novas perspectivas para a gestão metropolitana o papel do ... · o modelo metropolitano é...

15
Novas perspectivas para a gestão metropolitana O papel do Governo Federal

Upload: nguyenthuan

Post on 22-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Novas perspectivas para agestão metropolitana

O papel do Governo Federal

Urbanização Brasileira• Forte ampliação do número de municípios a partir de

1988, em geral com menos de 20 mil hab.• Consolidação de aglomerações urbanas em todas

regiões• As 9 RMs criadas na década de 70 viram o número de

seus municípios integrantes passar de 117 em 1980 para189 em 2003

• O Censo de 2000 contou 23 RMs estabelecidas. Apósessa data, em 2002, foram criadas mais duas RIDEs(Petrolina-Juazeiro e Teresina) e Santa Catarina crioumais 3 RMs. Em 2003 foi criada a RM João Pessoa.

• Ao todo conta-se hoje 29 RMs somando 361 municípios,incluindo suas áreas de expansão e colares.

As características da urbanizaçãobrasileira definem impasses na gestão das

metrópoles

O modelo metropolitano é impactado pelomodelo Centro - Periferia

?Maior parte da população não tem acesso àCidade?Crescimento por expansão horizontal e não por

adensamento?Ocupação de áreas periféricas, distantes e/ou

ambientalmente frágeisCidade Capital (Centro) X Cidades Periféricas

Metrópoles no Brasil

?No território metropolitano os efeitos dos processosde segregação socioespacial se expressam demaneira mais contundente .?Nas metrópoles, vastas áreas são constituídas por

espaços completamente desprovidos de urbanidade,oportunidades e possibilidades, sobretudo nos demaismunicípios.?Os municípios sedes apresentam dinâmicas

socioespacias distintas dos demais municípios quecompõem as regiões metropolitanas.

De maneira geral, as metrópoles concentram ariqueza e a pobreza do país.

0

10

20

30

40

50

60

Fortaleza Recife Manaus Salvador Belém RIDE –Brasília

BeloHorizonte

Rio deJaneiro

São Paulo Curitiba Porto Alegre

Percentual de Indigentes, 2000 Percentual de Pobres, 2000

O forte crescimento periférico das RMs está associado a saldosmigratórios negativos nas sedes, que acumulam carências e

precariedades

RM Municípios Pop 2000 TGCA 1991-2000

Maior TGCA na RM

Belém 5 1.795.536 2,79 Ananindeua 14,5%

Fortaleza 13 2.984.689 2,44 Horizonte 7,1%

Recife 14 3.337.565 1,50 Ipojuca 3%

Salvador 10 3.021.572 2,14 Lauro de Freitas 5,6%

Belo Horizonte 33 4.349.425 1,19 Esmeraldas 6,2%

Rio de Janeiro 19 10.894.156 1,17 Marica 4,6%

São Paulo 39 17.878.703 1,64 Vargem Gde Paulista 8,4%

Porto Alegre 28 3.658.376 1,60 Eldorado do Sul 4,9%

Metrópoles no Brasil

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00

Belém (Sede)

Demais Municípios

Belo Horizonte (Sede)

Demais Municípios

Curitiba (Sede)

Demais Municípios

Fortaleza (Sede)

Demais Municípios

Porto Alegre (Sede)

Demais Municípios

Recife (Sede)

Demais Municípios

Rio de Janeiro (Sede)

Demais Municípios

Salvador (Sede)

Demais Municípios

São Paulo (Sede)

Demais Municípios

TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL NAS SEDES E NOS DEMAIS MUNICÍPIOS DAS PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLITANAS. 1991-2000

Características da metropolizaçãoBrasileira

Década de 70 até meados dos anos 80? Implantação das metrópoles a partir do Estado central? Política e Planejamento Urbano central, tecnocrático e

autoritário?Metrópoles como entes estratégicos do projeto nacional? Fortes investimentos para a modernização dos circuitos da

produção comandados pelas metrópoles.? Inexistência de diálogo ou qualquer cooperação entre

municípios e esfera metropolitana

Início do Desenvolvimento Corporativo privilegiando setores esegmentos e da fragmentação do espaço intra-urbano e

regional

Características da MetropolizaçãoBrasileira

Segunda metade década de 80 e anos 90?Redemocratização + crise fiscal do Estado?Crítica aos modelos de Política e Planejamento Urbano

central e autoritário?Municípios ganham maior autonomia como entes federativos? Política metropolitana torna-se incumbência dos Estados? Flexibiliza-se diferentes formatos institucionais para as RMs

sem que se garanta os recursos

Esvaziamento institucional, político e financeiro dos órgãosmetropolitanos. Conflitos de interesses entre municípios.

Metrópoles. Gestão e Concertação

?A fragilidade dos aspectos políticos, financeiros einstitucionais da gestão vêm impedindo que haja umpacto social e territorial nas regiões metropolitanas.?No entanto, o obstáculo maior é de natureza política,

do ponto de vista do poder, mais do que do ponto devista de organização institucional.

?A criação e a gestão metropolitana, conforme o desenhoconstitucional de 1988, é uma atribuição dos estados .?Em cada estado foram adotados critérios e modelosdistintos. Ex: BH e seu Colar e Santa Catarina?Na maior parte das RMs há participação dos Estados?Estruturas “teóricas” de paridade?Fundos metropolitanos inexistentes ou frágeis?Algumas ações setoriais concertadas em saneamento,transportes e recursos hídricos?Planejamento e controle do uso do solo normatizados,porém não implementados.

Novos arranjos de planejamento egestão compartilhada. Desafios

• Em consonância com os princípios de autonomia edescentralização, deve-se aumentar a eficiência e a eficáciados investimentos do Governo Federal, articulados com asdiretrizes dos governos estaduais e municipais.

• O objetivo é enfrentar o tema de forma integrada, namedida em que envolve uma repactuação federativa:– Estabelecendo um novo marco de ação e cooperação intermunicipal,

e– Integrando as ações e investimentos situados em distintos setores e

escalas de governo.

• A participação popular em instâncias regionais é algoinovador e que está em marcha rumo a um novo modelo degestão democrática.

Problemas de ordem da pactuaçãofederativa

Cooperação horizontal (entremunicípios)

e vertical (estado/união)

X

Competição predatória

DESAFIOSInstituir / fortalecer / estimular formas de cooperação supra-municipal.

?fortalecimento dos consórcios,?institucionalização de formas de gestão democrática ecompartilhada entre entes federativos e sociedade,?introdução de perspectiva regional no planejamento e nagestão urbana.?Fortalecer formas de gestão intermunicipal existentes:câmaras regionais, comitês de bacias, fóruns regionais,consórcios.