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Reunidos em frente ao Ministério Público, osestudantes formaram uma comissão paraentregar as solicitações ao Procurador-Geral(Foto: Amanda Bachal)

CURITIBA - 04/03/2011

Movimento contra o tarifaço mobiliza oCentroJovens protestam contra o aumento da passagem de ônibus

“Se passagem aumentar, Curitiba vai parar!”. Foi com esse discurso que, reunidos na

Praça Tiradentes na tarde desta quarta-feira (2), estudantes de diversos colégios e

universidades protestaram contra o aumento da tarifa de ônibus. O valor permanece o

mesmo desde 2009, quando sofreu um reajuste de 15,7% sobre o valor anterior, que

era de R$1,90.

Munidos de cartazes e bandeiras, os

estudantes fizeram o trajeto entre a Praça

Tiradentes e o Ministério Público do Estado

do Paraná, abordando os transeuntes para

divulgar sua luta. Através de um abaixo

assinado de cunho popular, o movimento

visa o congelamento da passagem em seu

preço atual, R$2,20.

Mariana Cruz, estudante de jornalismo, mora

a mais de 10 km da universidade e depende

diariamente do transporte coletivo. “Música

clássica nos ônibus não adianta se a

qualidade não melhora e o preço aumenta

cada vez mais.” Ela gasta cerca de quatro

passagens por dia e acredita que é

prejudicial o poder público visar o lucro em

cima de algo que deveria ser público.

A manifestação foi o 4º Ato realizado pela

Rede Ampla Contra o Tarifaço, uma rede

que, segundo seus idealizadores “busca

articular coletivos, movimentos sociais, partidos e cidadãos independentes para barrar

o aumento da tarifa do transporte coletivo em Curitiba”. Ela move-se unicamente em

torno do congelamento da passagem em preço atual, divulgando informações sobre o

transporte da cidade e ações que vêm sendo organizadas pelos mais diversos

públicos em torno deste tema.

Os atos realizados marcaram a tentativa de diálogo com os três poderes: executivo,

legislativo e judiciário. Gustavo de Oliveira, militante do Movimento Passe Livre, diz

estar indignado com a falta de receptividade das autoridades. “A democracia

representativa não representa ninguém. A população está pacificamente indo buscar

seus direitos e encontra portas fechadas”, afirmou.

Ticiano Miranda, agente de desenvolvimento local do bairro São Francisco apóia o

movimento. “Grande parte da população utiliza os serviços e o transporte público. É

direito de todos que ele seja prestado com qualidade e tenha um preço justo”,

defendeu.

Por Amanda Bachal

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