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NOVA IMPRENSA Fone: (37) 3322-4000 - Site: www.novaimprensa.inf.br - E-mail: [email protected] - a GAZETA DO OESTE R$ 1,50 Formiga, 07 de março de 2003 Ano 07 N o 316 Frase K.F.Morgan - Ecologista americano REAÇÃO POPULAR “Proteja o verde de nossos dólares” Município prepara concurso público Secretário garante: ‘realização de concurso ocorrerá ainda no primeiro semestre’ O Secretário de Admi- nistração, Carlos Alberto Sales, acredita que, prova- velmente no decorrer de abril, no mais tardar em maio, o município estará realizando um concurso público para preenchimen- to de vagas na área de Edu- cação. Segundo o secretário, os atuais contratos temporári- os vencem em julho, e, até lá, é preciso que o concur- so já tenha sido realizado, e o município formalizado to- das as contratações dos aprovados. A organização e realiza- ção do concurso serão a custo zero para a municipa- lidade, de vez que, segundo a proposta da FUOM, que se encarregaria do processo, as taxas de inscrição banca- riam todos os custos. Carlinhos acredita que, com o sucesso deste primei- ro concurso, o município te- ria condições de, até o final do ano, promover outros para o preenchimento de cargos nas demais áreas da administração municipal. Para o secretário, as nor- mas seguidas serão as que hoje estão em vigor, no que tange ao plano de carreira, já que o novo plano, entre- gue ao governo no dia 28/2, impõe limites mínimos que, se colocados em prática, in- viabilizariam o município economicamente. Carlinhos pretende en- tão propor ao Prefeito que, primeiramente, se façam os concursos a partir da área educacional, que, para ele, é a mais crítica. Depois, gra- Tudo isto aconteceu na cida- de, apesar das medidas preventi- vas adotadas pelas autoridades e pelo trabalho policial desenvolvido e que envolveu centenas de pes- soas. Os baderneiros não perderam a chance de, covardemente, ‘deto- narem’ equipamentos públicos como orelhões, lixeiras, postes com placas indicativas, bancos de jardim, árvores e outros, ou de agredirem violentamente os por eles escolhidos como vítimas. Das 19 horas da sexta-feira, dia 28/2, às 7 horas do dia 03/3, a Polícia Militar local registrou 135 Boletins de Ocorrência. A P.M. Rodoviária registrou em sua área de atuação 6 aciden- tes que resultaram em 9 vítimas, sendo 8 leves e uma grave. Na avaliação do Sub. Ten. Alexandre, o tráfego com relação a 2002 au- mentou em 20%, e isto ocorreu em função do maior atrativo do Lago de Furnas (represa cheia) e da ausência de chuvas. O registro de maior destaque ficou por conta de um motorista de caminhão boia- deiro, desta cidade de Formiga, que, embriagado, ao cruzar a BR 354 no trevo do Engenho de Ser- ra, imprudentemente, abalroou um veículo Gol de Itabuna/BA, provo- cando ferimentos leves em uma vítima. Ele foi preso em flagrante e o veículo e a CNH, apreendidos, conforme determina a lei. O Pronto Atendimento Munici- pal, na Santa Casa, bateu todos os Quem achou que era de graça, pagou! Se tudo for apurado convenientemen- te, pode ser que muita gen- te boa venha a pagar mais caro ainda. O que parecia um con- vite (cortesia), simples- mente se transformou em apelo de marketing. Quem Pimonte: “mais um mico para a coleção 2003” queria aprender, ensinou. Quem queria usufruir, só olhou. E depois de muito cansaço e de frustração, res- ta agora o esclarecimento das dúvidas sobre o que, por que, por ordem de quem e para quê funcionários públi- cos deixaram de cumprir sua jornada de trabalho, para se deslocarem até o Parque Hotel Pimonte, próximo à cidade de Oliveira. Muitos deles, ao menos dentre os que aparecem na foto pu- blicada pelo próprio jornal oficial, nada têm a ver com o setor de turismo deste município. Pág. 10 Violência, vandalismo e outros exageros cometidos durante o carnaval dativamente, se corrigiria as demais, enquanto paralela- mente caminhariam as ne- gociações com o Sindicato e demais partes interessa- das, discutindo-se as modi- ficações que venham a pos- sibilitar a implantação de um novo “Plano de Carrei- ra” para os funcionários municipais, anseio maior e promessa de campanha. Placa derrubada (serviço de vândalo) Muito gole e pouca responsabilidade resultaram nisso aí Neste carnaval, os índices de acidentes de trânsito nas rodovias federais do país ca- íram em relação ao ano pas- sado. Também, a presença do Exército nas ruas do Rio de Janeiro inibiu a ação de vân- dalos, predadores e badernei- ros e o número de afogamen- tos, no litoral, nos rios, ca- choeiras e lagoas, igualmen- te diminuiu em virtude da ampla divulgação de campa- nhas de prevenção. Porém, em locais antes pacatos, como era considerado este município de Formiga, este ano houve um homicídio consumado, tentativas, e até furtos em áreas de rancho destinadas à prática de cam- ping em clubes da região de Furnastur. As coisas se com- plicaram, nos colocando como partícipes de estatísti- cas pouco recomendáveis. Um pai de família, Clei- no Lázaro de Oliveira, 38 anos, foi barbaramente as- sassinado na madrugada de domingo para segunda-feira. Na madrugada de quarta- feira de cinzas, por volta de 1:30h, dois desafetos se en- contraram e Fábio Jr. Costa acabou esfaqueando Marce- lino Teixeira, conhecido como Ganso, que se encon- tra internado em estado que inspira cuidados. Ganso se esvaindo em sangue, é socorrido pela equipe médica de plantão no local do show Um menor, como sempre ocorre, assumiu a autoria do crime cometido contra Clei- no, livrando “a cara” de seus companheiros, participantes da covarde empreitada. recordes, tendo registrado de sex- ta a quarta-feira, cerca de 688 con- sultas que envolveram 1.619 pro- cedimentos. Suturas (22), gesso (3), curativos (17) e inúmeros ou- tros como: administração de me- dicamentos, observação de dados vitais, aplicações de soro, pacien- tes em observação, etc. Verificados os dados acima descritos, acreditamos que é hora de repensarmos sobre esta histó- ria de bailes públicos e de saber- mos se, de fato, a população ordei- ra, está disposta a arcar com tais prejuízos e ainda se arriscar, como aconteceu com a família que viu seu “chefe” ser morto covarde- mente, apenas porque um pai de família cumprira o dever de defen- der sua filha, agredida por um in- sano qualquer. A cidade de Piumhi, por exem- plo, através do Departamento Mu- nicipal de Turismo, promoveu o Polifolia, no Centro Poliesportivo local, oferecendo transporte gratui- to para os foliões e segurança que contou, inclusive, com a presença de um grupamento de bombeiros, deslocado da cidade de Passos, e de equipes de apoio, portando detectores de metais e várias câ- meras de vídeo que, igualmente, foram utilizadas para registro e controle comportamental dos foli- ões, estando também disponibili- zadas e prontas para entrar em ação, equipes de saúde e ambu- lâncias, além, é claro, da presen- ça ostensiva das polícias. Fotos: Fernando Lopes

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NOVA IMPRENSAFone: (37) 3322-4000 - Site: www.novaimprensa.inf.br - E-mail: [email protected] - a GAZETA DO OESTE

R$ 1,50Formiga, 07 de março de 2003Ano 07 � No 316

FraseK.F.Morgan -

Ecologista americanoREAÇÃOPOPULAR “Proteja o verde de nossos dólares”

Município prepara concurso públicoSecretário garante: ‘realização de concurso ocorrerá ainda no primeiro semestre’

O Secretário de Admi-nistração, Carlos AlbertoSales, acredita que, prova-velmente no decorrer deabril, no mais tardar emmaio, o município estarárealizando um concursopúblico para preenchimen-

to de vagas na área de Edu-cação.

Segundo o secretário, osatuais contratos temporári-os vencem em julho, e, atélá, é preciso que o concur-so já tenha sido realizado, eo município formalizado to-

das as contratações dosaprovados.

A organização e realiza-ção do concurso serão acusto zero para a municipa-lidade, de vez que, segundoa proposta da FUOM, quese encarregaria do processo,

as taxas de inscrição banca-riam todos os custos.

Carlinhos acredita que,com o sucesso deste primei-ro concurso, o município te-ria condições de, até o finaldo ano, promover outrospara o preenchimento decargos nas demais áreas daadministração municipal.

Para o secretário, as nor-mas seguidas serão as quehoje estão em vigor, no quetange ao plano de carreira,já que o novo plano, entre-gue ao governo no dia 28/2,impõe limites mínimos que,se colocados em prática, in-viabilizariam o municípioeconomicamente.

Carlinhos pretende en-tão propor ao Prefeito que,primeiramente, se façam osconcursos a partir da áreaeducacional, que, para ele,é a mais crítica. Depois, gra-

Tudo isto aconteceu na cida-de, apesar das medidas preventi-vas adotadas pelas autoridades epelo trabalho policial desenvolvidoe que envolveu centenas de pes-soas.

Os baderneiros não perderama chance de, covardemente, ‘deto-narem’ equipamentos públicoscomo orelhões, lixeiras, postescom placas indicativas, bancos dejardim, árvores e outros, ou deagredirem violentamente os poreles escolhidos como vítimas.

Das 19 horas da sexta-feira,dia 28/2, às 7 horas do dia 03/3, aPolícia Militar local registrou 135Boletins de Ocorrência.

A P.M. Rodoviária registrouem sua área de atuação 6 aciden-tes que resultaram em 9 vítimas,sendo 8 leves e uma grave. Naavaliação do Sub. Ten. Alexandre,o tráfego com relação a 2002 au-mentou em 20%, e isto ocorreu emfunção do maior atrativo do Lagode Furnas (represa cheia) e daausência de chuvas. O registro demaior destaque ficou por conta deum motorista de caminhão boia-deiro, desta cidade de Formiga,que, embriagado, ao cruzar a BR354 no trevo do Engenho de Ser-ra, imprudentemente, abalroou umveículo Gol de Itabuna/BA, provo-cando ferimentos leves em umavítima. Ele foi preso em flagrantee o veículo e a CNH, apreendidos,conforme determina a lei.

O Pronto Atendimento Munici-pal, na Santa Casa, bateu todos os

Quem achou que era degraça, pagou! Se tudo forapurado convenientemen-te, pode ser que muita gen-te boa venha a pagar maiscaro ainda.

O que parecia um con-vite (cortesia), simples-mente se transformou emapelo de marketing. Quem

Pimonte: “mais um micopara a coleção 2003”

queria aprender, ensinou.Quem queria usufruir, sóolhou. E depois de muitocansaço e de frustração, res-ta agora o esclarecimentodas dúvidas sobre o que, porque, por ordem de quem epara quê funcionários públi-cos deixaram de cumprir suajornada de trabalho, para se

deslocarem até o ParqueHotel Pimonte, próximo àcidade de Oliveira. Muitosdeles, ao menos dentre osque aparecem na foto pu-blicada pelo próprio jornaloficial, nada têm a ver como setor de turismo destemunicípio.

Pág. 10

Violência, vandalismo e outros exageroscometidos durante o carnaval

dativamente, se corrigiria asdemais, enquanto paralela-mente caminhariam as ne-gociações com o Sindicatoe demais partes interessa-das, discutindo-se as modi-

ficações que venham a pos-sibilitar a implantação deum novo “Plano de Carrei-ra” para os funcionáriosmunicipais, anseio maior epromessa de campanha.

Placa derrubada (serviço de vândalo) Muito gole e pouca responsabilidade resultaram nisso aí

Neste carnaval, os índicesde acidentes de trânsito nasrodovias federais do país ca-íram em relação ao ano pas-sado. Também, a presença doExército nas ruas do Rio deJaneiro inibiu a ação de vân-dalos, predadores e badernei-ros e o número de afogamen-tos, no litoral, nos rios, ca-choeiras e lagoas, igualmen-te diminuiu em virtude daampla divulgação de campa-nhas de prevenção. Porém,em locais antes pacatos,como era considerado estemunicípio de Formiga, esteano houve um homicídioconsumado, tentativas, e atéfurtos em áreas de rancho

destinadas à prática de cam-ping em clubes da região deFurnastur. As coisas se com-plicaram, nos colocandocomo partícipes de estatísti-cas pouco recomendáveis.

Um pai de família, Clei-no Lázaro de Oliveira, 38anos, foi barbaramente as-sassinado na madrugada dedomingo para segunda-feira.

Na madrugada de quarta-feira de cinzas, por volta de1:30h, dois desafetos se en-contraram e Fábio Jr. Costaacabou esfaqueando Marce-lino Teixeira, conhecidocomo Ganso, que se encon-tra internado em estado queinspira cuidados.

Ganso se esvaindo em sangue, é socorrido pela equipemédica de plantão no local do show

Um menor, como sempreocorre, assumiu a autoria docrime cometido contra Clei-

no, livrando “a cara” de seuscompanheiros, participantesda covarde empreitada.

recordes, tendo registrado de sex-ta a quarta-feira, cerca de 688 con-sultas que envolveram 1.619 pro-cedimentos. Suturas (22), gesso(3), curativos (17) e inúmeros ou-tros como: administração de me-dicamentos, observação de dadosvitais, aplicações de soro, pacien-tes em observação, etc.

Verificados os dados acimadescritos, acreditamos que é horade repensarmos sobre esta histó-ria de bailes públicos e de saber-mos se, de fato, a população ordei-ra, está disposta a arcar com taisprejuízos e ainda se arriscar, comoaconteceu com a família que viuseu “chefe” ser morto covarde-mente, apenas porque um pai defamília cumprira o dever de defen-der sua filha, agredida por um in-sano qualquer.

A cidade de Piumhi, por exem-plo, através do Departamento Mu-nicipal de Turismo, promoveu oPolifolia, no Centro Poliesportivolocal, oferecendo transporte gratui-to para os foliões e segurança quecontou, inclusive, com a presençade um grupamento de bombeiros,deslocado da cidade de Passos, ede equipes de apoio, portandodetectores de metais e várias câ-meras de vídeo que, igualmente,foram utilizadas para registro econtrole comportamental dos foli-ões, estando também disponibili-zadas e prontas para entrar emação, equipes de saúde e ambu-lâncias, além, é claro, da presen-ça ostensiva das polícias.

Fotos: Fernando Lopes

Formiga - 07 de março de 20032 NOVA IMPRENSAEDITORIAL

Opinião

ALISSON GUIMARÃ[email protected]

Falar de nepotismo éalgo que arrepia a quasetodo mundo. Aqui nestacidade, arrepia, porexemplo, a mim, quandoimagino que mais de95% dos componentes denosso Poder Legislativomantêm no próprio po-der, no Executivo ou emautarquias por eles con-troladas, um razoável nú-mero de parentes, o que ésim, nepotismo.

Aliás, se observarmosbem, o próprio prefeito,vice e alguns de seus se-cretários são adeptos des-ta “moderna maneira deadministrar”, muito di-fundida nos meios políti-cos, e que, também aqui,faz com que a renda fa-miliar, salários e diáriasse agreguem, como ou-tros valores advindosdestes ‘agregados’ quevêm se multiplicandoano a ano.

Aqui nesta redaçãopensamos em fazer umamatéria, inicialmente

prevista para se intitular“Os Filhos do Poder” mas,logo descobrimos que fi-lhos, sobrinhos, esposas,irmãos, substitutas legaisou ilegais de esposas legí-timas, ilegítimas e de ou-tras categorias menos co-muns, são tantos que, mu-damos de idéia. Não maisfaremos este artigo. Opta-mos por editar uma listaem ordem alfabética paraser distribuída proxima-mente aos nossos leitores,contendo nomes, endere-ços, salários, o que fazem,e como fazem para que ospagantes de impostos pos-sam vir a dar preferência aestes ilustres e abnegadosfuncionários, sempre queestiverem que recorrer aoserviço público.

É a prática das “gran-des famílias”. Hoje, ape-nas um vereador mantémno Executivo nada menosque quatro de seus pimpo-lhos.

É uma farra. O pior éreconhecer que nós mes-

mos, da imprensa, quasecrucificamos um secretá-rio porque sua esposa e fi-lhos dispunham de passeslivres nos coletivos queservem a população destacidade. Comparativamen-te, o cara poderia até serencarado como “santo”.

Agora, exatamente emcima do carnaval, numareunião daquelas do tipo“feita nas coxas”, 11 vere-adores, alguns do baixo euma boa parcela dos quepertencem ao alto clero,querem que seus saláriossejam reajustados em nadamenos do que 9,06% rela-tivos à reposição de 2001e 13,88% referentes a2002 (INPC).

Segundo eles, tudo deacordo com súmula doTribunal de Contas do Es-tado de Minas Gerais.Acho até que se é assimmesmo, eles deveriam, in-clusive, exigir os atrasa-dos, pois afinal de contasé justo e legal, e eles jámostraram isso, todos,

sem exceção, trabalham emuito em favor do povodesta cidade.

Somos até de opiniãoque tal benefício deveriase estender ao prefeito,vice, secretários e outrosabnegados senhores que,valorosa e incansavelmen-te, arriscam suas vidas poruma única razão: servirema nós outros, súditos que,por desígnio de Deus, fo-mos escolhidos para esco-lhê-los e, uma vez assimagindo, deveremos susten-tá-los para sempre. A elese aos seus (deles).

E tem mais: É precisodarmos ‘Graças ao Se-nhor’ pelo apetite tão re-freado de nossos políticoslocais. Lá em Brasília, porexemplo, os federais, sob apresidência do PT, (aquitambém tem petista de altalinhagem exigindo au-mento), obtiveram umapequena ajuda de mais35,65% sobre a Verba deGabinete que saltou de R$25,8 mil para R$ 35 mil;

de 53,6% no salário quefoi de R$ 8.280 para R$ 12mil e de mais 40% na ver-ba de correio, passagensaéreas, auxílio paletó e de71,4% na verba de repre-sentação, que saltou de R$7 para R$ 12 mil.

Sem reclamações, poisos nossos aqui sequer têmgabinete, portanto, nãopossuem a tal verba equanto à representação,bem, neste tocante eles re-presentam sim, a todosque neles votaram, inclu-sive você, seu burro!

Mas não se sinta ofen-dido. Segundo James Wat-son e um montão de gene-ticistas e biotecnólogos: aburrice é genética, Por-tanto, não se sinta culpa-do! Pense na mãe, na avó,no pai,... (todos seus, nãonos deles).

Ah, também é precisoque você saiba que um es-tudo desenvolvido poruma dupla de biólogas fin-landesas concluiu que asFORMIGAS operárias pa-

recem tratar com maiorcuidado os ovos e larvascom os quais têm paren-tesco. O estudo é dos pri-meiros a mostrar quenem mesmo os insetosestão livres da prática donepotismo, algo previstopela teoria evolutivacomo sendo ‘seleção porparentesco’.

Portanto, viva a Câ-mara! Saudemos os au-mentos de salários. Re-gogizemo-nos com todosos que, por parentesco,somam-se a esta grandefamília e, finalmente, pa-guemos nossos impostose taxas com um sorrisonos lábios na certeza deque somos a principalpeça que escolhe, elege ecoloca no poder estes ca-ras todos!

E se a burrice, confor-me comprovado, é gené-tica, não nos esqueçamosque em breve teremoseleições, e com elas maisuma oportunidade de osreelegermos, a todos eles!

Formiga, nepotismo e burrice andam juntas

Os torcedores corintia-nos se lembram com tris-teza quando o Corinthi-ans ficou 23 anos sem sercampeão paulista. Anda-ram dizendo que haviaum sapo enterrado no Par-que São Jorge, lugar emSão Paulo onde está asede do clube. Isso signi-ficava que era problemade macumba, feitiço, es-sas coisas.

Então, pensando aqui,eu e meus botões, que di-abos será acontecem noMinistério da Justiça?Será que tem sapo enter-rado lá? Por que, em anose anos, a violência só au-menta? Com o decorrerdo tempo, o povo só con-segue se preocupar mais...

Esse Ministério ou se-ria “Mistério” (do gêneroe não a atual gestão) pro-vavelmente seja o princi-

pal culpado pela existên-cia do termo “um Brasilde contrastes”. É isso quepode resumir o nosso paísem um único parâmetro,do ponto de vista de nos-sa fama, lá fora. O Brasilé conhecido mundialmen-te por ser uma terra de fes-ta, de um povo animado,retratado principalmenteno Futebol e no Carnaval.Seu principal cartão pos-tal para o mundo, o Rio deJaneiro, nas últimas se-manas viveu momentosde pânico (como se issofosse novidade) com aten-tados por todos os lados;correria, um inferno caó-tico!

Foi lá, no Rio de Janei-ro, há muito tempo, quecriou-se a cultura do “ma-landro”, para o qual o tra-balho é uma atividadedesprezível, onde o “es-perto” é aquele indivíduoque vive sem fazer nadaporque consegue enganaro outro. Ninguém pensouque quanto mais “esper-

tos” possam existir emuma sociedade, por outrolado, haverá também, os“trouxas”, aqueles quecumprem a lei.

A violência que assolao Rio é gritante e já pas-sou dos limites desde queminha avó andava de bi-cicleta. Uma pessoa (se éque ele pode ser assimchamado) como o Fer-nandinho Beira-Mar, éum desses “espertos” comos quais a sociedade semal-acostumou. Ele co-manda, manda e desman-da seus capachos espalha-dos pelo Brasil ou sabe-selá pelo mundo afora, dedentro dos presídios co-nhecidos como de “Segu-rança Máxima”, que seassim fossem mesmo, nãoo teriam mandado paraSão Paulo. Outra atitudeequivocada! Depois queas autoridades do governocarioca o mandaram em-bora, acharam que estavatudo resolvido, só que elefoi para outro presídio,

um dos tais de “Seguran-ça Máxima”, então...

Aí dizem: “Ah! O Rioé festa, é alegria, temos omaior estádio de futeboldo mundo, temos o me-lhor carnaval do mun-do...”. Pois é, quem dizisso pode até estar corre-to, mas deve considerartambém que o mesmo Riotem as maiores e mais pe-rigosas favelas do mundo.Enquanto faço esse brevecomentário deve ter mor-rido uma penca de pesso-as por lá, pois aquela éuma cidade com umamédia de assassinatosenorme, o que equivale-ria, por exemplo, a umaguerra.

Creio que o problemada violência (agora não sófalando do Rio e sim doresto do país, inclusiveaqui por nossas bandas),está centrado, sem dúvi-da, em nossa lei frágil eerrônea, que facilita aí, ocampo de atuação de ou-tros tipos de “malandros”,

onde esses tais não ma-tam, mas ferem.

Não sei qual motivoimpede os nossos gover-nantes de mudá-la. Talvezeles estejam vivendo des-sas brechas da lei, ondeencontram outros “ma-landros” que ganham avida com elas. Esses ma-landros seriam, por exem-plo, os advogados, juizese outros (lógico, a mino-ria expressiva) que atuamsobre nossa “Lei Pra BoiDormir” e, com ela fortee rigorosa, provavelmen-te perderiam uns troca-dos, principalmente osextras. Igual raciocíniopara quem as propõe e asaprova!

Onde termina a lei, co-meça a tirania... Imaginoque a lei começou quandoos homens das cavernasdescobriram que era pés-simo viver na incerteza deque outro iria invadir suacaverna e roubar sua mu-lher ou lhe roubar a caçadepois de trabalhosa cap-

tura. Assim, foram sendocriados direitos para aspessoas, para que elas fi-cassem protegidas. Cadaum deveria respeitar ooutro para também serrespeitado, de modo que avida de todos se tornassemais fácil.

Hoje, todos nós passa-mos a conviver com a fal-ta de civilidade. Entramosna selvageria sem perce-ber. Ficar a mercê da ban-didagem, chegou a serconsiderado como algonatural. E é difícil de mu-dar, se não mudarmos,principalmente, a cabeçadas autoridades.

A convivência com al-guém fora-da-lei já nãomais parece fazer malefí-cio algum, já que os fora-da-lei dão até emprego eproteção.

Viver em um país comuma lei tão falha nos traza confiança (ou seria des-confiança) de que, se con-tinuar assim, tudo irámudar... para pior!

Onde termina a lei, começa a tirania

Formiga - 07 de março de 2003 3NOVA IMPRENSA

PAULO J. RAFAEL *[email protected]

* Jornalista, professor universitá-rio de Jornalismo, doutorando em

Ciências Políticas e Administra-ção Pública pela American World

University of Iowa, Iowa (EUA).

Bandeira branca

Querida Vovó,

ZÉ IVO

O Reino de Momo foi celebra-do sob as mais densas nuvens. Aameaça inquietante dos EstadosUnidos em deflagrar guerra contrao Iraque a qualquer momento tirou,em parte, o suposto brilho destafesta brasileira mundana. Aliás,guerra e carnaval têm tudo a ver.Em ambos os casos, só terá suces-so aquele que estiver com o diabono couro. Isto é, “do jeito que o dia-bo gosta” diz o adágio popular.

Falando de guerra, o que sepoderia dizer aqui, que alguém jánão tenha dito. Provavelmente, amelhor definição sobre a guerra énos dada por Karl Von Clausewitz(1780-1831), segundo a qual “aguerra não passa da continuaçãoda política por outros meios”. Clau-sewitz diz, metaforicamente falan-do, que a guerra é comparada nafilosofia política, a um jogo de es-tratégia (como o xadrez); na filoso-fia escatológica, a uma missão ouao desfecho de um drama; na filo-sofia cataclísmica, a uma explo-são ou a uma epidemia.

Há fortes argumentos sociaiscontra a guerra. A defesa pela pazmundial dos pacifistas são as maisdiversas possíveis, dizem eles:Não é a melhor maneira de solu-cionar disputas humanas. Um riode sangue humano tem sido dei-xado no séqüito das guerras, e nocurso da história. Males de todosos tipos resultam da guerra; afome, a crueldade e a morte.

É verdade! Só durante a Se-gunda Guerra Mundial, houve um

total de mais de 30 milhões de solda-dos mortos, não se incluindo aí osmais de 20 milhões de civis mortos.Ora, se sabemos de antemão os efei-tos nefandos das guerras, pergunta-se por que fazê-las? Por que existemas guerras entre as nações? Quaissão os interesses em fazer guerras?As guerras são necessárias?

Já nos tempos de República dePlatão, pessoas que pensavam re-conheciam que o desejo pelo luxoera a base da guerra. Platão escre-veu: “Não precisamos dizer ainda sea guerra faz o bem ou o mal, mas so-mente que desco-brimos sua origemnos desejos (pelasriquezas) que são afonte mais frutíferados males, tantopara os indivíduosquanto para os esta-dos... Todas asguerras são trava-das por amor à obtenção do dinhei-ro”. São Tiago, Bispo da igreja pri-mitiva em Jerusalém, em sua epís-tola, corroborando com o pensa-mento platônico, diz: “De onde pro-cedem guerras e contendas, que háentre vós? De onde, senão dos pra-zeres que militam na vossa carne?Cobiçais, e nada tendes; matais einvejais, e nada podeis obter; viveisa lutar e a fazer guerras”.

Os muitos males da guerra sãobem conhecidos, e não é necessárioalongar-nos sobre o assunto aqui.

O concomitante da guerra émorte e a destruição. A fome a pes-te freqüentemente resultam da guer-ra também. Talvez não haja manei-ra de estimar a tristeza, a dor, e atémesmo a crueldade e a tortura em

função da guerra.Se não bastassem as mazelas

usualmente vinculadas à guerra,ainda surge a esperteza de algunslíderes políticos com suas especu-lações econômicas. Agora mesmo,ao sinal do presidente Bush em ata-car o Iraque, o chefe da Casa Civildo então líder trabalhista e defensordos pobres e oprimidos, Lula, se-nhor José Dirceu, tentando justificaros cortes feitos pelo seu governoque retiram da área social cerca deR$ 5 bilhões, saiu-se com essa: “Opaís (Brasil) está preparado para apossibilidade de guerra e que, nes-sa hipótese, não haveria mais cor-tes”. É obvio que quem vai pagarparte da conta advinda da supostaguerra entre EUA e Iraque somosnós os povos do mundo inteiro, no-tadamente, os que vivemos sob oimperialismo norte-americano. Afi-nal, a conta sobra sempre paraquem está na sapata (base) da pi-râmide social.

Para que mais guerras? Per-gunta um patrício, do alto da sua sa-

piência cabocla.Não basta a fomeque mata aos mon-tões e essa misteri-osa doença desco-nhecida de nomeAIDS “síndrome deimunidade deficien-te adquirida” que setornou um, dentre

outros, componente grave dos de-sastres que afligem o mundo?

Pois bem, é nesse clima mun-dial de agonia e desespero que mi-lhares de brasileiros viveram o rei-no de Momo, em plena folia, e só pa-raram na “quarta-feira, ingrata, decinza”.

O carnaval hoje, no Brasil, en-volve grandes negócios e altos con-sumos que vão desde as drogas in-distintamente, ao gigantesco empre-endimento de produção de camisi-nhas. Os meios de comunicação noBrasil divulgam, distribuem e incen-tivam o uso de preservativos (cami-sinhas). A medida é polêmica. A igre-ja católica, por exemplo, é contra adistribuição por achar que é um in-centivo a mais à prostituição. Outros

setores da sociedade radicalizamao afirmarem que: Quem quisertransar com segurança que com-pre a sua própria “camisinha”. Ocerto é que a incidência de AIDSapós o carnaval deve aumentargrandemente. Mas, o bom sensopede que providências sejam to-madas com o uso de “camisinhas”,pois esta doença fatal já deixauma trilha espantosa de morte. NaÁfrica de hoje, a AIDS deixou deser uma epidemia, pois se tornouuma pandemia. Isto quer dizer quea epidemia tornou-se incontrolá-vel, uma praga assoladora deâmbito global. Instituições quepesquisam o grande mal do pre-sente século, dizem numa proje-ção otimista que pelo ano 2010 onúmero total de casos pode ultra-passar 40 milhões de homens,mulheres e crianças infectadascom AIDS.

Outro fator gritante na festa demomo brasileira é que os governosestaduais e municipais falidossubsidiam parte das despesas daspequenas e grandes escolas desamba. Ai deles se não o fizerem!Serão taxados de anticulturais eoutros adjetivos não publicáveis.“É de fazer chorar...”

O carnaval é uma guerra. Se-ria bom que fosse somente umaguerra competitiva, do melhorsamba-enredo, da melhor porta-bandeira, da melhor bateria, dosmelhores adereços, enfim. Masnão é! O carnaval, há muito, dei-xou de ser uma festa folclóricapara ser o que é hoje, uma grandee nefasta orgia que infelicita mui-tos adolescentes e jovens nosquadrantes da nação brasileira.

Num mundo assim, mutável,imprevisível, cheio de contradiçãoe freqüentemente destrutivo, caibem a velha marchinha carnava-lesca: “Bandeira branca... eu peçopaz.”

“Guerra e carna-val têm tudo a ver.Em ambos os ca-sos, só terá su-cesso aquele queestiver com o dia-bo no couro.”

Mais um carnaval passou nasnossas vidas, e eu fiquei morrendode saudades do tempo que Formi-ga tinha uma festa momesca dig-na, não essa mulambada de ban-da baiana do Paraguai. Mas dei-xando isso pra lá, quero responderas últimas missivas recheadas deum humor sarcástico e verdadeiro.

Após quatro dias na folia, a car-ne é fraca, encontrei um monte depocotó e por isso estou numa res-saca das bravas. A princípio, pen-sei em ligar, mas como a senhoraé oposição, fiquei receoso degrampo no telefone. Já pensou atragédia da coisa, este aparelhoinventado pelo americano Alexan-der Grahan Bell agora é o terrordos políticos. Nesta eu não caio,pra mim, “telefone é só para mar-car encontros em lugar errado”.

Vovó, como um predestinado,o Prefeito conseguiu... Eureka, en-fim, tivemos uma parceria que deucerto: a do cimento. Quando li estanotícia, ri a beça, depois, analisan-do, vi o lado bom da coisa. É a cri-atividade que aguça a alma huma-na. Esta atitude foi o mais hilário eao mesmo tempo “inteligente” fatoque já aconteceu no atual governo.Pelo menos usaram cimento para

o povo caminhar e não para cons-truir mata burro. Aí sim é que seriaum risco de vida para muita genteboa lá da Casa Rosada. Por quenão? O Menen qualquer hora vemaí, garanto!

Já pensou, Vovó, se todo Se-cretariado tivesse a sagacidade ea riqueza de espírito do Secretáriode Obras, que deu um nó até na se-guradora? Formiga, seria uma Su-íça.

Contudo, voltando o foco paraa Câmara Municipal, a julgar pelasúltimas notícias, o negócio por láestá mais para circo do que paracasa legislativa. O jogo por aque-las bandas nunca foi limpo, semprearticulado com golpes baixos, quese arrastam por longa data. A se-nhora, assídua freqüentadora,sabe disso, e parafraseando, o seuClaudinê, é testemunha ocular dahistória do que foi feito do Legisla-tivo, nestes últimos tempos.

É cômica a atual circunstância.Lá em Brasília pedem a ‘CPI dosGrampos’, e em Formiga a CPI doEco. De eco mesmo, e não de eco-logia. Se ao menos fosse sobre ocaso do Lixo Fiat, tudo voltaria àtona, e aí, sei não! Mas, voltando àquestão principal, esta é até umasituação que pode ser encaradacomo normal. Tem muito vereador,em especial dentre aqueles mais

antigos, que são iguais a peça demuseu. Custam muito, abusam daconfiança popular e precisam serconstantemente vigiados, além deque, quando flagrados, tentarempassar por perseguidos. No casodo aparelho de som, foram só oitomeses e com direito a devolução,desde que alguém denunciasse.Já no tocante aos votos, estes sãoem quantidade e não de qualidadecomo um deles, mais lúcido, reco-nheceu... Não é trágica esta situa-ção?

Ademais, de forma consensu-al, tudo indica ser esta a hora de seratificar um acordo de cavalheiros.O ‘Pacto da Barganha’ impondo al-gumas regras básicas, como:quando alguém pedir algo empres-tado, sugiro um protocolo ou um re-cibo, aprovado por todos. E que secontrate mais um funcionário coma missão de lembrar ao beneficiá-rio, todo dia, que é preciso devol-ver a “coisa”, especialmente se elafor usada em período de campa-nha eleitoral.

A própria platéia que, por deverde ofício ou não, sofre todas as se-gundas-feiras, mas também se di-verte muito, parece concordar comeste pacto, pois está cansada deouvir baboseiras e o eco das suasgargalhadas, face às apelaçõescômicas e repetitivas, informado

que: fui carroceiro, minha mãe estádoente, além de outros recursostrágicos e engraçados, torce porele. Não pelo vereador em ques-tão, mas pela instauração do pac-to.

Sabe Vovó, nesta missiva, ex-terno minha preocupação com oscaminhos desta legislatura, eleitasob a aura do Muda Formiga e dasComunidades Católicas. Com mui-ta decepção, constato isso, poisacreditei que a atual Câmara pode-ria mudar. Mas ela está pior que aanterior, infelizmente. Ai que sau-dades do Josino, Tatu, Messias,TC, Brasil, daquele mudinho quenem me lembro mais o nome delee de tantos outros.

Sou do tipo que gosta de ver ocirco pegar fogo, mas sem amea-ças, denuncismo de ocasião, bai-xarias, terrorismo político, jogo sujoe picuinhas. O eleitor é um pobrecoitado que vota na maior das boasintenções e fica a ver navios emtais ocasiões, se transformando emautêntico bobo da corte.

Difícil mesmo, Vovó, é enten-der o que se passa no ego de al-guns edis. É um caráter que defor-ma tudo e não se moderniza. Acada sessão, desmoralizam aindamais a imagem da Câmara Muni-cipal, que é o poder do povo. Naverdade, fazer carreira puxando o

saco do Prefeito é o que a grandemaioria ali tem logrado, amealhan-do empregos para os seus. Esta éa verdade dos fatos.

Contudo, entendo que o trioternura, composto pelo ex-carro-ceiro, por um renomado professore pelo competente dentista, alvo dedenúncias do PT/PMDB, tem quese explicar. E por quê? Simples:um quer se passar por vítima, semsê-lo; o outro encara a Câmaracomo se ela fosse uma sala de au-las e ele o mestre, ensinando aosalunos; e o último procura ser dis-creto e politicamente correto pe-rante a sociedade, mas cá paranós, tem se mostrado muito omis-so, fato que, até alguns de seus ‘ir-mãos”, mais chegados, reconhe-cem... Eu, apesar de tudo, acredi-to na integridade deles. Quem soueu para julgá-los, vó!

Mas mesmo sendo eles ho-mens íntegros, são omissos, simsenhora, pois para comporem amesa diretora da Câmara em 2002,se aliaram com os mesmos desempre, num criticável oportunis-mo político sob as bênçãos do atu-al Prefeito. E agora, estão pagan-do o pato pela besteira que come-teram. Não é verdade? É como dizo velho ditado: “Olha com quem tu

andas, que direi quem tu és”.Entretanto, antes de minhas

despedidas, adorei as palavras deuma certa vereadora na inaugura-ção do CESEC. Realmente, Formi-ga jamais viu um Prefeito como oatual, nestas últimas décadas. Aturma do Gazeta nu Planeta que odiga. E no âmbito federal, tenhoque reconhecer que Lula é um po-lítico de sorte, em menos de 70dias vai se livrar de ACM, feito queFHC levou sete anos para conse-guir.

Finalizando, Vovó, como equa-cionar todos estes problemas queafligem uma cidade que padece deemprego, saúde, educação e mo-radia? Para isto, acredito minhaboa e sábia velha, basta a socieda-de votar pela mudança, sepultan-do um equívoco que vem de longadata: a confusão entre o projeto po-lítico e o blábláblá. Antes que eume esqueça, saiba que temos umxará do Garrincha, de um outro po-der, que não é nenhum dos trêsconstitucionais, dando pitacos, tale qual o Rasputim e incendiandoaquela casa. Morro mudo, surdo ecego, mas não conto quem é. Pos-so até contar pra senhora num ou-tro dia, mané hoje não, tá? Abra-ços, de seu neto querido.

O exército, para tomar contadas ruas do Rio, acabou matandoum professor. Logo um professor.Tomarei mais cuidado quando foraté lá, se isso acontecer um dia.Morro de medo só de falar em balaperdida. E não adianta fazer pro-paganda, dizendo que eles nos re-cebem bem. Já em SP, um polici-al deu na traseira de um chevetee acabou matando dois. E aindafugiu, deixando pedaços de seucarro na cena do crime. Chegan-do mais perto, um garoto – é o queparece – matou, de graça, umamigo nosso, ali na praça da rodo-viária. Coisa assim ligth; motivo –se é que se pode dizer assim –mais que fútil. Se você fizer umalista das corrupções pelo país docarnaval, vai verificar o tamanhoda ressaca. Ainda bem que o jor-nal da tv dá uma notícia de cadavez, assim como uma receita mé-dica, que se for de uma vez, mata.Desde o banco do estado do Pa-raná, passando pelo Rio – cam-peão – , Espírito Santo, Bahia –que hospeda um grande campeão– Distrito Federal, Goiás, etc. Noetc tem muito mais gente que vocêpode imaginar. É de perder o rumo.Enquanto isso, o controladores dopetróleo estão morrendo de rir dopreço que sobe, tudo por causa dedois loucos que brincam de fazer/não fazer guerra. Tá mais comcara de armação, que guerra mes-mo acho que eles não querem. Éum combinado para aumentar opreço do combustível negro, en-quanto nós ficamos aqui esperan-do não sei o que para continuar adesenvolver alternativas energéti-cas. Acho que só quando a situa-ção passar de insustentável, paratomarmos vergonha na cara com,por exemplo, nosso álcool. Deixamorrer um pouco de gente primei-ro. Assim como estão fazendo nopaís, a exemplo do Rio: deixa mor-rer um bocado de gente, que temmuita, depois a gente resolve.

Cinzas. Fui à Igreja. Tem gen-te que nem sabe mais o que sig-nifica isso do padre passar um

pouco de cinza em nossa testa.Está mais para tradição – que se-gundo um grande pensador, cujonome fugiu agora, é o esqueci-mento das origens – e ninguémsabe mais para quê vai à Igreja naQuarta-feira, depois do carnaval.Nem é preciso ter missa. Basta otiquinho de cinza na testa e tábom. Ano que vem eu volto. Sereparar bem, a cinza substitui o tra-balhão que dá o tal de arrependei-vos, purificai-vos, jejuai. A cinzaparece carregar um poder intrínse-co de curar todos os males e pe-cados e não há com que se preo-cupar. Prova é que tinha mais gen-te de fora que dentro; não cabia.Poucos ouviram o que foi dito.Todos entraram na fila da cinza aofinal.

Estou de mau humor? Pareceque sim; a coluna – a minha – dóicomo nunca e não há remédio quemelhore. Passei a seco o últimoano, incluso o carnaval; os remé-dios se amontoam e caem no ar-mário. Chama minha atenção a CFdo ano, que lembra os idosos. Es-tou perto. Trabalhamos a vidatoda, num país sem tecnologia, emserviços pesados. Retorno ne-nhum. A previdência não dá maisconta de nossos males – tanta aroubalheira; não pudemos aplicarem um futuro mais concreto naindústria privada de aposentadori-as: o dinheiro nunca deu nem parao presente. Velhos, temos mais éde nos contentar com parcos du-zentos e poucos reais, quase su-ficientes para pagar a conta dafarmácia. Pelo menos não morre-mos logo – dá para esticar umpouquinho mais a vida, capengan-do que seja, para alertar a moça-da.

Pó. Fomos pó e ao pó voltare-mos. Tá longe não. Do jeito que ascoisas estão caminhando, vamosvirar pó muito breve. Ou democra-ticamente como querem america-nos, ou ditatorialmente como osiraquianos. Ou a conta gotas,como quer a previdência brasilei-ra. Ou rapidamente, como quernossa segurança. Mas o petróleomesmo não vai faltar. O que já éum consolo.

Tô de ressaca

Formiga - 07 de março de 20034 NOVA IMPRENSA

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Pense nisso “Só há duas opções nesta vida: resignar ou se indignar. E eu não voume resignar nunca” – Célebre pensamento do Professor Darcy Ribeiro.

MURILO BADARÓPresidente da Academia Mineira deLetras

O Brasil Possível

MulherA violência doméstica contra

a mulher passa como fato normal.Assim, a vítima não tem condi-ções de romper o silêncio paraprocurar ajuda. “Por isso, é deverda sociedade organizada denun-ciar qualquer tipo de maldadepraticada contra a mulher”, reafir-ma o deputado federal ElizeuResende (MG). O próximo dia 8é o Dia Internacional da Mulher.Nossa homenagem!

SaúdeSegundo o deputado estadu-

al Adalclever Lopes (MG), nin-guém está satisfeito com a atua-ção dos planos de saúde no país:33 milhões de usuários, cerca de700 empresas de planos e osprofissionais que prestam servi-ços. “Há necessidade de um di-agnóstico profundo sobre essesetor e aperfeiçoar a legislaçãobrasileira já existente há 5 anos”,propõe o político mineiro.

EscolaridadeNo Brasil, 13,4% dos prefei-

tos municipais não completaramo ensino fundamental. Dos 5561prefeitos, 25 deles (0,4%) nãotêm nem um ano de estudo. “En-tre os prefeitos que têm cursosuperior, o índice é de 41%”, cer-tifica o deputado federal SilasBrasileiro (MG). “A escolaridadenão é tudo, o importante é sensode responsabilidade dos atos e,sobretudo, o exercício perma-nente da ética que enobrece osrepresentantes dos poderes daRepública”, confirma Silas.

Sem perspectivaO país tem 4,5 mil projetos de

assentamentos rurais. “Mas ape-nas 1% deles deixou a tutela dogoverno federal. Noventa e novepor cento deles não podememancipar-se, pois dependemeconomicamente do governopara serem viáveis”, critica o de-putado federal Lael Varella (MG),que conclui a atual situação: 1-falta vocação agrícola; 2- faltagarantia de renda; 3- falta quali-ficação profissional; e, 4- faltacrédito rural suficiente e oportu-no.

Negócio da chinaOs chineses têm olhos miú-

dos, mas, em matéria de comér-cio externo, seus olhares sãoabertos, profundos e críticos. Ogoverno chinês autorizou a im-portação da soja brasileira e oMinistério da Agricultura publicouno mesmo dia, Resolução Nor-mativa, aprovando a importaçãodo alho da China. “Talvez tenha-mos que importar deles um volu-me substancial de milho em 2003para abastecer a avicultura e asuinocultura”, pondera Hazencle-ver Lopes Cançado, alto funcio-

nário do senado da República.

ParceriaO deputado federal Jaime

Martins Filho (MG) defende acontribuição das escolas particu-lares no combate ao analfabetis-mo, projetado pelo Ministro daEducação. “Seria interessante fir-mar um compromisso de parce-ria participativa entre o MEC e asescolas particulares, apoiando aformação e a capacitação de pro-fessores, a disponibilização deinfra-estrutura e do ensino à dis-tância”, propõe o parlamentar.

TurismoO ministro do turismo Walfri-

do Mares Guia (MG) ganha umforte aliado na defesa do desen-volvimento das atividades turísti-cas no país. Trata-se do senadorLeonel Pavan (SC), que foi trêsvezes prefeito do Balneário Cam-boriú (SC). Pavan pretende criaruma Comissão Permanente doTurismo no Senado da Repúbli-ca. “O turismo é a maior indústriado mundo. No Brasil ainda é inci-piente, mas só a Espanha faturaUS$ 60 bilhões por ano contra osUS$ 6 bilhões daqui”, comparaPavan.

QualidadeUma boa decisão do ministro

Roberto Rodrigues, da Agricultu-ra, é a proibição da venda deovos em embalagens com infor-mações nutricionais complemen-tares. “A medida, porém, não con-testa a qualidade do produto emsi. A restrição limita-se às decla-rações nos rótulos do alimento”,revela o deputado federal Ronal-do Vasconcellos (MG), que afirmaserem as declarações de quali-dade de total responsabilidade daindústria produtora.

AvaliaçãoPara o deputado federal

Neuton Lima (SP), o sistema daprevidência no Brasil é unilaterale administrativo, e não contribu-tivo e previdenciário já que o va-lor dos benefícios das aposenta-dorias e pensões do servidor pú-blico federal não se define peloquanto ele contribui ou por quan-to tempo, mas por uma ação uni-lateral do estado, que fixa essevalor por meio de lei, oscilante nanegociação política com pressão.

FlexibilizaçãoEncontra-se no Senado da

República o Projeto de Lei 134,de 2001, que altera o artigo 168da CLT de 1943. Ele foi aprova-do pela Câmara dos Deputadosem 04.12.2001, com 264 votos afavor e 213 contra e 2 absten-ções. “As negociações coletivaspodem prevalecer sobre a legis-lação trabalhista, mas não podemcontrariar a Constituição federal,o FGTS e as legislações tributá-ria e previdenciária”, observa odeputado federal Osmar Serra-glio (PR).

Há certos períodos do ano quetêm o condão de atrair homens e mu-lheres para uma redoma, em que sedoam por completo ao recolhimentoe à meditação.

Via de regra são aqueles em queas diversas culturas produziram e in-corporaram momentos de intensaagitação e burburinho, espécie deimensas vagas num mar de incerte-zas em que conseguem surfar osaudazes e fazem afogar os tímidos etimoratos. Estes entregam-se ao re-traimento, voltam-se para dentro desi mesmos na busca sofrida dos iti-nerários perdidos ou na tentativa dereencontrar retalhos do passado queo açoite do tempo não conseguiudesfazer por completo.

O consagrado repentista de Na-nuque, Sóstenes Araújo Freire, co-nhecido como Tote, caudal de inteli-gência e de humor sadio, quando porlá vou para rever amigos presenteia-me sempre com o verso definidor de

saudade, arrancado dos trovadoresdas feiras populares da região: “sau-dade é dor que dói / mas não é dorde doer / é vontade de lembrar / comvontade de esquecer / é dor de den-te e machuca / e onde dói ninguémvê / a gente futuca pra não parar denão parar de doer”. Nessas fases derecolhimento e de meditação, revol-ver o passado para não parar de sen-tir a dor da saudade é fatalidade deque ninguém escapa. Estava pen-sando nessas coisas e me lembran-do dos velhos carnavais de MinasNovas e esse pensamento trouxe-mea saudade de Urias Sena Costa, hápouco falecido. Prefeito da cidade porduas vezes, professor e advogado,intelectual de primeira qualidade, cul-tivava o bom vernáculo como essên-cia da transmissão da boa palavrafalada e escrita.

Foi administrador do municípioquando Minas Novas ainda engloba-va grandes distritos, mais tardeemancipados e que deram lugar aoshoje municípios de Chapada do Nor-te, Leme do Prado, Berilo e Francis-co Badaró. Basta assinalar essa cir-cunstância para se dar conta da

imensidão da tarefa a que se entre-gou com patriotismo e brilho invulga-res. Sua perda foi chorada pela po-pulação em sua unanimidade, en-quanto os cemitérios estão cada vezmais cheios e a vida vai ficando cadavez mais vazia.

Eu me lembrava dos velhos car-navais de Minas Novas, cujas ima-gens estão até hoje fixadas em minhalembrança. Baudelaire afirmava quea “pátria é a infância”. Tem razão. Umtrecho de rua desimportante, umavelha casa, uma canção dolente,uma fotografia antiga, alguns rostos,seu bairro, recordações da adoles-cência, guardados nos escaninhosda memória, constituem achegas dohomem em suas circunstâncias, ca-pazes por isso mesmo de isolá-locomo uma inarredável individualida-de no tumulto de tempos ensandeci-dos e tendentes a absorvê-lo namassa informe e disforme. É o remé-dio eficaz para superar os males daangústia e da solidão.

A televisão projeta dentro de suacasa, na frente de seu nariz, as ce-nas mais extravagantes de um carna-val que tende a tudo fazer para não

deixar de se assemelhar às festas dacarne. Não estamos muito distantesdas dionísicas e das bacanais queconduziram grandes impérios à der-rocada e à extinção. O povo massifi-cado, coisificado e brutalizado pelomassacre de emoções produzidaspara robotizá-lo e transformá-lo numinstrumento de consumo e prazer,torna-se incapaz de qualquer reação.Basta ver pela televisão a imagemdas multidões, caminhando semrumo e sem destino ao som de batu-ques ensurdecedores, produzindofrases confusas, enquanto mulheresdesnudas exibem a sensualidade deseu corpo.

Não existe nesse lamento qual-quer viés pessimista. Ao contrário,partilhamos das idéias da imensamaioria que deseja espaço para di-vertir-se, folgar-se um pouco dasaperturas do dia-a-dia, buscar espor-te e lazer para os filhos distantes doperigo das drogas e dos vícios detoda espécie. O que não é possíveldeixar de observar é a queda visívelda qualidade desses festejos popu-lares. Por isso mesmo e cada vezmais é um tempo de saudade.

Tempo de saudade

O Governo Lula constatou oóbvio: a crise é muito grave. Mas épossível chegar lá? E promover asmudanças? Só o tempo dará a res-posta. Entretanto, nas primeirasações, o Presidente, ao combater osradicais do PT, dá mostras, que nãoserá tolerante com o sectarismo. Asua política será nos moldes da es-querda social democrata européia.

E esta dialética é antiga e evi-dente, quando o então candidato Lulafez com que o PT caminhasse daesquerda para o centro democrático.Ao ser eleito e no governo, ele sina-liza que tal rota vai continuar, custe oque custar e doa em quem doer.

Nestes primeiros meses da eraLula, nota-se claramente que a opo-sição ficou sem argumentação. OPT, ao caminhar para o centro de-mocrático, se transformou em soci-al democrata. Aí se iguala ao PSDBe, a priori, o anula como oponente.Para a direita, a força do Palácio doPlanalto isola velhos partidos oligar-cas. Os dinossauros PFL e PPB es-tão à deriva. Não conseguiram aca-bar com a imagem de direita e go-vernistas. Nunca foram oposição, eagora estão perdidos e sem identi-dade. Já o PMDB, este, o Presiden-te sabe que não se define comopartido. Sofre de uma crise existen-cial. Está rachado de alto a baixo.

Usar mecanismos populistaspara combater a exclusão social noProjeto Fome Zero é um erro cras-so. Ser o pai dos pobres é um filmeantigo. O então Presidente Vargastentou combater a miséria com po-pulismo. É preciso ensinar ao povocomo pescar e o País a gerar em-

pregos com uma política de desen-volvimento sustentável.

O Presidente Lula deve trilhar ocaminho de François Mitterand nãoimpondo protecionismo e naciona-lismo emblemático. Não pode errarcomo FHC, vendendo o País para ocapital estrangeiro. É necessário,ser um meio termo, garantir a sobe-rania e, ao mesmo tempo, abrir aeconomia para o capital estrangei-ro sem negociar o Brasil com S.

Quando Mitterrand assumiu opoder na França, após a quarta ten-tativa, ele, a princípio, errou ao im-por um nacionalismo exagerado eum protecionismo que fechou a eco-nomia francesa para o mundo. Ven-do que estava errado, mudou a es-tratégia, não traiu os princípios ide-ológicos do seu programa de gover-no. E com muita habilidade e com-petência, transformou a Françanuma potência econômica. Foi ree-leito. Espero que o Presidente Lulatenha esta visão de estado e sigaestes passos.

A crise é muito grave, a saída épolítica. Este é o desafio do Gover-no. Sem as reformas, o País não saidesta encruzilhada que se encontra.Mas como conseguir tal façanha deter maioria no Congresso Nacional,sem o tradicional “toma lá, dá cá”. Aí,só na base da negociação. O mo-mento é propício, pois a sociedadeestá mobilizada e o grau de confian-ça no Presidente Lula é a garantiapara a construção do Pacto Socialdentro de um ponto comum: uniãopelo País. A saída é conversar atéficar rouco.

Todavia, a coalizão de centroesquerda do Governo Lula terá pelafrente uma agenda muito árdua edifícil para viabilizar as reformas.Pois bem, então vejamos:

a)- Agenda Emergencial – OOrçamento de 2003 é o entrave parao Governo, que cortou 14 bilhões dereais, justamente na área social. Comisso, o Salário Mínimo ficou sem re-cursos, chegará a um pífio aumento,de 200 para 234 reais. A classe mé-dia sofrerá um arrocho com o Impos-to de Renda, pois a equipe econômi-ca decidiu que não perderá 1,7 bilhãode arrecadação. Ademais, a não re-negociação das dívidas dos Estadosgera um descontentamento entre osgovernadores, seja aliado ou oposi-tor. O Governo não aceita negociar,deixando Espírito Santo, Minas Ge-rais, Rio de Janeiro e Rio Grande doSul com o pires na mão. E, finalmen-te, o grande calcanhar de Aquilesdesta Agenda Emergencial do Gover-no Lula que é o Acordo com o FMI.O Fundo pode exigir mais aperto. Ese isso ocorrer, os juros aumentarão,a dívida interna e externa crescerãoem progressão geométrica, e o pior,vão dificultar a alocação de recursospara os programas sociais como oFome Zero.

b)- Agenda de médio e curtoprazo – Neste contexto tem a Refor-ma Tributária, para desonerar a pro-dução. Talvez esta seja a mais fácildas reformas, comparada com aReforma Previdenciária, com os se-guintes dilemas: Como redimensio-nar a política previdenciária e rede-finir novas fontes de renda? E o di-reito adquirido? O corporativismo?Em suma, a Previdência necessitade reformas para sobreviver, masprecisa, sobretudo, mudar sendojusta e equilibrada. Esta reforma étão primordial como a Reforma Agrá-ria, que é explosiva, mas fundamen-tal. O primeiro passo foi dado coma extinção do tal Banco da Terra, umantro de corrupção. Mas o desafio

agora é acelerar as desapropriaçõese recursos para o assentamento dasfamílias e fomento às cooperativas.Por outro lado, a Reforma Trabalhis-ta tem que encontrar uma saída paranão contrariar os interesses dos tra-balhadores e dos patrões. Eis aquestão. Entretanto, é hora de exter-minar o peleguismo sindical oriundoda era Vargas, reduzindo a jornadade trabalho e reconhecendo as cen-trais sindicais como representanteslegais da classe trabalhadora. Naárea social, urge, ao Governo, defi-nir os Programas Sociais, redimen-sioná-lo como política pública aves-sa ao assistencialismo e sem inte-resses eleitoreiros. Mas, o grandedesafio é encontrar recursos tendoque sustentar o superávit primárioimposto pelo FMI. É a herança ma-lígna dos Anos FHC. E finalizando,a mais importante e mãe de todas asreformas desta agenda é a ReformaPolítica. Este é o maior desafio, nãosó do Governo Lula e sim de todasociedade, que não suporta mais apolítica sendo tratada como negó-cio. Sem esta reforma as demaisnão se viabilizam.

Após 22 anos na oposição, o PTagora é governo. Não pode ser ummeio termo correndo o risco de serigual ao PSDB, ou seja, Lula nãopode ser um FHC “barbudo”, pois “orecado e a verdade das urnas é quea população espera ver concretiza-dos os programas de distribuição derendas, políticas sociais sérias sema pecha de eleitoreira, crescimentoeconômico, redução da pobreza egeração de empregos”. Em suma, “Ahora da verdade” nestes 48 diaspara o Governo Lula resume-senuma única palavra: reformas. Esem elas nenhuma mudança efeti-va virá. E aí, sei não.

A hora da verdade

Formiga - 07 de março de 2003 5NOVA IMPRENSA

Rapidinhas do coelho

Vem mais esmola aíFMI libera mais US$ 4,6

bilhões do pacote de socor-ro, que deverão ser pagosainda neste mês. Pagos sim,porém a eles mesmos. Osrecursos serão apenas conta-bilizados por aqui, já queserão integralmente utiliza-dos para o pagamento de ju-ros da dívida. É o toma lá, dácá, que, a cada dia, encalacramais, e que Mr. Lula jurouque colocaria um ponto finalem tal mecânica perversa deempobrecimento do povobrasileiro se chegasse aopoder. Chegar chegou,mas...

Lula, estou aí...A modelo Gisele Bünd-

chen informou que pretendefundar uma ONG, que funci-onará com parcela de seusmilionários cachês, com aqual ela pretende financiarprojetos neste país. Dizendoque aos 23 anos já é hora defazer alguma coisa, a gaúchamilionária se coloca, e tam-bém seu rico dinheirinho eprestígio, à disposição dogoverno de Mr. Lula.

ACM em reclusão

A costa do Sauípe (lito-ral norte de Salvador) rece-beu, durante o carnaval, ailustre figura do cacique pe-felista e baiano que, destavez, face às evidências atin-gidas a partir das investiga-ções dos grampos telefôni-cos, ao contrário do quesempre gostou de fazer, “serpaparicado por foliões e ar-tistas de fama que desfilamno carnaval de Salvador”,

ficou escondido, longe dascâmeras e dos repórteres.

Buenos Aires: bolsasem recuperação

Os papéis de empresasargentinas, algumas até par-ticipantes ativas do calote,tiveram altas que variamentre 14,7% e 49,1%. Osinvestidores que acredita-ram e compraram ativos deempresas argentinas, muitodesvalorizados, no final de2000, hoje estão comemo-rando as maiores altas havi-das no mundo, nos últimosdoze meses, em papéis ne-gociados em bolsas.

Explicando odesemprego

De 22 setores analisadospela Austin Asis, apenas cin-co deles conseguiram obterlucratividade superior aos18% (juros de títulos públi-cos) pagos aos aplicadoresde capital no mercado finan-ceiro. Bancos tiveram lucrode 25,7%, enquanto as em-presas não-financeiras amar-garam prejuízo de 13,1%.

O setor que mais ganhoufoi o de cigarros, tendo aSouza Cruz contabilizadolucros de 60,1%, enquanto osegundo lugar ficou com osetor de serviços em geral,que apresentou lucrativida-de de 41,99%.

Desemprego segurainflação

Segundo o Ipea – Institu-to de Pesquisa EconômicaAplicada-, é preciso que odesemprego aumente atéatingir um ponto percentualacima da taxa obtida no finalde 2002, para que a inflaçãopare de subir. Ou seja, mais832 mil trabalhadores preci-sam ser sacrificados paraque possam ser alcançadasas metas impostas pelo FMIno que concerne a inflação.Para os que acreditaram nogoverno petista, é inconcebí-vel a idéia.

Engana que eu gostoO PT recomendou a to-

dos os partidos aliados para

que, em seus programas gra-tuitos na tv, batam na teclade que as mudanças prome-tidas acontecerão, porém deforma gradual e a prazo. Épreciso se evitar um desgas-te da imagem de Lula, jádetectado em ascensão pelaequipe de governo.

Brizola virá na contra-mão

Se depender do caudilho,o programa do PDT utiliza-rá o horário para criticar ogoverno e cobrar as promes-sas de campanha, assimcomo coerência na atualpostura com aquela conheci-da como norma enquanto oPT foi oposição.

O belo e a feraO site do “Correio da

Bahia”, jornal de proprieda-de de ACM, está questionan-do os baianos se eles acredi-tam na inocência do cantorBelo.

Sarney protege ACM

‘Corvo não come corvo’,diz o velho ditado. Sarney,

atual presidente do Senado,diz que, em tese, é contra oSenado investigar ACM.Para ele, a competência é doSTF, por se tratar de crimecomum.

Ontem, a grande impren-sa noticiou, sem muito alar-de, que Sarney teria manda-do arquivar o pedido do PTpara que a Comissão de Éti-ca do Senado examinasse oenvolvimento de ACM coma história dos grampos. Mo-tivo: Falta de provas concre-tas.

As raposas e os ovosFilhos de juízes do SF e

do STJ têm 525 ações nosrespectivos tribunais, o que,para muitos, inclusive juí-zes, é algo imoral e que pre-cisa ser coibido. Assim pen-sa, por exemplo, a ministrado STJ (Superior Tribunalde Justiça), Eliana Calmon,uma das primeiras vozes apedir a imposição de limitesà atuação de filhos de minis-tros, em tribunais, na condi-ção de advogados.

O que pensa a OABO presidente da OAB

(Ordem dos Advogados doBrasil), Rubens ApprobatoMachado, defende a criaçãode instrumentos jurídicospara coibir eventual tráficode influência em tribunaisonde atuem como advoga-dos, filhos de ministros.

PPB no governo

O PPB está cada vezmais próximo de Lula, comMaluf e tudo. Dos seus 45deputados federais, 30 que-rem aderir ao governo e 15

aceitam discutir.

Justiça amargaOs funcionários do Mi-

nistério da Justiça se cotiza-ram para comprar açúcar eadoçantes, mercadorias queestão em falta por lá há maisde 2 semanas, por estouro deorçamento.

Ministro fazpropaganda em causaprópria

O trio elétrico do Minis-tro, ‘Expresso 2222’, contoucom incentivo do Ministérioda Cultura na colocação deout-doors espalhados porSalvador, anunciando o des-file. Legal? Pode até ser, masnão é nem um pouco moral!

Salário mínimoEsta história de que o

salário mínimo será inferiora R$ 240 é conversa para boidormir. Estão fazendo esca-da para Mr. Lula dar uma debonzinho e ultrapassar estevalor, num generoso gesto aser explorado pela imprensacomo algo magnânimo.

O homem acordou eabriu a gaveta

O procurador-geral daRepública, Geraldo Brindei-ro, pediu ao STF (SupremoTribunal Federal) que abraprocesso criminal contraAntônio Carlos Magalhães –ACM; José Roberto Arrudae Regina Célia Borges, ex-diretora do Prodasen, emrazão da violação do paineleletrônico do senado, ocorri-do em 2000. A matéria de-sengavetada, agora, está aoscuidados da ministra EllenGracie, relatora.

MST e as invasõesO MST (Movimento dos

Trabalhadores Rurais SemTerra) invadiu durante o car-

naval prédios do Incra (Ins-tituto Nacional de Coloniza-ção e Reforma Agrária) noMato Grosso, Goiás. EmCuiabá, a Polícia Militar foichamada para evitar umconfronto entre militantesdo MST e uma de suas alasdissidentes, o MTA (Movi-mento dos TrabalhadoresRurais Assentados e Acam-pados). A invasão em Goiâ-nia contou com a participa-ção de 300 mulheres.

Pau mandado

José Dirceu é a boca deLula, segundo alguns maischegados ao poder. Foi elequem criticou o ‘modus ope-randi’ das agências regula-doras, e quem também de-fendeu a punição de ACMpor causa dos grampos. Lulanão fala mais publicamentesobre assuntos polêmicos.Esta missão agora é do ZéDirceu.

Nas tetas da mãeA captação de recursos

para a distribuição do filme“O Dono do Mar”, baseadoem romance de José Sarney,foi prorrogada para até o fi-nal de dezembro. Legal? É,mas não é...

Formiga - 07 de março de 20036 NOVA IMPRENSA

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450,00

1.200,00

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1.459,58

200,00 a 1.500,00

200,00 a 520,00

7.618,00

VAGAS

265

136

6

20

10

11

55

90

10

ESCOLARIDADE

2º Grau

1º, 2º e 3º Grau

2º Grau

1º grau com curso de auxiliarou técnico de enfermagem

3º Grau: Bacharel em Direito

3º Grau - Medicina

Elementar, Fundamental In-completo, 1º, 2º e 3º Grau

Elementar, Fundamental In-completo, 1º, 2º e 3º Grau

3º Grau: Bacharel em Direito

TAXA INSCR.

50,00

20,00 a 50,00

27,00

40,00

100,00

29,00

15,00 a 50,00

20,00 a 50,00

100,00

DATA INSCRIÇÃO

27/03 a 04/04

06/03 a 02/04/03

10/03 a 14/03

06/03 a 15/04

27/01 a 12/03/2003

Até 10/03

Até 14/03

Até 14/03

27/01 a 12/03/2003

LOCAL INSCRIÇÃO

Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica – Av.Santa Rosa, 10 – Pampulha – BH.

Agências credenciadas dos Correios ou Internet –www.fundec.org.br

Agências credenciadas dos Correios de BH, Juiz de Forae Governador Valadares.

Ainda não divulgado.

Centro Cultural da Justiça Federal - Av. Rio Branco, 241 –Cinelândia – Centro – Rio de Janeiro.

HPM – Avenida do Contorno, 2787 – Santa Efigênia

Av. Álvaro Moreira da Silva, 358 – Sala D – Centro – Du-randé

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Formiga - 07 de março de 2003 7NOVA IMPRENSA

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Fonoaudiologia Hospitalar

A Fonoaudiologia Hospitalarcaracteriza-se principalmentepela atuação junto ao pacienteinternado em suas necessidadesespeciais para que receba a altaclínica em melhores condiçõesde comunicação.

O fonoaudiólogo hospitalaratuando junto a unidade de saú-de hospitalar modifica os concei-tos de saúde pré-existentes, nãosignificando mais saúde, somen-te como o reequilíbrio de sinaisvitais, mas sim, o bem estar físi-co, social e psíquico do indiví-duo.

A grande característica daFonoaudiologia Hospitalar refe-re-se ao fato de estar presenteem unidades hospitalares, inclu-sive em equipes de emergência,realizando atividades que englo-bam conhecimentos específicose necessários ao bom desempe-nho da profissão.

Atualmente, dentre os locaismais comuns de se encontrar ofonoaudiólogo hospitalar, pode-se citar: emergências, materni-dades, enfermarias, unidades in-tensivas.

Apesar de atuar em locais di-ferentes, o fonoaudiólogo hospi-talar precisa direcionar sua atu-ação, para que haja segurançae coerência em seus desejos eem suas propostas terapêuticas.Os objetivos gerais da atuaçãodo fonoaudiólogo hospitalar são:

· diagnosticar sintomas dedistúrbios fonoaudiológicos pre-cocemente;

· intervir nos distúrbios da co-municação, adquiridos durante ainternação;

· reequilibrar alterações mio-funcionais, objetivando as fun-ções preparatórias e necessári-as ao processo de comunicação;

· evitar possíveis danos nosprocessos fonatórios e cogniti-vos, por condutas precoces epreventivas;

· participar de equipe multi-profissional, discutindo, traçan-do, inserindo, e/ou modificandocondutas terapêuticas, semprevisando o bom prognóstico;

· facilitar o retorno à alimen-tação por via oral, objetivando areabilitação dos órgãos envolvi-dos com a aparelhagem fonató-ria;

· restabelecer funções desucção, mastigação, deglutição

e fala;· diminuir e/ou evitar o uso de

sondas enterais;· participar efetivamente do

controle e da prevenção da in-fecção hospitalar;

· estimular e agilizar a altaclínica hospitalar precocemente,com menores danos possíveisao indivíduo em seu retorno àsociedade;

· diminuir os custos da hos-pitalização, que é a preocupaçãode todos da equipe;

· evitar a reinternação hospi-talar;

· intervir de forma precoce,preventiva e intensiva;

· orientar e encaminharaqueles não elegíveis ao atendi-mento fonoaudiológico hospita-lar.

Contudo, o fonoaudiólogohospitalar irá desenvolver técni-cas e métodos de reabilitação e/ou habilitação no adulto portadorde seqüelas nos processos decomunicação através de ques-tões específicas quanto à lingua-gem, motricidade oral, voz, audi-ção (disfagia, dificuldade decompreensão e expressão, alte-rações na fala), além de atuartambém em unidades neonatais.

O resumo do feriado de carna-val não poderia ser diferente: aci-dentes nas estradas, em torno de350, pessoas feridas 332, mortesregistradas 33, mortes por afoga-mento 37.

Em Formiga, infelizmente, ti-vemos alguns casos trágicos, quecom o passar dos anos já estãovirando rotina.

No último artigo, comentei so-bre a droga nas escolas e recebivárias mensagens parabenizandosobre o assunto que é tão real,mas recebi também críticas portelefone, alguém que não quis seidentificar, que disse: “o que adian-ta falar, se na prática ninguémcombate o mal que está aí, debai-xo do nariz das autoridades com-petentes”. Bom, eu não sou auto-

ridade, mas fica registrado o pro-testo.

Voltando ao assunto das faca-das do carnaval, podemos dizer,mesmo sem ter presenciado os fa-tos, que a droga também estevepresente. Vejam o caso do gar-çom, só pelo simples fato de de-fender sua família, alguém iriamatá-lo de cara limpa? Não, claroque não, e eu só consigo entenderque foi movido pela droga, pois,sendo assim, o indivíduo perde arazão, a consciência, o respeito eo temor a Deus.

Eu não conheço nenhuma boaação movida palas drogas, sejamlícitas ou não. O indivíduo nãoconsegue enxergar que atrás dasdrogas, só acontecem desgraças.Aí o cidadão fala que nunca “fu-mou”, nem tomou uma “picada”,mas bebe socialmente.

A bebida alcoólica é uma dasmaiores drogas do planeta. Atrás

dela estão: 49% dos acidentes detrânsito, 45% dos homicídios, 38%dos assassinatos, 30% dos suicí-dios, 42% dos roubos e assaltos,46% dos internamentos de intoxi-cação e doenças hepáticas, ecomo se não bastassem esse da-dos, temos também o registro de58% das causas de separação decasais. Um número alarmante secompararmos que apenas 42% fi-caram para dividir entre infidelida-de, traição e problemas de relaci-onamento pessoal.

Em resumo, o mundo poderiaser melhor, não fosse o consumocada vez maior das drogas quími-cas e lícitas, que, infelizmente,estão cada vez mais dentro dasnossas casas, nossas escolas,nossos clubes, enfim, no dia a dia.Ela está adotando nossos filhos eos nossos costumes para viveremà sua sombra. Valha-nos, ó Deus,ou então...

Até que a droga nos separe

Ou o Brasil exila os banquei-ros, empresários e políticos cor-ruptos, ou esta gente fará destepaís o clone da Argentina. Os bi-lhões de reais, mamados pelosditos e mencionados, nas tetas daimpunidade milionária do Brasil,estão causando muito furor nabrasilidade de milhões de brasilei-ros.

O assunto, hoje, refere-seaos hospitais. Hospitais públicos,que caíram nas mãos dos políti-cos, e estão cada vez mais mori-bundos. Recebo um telefonemade gente conhecida, pobre e ho-nesta, inconformada com a morteprematura de um familiar, que nãoconseguiu a internação em hospi-tal público, morrendo com dor edispnéia inimagináveis. Pela mi-nha pena, quer a família levar odesabafo para gabinetes e consci-ências vizinhas do poder, simboli-zando todos os brasileiros traídospela frouxidão das autoridadesno encaminhamento da saúdepública. O Brasil tem, hoje, umamedicina de primeiríssimo mundo,perdendo só para os Estados Uni-dos. Os talentos na área médica ecientífica estão presentes nasmais variadas regiões nacionais,numa luta destemida e anônimacontra a doença política de nossoshospitais; verdadeira luta de foiceem cisterna estreita. E quantostalentos médicos deixaram o em-

prego e o país, inconformados como abandono da saúde pública! E quanta gente brasileira está mor-rendo por não ter a oportunidadede, sequer, chegar perto de uma efi-ciente assistência médico-hospita-lar!

Estive num congresso médicoem São Paulo. Este congresso foirealizado nas dependências dasede de um banco particular.Umexemplo perfeito para ver os doislados da moeda: o banco opulentoe o hospital lazarento.

Um banco que cresce, engorda,e lucra com o nosso dinheiro. Comodiria Dante Allighieri: minha pena eminha arte são pequenas para des-crever a suntuosidade e o pecado constatados. Fica-se perplexo dian-te da imponência, do luxo, e do con-forto oferecido pelos vários edifícios;fica-se, também, de queixo no chão,pela ornamentação e sofisticação,englobando do refeitório à sala dadiretoria. Os serviços de comunica-ção e informática nada ficam a de-ver aos melhores concorrentesamericanos.

Granito e mármore em profusãopor todo o complexo arquitetônico,esnobando uma verdadeira orgia dedólares e reais. Visitando grandes e pequenos hospitais das principaiscidades brasileiras, não se podemanter a calma diante da indigênciaescancarada e nua: o contraste como luxo dos bancos irrita e sacode osbrios; e rasga fundo o pudor e adecência dos brasileiros bem inten-cionados, e suados pelo trabalhohonesto. Nos hospitais, baratas emau cheiro difusos, macas enferru-

jadas, aparelhos caindo aos peda-ços, camas sujas, sanitários de-feituosos, gente chorando, pesso-al mal remunerado, e tantas outrasmazelas que a televisão não can-sa de mostrar todos os dias. Maisinfernal, ainda, são as pessoasapodrecendo e morrendo nesteslocais, num sofrimento escandalo-so e cruel, sem a mínima oportu-nidade de acesso ao bálsamo dorespeito.

Os escândalos envolvendoaqueles que foram eleitos, usandoas bandeiras da sobriedade/res-ponsabilidade, para defender osdireitos do povo, já viraram roti-na e comédia neste país. Rouba-se de tudo e de todos, por todos osmotivos e em todos os lugares. Acorrupção está sendo implantadacomo algo normal, correto, e bemvindo; e pior, como algo sem re-torno.

Meu caro conhecido, vocêperdeu o parente e a batalha. Osbanqueiros estão ficando cadavez mais ricos e insensíveis. Oshospitais ficarão ainda mais suca-teados e desarrumados. Os políti-cos preocupam-se somente coma próxima eleição, com cambala-chos; aumentando patrimônio noexterior. E mancomunados comempresários, dentro das brechasda lei são oxigenados pela fracamemória do povo.

Só teremos hospitais e assis-tência médica decentes se o povosair às ruas, como os argentinosnos panelaços, exigindo atitudes ebrasilidade de nossos governan-tes.

RENZO SANSONIOftalmologia, Uberlândia/MG

Na hora da dor e do abandono

Formiga - 07 de março de 20038 NOVA IMPRENSA

ESPAÇO 2003 CLAUDINÊ SILVIO DOS SANTOS É TEMPO DE EVANGELIZAR

PE. FELIPE DALCEGIO - SCJ

Vida, dignidadee esperança

Não é preciso muito esforço para constatarmos quevivemos, hoje, numa sociedade que existe em função domercado, onde as pessoas são valorizadas na medida emque se enquadram nas exigências da busca desenfreadado lucro.

Nesse modelo de sociedade, para a lógica consumis-ta, só tem valor o conhecimento que está direcionado paraas exigências da produção de mercadorias que, na maio-ria das vezes, são sem muita importância. Além disso, sótêm valor as pessoas úteis para produzir e consumir coi-sas e as que podem ser encaixadas como “engrenagensdas máquinas” que produzem coisas para o consumo. As-sim, as pessoas que não se encaixam dentro dessa “má-quina” são consideradas um estorvo, um empecilho parao desenvolvimento, e são descartadas.

Numa sociedade onde todas as coisas têm vida útilpredeterminada, as pessoas também acabam tendo “pra-zo de validade”. Quem está fora das exigências não temlugar e deve ser colocado fora de circulação. Estas frasesparecem estranhas e até dramáticas quando pensamos napessoa humana, mas retratam bem a situação de umaparcela da nossa população constituída pelas pessoasidosas.

IDOSO: Tema de reflexão nesta QuaresmaPara o ano de 2003, a CNBB nos coloca como tema

de reflexão a pessoa do IDOSO.Colocar a questão dos idosos para a nossa reflexão

quaresmal não pode ser no sentido de despertar “pena” esim no de perceber que há um potencial adormecido quepode contribuir para melhoria da qualidade de vida, poisé nestas pessoas que consideramos idosos para o merca-do que se concentra a sabedoria humana.

O tema da Campanha da Fraternidade nos leva aodesafio de olhar com cuidado e compromisso a vida demuitas pessoas idosas que ainda não vivem com digni-dade e que, com suas vidas, fazem um apelo para que asociedade brasileira reveja os seus caminhos para possi-bilitar o triunfo da vida para todas as pessoas.

Resgatar a importância das pessoas idosasA C.F/2003 quer mostrar a preocupação da Igreja no

Brasil em criar condições para que o Evangelho sejamelhor vivido em uma sociedade que já foi jovem, masque hoje é considerada pela ONU como uma sociedadeamadurecida, devido ao grande número do percentual depessoas idosas.

O objetivo geral da C.F/2003 é motivar todas as pes-soas para que, iluminadas por valores evangélicos, sejamconstrutoras de novos relacionamentos e novas estrutu-ras, que assegurem valorização integral às pessoas ido-sas e respeito aos seus direitos.

A Campanha quer,também, resgatar a importância daspessoas idosas para a sociedade, a fim de que a velhice,que é a etapa mais longa da existência humana, seja mar-cada pela VIDA, pela DIGNIDADE e pela ESPERAN-ÇA.

Fotos Históricas

Hotel Oeste, rua Oeste, hoje Floriano Peixoto Grupo Escolar Prof. Máximo da Silva Rodarte

Largo do Ferro, depois Praça XV de Novembro e hojePraça Getúlio Vargas, localizado a Mobilar

Casa da família João Jahu, depois da família João Dias, àrua 7 de setembro

Minas Hotel, rua Bernardes de FariaCadeia Pública, rua Carmélia Dutra: hoje, Dr. Ênio José

Batista

Casa do Dr. Newton Pires, na rua Oeste, hoje FlorianoPeixoto, local onde morou também a família do Chico

Porto

Ponte sobre o rio Formiga na Bernardes de Faria, aofundo, antigo prédio da Associação Cristã de Moços, local

onde depois se instalou o Banco Oeste de Minas, logoapós a Casa 3 Irmãos, e atual Casa 505

Bar Áurea, dos irmãos Amâncio e Chiquito Rodarte, atualsorveteria do François

Na rua Silviano Brandão: a primeira casa é a antigaPrefeitura, depois tornou-se o Minas Clube. A segundacasa era a Farmácia João Vaz e, em seguida, a casa do

Alberico Salazar, Tasso Vespúcio, e atual ShoppingCentral

Formiga - 07 de março de 2003 9NOVA IMPRENSA

Notícias daCâmara

MUSICOTERAPIA

ELIZABETH SILVEIRA CASTROBAPTISTA DE SOUZA

Hoje, vou contar uma história.Uma linda história de verdades,de buscas e desafios, de amor,de compreensão e aceitação. Deação, principalmente. Teve inícioem 1963, no Japão do pós-guer-ra, e seus personagens são tãocomuns como a vida é comum aquem pouco a observa...

Entra em cena um homem. Érepórter, escritor de sucesso etem no olhar a revolta e a decep-ção. Nasceu-lhe um filho, porta-dor de sério dano cerebral. Suavida, agora, passa por uma crisesem precedentes. Ele se debate

entre desejos inconfessos deabandonar o bebê à sua própriasorte, talvez até ansiando pelamorte da criança, geradora de umproblema que desafiava nele to-dos os conhecimentos anteriores.Está sem saída!

A evolução do enredo dessatrama tem lugar num hospital,onde o mesmo personagem seencontra, agora a trabalho. Vaicolher depoimentos dos médicosque ali trabalham, tratando demuitas vítimas da bomba atômicade Hiroshima, e que vêm lutandopara sobreviver, há 18 anos!...Percebe, então, que a sua tragé-dia pessoal encontra reflexosnesta situação coletiva, e que osprofissionais da medicina, envol-vidos nesse processo de luta pelavida, ali encontraram e ainda con-

tinuam encontrando situaçõesinéditas para as quais têm queencontrar imediatas soluções cri-ativas e poderosas! Envergonha-se de sua autopiedade e refaz,nesse instante, seus propósitoscomo pai e como ser humano.

A terceira cena é comovente.Pai e filho se encontram num jar-dim, à sombra de árvores cheiasde pássaros, de sons, de vidanatural. A dedicação desse pai oleva, através desse convívio na-tural, a desvendar os mistérios domundo interior de seu filho. Équando o conduz, na observaçãodos cantos dos passarinhos, no-meando cada ave à medida queseu som é motivo de curiosidadedo menino. Pouco depois, alimesmo, é a música de Bach e deMozart que inunda de sons o am-

biente perfeito. A criança ouve,atenta, porém muda, enquanto opai trabalha, escrevendo.

Seis anos depois. Continua atrama. Pai, mãe e filho escutamos pássaros, num grande parque.De repente, a criança diz o nomede um passarinho que acabou decantar! É a primeira vez que essacriança fala alguma coisa! Daí pordiante, abre-se, para ela, novomundo de possibilidades... Fatose mais fatos se sucedem, todosdemonstrando o valor dos sons,principalmente dos musicais,para preencher as lacunas dodesenvolvimento mental, psicoló-gico, conceitual desse pequenoser deficiente... Daqui por diante,passo a palavra ao próprio paidessa criança: - “Meu filho defi-ciente mental, Hikari, foi desper-

tado pela voz dos pássaros paraa música de Bach e Mozart e aca-bou produzindo suas própriasobras. As pequenas peças queele inicialmente compôs eramcheias de frescor e prazer. Pare-ciam gotas de orvalho brilhandosobre a relva. A palavra inocênciaé composta do prefixo “in”, quesignifica “não” e de “nocere”, “fe-rir”. Ou seja, ela quer dizer “aque-le que não fere”. A música de Hi-kari era a manifestação natural desua própria inocência. Conformeele passou a criar mais obras, noentanto, não pude deixar de ou-vir nelas também a voz de umaalma escura e atormentada. Ape-sar de deficiente, seus esforçosextenuantes permitiram que elemelhorasse suas técnicas decomposição e aprofundasse suas

...“Um estranho poder de cura”...concepções. E isso fez com queele descobrisse, no fundo do seucoração, uma massa de tristezaque, até então, ele fora incapazde expressar com palavras. Ofato de expressá-la em músicacura Hikari de sua tristeza, é umfato de recuperação. Mais ainda,seus ouvintes aceitaram estamúsica como algo que tambémos fortalece e restaura. Nessesfenômenos eu encontro as ra-zões para acreditar no estranhopoder curativo da arte”. - Trechodo discurso de aceitação do Prê-mio Nobel de Literatura, de 1994,Kenzaburo Oe( O” Pai” desta his-tória). Retirado da Revista Veja,de 05.03.03.

RODRIGO [email protected]

Amilton questionaresposta doExecutivo

Segundo Amilton, oExecutivo respondeu deforma insuficiente o seupedido de esclarecimento,feito já há algum tempo,sobre os gastos com a Inter-net. As informações passa-das a ele não esclareceramsuas dúvidas. Os meses re-lacionados na resposta nãose referem aos que o vere-ador havia pedido esclare-cimentos. Amilton disseque estará reiterando seupedido na próxima segun-da-feira.

Pavidez: resposta doExecutivo nãocondiz com os dadospublicados no Jornaloficial

Flávio Cunha não se sa-tisfez com a resposta doExecutivo. O vereador ar-gumentou que não foiequivocado em pedir o es-clarecimento sobre os da-dos publicados pelo órgãode comunicação do Execu-tivo, e completou dizendo:“o erro, se ele existe, estána publicação do jornal,pois as respostas dadaspelo Executivo deixam ain-

da mais dúvidas, contradi-zendo o que de, antemão, foipublicado pelo jornal ‘A Ci-dade’”.

Pediu ainda com urgên-cia o processo licitatório116/01, carta convite nº 095,que trata da contratação daempresa Pavidez, para mai-ores esclarecimentos.

Aluísio pede ainstalação do pré-primário no SagradoCoração de Jesus

Devido a grande defici-ência de vagas pré-primári-as no bairro, o vereador Alu-ísio sugeriu a parceria entrea Prefeitura e a Escola Esta-dual Bernardes de Faria, si-tuada neste bairro, para queseja atendida uma popula-ção de aproximadamente120 crianças, as quais seencontram fora do ensinopré-primário, devido à gran-de carência de vagas na cida-de como um todo. Disse ele:“esta é uma forma viável quepoderá resolver com preste-za e eficiência a atual situa-ção das crianças daquelebairro”.

A relação Câmara Xpopulação: “quemnão se comunica setrumbica”

O vereador Amilton LuizVale sugeriu que se criemmeios de comunicação na-quela casa, buscando ummelhor relacionamento en-

tre os vereadores e a popula-ção formiguense. Segundoele, o povo deve saber detudo que acontece nas reuni-ões, com muita transparên-cia. Sugeriu que a câmararesgate o informativo, “Ple-nário da Câmara”, faça umatomada de preços a todas asemissoras de rádio paratransmissão ao vivo das ses-sões plenárias da CâmaraMunicipal, bem como toma-da de preços junto às emis-soras de televisão para trans-missão semanal de um pro-grama com duração de 10minutos sobre os trabalhosdo Legislativo.

Amilton conclui sua faladizendo: “a única forma depassarmos credibilidade, se-riedade e transparência aopovo é mostrando a eles oque fazemos e como faze-mos. A melhor forma de sefazer isso é levando a todapopulação formiguense ostrabalhos da Câmara, deve-mos criar uma boa relaçãoentre o Legislativo e opovo”.

Zezinho Gaiola cobracumprimento depromessa do prefeito

O vereador Zezinho Gai-

ola cobrou do prefeito pro-messa feita em comício nobairro Santa Luzia, noqual o Sr. Prefeito afirmouque construiria uma praçano final da Rua AntônioJosé Barbosa. Dizendoque “promessa é dívida eele deve o quanto antescumprir o prometido àque-la comunidade”, Zezinhomarcou presença dentre osoradores na câmara.

Pediu ainda, que sejaprovidenciada a instalaçãode rede de esgoto na Rua10, no bairro Novo SantoAntônio, alegando estadode calamidade daquelepovo.

Moacir Ribeiro pedeprovidências

Segundo o vereador, aVila Padre Remaclo se en-contra totalmente deficitá-ria, no que se refere à cul-tura e entretenimento. Mo-acir pediu ao prefeito paraque se construa naquelelocal um Horto Florestal, oqual já teria área disponí-vel e uma praça para queas pessoas possam, no fimda tarde, se reunir para seentreterem. Disse aindaque é de fundamental im-portância estas constru-ções, pois o povo da VilaPadre Remaclo tem sesentido esquecido pela ad-ministração pública destegoverno.

Que vândalos destruí-ram, há mais de mês, diver-sos orelhões na cidade, dis-to todos sabemos.

Igualmente que as inves-tigações ainda não lograramêxito para apontá-los.

É tudo lamentável, masao que sabemos, este risconão pode ser transferido pelaconcessionária para o povoque, hoje, se vê obrigado acaminhar distâncias enor-mes para se valerem do ser-viço que é essencial e garan-tido por lei, ou fazer uso doscelulares, trazendo benefíci-os econômicos para as ope-radoras que, no nosso caso,são de propriedade da pró-pria concessionária de tele-fonia fixa.

O poder municipal preci-sa fazer valer sua autoridade,exigindo a reposição imedi-ata dos telefones danificadose, se for o caso, denuncian-do o descaso à agência regu-ladora que existe exatamen-te para tal.

O Procon, mantido como dinheiro do povo, tambémjá deveria ter agido em talsentido!

A defesa de consumido-res é muito mais ampla doque possa parecer e, nestecaso, será que teremos queapelar para a ficção, pedin-do que o Chapolin Coloradoapareça por aqui para nos

defender?A conta que pagamos

mensalmente e reajustadaregiamente pelo governoLula, traz, embutida em seupreço, parcela destinada acobrir tais riscos. Portanto, areposição tem que ser imedi-ata!

Quem não danificou taisaparelhos pode até não con-cordar com a ação dos vân-dalos e deve exigir das auto-ridades o esclarecimento dosfatos e a punição dos crimi-nosos, mas não deve se aco-modar. Ao contrário, deveexigir a imediata reinstala-ção dos aparelhos. Já decor-reu muito tempo e, como ouso do cachimbo faz a bocaficar torta...

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Formiga - 07 de março de 200310 NOVA IMPRENSA

A SEXUALIDADE

HUMANA

CLÁUDIA DIAS BORÉM NORONHA *

* Psicóloga Clínica - Especializa-da em Sexualidade Humana - Tel:(37) 3213-0006 - Divinópolis.

Erotizaçãoprecoce –quem é oresponsável?

“FORMIGA E

SEUS CAUSOS”

MARCO AURÉLIO GOMES [email protected]

www.misteriosmarcorelianos.fr.st

Parte 23

A agente Phyllis tinha certe-za que o Professor Amaro blefa-va. Ela sabia que se explodissetudo, como ameaçara, seu planopoderia falhar novamente, talcomo acontecera em Plutão, ouHades, onde já havia tentadoalgo semelhante. Assim mesmo,o planeta decaiu e, apesar doavanço tecnológico, sucumbirapor causa das falhas de caráterde sua população. Nesse orbe,ele fora um dos cientistas que, aodesvendar os segredos da glân-dula pineal - a chamada “sede daalma” - arrebanhou, através desua potência mental adquirida,almas perdidas que, em comu-nhão com os habitantes de máíndole, dominaram o planeta.Porém, por causa de uma falhasemelhante à que poderia acon-tecer ali na rua Monsenhor JoãoIvo, fora capturado por forças,ditas benignas, sendo enclausu-rado numa colônia correcionalsituada em asteróide próximo aoseu planeta. Ele não devia ter seesquecido, portanto, dos mausmomentos que passara na colô-nia e, nova falha, poderia ser seufim definitivo.

“O senhor não fala sério, pro-fessor”, disse Phyllis, “se explodirtudo, poderá perder o espelhoque tanto precisa a fim de cumprirseus anseios malignos!”

“Se a amiga dos detestáveisfractais, diz isso, quer dizer quetem o espelho consigo! E se otem, tudo fica mais fácil para mim,pois tenho meios de pegá-lo ago-ra mesmo!”

“Espere, professor. Não ébem assim. Achamos o objeto,mas este não está conosco! Está,em verdade, num local bem pro-tegido... Para obtê-lo, terá, enfim,que fazer uma troca conosco...”

“E o que deseja, sua chanta-gista fractal?!”

“Terá que liberar esses po-bres homens do passado e enviá-los de volta ao seu tempo. De-pois, iremos até o lugar onde seencontra o espelho triangular...Todavia, receio que vamos terdificuldades em sair daqui, poishá policiais armados em toda arua...”

“Somente liberarei esses in-fames retrógrados quando ento-arem o cântico mágico, depois depegarmos o espelho de conexão!Quanto aos elementos fardados,não há o que temer, pois torna-ram-se, a partir de agora, inofen-sivos! Pela reabsorção do líquidodas pineais de sua pessoa e dosgarotos deste lugar, retomei àpotência de antes. Assim, crieium campo núbio à nossa volta.Ninguém nos enxerga. Veja quenos procuram. Programei-ospara esquecer tudo que viram.Por isso, retornarão aos seus

postos sem compreender o por-quê de terem vindo aqui...”

O Diretor Paulo coçou a cal-va. Era sinal de preocupação.Fitou o agente Cabral, que esta-va ao seu lado, esperando porum alento para diminuir seus te-mores. A resposta foi só um olharvago, também sem qualquer es-perança. Por sua vez, a cientistaSuely, apalpou seu bolso para secertificar que o espelho triangularestava bem protegido. Seu medoera que fosse descoberta, o queporia tudo a perder. O plano dePhyllis tinha de dar certo... Eraa última chance.

“Vamos andando! O tempoem Gaia flui e dilui com celerida-de!”, gritou Professor Amaro, fa-zendo um gesto para que todoso acompanhassem

Todos, juntamente com osdois seres, passaram pelos pe-destres e policiais e viram que, defato, ninguém notava sua presen-ça. Caminhavam, como se esti-vessem invisíveis. Em silêncio.Tensos. Às vezes, um deles resol-via cochichar.

“Repare que todos passamperto de nós e sequer percebemque existimos... Será que outros‘invisíveis’ também cruzam nossocaminho, quando andamos narua?”, indagou curioso, o Diretor.

“Por isso, sempre devemosmanter nossa compostura...” iro-nizou a Cientista.

O sol estava a pino. O rebuli-ço típico de cidade, contrastavacom os passos secos de cadaum. Andavam um atrás do outrotal como numa procissão de Sex-ta-Feira da Paixão. Desacostu-mado com o clima terrestre, Pro-fessor Amaro começou a dimi-nuir o passo, pois ficara ofegan-te...

Phyllis reparou tal detalhe.Era o momento certo para dificul-tar ainda mais as coisas.

“Tenho que retardar ao máxi-mo a chegada ao escritório, ape-sar de saber que o Professor co-nhece o caminho. Ele não vai su-portar o cansaço e pedirá paraparar...”, pensou.

“Por quê desvia seu cami-nho?”, perguntou desconfiado.

“Através de minha visão re-mota, detectei que há obrasnuma das ruas que está com otrânsito impedido. Não passampessoas, tampouco automóveis!É prudente que mudemos nossarota...”

Professor Amaro baixou suacabeça, num sinal de ter acredi-tado. Estava muito fatigado paracorroborar o que Phyllis dizia. Osdois seres que andavam perto doProfessor, ainda “algemados”,desconfiaram do plano da agen-te. Torciam para que o plano des-se certo, pois, cansado, o Profes-sor, pouco podia fazer. Era achance que tinham de, finalmen-te, se livrarem do temível cientis-ta do mal!

A artimanha de Phyllis deraresultado mais cedo do que o es-perado. Sem forças, o Professorsucumbira ao chão, quase semar. E os três saltaram por sobreele, que nada pôde fazer...

A Sede da Alma

Erotizar o corpo é colocar ero-tismo, energia sexual e muita sen-sualidade. Fazê-lo como um objetode desejo e sedução. Percebe-seque isso está acontecendo muitocedo na vida das pessoas. Estamosvivendo um período de grandestransformações em todos os senti-dos, inclusive nos valores sociais.Grandes avanços tecnológicos influ-enciando nossas vidas e com essesavanços a mídia, inclusive a televi-siva, passou por longo período derepressão para cair numa liberdadede expressão sem limites, invadin-do nossos lares de maneira assus-tadora.

O papel principal da televisãoseria o de informar e formar, levan-do para os telespectadores possibi-lidades de reflexão que promovamcidadania e cultura, tão fundamen-tais no processo democrático. O quese vê é uma guerra acirrada entre asemissoras que têm como objetivoprincipal ganhar ibope. Quem ficacom o prejuízo somos nós, nossascrianças e jovens tornam-se vítimasda programação que exibe um con-teúdo, na maioria das vezes, apela-tivo, grosseiro e sem caráter educa-tivo.

A sexualidade é exibida semmaiores preocupações de informa-ção e formação. Tudo incita a sexoe à sedução, como se o que impor-ta é vender sensualidade, mostrarcorpos desprovidos de sentimentose valores. Mas não é somente a te-levisão responsável pela erotizaçãoprecoce. A educação hoje é muitobaseada no “modernismo” e na liber-dade sem limites. Os pais têm medode parecerem caretas, de estaremfazendo diferente dos outros e pe-cam por excesso de permissividade.É importante acreditar e confiar quetudo deve acontecer a seu tempo.Uma criança precisa brincar comocriança, com brinquedos de criança,não deve ser incentivada desdecedo a exibir-se como adulto, a imi-tar sensualidade de gente crescida.Incentiva-se muito a criança, princi-palmente as meninas, a se produzir,dançar e se comportar como atrizese dançarinas famosas. Os paisacham lindo e batem palmas, come-çam a se preocupar quando essascrianças começam a crescer, a en-trar na adolescência e continuamcom o erotismo que aprenderam ecopiaram na infância. Aí, com certe-za é um conflito danado. Torna-seimprescindível refletir sobre o papeldo educador nessa erotização, tãoimposta nos dias atuais. Outra for-ma de incentivo à erotização preco-ce acontece no seio familiar, no re-lacionamento pais/filhos – na formade sedução, nos toques íntimos, àsvezes de maneira inconsciente, mui-tas vezes de forma consciente, de-liberada e premeditada. Pais não po-dem dar carícias a uma criançacomo fazem os adultos entre si. Cri-ança merece e precisa de carinho,

de toque, de amor, de atenção e afe-to, com zelo e cuidado, de forma quecontribua e promova seu desenvol-vimento de maneira salutar. Depen-dendo do ato e da intenção a eroti-zação contra uma criança tambémé uma forma, mesmo que dissipada,de agressão e violência. É claro quea questão do erotismo na vida de umser humano se faz presente desdea mais tenra idade. Sabemos quetoda criança apresenta-se natural-mente movida por impulsos sexuaise agressivos que geram curiosida-de, movimentos e fantasias. Todacriança deseja e busca o amor dospais, erotizando assim suas rela-ções. Só que, quando esse amorconfunde-se com liberalidade e mi-mos em excessos, o desejo trans-forma-se em voracidade, dando ori-gem à intolerância e frustração nãoelaborada, dificultando o desenvol-vimento do ego. Assim, a insatisfa-ção torna-se um estado emocionalconstante. Quando o amor dos paisconfunde-se com excesso de estí-mulos e oportunidades carregadosde erotismo, transforma-se em vio-lência, aumentando o estado de ten-sões, sem que a criança possa en-contrar condições para o alívio ne-cessário. O limite externo, mesmoque momentaneamente frustrante,se adequado e bem conduzido pos-sibilita satisfações consistentes eduradouras, sem riscos e perigosmaiores. Cabe aos adultos a com-petência de proteger e estimularadequadamente seus filhos que es-tão em formação e não sabem dis-cernir ainda sobre o que é bom ouruim para conviver e viver melhor. Oincesto e outros estímulos sexuaisprecoces e excessivos, aparente-mente “inocentes” ou até mesmobem intencionados, representamexemplos importantes que mostramas falhas de condições e suportespara um desenvolvimento humanosaudável.

Respeito à privacidade e à indi-vidualidade começa com o exemplodos educadores. É preciso colocarparâmetros, fronteiras e limites ade-quados. Adultos saudáveis educame formam pessoas saudáveis. “Acapacidade de acolher uma criançaou adolescente, respeitando-os emseu desenvolvimento, reconhecen-do-os e validando-os em seu gêne-ro, pressupõe que os pais tenhamevoluído em sua identidade sexuale em sua capacidade de amar e seramados”.

A erotização precoce conduz aimportantes dificuldades na vida se-xual e amorosa, seja na adolescên-cia ou na idade adulta. Saber admi-nistrar corretamente os impulsosamorosos e sexuais, dentro de va-lores próprios familiares e não im-postos pelos meios de comunica-ção, é condição básica de promoçãode relacionamentos satisfatórios evivência feliz da sexualidade.

A edição do Jornal “A Cidade”que circulou de 11 a 28 de fevereironoticiou que formiguenses visitaramo Parque Pimonte, nas proximida-des da cidade de Oliveira.

Até aí tudo bem, mas a notícia,segundo alguns internautas que dis-tribuíram e-mails sobre o assuntopara a imprensa local, a coisa nãoficou muito bem esclarecida.

Os turistas, todos funcionáriospúblicos, foram agraciados com o pas-seio, em dia de expediente normal,com condução paga pelo ExecutivoMunicipal e, ao que se apurou, dentreeles, haviam alguns que não estão li-gados à Secretaria de Turismo.

Segundo a secretária Marli Lo-pes, só o transporte correu às ex-pensas do município, pois até a ali-mentação consumida foi paga porcada um dos presentes, e mais, aoque sabe, ninguém recebeu diária

por tal viagem.Marli informou também que o

lugar é lindo e que o proprietário doempreendimento tem o hábito deconvidar as populações das cidadesvizinhas para conhecerem o local,fazendo desta forma seu marketing,pois em tais datas isenta de taxas oshóspedes oriundos das mesmas.

“Foi muito bom estarmos lá e navolta, disse ao prefeito que maisuma vez, comprovei que Formigadispõe de condições de concorrercom as cidades vizinhas na área deturismo, e mais, se lá não havia nin-guém a não ser o proprietário e fun-cionário, nós que dispomos de umnúmero razoável e comprovado de‘fregueses’, precisamos melhorarnossas condições para recebê-los emantê-los aqui. Este é o nosso gran-de capital, a presença constantedeles”, concluiu a secretária.

Turismo Oficial?

Comentários do editor:1 - Se a viagem foi oficial, todos

devem receber diárias, até mesmo osque por um motivo ou outro, tenhamsido incluídos na relação pelo prefei-to ou por quem quer que seja.

2 - Um relatório sobre o que foivisto ou estudado deve ser feito, as-sinado por todos os participantesque, certamente, explicarão suaspresenças de acordo com os interes-ses dos setores que representaram.

3 – Se foi só turismo, alguémdeverá ressarcir aos cofres públicosas despesas com o ônibus, pois seisto ocorreu, está caracterizado o cri-me de peculato (apropriação de bempúblico, mesmo que temporária, emrazão das facilidades que o cargo lheproporciona).

4 – Neste caso, os que não seencontravam no gozo de férias, de-verão ter o dia descontado pois, aoque se soube, a viagem durou de9:00h às 16:30h.

5 – O fato que já havia sido tor-

Texto do e-mail recebido:

Nesta semana passada, uma delegação de formiguenses (foto),estiveram no Parque Hotel Pimonte, em São Francisco de Paula, paramanter contatos de integração e mais conhecimentos no Setor Turísticoe Hoteleiro. Estavam presentes os Secretários Municipais Marli Lopes(Fomento) e Dr. Jordano Vieira (Procurador...

Bem, esta notícia saiu no jornal “A Cidade” deste mês. Relata umaviagem feita por uma “delegação de formiguenses”, mas na verdade, sãotodos funcionários da Prefeitura. Foram passar um agradável dia numHotel Fazenda aqui da região.

O que precisava ser verificado, é quem “pagou” o transporte para queos dedicados funcionários municipais fizessem essa viagem. Será queratearam e pagaram o frete e o combustível do ônibus?

Como ficou o atendimento em seus postos de trabalho, já que elesestavam de “folga”?

nado público pelo jornal oficial, vistoagora sob esta nova ótica, deverá serobjeto de averiguação por parte dosfiscais legais, os senhores vereado-res.

6 – Esperamos que o jornal te-nha, mais uma vez, cumprido seupapel e, ao ouvir a senhora secretá-ria, deixa para nosso leitor denunci-ante (www.classiformiga.hpg.com.br), as informações obtidas, para queele mesmo faça seu julgamento,agradecendo a confiança em nós de-positada.

7 – Priscila Jammal, funcionáriado Departamento de Comunicaçãoda Prefeitura, não aparece na foto,exatamente porque coube a ela atarefa de registrar o acontecimento.Interessados em ouvir sua versãosobre os fatos, fomos informados deque ela, estaria curtindo o carnavalno Rio de Janeiro e que, provavel-mente, poderá ser contatada a partirdo dia 10/03, data inicialmente previs-ta para o seu retorno.

Formiga - 07 de março de 2003 11NOVA IMPRENSA

Estas e outras receitas você encontra no livro “Receitas Nossas”. Receitas práticas e de nossoscostumes. À rua Marechal Deodoro, 67, com a autora. Fone: (37) 3321-1328.

Por volta das 15:30 dequinta-feira, 27/02, um in-cêndio apavorou os morado-res da rua Ralph de Carlos,no bairro Sagrado Coraçãode Jesus. O fogo, que quei-mou o segundo andar de umsobrado, começou porqueValéria de Oliveira Arantesteria jogado acidentalmenteuma bituca de cigarro emuma cama. Valéria saiu sozi-nha do apartamento, mas asua mãe, Iracema de Olivei-ra Arantes, 75, teve que serretirada com a ajuda dos vi-zinhos. Wagner de OliveiraArantes, 46, que estava dor-mindo quando o incêndiocomeçou, foi levado para oPS, mas não sofreu nenhumferimento.

Por sorte, um caminhãopipa do SAAE estava porperto, e chegou em poucosminutos ao local, onde fun-cionários do SAAE, JoséBatista e Alvim Pacheco,trabalharam rapidamentecontrolando o fogo, que já

havia queimado tudo em umquarto, e já alastrava paraoutros cômodos da casa. Porcausa da alta temperatura, ochuveiro derreteu e ficou de-pendurado por fios e umvaso de plástico em cima da

geladeira também acabouderretido. Felizmente nãohouve vítimas, mas, de acor-do com o laudo feito pelaDefesa Civil, a estrutura doapartamento ficou compro-metida.

Sobrado pega fogoUma bituca de cigarro provocou um incêndio que quasevitimou uma senhora de 75 anos

No quarto onde o fogo começou, nãosobrou nada Wagner acordou em meio à fumaça

Os tecelões da Idade Médiacriaram uma tapeçaria altamenterefinada, detalhado em minúciasas cenas da vida contemporânea.Imensos tapetes em lã e seda,

usados para cortar correntes dear, decoravam as paredes de pe-dra de castelos e igrejas. Os mo-tivos eram copiados de pinturasem escala enorme colocadas por

TAPEÇARIAGÓTICA

trás da urdidura (ou comprimen-to total dos fios) no tear.

Mais uma vez, oshomens do SAAE

fizeram o trabalho dosbombeiros

Abençoada terra em que “se plantando tudo dá”; já dizia Pero Vaz de Caminha, quando chegou aoBrasil em 1500, na carta que escreveu ao rei de Portugal.

Você que tem um pedaço de chão em seu lote, não cometa o absurdo de cimentá-lo todo, deixeterra e plante. Quem planta colhe, quem colhe, come melhor, quem come melhor tem saúde e maisdisposição para o trabalho.

A pessoa inteligente sabe que se quiser fazer economia no setor de alimentação, vai plantar e vaiprocurar usar produtos da época, da safra, que são os melhores e mais baratos.

Vejamos o milho verde, está com um preço ótimo, por isso a receita de hoje é bem adequada aomomento. Experimente!

Frango ao creme de milho verde

Coloque em marinex grande:1) Camada de peito de frango desfiado ( mais ou menos 1Kg);2) 2 latas de milho verde batidos no liquidificador, com mais ou menos 1 copo de leite, ou a própria

água do milho, ou use grãos de 6 a 8 espigas de milhos, ligeiramente cozidos e temperados com sal;3) 1 copo de requeijão;4) Fatias de presunto (opcional) mais ou menos 250g;5) Cobrir com 250g de mussarela ralada;6) Levar ao forno por mais ou menos 10 a 15 minutos.Se gostar, sirva com batata palha. Decore a gosto.

Suco de milho verde

Bata no liquidificador:1) 1 copo de mingau de milho verde (200 ml) gelado;2) 1 copo de leite gelado ou se gostar mais ralo, ponha mais leite. Prove, se estiver sem açúcar,

adoce com leite condensado, ou com açúcar mesmo.3) Bata bem no liquidificador jogando pedras de gelo.Sirva com canudão.

A revista CartaCapital de janei-ro de 2003 publicou os resultadosda Pesquisa Tendências sobre In-vestimentos. Foram entrevistados30 líderes empresariais em 20 se-tores da economia brasileira. Umtotal de 70% afirma que haverácrescimento econômico. Quasemetade dos pesquisados está oti-mista com as reformas, e 58%acredita que o governo terá a ca-pacidade de manter a base políti-ca estável.

A maioria (69%) das liderançasacredita que haverá início concre-to de reforma da previdência e datributação. Apesar do crescimen-to esperado pelo Banco Central serde apenas 2,8%, os entrevistadostêm perspectivas de crescimento

bem mais otimistas. Acham quehaverá um aumento de 10 a 20%nas receitas de suas empresas, e63% aposta na expansão de seusmercados.

Todas as lideranças entrevista-das aplicarão igual ou maior quan-tidade de recursos em 2003 do queem 2002. A Vale do Rio Doce vaigastar US$1,8 bilhões em 2003.

Aproveitando essa onda oti-mista, Eduardo Brigagão, presi-dente do Lemon Bank, afirma queo banco expandirá suas atividades.Em 2002, o banco foi fundado comum investimento de US$40 milhõesde capital argentino. O segmentoalvo são os 40 milhões de brasilei-ros que não têm conta corrente eque estão excluídos do sistema fi-nanceiro. O objetivo do banco em2002 era apenas o de receber pa-gamentos.

Em 2003, expandirá suas ope-rações usando uma rede de 1.800padarias, farmácias e postos de

gasolina associados, onde serápossível fazer saques, depósitos eempréstimos. Será lançado umcartão de crédito (Secured Card)para o povão e, a partir de março,o Lemon realizará operações deempréstimo, cheque especial e fi-nanciamento de imóveis.

O modelo do Lemon é de bai-xo custo. Enquanto a instalação deuma agência tradicional custa en-tre R$100 mil e R$150 mil, a infra-estrutura para um correspondentebancário do Lemon sai por menosde R$20 mil. O objetivo desse ban-co popular é chegar a 2007 com400 mil contas correntes abertas e600 mil cartões emitidos.

Próximos Eventos Otimistas:Itabira (dia 25-Fev) / Palmas (dia10-Mar) / Gurupins (dia 11-Mar) /São Paulo (dia 15-Mar)/ Divinó-

polis (dia 22-Mar)) / BeloHorizonte (29 Mar): (31)3284-

1848

Lideranças enegócios otimistasDR. ÔMAR SOUKIwww.souki.com.br

A SOLUÇÃO OTIMISTA

Recomeçando a trabalhar, nestacidade, Bernadete Muínhos de Paulaprocura consultório para dividir.

Comunicado

Telefone em Formiga: (37) 3321-1362em Belo Horizonte: (31) 3344-8368

(31) 3293-1370

Formiga - 07 de março de 200312 NOVA IMPRENSA

ITAMAR DA SILVA E-MAIL: [email protected]

PerdaCompartilho, consterna-

do, a dor da família de Salo-mé e Júnior Albergaria pelaperda prematura de sua jo-vem filha Flávia FonsecaAlbergaria. Neste momentodifícil, só uma certeza, queFlavinha está junto ao Cria-

dor, agora gozando as mara-vilhas do paraíso eterno.

AniversáriosAo Prefeito de Formiga,

Sr. Juarez Carvalho, votosde felicidade e de muita saú-de pelo seu aniversário quetranscorreu no dia 28/02.

Também um abraço es-pecial ao amigo querido,Faustino Monteiro, que tam-bém recebeu manifestaçõescarinhosas pelo seu aniver-sário que transcorreu no dia04/03.

E, no dia 01/03, o amigoMarcos Coelho faturou maisum ano em sua vida, vidaesta transformada em plenaalegria de viver. Ao eternojovem votos de felicidades,e a uma outra do clã dosCoelho, a nossa diretora co-mercial, Normélia, que ani-versariou dia 6.

A bonita Viviana PiresPereira, que faz par român-tico com um dos locutores

mais ouvidos em Formiga(Charllote Pink – 102,5 FM)também comemorou novadata no dia 06/03. À jovem,cheiros carinhosos da colu-na. Felicidades.

MudançaTransferindo residência

para Brasília, Vanessa Pau-linelli ficará na capital fede-ral por um determinado tem-po, aperfeiçoando seu cursode Advocacia para um futu-ro melhor. A jovem colocasua casa à disposição dosamigos. Sucesso.

Novo visualPassando por reforma, a

Boate Mania Brasil reabrirásuas portas no dia 14/03,com uma grande festa,“Efeito Tequila II”. O pro-moter Vítor está fazendo umbom trabalho na remodela-ção da casa e todos ficarãosurpresos com o novo e lin-do visual da Boate.

PazO que se viu neste perío-

do de Carnaval, no país intei-ro, foram as diversas mani-festações pela paz, tanto parao Brasil como para o resto domundo. Neste momento deanti-guerra, que alguns líde-res mundiais façam um mo-mento de reflexão.

Minuto de Sabedoria“Para quem está perdido,

qualquer atalho serve”.

Um cheirinho pravocês...

A bonita Viviana ao lado de seu love, Carlos Henrique (Charllote Pink)Na cidade de Franca, o formiguense Thiago e a linda Pâmela

O jovem veterinário Euler e sua bonita namorada na noite formiguenseConsiderado um dos casais jovens mais bonitos de Formiga: Polyana e Marcelo

Formiga - 07 de março de 2003 13NOVA IMPRENSA

Dia 6, nossa diretora comercial, Normélia Gonçalves VilelaCoelho da Rocha (que, apesar de ter nome de baronesa, é

muito simples e querida por todos nós) também virou ocalendário. Em meu nome e dos demais colegas, os votos

de feliz aniversário e o pedido ao “papai do céu” paramantê-la entre nós por muitos e muitos anos!

Ká entre nós: ponto de encontro da juventudeformiguense

O proprietário da Looping Uniformes, Sandro... ...fez várias promoções pré-carnavalescas,... ...na cidade, com muito sucesso,...

...para mostrar a sua nova etiqueta Looping (Noite BlitzLooping)

Simpáticas demais: Fernanda e Liziane

O luxo e dengo de Beatriz com sua irmãzinha Maria Clara,novo amor dos pais Dra. Juliana e Dr. José Lino

Este colunista sempre ladeado por pessoas fashion:Virgínia Paulinelli e Maria Virgínia Monteiro

A vovó Jandira paparicando a sua mais nova neta, a fofaLaís

Em grande estilo, o jovem e bonito Thiago

Chris Duran: presença internacional em Formiga

Formiga - 07 de março de 200314 NOVA IMPRENSA

Viu o que acon-teceu no “Carna-

valha”?

Vi, e acho quefoi erro de comu-nicação, pois a

propaganda pediapara se abrir opróprio coração,não o dos outros,

cara!

Carnaval, obediênciatotal

O pessoal resolveu atender odecreto municipal. Uns levaram acoisa muito a sério, e ao que pare-ce, não compreenderam bem o es-pírito da peça publicitária.

O apelo que pedia: “Abra o co-ração, solte a alegria e caia na foliado Carnaval 2003”, acabou sendoseguido de maneira não desejável.

Uns e outros fecharam seuscorações, abriram o dos outros e aoinvés de soltarem a alegria, espalha-ram tristeza e rancor... Uma pena!

Tudo bem, concordamos queas bandas eram uma bosta, que osom estava péssimo, mas a coisapoderia ter ficado apenas na vaiadedicada ao homem. Não precisavatanta apelação, viu geeennntttteee!

Rodízio de pizza, novoprato do carnaval

Ao que se soube, está lançadoo rodízio de pizza carnavalesca. Acoisa funciona assim: quatro muni-cípios associados a importante ór-gão representativo, se juntam, pa-gam cada uma delas 22 mil reaispara uma empresa similar à do caraque assessorava o Chico Xavier(Emmanuel), e a meninada que nãocanta, não toca, não anima e pelojeito só...fatura. Aí tem, geeee-ennnntttteeeeeee!

Trio elétricoNa Praça da Apoteose, a famo-

sa Getúlio, hoje sem vagas, corre aboca miúda a notícia de que se ana-lisados os andamentos dos papéise o desempenho dos secretários,mereceram o título de “Trio Elétrico”do Juju os competentes: B.Belo,M.Vaz e João Soares. Vão ser de-senvoltos e rápidos assim lá naP.q.p.

Tô de ressaca, queimada desol, com o saco cheio e muito tristecom a sacanagem que fizeram como Landim. O coitado já se elegeu porduas vezes consecutivas e eles oobrigam a renunciar. Onde está oespírito de corpo? Terá sido barga-

nhado pelo espírito de porco? Essaturma do Lula não tem jeito mes-mo...

Gente, se essa mania de políti-co sumir pegar pra valer, os hotéisvão faturar alto...

Já pensaram bem se por aqui,aquele nosso conhecido sumir?

Falo do homem do alfafa clube,lembram-se dele?

Certamente o encontraremosno Debréia...

Se a moda jujuana pegar,teremos...

... Um desfile de moda via AçãoSocial com os bagulhos. Já pensa-ram um corpo de jurados formadopelo FV, ex-FM, BB (bonito e baca-na), Cacá, Cristal, Vai nessa e SeuLu, todos escolhendo o pobretão ea pobretona mais linda? E, comoprêmio, receberiam das mãos daTia, uma fita (cruzes) e um pirulitopara adoçar a boca com olhos fixosem 2004.

...O bom mesmo, segundo oSombra, seria se o Juju fizesse umapechincha com os aspones. Quemlevar um FV, ex-FM recebe de brin-de dois Beijas, ambos com carteirade motorista, C3 e, de lambuja, umLamba Love, sem direito a fazer fita.

A nova sigla agora é RSDepois do dique, das pinguelas,

da ponte de pau e do monte de su-cata que ele comprou, agora depoisde seu mais recente lançamento, oBP, Bazar da Pechincha, assumiude vez: é o nosso Rei da Sucata.

Mas, tem gente que...Está falando que quando o ho-

mem virar ex (ainda faltam 653dias), ele vai ser Sacoleiro do Para-guai. Já tem pedigree para isso.

Tem coisas que sóacontecem aqui...

Um baiano chegou à presidên-cia da Cama, digo Câmara Munici-pal, e foi um mineiro levado da bre-ca e penta que fez um monte debaianada. Pode?

Fofoquinhas Xanianascom a assessoria doGordo, o defenestrado

É gente, o atual Governo táigual a anúncio de comercial de tv,daqueles tais de shoptime. Apesardo barulhão e da imponência, sãorepetitivos, custam muito caro e nin-guém pode acreditar em nenhumapalavra daquilo que eles apresen-tam como qualidades do produto.Será?

Vocês sabem qual é a diferen-ça entre certos políticos e um porco?Sacanagem, mas a Xaninha depoisde muita pesquisa não descobriunenhum porco que fosse político,mas a recíproca...

Xaninha esclarece...A Tia, aquela do Pão de Ló, é

a personagem mais famosa do Go-verno lá da Argentina. Por isso elaé a Embaixatriz e a responsávelpelos projetos. Tem muita gente in-vejosa que malha a coitada e quediz não gostar dela. Pura intriga! Elano fundo, fundo, é muito legal. É nofundo do poço...Viu geennteeee.

Após a queda do Colossode Rodes...

O nosso repórter, o Príncipe, fi-lho do Rei, presenciou a queda daLoira Ramal no Gabinetão. A quedaabalou as estruturas do Palácio. Opior foi que quando ela caiu, o FV,ex-FM, entrou no Gabinetão e falou:“o Senhor não machucou, chefinho.Pensei que era um atentado”.

Quando a loiralevantou...

Ela gritou:- Ai que dor na perna. Alguém se

candidata a passar um gelol.O da mesa principal, danado de

levado, falou:- Aí se eu tivesse intimidade. Já

fui bom nisso.

Perícia descobriu motivoda queda

De acordo com o perito oficial,a queda da moçoila foi provocadaem virtude de haver sido lesada aLei da Gravidade. Ao trocar o pas-so, um movimento brusco gerou umreflexo na região superior toráxicaque impulsionou para frente as be-las e arredondadas protuberânciasque o bom Deus lhe deu, e o pesoinercial, não encontrando o devidosuporte, fez com que todo o corpo sependesse no sentido do centro daterra (olha aí a Lei da gravidade) ea musculatura corporal da mina, nãosustentando o impacto, mostrou-seincapaz de sustentar o peso, permi-tindo que toda aquela escultura des-pencasse violentamente, vindo a seestatelar no piso colocado sobre alaje que divide o primeiro e o pavi-mento térreo da Casa Rosada.

Qual é a diferença...Entre uma tragédia e uma cala-

midade?Tragédia foi os argentinos ele-

gerem o... Menen em 2000, e cala-

midade é o esforço de sua turmaque pretende reelegê-lo na próxima.Cruzes...coitados de nossos pobreshermanos Argentinos.

Classificados Xanianos1. Procuro um Controlador e um

pastor desaparecidos antes do car-naval. Recompenso regiamentequem me devolver o animal que é deestimação.

2. Passo adiante um dirigentepolítico, em bom estado e com pou-co uso. Ainda não fez nada que odesgastasse ou que exigisse repo-sição de peças.

3. PPP de uma grande cidade láda Argentina procura no Brasil umOuvidor Falador Escutador, com lar-ga experiência em gravar fitas com-prometedoras. Paga-se bem peloseu silêncio. Cartas para a CasaRosada a/c de Menen.

4. Agência de DNA: garantimosque ninguém se machucará na co-leta inicial do sangue. Só depois doresultado... Tratar com Dona Lu.

Papo de funcionáriopúblico municipal

Zezinho morreu e subiu aoscéus. Chegando lá, logo na entrada,um anjo lhe disse:

- O seu nome não está na lista,o seu lugar não é aqui. Você morreupor engano. Vá, ressuscite e conti-nue trabalhando no mesmo empre-go.

Zezinho, assustado respondeu:- Não pelo amor de Deus, Arcan-

jo Gabriel, não me mande de volta.Quero ir até para o inferno correndorisco de encontrar a minha sogra.Mas não me deixe ressuscitar e terque voltar a trabalhar naquela bos-ta de prefeitura. Não agüento maissofrer!

Novo concurso...A M Lopes, “the first lady of Mr.

Chapolin Colorado” inaugurou aCasinha Encantada e o FV já defi-niu: vai criar um concurso para no-mear a Fada Municipal que vai viverna Casinha. As lacraias sifu, bemfeito.

É duro mas é verdade ...Um sacana lá pelas bandas do

Santo Antônio, próximo ao CS (Cal-çadão do Saque), falou que não adi-antaria nadica de nada uma carretade neurônios capotar pelas bandasda terrinha. Motivo: os neurônioscertamente deixariam de ser recolhi-dos em virtude de sua inutilidade,pois não teríamos em quem implan-tá-los. Nesta terra, a inteligênciaabunda.

Um outro mais sacanaainda me falou que...

Se fosse uma carreta de alfafaque tivesse capotado, aí sim, estateria muita utilidade. Haveria muitafesta, e aqui, a turma, ao invés decorrer atrás, lema oficial, sairia nafrente. Seríamos os primeiros ainaugurar o “fome zero”.

Um outro mais sacanaainda que aquele outro,e gordo para variar,falou que...

No começo do governo, o Pa-droeiro era São Tomé, pois o povovotou só para ver pra crer.

Após um ano, o Padroeiro pas-sou a ser São Pedro, pois ele rene-gou o povão por mais de três vezes,mas em compensação, em cadadez questionados, onze garantemque não votaram nele.

Após dois anos, o Padroeiromudou novamente. Agora é SãoJudas, pois alguns andam acredi-

tando nas causas impossíveis, ree-leição, por exemplo. Mas se a fé re-move montanhas, aqui tem genteque remove diques!

Em outubro de 2004, provavel-mente, São Nunca deixará o empre-go na Ford e se instalará por aqui!

Falando em padroeiros...No PMDB local tem uma ima-

gem de Sta. Edwiges. É que a tur-ma de lá acredita que ela é capaz dereceber contas “impossíveis” já queé protetora dos endividados.

Fome ZeroO Fome Zero foi lançado na

Granja do Torto. Após 10 horas se-guidas de enfadonha reunião, da-quelas em que se fala muito e nãose decide nada, o Presidente Lulaofereceu um churrasco para os Go-vernadores. Nota abaixo de zero.

Nova parceria a vista...Juju disse que o Projeto Fome

Zero já tem condições de ser insta-lado aqui. No meio da turma se de-tectou enorme fome de poder, alémde alguns serem especialistas naarte de ‘comer’ (no bom sentido, viugente?)

Esta é ótima...O Lula tem o Fome Zero. Tudo

bem. E se a ordem é imitá-lo, conhe-ço um que está melhor que ele emmatéria de popularidade, abaixo dezero! Quá, quá, quá.

Gente, quero divulgaruma carta que recebi viae-mail...

Mano Ju,Não se preocupe com esta tal

de Imprensa. Crítica é apenas umacrítica. Se não fosse crítica, não se-ria crítica. Eu mesmo tenho meusmomentos críticos, que não critico,quando estou no banheiro.

Se você acha a imprensa cha-ta, incômoda ou pelo menos incon-veniente, se agüente. Pior mesmosão eles serem obrigados a nos atu-rar no governo. Pense nisto! Parede gastar seus talentos com preocu-pações que não valem à pena. Você“é e sempre foi um craque” e se con-tinuar assim, acredite, vai ser reelei-to. E todos continuaremos até 2008com o nosso Big Brother, particular.

Nos momentos de tristeza, seinterne num hotel, ou num SPA efaça como seu colega de Ipatinga,o Chico. Afie e lubrifique a ferramen-ta. Não há nada melhor para esva-ziar a cabeça e o saco!

Mano Ju, a Imprensa e aquelesxexelentos da oposição estão cadavez mais impertinentes, inoportu-nos, abusados e prepotentes. O queeles podem fazer contra o nossopoder? Nada.

Pois bem, Mano Ju, para come-çar, você deveria decretar que elesfossem obrigados a ler o MarronGlacê, e a minha coluna para melho-rar o humor. Faça uma campanhado tipo: “Esta é uma cidade que vai

para frente”. E o Marron será a nos-sa âncora para desestabilizar osnossos opositores e no futuro bempróximo, entraremos com umaemenda, a Lei Vitória, relatada peloPedrão, e com a ajuda de nossosfiéis escudeiros, transformaremos ogoverno desta província em monar-quia. Falta pouco para que istoaconteça. Observe.

Existem, Mano Ju, segundo oMontesquieu, que para mim foi reen-carnado por aquele agourento doKlau da Nê, diversos modos para seaparecer, não sendo chato e muitomenos inoportuno. É hora de mos-trar as coisas boas e calar a boca,da imprensa, principalmente damais fofoqueira.

São uns verdadeiros animais.Estes jornalecos são dirigidos porquem? Um pobre coelho, uma mulaque já-já fica manca, e por um pen-telho que se diz macho, mas que mecontaram vive com um tal de Nilo.Outro dia ele estava comprando umpássaro grande, daqueles de pluma-gem branca e perguntado sobre oque faria com o pássaro, já que eleé metido a ecologista, me respon-deu: Nunca fui metido e isto não épássaro, é uma Garça. E eu vou Dáo Nilo Garcinha.

Mano Ju, acho que você preci-sa aparecer mais. Que tal escrever-mos, em parceira, um livro cujo titu-lo seria “Mil e uma maneiras de seconstruir o futuro através de pingue-las?” Elas são de baixo custo e nãotrincam como aquelas de cimentoque alguns idiotas andam reforman-do, aqui pela região amazônica.

Este livro, inédito no gênero,seria uma obra épica e uma manei-ra de mostrar a arte de, a partir daspequenas coisas, se conquistar opovo. Afinal, são das pequenasobras que nascem os grandes negó-cios, segundo o SEBRAE.

Mano Ju, peça o Klau da Nêpara deixar de brincar com as neu-roses do poder. As suas notíciasestão levando as pessoas à beira daloucura e os enfrentamentos daque-la que se julga cheirosa, mas nãopassa de uma fedorenta, fizeramcom que a nossa Ação Social, ca-ísse de vez no precipício da insani-dade.

Finalizando, acuso o recebi-mento de sua foto no ultimo leilão deeqüinos ao lado de nosso campeão.O outro. Abraços de eu.

**Rascunho de carta encontra-do na gaveta da Xana. Acredita-seque ela deverá oportunamente serremetida para seu irmão, JuvenalFelício Lobato Pinto e Silva, prefei-to de uma currutela próxima a Xapu-ri, na região do Eldorado, para aon-de muitos foram, em busca do ourofácil e que, segundo apuramos, nãoestá no melhor de seus momentos.

Teau gentalha

Rio, Carnaval 2003 (A saga de uma loira)

Na telinha de sua TVDestacando-se na multidãoO chefe, atento, quem vê?A menina da comunicação!

Quem pode, no Rio se sacode,E descontraída a nossa amigaSabendo que não vai dar bodeRepresenta e divulga Formiga

Invejosos não dormem no ponto.E esperam o final do mêsIrão conferir se o desconto,Acontecerá mesmo, desta vez!

Folgar no carnavalNão é pra qualquer funcionárioE nem mesmo a lei fiscalManda descontar do salário

O belo é pra ser mostradoE mesmo na corda bamba,Ela não perdeu o reboladoNa passarela do samba.

Formiga - 07 de março de 2003 15NOVA IMPRENSA

Localizada na ligação entre oaterro de Ponte Vila, construído nogoverno de Juarez Carvalho, e queredundou na economia de 4,5Kmpara quem se dirige à região do En-costa do Lago, FIC, Hotel Marina eoutros condomínios ali existentes, aconstrução de uma rotatória e doiscanteiros, apesar da rusticidade e dobaixo custo, foi capaz de agradar atodos e mais que isto, de evitar aci-dentes.

A medida ordenou o trânsito lo-cal, não agrediu a paisagem, pelocontrário, criou um espaço bem de-finido para o verde e, o que paranós foi o mais importante, despertoua própria comunidade local para aimportância de fazer com que os tu-ristas sintam que na região de Pon-te Vila há, além de lago, a preocu-pação com a natureza e com a se-gurança dos usuários.

Hoje já se fala em plantar árvo-res nas laterais do próprio aterro,criando jardins que seriam cuidadospela comunidade local em animadosmutirões que são sim, forma políti-ca de agregar homens em torno deidéias e de difundir neles o senti-mento cooperativista que redundaaté mesmo em maior força, quandode suas justas reivindicações.

O secretário Jair da Fonsecapercebeu logo que a reivindicaçãoera justa e movimentou até o depar-tamento de engenharia municipal,que rapidamente desenvolveu o pro-jeto, executado em tempo recorde.

Agora, senhor secretário, gosta-ríamos que fosse estudada pelomunicípio outra reivindicação que,se posta em prática, certamente tor-nará aquela região ‘diferenciada’

das demais da orla de Furnas, acusto baixíssimo, além de propiciarempregos imediatos para mão deobra menos qualificada, uma vezconcluída, riscar do mapa de manu-tenção aquela estrada.

Não queremos asfalto. Quere-mos calçamento no antigo e arcai-co “sistema de pé de moleque”, quemelhor se coaduna com os anseiosde uma região que pode, muito bem,se desenvolver a partir dos investi-mentos ali instalados, em direção aoturismo rural.

Quem conhece as antigas rodo-vias de ligação entre Paranaguá/Curitiba, algumas da região serranado Rio de Janeiro ou as que ligamcondomínios à BR, nas proximida-des de Água Limpa, sabe que elas,aos poucos, em sendo arborizadas,se transformam em jardins naturais,atraindo pássaros e fazendo comque a própria população local crieem suas margens verdadeiros cam-pos de flores, mudas e de distribui-ção de produtos horti-fruti-granjei-ros, naturais ou semi-elaboradosque se transformam em renda, pe-renizando um comércio que é preci-so lembrar, deve funcionar durantetodos os finais de semana, e não sóno carnaval, semana santa ou feri-ados prolongados.

Se o poder público se fizer pre-sente, ordenando tais ações, nosparece, através de suas diversassecretarias (Fomento, Turismo, Pes-ca, Agro-pecuária, Educação, MeioAmbiente e outras), a iniciativa pri-vada chegará com mais vontade, eaquela região, em breve, além dosgrandes investimentos, poderá abri-gar pousadas e restaurantes meno-

res que ofereçam além do pouso eda comida, serviços de aluguel decharretes, animais, venda de produ-tos artesanais, etc.

É sonho que, em nossa opinião,pode se tornar realidade.

Uma estrada diferente por ondeas tradições seriam incentivadas.Ou será que as folias de reis, os ter-nos e outras manifestações lá exis-tentes não merecem, ordenadamen-te, ser exploradas como atrativos?

Ficam as sugestões e a espe-rança de que o Secretário de Obras,por sua ação, até então inovadora,seja o defensor destas idéias den-tro do poder municipal.

Inovar à partir de idéias e solu-ções antigas pode até parecer para-doxal, mas costuma trazer bons re-su l tados!

Ponte Vila pode abrigar ummercado de pesca e de produtosdaquela região, que atrairia os recur-sos de compradores mais próximose evitaria que ‘nossos turistas’ aquiaportem com as capangas cheias

de latarias e outras bugigangascompradas a preço de ouro no Car-refour de Betim.

Assistir famílias desembalandode seus isopores, ovos, doces,pães, bolos de fubá, biscoitos e bro-as, todos de marca, ou até mesmofritando frango congelado, semque ao menos saibam que a nossaregião produz tudo isto a custo maisbaixo, e em melhor qualidade semnada fazer, não nos parece ser algointeligente.

Turista não quer carregar peso!Quer moleza, quer descanso e sóvem parar aqui ou procura outroslocais, na busca de maior tranqüili-dade e conforto.

Estes desejos nós temos condi-ções de atender. Só depende denós. O dia em que nossa populaçãoentender que devemos explorar ebem o ramo turístico e não explorar-mos o turista, todos ganharemosmais. Nós e eles!

E falando nisto, o carnaval dePonte Vila comprovou que, com um

mínimo de ação, os milhares de tu-ristas que se deslocam de longepara os clubes instalados na regiãoque se convencionou chamar-se deBalneário de Furnas, poderão seorganizar em blocos ou escolaspara, numa disputa alegre e espon-tânea, desde que emulados para tal,reerguer e dinamizar nosso carnavalde rua, fazendo com que esta cida-de abrigue, ao menos num dos diasde festa, num grande evento, todosali na praça da Rodoviária, numagrande confraternização.

Isto não acontecerá, é óbvio, deuma hora para outra, e nem nasce-rá no primeiro ano um grande even-to. Mas, é preciso começar e embreve, como acontece em Olinda,milhares de pessoas se deslocarãopara cá, quem sabe atrás da BandaJeca, lá da Ponte Vila, financiada emantida pelos próprios clubes quedisputarão entre si, organizandoseus blocos ou escolas, agregandoa elas gente da terra, trazendo em-pregos na confecção de fantasias,produção de adereços, criação deartistas e músicos, contribuindo efe-tivamente para o desenvolvimentoeconômico desta cidade.

Organização, publicidade bemdirigida e premiação atrativa talveztragam melhores e duradouros re-sultados com investimentos, quemsabe, menores que aqueles gastoscom as bandas nestes últimos anos,criando maior motivação e envol-vendo toda a comunidade em talprocesso.

As diversas escolas e blocosque aqui existiam talvez possam,numa outra ponta, abrigar em suashostes estes foliões de fora, quecertamente pagariam caro para ne-las desfilar, sustentando assimaqueles que por falta de “grampo” oude “incentivo”, abriram mão, mesmoque a contra-gosto do direito de far-rear com dignidade, ordem e respei-to nos três dias em que, sob as or-dens de Momo, todos se tornam re-almente iguais.

Esta é uma forma de se garan-tir trabalho para muitos, durante todoo ano e de se fazer com que os tu-ristas, nem que seja para opinar ouexperimentar as ‘fantasias’ (reais eas da cachola), ao se transformaremem passistas, mestres-sala ou sim-ples componentes de uma bateriaou alas, aqui venham não só duasvezes por ano, mas repitam suasviagens, trazendo recursos, idéias,experiências e se vinculando a estacidade.

A proximidade, o acesso maisfácil e menos perigoso, o menor dis-pêndio de tempo e de combustível,assim como a ausência dos perigosque hoje os afugentam dos grandescentros (Rio, São Paulo, Santos eoutros), são atrativos que as cidadesde menor porte podem e devemexplorar. Quem sair na frente e nãocorrer atrás, levará vantagens. Nãoé premonição, é simples constata-ção de fatos a partir da observaçãode estatísticas.

Pequena obra de grande impacto

Formiga - 07 de março de 200316 NOVA IMPRENSARESENHA ESPORTIVA

ELTON DA COSTA [email protected]

FRASE DA SEMANA

“O virtual ocupante da cadeira de Prefeito deveriadecretar, ao invés de ‘estado de emergência’, ‘estado declemência’, com penitência para quem votou, negligên-cia para quem apoiou e de incompetência para si mesmo,assessoria e demais aspones”. – Frase deste editor.

GRANDE TIME DO SÉCULOEste é o Coritiba, campeão brasileiro de 1985.

Em pé: Gomes, Heraldo, Almir, Rafael, André e Dida.Agachados: Lela, Marildo, Índio, Tóbi e Édson.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CÓRREGO FUNDOEstado de Minas Gerais

DESPACHO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Nos termos do artigo 26 e seu parágrafo único, incisos I, II e III da Lei nº 8.666 de 21/06/93, fica autorizada a contratação da Empresa ERGOMEDI LTDA, com sede em Formiga - MG àRua Dr. Newton Pires nº 163, a partir do dia 17 (dezessete) de Fevereiro de 2003, por inexigibi-lidade de licitação dos seus serviços, à vista da notoriedade singular da prestadora de serviços,representada pelo seu sócio Diretor Dr. Raimundo de Paula Andrade, médico, CRM-6112, pelasua experiência, conforme curriculun vitae que acompanha este despacho está a indicar indu-bitavelmente que seu trabalho é essencial e o mais adequado à plena satisfação do objeto docontrato. A escolha está aí justificada suficientemente, como o preço dos serviços da seguinteforma: PCMSO R$ 500,00, Relatório Anual: R$ 250,00, Quadro IV de Doenças Ocupacionais:R$ 150,00, Visita na Empresa: R$100,00, Palestra: R$ 200,00 e os atestados à R$ 12,50 porpessoa.

Prefeitura Municipal de Córrego Fundo-MG.

Córrego Fundo, 17 de Fevereiro de 2003.

_________________________GERALDO GILBERTO VAZPrefeito Municipal

Extrato de Contrato

Contratante: Prefeitura Municipal de Córrego FundoContratada: Ergomedi Ltda.Objeto: Prestação de serviços de Medicina do Trabalho.Valor: Os serviços serão remunerados da seguinte forma: PCMSO: R$500,00, relatório

Anual: R$250,00, Quadro IV de Doenças Ocupacionais: R$150,00, Visita na Empresa: R$100,00,Palestra: R$200,00 e os atestados à R$12,50 por pessoa..

Vigência: Fevereiro a Dezembro de 2003.

AM - 850 KHZ

61 anos no ar!

RÁDIODIFUSORA

FORMIGUENSE

PARABÉNS

Assunto da semana

O regulamento doCampeonato Mineiro

Já vai se avolumando a preco-ce, mas efervescente discussãosobre o próximo campeonato mi-neiro. Muitos dirigentes, técnicos eaté jogadores estão criticando oatual regulamento. A atual fórmulanão é a ideal, porque não tem oreturno, assim o certame fica ca-penga. A grande crítica que faço éa colocação do maior clássico naterceira rodada. Cruzeiro x Atléticodeveria ser a última partida, poistodo mundo sabe que dificilmenteo título sai das mãos destes doisgigantes. De maneira que, para2004, sou da opinião que deve re-gionalizar a disputa, levando emconsideração a rivalidade regional.E sobre o sistema de disputa, soupartidário de pontos corridos, sóque em turno e returno.

Um abraço minha gente.

Uma partida abençoadapelos deuses

Timão reage, empata esalva o carnaval da Fiel

Raul Flávio Drewnick e RenatoPazikas

Fonte: A Gazeta Esportiva

São Paulo (SP) - Depois de es-tar perdendo por 2 a 0, o Corinthi-ans conseguiu empatar o jogo nosegundo tempo e salvou o Carna-val dos poucos torcedores quecompareceram ao Morumbi nestaquarta-feira. Se no primeiro tempo,nada funcionou para o Timão, asboas atuações de Jorge Wagner,Vampeta e Liedson ajudaram o Ti-mão a manter a vantagem do em-pate. O tabu continua. O Palmeirasnão vence o Corinthians desde2000 (seis jogos). Para a partida devolta, que será realizada no próxi-mo sábado, o Timão só precisa em-patar. Para piorar, o Palmeiras per-deu todos os seus zagueiros comcontusões e cartões. Pelo alvine-gro, Fabinho estará suspenso. OCorinthians começou melhor, domi-nando a posse de bola. Em muitosmomentos, lembrou a Era Parreirae ficou trocando passes até encon-trar uma brecha na forte marcaçãodo Verdão. Em uma dessas joga-das, Kleber encontrou Fumagalli,que chutou na rede pelo lado defora. O Palmeiras tentava surpreen-

der nos contra-ataques. Em um de-les, Thiago Gentil foi derrubado porAnderson. O árbitro marcou pênal-ti. Aos 16 minutos, Adãozinho co-brou com tranqüilidade no canto es-querdo de Doni e animou os torce-dores do Palmeiras. O Corinthiansse descontrolou após sofrer o gol enão encontrava tranqüilidade paraatacar. O time do Parque Antártica,bem ao estilo Picerni, marcavamuito e saía rapidamente com abola. O Corinthians se soltava. Fu-magalli recebeu boa bola e nãoconseguiu dominar. O Palmeiraspuxou contra-ataque, Marquinhoscruzou da esquerda, Neném se an-tecipou a Fabinho e tocou de cabe-ça, ampliando o placar aos 35 mi-nutos do primeiro tempo. O Corin-thians se esforçou, mas não conse-guiu furar o bloqueio palmeirense.Antes do intervalo, Zinho tevechance de ampliar a vantagem,mas se atrapalhou. ‘Está saindocomo planejamos. Forçamos o Co-rinthians a erros de passe e esta-mos indo bem’, disse Jair Picerni,antes de descer para os vestiários.O Timão voltou para o segundotempo a todo vapor. No primeiro mi-nuto, Kléber cruzou, Fábio Lucianoajeitou de cabeça e Liedson quasemarcou de bicicleta. Marcos fezgrande defesa. Aos seis minutos,Jorge Wagner colocou mais fogono jogo. O meia arriscou de longe eacertou o travessão de Marcos. OCorinthians continuou pressionan-do. Aos 15, Kleber acionou nova-mente Jorge Wagner, que chutoucruzado. Marcos defendeu. Aos 19,Liedson fez o pivô e deixou Fuma-galli na cara do gol. O meia chutoumal e a bola saiu pela linha de fun-do. Dois minutos depois, Rogériobateu falta muito perigosa e pormuito pouco não balançou as redes.Aos 23 minutos, a pressão do Timãodeu resultado. Jorge Wagner cruzoue Anderson se redimiu do pênaltique cometeu no primeiro tempo. Decabeça, ele diminuiu: 2 a 1. A torci-da corintiana cresceu nas arquiban-cadas e empurrou o time aindamais. O sufoco palmeirense foi im-pressionante. O time alviverde malpassava do meio-campo e em umadas investidas do Corinthians Adão-zinho quase marca contra. Aos 32minutos, Jorge Wagner driblou Ne-ném pela esquerda cruzou na cabe-ça de Liedson que encheu as redescom uma cabeçada fortíssima: 2 a2 O Corinthians não diminuiu o rit-

mo. Geninho alterou as posições ecolocou Kléber fechando mais pelomeio e Jorge Wagner virou um pon-ta esquerda em alguns momentos.Aos 37, o Corinthians trocou passesdentro da área e Jorge Wagner chu-tou em cima de Marcos. Apesar dosesforços, o time de Parque São Jor-ge não conseguiu a virada.

Campeonato Mineiro

Cruzeiro com a mão nataça

Quem esperava uma derrapa-gem da Máquina Estrelada se deumal. Contra o Guarani de Divinópo-lis o time, não foi brilhante, mas jo-gou o suficiente para vencer comfolga. Se não faltou brio e raça aoBugre, o que se viu foi uma defici-ência em termos ofensivo. O primei-ro tempo começou com o time divi-nopolitano tentando surpreender, eaté teve reais chances, mas nãoteve competência. E num fulminan-te contra-ataque Wendell cruza eMota marca, 1x0. A partida estavabel prazer para a Raposa Astutaquando Alex sofreu um penal e Motabateu e perdeu. Pois bem fim dotempo inicial. No tempo final o Cru-zeiro voltou para decidir e marcou osegundo gol após uma cobrança defalta de Alex, Augusto Recife acer-tou um petardo de fora da área e am-pliou, 2x0. Este placar foi definitivo.O Cruzeiro que está com a mão nataça enfrenta o América, sábado, dia08/03 no Mineirão.

Atlético corre atrásMais um jogo que o Galo não

jogou bem, falhou demais em todosos setores, principalmente na defe-sa. Já o Rio Branco mostrou quali-dades e mostrou que tem uma boaequipe. No primeiro tempo o jogo foiequilibrado com um leve domínio dotime de Andradas, que abriu o pla-car com o Geovane, 1x0. A alegriadurou pouco, após uma arrancadade Lúcio Flávio, um belo cruzamen-to que Guilherme marca de cabeça,1x1. O Time Azul do Sul de Minasteve uma chance real com Euler queVeloso defendeu. Por outro lado Ju-ninho e Guilherme ainda tiveramduas chances claras de gol. No tem-po final o Atlético até que voltoumelhor, o treinador tirou Kim e colo-

cou Alessandro. Sendo que aos 2minutos Guilherme desempatou,2x1. E após 15 minutos Fernandoempata novamente, 2x2. Aí a parti-da pegou fogo o Galo vai para cima,e Lúcio Flávio cruza e Alexandre,que entrada no lugar de Juninho,desempata, 3x2, dando númerosdefinitivos ao placar. O próximo ad-versário do Galo, após o Ipatinga noIndependência é o Social em Timo-téo, dia 09/03, Domingo. Só um mi-lagre faz o Glorioso Campeão.

Campeonato Carioca

Americano empata eVasco fatura TaçaGuanabara

Fonte: A Gazeta Esportiva

Campos (RJ) - Precisando ven-cer por diferença superior a oito golspara conquistar a Taça Guanabara,o Americano não saiu de um empa-te sem gols com o Friburguense, empartida adiada do Campeonato Ca-rioca. O jogo foi realizado na noitedesta quarta-feira, no estádio Godo-fredo Cruz, em Campos dos Goita-cazes. Com isso, o Vasco pôde co-memorar seu primeiro ‘título’ da tem-porada, ficando com a liderança doprimeiro turno com 22 pontos gan-hos. O Americano, que terminoucom 20 pontos e na quarta coloca-ção, assegurou sua vaga nas semi-finais do Carioca. O time de NovaFriburgo, por sua vez, foi a 11 pon-tos, encerrando sua participação emdécimo lugar. A derrota do Botafogopor 2 a 1 para o América, tambémnesta noite, foi fundamental para otime de Campos, que tomou o lugardo Glorioso na busca pelo título es-tadual. Agora, o Vasco pega o Ame-ricano em uma semifinal, enquantoFlamengo e Fluminense decidem aoutra vaga.

Futebol/Mercado

Leco desmente qualquertipo de oferta por Kaká

Rogério Soares,especial para GE. Net.

Fonte: A Gazeta Esportiva

São Paulo (SP) - Desde o inícioda semana, um boato está agitandoo São Paulo: a proposta de cerca de

US$ 20 milhões do Milan pelo meiaKaká. Mas nesta quarta-feira, o di-retor de futebol Carlos Augusto Bar-ros e Silva, o Leco, fez questão detranqüilizar a torcida são-paulina aoafirmar que não existe nenhumaoferta oficial pelo craque. ‘Para sersincero, até eu fiquei assustadoquando vi as notícias sobre a pro-posta do Milan’, confessou Leco.‘Na hora liguei para o Marcelo (Por-tugal Gouvêa, presidente) para vero que tinha de real’. Segundo notí-cias veiculadas pela imprensa, umrepresentante do São Paulo viajariapara a Itália no próximo dia 13 parainicias as conversações com o clu-be italiano. ‘Se eu não vou viajar, eo presidente também não, então nãoexiste nada sobre isso’, resumiu odiretor de futebol.

SOS SANTACASA

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Até 27/02/2003:R$ 48.593,64

Doações SAAEFev/2003

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Jogo 13Jogo 14

Internacional/RS x Grêmio/RSCorinthians/SP x Palmeiras/SPPortuguesa Santista/SP x São Paulo/SP

Goiás/GO x Real Club/GOVila Nova/GO x N. Horizonte/GO

Caxias/RS x Juventude/RSSergipe/SE x Itabaiana/SE

Náutico x Santa CruzPortuguesa/SP x União São João/SP

Ponte Preta/SP x Internacional/SPMogi Mirim/SP x Rio Branco/SPAmérica/MG x Cruzeiro/MG

Villa Nova/MG x Ipatinga/MGSocial/MG x Atlético/MG

Prognósticos da Loteria EsportivaFonte: A Gazeta Esportiva

Concurso 55 - 8 e 9 de março

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