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nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011 1 Notícias Federais Assuntos Econômicos........................................................................................................04 Nova lei de direito autoral unificará registro de obras.......................................................04 Medida Provisória 541: Fundo de Financiamento à Exportação.........................................05 Finanças aprova texto da Câmara sobre factoring de exportação......................................06 Agricultura aprova incentivos para empreendedor de turismo rural ..................................07 CAPADR aprova sustação de norma da ANVISA que proíbe aditivos na fabricação de tabaco...............................................................................................................................07 Agricultura rejeita alerta em rótulos de alimentos de origem suína................................... 08 Máquinas e veículos de carga para agricultor familiar podem ficar isentos de IPI ..............08 Infraestrutura....................................................................................................................09 Lei Geral da Copa - aprovado roteiro de trabalho..............................................................09 CME da Câmara discutirá ampliação do mercado livre de energia elétrica no Brasil..........10 Meio Ambiente.................................................................................................................10 Comissão rejeita redução da extensão de APPs e de reservas legais..................................10 Relatório sobre o projeto do novo Código Florestal é apresentado nas CCT e CRA do Senado.............................................................................................................................. 11 Senado aprova regulamentação da competência comum dos entes federativos para o licenciamento ambiental................................................................................................... 12 CDEIC aprova relatório pela rejeição da compensação de emissões de GGE em financiamentos públicos.................................................................................................... 13 Tributos.............................................................................................................................14 Site da Receita divulgará preços mínimos de cigarro......................................................... 14 Projeto exclui da base de cálculo do ICMS o próprio imposto devido................................. 15 Câmara rejeita isenção de IPI a aparelhos de dessalinização.............................................15 Medida Provisória 540: Plano Brasil Maior.......................................................................16 Questões Institucionais.....................................................................................................18 CESP sobre punição a empresas corruptoras define roteiro de trabalho.............................18 Senadores rejeitam sigilo indefinido de documentos.........................................................18 Política Social....................................................................................................................19 Dilma: PRONATEC reformará educação profissional no país..............................................19 Relações de Trabalho........................................................................................................20 OAB defende projeto de lei para adiar implantação de CNDT ............................................. 20

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nº 42 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 28 de outubro de 2011

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos.......................................................................................... ..............04 Nova lei de direito autoral unificará registro de obras.......................................................04 Medida Provisória 541: Fundo de Financiamento à Exportação.........................................05 Finanças aprova texto da Câmara sobre factoring de exportação......................................06 Agricultura aprova incentivos para empreendedor de turismo rural..................................07 CAPADR aprova sustação de norma da ANVISA que proíbe aditivos na fabricação de tabaco............................................................................................................................. ..07 Agricultura rejeita alerta em rótulos de alimentos de origem suína...................................08 Máquinas e veículos de carga para agricultor familiar podem ficar isentos de IPI..............08 Infraestrutura....................................................................................................................09 Lei Geral da Copa - aprovado roteiro de trabalho..............................................................09 CME da Câmara discutirá ampliação do mercado livre de energia elétrica no Brasil..........10 Meio Ambiente.................................................................................................................10 Comissão rejeita redução da extensão de APPs e de reservas legais..................................10 Relatório sobre o projeto do novo Código Florestal é apresentado nas CCT e CRA do Senado..............................................................................................................................11 Senado aprova regulamentação da competência comum dos entes federativos para o licenciamento ambiental...................................................................................................12 CDEIC aprova relatório pela rejeição da compensação de emissões de GGE em financiamentos públicos....................................................................................................13 Tributos.............................................................................................................................14 Site da Receita divulgará preços mínimos de cigarro.........................................................14 Projeto exclui da base de cálculo do ICMS o próprio imposto devido.................................15 Câmara rejeita isenção de IPI a aparelhos de dessalinização.............................................15 Medida Provisória 540: Plano Brasil Maior.......................................................................16 Questões Institucionais.....................................................................................................18 CESP sobre punição a empresas corruptoras define roteiro de trabalho.............................18 Senadores rejeitam sigilo indefinido de documentos.........................................................18 Política Social....................................................................................................................19 Dilma: PRONATEC reformará educação profissional no país..............................................19 Relações de Trabalho........................................................................................................20 OAB defende projeto de lei para adiar implantação de CNDT.............................................20

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Projeto permite que acompanhante de deficiente falte ao trabalho..................................20 Licença de pais para cuidar de criança doente por até um mês precisará de acordo ou convenção coletiva............................................................................................................21 Aprovado projeto que impede demissão por embriaguez..................................................21 CAS aprova dedução, no Imposto de Renda, do salário pago a empregado doméstico .....22 CAS aprova texto que esclarece dedução no IR de gastos com qualificação de funcionários.................................................................................................................... ..23 Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participa de Audiência Pública na Comissão do Trabalho............................................................................................................. ..............24 Seguridade aprova projeto que permite reversão de aposentadoria..................................25

Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos........................................................................................................26 Conselho do Vestuário da Fiep recebe líder do governo na Assembleia..............................26 Fomento Paraná é destaque entre as maiores empresas do Sul do País.............................26 ABNT aprova norma sobre gestão de pesquisa, desenvolvimento e inovação....................28 Campanha permanente contra os agrotóxicos é lançada durante audiência pública.........29 Legislativo recebe anteprojetos relativos à Agência de Defesa Agropecuária.....................31 Projeto dispõe que restaurantes indiquem calorias dos alimentos comercializados............31 Higienização nos óculos disponibilizados para filmes 3D...................................................32 Empresários do Paraná querem mais diálogo com a Anvisa...............................................32 FIEP participa de reunião com a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Ucrânia.......34 Infraestrutura....................................................................................................................34 Audiência pública vai debater gestão de rodovias no Paraná............................................34 Paraná estuda cobrar pedágio por km...............................................................................34 Meio Ambiente.................................................................................................................37 Campagnolo defende aprovação do Código Florestal ainda este ano.................................37 Comissão de Agricultura discute sanidade e trânsito animal e pede menos burocracia......38 Industrial defende reciclagem como solução para resíduos urbanos..................................39 Projeto que institui multa para quem jogar lixo em logradouro público segue para o Executivo..........................................................................................................................39 Seminários debatem a Política Nacional de Resíduos Sólidos na Assembleia Legislativa....40 Termina série de audiências públicas sobre poluição veicular............................................41 Cesar Filho propõe criação da Frente Parlamentar da Silvicultura.....................................42 Tributos.............................................................................................................................43 Redução do Custo Brasil passa pela reforma tributária, diz Campagnolo no Encontro Nacional da Indústria........................................................................................................43

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Guerra fiscal e concorrência com Mercosul preocupam empresários do setor de laticínios...........................................................................................................................44 Questões Institucionais.....................................................................................................45 A fantástica fábrica de leis e normas.................................................................................45 Balanço mostra que 72 novos projetos de lei foram apresentados na Assembleia em setembro...........................................................................................................................47 Relações do Trabalho........................................................................................................48 Audiência marca campanha nacional em defesa da CLT....................................................48

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos

Nova lei de direito autoral unificará registro de obras O secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, disse que o projeto da nova Lei do Direito Autoral vai informatizar e unificar, no ministério, a base de registro de obras individuais, hoje descentralizada em vários órgãos. O anúncio foi feito durante o seminário “Comunicação digital: conteúdo e direitos do autor”, realizado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, em conjunto com comissões da Câmara e do Senado. De acordo com Mamberti, a nova base de registro também vai esclarecer quais são as restrições de uso das obras, informando as que estiverem sob domínio público. As obras fonográficas terão seu conteúdo armazenado. Hoje, apenas as partituras e letras são arquivadas. O projeto da nova lei ainda está em estudo no governo, mas a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ressaltou a necessidade de antecipar o debate sobre o tema. Segundo ela, a principal questão é a facilidade de acesso às obras permitidas pelas novas tecnologias. Prazo - O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Pedro Paranaguá defende que a nova lei reduza, por exemplo, o prazo de validade do direito autoral — que hoje é de 70 anos após a morte do autor. Segundo ele, a Organização Mundial do Comércio (OMC) recomenda 50 anos. A lei atual também não permite cópias para fins de arquivo nem de livros esgotados, por exemplo. A consequência, segundo Paranaguá, é clara e já foi demonstrada na área musical: "Ao invés de proteger o autor, a lei incentiva a pirataria, a cópia ilícita, porque as pessoas querem passar a música de um computador para um iPod, querem escutar em vários aparelhos e não conseguem porque há uma trava. E o camelô não tem trava nenhuma", lembrou o professor. Paranaguá disse que a redução das restrições legais reduziria a conta anual de 2,4 bilhões de dólares que o Brasil envia aos Estados Unidos para pagamento de direitos autorais. O Brasil, por sua vez, recebe apenas 27,2 milhões de dólares daquele país, segundo ele. Ensino - Já a pesquisadora Carolina Rossini destacou que a abertura digital de conteúdos educacionais abre espaço para novos autores e conteúdos e dá, ao estudante, a oportunidade de aprender de maneiras diferentes. Ela destacou o exemplo da cidade de

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São Paulo, que abriu todo o seu material pedagógico na internet. Ela defendeu a aprovação do Projeto de Lei 1513/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que regulamenta a abertura de conteúdos educacionais adquiridos pelo governo. O professor de Direito Civil Allan de Souza disse que a lei precisa equilibrar o direito autoral com outros direitos, como o de acesso à cultura e à educação. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comércio Exterior

Medida Provisória 541: Fundo de Financiamento à Exportação O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 541, que cria o Fundo de Financiamento à Exportação (FFEX), concede recursos para inovação, altera as competências preexistentes e confere novas competências ao INMETRO, e cria a Taxa de Avaliação de Conformidade, na forma de Projeto de Lei de Conversão (PLV) apresentado pelo relator, deputado Ratinho Jr. (PSC/PR). Ratinho apresentou três inovações ao texto original da MP que:

Destinam os recursos do FFEX prioritariamente às micro e pequenas empresas, estabelecendo o percentual mínimo para o financiamento das exportações de microempresas e empresas de pequeno porte (50%); e

Autorizam a concessão de subvenção econômica pela União à empresas dos setores de ajudas técnicas e tecnologias assistivas às pessoas com deficiência e também a empresas de fertilizantes e defensivos agrícolas, por meio da equalização de taxas de juros e da concessão de bônus de adimplência sobre os juros. O DEM chegou a apresentar destaque para votação em separado para suprimir dispositivo que cria taxa de avaliação de conformidade, que terá como fato gerador o poder de polícia administrativa na área de avaliação da conformidade compulsória - o lançamento, por meio de guia, possui o efeito de notificação e de constituição de créditos tributários. O destaque, entretanto, foi derrotado por 267 a 88. Assim, ficam mantidos os principais pontos da Medida Provisória 541:

Criação do FFEX - a finalidade primordial do FFEX é promover o financiamento das exportações de bens e serviços brasileiros, podendo pactuar condições aceitas pela prática internacional, de acordo com o Programa de Financiamento às Exportações – PROEX;

BNDES e FINEP - autoriza a concessão de subvenções econômicas ao BNDES e ao FINEP, na modalidade de equalização de juros, com o total de R$ 1 bilhão;

Verificação de conformidade de produtos importados - a Receita Federal poderá solicitar assistência do INMETRO, com vistas à verificação, no despacho aduaneiro de importação, do cumprimento dos regulamentos técnicos emitidos pelo Conmetro e pelo INMETRO. A Medida Provisória segue agora para o Senado.

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Fonte: CNI

Finanças aprova texto da Câmara sobre factoring de exportação A Comissão de Finanças e Tributação aprovou o Projeto de Lei 3615/00, do ex-deputado João Herrmann Neto, que regulamenta operações de fomento mercantil especial de exportações, ou factoring de exportação. A matéria havia sido aprovada pela Câmara em 2006, na forma de um substitutivo, e encaminhada ao Senado, que, por sua vez, fez modificações no mérito, e também aprovou a proposta na forma de um substitutivo. A Comissão de Finanças rejeitou as alterações feitas no Senado e manteve o texto aprovado na Câmara. O relator, deputado Andre Vargas (PT-PR), afirmou que o texto da Câmara se coaduna mais adequadamente com a realidade do País e a legislação em vigor, sendo assim melhor para a economia brasileira. Vargas fundamentou seu parecer nas justificativas apresentadas pelo ex-deputado Bruno Rodrigues, relator da proposta na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que também aprovou a versão originalmente enviada pela Câmara aos senadores. O relator ressalta que, no texto do Senado, a transmissão de créditos é condição essencial para o fomento mercantil, mas que a proposta aprovada na Câmara é mais condizente com a realidade de mercado, em que a negociação de créditos também pode ser prestada pelas empresas de fomento sem, contudo, revestir-se de condição essencial para a sua constituição. Citando o parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Vargas também destaca que “o texto do Senado estabelecia valores rígidos a serem recolhidos das empresas de fomento mercantil a título de taxa de exercício de poder de polícia. A questão é que sequer se vislumbram os efetivos custos reais decorrentes das atividades de fiscalização”. Em relação à adequação financeira e orçamentária, o deputado afirmou que a proposta não traz implicações às finanças públicas federais, pois apenas regulamenta atividade de fomento mercantil sem determinar obrigações específicas ao erário. Tramitação - A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Política Agroindustrial

Agricultura aprova incentivos para empreendedor de turismo rural A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou o Projeto de Lei 1435/11, da deputada Iracema Portella (PP-PI), que assegura aos empreendedores da área de turismo rural o mesmo regime tributário, trabalhista e previdenciário que se aplica às empresas agropecuárias tradicionais. O relator do projeto, deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR), defendeu a aprovação da proposta argumentando que estas equivalências entre os produtores agrícolas e as pessoas jurídicas dedicadas ao agroturismo “representará, por certo, importante estímulo para o fortalecimento do turismo rural”. O deputado do Paraná apresentou duas emendas para explicitar que a medida também vale para os produtores e associações que atuam no agroturismo. Tramitação - O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Turismo e Desporto; de Finanças e Tributação, inclusive em seu mérito; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

CAPADR aprova sustação de norma da ANVISA que proíbe aditivos na fabricação de tabaco

A Comissão de Agricultura e Pecuária (CAPADR) da Câmara aprovou, no dia 26, o projeto de decreto legislativo (PDC) 3034/2010, do deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS), que susta os efeitos da Consulta Pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - número 112/2010, que abre prazo até 31 de março de 2011 para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de revisão da RDC 46/2001 que trata sobre os teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono nos cigarros e a proibição de aditivo nos produtos derivados do tabaco. O projeto integra a Agenda Legislativa da Indústria 2011 e tem apoio da CNI, na medida em que a Consulta Pública foi divulgada com uma minuta anexa de proposta de resolução que trata, entre outros assuntos, dos teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono nos cigarros, e da proibição da utilização de aditivos em todos os produtos derivados do tabaco fabricados e comercializados. Assim, a minuta introduz inovações no ordenamento jurídico brasileiro ao dispor sobre matéria que não havia sido tratada anteriormente por lei federal: a proibição do uso de aditivos na fabricação e na embalagem de produtos derivados do tabaco. Ao adotar a referida Consulta Pública, em ato aprovado em Diretoria Colegiada da Agência,

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com proposta específica de edição de Resolução, a ANVISA fez uso de um ato normativo de sua competência (criar Consultas Públicas para permitir a participação da sociedade no processo de regulamentação) para exorbitar do poder regulamentar (dispor sobre matéria que não está regulada em lei federal) e, dessa forma, invadiu área de competência exclusiva do Congresso Nacional. Fonte: CNI

Agricultura rejeita alerta em rótulos de alimentos de origem suína

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural rejeitou o Projeto de Lei 767/11, do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que obriga a inclusão da mensagem de alerta “contém ingrediente suíno” nos rótulos de alimentos que contenham esses ingredientes. O autor argumenta que a necessidade de distinção está relacionada a dois fatores: saúde e religião. O relator da proposta, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), advertiu que essa informação em forma de alerta poderia levar o consumidor a crer que a carne suína é prejudicial à sua saúde. O relator argumentou ainda que a legislação brasileira já determina que os alimentos embalados apresentem em seus rótulos a listagem de seus ingredientes. Tramitação - O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Máquinas e veículos de carga para agricultor familiar podem ficar isentos de IPI Máquinas agrícolas e veículos de carga adquiridos por agricultores cadastrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) poderão ficar isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Proposta nesse sentido, de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), foi aprovada nesta quinta-feira (27) pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Caso o bem seja vendido à pessoa não inscrita no Pronaf em até cinco anos após a compra, o projeto (PLS 200/2011) prevê que o agricultor familiar será obrigado a recolher o imposto dispensado, acrescido de juros de mora. Em voto favorável ao texto, o relator, senador Clésio Andrade (PR-MG), disse considerar que o incentivo previsto na proposta contribuirá para reduzir os custos da produção agrícola familiar, segmento relevante para o abastecimento de alimentos para o mercado interno. Na mesma reunião, também foi aprovado o PLS 632/2007, do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que estende os benefícios fiscais previstos na Lei 11.529/2007 a atividades

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pesqueiras, de produção de óleo de palma, de beneficiamento de castanha de caju e de componentes de calçados, voltados à exportação. A proposta também facilita o acesso ao regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap). Como relator substituto, o senador Jayme Campos (DEM-MT) manteve voto do relator inicial, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), propondo emendas ao texto para adequar a redação do PLS 632/2007 ao texto atual da lei que a proposta modifica. Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui Fonte: CNI

Infraestrutura

Lei Geral da Copa - aprovado roteiro de trabalho A Comissão Especial (CESP) da Câmara que debate a Lei Geral da Copa (PL 2330/2011) aprovou o plano de trabalho proposto pelo relator, deputado Vicente Cândido (PT/SP), que prevê a realização de audiências públicas em Brasília além de quatro conferências regionais com a presença das Federações Regionais de Futebol, Comitês estaduais da Copa, procuradores de justiça, entidades estudantis e de defesa do consumidor, prefeituras e governos estaduais: 31/10/2011 – região sudeste (São Paulo); 10/11/2011 – região nordeste (Recife, Salvador ou Natal); 17/11/2010 – região sul (Porto Alegre); 28/11/2010 – região norte (Manaus). Entre os convidados para audiências em Brasília estão os presidentes da CBF e da FIFA; Ministros do Esporte, do Turismo, da Justiça e das Cidades; o advogado-geral da União e o Procurador Geral da República, e os presidentes do INPI e da ABERT. Fonte: CNI

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Energia

CME da Câmara discutirá ampliação do mercado livre de energia elétrica no Brasil. A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 26, requerimento de autoria do deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) para que seja realizada audiência pública na Comissão com o objetivo de discutir a ampliação do mercado livre de energia elétrica no Brasil. A audiência, que ainda não tem data marcada, contará com representantes: - Ministério de Minas e Energia (MME); - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE); - Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); - Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL); - Associação Nacional dos Consumidores de Energia (ANACE) e - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE). Fonte: CNI

Meio Ambiente

Comissão rejeita redução da extensão de APPs e de reservas legais A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural rejeitou o Projeto de Lei 4006/08, do falecido deputado Max Rosenmann, que reduz a extensão das reservas legais em propriedades rurais e das áreas de preservação permanente (APPs) ao longo de rios. A proposta também faz outras modificações no Código Florestal (Lei 4.771/65), com o objetivo de torná-lo menos rigoroso. O relator, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), recomendou a rejeição da matéria. Segundo ele, parte do que foi proposto no PL 4006/09 e nos projetos a ele apensados (PLs 519/08, 5823/09 e 7183/10) já está contemplado na proposta de Código Ambiental (PL 5367/09), de autoria do próprio Colatto. O PL 5367/09 é um dos projetos que está sendo analisado conjuntamente com o PL 1876/99 – o novo Código Florestal –, que já foi aprovado pela Câmara e está em análise no Senado. Tramitação - O projeto agora será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Relatório sobre o projeto do novo Código Florestal é apresentado nas CCT e CRA do

Senado

O relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) sobre o projeto do novo Código Florestal (PLC 30/2011) foi apresentado nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA), onde tramita de forma conjunta. Após aprovação do pedido de vistas coletiva pelo prazo regimental de cinco dias foi acordado pelo Plenário das duas comissões que o período para apresentação de emendas se estenderá até o dia 01 de novembro. A votação do projeto nessas comissões está prevista para o próximo dia 8. Depois da CCT e da CRA, o projeto segue para a apreciação da Comissão de Meio Ambiente (CMA), onde o relator será o senador Jorge Viana (PT/SC). O substitutivo proposto pelo senador Luiz Henrique reorganiza o texto de tal forma que uma porção trata de disposições permanentes e outra trata de disposições transitórias. A primeira porção contém as regras atuais e futuras relativas à delimitação, proteção, supressão de vegetação para uso alternativo do solo, exploração e controle dos recursos florestais nas áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal (RL). Por usa vez, as disposições transitórias disciplinam o processo de regularização das situações passadas, onde foram mantidos o programa de regularização ambiental (PRA) e a data de 22.07.2008, previstos no texto vindo da Câmara, para a suspensão das sanções decorrentes de infrações cometidas e para a definição de áreas consolidadas. Uma importante alteração do texto se deu no capítulo de instrumentos econômicos, com a determinação de que o governo federal instituía programa de incentivo à recuperação e preservação do meio ambiente, e com a possibilidade das atividades de manutenção, de recuperação e de recomposição das APPs e RL serem elegíveis para pagamentos por serviços ambientais e para certificados de reduções de emissões de gases de efeito estufa. Outra inovação é a previsão de criação do Inventário Florestal Nacional, pelo qual a União, em conjunto com estados e municípios, manterá registros da cobertura florestal em terras públicas e imóveis privados. Finalmente, o texto torna mais claro a aplicação das regras de manutenção de RL nas áreas situadas na Amazônia Legal. Não houve retrocesso nos avanços incorporados ao texto na Câmara, mas, dos pleitos apresentados pelo setor produtivo no Senado, o relator acolheu apenas a consideração das obras de sistema viário como de utilidade pública (e passível de intervenção em APPs). Com relação às APPs situadas em áreas urbanas, não foram acolhidas, entre outras, três emendas de ajuste da largura das APPs em faixa marginal dos cursos d’água em área urbana à realidade das cidades situadas às margens dos grandes rios brasileiros. Porém, segundo os senadores Luiz Henrique e Jorge Viana, ainda existe a possibilidade de aprimorar o texto do projeto, seja na CCT e CRA, seja na CMA, já que existem pendências sobre regras para áreas urbanas, e uma solução satisfatória para as cidades é uma reivindicação por parte de todos os setores da sociedade brasileira.

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Fonte: CNI

Senado aprova regulamentação da competência comum dos entes federativos para o licenciamento ambiental

O Plenário do Senado aprovou, no dia 26, o PLC 1/2010 (PLP 12/2003 na Câmara), que define competências da União, Estados, DF e Municípios em matéria ambiental, fixando normas de cooperação entre os entes federativos, inclusive para fins de licenciamento ambiental. A aprovação se deu com 49 votos a favor, sete contrários e uma abstenção. Esse projeto de lei complementar, que regulamenta os incisos III, VI e VII do art. 23 da Constituição Federal, compõe a Pauta Mínima da Agenda Legislativa da Indústria porque minimiza as possibilidades de conflito, torna o processo de licenciamento menos burocrático, confere maior segurança jurídica e transparência, e reduz as incertezas dos investimentos. A matéria aguardava para ser regulamentada há 22 anos e foi objeto de intensas negociações na Câmara e no Senado entre os setores interessados e as lideranças do governo e de oposição, das quais a CNI participou de forma ativa e motivo pelo qual defendeu a manutenção do texto. Os senadores mantiveram o texto aprovado na Câmara dos Deputados em 2009, com destaque de duas emendas apresentadas como de redação pelo relator em Plenário, senador Romero Jucá (PMDB/RR). As emendas foram aprovadas com 53 votos a favor, dois contrários e uma abstenção. Durante a discussão, o PSOL e o PV apresentaram questão de ordem regimental alegando que a emenda ao § 3º do artigo 17, ainda que contribuindo para o aperfeiçoamento do projeto, não era apenas redacional mas de mérito, o que ensejaria seu retorno à Câmara dos Deputados. A questão de ordem foi rejeitada após consulta à CCJ em Plenário. A emenda relevante substituiu a nulidade do auto de infração lavrado por órgão não-licenciador pela prevalência do auto de infração lavrado pelo órgão licenciador. No texto vindo da Câmara o órgão que não seja o licenciador ficaria impedido de lavrar auto de infração – que caberia apenas ao órgão licenciador. A avaliação da CNI é de que não se pode negar o ganho que a matéria aprovada, no seu todo, representa para o setor produtivo, mesmo diante da aprovação do texto com a alteração redacional. Em destaque os pontos centrais da proposta encaminhada à sanção presidencial: Competências quanto ao licenciamento ambiental - os empreendimentos e atividades serão licenciados ou autorizados por um único ente federativo, conforme suas atribuições. A tipologia dos empreendimentos que serão licenciados pela União será definida pelo Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. Já a tipologia dos empreendimentos que serão licenciados pelos municípios será definida pelos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente

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(CONSEMAs). Em ambos os casos, serão considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. Os empreendimentos cujo licenciamento não for de competência da União ou dos municípios serão licenciados pelo Estado; Competência fiscalizatória e punitiva – da prevalência para que o órgão que seja o licenciador lavre os auto de infração, e aplique eventuais punições, na avaliação de conformidade, embora a fiscalização dos empreendimentos possa ser feita pelos órgãos dos demais entes federativos; Atuação supletiva - determina a atuação supletiva da União em relação aos demais entes, e dos estados em relação aos municípios, no licenciamento e autorização ambiental, desde que não haja órgão ambiental capacitado. Fonte: CNI

CDEIC aprova relatório pela rejeição da compensação de emissões de GGE em financiamentos públicos.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) aprovou, por unanimidade, o relatório do deputado Ronaldo Zulke (PT/RS) pela rejeição do PL 6403/2009, dos deputados Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR) e Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) que dispõe sobre a compensação da emissão de dióxido de carbono em contratos com a administração pública e o BNDES. Em seu parecer, o deputado Zulke observa que proposta não leva em conta o que está disposto na Política Nacional de Mudança do Clima (Lei 12.187 de 19/12/2009) e não se mostra uma alternativa exeqüível e eficaz para os objetivos a que se propõe. A CNI também se posiciona divergente ao projeto (Agendas Legislativas da Indústria 2010 e 2011), observando que a proposta é equivocada do ponto de vista estratégico ao desconsiderar os impactos na viabilidade econômica dos empreendimentos financiados, bem como os tratados internacionais que regem a matéria. O projeto original condiciona o financiamento com recursos públicos à adequação dos empreendimentos ou atividades financiados a limites de emissão de gases de efeito estufa (GEE), e que emissões de GEE superiores aos limites regulamentados devem ser compensadas por meio de projetos de reflorestamento, de energias renováveis e eficiência energética, de redução de desmatamento ou de compra de créditos de carbono. O substitutivo aprovado anteriormente na CMADS propôs a definição de limites de emissões de GEE em regulamento, ao invés do requerimento de emissões neutralizadas, e que quando a emissão de GEE fosse inferior à regulamentada a diferença poderia ser comercializada nos mercados de carbono. Fonte: CNI

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Tributos

Site da Receita divulgará preços mínimos de cigarro A Receita Federal divulgará no seu site (www.receita.fazenda.gov.br) o nome das marcas de cigarros e os preços de venda no varejo. A medida faz parte da regulamentação do novo regime especial de tributação de cigarros, publicado no Diário Oficial da União. O site do Fisco também vai informar a data de início do preço da vigência do preço de cada marca. O novo regime de tributação estabelece a exigência de preços mínimos para a venda no varejo. Pela regulamentação, os estabelecimentos industriais fabricantes de cigarros e de cigarrilhas ficam obrigados a comunicar com antecedência mínima de três dias úteis, por meio de registro eletrônico, as alterações de preço de venda no varejo, com indicação da data de vigência, de marcas comerciais já existentes. A exigência também vale para os preços de venda de novas marcas comerciais. Os fabricantes de cigarrilhas terão que colocar no rótulo dos produtos a quantidade contida em cada carteira, maço ou rígida, lata ou caixa. Já a comercialização de cigarros no país, inclusive sua exposição à venda, será feita exclusivamente em carteiras, maço ou rígida, contendo 20 unidades. Os fabricantes de cigarros deverão assegurar que os preços de venda a varejo e a data de sua entrada em vigor sejam divulgados ao consumidor por meio de tabela informativa que deverá ser entregue aos varejistas. Os fabricantes de cigarros deverão fazer, nas tabelas informativas de preços entregues aos varejistas, referência à proibição de comercialização de cigarros abaixo do preço mínimo de venda a varejo, indicando o respectivo valor vigente. Os estabelecimentos varejistas deverão afixar e manter em local visível ao público a tabela de preços. Os cigarros comercializados abaixo do preço mínimo de venda a varejo serão apreendidos e submetidos à pena de perdimento. A opção pelo regime especial de apuração e recolhimento do IPI poderá ser exercida pelas empresas até o último dia útil do mês de dezembro de cada ano-calendário, produzindo efeitos a partir do 1º dia do ano seguinte. Em 2011, a opção pelo regime especial poderá ser exercida até o dia 30 de novembro de 2011, produzindo efeitos a partir de 1º de dezembro de 2011. Se a empresa apresentar uma ação judicial questionando os termos do regime especial, a Receita vai considerar desistência automática da opção e a incidência do IPI será na forma do regime geral. A Receita deverá dar uma entrevista para explicar a nova regulamentação. Fonte: Gazeta do Povo

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Impostos

Projeto exclui da base de cálculo do ICMS o próprio imposto devido Tramita na Câmara o Projeto de Lei Complementar (PLP) 23/11, do deputado Guilherme Campos (DEM-SP), que exclui da base de cálculo do ICMS o valor do próprio tributo devido em cada operação. A proposta altera a Lei Kandir (Lei Complementar 87/96). Campos destaca que o ICMS é o tributo estadual mais importante, tendo a maior base de incidência e o maior potencial de arrecadação tributária, e por isso afeta a vida de quase todos no País. Assim, ele considera a obrigatoriedade de inclusão do imposto devido em sua própria base de cálculo um verdadeiro desrespeito ao povo brasileiro. Tramitação - Antes de ir ao Plenário, a matéria, que tramita em regime de prioridade, deverá ser examinada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara rejeita isenção de IPI a aparelhos de dessalinização A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou o Projeto de Lei 1323/11, do Senado, que concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a aparelhos de destilação e de osmose inversa, destinados à dessalinização de água. A comissão rejeitou a proposta, em parecer terminativo, por considerá-la inadequada financeira e orçamentariamente. O projeto será arquivado, a menos que haja recurso para que seja analisado pelo Plenário. Segundo o relator do texto na comissão, deputado Edmar Arruda (PSC-PR), a proposta gera renúncia fiscal sem constar “o montante dessa renúncia nem maneiras de sua compensação”. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, Lei Complementar 101/00) exige que as propostas que gerem impacto orçamentário-financeiro tenham uma estimativa desse valor no exercício em que começar a vigência e nos dois seguintes. Além disso, a proposta precisa mostrar a compatibilidade com o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e atendimento de pelo menos uma de duas condições alternativas. A primeira é que a renúncia esteja na estimativa de receita da lei orçamentária e não afete as metas de resultados fiscais previstas na LDO. A outra é que a proposta esteja acompanhada de medidas de compensação, com aumento de receita. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Medida Provisória 540: Plano Brasil Maior O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (26) a Medida Provisória 540, que institui o REINTEGRA, reduz gradualmente o prazo para aproveitamento de créditos de PIS/Cofins provenientes das aquisições de bens de capital, desonera a folha de pagamentos dos setores calçados, confecções e software e concede incentivo fiscal no IPI para a indústria automobilísitica, na forma de projeto de lei de conversão (PLV) apresentado pelo relator deputado Renato Molling (PP/RS). O início da apreciação do projeto de lei de conversão foi marcado por críticas à inclusão de normas sobre tabaco e fumo na medida provisória. Antes da votação da matéria, Molling aceitou retirar do texto vários dispositivos que seriam destacados pela oposição. O relator concordou em retirar a possibilidade de o comércio criar estabelecimentos exclusivos para o público fumante, mas tornou obrigatório o aumento de avisos sobre os malefícios do fumo, que deverão aparecer em 30% da área frontal do maço de cigarro a partir de 1º de janeiro de 2016. Acordo com o relator também excluiu a possibilidade de o FI-FGTS financiar a construção de estádios e centros esportivos e de treinamento para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 (empreendimentos hoteleiros e comerciais, entretanto, poderão ser financiados com recursos do referido fundo de investimento). O projeto de lei de conversão apresenta as seguintes inovações em relação à medida provisória original: - no caso das medidas de desoneração da folha de pagamento, amplia do prazo de vigência, de dezembro de 2012 para dezembro de 2014; - exclui a indústria moveleira sobre o novo regime tributário que substitui a contribuição patronal para a Previdência Social, que é de 20% sobre a folha de pagamentos, por uma contribuição sobre faturamento com alíquota de 1,5%; - inclui algumas atividades integrantes da cadeia produtiva de confecções, como botões, ilhós e rebites, e o setor curtidor de couro, no novo regime tributário que substitui a contribuição patronal; - exclui os representantes, distribuidores ou revendedores de programa de computador sobre o novo regime tributário que substitui a contribuição patronal para a Previdência Social, que é de 20% sobre a folha de pagamentos, por uma contribuição sobre faturamento com alíquota de 2,5%; - inclui empresas prestadoras de serviço de transporte coletivo urbano na regra de contribuição previdenciária sobre a receita bruta (alíquota, nesse caso, será de 2%); - modifica a definição da base de cálculo da alíquota ad valore do IPI incidente sobre cigarros previsto no texto original da medida provisória; - prorroga o prazo para implantação de ZPEs que especifica; - deduz da base de cálculo da contribuição destinada à Comissão Coordenadora da Criação de Cavalo Nacional (CCCCN) os valores pagos aos apostadores e os valores pagos a título de prêmio, aos proprietários, criadores de cavalos e profissionais de turfe;

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- autoriza o Poder Executivo a instituir a Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações; - regulamenta as regras de origem de que trata o Acordo sobre Regras de Origem do GATT, a serem aplicadas tão somente em instrumentos não preferenciais de política comercial; - concede crédito presumido de biodiesel para aquisição de mercadorias (soja, mamona ou outros produtos) destinadas à produção de biodiesel; e - impõe restrições à propaganda de cigarro. Após a aprovação do texto base do projeto de lei de conversão, o Plenário apreciou três destaques relevantes. O destaque do PSC que suprimiria dispositivo que permite a aplicação de recursos do FI-FGTS em projetos associados à Copa do Mundo e às Olimpíadas de 2016 nas cidades-sedes desses eventos, assim considerados os projetos de infraestrutura aeroportuária, de operações urbanas consorciadas, de transporte e mobilidade urbana, bem como de empreendimentos hoteleiros e comerciais, foi rejeitado por 231 votos a 85. Em votação simbólica, destaque do PPS que suprimia as novas regras de restrições ao uso e à propaganda de cigarro foi rejeitado. Por último, destaque do PMDB retirou do texto dispositivo que proibia a venda de cigarros com sabor característico natural ou artificial (baunilha e coco, por exemplo). Ficam mantidos os principais pontos da Medida Provisória original: - REINTEGRA – devolução de parte dos tributos não recuperáveis incidentes na cadeia produtiva de bens manufaturados destinados à exportação; essa devolução poderá ocorrer na forma de compensação com débitos tributários federais ou em espécie; o montante a ser restituído às empresas poderá ser de 0% a 3% sobre o valor das exportações de manufaturados; a medida tem vigência imediata e terá duração até dezembro de 2012; - reduz gradualmente o prazo para aproveitamento de créditos de PIS/Cofins provenientes das aquisições de bens de capital – a cada mês o prazo de apropriação se reduz em um mês, até atingir a apropriação integral no mês de aquisição dos bens em julho de 2012; - desonera a folha de pagamentos dos setores Calçados, Confecções e Software – a contribuição patronal para a Previdência Social, que é de 20% sobre a folha de pagamentos, será transferida para o faturamento no caso dos setores de Confecções, Calçados e Móveis, com alíquota de 1,5%, e de Software, com alíquota de 2,5% (além disso, a alíquota da Cofins importação sobre esses produtos é elevada em 1,5 ponto percentual, passando para 9,1%); e - inclui os dispêndios em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica executado por entidades científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos, entre as despesas passíveis de serem deduzidas do lucro líquido na apuração do Imposto de Renda e da CSLL.

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O Projeto de Lei de Conversão, junto com o processado (medida provisória original e emendas), segue para o Senado. A Medida Provisória perde eficácia no dia 30 de novembro. Fonte: CNI

Questões Institucionais

CESP sobre punição a empresas corruptoras define roteiro de trabalho A Comissão Especial (CESP) que analisará o PL 6826/10, do Executivo, que responsabiliza administrativa e civilmente as pessoas jurídicas que praticarem atos lesivos contra a administração pública, apreciou o roteiro de trabalho proposto pelo relator, deputado Carlos Zaratini (PT–SP). A intenção é realizar quatro audiências públicas, duas em Brasília, uma em São Paulo e outra Curitiba/PR. Entre os convidados para as audiências estão a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Instituto ETHOS, seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Controladoria Geral da União – CGU e Universidade Federais. Não há data marcada para o próximo encontro. Fonte: CNI

Senadores rejeitam sigilo indefinido de documentos Os senadores rejeitaram, por 43 a 9, o substitutivo do senador Fernando Collor (PTB-AL) ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 41/10, conhecido como Lei de Acesso às Informações Públicas. A maioria dos senadores considerou que a proposta abriria a possibilidade de sigilo indefinido para documentos. Na forma como foi apresentado pelo Executivo, o texto previa a possibilidade de sucessivas prorrogações do prazo de 25 anos de sigilo das informações ultrassecretas. Na Câmara, os deputados alteraram o texto para que o prazo só pudesse ser prorrogado uma vez. O substitutivo rejeitado previa como regra uma única prorrogação do prazo, mas fazia exceções em casos de documentos ultrassecretos e de outras classificações, quando o sigilo fosse considerado imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Nesses casos, não haveria limite para o número de prorrogações. Com a rejeição do substitutivo, que tinha preferência para votação, os senadores passam a discutir o PLC 41/10, com a limitação no tempo de sigilo, conforme o proposto na Câmara. Fonte: Agência Senado

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Política Social

Educação

Dilma: PRONATEC reformará educação profissional no país

A presidente Dilma Rousseff disse que o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil. O projeto, que vai oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional, foi aprovado no dia 18/10/2011 pelo Senado. No programa semanal "Café com a Presidenta", Dilma destacou que serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional. "Vão ser 5,6 milhões de vagas para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores. E mais 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos, voltados para os estudantes do ensino médio, com duração de pelo menos um ano", explicou. Segundo Dilma, estão sendo construídas 208 novas unidades de institutos federais de Educação Profissional --35 delas devem ser entregues ainda este ano. Uma parceria com o Sistema S prevê a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para 630 mil vagas também em 2011. "Além disso, investimos R$ 1,7 bilhão na construção de 176 escolas técnicas estaduais e também na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades. O Pronatec vai financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional, como se faz hoje com o ensino superior, por meio do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil", disse a presidente. Os investimentos de empresas em educação profissional, ainda de acordo com a presidente, não serão mais tributados por meio do Pronatec. O governo pretende garantir que 30% dos recursos destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste e que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência. Além disso, 1,1 milhão de vagas serão reservadas para beneficiários do programa Brasil sem Miséria. Ao final do programa, Dilma comentou a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no último fim de semana. Segundo ela, 4 milhões de estudantes fizeram as provas, utilizadas como critério para a distribuição de 150 mil vagas do ProUni (Programa Universidade para Todos). "A aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizou 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade", concluiu.

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Fonte: Blog RT

Relações de Trabalho

OAB defende projeto de lei para adiar implantação de CNDT A OAB paulista pediu ao deputado Arnaldo Faria de Sá, presidente da Frente Parlamentar dos Advogados na Câmara dos Deputados, a apresentação urgente de um projeto de lei que prorrogue em ao menos seis meses a entrada em vigor da Lei 12.440/2011, que estabelece a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), um cadastro de condenações da Justiça do Trabalho não cumpridas. A previsão é que a norma passe a vigorar a partir de 4 de janeiro de 2012. No texto, o presidente da AOB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, justifica o pedido. Ele afirma que o TRT de São Paulo concentra quase 50% das ações trabalhistas no país, mas não tem número de funcionários nem estrutura suficientes para implantar o sistema no prazo, sem cessar o trabalho forense e jurisdicional. “Considerando mais, que se trata de um cadastro e sistema nacional, ficará inviável o início de sua atividade sem a participação do Tribunal de São Paulo”, afirmou D’Urso no pedido. Na semana passada, o TRT-2 editou a Portaria 62/2011, que suspendeu o trabalho forense por tempo indeterminado para a realização de levantamento para a CNDT. A medida gerou polêmica e, conforme noticiado pela ConJur, a OAB-SP criou uma comissão, com participação da Aasp e do Iasp, que debateu com a presidência do tribunal os prejuízos que seriam provocados com a suspensão, conseguindo a retomada das atividades. Fonte: Blog RT

Projeto permite que acompanhante de deficiente falte ao trabalho Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2012/11, do Senado, que garante a empregado que seja responsável legal por pessoa com deficiência o direito a ausentar-se do trabalho por até dez horas semanais, sem desconto no salário, para acompanhar o dependente em tratamento de saúde. Pelo texto, o direito estende-se a responsável por indivíduo acometido por doença que exija atenção permanente ou tratamento educacional, fisioterápico ou terapêutico ambulatorial. O empregado, no entanto, deverá compensar as horas não trabalhadas no mesmo mês do afastamento. Do contrário, o período poderá ser descontado da remuneração. Condições - Para ter direito ao benefício, o interessado deverá apresentar laudo médico comprobatório da necessidade do atendimento. Deve ainda comprovar que o tratamento somente pode ocorrer em horário coincidente com a jornada de trabalho.

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O autor da proposta, ex-senador Raimundo Colombo, afirma que servidores públicos federais e de alguns estados já têm direito a dispensa do trabalho para acompanhar dependente portador de deficiência em atendimentos de saúde. Fora do setor público, no entanto, “milhões de trabalhadores veem-se impossibilitados de dar a assistência necessária aos seus dependentes por falta de previsão legal”. Tramitação - O projeto está pronto para entrar na pauta do Plenário, pois foi apensado ao PL 1038/03 já analisado por todas as comissões a que foi encaminhado. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Licença de pais para cuidar de criança doente por até um mês precisará de acordo ou convenção coletiva

Por convenção ou acordo coletivo, pais ou responsável poderão se ausentar do trabalho sem perder salário, para cuidar da saúde de filho de até 12 anos, por até 30 dias. É o que prevê relatório do senador Armando Monteiro (PTB-PE), aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no exame de projeto de lei originário da Câmara dos Deputados (PLC 137/10). O texto original permitia a licença sem estipular a prévia autorização em convenção ou acordo coletivo. Alterando essa previsão, o parecer da CAE agora será encaminhado à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde a matéria receberá decisão terminativa. Na CAS, os senadores terão de decidir sobre o formato final da proposta, que poderá voltar à Câmara se houver alterações no texto que lá foi produzido. Mas se prevalecer o texto original, a matéria deverá seguir diretamente à sanção presidencial. Armando Monteiro reconheceu que a licença prevista a favor do empregado é fundamental para a boa recuperação da saúde criança, manutenção do equilíbrio familiar e bem-estar do trabalhador. No entanto, ele disse que, apesar do "nobre propósito", fez restrições à transferência de novo encargo financeiro ao empregador. Inicialmente, o projeto foi distribuído apenas para a CAS, onde chegou a entrar em pauta. O último relatório, elaborado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), foi pela aprovação e ainda com emenda que previa liberação do empregado para acompanhar filho recém-nascido internado em UTI neonatal. Mas a matéria teve que passar antes pela CAE, em decorrência de requerimento aprovado em Plenário. Fonte: Agência Senado

Aprovado projeto que impede demissão por embriaguez O empregador poderá ficar impedido de demitir por justa causa o trabalhador que apresentar embriaguez habitual ou em serviço. Proposta com essa finalidade, do ex-

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deputado Roberto Magalhães, foi aprovada em caráter terminativo, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O projeto (PLC 12/11) foi aprovado em forma de substitutivo do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), para acatar a proposta inicial de Magalhães, que prevê suspensão do contrato de trabalho e concessão de licença para tratamento de saúde do empregado alcoolista. No entanto, em caso de recusa à realização do tratamento, determina a proposta, o empregado poderá ser demitido por justa causa. O texto que chegou ao Senado apenas retirava da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei nº 5.452/43) a hipótese de embriaguez como justa causa para demissão. O Judiciário já reconhece como injustas as demissões por justa causa com base em embriaguez, afirmou o autor, ao justificar a proposta. Ele ainda ressaltou que a medida se faz necessária, uma vez que o alcoolismo já é considerado uma patologia ou resultado de crises emocionais. A Justiça, observou, tem exigido tratamento médico para recuperar o doente antes de determinar aplicação de medidas punitivas. Na avaliação do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), o substitutivo acerta ao evitar que a pessoa doente seja demitida por justa causa, encaminhando o trabalhador a tratamento. O senador observou, porém, que o empregador não deve confundir a doença com irresponsabilidade de alguns funcionários, que bebem, sem ser alcoolista, e causam acidentes no ambiente trabalho. A evolução da Medicina tornou compreensíveis os efeitos físicos e psicológicos das substâncias químicas absorvidas pelo alcoolista, disse o senador Paulo Bauer. O alcoolismo, informou ainda o relator, pode ser desenvolvido em razão de propensão genética. Esses fatores, em sua visão, não justificam a punição do trabalhador alcoolista. - Sendo o alcoolismo um problema médico, nada justifica que o alcoolista seja abandonado à própria sorte - afirmou Paulo Bauer. Fonte: Agência Senado

CAS aprova dedução, no Imposto de Renda, do salário pago a empregado doméstico O valor do salário pago a empregado doméstico poderá ser abatido no Imposto de Renda. É o que propõe projeto de lei do senador Roberto Requião (PMDB-PR), aprovado nesta quarta-feira (26) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Agora, a matéria será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), terminativamente. A proposta (PLS 270/11) tem o objetivo, explicou o autor, de incentivar a formalização dos empregos domésticos. Assim, para conceder o benefício, o projeto altera a legislação do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (lei 9.250/95) para determinar a dedução. O presidente da CAS, senador Jayme Campos (DEM-MT), informou que apenas 26% dos empregados domésticos têm carteira de trabalho assinada. Essa situação, além de não oferecer garantias previdenciárias à trabalhadora, como aposentadoria, diminui a arrecadação da Previdência.

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De acordo com o texto aprovado, a dedução no Imposto de Rendapoderá ser feita sobre o salário de um empregado por declaração, mesmo quando feita em conjunto, até o limite de três salários mínimos por mês. Também pode ser deduzido o valor do décimo terceiro salário, dentro do mesmo limite de três mínimos, mais o adicional de férias, limitado a um terço do salário normal, no mês que for pago. O relator da matéria, senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), acredita que a diminuição na arrecadação do imposto de renda seja compensada pelo aumento da arrecadação previdenciária devida pelos empregadores e empregados domésticos. Ele reconhece, no entanto, que essa compensação dependerá do nível de formalização das relações trabalhistas da categoria. - A proposição valoriza os empregados domésticos e também proporciona certo alento aos contribuintes integrantes, na sua grande maioria, da classe média, que sofrem sob a pesada tributação do Imposto de Renda - observou Maldaner, ao ressaltar que a medida pode não ser necessária no futuro, mas no momento vai estimular a formalidade das relações trabalhistas da categoria. Fonte: Agência Senado

CAS aprova texto que esclarece dedução no IR de gastos com qualificação de funcionários Investimentos das empresas com qualificação, treinamento e formação profissional de empregados poderão passar a ser lançados como despesas operacionais para fins de apuração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas. É o que estabelece o projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O Regulamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (RIR/99) já permite esse tipo de dedução, mas, no entendimento dos senadores, o texto não é claro, o que acaba gerando controvérsias entre as empresas e a Receita Federal. De acordo com o relator do projeto na comissão, senador Armando Monteiro (PTB-PE), o RIR/99 deixa dúvidas ao admitir a dedução das despesas realizadas com a formação profissional de empregados. Na falta de detalhamento sobre os cursos considerados nesse tipo de qualificação, Armando Monteiro disse que a Receita Federal costuma aceitar a dedução apenas de gastos com ensino fundamental e médio, além de curso técnico para especialização na área de atuação profissional, excluindo cursos universitários e cursos de línguas, por exemplo. A proposta (PLS 149/11) recebeu voto favorável do relator, que considerou justa a preocupação de Vanessa com a eliminação de uma fonte de insegurança jurídica e de atrito com o fisco. Para o senador, a lei deve não só deixar clara a possibilidade de as empresas com programas de incentivo educacional descontarem esses gastos da apuração do imposto de renda, mas também definirem os cursos mais adequados à qualificação de seu pessoal.

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Segundo Armando Monteiro, a proposta de Vanessa tem o respaldo da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem conferido uma interpretação extensiva aos investimentos das empresas na capacitação de seus funcionários. Ao ampliar esse conceito, inclui o pagamento de faculdade, cursos de línguas e outros cursos para aperfeiçoamento de sua mão-de-obra. A matéria segue agora para votação terminativa pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Fonte: Agência Senado

Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participa de Audiência Pública na Comissão do Trabalho

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados realizou audiência pública, a fim de debater sobre as metas e ações do Ministério do Trabalho. Na abertura da reunião o deputado Silvio Costa (PTB/PE), presidente da Comissão, ressaltou a importância da audiência para debater questões relevantes da pauta trabalhista com o ministro Carlos Lupi. Ressaltou que a iniciativa do debate foi do deputado André Figueiredo (PDT-CE). O ministro destacou pontos importantes da sua gestão à frente do Ministério, como aplicação do FAT, manutenção dos gastos com seguro-desemprego, política de geração de empregos e fiscalização e combate a situação análoga de escravo. Ressaltou também que, em janeiro de 2012, entrará em vigor a Portaria 1510/2009, do Ministério do Trabalho, que disciplina o registro de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP. Afirmou que as empresas optantes pelo registro eletrônico de ponto deverão obedecer aos critérios impostos na norma, como a obrigatoriedade de certificação do equipamento. Atualmente no Brasil, informou Lupi, só 5% das empresas utilizam o sistema e que somente para elas haverá a obrigatoriedade de seguir as exigências da Portaria. Por fim, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB/RS) demonstrou sua preocupação com uma norma que parte da premissa que os empregadores estão sendo desonestos ou agindo de má-fé na questão do registro de pontos. Além disso, indagou que é um absurdo, num país que tem como princípio constitucional a presunção de inocência, as empresas serem obrigadas a utilizarem um sistema estabelecido por uma Portaria, para provarem que são inocentes. Fonte: CNI

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Previdência Social

Seguridade aprova projeto que permite reversão de aposentadoria A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou proposta que permite ao segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) renunciar às aposentadorias por tempo de contribuição, especial e por idade. De acordo com o relator, deputado Antonio Bulhões (PRB-SP), a medida vai “sanar lacuna nas leis vigentes, que não fazem referência à desaposentação”. Foi acolhido o Projeto de Lei 3884/08, do deputado Cleber Verde (PRB-MA), que tramita em conjunto com o PL 2682/07, do mesmo deputado, que não contempla os aposentados por idade. O texto aprovado altera a Lei 8.213/91, que não prevê a possibilidade de renúncia, pelo beneficiário, das aposentadorias por tempo de contribuição, especial e por idade. Justiça - Pela proposição, o segurado da Previdência terá assegurada a contagem do tempo de contribuição que serviu de base para a concessão do benefício para requerer nova aposentadoria no futuro. O relator explica que, atualmente, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) recusa todos os pedidos de reversão de aposentadoria com o argumento de que a concessão do benefício constitui ato jurídico perfeito, por força do Decreto 3.048/99. Outro entendimento, no entanto, teria o Judiciário. “A Justiça reconhece que um ato administrativo não pode extrapolar a lei”, acrescenta o parlamentar. Tramitação - A proposta, que tramita em caráter conclusivo, segue para análise das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos

Conselho do Vestuário da Fiep recebe líder do governo na Assembleia O Conselho Setorial da Indústria do Vestuário da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) recebeu nesta sexta-feira (21) o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Ademar Traiano (PSDB). O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, e empresários do segmento pediram apoio do parlamentar a uma série de demandas para garantir a competitividade das empresas têxteis e de confecção paranaenses. A solicitação mais emergencial diz respeito à prorrogação da validade da isenção de ICMS concedida ao setor, que vigora até o dia 31 de outubro. Revogado no início do ano, o benefício foi prorrogado por duas vezes e é considerado fundamental para que o setor do vestuário paranaense possa concorrer tanto com os produtos importados quanto com as empresas de outros estados. Para Campagnolo, a aproximação com parlamentares é fundamental na busca por soluções para problemas que afetam a indústria. “Devemos buscar soluções pela via democrática e o Poder Legislativo é a nossa voz nesse processo. Por isso nossas demandas devem ser levadas até os parlamentares”, afirmou o presidente. O deputado Traiano, que também é empresário do setor e foi o autor da proposta que criou o incentivo, em 2008, comprometeu-se a levar o pedido ao governo do Estado. “Todos os benefícios fiscais estão sendo revistos pelo governo e o Estado vem mantendo um acompanhamento da evolução da receita de cada segmento”, disse. “Estou empenhado na solução desta questão do ICMS para que os empresários tenham tranquilidade para tocar seus negócios”, acrescentou. Fórum regional - Durante a reunião, também foram discutidas as demandas do Paraná que serão levadas ao 1º Fórum Sul do Setor Têxtil e do Vestuário, que será realizado no próximo dia 11 de novembro, na Fiep, em Curitiba. O evento vai reunir os sindicatos empresarias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e tem o objetivo de formar uma agenda única de assuntos prioritários para a indústria de confecção da Região Sul. Fonte: FIEP

Fomento e Desenvolvimento Tecnológico

Fomento Paraná é destaque entre as maiores empresas do Sul do País A Agência de Fomento do Paraná (Fomento Paraná), empresa do Governo do Estado

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especializada em financiamentos e gestão de fundos, é a líder no ranking de empresas mais rentáveis do Sul do País, de acordo com a revista Amanhã. Com lucro de 56% sobre a receita líquida, alcançado em 2010, a Fomento Paraná também é campeã em liquidez corrente, índice que avalia a capacidade de pagamento da instituição frente a suas obrigações, com 23,29. De acordo com a publicação, a Fomento Paraná ocupa a 63ª colocação entre as 500 maiores empresas do sul do país e a 28ª entre as 100 maiores do Paraná, de acordo com o Valor Ponderado de Grandeza (VPG – medida que considera patrimônio líquido, receita bruta e lucro do exercício), que soma R$ 662 milhões. Entre as empresas paranaenses listadas, a Fomento Paraná registra o 13º maior patrimônio líquido (R$ 980 milhões). Está abaixo apenas da Copel (R$ 8,2 bilhões) e da Sanepar (R$ 1,9 bilhão) entre as empresas públicas. Aparece como a 5ª maior em capital de giro (R$ 1,214 bilhão). Também apresenta a menor taxa de endividamento sobre o ativo total, de 3,78%, o que demonstra o quanto a empresa é sadia e seu grande potencial para atrair recursos para novas operações. De acordo com o diretor-presidente da agência, Juraci Barbosa Sobrinho, o planejamento estratégico da instituição está sendo revisto para atender o propósito do novo governo de garantir mais apoio para micro e pequenos empresários, que representam 99,5% dos empreendimentos formais do Estado. A meta para 2012 é ampliar a carteira de empréstimos para o setor privado, de R$ 10 milhões por ano para R$ 70 milhões. “O Paraná vai oferecer novas linhas de financiamento e também crédito orientado, para apoiar micro e pequenos empresários, por meio de taxas de juros subsidiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico ou do tesouro estadual, e de programas de capacitação em gestão para empreendedores”, explica Barbosa Sobrinho. “Também vamos buscar bancos oficiais e agências internacionais de desenvolvimento para trazer novos recursos para impulsionar a economia paranaense”, completa. Até agora, mais de 90% dos recursos gerenciados pela Fomento Paraná eram dirigidos ao financiamento a municípios, por meio do serviço autônomo Paranacidade e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, para pavimentação de ruas e construção de equipamentos públicos como escolas e unidades de saúde. Entre as estratégias da Fomento Paraná para os próximos anos está a de aproveitar o baixíssimo índice de endividamento e o aumento da capacidade de tomar recursos, junto a bancos e agências de desenvolvimento, para atuar como instituição de segundo piso para outras entidades financeiras, captando e fornecendo recursos para micros e pequenos negócios. “Hoje somos a instituição mais barata de todo o sistema financeiro nacional, pelas taxas de juros e porque temos um baixo custo de estrutura e logística. Vamos tirar proveito disso”, afirma Barbosa Sobrinho. Segundo piso - A primeira instituição a formar parceria com a Fomento Paraná para atuar como segundo piso em microcrédito foi a Caixa Econômica Federal. O convênio foi assinado nesta quinta-feira (20), pelo governador Beto Richa e pelo vice-presidente de Atendimento

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e Negócios da Caixa, José Henrique Marques da Cruz. A Fomento Paraná irá receber R$ 10 milhões da Caixa Econômica Federal, para financiar operações de microcrédito, proporcionando a oferta de juros subsidiados pelo governo para atender micro e pequenos empreendedores. As faixas de financiamento irão variar de R$ 1 mil a R$ 300 mil, de acordo com a capacidade de cada empresário. Os recursos serão repassados pela Caixa em três etapas, a primeira de R$ 3 milhões e a segunda e terceira de R$ 3,5 milhões. O Estado terá 48 meses para restituir os recursos, a partir de cada parcela liberada, que terá taxa de 0,75% ao mês. A taxa de juros que será ofertada aos empreendedores paranaenses irá variar de acordo com o porte da empresa e seu histórico de adimplência, variando de 0,58% a 0,64% ao mês. Fonte: Agência Estadual de Notícias PR

ABNT aprova norma sobre gestão de pesquisa, desenvolvimento e inovação

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) aprovou o texto final do projeto de norma técnica Diretrizes para o Sistema de Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). “A elaboração da norma é resultado do trabalho de quase dois anos da equipe”, afirma o coordenador do Comitê Especial do projeto e diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Júlio C. Felix. De acordo com Felix, a norma – que será publicada oficialmente nos próximos dias e estará disponível para consulta no site da ABNT – é uma ferramenta para as empresas buscarem recursos para as atividades de PD&I e utiliza os conceitos dos sistemas de normas ISO 9001 e 9004. “Com essa norma, as empresas terão um conjunto de instrumentos para gerenciar melhor os seus processos, tratando melhor seus investimentos em inovação e, consequentemente, diminuindo os riscos”, afirma. No projeto de norma, identificado como 130:000.00-001, a comissão de estudo destaca que a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação muitas vezes são vistos como processos distintos, criativos e que demandam, cada vez mais, uma abordagem estruturada. Também observa que as técnicas de normalização usadas para outros sistemas de gestão são igualmente aplicáveis aos sistemas de gestão da pesquisa, desenvolvimento e inovação e que alguns países têm desenvolvido conjuntos de normas para as diversas atividades da PD&I. Elaboração - O processo de elaboração de uma norma começa com pedido da sociedade à ABNT, que, a partir daí, constitui comissões de estudos para a sua elaboração. O grupo trabalha até obter consenso, quando então o projeto é publicado e submetido à consulta nacional, podendo receber as contribuições da sociedade interessada, com votos aprovando ou não, com restrição ou contribuição de alguma forma. Esta nova norma passou pelos três meses de consulta nacional e recebeu algumas contribuições. O novo projeto foi encaminhado à diretoria da ABNT para a devida publicação no Diário Oficial da

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União. Reunindo representantes de empresas, universidades, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil voltadas para a área de PD&I, o comitê trabalha agora em mais duas normas: uma definindo as diretrizes para elaboração de projetos de PD&I e outra sobre a terminologia para facilitar o entendimento das outras duas normas. Até o fim do mês que vem, deverão estar prontos os textos para a elaboração desses dois projetos. Fonte: Agência Estadual de Notícias

Política Agroindustrial

Campanha permanente contra os agrotóxicos é lançada durante audiência pública Um cenário alarmante que registra 70 mil mortes no Brasil em consequência de intoxicações por agrotóxicos, bem como provoca inúmeros e graves problemas de saúde, foi mostrado durante uma audiência pública que aconteceu na Assembleia Legislativa para discutir a comercialização e o uso de defensivos agrícolas. Durante o evento foi lançada a “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, e também o comitê paranaense contra agrotóxicos. De acordo com a médica Rosa Maria Wolff, da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria (RS), os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2006 são “muito preocupantes”. "70 mil pessoas morrem no Brasil por intoxicação por agrotóxicos todo ano. No mundo, são três milhões”, revelou. “Podemos chamar isso de defensivos agrícolas? Não! Devemos chamar do que eles realmente são: venenos desenvolvidos para matar. O homem esquece que também pode ser vítima desses venenos", ressaltou. Segundo ela, as substâncias químicas presentes nos agrotóxicos provocam desde rinites e distúrbios de comportamento, até alterações neurológicas (dificuldade de aprendizagem, retardo mental) e mutações genéticas que podem provocar cânceres e anencefalias (bebês sem cérebro), entre outras. A médica citou como exemplo uma pesquisa realizada no município gaúcho que revelou que 30% das crianças, alunos de escolas rurais, apresentam dificuldades de aprendizagem. “Nos últimos 40 anos todas essas enfermidades registraram uma curva ascendente. É esse o tempo em que começamos a aplicar agrotóxicos em nossas lavouras”, recordou. O mesmo alerta em relação aos efeitos dos defensivos foi feito pelo procurador de Justiça Saint-Clair Honorato dos Santos, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente: “O que causa perplexidade é que temos os registros das ocorrências e sabemos ainda que há subnotificações. Mesmo assim, a sociedade não consegue se mobilizar para tomar uma atitude”. O procurador destacou que há necessidade de implantar um monitoramento permanente em relação às condições das águas e dos alimentos. “Hoje não sabemos as condições reais da contaminação dos alimentos e nem das águas”, declarou.

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Outro questionamento levantado por Saint-Clair Honorato Santos foi em relação aos efeitos das pulverizações aéreas. “Essa é uma prática que precisa ser avaliada e combatida”, alertou. Na analise do advogado Darci Frigo, da ONG Terra de Direitos, “é fundamental abrir o diálogo para que as organizações possam combater os efeitos nefastos dos agrotóxicos”. Para ele, também é fundamental que a população seja conscientizada em relação aos interesses das multinacionais. “As soluções apresentadas sempre privilegiam o capital e não a saúde da população”, observou. Ranking – Para o deputado Professor Lemos (PT), um dos propositores da audiência, o debate precisa ser ampliado para se estabelecer soluções em torno da comercialização e do uso de agrotóxicos, que preservem a saúde e o meio ambiente. Lemos, assim como o deputado Elton Welter (PT), também organizador do evento, manifestaram preocupações em relação à forma como é feito o controle e a fiscalização sobre esses produtos no Paraná. Ambos defendem a implementação de normas rigorosas e mais ações no campo para o combate a práticas ilegais. Welter lembrou que o Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial de consumo de venenos agrícolas. Quase um bilhão de litros foram jogados nas lavouras em 2009, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola. “A campanha que está sendo lançada hoje pretende abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda, sobre a contaminação dos solos e das águas e denunciar o impacto desses venenos na saúde dos trabalhadores, nas comunidades rurais e dos consumidores nas cidades”, afirmou Welter. O professor Lemos, durante pronunciamento em Plenário, relatou um levantamento feito recentemente em municípios paranaenses em que foi comprovado que 80% do leite materno “apresentava contaminação por agrotóxicos”. Pesquisa semelhante foi realizada pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que também detectou altos índices de resíduos de venenos agrícolas no leite materno. Ou seja, enquanto estas mães alimentavam seus filhos estavam lhes dando pequenas quantidades de venenos. Conscientização – A “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida” está sendo lançada em todo o país. Ela pretende esclarecer a população em relação à necessidade de se mudar o modelo de produção agrícola predominante no Brasil e no mundo, que se sustenta com base nas grandes propriedades e na monocultura. Além disso, busca informar e conscientizar a população sobre os sintomas da intoxicação com agrotóxicos. Por serem comuns a outras doenças, como dores de cabeça, cansaço, câimbras, diarréias, depressão, etc., o que dificulta o diagnóstico pela intoxicação crônica e mesmo a aguda. Participaram da audiência, ainda, os deputados Rasca Rodrigues (PV) e Luciana Rafagnin (PT); Paulo Santana, representante da Secretaria Estadual de Saúde; Roberto Baggio, da Via Campesina; ambientalistas, técnicos e estudantes. Fonte: ALEP

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Legislativo recebe anteprojetos relativos à Agência de Defesa Agropecuária

As duas mensagens do Governo do Estado para a criação e estruturação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) foram lidas na Assembleia Legislativa. O anteprojeto nº 73/2011 institui a autarquia, que terá por finalidade a promoção e controle, bem como a inspeção sanitária e agropecuária, sendo suporte das ações da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). A agência terá ainda receita própria, autonomia administrativa, técnica e financeira. Já o anteprojeto nº 74/2011 dispõe sobre os cargos e carreiras dos servidores da estrutura organizacional da Adapar. As mensagens, depois de lidas e apoiadas em Plenário, seguem agora para o trâmite na Casa, passando pelas comissões técnicas competentes. De acordo com as mensagens encaminhadas, a Adapar terá 600 cargos de fiscal de defesa agropecuária e mais 600 de assistente agropecuário. Fonte: ALEP

Projeto dispõe que restaurantes indiquem calorias dos alimentos comercializados O deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) anunciou que pretende reapresentar na Assembleia Legislativa, nos próximos dias, projeto de lei de sua autoria que obriga bares, restaurantes, sorveterias e outros estabelecimentos que comercializem alimentos para consumo imediato, a disponibilizar para os consumidores tabela com indicação das calorias de cada produto comercializado. Pela iniciativa, que foi arquivada no ano passado com o fim da legislatura, a relação deverá indicar também as necessidades calóricas de consumo diário por pessoa, por faixa etária, e deverá ser elaborada e assinada por nutricionista com inscrição no Conselho Regional de Nutricionistas. O projeto prevê que os estabelecimentos terão prazo de 60 dias para se adequarem à lei e, em caso de descumprimento, ficam sujeitos a penalidades que vão de advertência por escrito à multa de R$ 5 mil e à cassação da respectiva inscrição estadual. Segundo o deputado Praczyk, o conhecimento do valor calórico dos alimentos é vital para a sociedade, mas essa informação é divulgada apenas nos produtos industrializados e nas prateleiras dos supermercados. Enquanto isso, ainda de acordo com o parlamentar, nota-se que boa parte da população que sofre de males como a obesidade, diabetes e altas taxas de colesterol, alimenta-se em fast-foods, bares, lanchonetes e restaurantes, sem consciência do teor de gordura e calorias dos alimentos. Fonte: ALEP

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Direito do Consumidor

Higienização nos óculos disponibilizados para filmes 3D O projeto nº 256/11, do deputado Leonaldo Paranhos (PSC), aprovado em terceira discussão, vai obrigar os cinemas do Paraná a disponibilizar aos espectadores de filmes 3D (terceira dimensão) óculos apropriadamente higienizados e embalados individualmente, em plástico estéril com fechamento a vácuo. Paranhos explica que, como presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, tomou conhecimento de que várias pessoas que tiveram problemas oftalmológicos depois de usar óculos em sessões projetadas em terceira dimensão. Segundo o parlamentar, hoje não há nenhuma obrigatoriedade para que esses óculos sejam higienizados, embora muitas empresas admitam fazê-lo. “Consideramos que a obrigatoriedade é necessária, até porque os óculos não são descartáveis e a higienização adequada vai proteger os consumidores da transmissão de doenças como a conjuntivite”, afirma. Pelo projeto, a higienização dos óculos 3D deve ser feita com uma solução contendo 70% de álcool. A matéria, aprovada em forma de substitutivo geral de Plenário, estabelece ainda, em seu artigo 4º, que o descumprimento da medida implicará ao infrator as seguintes sanções: advertência por escrito; multa de 50 Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF-PR); e cassação da inscrição estadual. Fonte: ALEP

Política Industrial

Empresários do Paraná querem mais diálogo com a Anvisa A Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) recebeu na sexta-feira (21), o coordenador de relações governamentais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alberto Mendes. O objetivo da visita foi reunir empresários e lideranças sindicais do setor de alimentos, bebidas, cosméticos, indústria química e também farmacêutica, para oficializar o recente núcleo criado pela CNI, o COEX (Gerência Executiva de Relação com o Pode Executivo) que servirá como porta-voz das demandas de cada Estado junto ao governo federal. Esta primeira etapa dos trabalhos, de acordo com Mendes, esta concentrada no diálogo com as federações das indústrias nos Estados. As questões sanitárias, segundo ele, foram priorizadas devido a necessidade de um grupo específico que precisa alinhar a viabilização de produtos e projetos junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Porém, o coordenador da CNI destaca que o programa visa estabelecer a mesma relação com outras pastas do governo federal. “O COEX também vai centralizar as demandas junto a Receita Federal, ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e também do Ministério de Justiça (MJ). Temos que nos estruturar para sermos ouvidos com a mesma

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força que o governo ouve outras entidades como a CUT, a UGT e a Força Sindical”, destaca. Sabatina – Durante a reunião, o coordenador de relações com governo pôde ouvir a realidade enfrentada pelos empresários paranaenses nestes setores. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Paraná (Sinqfar), Marcelo Melek, a relação com o comando da ANVISA é difícil e demorada. “A ANVISA não fala diretamente com o empresário e, mesmo enquanto sindicato, levamos mais de quatro décadas para que fosse criado um canal direto com o presidente da agência. Isso ocorreu em 2009, quando foi elaborada uma agenda com as principais demandas do Paraná. O problema é com a mudança do governo, mudou também o comando da ANVISA e as conversas cessaram”, explica. Mendes, que já transitou pela assessoria dos governos Fernando Henrique e Lula, avaliou como positiva as iniciativas dos empresários paranaenses. “O objetivo da COEX não é substituir o que já vem sendo feito pelas entidades estaduais com o governo federal. Mas sim, conhecer estas iniciativas e aumentar o potencial de negociação, além de unir forças com outros Estados que tenham propostas similares”, explica. Outro ponto positivo para o COEX é a força para a aprovação de leis de interesse da indústria brasileira. “Queremos criar uma relação de longo prazo entre a indústria e a instituição do governo federal, não apenas com este ou aquele presidente. Aliados, governo e indústria terão mais força junto ao congresso para as questões de desenvolvimento”, reforça Mendes que cita como exemplo o projeto do programa Brasil Maior, lançado pelo governo recentemente para fomentar a inovação no país. “65% das diretrizes apresentadas pelo governo ao congresso foram sugeridas pela CNI. Ainda assim, apenas 25% das propostas feitas pela CNI foram acatadas. É um começo de um diálogo”. Testes laboratoriais apresentam maiores demandas - Um dos pontos mais discutidos durante a reunião foram os testes laboratoriais exigidos pela ANVISA para a liberação de novos produtos ou novas patentes. De acordo com o diretor executivo do Sindiavipar, Icaro Fiechter, o baixo número de laboratórios credenciados e a consequente demora nos resultados atrapalha o desenvolvimento da indústria brasileira. “Os Estados precisam de autonomia e de laboratórios credenciados com capacidade para atender mais rapidamente as demandas nacionais e internacionais”. O mesmo sentimento foi demonstrado pela coordenadora de assuntos regulatórios da Sismex do Brasil, Elina de Lira e Silva. “Com a atual política de certificação de novos produtos, o Brasil nunca terá produtos de ponta na área da saúde. O prazo médio para uma certificação no Brasil é de cinco anos”, finaliza. Fonte: FIEP

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Comércio Exterior

FIEP participa de reunião com a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Ucrânia O vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Hélio Bampi, representou o presidente Edson Campagnolo, nesta terça-feira (25), em Brasília, no encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich. A reunião tratou da ampliação das relações comerciais entre os dois países e da possibilidade de transferência de tecnologia, especialmente nas áreas de biocombustíveis e produtos farmacêuticos. “O encontro foi bastante produtivo e ambos os presidentes demonstraram forte interesse de aproximação e de estreitar os negócios entre os dois países”, disse Bampi. Este é o segundo contato de Hélio Bampi com a comitiva ucraniana este ano. Em agosto ele integrou a missão do Paraná que viajou à Ucrânia. “O Paraná concentra 90% dos imigrantes ucranianos que vieram para o Brasil. O Estado tem a maior colônia de ucranianos fora da Ucrânia. São 400 mil descendentes de ucranianos que vivem no Paraná”, informou o vice-presidente da Fiep no encontro. Segundo ele, o Estado tem forte interesse nesta aproximação que pode resultar em cooperação, troca de tecnologias e negócios. Participaram do encontro embaixadores, senadores, deputados federais e empresários. Fonte: FIEP

Infraestrutura

Audiência pública vai debater gestão de rodovias no Paraná “A Gestão de Concessão de Rodovias no Paraná” será tema de uma audiência pública no próximo dia 21 de novembro, a partir das 8h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. O deputado Professor Lemos (PT), propositor do evento, lembra que “os contratos de concessão de obras públicas celebrados entre o Estado (por intermédio do DER – Departamento de Estradas de Rodagem), tendo a União como interveniente, através do Ministério dos Transportes, bem como as empresas concessionárias vencedoras no processo licitatório nos diversos lotes, foram assinados em 14 de novembro de 1997”. Fonte: ALEP

Paraná estuda cobrar pedágio por km Motorista pagaria tarifa proporcional à distância percorrida com a implantação do sistema

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“free flow”, já adotado em 20 países. São Paulo testa sistema desde 2008 - Em São Paulo, existe um pórtico em teste na rodovia Anhanguera há três anos. O objetivo era apenas avaliar a viabilidade técnica do sistema, que se mostrou eficiente, segundo Pedro Donda, responsável no Brasil pelos sistemas Via Fácil e Sem Parar, já utilizados em praças de pedágio e estacionamentos. Segundo ele, metade dos veículos que trafegam pelas rodovias pedagiadas brasileiras utiliza o sistema de cobrança automática. Placa eletrônica - Desde 2006, o Brasil ensaia exigir que todos os veículos tenham um chip de monitoramento. O Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) foi determinado por resolução do Departamento Nacional de Trânsito e várias datas já foram divulgadas para o início do sistema. A previsão agora é de que comece em 2014. Os veículos deverão ter chip na placa ou na parabrisa. A responsabilidade pela implantação é dos órgãos estaduais de trânsito. O monitoramento obrigatório previsto pelo Siniav é visto pelas concessionárias como uma forma de garantir as condições técnicas ideais para a implantação do “free flow”. Dentro de três a quatro anos, o Paraná poderá contar com um sistema de cobrança eletrônica de pedágio por quilômetro rodado que já funciona em mais de 20 países. Chamado de “free flow” (fluxo livre, em inglês), o modelo combina uso de radiofrequência e gravação de imagem para registrar a passagem de veículos pela estrada. As atuais praças de pedágio seriam substituídas por pórticos, de passagem livre, instalados a poucos quilômetros um do outro. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) considera esse sistema mais justo porque o pagamento é proporcional ao uso da rodovia e também ocorreria a inclusão de motoristas que hoje não passam por nenhuma praça. “Quem usa dois quilômetros e quem usa 50 vai pagar valores bem diferentes”, argumenta o diretor regional da ABCR, João Chiminazzo Neto. Moacyr Duarte, presidente da entidade, acredita que o preço das tarifas no país pode cair até pela metade com o “free flow”. Hoje, a distância entre as praças é de 40 a 70 quilômetros. O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, conta que a intenção é utilizar o monitoramento eletrônico para muito além do pedágio. “A ideia é planejar o trânsito, acompanhar o transporte de carga e verificar a regularização dos veículos também”, explica. No Paraná, um modelo de instalação de chip eletrônico em veículos está sendo planejado pelo Departamento de Trânsito (Detran). Mário Rodrigues Júnior, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), responsável pela regulação das concessões federais de rodovias, avalia que o sistema de fluxo livre representa uma nova fase do sistema de cobrança, que superaria o modelo baseado em praças. Como não existe legislação que obrigue o motorista a aderir ao sistema, a mudança só acontece se o governo adotar o modelo. E a adoção exigiria alterações nos contratos de

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pedágio. Governo estadual e concessionárias estão em negociação atualmente para alterar as bases dos contratos. Os primeiros sistemas de “free flow” começaram a ser implantados no mundo na década de 90. Na Alemanha, Suécia e Eslováquia, um aparelho GPS instalado em caminhões monitora por quais rodovias o veículo passou e cobra proporcionalmente pelo trajeto percorrido. Em Portugal, o aparelho usado para controlar o fluxo do veículo na rodovia já é usado para a cobrança em postos de combustíveis e em drive in de redes de lanches. A forma mais comum de cobrança do pedágio pelo sistema fluxo livre é feita por meio de uma fatura semelhante à do cartão de crédito enviada ao motorista pelo correio ou por e-mail. Quem transita na RMC passará a pagar tarifa - Milhares de veículos que circulam por rodovias concedidas na região metropolitana de Curitiba (RMC) não pagam pedágio. Elvio Torres, gestor de atendimento da concessionária Rodonorte, acredita que o “free flow” pode ser uma ferramenta para garantir que todos os motoristas que usem a estrada paguem a tarifa. “Atualmente, quem paga custeia os benefícios para quem não paga”, diz. Hoje, 22 mil veículos passam pela praça de pedágio em São Luiz do Purunã e 40 mil circulam no trecho entre Campo Largo e Curitiba. Evandro Vianna, diretor-executivo da concessionária Ecovia, destaca que a maior parte dos acidentes acontece no trecho urbano da BR 277, entre Curitiba e São José dos Pinhais. “Muitos dos atendimentos operacionais, mecânicos, médicos, são recebidos por motoristas que não chegam à praça de pedágio”, conta. Aproximadamente 12,5 mil veículos pagam a tarifa diariamente, mas entre 55 mil e 60 mil circulam no trecho de 24 quilômetros entre o início da concessão e a praça de pedágio. Nas rodovias brasileiras, de 40% a 90% dos veículos que circulam em trechos concedidos não pagam tarifa. Prós e contras Vantagens

Pagamento proporcional ao uso.

Melhoria do fluxo na rodovia com a retirada das praça de pedágio.

Identificação de criminosos e veículos roubados.

Diminuição dos custos operacionais.

Facilidade de pagamento.

Possibilidade de outras aplicações para o monitoramento, como gerenciamento de trânsito. Problemas

30% da frota está irregular (licenciamento vencido, por exemplo).

O sistema brasileiro é de cobrança por eixo.

Receio de invasão de privacidade.

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Exige a instalação de um aparelho no veículo.

Preocupação com a veracidade e credibilidade das informações de cobrança.

Necessidade de alterar contratos de pedágio. Pelo mundo Veja como o sistema funciona em outros países: Chile

O sistema existe desde 2004.

Há aproximadamente um pórtico a cada quatro quilômetros.

O aluguel mensal do aparelho é US$ 1 (aproximadamente R$ 1,80).

A multa para quem usa o pedágio e não paga é de 40 vezes o valor da tarifa.

O preço médio por quilômetro é de 10 centavos de dólar (R$ 0,18).

A implantação em 29 quilômetros custou US$ 400 milhões. Portugal

O sistema existe desde 2007.

O aparelho custa 25 euros (cerca de R$ 62,50) e não há mensalidade.

O preço médio por quilômetro é de 8 centavos de euro (R$ 0,20).

O sistema é usado também em estacionamentos e pagamento de combustível. Fonte: Gazeta do Povo

Meio Ambiente

Campagnolo defende aprovação do Código Florestal ainda este ano A mobilização pela aprovação do novo Código Florestal ainda este ano levou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo, a Brasília onde discutiu o assunto com o presidente da República em exercício, Michel Temer, com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e com senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do projeto do Código Florestal no Senado. “A luta da indústria é para que o código seja aprovado ainda este ano porque as empresas do setor de base florestal precisam planejar seus rumos e investimentos.”, afirmou Campagnolo, que viajou acompanhado pelos empresários Douglas Antonio Granemann de Souza e Gilson Berneck (Sindicato das Indústrias da Madeira do Paraná), Paulo Roberto Puppo (Sindicato da Indústria da Madeira de Imbituva) e Álvaro Scheffer (Sindicato da Indústria da Madeira de Ponta Grossa). O projeto (PLC 30/2011) deverá ir à votação no senado federal no próximo dia 23 de

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novembro e tem como principal prerrogativa atualizar a legislação que regula a atividade agrícola e a extração vegetal em todo território nacional. Criado em 1965, o Código Florestal atual é hoje um emaranhado de mais de 16 mil dispositivos que trazem insegurança jurídica ao agronegócio, e engessam sua atuação, uma vez que a legislação não acompanhou as inovações tecnológicas ocorridas nesta área. Para que a modernização esperada seja operada na nova legislação florestal, Campagnolo observa que é preciso romper com a ideia de que a produção é inimiga do meio ambiente. “O setor industrial não é predador, tem a base industrial plantada.”, afirmou. Da esquerda para a direita: Rodrigo Rocha Loures, assessor da vice-presidência; o empresário Álvaro Scheffer; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo; o presidente da República em exercício, Michel Temer; e os empresários paranaenses Douglas Granemann de Souza, Gilson Berneck e Paulo Roberto Puppo Também a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, acredita que o caminho para a nova legislação se construirá através do consenso. “Vamos trabalhar com o equilíbrio entre a conservação ambiental e a produção.”, pondera a paranaense. Esta percepção é compartilhada também pelo senador Luiz Henrique, relator do projeto no Senado, que vem trabalhando na harmonização das posições em relação a este tema, ouvindo a comunidade, os empresários, as organizações de classe, ONGs e deputados ligados ao meio ambiente e ao agronegócio. Na opinião do parlamentar “O problema ambiental não está no campo, está na cidade.”. Fonte: FIEP

Comissão de Agricultura discute sanidade e trânsito animal e pede menos burocracia O aumento do prazo para a validação dos exames de sanidade de cavalos e outros equídeos para no mínimo 120 dias e a desburocratização da liberação da Guia de Transporte Animal (GTA) foram temas de uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa, conforme iniciativa da Comissão de Agricultura da Casa. Atualmente, os exames de anemia infecciosa têm validade por 60 dias. A reunião contou com representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), do Ministério da Agricultura, da Sociedade Rural do Paraná e de entidades ligadas às tradições regionalistas. “Este é um debate que muitas vezes é deixado de lado. Atualmente, os exames nos equídeos valem por 60 dias. No Paraná temos muitos eventos tradicionalistas e os animais precisam ser transportados, mas a burocracia muitas vezes atrapalha. Nosso objetivo é que o prazo de validade dos exames aumente, evidentemente respeitando as exigências de sanidade animal”, afirmou o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Hermas Brandão Júnior (PSB). Para o deputado Nereu Moura (PMDB), também um dos proponentes da audiência pública, é possível chegar ao entendimento entre órgãos de fiscalização animal e criadores. “Temos nos deparado com este sério problema do prazo dos exames. Vamos buscar uma maneira

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de facilitar a vida daqueles que utilizam os animais. Por isso, debater tecnicamente o assunto é importante. A GTA precisa ser emitida mais facilmente e os prazos de validade do exame podem ser estendidos”. Os deputados Pedro Lupion (DEM), Nelson Luersen (PDT) e o deputado federal Abelardo Lupion (DEM) também participaram da reunião. As sugestões da audiência pública deverão ser analisadas. Mas, segundo a representante do Ministério da Agricultura, Juliana Azevedo Castro Bianchini, diversas consultas populares vêm acontecendo paralelamente ao evento no Legislativo. “Esta é uma oportunidade para debatermos sanidade animal e as exigências legais, principalmente porque estamos realizando diversas consultas públicas sobre as normativas que envolvem estes temas”, afirmou. Fonte: ALEP

Industrial defende reciclagem como solução para resíduos urbanos Para o presidente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, só será possível encontrar solução para os resíduos urbanos quando se resolver o problema da logística reversa, o retorno das embalagens para as fábricas. “Para isso, é necessário atribuir o custo ambiental do produto”, explicou. Belmonte acredita ainda que a equação para os resíduos urbanos depende de vontade política, “de fazer projetos não apenas para falar que tem, mas para resolver”. Um exemplo do que não deve ser feito, segundo disse, é a cidade de São Paulo. De acordo com o especialista, a capital paulista gasta R$ 1,7 bilhão por ano para coleta e seleção de resíduos sólidos, e apresenta índice de 0,5% de coleta seletiva. “É dramático”, conclui. O presidente da Abrividro participa do seminário Articulação política pela sustentabilidade – encontro brasileiro de secretários de meio ambiente, que ocorre no auditório Nereu Ramos. O evento é promovido pelo Centro de Altos Estudos em Sustentabilidade da Academia Brasileira de Filosofia (ABF), em parceria com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a Eco.X - Distribuindo Sustentabilidade e a AP.ecos - Agência de Promoção Eco Sustentável. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto que institui multa para quem jogar lixo em logradouro público segue para o Executivo

Quem depositar lixo em logradouro público e propriedades rurais poderá ser multado em até R$ 10 mil. Isto é o que estabelece o projeto de lei nº 029/11 do deputado Hermas Brandão Junior (PSB), aprovado em redação final na Assembleia Legislativa.

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De acordo com a proposição, “considera-se lixo, para os fins desta lei, todo e qualquer resíduo sólido, orgânico ou inorgânico, de origem doméstica, comercial, industrial, hospitalar ou especial, resultante das atividades diárias do homem em sociedade”. Hermas Júnior lembra, a propósito, que as questões relacionadas com o meio ambiente têm sido a grande preocupação deste século. O projeto, que teve anexada outra matéria de iniciativa do deputado licenciado Osmar Bertoldi (DEM), por se tratar de tema semelhante, estabelece multas para quem descumprir o estabelecido na norma, que variam de R$ 100,00 a R$ 10.000,00. A matéria será agora encaminhada para sanção (ou veto) do Governo do Estado. Fonte: ALEP

Seminários debatem a Política Nacional de Resíduos Sólidos na Assembleia Legislativa “Hoje, quem quiser fazer qualquer avanço econômico, tem que levar em conta a questão ambiental”. O alerta foi feito nesta quinta-feira (27) por Mário Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, ao participar dos seminários que discutiram na Assembleia Legislativa a implementação da Lei nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O Paraná produz diariamente 20 mil toneladas de resíduos de todas as origens e ainda tem cerca de 180 municípios que não possuem aterros sanitários controlados. Engenheiros, empresários, técnicos, ambientalistas e estudantes debateram durante os eventos a “Política Nacional de Resíduos Sólidos – Desafios e Oportunidades”, e “A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Indústria da Construção”. Esses temas estão sendo abordados em todos os Parlamentos estaduais do país, como forma de estimular a criação de Frentes Parlamentares Ambientalistas. O deputado Rasca Rodrigues (PV), organizador dos seminários no Paraná, explicou que um dos principais objetivos é mobilizar os atores locais para compartilhar responsabilidades e encontrar caminhos que contribuam para a criação dos planos de gestão de resíduos sólidos que, em cumprimento da nova política, deverão ser criados pelos estados e municípios. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece normas e diretrizes sobre a gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos. “Entretanto, para que seja implementada serão necessárias ações conjuntas entre o poder público, o setor empresarial e a sociedade”, afirma Rasca. Para Mantovani, a mobilização da sociedade é fundamental para colocar em prática uma legislação que tramitou durante 20 anos no Congresso Nacional. “Agora precisamos de ações, de respostas”, sublinhou, lembrando que mais de 80% dos municípios brasileiros ainda jogam seus resíduos na natureza. Ele acredita que “a Frente vai assegurar que a agenda ambiental integre a pauta do Legislativo, apoiar políticas públicas e ações governamentais e da iniciativa privada que promovam o desenvolvimento sustentável”. O presidente do Sinduscon - PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná), Normando Baú, que representou também a Câmara Brasileira da Indústria da

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Construção, reconheceu que o setor tem uma parcela importante nesta discussão. Porém, discorda de quem alega que 1/3 de cada empreendimento do setor vira necessariamente resíduo: “Ninguém vê isso quando passa em frente de uma obra”. Ele lembrou que a indústria da construção civil projeta um crescimento de 8% para este ano, e que pretendem avançar com responsabilidade social. Consórcios – “Temos um grande desafio”, declarou o professor Eduardo Felga Gobbi, coordenador de recursos hídricos e saneamento ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (SEMA). Ele fez uma breve apresentação da estrutura da Secretaria, das suas atribuições, responsabilidades e programas desenvolvidos. Ressaltou também a importância da implantação do sistema de logística reversa (no qual os produtores de resíduos são responsáveis por dar destinação adequada a eles), dos consórcios intermunicipais para aterros sanitários e da eliminação dos lixões a céu aberto. Na opinião de Gobbi, a destinação dos resíduos sólidos é um dos maiores problemas do país, e a solução passa por campanhas de educação da população. A valorização do lixo a partir do surgimento de programas de reciclagem foi abordada por Carlos Alencastro Cavalcanti, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis no Paraná: “Essa nova lei contempla e reconhece a nossa atividade enquanto prestadores de serviços ao meio ambiente e à sociedade”, frisou. Dados do IBGE apontam para a existência de 500 mil catadores de lixo no Brasil. Estadual – Entre as medidas a serem adotadas, com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, estão a criação de programas de reciclagem e educação ambiental, adoção de soluções regionais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos, incentivo à formação de Cooperativas de catadores, recuperação do passivo ambiental gerado pelos lixões, preservação dos recursos hídricos, entre outras ações. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de preencher uma ficha de adesão ao Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos, que está sendo criado no âmbito da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembléia Legislativa do Paraná, que tem a finalidade de contribuir para a criação de um Plano Estadual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Os seminários foram realizados em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMA) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Fonte: ALEP

Termina série de audiências públicas sobre poluição veicular

O Paraná encerrou mais uma etapa do processo de elaboração do Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV). Na noite de quarta-feira (26), foi realizada em Maringá a última de uma série de seis audiências públicas para discutir o assunto. Agora, a Secretaria do Meio

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Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) irão divulgar em seus sites a apresentação do PCPV feita durante as audiências públicas, além de um relatório com os questionamentos e dúvidas apresentados nos encontros. O plano foi desenvolvido por técnicos da secretaria e do IAP para ser um instrumento de gestão da qualidade do ar, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar (Pronar) e do Programa de Controle de Veículos Automotores (Proconve). Seus objetivos são direcionados à melhoria da qualidade de vida da população, buscando maior preservação da qualidade do ar. Para isso, será necessário controlar e medir o nível de poluição emitido pelos veículos do Estado. O Paraná possui a terceira maior frota de veículos do Estado. O número de veículos dobrou nos últimos 10 anos, chegando a 5,3 milhões em setembro deste ano. “Nossa intenção não é apenas aferir as distorções da emissão de gases dos veículos, mas, principalmente, corrigir essas distorções para que tenhamos melhor qualidade do ar. Por isso, o plano prevê um tempo de adaptação para as oficinas e concessionárias”, disse o secretário de Meio Ambiente, Jonel Iurk. Foram realizadas audiências em Curitiba, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina e Maringá, com a participação de mais de 450 pessoas de entidades especializadas, universitários, Detran, Polícia Militar, representantes de despachantes, concessionários de veículos, transportadoras e outros. O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, disse que o objetivo das audiências foi transmitir à sociedade o que está sendo feito para controlar e melhorar a qualidade do ar. “Corremos o estado para receber críticas e sugestões da população e o retorno foi muito positivo”, afirmou. Para sua formulação e aprovação, através de resolução da secretaria (número 066, de 2010), o Plano de Controle de Poluição Veicular levou em consideração a Política Nacional do Meio Ambiente e resoluções federais e estadual. “Além de atender a legislação federal, o plano passa a ser um dos instrumentos do protocolo de Copenhague de Mudanças Climáticas, assinado na conferência da ONU em 2009”, explica o secretário Fonte: Agência Estadual de Notícias

Cesar Filho propõe criação da Frente Parlamentar da Silvicultura Preocupado em estimular ações de implantação e regeneração de florestas no Paraná, o deputado estadual Cesar Silvestri Filho (PPS) apresentou na Assembleia Legislativa, na quarta-feira (26), requerimento propondo a criação da Frente Parlamentar da Silvicultura. Segundo o deputado, o objetivo da Frente é apresentar, no âmbito do Legislativo, propostas para formulação de políticas públicas que busquem o aproveitamento e a manutenção racional das florestas plantadas, em função dos interesses ecológico, científico, econômico e social. A nova Frente deverá ser presidida por Cesar Filho e será integrada pelos deputados Pedro

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Lupion (DEM), Hermas Brandão Júnior (PSB), Antonio Anibelli Neto (PMDB), Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Elio Rusch (DEM) e Alexandre Curi (PMDB). Fonte: ALEP

Tributos

Redução do Custo Brasil passa pela reforma tributária, diz Campagnolo no Encontro Nacional da Indústria

O primeiro avanço que o Brasil tem que concretizar para diminuir o Custo Brasil é reduzir a carga tributária. A opinião é do presidente da Federação da Indústria do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que debateu o tema com empresários, presidentes de outras federações e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, no 6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), em São Paulo. O tema Custo Brasil marcou as discussões da primeira manhã do evento, realizado pela CNI, que reúne 2 mil líderes empresariais de todo o País. Os participantes debateram também questões de infraestrutura e a redução dos juros. “É muito importante que o Brasil tenha uma política industrial bem definida, clara e consistente. Isso dá segurança para os empresários investirem”, frisou Campagnolo. O presidente da Fiep manifestou confiança nas autoridades constituídas e no Brasil e destacou a importância de uma união do setor privado e do poder público. “Podemos, juntos, fazer o país se desenvolver”, acredita. A delegação paranaense que participou do 6º ENAI teve 40 integrantes (Foto: Gilson Abreu) Nesta mesma linha de otimismo, o ex- diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Lawrence H. Summers, conferencista do evento, que proferiu a palestra magna do primeiro dia do ENAI, afirmou que: “Era impensável 10 ou 12 anos atrás que o Brasil teria tanta projeção no mercado internacional”, destacou Summers, acrescentando que a posição que o país ocupa hoje prova que “o Brasil encontrou seu rumo”. Realizado em São Paulo, no Transamérica Expo Center, o 6º ENAI prossegue nesta quinta-feira (27) reunindo autoridades públicas, empresários e especialistas em economia, sociedade e política. O tema central do encontro é o fortalecimento da competitividade da indústria brasileira. A Fiep participa do evento com uma delegação de 40 pessoas entre empresários, presidentes de sindicatos industriais, vice-presidentes, diretores e colaboradores da federação. Fonte: FIEP

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Guerra fiscal e concorrência com Mercosul preocupam empresários do setor de laticínios Com o objetivo de combater a guerra fiscal entre os Estados e a concorrência dos países do Mercosul, a indústria brasileira de lácteos (leite, iogurte, queijo, etc.) reuniu-se na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), onde foram alinhadas as diretrizes do setor que nortearão sua interlocução com o poder público. A reunião é a terceira realizada com o propósito de fortalecer o setor em nível nacional e reuniu representantes dos sindicatos industriais do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Um dos pontos de maior debate foi a fixação das mesmas alíquotas do ICMS que incide sobre o leite e seus derivados em todos os Estados. As propostas discutidas pelos Sindicatos durante o encontro serão levadas para os secretários da Fazenda de seus respectivos Estados para que sejam defendidas por eles na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no dia 9 de novembro. O objetivo com isso é igualar as condições de competitividade das empresas no campo fiscal. “Parabenizo os presentes por reunirem-se e colocar as diferenças de lado para tratar dos males que são comuns a todos.”, declarou o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, durante a abertura da reunião. O Paraná levará ao secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, duas propostas. Uma para fixar em 2% a taxação dos produtos lácteos, tanto nas operações interestaduais quanto naquelas dentro do próprio Estado, e outra para zerar as alíquotas. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite-PR), Wilson Thiesen, o encaminhamento deve ser acolhido pelo secretário. “O Hauly é um grande defensor da ideia de harmonizar as alíquotas”, diz. A proposta do Paraná foi defendida também pelos demais participantes da reunião, com exceção de São Paulo, que defende a possibilidade de adquirir leite cru de outros estados, com benefícios fiscais, para industrializá-lo dentro do território paulista, uma vez que o Estado importa dois terços de sua demanda. A posição foi refutada pelos demais participantes. Hoje o Paraná é o terceiro maior produtor de leite do país, respondendo por 8% da produção nacional. Possui 73 indústrias de laticínios, 119.563 propriedades leiteiras e um rebanho de mais de 2 milhões de animais. Apesar da grande capacidade de produção instalada, é grande também a ociosidade das indústrias paranaenses. A região Oeste, onde está localizada a maior bacia leiteira do Estado, tem 51% de sua capacidade ociosa. Outra preocupação dos empresários do setor é a entrada ostensiva de produtos importados, principalmente da Argentina e do Uruguai. Até 2008 o Brasil era um grande exportador de produtos lácteos. Esta situação que se inverteu nos anos seguintes, trazendo prejuízos à indústria nacional. “Não temos condições de competir com os argentinos atualmente, por questões de câmbio, produtividade e por conta do custo Brasil.”, afirmou o presidente- executivo do Sindileite-PR Marco Antônio Galassini. Hoje os queijos argentinos correspondem a 20,9% das importações brasileiras de lácteos. “É importante pensar também na questão social, pois as importações têm grande impacto sobre os pequenos

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produtores.”, atentou o presidente do Sindileite Goiás, Ananias Justino. Para enfrentar a concorrência dos produtos estrangeiros, os representantes da indústria brasileira de lácteos irão marcar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para expor a questão. A ideia é mobilizar as entidades representativas do setor como Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional da Indústria (CNI), federações estaduais da indústria e da agricultura, além de lideranças empresariais e parlamentares alinhados com o setor produtivo para encampar as demandas do setor. Outro assunto debatido no encontro foi o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Segundo os participantes, a fiscalização às indústrias carece de critérios para que não se torne mais um entrave à competitividade dos produtos brasileiros. “É preciso modernizar esta legislação para melhorar a produtividade.”, observou Galassini. Fonte: FIEP

Questões Institucionais

A fantástica fábrica de leis e normas Desde que a Constituição Brasileira foi promulgada, em outubro de 1988, já foram editadas 4,35 milhões de novas leis e normas federais, estaduais e municipais no país. Portanto, ao longo desses 23 anos, o impulso dos Legislativos e Executivos federal, estaduais e municipais criou, em média, 518 novas normas por dia para o cidadão cumprir. Se levados em conta apenas os dias úteis, são 776 por dia. Os números são de um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), divulgados no início do mês. De acordo com Fernando Steinbruch, diretor do IBPT, a legislação brasileira é “um desmedido emaranhado de assuntos que gera uma grande instabilidade e insegurança jurídica para os cidadãos e para as empresas”. Para demonstrar a voracidade legislativa do estado brasileiro, Steinbruch compara o Brasil com os Estados Unidos. “Nossa Constituição completa 23 anos e já recebeu 73 emendas. Nos Estados Unidos, a Carta tem 224 anos e apenas 27 emendas”, compara. Livro de 43 mil páginas traz todas as regras sobre impostos - Diante do “entusiasmo” nacional em criar novas leis, especialmente na área tributária, um advogado de Belo Horizonte reagiu, também de forma extrema, botando no papel todas as novas normas referentes a impostos criadas pelos parlamentares nacionais. E isso fará com que o tributarista mineiro Vinícios Leôncio publique o livro mais volumoso e com o maior número de páginas do planeta: uma compilação de todas as leis tributárias já publicadas no Brasil. Leôncio afirma ter investido R$ 1 milhão para tornar visível o volume desmedido da legislação tributária nacional. Batizada de Pátria Amada, o livro terá 43.216 páginas, cada

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uma delas com 2,4 metros de altura por 1,2 metro de largura. O projeto, iniciado em 1992 e com previsão de ser concluído em dezembro deste ano, já tem 35 mil páginas impressas. Por telefone, o autor comemora o fato de que “só” faltam 8 mil para a conclusão. Segundo Leôncio, sua intenção é tornar palpável algo que vários estudos indicam. “A ideia é chamar a atenção da sociedade sobre o fato de o Brasil ser o maior exportador de política tributária do mundo – e que algo precisa ser feito”, diz ele. Seu trabalho teria então o objetivo de escancarar o excesso de legislação tributária e a insegurança jurídica que ela causa. Ele pretende rodar o país para mostrar o livro gigante para a sociedade. “A empresa é aberta, trabalha 15 anos... até que um belo dia o empresário acorda e descobre que deve milhões de reais, pois houve uma mudança de entendimento de uma norma geral, de regra retroativa. O excesso de legislação abre brecha para isso”, afirma ele. Leôncio cita dados do Instituto Brasileiro de Direito Tributário (IBDT) que demonstram que a legislação nas três esferas de governo obriga as empresas a gastarem R$ 42 bilhões anuais com a burocracia tributária. “As empresas ainda perdem 2,6 mil horas por ano com o pagamento de tributos, enquanto a média mundial é de 280 horas anuais. É isso que meu livro critica.” Municípios - Os dados do levantamento apontam que, das quase 4,35 milhões de novas normas aprovadas no período, a maior parte é formada por leis municipais das 5.565 cidades do país. Desde 1988, municípios criaram cerca de 3 milhões de novas normas legais, divididas em 542 mil leis complementares e ordinárias, 577 mil decretos e 1,9 milhão de leis complementares, segundo o estudo. Em âmbito estadual, criaram-se 1,1 milhão de novas normas em 23 anos, sendo 259 mil leis complementares e ordinárias, 376 mil decretos e 499 mil normas complementares. O número de leis federais também é considerado “exagerado” por especialistas. Foram 155 mil neste período. Esses números incluem 73 emendas à Constituição. Destas, seis são emendas constitucionais de revisão e 67 emendas constitucionais (veja infográfico). Tributos, os preferidos - As áreas da saúde, educação, segurança, trabalho, salário e tributação são as preferidas dos legisladores, com 45% de toda a legislação. E o setor campeão na criação de leis é o tributário: das 4,35 milhões de normas, 275.095 delas referem-se a impostos (6,3% do total). Segundo o estudo do IBPT, a cada dia são editadas 33 novas normas tributárias no Brasil. Isso significa que, pelo menos uma nova regra tributária entra em vigência no país por dia. Fernando Steinbruch explica que, quando a Constituição foi criada, a carga tributária correspondia a menos de 30% do PIB e agora ultrapassa os 36%. “Identificamos, com a pesquisa, o peso da burocracia fiscal no Brasil. Esse ônus, segundo Steinbruch, corresponde a 1,5% do faturamento das empresas e acaba sendo embutido nos custos”, afirma. Dessas novas normas tributárias, 29,5 mil são federais; 85,7 mil estaduais; e 159,8 mil municipais.

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O IBPT destaca ainda que, desde 1988, foram feitas 15 chamadas reformas tributárias e criados tributos como CPMF, Cofins, Cide, CIP, CSLL, entre outros (alguns já abolidos). Exagero - Para o professor de Direito Constitucional Egon Bockman Moreira, da Universidade Federal do Paraná, o exagero na criação de normas tributárias é explicada pelas múltiplas instâncias legislativas. “E também pelo furor burocrático de resolver precariamente os problemas de arrecadação”, afirma ele. Fonte: Agência Estadual de Notícias

Balanço mostra que 72 novos projetos de lei foram apresentados na Assembleia em setembro

O balanço das atividades da Assembleia Legislativa no mês de setembro deste ano mostra que foram apresentados 72 projetos de lei, 2 projetos de resolução, uma proposta de emenda constitucional (PEC), um veto, um requerimento legislativo e 160 indicações. No total, foram 786 projetos de lei de fevereiro até agora, 25 projetos de resolução, três projetos de decreto legislativo, 10 propostas de emenda constitucional, oito vetos, 29 requerimentos legislativos e 2.491 indicações. O levantamento foi realizado pela Diretoria Legislativa da Casa e aponta que mais de 67% das proposições apresentadas pelos parlamentares foram indicações, ficando os projetos de lei em torno de 30%. O tema mais abordado nas proposições foi referentes a imóveis (cessões, doações, reversões de doações, por exemplo), que apareceu em 17 delas. Em seguida vem declarações de utilidade pública, motivo de 9 proposições; e matérias sobre rodovias, citadas em outras cinco iniciativas. Entre as indicações, 35 estão relacionadas à habitação, 24 tratam de rodovias e 20 de assuntos referentes à agricultura. Comissões – Os parlamentares que mais atuaram como relatores nas comissões técnicas permanentes no período foram Edson Praczyk (PRB) e Cesar Silvestri Filho (PPS), cinco vezes cada um. Em seguida aparecem Nereu Moura (PMDB) e Tadeu Veneri (PT), quatro vês cada um, e Alexandre Curi (PMDB) e Pedro Lupion (DEM), três vezes cada. A Comissão de Constituição e Justiça recebeu em setembro 115 proposições; a de Redação, 15; a de Obras Públicas, 10; a de Defesa do Consumidor e a de Turismo, sete cada; a de Saúde Pública, cinco; a de Finanças e a de Direitos Humanos, quatro cada uma; a de Agricultura, a dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso, a de Industria e Comércio, a de Fiscalização da Assembleia Legislativa e a de Cultura, três cada uma. Duas propostas foram encaminhadas à Comissão de Segurança Pública, enquanto as Comissões de Orçamento, Tomada de Contas, Ecologia e Meio Ambiente e de Esportes receberam um projeto cada uma. Na Comissão de Constituição e Justiça, a que recebe o maior volume de proposições, ao

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final de setembro havia três projetos de resolução aguardando parecer, dois vetos, quatro projetos de lei complementar e 205 projetos de lei, sem contar os 15 projetos de lei cujos autores entraram com recurso contra parecer contrário. Plenário – O PT continua sendo o partido com maior número de manifestações em Plenário: foram 33 no mês de setembro, sendo 18 no pequeno expediente. O PSDB e o bloco PP/PV/PTB/PSL se pronunciaram nove vezes cada, no pequeno expediente e no horário das lideranças. Na relação de matérias deliberadas em plenário os requerimentos de expediente aparecem em primeiro lugar, com 453 aprovados. Em seguida vêm as indicações legislativas, com 238 aprovadas; 24 leis foram sancionadas e 23 projetos de leis aguardam sanção. Duas leis e uma resolução foram promulgadas, dois vetos foram derrubados e um mantido, e 31 projetos foram arquivados, 26 devido a parecer contrário da CCJ e cinco a pedido do autor. Fonte: ALEP

Relações do Trabalho

Audiência marca campanha nacional em defesa da CLT Conforme proposição do deputado Reni Pereira (PSB), 2º secretario da Assembleia Legislativa, será realizada na próxima segunda-feira (31), a partir das 10 horas, no Plenarinho da Casa, audiência pública em defesa da manutenção da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e dos direitos trabalhistas. Fonte: ALEP