,naExponor,Porto.

CONCRETA’ 0924.ªFEIRA INTERNACIONALDECONSTRUÇÃOEOBRASPÚBLICAS

II DiárioEconómico Sexta-feira16Outubro2009

REABILITAÇÃOÉOGRANDETEMADE2009

[email protected]

Uma feira serve para apresentar novidades,para dar nas vistas. Entre corredores e stands aconcorrência tem a distância curta de poucosmetros. É já ali ao lado. E quem se conseguedestacar chamaasmultidões até si. Comaplan-ta da feira na mão, está pronto para conhecer aConcreta, feira deConstruçãoCivil eObras Pú-blicas que já vai na sua 24ª edição.A Exponor é a organizadora desta feira que,este ano, conta com 400 expositores num re-cinto de aproximadamente 35 mil metros qua-drados. Muitos negócios são gerados naquelesseis pavilhões durante quatro dias (20-24 deOutubro). Trocam-se cartões, os acordos ficamapalavrados e são concretizados já fora do re-cinto. Mas, para Joana Vila Pouca, directora dafeira, em termos quantitativos é muito difícilapurar quantos negócios são feitos em cada

Concreta. “Este processo nem sempre é ime-diato, pode a concretizaçãodeumnegóciopro-longar-se pormuitosmeses. Potenciamosmui-tas oportunidade de negócio, visto que o nívelde satisfação dos expositores centrou-se, em2007, em valores na ordem dos 75%”, diz a res-ponsável.

A reabilitação urbana foi o tema forte escolhidopara a edição da Concreta’ 09. A directora dafeira explica esta decisão pelo facto de ser “ur-gente a inversão do crescente movimento dedegradação do parque habitacional do paíspois, segundo estimativas recentes e confluen-tes, o segmento pode valer cerca de 28 mil mi-lhõesdeeuros enãoestá a ser aproveitado”.Mas o assunto está também no cerne do negó-cio das empresas destes sector. “A análise dasassociações do sector vê a reabilitação comoumdos instrumentosmais eficazes no combateà actual crise económica e na salvaguarda doemprego”, concretiza JoanaVilaPouca.

Feira estimamédia de50mil visitantesSão esperados 50 mil visitantes na feira, sendoque 800 destes serão estrangeiros, proveninen-tes de países tão variados comoAlemanha, An-gola, Argélia, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Di-namarca, Emiratos Árabes Unidos, Eslovénia,Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Líbia,Marrocos, Moçambique, Polónia, Rússia, Sér-via, Suíça,Tunísia,Turquia eUcrânia.Joana Vila Pouca afirmou, ao Diário Económi-co, que foramconvidados “mais de 100 compra-dores”, um número que, este ano, poderá equi-parar-se aos 180compradoresconvidadosnaúl-timaedição, em2007.As áreas mais fortes da feira são os materiais,equipamentos e serviços ligados à reabilitação,eficiência energética e sustentabilidade e I&D.Em 2007, última edição do certame, verifica-ram-se 58mil visitas. Questionada sobre asmu-danças deste certame face a 2007, a directoraresponde com uma “estratégia amontante e ju-sante, compostaporuma investidaemquadran-tes distintos, desde o pedagógico científico,passando pelo desenvolvimento e estímulo dosmercadosedeparcerias comerciais e terminan-dono incentivo à inovação”.Além do congresso chamariz deste ano, sob otítulo “Reabilitar.Habitar”, há lugar para o Con-curso Artes & Ofícios que promove as profis-sões e os futuros profissionais da área da cons-trução. E há também o Prémio Concreta De-sign, quepretende incentivar a produçãonacio-nal aliada à inovação e ao design. Joana VilaPouca salienta ainda “o estabelecimento de re-lações comerciais de sucesso, na captação decompradores de diversos mercados emergen-tes e emcrescimentoeconómico”.■

RENOVAROPARQUEURBANO é instrumento eficazno combate à crise e na salvaguarda do emprego.

Mais de 100 compradores foramconvidados para este feira.São esperados 50mil visitantes,800 dos quais estrangeiros.

Materiais, equipamentose serviços ligados à reabilitação,eficiência energética esustentabilidade e I&Dsão as áreas fortes da Concreta.

DESTAQUE

DE

CONCRETA2009

TintasCIN: cores apensarna reabilitação■CINCarso e CIN Eralit são as soluções quea empresa do sector de tintas e vernizes vaiapresentar a pensar na reabilitação urbana.Os produtos destinam-se à recuperação defachadas. As tendências de cor para o próximoano vão ser tambémapresentadas pela CIN quese assume como “a primeira empresa de tintasnomercado nacional a desenhar todos os anosnovas sugestões, coloridas e inspiradoras”.

RECERcria cerâmicainspiradanominimalismo■Transparência é uma das propostas da Recerque “exalta as potencialidades damatériacerâmica e contribui para que tudo pareçamaior emais leve”. A correnteminimalistacontinuamas agoramais insinuante.A série Planitum é ideal para arquitecturasmaismodernas, para revestir edifícios e elementosde equipamento urbano, e a linha Luxuryé sóbria eminimal, assinada por Ana Salazar.

Cinca apostananaturezaegrandes formatos■Anatureza é o tema que inspira a Cinca querepensou amadeira em cerâmica para que osclientes usufruamdas vantagens da cerâmicamas “coma beleza de umproduto natural”.Pelas suas características, o produto adapta-sebemaos exteriores sem tratamento preventivo.Vai tambémpromover a linha Adamastor,direccionada para grandes formatos, detipologia cimento, seguindo a tendência actual.

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Sexta-feira 16Outubro2009 DiárioEconómico III

A reabilitação urbana é o tema da CON-CRETA deste ano e terá suporte numgrande congresso, intitulado «Reabilitar.Habitar». Durante dois dias alguns dosprotagonistas de vários segmentos e, pe-rante meiomilhar de interessados, apro-fundará as particularidades deste pro-missor efluentedaconstruçãoqueéa re-novaçãodoedificado.É generalizada a opinião que a reabilita-ção éumdos instrumentosmais eficazesno combate à actual crise económica ena salvaguarda do emprego, segmentoeste que poderá valer cerca de 28milmi-lhõesdeeuros.No campo da política de incentivos, quehá muito se justificava, acaba de serdado um novo passo. O Instituto da Ha-bitação e da Reabilitação Urbana(IHRU) acaba de ser autorizado peloGoverno, para que seja contraído juntodo Banco Europeu de Investimento, oempréstimo no valor de 150 milhões deeuros, segundo um despacho publicadoemDiário daRepública.É incumbência do IHRUassegurar ama-terialização da política definida peloGo-verno no âmbito da habitação e da reabi-litaçãourbana.Este empréstimodestina-se ao financiamento do projecto IHRUReabilitação Urbana II, com o objectivode financiar parcialmente as operaçõesde renovação e reabilitação urbana, se-gundo fontesdoGoverno.

A construção de habitação de custoscontrolados, a reabilitação de edifíciospara finshabitacionais e aerradicaçãodebarracas existentes nas áreas metropoli-tanas de Lisboa e Porto ao abrigo dosProgramas PROHABITA, são as rubri-cas abrangidaspor esteprojecto.Acrescido aos incentivos públicos, aReabilitação carece de legislação ade-quada, bem como medidas orientadaspara aspectos essenciais ao seu funcio-namento, como é o caso da agilizaçãodos procedimentos de licenciamento edecisão, da criação demeios de financia-mento específicos e da correspondênciada lei das rendas.As expectativas sobre este assunto sãoenormes, uma vez que, o Governo intro-duziu certas medidas positivas visandoestimular a reabilitação. Por norma rea-bilitar é mais custoso do que edificar denovo, pelo que se reveste de extrema im-portância a politica de financiamento egeraçãode incentivosparaoefeito.As empresas expostas na 24ª edição daFeira InternacionaldaConstrução, vãoapresentar soluções inovadoras para aárea da reabilitação urbana, da requa-lificação e renovação, aposta que asmesmas consideram de grande po-tencial de crescimento para os anosvindouros. ■

Reabilitarna Concreta

OPINIÃO/JOANAVILAPOUCA,DIRECTORADA FEIRA

A reabilitação é um dosinstrumentos mais eficazesno combate à actual crise

económica e na salvaguardado emprego, segmento esteque poderá valer cerca de28mil milhões de euros.

Secil revolucionaisolamento térmico■Asua nova palete de 32 sacos de 25 kg decimento branco é apenas umadas novidadesque aSecil irá apresentar. Destaque ainda para a“revolucionária solução de isolamento térmicopelo exterior através doRebocoTérmicoprojectado Isodur“, comoexplicou LuísaGruner,do departamento demarketing da empresa. Eainda os novos pavimentos decorativos,personalizáveis ao nível da textura e da cor.

Sanitana comsoluçõesoriginais e inovadoras■ ASanitana, uma das referências nomercadoquando se fala em espaços de banho, estarána feira com várias novidades. “Em todosos segmentos de produto haverá uma apostaforte na originalidade e inovação. Uma novasérie de banho, novas banheiras, colunas dehidromassagem e torneiras farão certamentecativar a uma visita ao nosso espaço”, diz RuiNunes, CommunicationManager da Sanitana.

Foramresponsáveis pelo projectoNewMuseumofContemporaryArt deNova Iorque(foto2) e especula-se que serãio os próximosPritzker. KazuyoSejimaeRyueNishizawa(foto4 ), a dupla de arquitectos da conhecida empresa japonesaSANAA, irão discursarno congresso “Realizar. Habitar”, depois de teremganhooconcurso internacional donovoEdifícioMultifuncional daFundaçãodeSerralves. Este projecto, avaliadoem25milhões deeuros e cuja construção terminará em2012, será umdos temasemdebateno congresso. TambémEduardoSoutoMoura (foto3 ), arquitecto produtor deinfluências e tendências daescola de arquitectura doPorto fará uma intervençãonopainel da tarde (15 h) doprimeiro dia (21/Out) doCongressoConcreta.

ARQUITECTOS FALAMSOBREREABILITAÇÃO

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Fotos:DR

IV DiárioEconómico Sexta-feira 16Outubro2009

APOIOSDO IHRUSão quatro os apoiosfinanceiros do IHRU.ORECRIA financia aexecução das obras derecuperação de imóveisdegradados.ORECRIPHapoia aexecução de obras deconservação nas partescomuns de edifícios. OREHABITAé umaextensão doRECRIA eapoia a recuperação dezonas urbanas antigas.O SOLARH realizaobras de conservaçãoemhabitações própriaspermanentes ou deinstituições desolidariedade social.

Inê[email protected]

“A reabilitação ‘a sério’ em Portugal ainda estápara começar”. A afirmação é de Vítor Cóias,presidentedoGrémiodasEmpresasdeConser-vaçãoeRestaurodoPatrimónioArquitectónico(GECoRPA),paraquemtodososesforços feitosaté agora no sentido de dinamizar o sector, sejaatravésdosváriosprogramasdeapoio financei-ro disponibilizados pelo Instituto de Habitaçãoe Reabilitação Urbana (IHRU) seja através dosincentivos fiscais não têm surtido grande efeitoface àsnecessidades reais do sector.Osnúmeros falampor si.Deacordocomas “Es-tatísticas da Construção e Habitação” publica-das pelo INE “em 2008, foram concluídos53.600 edifícios em Portugal sendo que destes,cercade 10.700correspondemaobrasdealtera-ção, ampliação e reconstrução, o que significaque cerca de 20,1% das obras concluídas respei-tamà reabilitaçãodoedificado”.Os números divulgados pelo INE são equipará-veis aos do Euroconstruct, referidos por VítorCóias, que situam na ordem dos 20% o peso dareabilitação urbana em Portugal. No entanto,estes valores são relativos apenas ao sector dahabitação. Em termos globais, o peso real dareabilitação “representa cerca de 7,4% do totaldo sector da construção, contra 29% em Espa-nha e 36% na média europeia”, alerta Manuel

Reis Campos, presidente da Associação dos In-dustriais da Construção Civil e Obras Públicas(AICCOPN) adiantando que este “é um valorbastante reduzido que, ao contrário do que se-ria expectável, continua em queda”. Reis Cam-pos dá, como exemplo concreto, a produção dosegmento de construção de habitação que, des-de 2002, “apresenta umaquebra real acumulada

que supera já os 40%” enquanto, nomesmo pe-ríodo, “o licenciamento das obras de reabilita-çãocaiu 31%”.

Abordar a questãode forma integradaQuando questionados sobre a eficácia dos pro-gramas de apoio financeiro à reabilitação urba-na ou incentivos fiscais previstos nos últimosOrçamentos de Estado, tanto o presidente doGECoRPA como o da AICCOPN, falam em in-suficiência enecessidadedeajustamentos.Na opinião de Reis Campos, omais importanteé “abordar a questão da reabilitação de formaintegrada”, considerando uma série de factoresinterdependentes como sejam os problemas domercado de arrendamento, da captação de in-vestimento, do financiamentodas operações dereabilitação, da burocracia relativa ao licencia-mentodeobras, etc.A este respeito, o presiden-te da AICCOPN dá como exemplo “os 390 milcontratos de arrendamento anteriores a 1986,cuja reabilitação é inviável do ponto de vistaeconómico, dados os custos da reabilitação e aimpossibilidade legal deajustar as rendas acon-diçõesnormaisdemercado”.Umasituaçãoque,na opinião deste responsável, não se resolverá“enquanto o Estado não assumir o papel socialque lhe compete, apoiando os inquilinos caren-

ONOVOREGIMEJURÍDICO poderá não conseguir dar resposta amuitos dos aspectosfundamentais necessários à criação de um verdadeiromercado de reabilitação.

Reabilitação urbana continuaaquém das necessidades do país

“O peso da reabilitação emPortugal representa cerca de 7,4%do total do sector da construção,contra 29% em Espanha e 36% namédia europeia”, diz Manuel ReisCampos, presidente AICCOPN.

Sexta-feira 16Outubro2009 DiárioEconómico V

BrunoBarbosa

Manuel ReisCampos,presidentedaAICCOPN

■ A falta de dinamismo daReabilitação urbana é umproblema complexo, queexige abordar um conjuntode factoresinterdependentes, queconsidero fulcrais parainverter a situação actual.É necessário ultrapassar osconstrangimentos existentesao nível domercado dearrendamento, da captação de investimento,do financiamento das operações dereabilitação, da burocracia do licenciamentoe da existência de uma reduzida cultura dereabilitação. A revisão da Lei das Rendas,a desburocratização dos procedimentosadministrativos e a criação de linhas de créditopara a reabilitação são alguns exemplos demedidas necessárias para que se possa invertera tendência de declínio dos centros urbanos.

TeresaNovais,presidentedo conselhodirectivodaOASRN

■ A reabilitação necessita que os seus agentes(políticos, promotores e proprietários, entreoutros), consciencializemo facto que aantecipação, programação e avaliação dedicadapara cada caso de intervenção é determinantenasmais-valias a atingir do ponto de vistapatrimonial, social e económico. Estaconsciencialização é valorizar o projectorealizado por equipas pluridisciplinares,que se concertampara umobjectivo comum:propiciar novas e boas vidas no edificado e/ouespaço intervencionado, aceitando o desafiode preservar a identidade do existentee, simultaneamente, responder a padrõesde conforto cada vezmais exigentes.

JosédeMatos,secretário-geral daAPCMC

■ Omaior problemada reabilitação, do pontode vista técnico e comexpressão nos custos,é amaior exigência deconhecimento e a falta deexperiência damaioria dosprofissionais que trabalhamno sector. O facto de durantemuitos anos só se terconstruído de raiz, conduziua que escasseiemos profissionais devidamentehabilitados. Quando assim acontece, o preçosobe. Para além disso os erros e defeitoscometidos na concepção, no planeamento e naexecução das obras fazemaumentar os custos,as demoras e as queixas. Quando estemercadoatingir uma dimensãomínima razoável, oscustos da reabilitação tornar-se-ão claramenteinferiores aos da construção nova.

ciados edeixandoomercado funcionar”.É também com alguma reserva que estes doisresponsáveis encaram o recentemente aprova-do regime jurídico da reabilitação urbana.VítorCóias considera que a nova lei poderá ser posi-tiva “desde que as administrações central e lo-cal consigammobilizar os recursos financeirospara pôr em prática as medidas que esta tornapossíveis”, mas salienta a “grande injustiça” dealgumas dessas medidas, como seja a possibili-dade de venda forçada de edifícios. Reis Cam-pos consideramesmoque a nova reforma é “in-completa” e que aquilo que está emcausa não éo que esta contém, “mas simoquenão contem-pla”, adiantando que, para que esta tenha eficá-cia “é necessário dar resposta a diversos aspec-tos fundamentais para a criação de um verda-deiromercadode reabilitação”.

Falta de técnicos especializadosDoponto de vista técnico, a reabilitação urbanaemPortugal debate-se ainda comumproblemamuitoconcreto.ComoescreveVítorCóiasnumartigopublicadonositedoGECoRPA, reabilitaredifícios “exige abordagens, metodologias, ma-teriais e técnicas muito diferentes da constru-ção nova”. O mesmo artigo alerta para o factode que, “nos últimos anos, a reabilitação tem

sido vista pelas empresas como uma ‘tábua desalvação’ para o sector da construção” e refereque “o baixo nível organizacional e técnico dosector da construção e a ausência de qualifica-ção dos seus recursos humanos não é compatí-vel com o grau de exigência de um vasto con-juntode intervençõesde reabilitação”.A opinião é corroborada por José deMatos, se-cretário-geral da Associação Portuguesa deMateriais de Construção (APCMC) que chamaa atenção para o facto de, muitas vezes, os cus-tosmais elevados dos processos de reabilitaçãoteremmais a ver comos erros técnicos cometi-dosdoquecomopreçodosmateriaisutilizadose lembra que, no caso de uma obra de reabilita-ção as soluções construtivas são, “antes demaisnada, uma questão técnica em que o conheci-mentoé fundamental”.TeresaNovais, presidente doConselhoDirecti-vo Regional do Norte da Ordem dos Arquitec-tos, refere a importância de as equipas projec-tistas teremacessoaumasériedeestudospreli-minares, como sejam “levantamentos arquitec-tónicos, diagnósticos do estado de conservaçãodo construído, das infraestruturas existentes, eestudos históricos e arqueológicos, quando ne-cessários”, para melhor poderem definir a es-tratégiadoprojecto.■

A campanha de valorizaçãoda oferta nacional“Portugal. AMinha PrimeiraEscolha” vai marcarpresença na Concreta.O objectivo é captaraderentes do sector daconstrução civil à iniciativa“COMPROo que é nosso”,que a AssociaçãoEmpresarial de Portugaltem vindo a dinamizarnos últimos anos.

SABIAQUE...

■ OQUEDIZQUEMCONHECEOMERCADONACIONAL

O licenciamentodas obras de reabilitaçãocaiu desde 2002

31%■ 2008O númedo de edifíciosreabilitados emPortugalsegundo o INE

10.700edifícios

■ 2002

Zonas antigas são espaços de grande potencialpara a reabilitação. Na imagem, a Foz do Porto.

VI DiárioEconómico Sexta-feira 16Outubro2009

“Reabilitar.Habitar” é o nomeescolhido para o congresso cartazda feira Concreta. Marcado para osdias 21 e 22 o congresso estádividido em4 painéis. No dia 21,entre as 09h30 até às 18h00, serádebatido o tema “Arrendamentourbano: Reabilitação esustentabilidade e legislação” eainda a reabilitação de infra-estruturas, de pontes, promoção damobilidade, transportes e logísticana região norte emetro do porto.No dia 22, os painéis dedicam-seao financiamento de projectos dereabilitação, nas questões fiscais ena partilha de ‘case-studies’.Decorre das 10h00 ás 18h30.Gianni Carbonaro, representante dodo Banco Europeu de Investimento,

será um dos oradores do 3º painel,apresentando do ProgramaJESSICA. Nos termos dos novosprocedimentos, os Estados-membros podem agora utilizaruma parte das ajudas nãoreembolsáveis recebidas da UEno âmbito dos Fundos Estruturaispara realizar investimentosreembolsáveis em projectosinscritos num plano integradode desenvolvimento urbanosustentável. Estes investimentos,que podem tomar a forma decapitais próprios, de empréstimos,e/ou de garantias, sãoconcretizados pormeio de fundosde desenvolvimento urbano (FDU)e, se necessário, por fundosholding.

■ AMBIENTEECONSTRUÇÃOCIVIL:OSDESAFIOSNuma feira de Construção e Obras Públicas não podia faltar a reflexãosobre o Ambiente na Construção Civil. Este é precisamente o temaque deu origem ao seminário que se propõe perceber que desafiose que oportunidades se colocam. O seminário, da organização daAssociação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais,estámarcado para o primeiro dia da feira - dia 20 de Outubro -e irá decorrer na Sala A6 das 09h30 às 16h40.

O tema está na ordem do dia. Reabilitar é, porisso, o grande chamariz para a 24ª edição da fei-ra Concreta, a decorrer na Exponor, de 20 a 24de Outubro. A reabilitação urbana é um negó-cio com um potencial de 28 mil milhões de eu-ros emPortugal.O certame é visto como um “palco de negóciosalémfronteiras” comodefineaExponorporqueos negócios são cada vezmais globais. Os gran-des ‘players’ estão lá todoseaConcreta, à seme-lhança de edições anteriores, leva à feira maisde 100 compradores e decisores internacionais

de empresas líderes nos seus países. Rússia,China, Japão, Turquia, Cazaquistão, Letónia,Bulgária, Polónia, Líbia, Tunísia, Argélia, Ango-la, Moçambique, Dinamarca, Uruguai, CaboVerde, Espanha, Irão, Israel, Itália,África doSul,Lituânia,MarrocoseSuécia foramosmercadosconvidados.Alémda reabilitação, o sector irá reflectir sobremuitos outros temas que fazem parte do seu‘core-business’. Falar-se-à deAmbiente eda for-ma como aConstrução pode reduzir o impactoambiental dos seus edifícios, mas também do

que se pode simplificar ou inovar com novastecnologias. Haverá lugar de destaque tambémpara aprofundar conhecimentos em áreas maisespecíficas dentro deste ramo. Exemplo disso éo seminário sobre a qualidade do ar interior - edequecomoosmateriais de construçãopodemconstribuir para esse fim- ou o workhop sobreobras emaço levegalvanizado.Não faltará o tema Segurança contra incêndiosem edifícios, contando para isso com o contri-buto da Associação Portuguesa de SegurançaElectrónica edeProtecção Incêndio. ■ A.C.A.

DE20A24OUTUBRO,AEXPONORRECEBE a 24ª edição da Concreta, uma feirapara profissionais do sector da construção civil e obras públicas, no Porto.

Conheça os eventos emdestaque

■REABILITAR.HABITAR

Ocongresso decorreno dia 21 no auditórioA1 e no dia 22no auditórioA8.Nasessão de aberturaconta com Paulode Almeida, vice--presidente da AEP.

■ OQUEPRECISADESABERSOBRECONTRATAÇÃOPÚBLICATambém para o dia 20 de Outubroestá agendado o seminário“Regras da contratação públicanas empreitadas de obras públicas”.O tema será discutido no Auditório A3,das 14h30 às 17h30, sob organizaçãoda Exponor/Concreta e Engº Matos e Silvaem colaboração com aATMJ - Sociedadede Advogados e com a Secção deEspecialização de Geotecnia da Ordemdos Engenheiros.

■ ASOPORTUNIDADESNOMAGHREBOprimeiro dia de feira começa comuma conferência dedicada ao “Maghreb -Oportunidades de Construção, ObrasPúblicas e Infra-Estruturas”. Com inícioàs 10h30, no Auditório B4, o tema à voltadestemercado comum será debatido atéàs 13h00, sendo uma iniciativa da Câmarade Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa.Argélia, a Tunísia, a Líbia, Marrocose Mauritânia são os Estados-membrosque constituem oMaghreb.

Como é que a construção pode sermais amiga do Ambiente?

■ MAISEFICIÊNCIAENERGÉTICA

Cada vezmais se ouve falar deeficiência energética e cada vezmais ela passa a estar integradanos projectos de construção.A Associação Portuguesa dosComerciantes de Materiais deConstrução leva esta realidadea debate através do seminárioque organizou para dia 23 deOutubro: “Eficiência Energéticaem Edifícios - Soluções paraa Construção e Reabilitaçãotem início às 8h30 e terminaàs 13h00 no Auditório A3.

■PRÉMIOSCONCRETADESIGN’09

A entrega dos Prémios ConcretaDesign’ 09 vai decorrer no dia 21,pelas 10h00 no Auditório A1.Tem como objectivo incentivara qualidade de produtos de designcom carácter inovador nacional,estimulando o espíritode competição namelhoriaqualitativa dos produtosutilizadas no sector daconstrução e divulgar atravésde um reconhecimento públicoas inovações apresentadase premiadas.

Oatelier holandêsMarcKoehlerArchitectjá desenvolveumuitos projectos de casas sustentáveis.

■ CLUSTERHABITATSUSTENTÁVELOCluster Habitat Sustentável vai serapresentado na Concreta pelo Profº VítorFerreira da Universidade deAveiro. Decorre dia24, na Sala A6, das 10h30 às 12h30.O cluster Habitat Sustentável foi reconhecidono âmbito do concurso do QREN para oreconhecimento de pólos de competitividade eclusters, cuja candidatura decorreu emOutubro/2008. AAssociação Plataforma paraa Construção Sustentável foi assumida comoa entidade gestora deste cluster. A ideia éestimular os processos de inovação ecompetitividade com as empresas e demaisentidades do Cluster Habitat Sustentávelatravés do trabalho em rede. As entidades quese identifiquem comoCluster, na expressão dasua actividade económica e social, podemobter benefícios pelo enquadramento na EECdo Cluster Habitat Sustentável.

■ LIVRO“Territórios Reabilitados” é o nome dolivro Concreta deste ano, colocando aproblemática da reabilitação no centrodo debate actual. Vai ser lançado dia 21,pelas 10h, no Auditório A1, em simultâneocom a entrega dos Prémios Design’ 09.O livro tem 264 páginas e será posto àvenda nas livrarias com umPVP de 45euros. É coordenado pelos arquitectosFátima Fernandes e Michele Cannatà.

Sexta-feira 16Outubro2009 DiárioEconómico VII

infografia:SusanaLopes|[email protected]

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